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IFE: nº 1.354 - 26 de maio de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel confirma aumento das tarifas com novo PIS/Cofins
2 Manaus será inserida ao modelo energético nacional
3 Corumbá IV está com 70% das obras prontas
4 BNDES vai financiar construção de LT no RS
5 Elétricas brasileiras vencem licitação para venda de energia para a Argentina
6 Tractebel rebate críticas argentinas de que energia é vendida cara pelo Brasil
7 MME: Licitação para venda de energia para Uruguai ainda está em curso
8 Curtas

Empresas
1 IBGE: Celpe é eleita melhor distribuidora da região Nordeste
2 Celpe apresenta bons resultados nos indicadores de qualidade da Aneel
3 Cemig prepara estratégia para disputar leilões de transmissão previstos para 2004
4 Cemig flexibiliza condições de pagamento para clientes devedores em Juiz de Fora
5 Eletropaulo reforça estratégia para evitar perda de clientes para mercado livre
6 Inepar encerra trimestre com prejuízo de R$ 17,53 mi
7 GCS Energia promove leilão de compra e venda de energia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Capacidade de geração de energia no RS deve crescer 200 MW este ano
2 Capacidade de armazenamento fica em 82,4% no Sudeste/Centro-Oeste
3 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 58,46%

4
Reservatórios estão com 97,3% da capacidade no subsistema Nordeste
5
Subsistema Norte apresenta 91,2% da capacidade

Gás e Termelétricas
1 Petrobras e Bolívia chegam a acordo para exportar gás natural para a Argentina
2 Petrobras aguarda alterações nas leis de hidrocarbonetos na Bolívia
3 Petrobras realiza análise de projetos de gasoduto interligando países do Cone Sul
4 Integração energético do Cone Sul depende de ajustes realizados pelos países
5 Edesur: Definição de marcos regulatórios adequados é fundamental para integração no Cone Sul
6 China quer fazer parceria com Brasil para construção de usinas nucleares
7 Ministro de Ciência e Tecnologia: Brasil ainda precisa definir caminho para seu programa nuclear
8 Professor da Coppe/UFRJ: Acordo com China pode ser positivo para o Brasil
9 Lessa: Brasil pode ser o 3.º maior produtor de urânio no mundo
10 Petrobras e CEG assinam contrato de fornecimento de gás para TermoRio

Economia Brasileira
1 Lessa: País precisa investir em energia elétrica para acompanhar crescimento econômico
2 IPC da Fipe registra alta de 0,49% na terceira prévia de maio

3 Palocci descarta pressão inflacionária por causa da alta do petróleo
4 Desemprego vai a 13,1% e renda média cai 0,9%
5 Desemprego terá queda no 2º semestre segundo Berzoini
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Ministro de Minas e Energia da Bolívia renuncia
2 Sindicatos bolivianos querem a renacionalização dos hidrocarbonetos
3 Galp e Mota-Engil fazem parceria em Portugal
4 Duke Energy vende participação na Catarell por US$ 59,7 mi

Regulação e Novo Modelo

1 Aneel confirma aumento das tarifas com novo PIS/Cofins

O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, confirmou a tendência de haver um aumento médio entre 3% e 4% nas tarifas do setor, em decorrência da elevação das alíquotas do sistema PIS/Confins de 3,65% para 9,25%. Esse impacto nas contas de luz dos consumidores foi apontado pela Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica, através de levantamento divulgado na semana passada. Apesar de admitir a tendência de pressão tarifária, o dirigente ressaltou que ainda não há definição sobre o aumento, já que o novo regulamento do PIS/Cofins para o setor está sendo preparado pela agência. Abdo diz que a única forma de evitar o aumento da já elevada carga tributária na área de energia elétrica (atualmente entre 32% e 35%) seria o Congresso Nacional dar ao setor tratamento diferenciado, excluindo-o do alcance da Medida Provisória 181/04, que altera a legislação da Cofins. (Canal Energia - 25.05.2004)

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2 Manaus será inserida ao modelo energético nacional

