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IFE: nº 1.357 - 31 de maio de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
TCU aponta falhas no processo de reajuste tarifário
2 Aneel descarta rever tarifa no RN
3 Apine propõe criação de banco para armazenar reserva de energia
4 Consórcio privado estuda construção de parque eólico no Maranhão
5 Curtas

Empresas
1 TCU realiza auditoria nas revisões da Cemig, Light, Eletropaulo e Cerj
2 Enertrade vence leilão exportação de energia para o Uruguai
3 Light entra em novo impasse com credores
4 Conselho de Administração da Celesc aprova política de conseqüências na empresa
5 Autorizada transferência de ações da transmissora ETAU
6 Aneel altera prazo da recomposição tarifária da Bandeirante e da Companhia Piratininga

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Região sul não preocupa mais
2 Chuva faz usina de Itaipu verter água

Gás e Termelétricas
1 Produtores de energia emergencial pedem contratos de longo prazo
2 Professor da Unicamp: usinas térmicas flexíveis seriam idéias para o sistema elétrico brasileiro
3 Breitner Energética: Mercado das térmicas emergenciais vai ficar mais restrito
4 "Plano de Massificação do Uso do Gás Natural" da Petrobras
5 Petrobras estima em 14,2% o aumento do consumo de gás natural
6 Eletronuclear assina contrato para troca de geradores da Usina Angra 1

Grandes Consumidores
1 Companhia Brasileira Carbureto de Cálcio adere ao MAE

Economia Brasileira
1 Estudo aponta redução de verba do Banco Mundial para setor de infra-estrutura no Brasil
2 Bird reconhece redução de empréstimos para setor de infra-estrutura

3 Mercado volta a elevar projeções de inflação
4 Mercado prevê manutenção da Selic em 16% em junho
5 Superávit primário recorde em abril
6 Palocci: Resultado do PIB consolida meta de crescimento de 3,5%
7 Furlan aumenta meta de exportações
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Energia 35% mais barata atrai investimentos à Bolívia
2 Penetração das energias renováveis nos Açores deverá ser de 40% nos próximos anos
3 Iberdrola busca ampliar presença no mercado português
4 EDP muda imagem

 

 

Regulação e Novo Modelo

1 TCU aponta falhas no processo de reajuste tarifário

A maior crítica do TCU ao modelo de reajuste tarifário adotado pela Aneel está na forma de cálculo da receita das concessionárias. O cálculo da receita é essencial para verificar o índice de revisão tarifária. Um dos critérios para auferir a receita é a inclusão de um benefício fiscal gerado com a distribuição de juros sobre capital próprio entre os acionistas. O pagamento desses juros aos acionistas pode ser considerado como uma despesa e, dessa forma, ser abatido do imposto de renda. Se essa prática fosse seguida pelas concessionárias, os tributos que elas pagam seriam menores. As receitas também seriam menores, já que o seu cálculo depende dos tributos, além de despesas e lucros. A conseqüência seria um índice de revisão tarifária mais baixo. Essa metodologia de cálculo está prevista na Lei nº 9.249, que não está sendo aplicada pela Aneel. A agência contratou uma instituição - a Fundação Universitária de Brasília (Fubra) - que recomendou a aplicação dessa lei. Mesmo assim, a agência decidiu não utilizá-la. A Aneel informou que está estudando as sugestões feitas pelo TCU para readequar ou não os índices das concessionárias. (Valor - 31.05.2004)

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2 Aneel descarta rever tarifa no RN

Os técnicos da Aneel explicaram, mas não conseguiram convencer os empresários e industriais do Rio Grande do Norte de que o aumento de 21,14% na conta de luz desses consumidores, concedido pela agência no dia 21 de abril, não é abusivo. Apesar de achar justa e legítima a reivindicação do empresariado local, o presidente da Aneel, Isaac Pinto, disse ontem que pelo menos este ano não deve haver redução de tarifa e que o índice de reajuste concedido para a Cosern está amparado em ''dispositivos legais''. A agência divulgou a previsão de um novo aumento nos próximos dias, fruto do repasse da alta na Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), mas o valor ainda não foi definido. (Diário de Natal - 31.05.2004)

