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IFE: nº 1.356 - 28 de maio de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Agências querem fixação de obrigações mútuas com o governo
2 Diretor-Geral da Aneel: Projeto fere independência das agências
3 ANP: Agências precisam de mais verba para cumprir metas
4 Justiça de Brasília suspende novas resoluções da Aneel relativos a consumidores de baixa renda
5 Último leilão do MAE negocia cerca de R$ 9 mi

Empresas
1 AES Sul pretende recomprar suas ações no mercado
2 Governador de SC estimula indústrias a manterem contratos de energia com Celesc
3 Celesc busca outras estratégias para manter clientes livres
4 Audiência pública discute reajuste tarifária da Celtins
5 Elétricas brasileiras melhoram percepção de risco junto a credores

Licitação
1 Eletronorte
2 CEEE
3 Celesc

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Coelce: Consumo de energia aumentou 2,9% no primeiro quadrimestre
2 Reservatórios registram 82,6% da capacidade no Sudeste/Centro-Oeste
3 Volume armazenado no submercado Sul está em 60%

4
Subsistema Nordeste apresenta 97,3% da capacidade
5
Capacidade de armazenamento fica em 91% no subsistema Norte

Gás e Termelétricas
1 Setor de gás natural pode ter órgão de planejamento
2 MME: Gasodutos prioritários deverão ser licitados
3 Petrobras apresenta plano estratégico no Japão
4 Mercado de gás de MG deve ser incrementado com reestruturação da Gasmig
5 Gasoduto Nordestão II terá investimentos de US$ 310 mi

Grandes Consumidores
1 Sistema Usiminas fecha contrato de R$ 1 bi com Cemig

Economia Brasileira
1 PIB avança no primeiro trimestre do ano
2 A agropecuária foi o setor que mais puxou a economia

3 Dirceu espera agora aumento dos investimentos
4 Brasil cresce menos entre emergentes
5 Importação brasileira aponta para trajetória de recuperação
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Relatório aponta que fonte renovável pode garantir oferta mundial de energia em 2040
2 REP vai emitir US$ 50 mi em ações no mercado peruano
3 Bolsa de eletricidade de Portugal adiada para Outubro
4 Gás Natural e Endesa desmentem aliança
5 Nova administração indiana estimula investimento em petróleo e energia

 

 

Regulação e Novo Modelo

1 Agências querem fixação de obrigações mútuas com o governo

Dirigentes das principais agências reguladoras do Brasil defenderam, ontem, na Câmara dos Deputados, a fixação de obrigações mútuas - entre agências e governo. Eles participaram de audiência pública na comissão especial que está analisando o projeto de lei do governo para as agências reguladoras. Para o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, existem falhas no projeto de lei especificamente no estabelecimento dessa divisão de tarefas entre o governo e as agências. Primeiro, porque o governo deve investir mais, segundo ele, na formação de um quadro técnico nas agências para que elas possam cumprir suas tarefas. Isso dificulta o cumprimento do contrato de gestão, continuou Abdo. Há problemas, por exemplo, para a Aneel fiscalizar os contratos com as concessionárias em diversas regiões do Brasil. O diretor-geral da Aneel lembrou que a experiência do órgão com o contrato de gestão não foi bem sucedida nos últimos sete anos. (Valor - 28.05.2004)

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2 Diretor-Geral da Aneel: Projeto fere independência das agências

Abdo disse que o projeto irá subordinar as agências aos órgãos de defesa da concorrência (o Cade e as secretarias de Direito e de Acompanhamento Econômico dos ministérios da Justiça e da Fazenda). Isso fere, segundo ele, a independência das agências. "Está proposto que os regulamentos que afetam os direitos dos agentes econômicos (empresas) e dos consumidores devem estar submetidos aos órgãos de defesa da concorrência, com 30 dias de antecedência. Achamos que devemos dialogar (com esses órgãos) e fizemos convênios (com eles), mas do jeito que está subordina", criticou o diretor-geral da Aneel. (Valor - 28.05.2004)