A cidade de Manaus será integradas à rede de extensão energética da usina de Tucuruí no Pará, onde será investido R$ 4,5 bilhões pelo governo federal para o seu projeto de ampliação. Com a integração à usina de Tucuruí, Manaus terá uma economia de energia estimada em US$ 40 mil por hora, o equivalente a US$ 300 milhões por ano. Segundo o representante da Eletronorte, José Henrique Machado, a cidade terá energia suficiente para suprir a demanda das próximas décadas, e principalmente das indústrias que irão se instalar no PIM (Pólo Industrial de Manaus). "A partir da integração a Tucuruí, o sistema energético daqui deixará de ser isolado, ou seja, não dependerá somente da hidrelétrica de Balbina. Será fundamental para as futuras indústrias do Amazonas, que encontrarão energia suficiente para se instalar aqui", explicou Machado. Segundo o presidente da Manaus Energia, Williamy Frota, a integração energética do Amazonas também beneficiará as cidades próximas de Manaus. (Jornal do Commercio - 26.05.2004)

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3 Corumbá IV está com 70% das obras prontas

As obras da Usina Hidrelétrica de Corumbá IV estão perto de estarem concluídas. Setenta por cento da usina está pronta, por meio da uma parceria entre os governos do Distrito Federal e de Goiás. De acordo com o presidente da empresa responsável pela obra, Corumbá Concessões, Manuel Faustino Marques, 90% da estrutura de concreto estão prontas e 60% de terraplenagem executadas.As obras tiveram início em setembro de 2001 e a previsão de conclusão, era de três anos. Porém, a empresa construtora enfrenta problemas para levar à frente a obra com mais rapidez e cumprir o prazo antes estabelecido. A Justiça obrigou a substituição da licença de instalação, concedida pela Agência Ambiental de Goiás por outra do Ibama. "Espero que no prazo acertado o Ibama libere a licença de instalação para que possamos dar continuidade à obra com maior celeridade, pois a energia a ser gerada na usina é de fundamental importância para o desenvolvimento econômico do DF e de Goiás", afirma Faustino. (Elétrica - 25.05.2004)

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4 BNDES vai financiar construção de LT no RS

O BNDES aprovou financiamento de R$ 146 milhões para a construção de uma linha de transmissão de energia, com 386 km, no Rio Grande do Sul. O banco tem 18 projetos com esse objetivo, que totalizam R$ 3,2 bilhões em financiamentos e R$ 4,8 bilhões em investimentos. (Folha de São Paulo - 26.05.2004)

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5 Elétricas brasileiras vencem licitação para venda de energia para a Argentina

Tractebel Energia, Chesf, Centrais Elétricas Cachoeira Dourada e Furnas foram as vencedoras da licitação internacional promovida pela Argentina para compra de 500 MW do Brasil por um período de seis meses. No total, 12 companhias, entre estatais e privadas, participaram do leilão. A energia a ser exportada para a Argentina será composta por um mix de fontes hidrelétricas e termelétricas. Agora, serão firmados contratos com prazo e valores definidos. As empresas deverão assinar os contratos com a Cammesa no início de junho, informou o secretário de energia elétrica do MME, Ronaldo Schuck. Ele avaliou que os contratos de comercialização representam a terceira etapa no fornecimento de energia do Brasil à Argentina. A primeira etapa foi marcada pelo fornecimento em caráter emergencial. Em abril e maio o Brasil continuou fornecendo energia ao país vizinho de forma excepcional. Agora serão estabelecidos contratos comerciais. Schuck, explicou que até agora a Cien, dona das linhas de transmissão ligando Brasil e Argentina, respondeu de forma provisória pela comercialização da energia exportada. (Valor - 26.05.2004)

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6 Tractebel rebate críticas argentinas de que energia é vendida cara pelo Brasil

O diretor-presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni, disse que o leilão da Cammesa foi importante para mostrar que existem agentes do setor no Brasil interessados em participar desse tipo de negócio. "O Brasil está ajudando a Argentina, criando condições para oferecer energia a custo variável", disse o executivo. O executivo rebateu críticas surgidas na Argentina de que o país estaria comprando energia por preços muito elevados no Brasil. A estimativa da Argentina é de que o custo total da importação seja entre US$ 56 e US$ 61 por MWh, abaixo do preço de uma térmica a óleo, comparou Zaroni. (Valor - 26.05.2004)

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7 MME: Licitação para venda de energia para Uruguai ainda está em curso

O secretário de energia elétrica do MME, Ronaldo Schuck, informou ainda que também está em curso licitação para que empresas brasileiras vendam energia à UTE, estatal uruguaia de eletricidade. (Valor - 26.05.2004)