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3 Apine propõe criação de banco para armazenar reserva de energia

A Apine propôs ao MME a criação de um banco para armazenar a reserva de energia prevista para ser constituída no novo modelo do setor elétrico. O banco, que funcionaria como um fundo estratégico, incorporaria uma parcela da produção destinada a suprir possíveis descasamentos entre a demanda de carga dos consumidores e o volume contratado pelas distribuidoras. "Seria uma reserva alocada para situações de variação na previsão de mercado das distribuidoras", explica o presidente da associação, Luiz Fernando Vianna. Ele afirma que a proposta também envolveria casos de excesso de oferta contratada, onde o fundo absorveria a energia não-consumida. A administração do banco ficaria a cargo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, e o preço da energia de reserva seria baseado no custo dos leilões do pool. (Canal Energia - 28.05.2004)

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4 Consórcio privado estuda construção de parque eólico no Maranhão

Um consórcio privado composto pela brasileira EdRB e pela alemã Perma Power, fabricante de geradores eólicos, inicia a partir de junho estudos de viabilidade para a implantação do Parque Gerador Eólico no município de Tutóia, a 465 km de São Luís. Os estudos vão avaliar a qualidade do vento na região e devem durar cerca de dois anos. O projeto está avaliado em US$ 640 milhões e vai ser todo custeado pelo consórcio. Na sexta-feira (28/05), o governo do Maranhão assinou com o consórcio um protocolo de intenções relativos à viabilidade técnico-econômica e ambiental e esforços comuns para implantação do projeto. O protocolo envolve ainda a participação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) nos estudos e a prefeitura de Tutóia. Os estudos serão feitos pela EdRB em parceria com a UFMA. O parque eólico deve contar com 100 torres de geração de energia. Cada torre tem potencial de geração de 1,2 MW. A intenção é que a fazenda tenha a garantia de compra de energia pelo Proinfa. Os estudos devem durar cerca de dois anos. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004)

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5 Curtas

O contrato de exportação de energia para a Argentina pode ser assinado ainda esta semana. A Compañia Administradora del Mercado Mayorista Electrico Sociedad Anonima (Cammesa) deve anunciar oficialmente entre hoje e amanhã as empresas vencedoras da licitação para o fornecimento de 500 MW durante seis meses. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004)

A Aneel publicou esta semana a Resolução Normativa Aneel n° 65 que estabelece os valores de Energia Assegurada para 65 PCHs. A Energia Assegurada definida no regulamento poderá ser contratada pela Eletrobrás no âmbito do Proinfa e no MAE. (Aneel - 27.05.2004)

A Abradee defende a adoção de critérios mais claros para o cadastramento de clientes de baixa renda no benefício nas tarifas de energia. Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Guimarães, o principal objetivo é que consumidores dentro do campo de alcance do programa de descontos sejam atendidos, o que pode não ocorrer em função das regras de acesso. (Canal Energia - 31.05.2004)

O governo federal garantiu às lideranças do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) que nos novos projetos de construção de represas serão considerados os critérios de sustentabilidade social e ambiental, para evitar danos às populações das áreas. (Elétrica - 28.05.2004)