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3 ANP: Agências precisam de mais verba para cumprir metas

O diretor da ANP, Haroldo Lima, afirmou que os contratos de gestão devem levar em conta o estabelecimento de metas pelas agências. Para cumpri-las, as agências precisam de mais verba, disse Lima. Segundo ele, a ANP deveria receber R$ 1,9 bilhão para fazer levantamentos sobre áreas de exploração de petróleo e energia, mas só obteve R$ 19 milhões. Lima negou que exista independência nas agências reguladoras. "Eu tenho autonomia financeira e administrativa, mas não sou independente. Eu fui indicado por Lula", disse. O diretor da ANP criticou a proposta do governo de instaurar um ouvidor nas agências. Para ele, o ouvidor pode gerar um fator de desconfiança interna nos órgãos. (Valor - 28.05.2004)

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4 Justiça de Brasília suspende novas resoluções da Aneel relativos a consumidores de baixa renda

Pelo menos cinco milhões de consumidores de energia elétrica no País serão beneficiados pela liminar concedida anteontem pela Justiça Federal de Brasília. A ação, movida pelo Procon-SP e Pro-Teste, contestou os critérios de enquadramento dos clientes na categoria de baixa renda, definidos pela Aneel e que excluíam parte da população necessitada. Na sentença, o juiz suspendeu o efeito das Resoluções 694 e 485 e trouxe de volta as determinações da Lei 10.438, que garantem o desconto aos consumidores que cumprirem o limite de consumo de até 220 kWh/mês e que tenham ligação monofásica. Segundo o juiz Charles Renaud Frazão de Moraes, que concedeu a liminar, as normas representam um perigo ao direito do consumidor. Segundo a Pro-Teste, a Aneel criou a Resolução 485 em novembro de 2002. Esse documento determinava a inclusão do responsável pela unidade consumidora em qualquer programa social do governo federal e fixava a renda per capita familiar em até meio salário mínimo. O problema é que a inscrição nos programas sociais deveria ser feita nas prefeituras municipais, que não tinham estrutura para atender à demanda ou não tinham convênio com o Governo. (Jornal do Commercio - 28.05.2004)

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5 Último leilão do MAE negocia cerca de R$ 9 mi

No 11º e último leilão de compra de energia do MAE, realizado ontem, a Enersul e a GCS Guaraniana compraram um total de 158 lotes de energia, para contratos de seis meses e suprimento a partir de julho de 2004. O valor total dos contratos negociados ontem alcançou cerca de R$ 9 milhões. (Valor - 28.05.2004)

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Empresas

1 AES Sul pretende recomprar suas ações no mercado

A AES Sul anunciou que pretende adquirir todas as suas ações em circulação no mercado por meio de oferta pública. Deverá desembolsar R$ 150 milhões para comprar 3% dos papéis disponíveis no mercado (16,116 milhões de ações), segundo os cálculos de analistas. Em comunicado, a distribuidora informou que vai pagar R$ 9,36 mil por ação ordinária ou preferencial. O valor será reajustado pelo IGP-M desde 13 de maio até a data da liquidação da operação, informa a AES Sul. A operação, comunicada ontem ao mercado, ainda depende de aprovação da CVM. A distribuidora não vai fechar o capital. Pela legislação, as concessionárias são impedidas de fechar o capital. A AES continuará, portanto, listada na bolsa de valores e com registro na CVM. A AES Sul ainda tenta resolver sua dívida de US$ 805 milhões, incluindo US$ 196 milhões em juros atrasados, junto a cinco bancos internacionais. A renegociação iniciou-se no começo deste ano. (Valor - 28.05.2004)

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2 Governador de SC estimula indústrias a manterem contratos de energia com Celesc

O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, quer estimular os empresários catarinenses a manterem seus contratos para comprar energia elétrica com a Celesc. A manifestação foi feita durante encontro com representantes das principais empresas na sede da Fiesc, ontem. As empresas são consideradas "consumidores livres" e podem escolher o fornecedor de luz entre estatais e as do chamado "mercado livre". (Diário Catarinense - 28.05.2004)