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8 Curtas

A Aneel deverá aplicar nos próximos meses um novo reajuste para as tarifas de energia nuclear. Segundo o diretor-geral do órgão regulador, José Mário Abdo, a correção do valor atual, de R$ 78,41 por MWh, ainda não está totalmente definida. (Canal Energia - 25.05.2004)

A Aneel realizará na sexta-feira, em Palmas (TO), audiência pública para colher subsídios ao processo de revisão tarifária da Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins). A concessionária abastece 283 mil unidades consumidoras em 139 municípios do Tocantins. (Valor - 26.05.2004)

O vice-presidente da área de negócios internacionais da Hydro-Quebec, estatal canadense de energia elétrica Giller Baril, esteve ontem com o governador Roberto Requião. Baril veio ao Paraná para estabelecer um primeiro contato, já que em agosto um grupo de técnicos virá ao Estado assinar os contratos das parcerias que serão feitas. (Paraná Online - 26.05.2004)

A governadora do RJ, Rosinha Garotinho, inaugurou hoje de manhã, em Casimiro de Abreu, o primeiro conjunto habitacional do país com aquecedores solares de água. (Elétrica - 25.05.2004)

Os servidores da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) param amanhã por 24 horas, em protesto contra a decisão do governo de oferecer um reajuste para as carreiras de ciência e tecnologia de 4,5%. (Elétrica - 25.05.2004)


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Empresas

1 IBGE: Celpe é eleita melhor distribuidora da região Nordeste

O IBGE apontou a Celpe como a melhor distribuidora do Nordeste e sétima melhor do País. O resultado tem como base as respostas coletadas na Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003. Dos consumidores ouvidos, 92,45% classificaram como bom os serviços de fornecimento de energia elétrica da companhia. Segundo a pesquisa do IBGE, as tarifas da Celpe são as menores do País. (Diário de Pernambuco - 26.05.2004)

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2 Celpe apresenta bons resultados nos indicadores de qualidade da Aneel

Semana passada, o levantamento anual sobre os serviços prestados pelas distribuidoras da Aneel mostrou um número positivo sobre a Celpe. Enquanto os consumidores brasileiros ficaram em média 16 horas sem energia no ano passado, em Pernambuco a média foi de 12,65 horas. Uma queda de 18,6% na comparação com o resultado de 2002, quando a interrupção no fornecimento foi de 15,54 horas. A quantidade de vezes que o fornecimento foi interrompido também caiu em 2003 no Estado. Foram 7,99 vezes, contra 11,73 vezes no ano anterior. Redução de 31,9%. A média nacional de cortes ficou em 12 vezes. (Diário de Pernambuco - 26.05.2004)

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3 Cemig prepara estratégia para disputar leilões de transmissão previstos para 2004

A Cemig participará dos leilões de linhas de transmissão agendados pelo MME para esse ano. Para o evento previsto para início de agosto, a empresa disputará os projetos em Minas Gerais e poderá entrar em consórcios para empreendimentos em outras localidades. Além de avaliar os empreendimentos oferecidos pelo governo, a empresa também sugere projetos para melhorar a operação de carga no estado. O diretor de Planejamento, Projetos e Construções da Cemig, Celso Ferreira, disse que a companhia apresentou ao Ministério uma linha de 40 quilômetros da usina de Irapé a Araçoari no Vale do Jequitinhonha para ampliar o fluxo de energia elétrica para o local. O diretor afirmou que a Cemig é uma das fortes candidatas para adquirir essa linha, que deverá entrar em operação em dois anos. (Canal Energia - 25.05.2004)

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4 Cemig flexibiliza condições de pagamento para clientes devedores em Juiz de Fora

A Cemig voltou a modificar as condições de pagamento dos inadimplentes de Juiz de Fora. Em reunião de conciliação promovida pelo Procon, a companhia apresentou as novas regras, estendendo para 24 meses o prazo limite e extinguindo a necessidade de entrada em alguns casos. A medida é uma resposta ao abaixo-assinado apresentado ao Procon na semana passada, no qual 467 consumidores pediam a prorrogação do prazo de pagamento para 50 meses. A expectativa é que as novas condições beneficiem cerca de 32 mil consumidores. Desde 24 de novembro, quando reconquistou, na Justiça, o direito de cortar o fornecimento de energia dos inadimplentes, a Cemig já fechou 9.598 contratos de financiamento. A Cemig descartou a possibilidade de dar tratamento diferenciado a clientes comerciais e residenciais. Não foi atendida, também, a reivindicação dos clientes de alterar o modelo do contrato que vem sendo firmado. (Tribuna de Minas - 26.05.2004)

