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IFE: nº 1.355 - 27 de maio de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Copom eleva projeção de alta de energia em 2004 para 11%
2 Incidência do ICMS sobre o total da conta pode subir conta de luz para a baixa renda
3 Novo leilão de LTs deve gerar investimentos de R$ 1 bi
4 BNDES tem carteira de R$ 3,2 bi para linhas de transmissão
5 BNDES financia linha de transmissão no Rio Grande do Sul
6 Seis empresas habilitadas para último leilão de compra do MAE
7 14 milhões de famílias deverão ser enquadradas como consumidoras de baixa renda
8 Curtas

Empresas
1 Grupos de energia devem partir pro mercado de capitais
2 Conselho Ambiental do MT nega pedido de Furnas
3 CCEE deve realizar leilões de energia velha no novo modelo
4 Guaraniana aprova nome de executivos para assumir seis diretorias
5 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Capacidade de armazenamento fica em 82,5% no Sudeste/Centro-Oeste
2 Nível de armazenamento fica em 58,9% no subsistema Sul
3 Reservatórios registram 97,3% da capacidade no subsistema Nordeste

4
Subsistema Norte registra 91% da capacidade

Gás e Termelétricas
1 Especialistas apostam em parceria com China para que programa nuclear brasileiro deslanche
2 Pinguelli: China tem interesse nas reservas brasileiras de urânio
3 Ministério Público libera construção de gasoduto Urucu-PortoVelho
4 CEG assina contrato para fornecimento de gás à TermoRio
5 Victer: Isenção de ICMS representou ganho de 30% sobre valor da obra da TermoRio
6 CEG investirá R$ 320 mi no Estado do RJ em 2004
7 Gasmig investirá R$ 500 mil em Juiz de Fora

Grandes Consumidores
1 CVRD busca recursos para compra de energia elétrica
2 Demanda interna melhora o desempenho das siderúrgicas
3 CSN tem rating elevado

Economia Brasileira
1 IGP-M sobe 0,10 ponto, para 1,31% em maio
2 IPCA-15 duplica e alta vai a 0,54%

3 Gasolina mais cara pode pôr em risco meta de inflação
4 IBGE vai divulgar hoje números relativos ao primeiro trimestre do ano
5 Vendas em SP sobem frente a 2003 mas caem quando comparadas ao mês anterior
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Imposto para gás na Argentina
2 BPI: Novas regras para o setor energético espanhol devem beneficiar a EDP
3 Portugal e Grécia atrasados na aplicação de energias renováveis

Regulação e Novo Modelo

1 Copom eleva projeção de alta de energia em 2004 para 11%

O Comitê de Política Monetária (Copom) espera para 2004 um reajuste de 11% nas tarifas residenciais de eletricidade, informa a ata da reunião de maio. A projeção é superior à de abril, que era de 8,5%. Para as tarifas de telefonia fixa, não houve alteração ante a projeção anterior. A expectativa de aumento continua em 6,7% neste ano. (Valor - 27.05.2004)

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2 Incidência do ICMS sobre o total da conta pode subir conta de luz para a baixa renda

Mesmo com a expansão do enquadramento a conta de luz do consumidor de baixa renda poderá subir em média 14%. Isso acontecerá se o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovar proposta de alguns Estados para que o ICMS incida sobre todo o valor da conta de luz desse consumidor. A estimativa foi feita ontem pelo presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica, Luiz Carlos Guimarães, em audiência pública na Câmara dos Deputados. Cerca de 16 milhões de famílias - 38% dos consumidores residenciais - são consideradas de baixa renda e, portanto, pagam tarifa de energia mais barata. Segundo Guimarães, a proposta foi apresentada ao Confaz por alguns Estados, mas ainda não foi incluída na pauta de votação. (O Estado de São Paulo - 27.05.2004)

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3 Novo leilão de LTs deve gerar investimentos de R$ 1 bi