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Empresas

1 TCU realiza auditoria nas revisões da Cemig, Light, Eletropaulo e Cerj

O Tribunal de Contas da União (TCU) fez auditorias nas revisões das tarifas de quatro concessionárias - Cemig, Light, Eletropaulo e Cerj - e concluiu que os reajustes foram superiores aos que deveriam ter sido fixados. O TCU verificou, no caso da Light, que o reajuste homologado pela Aneel em novembro do ano passado levou a um aumento que poderia ter sido menor. O reajuste para os consumidores foi de 4,15% nas tarifas, segundo a Aneel. O TCU concluiu que deveria ser de 1,34%. No caso da Eletropaulo,a revisão da de 10,95%, deveria ser reduzida em 1,8 ponto percentual, informou o tribunal. O primeiro alerta do TCU à Aneel quanto aos prejuízos decorrentes dos métodos de revisão foi dado em novembro de 2003. O TCU questionou os cálculos para o reajuste da Cemig, que foi fixado em 27,4%. A Aneel recorreu contra a recomendação do TCU e criou-se uma indefinição sobre a homologação do índice. O TCU está concluindo um relatório sobre a Cerj, onde estão sendo verificados os mesmos problemas no cálculo das outras três revisões. A revisão da Cerj elevou as tarifas em 15% para os consumidores. (Valor - 31.05.2004)

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2 Enertrade vence leilão exportação de energia para o Uruguai

A Enertrade Comercializadora foi a vencedora da licitação para a venda de 70 MW, durante seis meses, para o Uruguai. Além da empresa, El Paso Comercializadora, Tractebel Energia, Eletrobrás, CPFL Comercialização, AES Tietê, Furnas e Chesf enviaram propostas. Segundo as regras estabelecidas pela Administración Nacional de Usinas y Transmisiones Eléctricas (UTE), órgão uruguaio responsável pela licitação, venceria a proposta de menor preço para o custo de administração do fornecimento. A Enertrade propôs R$ 0,44 por MWh. O custo da energia será estabelecido semanalmente pelo ONS. Inicialmente, a energia será produzida por térmicas. Dependendo do nível de água nos reservatórios do Brasil, o ONS poderá permitir o fornecimento de energia hidráulica. O fornecimento não tem data marcada para iniciar, pois eepende da assinatura do contrato e sua aprovação pelo Tribunal de Contas do Uruguai. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004)

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3 Light entra em novo impasse com credores

A Light ainda não conseguiu fechar a reestruturação da sua dívida de curto prazo, de US$ 500 milhões, onze meses depois de entrar em default com um grupo de bancos. Novo impasse entre a distribuidora e os 24 bancos estabeleceu-se na semana passada, quando a empresa revisou a proposta que havia apresentado em dezembro. O pleito dos credores para elevar a taxa de juro oferecida, de CDI mais 1% ao ano, não foi aceito e, na avaliação das instituições, algumas modificações foram um retrocesso. "Na sua essência, a proposta não mudou", argumenta Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diretor financeiro da Light. Segundo ele, o caixa da companhia sofreu impactos negativos que precisam ser levados em conta. (Valor - 31.05.2004)

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4 Conselho de Administração da Celesc aprova política de conseqüências na empresa

A proposta de política de conseqüências, que faz parte do Novo Modelo de Gestão, foi apreciada e aprovada pelo Conselho de Administração da Celesc. A cada seis meses, o Conselho avaliará o desempenho da diretoria perante o cumprimento do Contrato de Gestão, que prevê o atendimento de metas para a melhoria de cinco itens: mercado e imagem, patrimônio humano, econômico-financeiro, tecnologia e processos, social e meio-ambiente. (Canal Energia - 28.05.2004)

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5 Autorizada transferência de ações da transmissora ETAU

A CPFL Geração de Energia S/A foi autorizada pela Aneel a transferir as ações ordinárias que detém na concessionária Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S/A (ETAU) para as empresas Alcoa Alumínio S/A, DME Energética Ltda. e Camargo Corrêa Cimentos S/A, sócias no empreendimento. A transferência inclui a empresa Eletrosul Centrais Elétricas S/A na nova composição societária da Transmissora. O volume de ações detido pela CPFL correspondia a 45% no bloco de controle da ETAU, responsável pela construção da linha de transmissão Campos Novos /Lagoa Vermelha/Santa Marta, de 230 kV, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Alcoa Alumínio S/A passa a deter a maior quantidade de ações ordinárias do empreendimento, com 42% do capital total da empresa. (Aneel - 27.05.2004)

