l IFE:
nº 1.357 - 31 de maio de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 TCU aponta falhas no processo de reajuste tarifário A maior
crítica do TCU ao modelo de reajuste tarifário adotado pela Aneel está
na forma de cálculo da receita das concessionárias. O cálculo da receita
é essencial para verificar o índice de revisão tarifária. Um dos critérios
para auferir a receita é a inclusão de um benefício fiscal gerado com
a distribuição de juros sobre capital próprio entre os acionistas. O pagamento
desses juros aos acionistas pode ser considerado como uma despesa e, dessa
forma, ser abatido do imposto de renda. Se essa prática fosse seguida
pelas concessionárias, os tributos que elas pagam seriam menores. As receitas
também seriam menores, já que o seu cálculo depende dos tributos, além
de despesas e lucros. A conseqüência seria um índice de revisão tarifária
mais baixo. Essa metodologia de cálculo está prevista na Lei nº 9.249,
que não está sendo aplicada pela Aneel. A agência contratou uma instituição
- a Fundação Universitária de Brasília (Fubra) - que recomendou a aplicação
dessa lei. Mesmo assim, a agência decidiu não utilizá-la. A Aneel informou
que está estudando as sugestões feitas pelo TCU para readequar ou não
os índices das concessionárias. (Valor - 31.05.2004) 2 Aneel descarta rever tarifa no RN Os técnicos
da Aneel explicaram, mas não conseguiram convencer os empresários e industriais
do Rio Grande do Norte de que o aumento de 21,14% na conta de luz desses
consumidores, concedido pela agência no dia 21 de abril, não é abusivo.
Apesar de achar justa e legítima a reivindicação do empresariado local,
o presidente da Aneel, Isaac Pinto, disse ontem que pelo menos este ano
não deve haver redução de tarifa e que o índice de reajuste concedido
para a Cosern está amparado em ''dispositivos legais''. A agência divulgou
a previsão de um novo aumento nos próximos dias, fruto do repasse da alta
na Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), mas
o valor ainda não foi definido. (Diário de Natal - 31.05.2004) 3 Apine propõe criação de banco para armazenar reserva de energia A Apine
propôs ao MME a criação de um banco para armazenar a reserva de energia
prevista para ser constituída no novo modelo do setor elétrico. O banco,
que funcionaria como um fundo estratégico, incorporaria uma parcela da
produção destinada a suprir possíveis descasamentos entre a demanda de
carga dos consumidores e o volume contratado pelas distribuidoras. "Seria
uma reserva alocada para situações de variação na previsão de mercado
das distribuidoras", explica o presidente da associação, Luiz Fernando
Vianna. Ele afirma que a proposta também envolveria casos de excesso de
oferta contratada, onde o fundo absorveria a energia não-consumida. A
administração do banco ficaria a cargo da Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica, e o preço da energia de reserva seria baseado no custo
dos leilões do pool. (Canal Energia - 28.05.2004) 4
Consórcio privado estuda construção de parque eólico no Maranhão O contrato de exportação de energia para a Argentina pode ser assinado ainda esta semana. A Compañia Administradora del Mercado Mayorista Electrico Sociedad Anonima (Cammesa) deve anunciar oficialmente entre hoje e amanhã as empresas vencedoras da licitação para o fornecimento de 500 MW durante seis meses. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004) A Aneel publicou esta semana a Resolução Normativa Aneel n° 65 que estabelece os valores de Energia Assegurada para 65 PCHs. A Energia Assegurada definida no regulamento poderá ser contratada pela Eletrobrás no âmbito do Proinfa e no MAE. (Aneel - 27.05.2004) A Abradee defende a adoção de critérios mais claros para o cadastramento de clientes de baixa renda no benefício nas tarifas de energia. Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Guimarães, o principal objetivo é que consumidores dentro do campo de alcance do programa de descontos sejam atendidos, o que pode não ocorrer em função das regras de acesso. (Canal Energia - 31.05.2004) O governo federal garantiu às lideranças do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) que nos novos projetos de construção de represas serão considerados os critérios de sustentabilidade social e ambiental, para evitar danos às populações das áreas. (Elétrica - 28.05.2004)
Empresas 1 TCU realiza auditoria nas revisões da Cemig, Light, Eletropaulo e Cerj O Tribunal
de Contas da União (TCU) fez auditorias nas revisões das tarifas de quatro
concessionárias - Cemig, Light, Eletropaulo e Cerj - e concluiu que os
reajustes foram superiores aos que deveriam ter sido fixados. O TCU verificou,
no caso da Light, que o reajuste homologado pela Aneel em novembro do
ano passado levou a um aumento que poderia ter sido menor. O reajuste
para os consumidores foi de 4,15% nas tarifas, segundo a Aneel. O TCU
concluiu que deveria ser de 1,34%. No caso da Eletropaulo,a revisão da
de 10,95%, deveria ser reduzida em 1,8 ponto percentual, informou o tribunal.