O governo federal dará início, ainda no primeiro semestre, ao novo processo de leilão de linhas de transmissão. A expectativa é leiloar treze lotes, com extensão de 2.880 km e que exigirão investimentos de pelo menos R$ 1 bilhão. O edital deve sair até 15 de junho. O negócio de transmissão tornou-se o braço mais atraente do setor elétrico: oferece ao investidor remuneração fixa acertada no leilão. Na prática, a venda é feita por meio de "leilão reverso": vence o consórcio que oferecer o menor preço para explorar por 30 anos a concessão de determinado trecho. O valor é corrigido pelo IGP-M. Empresas espanholas, tradicionais investidoras em transmissão, deverão voltar à disputa. Entre as brasileiras, a novidade poderá ser a entrada da CPFL Energia, que já opera no ramo de geração, distribuição e comercialização de energia. Líderes como Alusa e Schain também deverão fazer seus lances. (Valor - 27.05.2004)

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4 BNDES tem carteira de R$ 3,2 bi para linhas de transmissão

O BNDES tem uma carteira de R$ 3,2 bilhões para financiamentos à instalação de linhas de transmissão, de um investimento total de R$ 4,8 bilhões. Esse valor equivale a 18 operações, sendo cinco contratadas, outras cinco aprovadas, uma em análise, quatro enquadradas e três em fase de carta-consulta. Os projetos somam um total de 6,4 mil quilômetros de extensão de linhas. Os financiamentos para as operações contratadas são da ordem de R$ 1,1 bilhão, parte de um investimento total de R$ 1,5 bilhão. (Gazeta Mercantil - 27.05.2004)

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5 BNDES financia linha de transmissão no Rio Grande do Sul

O BNDES anunciou ontem que vai financiar, com R$ 146 milhões, a construção da linha de transmissão Uruguaiana-Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, pela Sul Transmissora de Energia (STE). O projeto faz parte da carteira de R$ 3,2 bilhões que o banco tem em financiamentos para este setor. A linha Uruguaiana-Santa Rosa ligará quatro subestações de energia no Estado, cortando 13 municípios. O empreendimento, de 366 km de extensão, deve ser concluído em julho deste ano. O STE, consórcio formado pelas espanholas Abengoa e Control y Montajes Industriales Cymi, ganhou a concessão sobre a linha de transmissão em leilão realizado pela Aneel em 2003. (Zero Hora - 27.05.2004)

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6 Seis empresas habilitadas para último leilão de compra do MAE

As empresas Chesf, Coelba, Cosern, Furnas, Tractebel e União Comercializadora foram habilitadas pelo MAE para participarem do 11º Leilão de Compra e Venda de Energia, promovido pelo órgão. O negócio, que acontecerá nesta quinta-feira, dia 27 de maio, será o último a ser realizado pelo MAE na modalidade de compra. As empresas compradoras são Enersul (20 lotes de energia base e 20 lotes de energia flexível, todos para o submercado Sudeste), a GCS Guaraniana (200 lotes de energia base no submercado Nordeste e 110 lotes de energia base no submercado Sudeste) e a União Comercializadora (40 lotes de energia flexível no submercado Sudeste). (Canal Energia - 26.05.2004)

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7 14 milhões de famílias deverão ser enquadradas como consumidoras de baixa renda

O governo federal estima que 14 milhões de famílias em todo o País têm direito de serem enquadradas como consumidoras de baixa renda e a pagar uma tarifa de energia mais barata. Segundo o secretário de Energia do MME, Ronaldo Schuck, até 31 de julho deste ano as concessionárias de distribuição de energia terão o número exato desses consumidores de baixa renda. Até lá, as famílias enquadradas nessa categoria terão que cumprir as exigências da legislação sobre o setor. Pela lei, quem consome até 80 quilowatts/hora por mês está enquadrado e paga uma tarifa mais barata. Quem tem gasto mensal entre 80 e 220 KW/h tem de comprovar que está inscrito no cadastro único para programas sociais do governo e que tem uma renda mensal per capita de até meio salário mínimo. (O Estado de São Paulo - 26.05.2004)