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6 Aneel altera prazo da recomposição tarifária da Bandeirante e da Companhia Piratininga

A Aneel alterou os prazos de permanência da Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE) nas tarifas das distribuidoras Bandeirante Energia S.A. e Companhia Piratininga de Força e Luz S.A. A mudança ocorre em razão da correção dos valores desembolsados pelas concessionárias para compra de energia livre no MAE durante o período de racionamento. A correção dos valores é conseqüência da divisão do mercado entre as duas empresas, resultantes do processo de cisão da Bandeirante Energia, em agosto de 2001. Com a correção, a Bandeirante terá direito a receber R$ 119,953 milhões, ao longo do tempo, por meio da RTE paga pelos consumidores por meio das tarifas. O montante estabelecido para a Piratininga será de R$ 114,789 milhões. (Aneel - 27.05.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Região sul não preocupa mais

A região Sul era a única que preocupava os técnicos do ONS até o início deste mês, mas em maio houve boa recuperação dos reservatórios da região. Na quinta-feira, as hidrelétricas do Sul estavam com 61,07% da capacidade, quase o dobro dos 33,57% registrados em setembro do ano passado. Ao contrário das demais regiões do país, o período molhado no Sul se intensifica a partir de abril. Ou seja, há fortes possibilidades de que as chuvas na região continuem enchendo os reservatórios nos próximos meses. Caso isso se concretize, será mais fácil para que as empresas da região atendam à demanda de energia dos países vizinhos por meio de hidrelétricas e não com o uso das usinas térmicas, como tem ocorrido nas últimas semanas. (Gazeta Digital MT - 30.05.2004)

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2 Chuva faz usina de Itaipu verter água

O grande volume de chuvas nas bacias que abastecem a hidrelétrica de Itaipu contribuíram para o enchimento dos reservatórios da usina, que está vertendo água desde a semana passada. Segundo a assessoria de imprensa de Itaipu Binacional, o vertimento está em 1.704 metros cúbicos de água por segundo, de acordo com dados do dia 27 de maio. A eliminação do excesso do volume de água começou na semana passada e, segundo estimativa da empresa, deve se estender até metade da próxima semana. (Canal Energia - 28.05.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Produtores de energia emergencial pedem contratos de longo prazo

A Associação Brasileira dos Produtores de Energia Emergencial (ABPEE) vai propor ao MME a manutenção das usinas instaladas depois do racionamento de energia e a definição de contratos de longo prazo com preços menores que os cobrados atualmente. O MME mantém, por meio da Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), contratos com 54 usinas térmicas emergenciais com capacidade de geração da ordem de 2,12 mil MW e preços em torno de R$ 400 o MWh. Os contratos firmados entre a CBEE e as térmicas emergenciais expiram no último dia de 2004 ou na mesma data do ano que vem, e a expectativa é que não sejam renovados pelo governo federal. Entre fevereiro de 2002 e dezembro do ano passado, a CBEE pagou R$ 2,665 bilhões a essas usinas. Segundo o presidente da ABPEE, José da Costa Carvalho Neto, com base em estudos feitos pela associação, a previsão é que os custos da manutenção das térmicas emergenciais como reserva para evitar novos racionamentos de energia podem ser reduzidos em pelo menos 50% em caso de contratos de longo prazo. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004)

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2 Professor da Unicamp: usinas térmicas flexíveis seriam idéias para o sistema elétrico brasileiro

Para Secundino Soares Filho, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o ideal para o sistema elétrico brasileiro seria manter usinas térmicas flexíveis que não dependam do sistema "take or pay" para aquisição do gás natural, como as usinas do PPT, nem dos altos preços das usinas emergenciais. "As térmicas emergenciais são muito caras e eu acredito que mesmo com uma redução pela metade os preços ainda continuem altos. O ideal para o sistema elétrico brasileiro é que as térmicas emergenciais só sejam acionadas quando as condições hidrológicas exigirem". (Gazeta Mercantil - 31.05.2004)