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5 Eletropaulo reforça estratégia para evitar perda de clientes para mercado livre

A Eletropaulo prepara o terreno para evitar a perda de grandes consumidores para o mercado livre. Nos quatro primeiros meses do ano, a saída de 11 grandes clientes reduziu o mercado da empresa em 1,9%. Para minimizar esta perda, a empresa traçou estratégia com objetivo de fidelizar grandes clientes, e também investiu na reestruturação da área. "Estamos em um ambiente que incentiva a saída de grandes consumidores. A reestruturação da área de clientes corporativos busca minimizar esta perda de clientes cativos, com atuação de gestores de conta especializados", justifica Max Xavier Lins, diretor de clientes corporativos da empresa. (Canal Energia -25.05.2004)

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6 Inepar encerra trimestre com prejuízo de R$ 17,53 mi

A Inepar Energia fechou o trimestre com prejuízo de R$ 17,53 milhões, mesmo valor do resultado operacional. A receita líquida da empresa fechou em R$ 4,77 milhões. O resultado bruto, nos primeiros três meses do ano, foi de R$ 2,13 milhões. O prejuízo por ação foi de R$ 0,05093. (Canal Energia - 25.05.2004)

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7 GCS Energia promove leilão de compra e venda de energia

A GCS Energia, comercializadora do grupo Iberdrola, realiza na próxima sexta-feira, dia 28 de maio, leilão de compra e venda de energia. A empresa pretende comprar 80 MW médios para o mês de maio, além de anunciar a quantidade extra, chamada de energia surpresa, antes do início do negócio aos participantes do negócio. A energia adquirida atenderá ao portfólio da comercializadora, composta por clientes livres e geradoras. Segundo o diretor-presidente da GCS Energia, Paulo Cunha, a empresa apresentará um preço teto, que terá variação de 115% a 117% do valor do curto prazo no MAE, e os vendedores farão suas propostas com preços inferiores ao teto estipulado pela comercializadora. (Canal Energia - 26.05.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Capacidade de geração de energia no RS deve crescer 200 MW este ano

A capacidade de geração do Rio Grande do Sul deve aumentar cerca de 200 MW até o final do ano, segundo estimativa da secretaria de Minas, Energia e Comunicação do estado. Este acréscimo representa 5% da capacidade total instalada do estado, de 3,97 GW, excetuando o autoprodução. De acordo com a secretaria, a expansão virá da Hidrelétrica Monte Carlo, no Complexo Energético Rio das Antas, e de pequenas centrais hidrelétricas. A usina de Monte Carlo, que deverá ser inaugurada em outubro, terá 130 MW de capacidade. Além destes empreendimentos que serão inaugurados este ano, o secretário Valdir Andres destaca seis hidrelétricas que entrarão em operação até 2008. Os empreendimentos são: 14 de Julho (100 MW) e Castro Alves (130 MW), no Complexo Energético Rio das Antas; Barra Grande (690 MW), Foz do Chapecó (855 MW), Campos Novos (880 MW), e Monjolinho (67 MW). A secretaria aposta ainda no andamento de projetos de geração de termelétricas, cuja potência total chega a 1,85 GW. (Canal Energia - 25.05.2004)

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2 Capacidade de armazenamento fica em 82,4% no Sudeste/Centro-Oeste

O nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 82,4%, volume 36,8% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento teve um leve aumento em um dia. As usinas de Nova Ponte e Itumbiara registram 75% e 99,3% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 25.05.2004)

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3 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 58,46%

O subsistema Sul apresenta 58,46% da capacidade. O índice teve uma redução pequena em comparação com o dia 24 de maio. (Canal Energia - 25.05.2004)

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4 Reservatórios estão com 97,3% da capacidade no subsistema Nordeste

A capacidade de armazenamento fica em 97,3% no subsistema Nordeste. O volume está 61,83% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta 99,46% do volume. (Canal Energia - 25.05.2004)