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8 Curtas

O Rio de Janeiro saiu de sua posição em que se encontrava em 1999, quando importava cerca de 60% da energia elétrica que consumia, para se tornar exportador de 40% de sua energia excedente, segundo informação do secretário Wagner Victer. (Jornal do Commercio - 27.05.2004)

O presidente da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, criticou o processo de cadastramento dos consumidores de baixa renda. Para o executivo, as concessionárias não devem ficar com a responsabilidade de cadastrar os clientes, cabendo a elas apenas a checagem de parâmetros técnicos para a concessão do benefício. (Canal Energia - 26.05.2004)


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Empresas

1 Grupos de energia devem partir pro mercado de capitais

Os próximos anos serão marcados por um intenso movimento de consolidação do setor elétrico. Os grupos privados, motivados pela necessidade de redução dos custos e do endividamento, devem agrupar empresas e partir para o mercado de capitais. Dois tipos de operação já começam a despontar: a abertura de capital de holdings de energia e a captação de recursos no mercado doméstico para alongar dívida e fugir da variação cambial. A holding CPFL Energia - controlada pela VBC Energia (Bradesco, Camargo Corrêa e Votorantim) e pelos fundos de pensão Previ, Funcesp, Sistel, Petros e Sabesprev - é apontada como a mais adiantada na reestruturação que a levará à abertura de capital. (Valor - 27.05.2004)

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2 Conselho Ambiental do MT nega pedido de Furnas

Furnas Centrais Elétricas S/A pediu pelo descumprimento do Termo de Ajuste aos Programas Ambientais do APM Manso, celebrado entre Fema, Furnas e Ministério Público Estadual, datado de 2001. Os membros do Conselho votaram contra o pedido de Furnas e favoráveis ao parecer jurídico da Fema, onde Furnas devem pagar multa de 12 mil UFIRS. Furnas também foi duramente criticada pelos membros do Consema, por não cumprir acordos e regras ambientais. O Consema é formado por 27 membros, que representam os mais diversos segmentos da sociedade e que se reúnem mensalmente para votar e dar parecer de atos de infração com relação às leis ambientais. (Elétrica - 26.05.2004)

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3 CCEE deve realizar leilões de energia velha no novo modelo

A futura Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que substituirá o MAE no novo modelo do setor elétrico, deverá abrigar a realização de leilões de energia velha, previstos para ocorrer a partir do último trimestre de 2004. O negócio ainda está sendo formatado pelo MME e ainda não tem detalhes definidos, mas a idéia é aproveitar o know-how do MAE na realização destas operações. "Não há nada definido, já que o decreto criando a CCEE nem saiu, mas está mais ou menos acertado que os leilões de energia velha sejam realizados na CCEE, enquanto os leilões de expansão (energia nova) fiquem com a Aneel", adianta o presidente do Conselho de Administração do MAE, Antonio Carlos Fraga Machado. (Canal Energia - 26.05.2004)

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4 Guaraniana aprova nome de executivos para assumir seis diretorias

O Conselho de Administração do grupo Guaraniana aprovou a contratação de seis executivos, que ocuparão cargos na diretoria da holding. A decisão faz parte do processo de reestruturação do grupo, que tem por objetivo o reposicionamento estratégico e o alinhamento da gestão da empresa, além de melhores práticas de governança corporativa. O executivo Carlos Mulas Orosa assumirá a diretoria Executiva de Geração. O cargo de diretor Executivo Financeiro e de Relações com Investidores ficará com Erik da Costa Breyer. A diretoria Executiva de Distribuição será assumida por Fernando Arronte Villegas. Para a diretoria Executiva de Planejamento e Controle, o cargo ficará com Paulo Roberto Dutra. Nas diretorias de Recursos Humanos e de Regulação, assumem os cargos Roseli Schilagi e Solange Maria Pinto Ribeiro, respectivamente. (Canal Energia - 26.05.2004)