O primeiro alerta do TCU à Aneel quanto aos prejuízos decorrentes dos
métodos de revisão foi dado em novembro de 2003. O TCU questionou os cálculos
para o reajuste da Cemig, que foi fixado em 27,4%. A Aneel recorreu contra
a recomendação do TCU e criou-se uma indefinição sobre a homologação do
índice. O TCU está concluindo um relatório sobre a Cerj, onde estão sendo
verificados os mesmos problemas no cálculo das outras três revisões. A
revisão da Cerj elevou as tarifas em 15% para os consumidores. (Valor
- 31.05.2004) 2 Enertrade vence leilão exportação de energia para o Uruguai A Enertrade Comercializadora foi a vencedora da licitação para a venda de 70 MW, durante seis meses, para o Uruguai. Além da empresa, El Paso Comercializadora, Tractebel Energia, Eletrobrás, CPFL Comercialização, AES Tietê, Furnas e Chesf enviaram propostas. Segundo as regras estabelecidas pela Administración Nacional de Usinas y Transmisiones Eléctricas (UTE), órgão uruguaio responsável pela licitação, venceria a proposta de menor preço para o custo de administração do fornecimento. A Enertrade propôs R$ 0,44 por MWh. O custo da energia será estabelecido semanalmente pelo ONS. Inicialmente, a energia será produzida por térmicas. Dependendo do nível de água nos reservatórios do Brasil, o ONS poderá permitir o fornecimento de energia hidráulica. O fornecimento não tem data marcada para iniciar, pois eepende da assinatura do contrato e sua aprovação pelo Tribunal de Contas do Uruguai. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004) 3 Light entra em novo impasse com credores A Light
ainda não conseguiu fechar a reestruturação da sua dívida de curto prazo,
de US$ 500 milhões, onze meses depois de entrar em default com um grupo
de bancos. Novo impasse entre a distribuidora e os 24 bancos estabeleceu-se
na semana passada, quando a empresa revisou a proposta que havia apresentado
em dezembro. O pleito dos credores para elevar a taxa de juro oferecida,
de CDI mais 1% ao ano, não foi aceito e, na avaliação das instituições,
algumas modificações foram um retrocesso. "Na sua essência, a proposta
não mudou", argumenta Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diretor financeiro
da Light. Segundo ele, o caixa da companhia sofreu impactos negativos
que precisam ser levados em conta. (Valor - 31.05.2004) 4
Conselho de Administração da Celesc aprova política de conseqüências na
empresa 5 Autorizada transferência de ações da transmissora ETAU A CPFL Geração
de Energia S/A foi autorizada pela Aneel a transferir as ações ordinárias
que detém na concessionária Empresa de Transmissão do Alto Uruguai S/A
(ETAU) para as empresas Alcoa Alumínio S/A, DME Energética Ltda. e Camargo
Corrêa Cimentos S/A, sócias no empreendimento. A transferência inclui
a empresa Eletrosul Centrais Elétricas S/A na nova composição societária
da Transmissora. O volume de ações detido pela CPFL correspondia a 45%
no bloco de controle da ETAU, responsável pela construção da linha de
transmissão Campos Novos /Lagoa Vermelha/Santa Marta, de 230 kV, entre
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A Alcoa Alumínio S/A passa a deter
a maior quantidade de ações ordinárias do empreendimento, com 42% do capital
total da empresa. (Aneel - 27.05.2004) 6 Aneel altera prazo da recomposição tarifária da Bandeirante e da Companhia Piratininga A Aneel
alterou os prazos de permanência da Recomposição Tarifária Extraordinária
(RTE) nas tarifas das distribuidoras Bandeirante Energia S.A. e Companhia
Piratininga de Força e Luz S.A. A mudança ocorre em razão da correção
dos valores desembolsados pelas concessionárias para compra de energia
livre no MAE durante o período de racionamento. A correção dos valores
é conseqüência da divisão do mercado entre as duas empresas, resultantes
do processo de cisão da Bandeirante Energia, em agosto de 2001. Com a
correção, a Bandeirante terá direito a receber R$ 119,953 milhões, ao
longo do tempo, por meio da RTE paga pelos consumidores por meio das tarifas.