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5 Subsistema Norte apresenta 91,2% da capacidade

Os reservatórios estão com 91,2% da capacidade no subsistema Norte. A usina de Tucuruí registra volume de 99,85%. O índice teve uma queda de 0,1% em relação ao dia 23 de maio. (Canal Energia - 25.05.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras e Bolívia chegam a acordo para exportar gás natural para a Argentina

As unidades da Petrobras e da Repsol YPF na Bolívia fecharam um acordo para a exportação de 4 milhões de m³ diários de gás natural para a Argentina. O acordo, feito conjuntamente com os governos boliviano e argentino, prevê o fornecimento do combustível durante seis meses, em um contrato de cerca de US$ 30 milhões. Deste total, 25% será revertido à Petrobras e os 75% restantes à Repsol. A exportação deverá se iniciar em duas semanas, pois, embora o acordo entre as empresas já tenha sido acertado, ainda faltam detalhes burocráticos a serem cumpridos. O gás será exportado a partir das unidades de San Alberto e San Antonio, no sul da Bolívia, onde são processados 16 milhões de m³ por dia de gás, e seguirá por um gasoduto desativado de cerca de 20 quilômetros até o noroeste da Argentina. O gás que será exportado para a Argentina provém do mesmo campo onde é produzido o gás importado pelo Brasil. O contrato prevê que o Brasil terá preferência sobre o gás. O impasse em torno das discussões com o Chile sobre uma passagem da Bolívia para o Oceano Pacífico fez o governo boliviano exigir uma outra cláusula, impedindo o repasse do gás para o território chileno. (Gazeta Mercantil - 26.05.2004)

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2 Petrobras aguarda alterações nas leis de hidrocarbonetos na Bolívia

Sobre a incerteza gerada pelo referendo que ocorrerá na Bolívia para definir o destino das reservas de gás do país, o gerente do portfólio de gás & energia internacional da Petrobras, Joaquim de Melo, afirmou que a Petrobras está na expectativa de alguma alteração. "Os negócios de gás e energia são de longo prazo e sempre há o risco de mudança, ainda que os investidores queiram regras estáveis", disse. Ele negou a possibilidade de a estatal brasileira deixar o país, mas admitiu que as alterações podem gerar uma redução na velocidade de aplicação investimentos. De acordo com Melo, totalizando os investimentos feitos em gás natural, refino, campos, unidades de tratamento e distribuição, foram investidos cerca de US 1 bilhão na Bolívia.

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3 Petrobras realiza análise de projetos de gasoduto interligando países do Cone Sul

A Petrobras confirmou a análise de projetos de gasodutos que realizariam a interligação entre os países do Cone Sul. "O objetivo da Petrobras é fechar o anel na região e ainda falta a interligação Argentina-Porto Alegre e Montevidéu-Porto Alegre", disse o gerente do portfólio de gás & energia internacional da Petrobras, Joaquim de Melo. Entre os projetos ofertados à companhia está o da argentina Tecpetrol, que planeja construir um duto levando gás boliviano ao nordeste da Argentina, o que, segundo o diretor comercial da empresa, Germán Crivelli, poderia permitir um aumento das exportações para o sul do Brasil. Na primeira fase, projetada para iniciar em 2006, seriam transportados 10 milhões de m³ por dia, o que consumiria US$ 800 milhões. A idéia da Tecpetrol é manter entre 30% e 40% de participação no projeto. (Gazeta Mercantil - 26.05.2004)

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4 Integração energético do Cone Sul depende de ajustes realizados pelos países

O diretor da Energy Consulting Services, da Argentina, Ricardo Iglesias, acredita que o futuro da integração energética do Cone Sul dependerá de grandes ajustes a serem feitos pelos países. Iglesias acredita que, para o fortalecimento da integração entre os países do Mercosul, será preciso o estabelecimento de uma estrutura de preços sustentável para o gás natural e a integração da infra-estrutura regional via Mercosul. Iglesias disse ainda que essas mudanças vão fortalecer o mercado, dar maior flexibilidade no intercâmbio entre Argentina, Brasil, Chile e Bolívia e maior competência entre os pólos produtores de gás. "Mas o principal será a maior segurança no abastecimento, se considerarmos um único mercado no Cone Sul". (Gazeta Mercantil - 26.05.2004)