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5 Curtas

Segundo projeção da Thomson One Analytics, a Eletrobrás deve terminar 2004 com o maior lucro líquido entre as empresas do setor na América Latina, com US$ 1,039 bilhões e receita líquida de US$ 6,634 bilhões. (Valor - 27.05.2004)

O Ministério Público do Trabalho está questionando o alto número de terceirizados, entre eles leituristas, eletricistas e atendentes, que exercem atividades fins da Cemig. (Tribuna de Minas - 27.05.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Capacidade de armazenamento fica em 82,5% no Sudeste/Centro-Oeste

O nível de armazenamento fica em 82,5% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 36,8% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento de 0,1% em relação ao dia anterior. As hidrelétricas de Marimbondo e Furnas registram 91,8% e 98,7% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 26.05.2004)

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2 Nível de armazenamento fica em 58,9% no subsistema Sul

O subsistema Sul registra 58,9% da capacidade, um aumento de 0,4% em comparação com o dia anterior. A hidrelétrica de Machadinho registra 58,3% da capacidade. (Canal Energia - 26.05.2004)

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3 Reservatórios registram 97,3% da capacidade no subsistema Nordeste

A capacidade de armazenamento fica em 97,3% no subsistema Nordeste. O volume está 61,9% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível de armazenamento permaneceu estável em relação ao dia 24 de maio. A hidrelétrica de Sobradinho fica com 99,46% da capacidade. (Canal Energia - 26.05.2004)

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4 Subsistema Norte registra 91% da capacidade

Os reservatórios registram 91% da capacidade no subsistema Norte, uma queda de 0,1% em comparação com o dia 24 de maio. A usina de Tucuruí apresenta volume de 99,7%. (Canal Energia - 26.05.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Especialistas apostam em parceria com China para que programa nuclear brasileiro deslanche

O programa brasileiro nuclear receberá um importante impulso caso Brasil e China avancem nas conversas e cheguem a um acordo. Esta é a opinião dos especialistas em energia no país. As esperanças estão depositadas na possibilidade de que uma parceria sino-brasileira de troca de tecnologia e venda de urânio representará injeção de recursos chineses no programa do Brasil. Isso, dizem os especialistas, mesmo que em um primeiro momento o acordo se restrinja à exportação de concentrado de urânio (só o minério). Segundo o presidente da Eletronuclear, Zieli Dutra Thomas Filho, a China poderá, no futuro, se mostrar interessada em comprar até mesmo urânio enriquecido do Brasil - aumentando o valor agregado e a quantidade de recursos a ser recebida pelo país. Segundo o professor do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe/UFRJ, Aquilino Senra, enquanto uma tonelada de urânio natural custa US$ 30, a mesma tonelada enriquecida custa no mercado internacional US$ 1.400. O acordo poderá envolver também o desenvolvimento das empresas nacionais do setor nuclear. Se a indústria brasileira participar da construção de usinas nucleares da China, fabricantes nacionais terão como se expandir, afirma Zieli. (O Globo - 27.05.2004)

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2 Pinguelli: China tem interesse nas reservas brasileiras de urânio

O físico nuclear da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, acha positivo um entendimento entre Brasil e China no setor nuclear. Ferrenho opositor do acordo com a Alemanha, que consumiu US$ 10 bilhões, Pinguelli não acredita, porém, que os chineses tenham interesse na tecnologia do enriquecimento de urânio. A China tem duas tecnologias para isso: a ultracentifugação e a difusão gasosa. Ele acha que os chineses têm interesse nas reservas brasileiras. Ele lembra que o urânio concentrado tem pouco valor no mercado mundial - que compra US$ 20 bilhões por ano em urânio enriquecido. Mas para a China, que depende da energia nuclear, ter um fornecedor certo (o Brasil tem a sexta maior reserva do minério do mundo) é estratégico. "O Brasil deve saber tirar vantagem disso", disse ele. (O Globo - 27.05.2004)

