l IFE:
nº 1.354 - 26 de maio de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Aneel confirma aumento das tarifas com novo PIS/Cofins O diretor-geral
da Aneel, José Mário Abdo, confirmou a tendência de haver um aumento médio
entre 3% e 4% nas tarifas do setor, em decorrência da elevação das alíquotas
do sistema PIS/Confins de 3,65% para 9,25%. Esse impacto nas contas de
luz dos consumidores foi apontado pela Associação Brasileira das Distribuidoras
de Energia Elétrica, através de levantamento divulgado na semana passada.
Apesar de admitir a tendência de pressão tarifária, o dirigente ressaltou
que ainda não há definição sobre o aumento, já que o novo regulamento
do PIS/Cofins para o setor está sendo preparado pela agência. Abdo diz
que a única forma de evitar o aumento da já elevada carga tributária na
área de energia elétrica (atualmente entre 32% e 35%) seria o Congresso
Nacional dar ao setor tratamento diferenciado, excluindo-o do alcance
da Medida Provisória 181/04, que altera a legislação da Cofins. (Canal
Energia - 25.05.2004) 2 Manaus será inserida ao modelo energético nacional A cidade
de Manaus será integradas à rede de extensão energética da usina de Tucuruí
no Pará, onde será investido R$ 4,5 bilhões pelo governo federal para
o seu projeto de ampliação. Com a integração à usina de Tucuruí, Manaus
terá uma economia de energia estimada em US$ 40 mil por hora, o equivalente
a US$ 300 milhões por ano. Segundo o representante da Eletronorte, José
Henrique Machado, a cidade terá energia suficiente para suprir a demanda
das próximas décadas, e principalmente das indústrias que irão se instalar
no PIM (Pólo Industrial de Manaus). "A partir da integração a Tucuruí,
o sistema energético daqui deixará de ser isolado, ou seja, não dependerá
somente da hidrelétrica de Balbina. Será fundamental para as futuras indústrias
do Amazonas, que encontrarão energia suficiente para se instalar aqui",
explicou Machado. Segundo o presidente da Manaus Energia, Williamy Frota,
a integração energética do Amazonas também beneficiará as cidades próximas
de Manaus. (Jornal do Commercio - 26.05.2004) 3 Corumbá IV está com 70% das obras prontas As obras
da Usina Hidrelétrica de Corumbá IV estão perto de estarem concluídas.
Setenta por cento da usina está pronta, por meio da uma parceria entre
os governos do Distrito Federal e de Goiás. De acordo com o presidente
da empresa responsável pela obra, Corumbá Concessões, Manuel Faustino
Marques, 90% da estrutura de concreto estão prontas e 60% de terraplenagem
executadas.As obras tiveram início em setembro de 2001 e a previsão de
conclusão, era de três anos. Porém, a empresa construtora enfrenta problemas
para levar à frente a obra com mais rapidez e cumprir o prazo antes estabelecido.
A Justiça obrigou a substituição da licença de instalação, concedida pela
Agência Ambiental de Goiás por outra do Ibama. "Espero que no prazo acertado
o Ibama libere a licença de instalação para que possamos dar continuidade
à obra com maior celeridade, pois a energia a ser gerada na usina é de
fundamental importância para o desenvolvimento econômico do DF e de Goiás",
afirma Faustino. (Elétrica - 25.05.2004) 4
BNDES vai financiar construção de LT no RS 5 Elétricas brasileiras vencem licitação para venda de energia para a Argentina Tractebel
Energia, Chesf, Centrais Elétricas Cachoeira Dourada e Furnas foram as
vencedoras da licitação internacional promovida pela Argentina para compra
de 500 MW do Brasil por um período de seis meses. No total, 12 companhias,
entre estatais e privadas, participaram do leilão. A energia a ser exportada
para a Argentina será composta por um mix de fontes hidrelétricas e termelétricas.