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5 Edesur: Definição de marcos regulatórios adequados é fundamental para integração no Cone Sul

O diretor de projetos e integração energética no Cone Sul da Pan American Energy e diretor da distribuidora Eléctrica Edesur, na cidade de Buenos Aires, Teodoro Krecoler, acredita que o mais importante para que a região venha a garantir a energia necessária para seu desenvolvimento é a definição de marcos regulatórios legais adequados. Segundo Teodoro Krecoler, para atrair novos investimentos será necessária uma recuperação da confiança dos investidores. (Gazeta Mercantil - 26.05.2004)

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6 China quer fazer parceria com Brasil para construção de usinas nucleares

O governo chinês quer parceria do Brasil na construção de 11 usinas nucleares naquele país. Segundo o ministro brasileiro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, a proposta foi feita pelo ministério chinês da área, em reunião para discutir intercâmbio no setor tecnológico. Em agosto, uma missão chinesa chega ao Brasil para tratar de vários aspectos de cooperação entre os países, e a construção das usinas voltará a ser discutida. Campos informou que os chineses têm interesse em cooperação na tecnologia de centrifugação de urânio, na participação de brasileiros na engenharia das usinas e em aderir ao projeto de expansão das usinas no Brasil. A China aproveitou a missão brasileira para tocar no assunto da energia nuclear porque tem, desde 1982, "acordo guarda-chuva" com o Brasil sobre ciência e tecnologia. Isso significa que há assuntos que podem ser discutidos por ambos, como energia nuclear. (O Globo - 26.05.2004)

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7 Ministro de Ciência e Tecnologia: Brasil ainda precisa definir caminho para seu programa nuclear

O ministro Eduardo Campos ressaltou aos representantes da China que o Brasil ainda precisa decidir como conduzir seu próprio programa nuclear, o que deve ser feito até o segundo semestre deste ano. Campos acredita que até agosto o Brasil já terá tomado decisões importantes sobre energia nuclear. Há três comissões no Congresso Nacional estudando o assunto. O Brasil precisa resolver se continuará com o programa estatal fechado - sem acompanhar a velocidade de outros países - ou atuará mais incisivamente, possivelmente com o financiamento de parceiros. Se a decisão brasileira for deslanchar o programa, a China pode ser um desses parceiros. O Brasil tem tecnologia nuclear, conhecimento científico e reservas de urânio, destacou Campos. Para avançar no programa, podem ser necessários até US$ 3 bilhões, incluindo a conclusão de Angra III e a construção de um submarino. (O Globo - 26.05.2004)

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8 Professor da Coppe/UFRJ: Acordo com China pode ser positivo para o Brasil

Um possível acordo nuclear com a China poderá ser positivo para o Brasil. A opinião é do professor Aquilino Senra, do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe/UFRJ. Apesar de não ter maiores detalhes sobre a sondagem chinesa, Senra acredita que uma parceria poderia, futuramente, prever a venda para aquele país de concentrado de urânio. Senra destacou que o concentrado, por ser de menor valor agregado, vale cerca de 50 vezes menos do que o urânio enriquecido, mas, se os recursos obtidos pelo Brasil forem reinvestidos na expansão do setor nuclear, será positivo. O especialista também ressaltou a importância de empresas brasileiras, principalmente a Eletronuclear, poderem, um dia, participar da construção das 11 usinas nucleares que a China pretende construir em dez anos. O Brasil praticamente domina todo o ciclo do combustível. (O Globo - 26.05.2004)

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9 Lessa: Brasil pode ser o 3.º maior produtor de urânio no mundo

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, afirmou que o Brasil tem condições de se tornar o terceiro maior produtor mundial de urânio. "Eu não sei nada sobre negociações entre o Brasil e a China na área nuclear, mas o que eu posso dizer é que o Brasil tem todas as chances de sair da sexta posição de produtor mundial de urânio para a terceira posição", avaliou. Para chegar ao terceiro lugar, o País precisaria colocar em condições de produção duas minas já mapeadas. "E nós do BNDES vamos abrir caminho para essas duas explorações", afirmou. Ele disse que o investimento necessário para essa produção é "perfeitamente exeqüível". Hoje, o Brasil tem a sexta maior reserva do minério no mundo, mas apenas 30% do País foi prospectado. Atualmente, o País extrai apenas o minério necessário para o abastecimento das Usinas Nucleares de Angra 1 e 2. São cerca de 120.000 toneladas ao ano, que permitem a produção de até 400 toneladas de yellowcake, como é chamado o urânio purificado e concentrado. (O Estado de São Paulo - 26.05.2004)