O montante estabelecido para a Piratininga será de R$ 114,789 milhões.
(Aneel - 27.05.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Região sul não preocupa mais A região
Sul era a única que preocupava os técnicos do ONS até o início deste mês,
mas em maio houve boa recuperação dos reservatórios da região. Na quinta-feira,
as hidrelétricas do Sul estavam com 61,07% da capacidade, quase o dobro
dos 33,57% registrados em setembro do ano passado. Ao contrário das demais
regiões do país, o período molhado no Sul se intensifica a partir de abril.
Ou seja, há fortes possibilidades de que as chuvas na região continuem
enchendo os reservatórios nos próximos meses. Caso isso se concretize,
será mais fácil para que as empresas da região atendam à demanda de energia
dos países vizinhos por meio de hidrelétricas e não com o uso das usinas
térmicas, como tem ocorrido nas últimas semanas. (Gazeta Digital MT -
30.05.2004) 2 Chuva faz usina de Itaipu verter água O grande volume de chuvas nas bacias que abastecem a hidrelétrica de Itaipu contribuíram para o enchimento dos reservatórios da usina, que está vertendo água desde a semana passada. Segundo a assessoria de imprensa de Itaipu Binacional, o vertimento está em 1.704 metros cúbicos de água por segundo, de acordo com dados do dia 27 de maio. A eliminação do excesso do volume de água começou na semana passada e, segundo estimativa da empresa, deve se estender até metade da próxima semana. (Canal Energia - 28.05.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Produtores de energia emergencial pedem contratos de longo prazo A Associação Brasileira dos Produtores de Energia Emergencial (ABPEE) vai propor ao MME a manutenção das usinas instaladas depois do racionamento de energia e a definição de contratos de longo prazo com preços menores que os cobrados atualmente. O MME mantém, por meio da Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial (CBEE), contratos com 54 usinas térmicas emergenciais com capacidade de geração da ordem de 2,12 mil MW e preços em torno de R$ 400 o MWh. Os contratos firmados entre a CBEE e as térmicas emergenciais expiram no último dia de 2004 ou na mesma data do ano que vem, e a expectativa é que não sejam renovados pelo governo federal. Entre fevereiro de 2002 e dezembro do ano passado, a CBEE pagou R$ 2,665 bilhões a essas usinas. Segundo o presidente da ABPEE, José da Costa Carvalho Neto, com base em estudos feitos pela associação, a previsão é que os custos da manutenção das térmicas emergenciais como reserva para evitar novos racionamentos de energia podem ser reduzidos em pelo menos 50% em caso de contratos de longo prazo. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004) 2 Professor da Unicamp: usinas térmicas flexíveis seriam idéias para o sistema elétrico brasileiro Para Secundino
Soares Filho, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o ideal para o sistema
elétrico brasileiro seria manter usinas térmicas flexíveis que não dependam
do sistema "take or pay" para aquisição do gás natural, como as usinas
do PPT, nem dos altos preços das usinas emergenciais. "As térmicas emergenciais
são muito caras e eu acredito que mesmo com uma redução pela metade os
preços ainda continuem altos. O ideal para o sistema elétrico brasileiro
é que as térmicas emergenciais só sejam acionadas quando as condições
hidrológicas exigirem". (Gazeta Mercantil - 31.05.2004) 3 Breitner Energética: Mercado das térmicas emergenciais vai ficar mais restrito O diretor-administrativo
da Breitener Energética, Élfio Rocha Mendes, afirma que as oportunidades
de mercado para as térmicas emergenciais após o fim dos contratos com
a CBEE estão restritas ao sistema isolado da Região Norte ou a países
que necessitem de fornecimento emergencial, como a Argentina atualmente.