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3 Ministério Público libera construção de gasoduto Urucu-PortoVelho

O Ministério Público Federal decidiu remover a ação contra a construção do gasoduto Urucu-Porto Velho, na Amazônia. Com isso, a licença prévia do empreendimento, orçado em US$ 350 milhões, está novamente válida. "O próximo passo é a obtenção da licença de instalação e aí começar a construir a obra", diz Ildo Sauer, diretor de gás e energia da Petrobras. A estatal é dona de 50% do gasoduto e tem como sócias a El Paso (25%) e a CS (25%). O investimento deverá ser totalmente financiado pelo BNDES, segundo Sauer. A obra, que levará dois anos para ser concluída, vai escoar gás natural da bacia de Urucu, da Petrobras, e alimentar as térmicas Termo Norte I e II, hoje movidas a óleo. O gasoduto terá capacidade inicial para transportar 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Numa segunda etapa poderá alcançar 4 milhões de metros cúbicos ao dia. As térmicas fornecem energia para a Eletronorte e alimentam o sistema isolado Acre-Rondônia, que consome 404 MW. Sauer lembra que, junto com o gasoduto Coari-Manaus, que recebeu licença ambiental na sexta-feira, a Amazônia "conseguirá resolver um problema de 20 anos". (Valor - 27.05.2004)

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4 CEG assina contrato para fornecimento de gás à TermoRio

A TermoRio e a concessionária CEG assinaram ontem um contrato de três anos, no valor de R$ 900 milhões, para abastecimento da usina com gás natural. O fornecimento será de 2,7 milhões de metros cúbicos por dia pelos próximos 12 meses, chegando a 5,1 milhões de metros cúbicos por dia após esse período. A usina, controlada pela Petrobras, terá capacidade total de 1.040 MW e vai fornecer energia para a estatal, que a comercializará. Quando a usina atingir sua capacidade máxima de geração, vai ser responsável por 22% da geração de energia no Estado. Além disso, produzirá também vapor para ser utilizado pela Refinaria Duque de Caxias (Reduc) na geração de energia. A TermoRio terá três módulos de geração de energia. Segundo o presidente da TermoRio, Carlos Augusto Kirchner, a operação comercial começará em 15 de outubro, apenas com o primeiro módulo. Os outros dois entrarão em operação em 2005: o segundo, em 4 de fevereiro, acrescentando mais 328,5 MW ao sistema, e o terceiro, em 28 de maio. (Jornal do Commercio - 27.05.2004)

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5 Victer: Isenção de ICMS representou ganho de 30% sobre valor da obra da TermoRio

O Governo do Estado do Rio de Janeiro garantiu isenção de ICMS sobre os ativos da TermoRio e sobre o gás fornecido pela CEG à termelétrica, o que representou, segundo o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, ganho de 30% sobre o valor líquido da obra. Victer destacou a participação do gás natural na matriz energética do Estado, que já chega a 14%, e a segurança do Estado em termos de abastecimento. (Jornal do Commercio - 27.05.2004)

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6 CEG investirá R$ 320 mi no Estado do RJ em 2004

A CEG vai investir R$ 320 milhões no Estado do Rio este ano, valor 45,45% superior aos R$ 220 milhões desembolsados no ano passado. Desse total, a maior parte -R$ 230 milhões - será destinada à expansão da rede de gasodutos para municípios ainda não atendidos pela concessionária. De acordo com o presidente da CEG, que abastece o Rio, e da CEG Rio, que abastece o restante do Estado, Daniel Lopez Jordá, os investimentos este ano serão mais expressivos devido aos custos elevados da expansão de mais de 400 km da malha de gasodutos. Os R$ 90 milhões restantes serão destinados à manutenção e conservação da malha de dutos existente - R$ 40 milhões - e à conversão do gás manufaturado para gás natural - R$ 50 milhões. Jordá acredita que, com a expansão da rede, o fornecimento de gás para o mercado comercial deverá elevar-se em cerca de 3 milhões de metros cúbicos por dia. Excluída a rede industrial, a CEG e a GEG Rio fornecem ao Estado cerca de 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia. (Jornal do Commercio - 27.05.2004)