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3 Celesc busca outras estratégias para manter clientes livres

Não é só com o apelo do governador Luiz Henrique, que a Celesc vai tentar manter os clientes livres. O presidente da Celesc, Carlos Rodolfo Schneider, afirma que empresas que têm crédito de ICMS de exportações (Lei Kandir) podem usar uma parte do mesmo para pagar a conta de luz após aprovação e liberação pela Fazenda. A Celesc também está esclarecendo que oferece serviços agregados, que garantem mais segurança ao cliente. Conforme Schneider, desde o ano passado, 11 clientes já optaram pelo fornecimento de outras empresas e isso preocupa. A Celesc só poderá atuar no mercado livre quando for criada a Celesc Geração, o que está previsto para meados do ano que vem. Além disso, terá que ter energia para disponibilizar ao mercado. Atualmente, a empresa gera somente 2% a 3% do total que distribui e está desenvolvendo projeto para a construção de pequenas centrais geradoras, cujas primeiras unidades deverão ser concluídas em 2006. (Diário Catarinense - 28.05.2004)

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4 Audiência pública discute reajuste tarifária da Celtins

A Aneel realiza, hoje, em Palmas, uma audiência pública para discutir a revisão tarifária da energia elétrica no Tocantins. A audiência acontece das 8h às 12h, no auditório do TRE (Tribunal Regional Eleitoral). (Folha Popular - 28.05.2004)

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5 Elétricas brasileiras melhoram percepção de risco junto a credores

As empresas de energia elétrica do Brasil estão entre as que apresentam melhor percepção de crédito na América Latina. A análise é da classificadora de risco Standard & Poor's, que elaborou uma síntese setorial das empresas de energia elétrica da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador e México. As companhias brasileiras só perdem para as do Chile, país que possui um marco regulatório mais estável. O relatório aponta como principais fatores para o momento favorável das elétricas no país a boa performance nos resultados operacionais e a melhora nos perfis de endividamento. Neste último caso, a melhora é justificada pela conclusão, com sucesso, dos processos de renegociação para alongar a dívida no curto prazo, ajustando vencimentos de acordo com a sua capacidade de fluxo de caixa livre e reduzindo a exposição cambial. (Canal Energia - 27.05.2004)

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Licitação

1 Eletronorte

A Eletronorte abre processo para contratar serviços de engenharia, com apoio técnico, administrativo e operacional, para dar suporte ao programa Luz para Todos, no Mato Grosso. O prazo para a entrega das propostas termina no dia 9 de junho. (Canal Energia - 27.05.2004)

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2 CEEE

A CEEE abre licitação para aquisição de peças para a tubulação de refrigeração dos grupos principais dos geradores da usina do Jacuí. O prazo também acaba no dia 9 de junho. (Canal Energia - 27.05.2004)

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3 Celesc

A Celesc prorroga o prazo para o processo de contratação de empresas especializadas para executarem manutenção de redes de distribuição urbanas e rurais, nas tensões até 34,5 kV. O prazo encerra no próximo dia 9. (Canal Energia - 27.05.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Coelce: Consumo de energia aumentou 2,9% no primeiro quadrimestre

Segundo a Coelce, somadas todas as classes, o consumo de energia subiu 2,9% nos primeiros quatro meses do ano. O gerente de tarifas e regulação da empresa, José Caminha Araripe, explica que o crescimento está relacionado às escassas chuvas do mês de abril. (Diário do Nordeste - 28.05.2004)

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2 Reservatórios registram 82,6% da capacidade no Sudeste/Centro-Oeste

O volume armazenado no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 82,6%. O valor fica 37% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. Os dados, do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), são relativos ao dia 26 de maio. (Canal Energia - 27.05.2004)

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3 Volume armazenado no submercado Sul está em 60%