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3 Breitner Energética: Mercado das térmicas emergenciais vai ficar mais restrito

O diretor-administrativo da Breitener Energética, Élfio Rocha Mendes, afirma que as oportunidades de mercado para as térmicas emergenciais após o fim dos contratos com a CBEE estão restritas ao sistema isolado da Região Norte ou a países que necessitem de fornecimento emergencial, como a Argentina atualmente. Segundo o executivo, o custo de operação das térmicas emergenciais, mesmo já amortizadas, não permite que elas disputem mercados de consumidores livres com as usinas movidas a gás natural e muito menos com as hidrelétricas. A Breitener mantém uma térmica emergencial em Fortaleza com capacidade instalada de 153,76 MW. Segundo Mendes, a empresa já conseguiu remunerar os investimentos feitos com a implantação da usina e não há muita expectativa após o fim dos contratos com a CBEE. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004)

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4 "Plano de Massificação do Uso do Gás Natural" da Petrobras

O "Plano de Massificação do Uso do Gás Natural" definido pela Petrobras embute a ampliação da infra-estrutura, desenvolvimento de novas tecnologias de aproveitamento e a mobilização dos empresários de diversos setores, na formação de parcerias para a inserção do produto nos diversos segmentos. O projeto busca o desenvolvimento de novas formas de geração de energia - como é o caso da cogeração a gás natural, setor automotivo de transporte urbano, de carga e matéria-prima, por exemplo. As recentes descobertas da bacia de Santos, em conjunto com o gás dos campos de Urucu, Juruá, além das reservas do Sudeste e Nordeste e do gás boliviano, a companhia vai alcançar, em 2010, cerca de 92 milhões de metros cúbicos por dia, informa o diretor de Petróleo e Gás, Ildo Sauer. Desse total, 78 milhões de metros cúbicos/dia devem ser destinados ao mercado e o restante para consumo da própria Petrobras. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004)

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5 Petrobras estima em 14,2% o aumento do consumo de gás natural

O crescimento anual do consumo foi estimado pelo plano estratégico da Petrobras em 14,2%, dividido entre termelétricas (13,8 milhões de metros cúbicos/dia), uso industrial (36,7 milhões metros/dia) e outros usos como veicular, residencial, por exemplo, (27,1 milhões de metros cúbicos/dia), volumes considerados para até 2010. Ano passado, a média de consumo ficou em 30 milhões de metros cúbicos/dia e a expectativa para 2004 chega a 36 milhões de metros cúbicos/dia, segundo o diretor. Ildo Sauer diz que, entre 2004 e 2010, a Petrobras deverá investir US$ 53,6 bilhões. O setor de gás e energia ganha reforço no orçamento que chega a US$ 6,1 bilhões, 11% do total estimado para o período. A companhia definiu em seu plano estratégico investimentos da ordem de US$ 3 bilhões, para gasodutos, em projetos implementados até 2010, que inclui a Malha de Gasodutos do Nordeste, Gasoduto Sudeste-Nordeste Gasene, Gasoduto Urucu-Coari-Manaus, Gasoduto Campinas-Rio de Janeiro e a Malha do Sudeste. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004)

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6 Eletronuclear assina contrato para troca de geradores da Usina Angra 1

Por unanimidade os ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão no dia 4 de maio de 2004, acordaram em considerar improcedente a representação do Ministério Público da União para investigar o processo de compra dos geradores de vapor (GVs) da Usina Angra 1. O relator do processo diz, nos autos, que "a Eletronuclear está empenhada em buscar oferta mais vantajosa para a empresa, tanto tecnicamente quanto em relação a preços..." No dia 15 de maio a Eletronuclear assinou contrato no valor de 44 milhões de euros com a empresa franco-alemã Framatome para realizar a fabricação dos dois GVs de Angra 1, cujo término dos serviços está previsto para 2007. O documento foi publicado no Diário Oficial da União de 25 de maio de 2004. A troca dos GVs possibilitará aumento significativo da vida útil da Usina Angra 1. No contrato está prevista a participação da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) - fábrica brasileira de componentes nucleares - o que gerará inúmeros empregos para o mercado brasileiro. (NUCA-IE-UFRJ - 31.05.2004)