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7 Gasmig investirá R$ 500 mil em Juiz de Fora

Juiz de Fora vai receber investimentos na ordem de R$ 500 mil para a ampliação das redes de gás natural disponíveis na cidade. Hoje são 39,7 quilômetros de rede atendendo a clientes dos segmentos industrial, automotivo, comercial e termelétrico. A expansão deve iniciar no final deste ano e estará concentrada na Avenida Independência. A meta é conquistar clientes âncoras, como Shopping Independência e Hospital Monte Sinai, e aumentar em até 15% o consumo do combustível, estimado de 325 mil metros cúbicos por dia na cidade. O anúncio oficial foi feito pelo gerente geral da Gasmig, Otávio Ferraz, que esteve em Juiz de Fora ontem, para apresentar a campanha de incentivo a conversão dos automóveis para o Gás Natural Veicular (GNV). (Tribuna de Minas - 27.05.2004)

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Grandes Consumidores

1 CVRD busca recursos para compra de energia elétrica

A Vale precisa de energia elétrica e Agnelli está trabalhando para comprar energia a preço baixo. Ele agora irá ao Japão para buscar recursos de longo prazo para financiar a compra de energia elétrica da Eletronorte. E esta poderá usar o dinheiro a usina de Tucuruí. "Vamos buscar os recursos na JBIC", disse Agnelli, referindo-se ao Japan Bank for International Cooperation. A Vale já obteve um financiamento de US$ 150 milhões na JBIC para investir em logística. Agora voltará à JBIC para financiar o contrato de compra de energia, por 20 anos, que a Vale fechou com a Eletronorte. Pela energia, a Vale concordou em fazer um pré-pagamento de R$ 1,2 bilhão para a geradora. (Valor - 27.05.2004)

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2 Demanda interna melhora o desempenho das siderúrgicas

As vendas internas de produtos siderúrgicos, num total de 5,6 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre deste ano, tiveram aumento de 8,8% na comparação com igual período do ano passado, indicando sinais de recuperação da economia doméstica. A expansão nas vendas internas foi maior que o próprio aumento na produção de aço bruto, que atingiu 10,7 milhões de toneladas até abril ultimo, com alta de 6% no período. As projeções para os doze meses do ano indicam produção de 32,4 milhões de toneladas de aço, com aumento de apenas de 4% sobre o ano passado, dada a atual situação de plena ocupação de capacidade de produção do setor, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), José Armando de Figueiredo Campos. O presidente do IBS afirmou ainda que o setor siderúrgico está cumprindo programa de investimentos de US$ 7,4 bilhões até 2008, capaz de elevar a capacidade instalada de produção de aço em 10 milhões de toneladas ao final do período. (Gazeta Mercantil - 27.05.2004)

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3 CSN tem rating elevado

A CSN, segunda maior siderúrgica da América Latina, teve a sua classificação em moeda local elevada pela Fitch Ratings depois que a companhia reduziu a sua dívida. A CSN, com sede no Rio de Janeiro, teve a sua classificação em moeda local elevada para BBB-, a nota mais baixa considerada segura para os investidores, em comparação com a BB+, informou a Fitch em um comunicado. A CSN reduziu a dívida líquida para R$ 4,9 bilhões (US$ 1,54 bilhão) no fim de março ante os R$ 5,1 bilhões de junho de 2002, segundo informou a Fitch. Espera-se que a siderúrgica continue a reduzir a dívida líquida, encerrando o ano com dívidas de US$ 1,5 bilhão, informou a Fitch. (Gazeta Mercantil - 27.05.2004)