O subsistema Sul apresenta 60% da capacidade, um acréscimo de 1,1% em um dia. A usina de Ernestina registra 49,26% da capacidade. (Canal Energia - 27.05.2004)

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4 Subsistema Nordeste apresenta 97,3% da capacidade

A capacidade de armazenamento fica em 97,3% no subsistema Nordeste, volume 62% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um pequeno acréscimo em relação ao dia anterior. A usina de Sobradinho registra 99,46% da capacidade. (Canal Energia - 27.05.2004)

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5 Capacidade de armazenamento fica em 91% no subsistema Norte

Os reservatórios registram 91% da capacidade no subsistema Norte, uma leve redução em relação ao dia 25 de maio. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta 99,6% do volume. (Canal Energia - 27.05.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Setor de gás natural pode ter órgão de planejamento

O grupo de trabalho do MME que está preparando a proposta de "lei do gás" estuda a possibilidade de criar um órgão de planejamento para o setor de gás natural, que projetaria, entre outras coisas, a expansão da infra-estrutura de transporte do setor. A informação foi dada pelo assessor da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Winston Costa e Oliveira. "Hoje o setor está solto, não existe nenhum tipo de planejamento, o que prejudica o crescimento do consumo", disse. Além do planejamento para a infra-estrutura, a proposta para a lei do gás deve apresentar outras sugestões sobre transporte do produto, como o livre acesso, além de orientações a respeito da exploração e produção, comercialização, prioridade de uso, importação e exportação, preços e tarifas, transferência e coleta, e verticalização. Segundo Oliveira, a intenção do MME é divulgar a proposta de lei até o final de julho. "Queremos fazer uma discussão maior que a realizada para o modelo do setor elétrico", acrescentou. Após a fase de discussão, a proposta seguirá em projeto de lei para o Congresso Nacional. (Gazeta Mercantil - 28.05.2004)

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2 MME: Gasodutos prioritários deverão ser licitados

De acordo com o assessor da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Winston Costa e Oliveira, os gasodutos considerados prioritários pelo governo deverão ser licitados. No entanto, as empresas privadas também poderão sugerir linhas. Dependendo do porte e se não fizerem parte do planejamento do governo, as interessadas poderão receber simplesmente uma autorização do órgão regulador permitindo a realização da obra. Oliveira afirmou que parte dos recursos a serem utilizados na construção dos gasodutos prioritário serão provenientes de tributos como a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e a Contribuição ao Desenvolvimento Econômico (CDE). (Gazeta Mercantil - 28.05.2004)

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3 Petrobras apresenta plano estratégico no Japão

O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, apresentou ontem a empresários e banqueiros japoneses o plano de investimentos da empresa, que prevê recursos de US$ 53,6 bilhões até 2010. O plano de expansão dedicará 80% dos recursos a operações de exploração e produção, disse Dutra, que prevê produzir 2,3 milhões de barris por dia de petróleo e gás natural, suficientes para abastecer o consumo interno brasileiro e gerar um excedente exportável de 550 mil barris diários. O plano estratégico inclui US$ 1,1 bilhão anuais para investimentos no exterior, a metade na América Latina. Dutra destacou a confiança das empresas japonesas e dos bancos japoneses e internacionais nesse capital para a empresa. (Gazeta Mercantil - 28.05.2004)

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4 Mercado de gás de MG deve ser incrementado com reestruturação da Gasmig

A reestruturação da Gasmig, a partir da venda de até 49% de suas ações para a Petrobras, pode incrementar o mercado de gás natural em Minas Gerais. Com a nova composição acionária, prevê-se que a empresa aumente sua capacidade de produção de GN dos atuais de 3,5 milhões m3/dia para um volume de 10 milhões m3/dia. A defesa da sociedade entre as empresas foi feita pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer. "Vários segmentos da economia mineira passarão a ser muito mais competitivos com o gás natural e o acordo com a Gaspetro será fundamental para esse incremento. Os números atuais são modestos em função do grande potencial do Estado", defendeu o secretário Wilson Brumer, lembrando que a empresa mineira tem hoje 228 clientes. Segundo ele, as regiões com maiores potenciais de expansão desse mercado são Sul, Triângulo, Vale do Aço e Grande BH. (Folha da Manhã - 28.05.2004)