Segundo o executivo, o custo de operação das térmicas emergenciais, mesmo
já amortizadas, não permite que elas disputem mercados de consumidores
livres com as usinas movidas a gás natural e muito menos com as hidrelétricas.
A Breitener mantém uma térmica emergencial em Fortaleza com capacidade
instalada de 153,76 MW. Segundo Mendes, a empresa já conseguiu remunerar
os investimentos feitos com a implantação da usina e não há muita expectativa
após o fim dos contratos com a CBEE. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004) 4 "Plano de Massificação do Uso do Gás Natural" da Petrobras O "Plano
de Massificação do Uso do Gás Natural" definido pela Petrobras embute
a ampliação da infra-estrutura, desenvolvimento de novas tecnologias de
aproveitamento e a mobilização dos empresários de diversos setores, na
formação de parcerias para a inserção do produto nos diversos segmentos.
O projeto busca o desenvolvimento de novas formas de geração de energia
- como é o caso da cogeração a gás natural, setor automotivo de transporte
urbano, de carga e matéria-prima, por exemplo. As recentes descobertas
da bacia de Santos, em conjunto com o gás dos campos de Urucu, Juruá,
além das reservas do Sudeste e Nordeste e do gás boliviano, a companhia
vai alcançar, em 2010, cerca de 92 milhões de metros cúbicos por dia,
informa o diretor de Petróleo e Gás, Ildo Sauer. Desse total, 78 milhões
de metros cúbicos/dia devem ser destinados ao mercado e o restante para
consumo da própria Petrobras. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004) 5 Petrobras estima em 14,2% o aumento do consumo de gás natural O crescimento anual do consumo foi estimado pelo plano estratégico da Petrobras em 14,2%, dividido entre termelétricas (13,8 milhões de metros cúbicos/dia), uso industrial (36,7 milhões metros/dia) e outros usos como veicular, residencial, por exemplo, (27,1 milhões de metros cúbicos/dia), volumes considerados para até 2010. Ano passado, a média de consumo ficou em 30 milhões de metros cúbicos/dia e a expectativa para 2004 chega a 36 milhões de metros cúbicos/dia, segundo o diretor. Ildo Sauer diz que, entre 2004 e 2010, a Petrobras deverá investir US$ 53,6 bilhões. O setor de gás e energia ganha reforço no orçamento que chega a US$ 6,1 bilhões, 11% do total estimado para o período. A companhia definiu em seu plano estratégico investimentos da ordem de US$ 3 bilhões, para gasodutos, em projetos implementados até 2010, que inclui a Malha de Gasodutos do Nordeste, Gasoduto Sudeste-Nordeste Gasene, Gasoduto Urucu-Coari-Manaus, Gasoduto Campinas-Rio de Janeiro e a Malha do Sudeste. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004) 6 Eletronuclear assina contrato para troca de geradores da Usina Angra 1 Por unanimidade os ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão no dia 4 de maio de 2004, acordaram em considerar improcedente a representação do Ministério Público da União para investigar o processo de compra dos geradores de vapor (GVs) da Usina Angra 1. O relator do processo diz, nos autos, que "a Eletronuclear está empenhada em buscar oferta mais vantajosa para a empresa, tanto tecnicamente quanto em relação a preços..." No dia 15 de maio a Eletronuclear assinou contrato no valor de 44 milhões de euros com a empresa franco-alemã Framatome para realizar a fabricação dos dois GVs de Angra 1, cujo término dos serviços está previsto para 2007. O documento foi publicado no Diário Oficial da União de 25 de maio de 2004. A troca dos GVs possibilitará aumento significativo da vida útil da Usina Angra 1. No contrato está prevista a participação da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) - fábrica brasileira de componentes nucleares - o que gerará inúmeros empregos para o mercado brasileiro. (NUCA-IE-UFRJ - 31.05.2004)
Grandes Consumidores 1 Companhia Brasileira Carbureto de Cálcio adere ao MAE A Companhia
Brasileira Carbureto de Cálcio é o primeiro consumidor livre a aderir
diretamente ao MAE. A entrada da empresa na categoria consumo foi aprovada