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Economia Brasileira

1 IGP-M sobe 0,10 ponto, para 1,31% em maio

O IGP-M calculado FGV apurou inflação de 1,31% em maio. A variação representa uma alta de 0,10 ponto percentual ante a inflação de 1,21% registrada em abril. No ano, o indicador aponta alta de 5,33% e, em 12 meses, a inflação acumulada é de 7,04%. O Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% no cálculo do índice geral, registrou alta de 1,52%, contra 1,65% em abril. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do cálculo total, atingiu 0,59% em maio ante 0,31% de abril. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que representa 10% do IGP-M, apurou alta de 1,74%, frente variação positiva de 0,60% na medição de abril. (Valor Online - 27.05.2004)

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2 IPCA-15 duplica e alta vai a 0,54%

O IPCA-15 apurado pelo IBGE dobrou em maio, para 0,54%, após registrar alta de 0,21% em abril. No ano, contudo, o IPCA-15 ainda mostra uma inflação dentro da meta para este ano, de 5,01% nos últimos doze meses e de 2,76% no acumulado de 2004. O IPCA-15 revela as pressões das tarifas de energia elétrica, dos remédios e da mudança de estação sobre o vestuário. De acordo com a avaliação do IBGE, foram os preços administrados que responderam pela disparada do IPCA-15 já que o maior impacto partiu dos remédios, que ficaram em média 4,26% mais caros, com contribuição de 0,17 ponto percentual da taxa do mês (0,54%). (Gazeta Mercantil - 27.05.2004)

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3 Gasolina mais cara pode pôr em risco meta de inflação

Se a Petrobras ajustar o preço da gasolina às cotações do mercado internacional, o Banco Central terá mais dificuldade para cumprir a meta de inflação: um reajuste ao consumidor de 18% representará impacto de 0,70 ponto percentual no IPCA deste ano. A previsão de aumento é da consultoria CBIE (Centro Brasileiro de Infra-Estrutura) e leva em conta a defasagem de 34% em relação aos preços do golfo do México (ou golfo Americano, no jargão do setor petrolífero), uma das principais referências internacionais da gasolina. Um cenário traçado pelo Grupo de Conjuntura da UFRJ prevê que o IPCA ficará em 7,1% neste ano se o combustível subir 15%. Já uma alta de 20% levaria o índice a 7,7%. Um aumento de até 10%, no entanto, não alterará a previsão da taxa de 6,5% neste ano. (Folha de São Paulo - 27.05.2004)

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4 IBGE vai divulgar hoje números relativos ao primeiro trimestre do ano

O IBGE divulgará hoje números relativos ao primeiro trimestre do ano, como por exemplo a expansão do PIB. Para o presidente do BC, Henrique Meirelles, a economia brasileira está "numa rota sustentada de crescimento desde o terceiro trimestre de 2003" e que todos os indicadores antecedentes mostram que o comportamento atual é compatível com a estimativa do Governo de crescimento de 3,5% em 2004. Analistas do mercado financeiro trabalham com um crescimento econômico de 1,4% a 3,3% de janeiro a março sobre os primeiros três meses do ano passado. Quando a comparação é feita entre o primeiro trimestre de 2004 e o quarto de 2003, já livre dos efeitos sazonais, a previsão é de um crescimento entre 0,5% e 2,5%. (Jornal do Commercio - 27.05.2004)

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5 Vendas em SP sobem frente a 2003 mas caem quando comparadas ao mês anterior