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5 Gasoduto Nordestão II terá investimentos de US$ 310 mi

A Petrobras está definindo o projeto básico do Nordestão II. O gasoduto de 554 km e ligará a cidade de Pilar (AL) a Mossoró (RN). A construção do Nordestão II, que integra o Projeto Malhas da Petrobras, está orçada em US$ 310 milhões. Os recursos serão bancados pela estatal. A expectativa é que o projeto executivo esteja pronto até o final do primeiro semestre de 2005 para que a Petrobras inicie as obras ainda no próximo ano. O prazo estimado dos trabalhos é de 18 meses. O gasoduto terá 24 polegadas e, inicialmente, cortaria Caruaru. Mas, na nova formatação, o ramal foi deslocado um pouco mais para o oeste, passando por São Caetano e Santa Cruz do Capibaribe. O secretário Fernando Dueire disse que está pré-agendada para junho a vinda do diretor de Energia e Gás da Petrobras, Ildo Sauer. Na ocasião será assinado o aditivo ao contrato de suprimento entre a estatal e a Copergás. Com isso, o gás natural comercializado em Pernambuco deve sofrer uma redução de 8% porque a Petrobras vai equiparar a tarifa de transporte cobrada no Estado com a da Bahia, mais baixa. A mudança vai beneficiar os consumidores industriais, comerciais/residenciais e automotivos. (Diário de Natal - 28.05.2004)

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Grandes Consumidores

1 Sistema Usiminas fecha contrato de R$ 1 bi com Cemig

O Sistema Usiminas assinou em 4 de maio, com a Cemig, contrato de longo prazo para fornecimento de energia elétrica no valor de R$ 1 bilhão. A assinatura foi realizada no Palácio da Liberdade com a presença do governador Aécio Neves e do presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares. O contrato terá duração de cinco anos, com início previsto para janeiro de 2005 e término em dezembro de 2009, e atenderá as duas maiores empresas do Sistema Usiminas - Usiminas e Cosipa. Neste período, as duas siderúrgicas receberão, no total, 14.293.400 MWh, que correspondem a 350 MW médios, volume que equivale a 1,2% do consumo nacional de energia elétrica e a 2,4% do consumo industrial brasileiro - ou, ainda, a 2,5 vezes o consumo da cidade de Belo Horizonte. (Elétrica - 27.05.2004)

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Economia Brasileira

1 PIB avança no primeiro trimestre do ano

O Produto Interno Bruto Brasileiro cresceu, de janeiro a março, 1,6% em relação ao trimestre anterior, e 2,7% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Segundo o IBGE, os investimentos cresceram 2,2% no primeiro trimestre - desde o fim de 2002 a taxa não era positiva. O consumo das famílias avançou 0,3%. Os resultados do PIB, no entanto, não diminuíram as divergências das previsões de crescimento. Para o ex-ministro do Fazenda Delfim Netto, o país deve crescer 3,5%. Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, espera 4% de aumento. Mas outros economistas prevêem turbulências internacionais e projetam uma expansão inferior a 3%. Uma das preocupações é a reação ínfima do consumo das famílias (Valor Online - 28.05.2004)

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2 A agropecuária foi o setor que mais puxou a economia

Impulsionada pelas exportações a agropecuária registrou expansão de 3,3% em relação ao quarto trimestre do ano passado e de 6,4% na comparação com o primeiro trimestre de 2003. No segmento industrial, o crescimento foi de 1,7% relação ao quarto trimestre e de 2,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2003. O setor da indústria que mais cresceu foi o da indústria de transformação devido ao aumento da produção de máquinas e equipamentos e automóveis. O setor de serviços teve alta de 0,4% na comparação com o quarto trimestre de 2003 e de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Também registraram expansão as instituições financeiras como bancos (1,9%), aluguel (1,1%) e administração pública (1,1%). O setor de comunicações apresentou retração pela terceira vez consecutiva retração (1,9%). Neste caso, a principal razão foi a queda no consumo do serviço de telefonia fixa. (Jornal do Commercio - 28.05.2004)