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Grandes Consumidores

1 Companhia Brasileira Carbureto de Cálcio adere ao MAE

A Companhia Brasileira Carbureto de Cálcio é o primeiro consumidor livre a aderir diretamente ao MAE. A entrada da empresa na categoria consumo foi aprovada na última sexta-feira, dia 28 de maio, na reunião do Conselho de Administração da entidade. A medida foi possível a partir da publicação no Diário Oficial da União do Convênio ICMS nº 6 no mês de abril. (Canal Energia - 31.05.2004)

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Economia Brasileira

1 Estudo aponta redução de verba do Banco Mundial para setor de infra-estrutura no Brasil

O setor de infra-estrutura, considerado um dos gargalos ao crescimento econômico, tem perdido espaço entre os alvos preferidos dos empréstimos do Banco Mundial (Bird) ao Brasil. Estudo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP sobre o perfil dos projetos financiados pelo organismo mostra que o total de participação do banco em projetos de energia e transportes caiu de 100%, na década de 50, para 2,4% em 2003. Em contrapartida, o volume de recursos destinados à reforma do Estado subiu de 1,7%, na década de 80, para 53,4% no ano passado. Para o autor do estudo, Pedro Arantes, os dados da pesquisa reforçam a mudança de enfoque do Bird, mais afinado com a orientação do FMI. A prioridade passou a ser projetos de ajuste fiscal, apoio à privatização, fortalecimento institucional, modernização de equipamentos e capacitação de técnicos. O autor do estudo da USP, Pedro Arantes, diz que desde que começou a atuar no Brasil, em 1943, o Bird aplicou cerca de US$ 60 bilhões no país. No início das operações, o setor de energia e rodovias eram os alvos preferidos do organismo. Só em energia foram 43 projetos, que receberam US$ 12 bilhões. México e Argentina receberam apenas US$ 5 bilhões nesse setor. (O Globo - 30.05.2004)

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2 Bird reconhece redução de empréstimos para setor de infra-estrutura

O diretor do Bird no Brasil, Vinod Thomas, reconhece que houve uma redução dos empréstimos para infra-estrutura, mas argumentou que o organismo tem apoiado as reformas estruturais, que podem atrair os investimentos privados. De acordo com Thomas, o Brasil está mais preparado para enfrentar uma crise internacional do que há dois anos. "A implementação do ajuste fiscal, a manutenção da meta de superávit e a melhoria do perfil da dívida pública são indicadores de que a economia brasileira está indo bem", afirmou Thomas. Segundo o diretor do Bird para o Brasil, a posição do banco é apoiar os países em dificuldades provocadas por um eventual choque externo. (O Globo - 30.05.2004)

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3 Mercado volta a elevar projeções de inflação

Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA foi de 6,50%, superior aos 6,36% projetados na semana retrasada. É a terceira semana seguida de aumento na previsão. Para 2005, o mercado aumentou a expectativa do IPCA de 5,15% para 5,30%. De acordo com o levantamento semanal feito pelo BC junto a instituições financeiras, a previsão para o IGP-M de 2004, passou de 9,32% para 9,83%. Para o IGP-DI, subiu de 9,42% para 9,58%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas avançou de 5,47% para 5,53%. Para o mês de maio, a mediana das expectativas para o IPCA passou de 0,46% para 0,50%. A do IGP-DI foi de 1% para 1,17% e a previsão do IPC da Fipe subiu de 0,40% para 0,43%. (Valor - 31.05.2004)