na última sexta-feira, dia 28 de maio, na reunião do Conselho de Administração
da entidade. A medida foi possível a partir da publicação no Diário Oficial
da União do Convênio ICMS nº 6 no mês de abril. (Canal Energia - 31.05.2004)
Economia Brasileira 1 Estudo aponta redução de verba do Banco Mundial para setor de infra-estrutura no Brasil O setor de infra-estrutura, considerado um dos gargalos ao crescimento econômico, tem perdido espaço entre os alvos preferidos dos empréstimos do Banco Mundial (Bird) ao Brasil. Estudo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP sobre o perfil dos projetos financiados pelo organismo mostra que o total de participação do banco em projetos de energia e transportes caiu de 100%, na década de 50, para 2,4% em 2003. Em contrapartida, o volume de recursos destinados à reforma do Estado subiu de 1,7%, na década de 80, para 53,4% no ano passado. Para o autor do estudo, Pedro Arantes, os dados da pesquisa reforçam a mudança de enfoque do Bird, mais afinado com a orientação do FMI. A prioridade passou a ser projetos de ajuste fiscal, apoio à privatização, fortalecimento institucional, modernização de equipamentos e capacitação de técnicos. O autor do estudo da USP, Pedro Arantes, diz que desde que começou a atuar no Brasil, em 1943, o Bird aplicou cerca de US$ 60 bilhões no país. No início das operações, o setor de energia e rodovias eram os alvos preferidos do organismo. Só em energia foram 43 projetos, que receberam US$ 12 bilhões. México e Argentina receberam apenas US$ 5 bilhões nesse setor. (O Globo - 30.05.2004) 2 Bird reconhece redução de empréstimos para setor de infra-estrutura O diretor do Bird no Brasil, Vinod Thomas, reconhece que houve uma redução dos empréstimos para infra-estrutura, mas argumentou que o organismo tem apoiado as reformas estruturais, que podem atrair os investimentos privados. De acordo com Thomas, o Brasil está mais preparado para enfrentar uma crise internacional do que há dois anos. "A implementação do ajuste fiscal, a manutenção da meta de superávit e a melhoria do perfil da dívida pública são indicadores de que a economia brasileira está indo bem", afirmou Thomas. Segundo o diretor do Bird para o Brasil, a posição do banco é apoiar os países em dificuldades provocadas por um eventual choque externo. (O Globo - 30.05.2004) 3
Mercado volta a elevar projeções de inflação 4 Mercado prevê manutenção da Selic em 16% em junho Os analistas
financeiros passaram a esperar manutenção do juro básico da economia na
reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom). A mediana das
expectativas dos analistas para a Selic no mês que vem está em 16%, de
acordo com a pesquisa Focus. O resultado é igual ao patamar atual do juro
básico, que foi mantido pelo BC em 16% ao ano na reunião de maio. Na semana
retrasada, porém, os analistas projetavam juro anual de 15,75% em junho.
A mediana das estimativas aponta Selic em 14,5% no final deste ano, mesmo
percentual previsto na semana. Pela Focus mais recente, a projeção é de
taxa média do ano de 15,54%, acima dos 15,40% previstos na pesquisa anterior.
(Valor - 31.05.2004) 5 Superávit primário recorde em abril O aumento
da arrecadação ajudou o governo a atingir novo superávit primário recorde
em abril. No mês, as receitas de União, Estados, municípios e empresas
estatais superaram as despesas (exceto juros) em R$ 11,9 bi, o maior valor
mensal já registrado na atual série estatística do BC, iniciada em 1991.
Em março, o resultado primário havia atingido R$ 10,28 bilhões, ou 8,36%
do PIB, valor inédito até aquele mês. O resultado mensal de abril corresponde,
por sua vez, a 9,08% do PIB. Ao contrário do ano passado, quando o esforço
fiscal se devia ao corte de despesas, agora o que pesou mais foi o lado
da receita. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes,
houve entre março e abril um crescimento de R$ 1,8 bilhão nas receitas
federais, enquanto as despesas se reduziram em apenas R$ 400 milhões.