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10 Petrobras e CEG assinam contrato de fornecimento de gás para TermoRio

Petrobras e Ceg assinam nesta quarta-feira, dia 26 de maio, os contratos de fornecimento de gás natural para a termelétrica TermoRio, que entra em operação comercial no dia 15 de outubro. O contrato, de 12 meses, prevê o fornecimento de 2,7 milhões de metros cúbicos por dia. Este nível será elevado depois para 5,1 milhões de metros cúbicos por dia. Prevista para ter capacidade total de 1.040 MW, a usina inicia a fase de testes a partir de junho, gerando 383 MW. A previsão é de que a capacidade instalada da TermoRio aumente em mais 328,5 MW, em fevereiro de 2005. Em maio próximo ano, a unidade chega a sua capacidade máxima, com o acréscimo de mais 328,5 MW. No projeto, a Petrobras investiu US$ 700 milhões. (Canal Energia - 25.05.2004)

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Economia Brasileira

1 Lessa: País precisa investir em energia elétrica para acompanhar crescimento econômico

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, afirmou que o Brasil precisa investir em energia elétrica para evitar um colapso no setor por causa do crescimento da economia. Ele explicou ser necessário que, até 2007, o governo financie grandes hidrelétricas e abra espaço para a energia gerada a partir do carvão. Lessa destacou que um leve crescimento já pode ser sentido no país. Ele citou como exemplo o Rio Grande do Sul, onde as operações com o BNDES somaram R$ 970 milhões de janeiro a abril deste ano, contra R$ 640 milhões no primeiro quadrimestre de 2003. (Valor - 25.05.2004)

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2 IPC da Fipe registra alta de 0,49% na terceira prévia de maio

O IPC no município de São Paulo encerrou a terceira quadrissemana do mês com incremento de 0,49%. Na medição anterior, a Fipe acusou inflação de 0,39%. Novamente, Saúde exerceu a principal pressão sobre o indicador, com elevação de 1,73%. Com esse resultado, porém, nota-se que o grupo vem abrandando a tendência de alta verificada desde o início de maio - partindo de um acréscimo de 2,85%, passou para 2,33% e agora está abaixo de 2%. A Fipe mostrou ainda que Alimentação subiu 0,70%, após avançar 0,34% na segunda pesquisa do mês, Despesas Pessoais cresceram 0,42% e Transportes tiveram ampliação de 0,39%. (Valor Online - 26.05.2004)

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3 Palocci descarta pressão inflacionária por causa da alta do petróleo

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, comentou nesta terça-feira que não há riscos de um avanço da inflação por conta da alta de 4,48% no preço do barril de petróleo. "Não acredito que estamos vivendo o choque do petróleo como na década de 70. Acho que é mais um fenômeno transitório. Não há elementos que demonstrem que há um problema estrutural na demanda ou na oferta de petróleo hoje no mundo" disse Palocci, que está em Xangai para participar da conferência do Banco Mundial sobre combate à pobreza.Ele não arriscou, no entanto, afirmar quanto tempo levará para os preços começarem a cair. "Não sou tão ousado como o Furlan (ministro Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento), para quem em três semanas o preço já estará acomodado. Eu não sei prever. Gosto dos otimistas, por isso apóio o Furlan, mas é preciso acompanhar" disse. (Globo Online - 26.05.2004)

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4 Desemprego vai a 13,1% e renda média cai 0,9%

A taxa de desemprego no País alcançou 13,1% em abril, a maior taxa desde o início da nova pesquisa de emprego do IBGE em outubro de 2001. A recuperação dos rendimentos sobre o mês anterior, iniciada em janeiro, também foi interrompida no mês passado, com uma queda real de 0,9% sobre março. A renda caiu 3,5% comparado ao mesmo mês do ano passado. O recorde anterior era de 13%, em junho e agosto do ano passado. Em março deste ano, a taxa estava em 12,8%. O total do desempregados pulou de 2,72 milhões de pessoas em março deste ano para 2,81 milhões em abril. O número de pessoas ocupadas cresceu 0,7% no período, o que representou a criação de 460 mil postos de trabalho. (Jornal do Commercio - 26.05.2004)