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3 Dirceu espera agora aumento dos investimentos

José Dirceu afirmou que o crescimento do PIB veio dentro das expectativas governamentais. "O Governo tem confiança no que está fazendo, e os resultados do primeiro trimestre do PIB ajudam o Brasil a ter mais confiança (...) O Brasil precisa crescer 5% a 7% ao ano. Nós precisamos crescer, criar empregos no País. Acredito que estamos criando as condições (para isso). Não sem tropeços, mas isso faz parte da vida. Acho que o presidente está na direção certa" disse. Dirceu ressaltou a necessidade de aprovação no Congresso Nacional de várias medidas, como a Lei de Falências, e a legislação sobre as Parcerias Público-Privadas (PPPs). "Espero que consigamos fazer crescer os investimentos na infra-estrutura do País", afirmou, classificando a medida como uma das condições para o início de um ciclo de crescimento sustentável. (Jornal do Commercio - 28.05.2004)

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4 Brasil cresce menos entre emergentes

A expansão do PIB brasileiro está inserida num contexto global de aquecimento econômico. O desempenho brasileiro no primeiro trimestre, porém, está aquém daquele registrado por economias emergentes, como China, México e Chile. Nesses países, as taxas de crescimento no primeiro trimestre na comparação com o primeiro trimestre do ano passado ficaram em 9,8%, 4,6% e 4,5%, respectivamente. A taxa brasileira para o mesmo período é de 2,7%. Para Sandra Utsumi, economista-chefe do BES Securities, o Brasil vive "um ciclo diferente" de expansão. "Emergentes como México e Chile entraram num processo de crescimento antes de nós. Eles conseguiram se beneficiar do começo da retomada americana e de um momento de grande liquidez em 2002 e em 2003", avaliou. Segundo a economista, nesse período o Brasil passou pela turbulência pré-eleitoral, e por um cenário de aversão ao risco. (Folha de São Paulo - 28.05.2004)

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5 Importação brasileira aponta para trajetória de recuperação

Todos os grandes grupos de produtos (categorias de uso) registraram aumento das importação em abril último, com destaque para bens intermediários (insumos e matérias-primas industriais), com alta de 16,3%, e combustíveis (23,8%). O mesmo ocorre em maio, que, até a terceira semana, indicava crescimento de 26% nas importações do mês, em nível de expansão maior que o indicado nas exportações do período. Para o economista-chefe da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), Fernando Ribeiro, os dados apurados nas importações revelam um processo de recuperação da economia brasileira e ratificam, assim, as informações sobre o comportamento do PIB divulgadas pelo IBGE. Nos primeiros quatro meses do ano, as importações de bens de capital passaram a ser positivas, com crescimento modesto de 1,3% no período. (Gazeta Mercantil - 28.05.2004)

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6 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio é vendedor pelo segundo dia consecutivo e derruba o dólar à vista. Às 12h10m, a moeda americana caía 0,64%, cotada a R$ 3,098 na compra e R$ 3,101 na venda. Ontem, o dólar terminou o dia a R$ 3,1190 na compra e a R$ 3,1210 na venda, com desvalorização de 1,32%. (O Globo On Line e Valor Online - 28.05.2004)