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4 Mercado prevê manutenção da Selic em 16% em junho

Os analistas financeiros passaram a esperar manutenção do juro básico da economia na reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom). A mediana das expectativas dos analistas para a Selic no mês que vem está em 16%, de acordo com a pesquisa Focus. O resultado é igual ao patamar atual do juro básico, que foi mantido pelo BC em 16% ao ano na reunião de maio. Na semana retrasada, porém, os analistas projetavam juro anual de 15,75% em junho. A mediana das estimativas aponta Selic em 14,5% no final deste ano, mesmo percentual previsto na semana. Pela Focus mais recente, a projeção é de taxa média do ano de 15,54%, acima dos 15,40% previstos na pesquisa anterior. (Valor - 31.05.2004)

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5 Superávit primário recorde em abril

O aumento da arrecadação ajudou o governo a atingir novo superávit primário recorde em abril. No mês, as receitas de União, Estados, municípios e empresas estatais superaram as despesas (exceto juros) em R$ 11,9 bi, o maior valor mensal já registrado na atual série estatística do BC, iniciada em 1991. Em março, o resultado primário havia atingido R$ 10,28 bilhões, ou 8,36% do PIB, valor inédito até aquele mês. O resultado mensal de abril corresponde, por sua vez, a 9,08% do PIB. Ao contrário do ano passado, quando o esforço fiscal se devia ao corte de despesas, agora o que pesou mais foi o lado da receita. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, houve entre março e abril um crescimento de R$ 1,8 bilhão nas receitas federais, enquanto as despesas se reduziram em apenas R$ 400 milhões. "O cumprimento da meta com o FMI para junho já está praticamente assegurado", disse Lopes. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004)

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6 Palocci: Resultado do PIB consolida meta de crescimento de 3,5%

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, considera a meta de crescimento econômico de 3,5%, projetada pelo governo para 2004, praticamente consolidada com o resultado do PIB do primeiro trimestre (2,7%). Apesar da confiança, o ministro ressaltou que a preocupação maior, além do resultado do crescimento econômico, é manter as medidas que permitam a expansão da economia brasileira nos próximos 10, 12 anos. "É preciso manter o superávit primário alto, o câmbio flutuante e o esforço fiscal, com objetivos de longo prazo que criem condições para se reduzir o juro e a dívida" disse Palocci durante palestra com representantes japoneses da iniciativa privada, realizada nesta sexta-feira na sede do Banco de Cooperação Internacional do Japão (JBIC). (O Globo Online - 31.05.2004)

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7 Furlan aumenta meta de exportações

O crescimento da economia mundial, a continuidade na alta do preço das commodities no mercado internacional e a fraca demanda interna favoreceram o desempenho das exportações nos primeiros meses do ano, incentivando especialistas a rever para cima as estimativas da balança para as vendas externas e o saldo comercial neste ano. O ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, voltou a aumentar a meta de exportações este ano, de US$ 82 bilhões para US$ 83 bilhões. Há analistas, no entanto, que preferem ser mais cautelosos, mantendo as projeções iniciais para a balança comercial. Eles alertam que a oscilação no mercado de commodities - que começa a dar sinais de arrefecimento de preços - e a valorização do dólar devem ser acompanhados de perto para se avaliar o impacto no desempenho do comércio exterior. (Jornal do Commercio - 31.05.2004)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista foi fortemente pressionado e fechou a manhã desta segunda-feira em alta de 2,10%, cotado a R$ 3,152 na compra e R$ 3,155 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com depreciação de 0,99%, cotado a R$ 3,0880 para compra e R$ 3,0900 para venda, no menor patamar desde dia 11 deste mês (R$ 3,0760). (O Globo On Line e Valor Online - 31.05.2004)