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5 Desemprego terá queda no 2º semestre segundo Berzoini

O ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse ontem que a recuperação da economia tem estimulado a volta de trabalhadores desalentados ao mercado de trabalho, o que eleva os índices de desemprego, apesar do aumento na geração de postos de trabalho. Na avaliação dele, haverá queda dos índices no segundo semestre. "O resultado reflete o estágio da economia quando ela ganha velocidade e se acelera. Isso aumenta a velocidade das pessoas que voltam ao mercado de trabalho." Para ele, no segundo semestre, o efeito do aumento de pessoas procurando emprego terá sido completamente absorvido, derrubando as taxas de desemprego. (Folha de São Paulo - 26.05.2004)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista opera em alta moderada neste final de manhã, devolvendo parte das quedas dos últimos dias. Às 12h17m, a moeda americana subia 0,60%, cotada a R$ 3,156 na compra e R$ 3,158 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 1,28%, a R$ 3,1370 na compra e a R$ 3,1390 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 26.05.2004)

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Internacional

1 Ministro de Minas e Energia da Bolívia renuncia

O ministro de Minas e Energia (responsável pelas reservas de gás e petróleo) da Bolívia, Xavier Nogales, renunciou ontem, trazendo mais instabilidade ao país no momento em que ele se prepara para decidir em consulta popular a reestatização do gás natural, seu principal produto de exportação. Foi o quarto ministro a renunciar desde que Carlos Mesa assumiu a Presidência , em outubro. Nogales pretendia aumentar os impostos sobre as empresas que exploram gás e petróleo. Acabou desautorizado por Mesa, que busca conservar estabilidade mínima até o referendo do dia 18 de julho. O referendo pode levar à anulação da atual Lei de Hidrocarbonetos e à "refundação" da estatal YPFB. Os partidos de direita estão estudando a constitucionalidade dessa última medida, caso seja aprovada. Eles crêem não ser possível sequer colocar a refundação da YPFB no referendo. (Valor - 26.05.2004)

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2 Sindicatos bolivianos querem a renacionalização dos hidrocarbonetos

Os sindicatos da Bolívia estão fazendo pressão para a renacionalização da indústria de hidrocarbonetos. O líder do partido MAS (Movimento ao Socialismo), Evo Morales, afirma que não há problema de instabilidade no país. "Não se pode chamar de instabilidade uma consulta popular". Morales, que ficou em segundo lugar na última eleição, prega que a solução para a pobreza no país é a distribuição do gás para os bolivianos antes, para só depois exportar os excedentes. O professor de relações internacionais Mario Zambra, especialista em América Latina pela Universidade do Sul da Flórida, discorda: "Essa sucessão de ministros mostra o quão radicalizada está a discussão sobre o gás". (Valor - 26.05.2004)

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3 Galp e Mota-Engil fazem parceria em Portugal

A companhia de energia Galp Energia e o grupo construtor Mota-Engil vão assinar, amanhã, uma parceria comercial que visa potenciar as sinergias de ambas as empresas, nomeadamente no contexto internacional. Em comunicado conjunto, a Galp Energia e a Mota-Engil defendem que "estão firmemente empenhadas em estabelecer uma relação privilegiada de parceria", no sentido de "tirar o maior partido possível de um conjunto alargado de sinergias". As companhias, líderes nos seus respectivos sectores de atividade em Portugal, salientam ainda a sua "presença significativa em mercados internacionais". Os acordos de parceria entre as duas empresas são assinados amanhã, quarta-feira, em Lisboa. (Canal de Negócios PT - 25.05.2004)

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4 Duke Energy vende participação na Catarell por US$ 59,7 mi

A Duke Energy Corp. disse nesta terça-feira ter acertado a venda de sua participação de 30% na Companhia de Nitrogênio de Cantarell ao BOC Group por US$ 59,7 milhões. Segundo a companhia, a operação vai gerar encargos de US$ 13 milhões, não em dinheiro, no balanço trimestral da Duke. Com sede na cidade de Charlotte, na Carolina do Norte, a Duke adquiriu a participação na companhia mexicana depois de ter comprado a WestCoast Energy. (Elétrica - 25.05.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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