Em abril, as vendas da indústria paulista registraram alta de 24,5% (sem ajuste sazonal) em comparação com o mesmo mês em 2003, de acordo com o Levantamento de Conjuntura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Em relação ao mês de março, houve uma queda de 6,1%. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2004, a Fiesp registrou expansão de 19,1% ante igual período do ano passado. "A exportação mais uma vez puxou as vendas. Entretanto, temos setores do mercado interno que mostraram crescimento em relação ao ano passado, mas ainda de forma desigual", disse Cláudio Vaz, diretor de departamento de pesquisas e estudos econômicos da Fiesp. Segundo Vaz, as vendas do setor de informática e telecomunicações tiveram expansão de 45% no quadrimestre, puxado pela retomada dos investimentos e das exportações. (Gazeta Mercantil - 27.05.2004)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista opera perto da estabilidade neste final de manhã, com leve indicação de baixa. Às 12h14m, a moeda americana recuava 0,12%, cotada a R$ 3,157 na compra e R$ 3,159 na venda. Ontem, o noticiário externo voltou a sustentar posições cautelosas no mercado brasileiro. Com a decisão do banco JP Morgan Chase de reduzir a indicação aos títulos brasileiros e a afirmação de que autoridades contam com a possibilidade de um novo atentado terrorista nos Estados Unidos, a ponta compradora prevaleceu com folga no segmento cambial. No final do dia, o dólar apresentou alta de 0,76%, a R$ 3,1610 na compra e a R$ 3,1630 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 27.05.2004)

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Internacional

1 Imposto para gás na Argentina

O governo argentino anunciou a fixação de um imposto de 20% nas exportações de gás natural, o que gerará para o estado uma receita anual de até US$ 60 milhões. "Estamos falando do gás natural em estado gasoso, butano em estado gasoso e outros gases", afirmou o chefe de gabinete, Alberto Fernández. O ministro da Economia, Roberto Lavagna, acrescentou que "para o resto do ano, a arrecadação estimada (com este novo imposto) é de US$ 40 milhões". Segundo Fernández, esses fundos serão utilizados para financiar as obras de infra-estrutura necessárias para solucionar a crise de energia do país. No mês passado, o governo argentino já havia elevado os impostos das exportações do GLP e do petróleo, além de ter criado um novo tributo para as vendas externas da gasolina. (Gazeta Mercantil - 27.05.2004)

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2 BPI: Novas regras para o setor energético espanhol devem beneficiar a EDP

Os analistas do Banco Português de Investimento (BPI) consideram que as ações da EDP poderão se beneficiar das novas regras anunciadas para o setor energético em Espanha, afirmando-se como um refúgio face às congêneres Endesa e Iberdrola. O novo governo socialista de Espanha prometeu aumentar a concorrência no mercado energético do país, através da redução da posição dominante de algumas empresas e do reforço da independência dos reguladores. O BPI considera, no seu relatório diário, que estas intenções têm um impacto negativo para as maiores energéticas espanholas. "Ainda que não esperemos que o governo espanhol adote uma aproximação muito agressiva face ao sector energético, a incerteza aumentou muito nos últimos meses, na seqüência da eleição do novo Executivo", afirma o banco português. Assim, "a EDP parece ser o refúgio mais seguro no mercado ibérico de eletricidade nos próximos meses, uma vez que não está exposta aos riscos introduzidos pela incerteza da regulação em Espanha". (Diário Econòmico - 26.05.2004)

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3 Portugal e Grécia atrasados na aplicação de energias renováveis

A comissária européia dos Transportes e Energia, Loyola de Palacio, denunciou esta quarta-feira que Portugal e Grécia são os países da União Européia (UE) que registram maior atraso no cumprimento do compromisso de utilização de energias renováveis para consumo elétrico. Para a comissária, os dois países devem reforçar as políticas para alcançar o objetivo estabelecido em 2001 de utilização de 22% de eletricidade com origem em fontes renováveis, como o sol ou o vento. O compromisso é mais ambicioso para 2010 prevendo, no caso português, que a percentagem de utilização de energias renováveis seja de 39%. (Jornal Digital PT - 26.05.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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