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Internacional

1 Relatório aponta que fonte renovável pode garantir oferta mundial de energia em 2040

Metade da energia global poderá vir de fontes renováveis em 2040 se forem adotadas políticas avançadas e inteligentes, segundo relatório divulgado pelo Conselho Europeu de Energias Renováveis (CEER). O documento, preparado para a Conferência Internacional sobre Energias Renováveis, afirma que este tipo de fonte energética pode garantir a provisão mundial nas próximas décadas. A energia renovável, "combinada com a melhora da eficiência energética", pode proporcionar toda a energia que é obtida na atualidade de fontes convencionais para serviços como calefação, eletricidade e transporte. Mas, para conseguir esses 50% de fontes renováveis em 2040, medidas como a ratificação do Protocolo de Quioto, o fim dos subsídios à energia convencional e outras iniciativas devem ser colocadas em prática. Mesmo sem essas iniciativas as fontes renováveis chegarão deverão responder por 27% das necessidades energéticas mundiais. Segundo os dados do relatório, a principal contribuição das energias renováveis será a produzida pelo mar, que representará 21%, seguida da termosolar, com 15%, e da fotovoltaica, com 13%. (Gazeta Mercantil - 28.05.2004)

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2 REP vai emitir US$ 50 mi em ações no mercado peruano

A concessionária de transmissão peruana, REP, vai realizar uma emissão de ações no valor total de US$ 50 milhões no mercado doméstico no segundo semestre deste ano. Essas ações seriam parte da terceira e quarta fase do primeiro programa de emissão de ações da empresa, num montante total de US$ 100 milhões. As ações serão de longo prazo. De acordo com o CFO da empresa peruana, Jaime Falquez, a REP não passa por necessidades financeiras no presente e está atendendo seus gastos através de seus próprios recursos enquanto trabalha para melhorar ainda mais suas finanças. (Business News Americas - 27.05.2004)

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3 Bolsa de eletricidade de Portugal adiada para Outubro

O arranque da bolsa de derivados de eletricidade em Portugal só será uma realidade em Outubro, anunciou António de Almeida em entrevista ao Jornal de Negócios. O arranque da bolsa de derivados de eletricidade em Portugal só será uma realidade em Outubro, anunciou António de Almeida em entrevista ao Jornal de Negócios. O presidente do OMIP quer a Euronext Lisbon na estrutura acionista. O OMIP já encetou contactos com João Freixa no sentido de convencer o presidente da bolsa de valores nacional a ser acionista do novo mercado de derivados de eletricidade. Este modelo não seria inédito na Europa. A Powernext, à qual a EDP - Gestão da Produção de Energia aderiu recentemente, é controlada em 34% pela Euronext Paris, uma bolsa do mesmo grupo da Euronext Lisbon. (Canal de Negócios PT - 28.05.2004)

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4 Gás Natural e Endesa desmentem aliança

A Gás Natural e a Endesa desmentiram a notícia do jornal "El País" que dizia que as duas empresas estavam a considerar fazer uma aliança, juntamente com a Sociedad General de Aguas de Barcelona. A Gás Natural disse não estar a estudar qualquer possibilidade de aliança e que não esteve em conversações com a Endesa para considerar tal "joint venture". A maior distribuidora de gás natural espanhola está a expandir-se ao negócio da eletricidade, uma vez que a quota de mercado do gás caiu para 60%, contra os 95% de há dois anos, depois de Espanha ter aberto o mercado de gás e de energia à competição plena em 2003. A Endesa e a Iberdrola ainda controlam 64% do mercado espanhol de geração de energia e 76% da distribuição e fornecimentos. (Canal de Negócios PT - 28.05.2004)

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5 Nova administração indiana estimula investimento em petróleo e energia

O novo governo da Índia praticamente descartou o programa de privatização da gestão antecedente ao avisar que não deve vender as empresas estatais lucrativas. Considera privatizar as companhias estatais problemáticas, mas cada caso será analisado separadamente. Em documento, o novo governo determinou aumentar o gasto com educação para 6% do PIB e estimular o investimento externo em petróleo e energia. Também determinou a meta de crescimento anual de entre 7% e 8%. Na semana passada, o mercado acionário doméstico teve quedas expressivas ante o temor de que a coalizão recém-chegada ao poder pudesse reverter as reformas econômicas da administração anterior. (Valor - 27.05.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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