"O cumprimento da meta com o FMI para junho já está praticamente assegurado",
disse Lopes. (Gazeta Mercantil - 31.05.2004) 6 Palocci: Resultado do PIB consolida meta de crescimento de 3,5% O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, considera a meta de crescimento econômico de 3,5%, projetada pelo governo para 2004, praticamente consolidada com o resultado do PIB do primeiro trimestre (2,7%). Apesar da confiança, o ministro ressaltou que a preocupação maior, além do resultado do crescimento econômico, é manter as medidas que permitam a expansão da economia brasileira nos próximos 10, 12 anos. "É preciso manter o superávit primário alto, o câmbio flutuante e o esforço fiscal, com objetivos de longo prazo que criem condições para se reduzir o juro e a dívida" disse Palocci durante palestra com representantes japoneses da iniciativa privada, realizada nesta sexta-feira na sede do Banco de Cooperação Internacional do Japão (JBIC). (O Globo Online - 31.05.2004) 7
Furlan aumenta meta de exportações O dólar
à vista foi fortemente pressionado e fechou a manhã desta segunda-feira
em alta de 2,10%, cotado a R$ 3,152 na compra e R$ 3,155 na venda. Na
sexta, o dólar comercial terminou com depreciação de 0,99%, cotado a R$
3,0880 para compra e R$ 3,0900 para venda, no menor patamar desde dia
11 deste mês (R$ 3,0760). (O Globo On Line e Valor Online - 31.05.2004)
Internacional 1 Energia 35% mais barata atrai investimentos à Bolívia A conta
até 35% mais barata de energia elétrica estaria atraindo interesse de
investidores brasileiros para estabelecerem empreendimentos na Bolívia,
segundo informação do coordenador da usina térmica de Puerto Suarez, José
Luís Vaca, divulgada no Corumbá on line. Os estabelecimentos comerciais
da Província de German Bush, estariam pagando de 15% a 35% mais barato
pela energia, insumo de grande peso nos custos da produção, desde a ativação
da térmica, no início do ano. Com isso os investidores do outro lado da
fronteira, no Brasil, estariam buscando informações e alguns, segundo
acredita José Luís, podem se alicerçar na Bolívia ainda este ano. Ao todo
4,5 mil pontos estão recebendo a usina gerada à gás, cujo preço baixo
é favorecido pela baixa carga tributária do País vizinho. A usina ainda
opera com 30% da capacidade. (Campo Grande News - 28.05.2004) 2 Penetração das energias renováveis nos Açores deverá ser de 40% nos próximos anos A taxa de
penetração das energias renováveis nos Açores será de cerca de 40% dentro
dos próximos dois ou três anos, revelou, sexta-feira, em Ponta Delgada,
o secretário regional da Economia, Duarte Ponte, na sessão de abertura
do Fórum "Energia para os Açores, Século XXI", à qual presidiu. O governante
açoriano revelou que 20,1% da energia elétrica produzida nos Açores em
2003 resulta da utilização de energias renováveis. O consumo energético
nas ilhas aumentou cerca de 8,7% no primeiro trimestre de 2004, comparativamente
a idêntico período do ano anterior. Duarte Ponte, defendeu que é preciso
continuar a investir em energias renováveis, contribuindo para que os
países ou regiões insulares se tornem cada vez mais independentes das
energias fósseis. (Jornal Digital PT - 29.05.2004) 3 Iberdrola busca ampliar presença no mercado português A Iberdrola adjudicou à portuguesa Efacec um contrato no valor de mais de 575 mil euros para fornecimento de um transformador com potência de 63 MVA. A entrega está prevista para setembro e o seu destino será a sub-estação de Garrafé (Leão), tendo a Iberdrola adjudicado, em janeiro deste ano, o fornecimento de dois transformadores auxiliares para a central de ciclo combinado da empresa em Aceca (Toledo), com 400 MVA de potência. "A contratação do fornecimento de equipamentos e serviços a empresas portuguesas como a Efacec, é parte integrante da aposta no reforço e ampliação da presença em Portugal da Iberdrola, que se concretizará com a criação, em breve, da sua filial, em Lisboa", afirma a empresa em comunicado. A Iberdrola explica que já firmou contratos, além da Efacec, com as nacionais Solicabel, Cabelte, Cunha Barros, Siemens Portugal e Actaris Portugal para o fornecimento de equipamentos e materiais destinados às áreas de Distribuição e Produção. (Diário Econòmico - 28.05.2004) 4
EDP muda imagem
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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