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Internacional

1 Energia 35% mais barata atrai investimentos à Bolívia

A conta até 35% mais barata de energia elétrica estaria atraindo interesse de investidores brasileiros para estabelecerem empreendimentos na Bolívia, segundo informação do coordenador da usina térmica de Puerto Suarez, José Luís Vaca, divulgada no Corumbá on line. Os estabelecimentos comerciais da Província de German Bush, estariam pagando de 15% a 35% mais barato pela energia, insumo de grande peso nos custos da produção, desde a ativação da térmica, no início do ano. Com isso os investidores do outro lado da fronteira, no Brasil, estariam buscando informações e alguns, segundo acredita José Luís, podem se alicerçar na Bolívia ainda este ano. Ao todo 4,5 mil pontos estão recebendo a usina gerada à gás, cujo preço baixo é favorecido pela baixa carga tributária do País vizinho. A usina ainda opera com 30% da capacidade. (Campo Grande News - 28.05.2004)

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2 Penetração das energias renováveis nos Açores deverá ser de 40% nos próximos anos

A taxa de penetração das energias renováveis nos Açores será de cerca de 40% dentro dos próximos dois ou três anos, revelou, sexta-feira, em Ponta Delgada, o secretário regional da Economia, Duarte Ponte, na sessão de abertura do Fórum "Energia para os Açores, Século XXI", à qual presidiu. O governante açoriano revelou que 20,1% da energia elétrica produzida nos Açores em 2003 resulta da utilização de energias renováveis. O consumo energético nas ilhas aumentou cerca de 8,7% no primeiro trimestre de 2004, comparativamente a idêntico período do ano anterior. Duarte Ponte, defendeu que é preciso continuar a investir em energias renováveis, contribuindo para que os países ou regiões insulares se tornem cada vez mais independentes das energias fósseis. (Jornal Digital PT - 29.05.2004)

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3 Iberdrola busca ampliar presença no mercado português

A Iberdrola adjudicou à portuguesa Efacec um contrato no valor de mais de 575 mil euros para fornecimento de um transformador com potência de 63 MVA. A entrega está prevista para setembro e o seu destino será a sub-estação de Garrafé (Leão), tendo a Iberdrola adjudicado, em janeiro deste ano, o fornecimento de dois transformadores auxiliares para a central de ciclo combinado da empresa em Aceca (Toledo), com 400 MVA de potência. "A contratação do fornecimento de equipamentos e serviços a empresas portuguesas como a Efacec, é parte integrante da aposta no reforço e ampliação da presença em Portugal da Iberdrola, que se concretizará com a criação, em breve, da sua filial, em Lisboa", afirma a empresa em comunicado. A Iberdrola explica que já firmou contratos, além da Efacec, com as nacionais Solicabel, Cabelte, Cunha Barros, Siemens Portugal e Actaris Portugal para o fornecimento de equipamentos e materiais destinados às áreas de Distribuição e Produção. (Diário Econòmico - 28.05.2004)

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4 EDP muda imagem

A EDP vai mudar em breve a sua imagem. A alteração, que deverá atingir o nome da empresa, será tornada pública durante o mês de Julho, depois da liberalização do mercado ibérico de eletricidade, que ocorrerá no dia 1 de Julho. A sigla EDP deve ser mantida, mas até o azul, que é hoje dominante, poderá ser alterado. A EDP afirma que está apenas preparando uma alteração da imagem corporativa do grupo, mas não comenta a mudança de nome nem da cor do logotipo. A integração do gás natural no grupo - que agora assegura a produção, transporte e distribuição de eletricidade em todo o país - levará à alteração do nome, que deverá deixar de ser EDP - Electricidade de Portugal para passar a ser, segundo fontes do sector, EDP - Energias de Portugal. A alteração da imagem será alargada mais tarde às empresas internacionais do grupo, como a EDP Brasil e a HidroCantábrico (Espanha). A GDP - Gás de Portugal, que manterá a designação depois da integração no grupo, também será abrangida pela alteração da imagem. (Elétrica - 28.05.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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