Agora, serão firmados contratos com prazo e valores definidos. As empresas
deverão assinar os contratos com a Cammesa no início de junho, informou
o secretário de energia elétrica do MME, Ronaldo Schuck. Ele avaliou que
os contratos de comercialização representam a terceira etapa no fornecimento
de energia do Brasil à Argentina. A primeira etapa foi marcada pelo fornecimento
em caráter emergencial. Em abril e maio o Brasil continuou fornecendo
energia ao país vizinho de forma excepcional. Agora serão estabelecidos
contratos comerciais. Schuck, explicou que até agora a Cien, dona das
linhas de transmissão ligando Brasil e Argentina, respondeu de forma provisória
pela comercialização da energia exportada. (Valor - 26.05.2004) 6 Tractebel rebate críticas argentinas de que energia é vendida cara pelo Brasil O diretor-presidente
da Tractebel Energia, Manoel Zaroni, disse que o leilão da Cammesa foi
importante para mostrar que existem agentes do setor no Brasil interessados
em participar desse tipo de negócio. "O Brasil está ajudando a Argentina,
criando condições para oferecer energia a custo variável", disse o executivo.
O executivo rebateu críticas surgidas na Argentina de que o país estaria
comprando energia por preços muito elevados no Brasil. A estimativa da
Argentina é de que o custo total da importação seja entre US$ 56 e US$
61 por MWh, abaixo do preço de uma térmica a óleo, comparou Zaroni. (Valor
- 26.05.2004) 7 MME: Licitação para venda de energia para Uruguai ainda está em curso O secretário de energia elétrica do MME, Ronaldo Schuck, informou ainda que também está em curso licitação para que empresas brasileiras vendam energia à UTE, estatal uruguaia de eletricidade. (Valor - 26.05.2004) 8
Curtas A Aneel realizará na sexta-feira, em Palmas (TO), audiência pública para colher subsídios ao processo de revisão tarifária da Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins (Celtins). A concessionária abastece 283 mil unidades consumidoras em 139 municípios do Tocantins. (Valor - 26.05.2004) O vice-presidente da área de negócios internacionais da Hydro-Quebec, estatal canadense de energia elétrica Giller Baril, esteve ontem com o governador Roberto Requião. Baril veio ao Paraná para estabelecer um primeiro contato, já que em agosto um grupo de técnicos virá ao Estado assinar os contratos das parcerias que serão feitas. (Paraná Online - 26.05.2004) A governadora do RJ, Rosinha Garotinho, inaugurou hoje de manhã, em Casimiro de Abreu, o primeiro conjunto habitacional do país com aquecedores solares de água. (Elétrica - 25.05.2004) Os servidores da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) param amanhã por 24 horas, em protesto contra a decisão do governo de oferecer um reajuste para as carreiras de ciência e tecnologia de 4,5%. (Elétrica - 25.05.2004)
Empresas 1 IBGE: Celpe é eleita melhor distribuidora da região Nordeste O IBGE apontou
a Celpe como a melhor distribuidora do Nordeste e sétima melhor do País.
O resultado tem como base as respostas coletadas na Pesquisa Nacional
de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003. Dos consumidores ouvidos, 92,45%
classificaram como bom os serviços de fornecimento de energia elétrica
da companhia. Segundo a pesquisa do IBGE, as tarifas da Celpe são as menores
do País. (Diário de Pernambuco - 26.05.2004) 2 Celpe apresenta bons resultados nos indicadores de qualidade da Aneel Semana passada, o levantamento anual sobre os serviços prestados pelas distribuidoras da Aneel mostrou um número positivo sobre a Celpe. Enquanto os consumidores brasileiros ficaram em média 16 horas sem energia no ano passado, em Pernambuco a média foi de 12,65 horas. Uma queda de 18,6% na comparação com o resultado de 2002, quando a interrupção no fornecimento foi de 15,54 horas. A quantidade de vezes que o fornecimento foi interrompido também caiu em 2003 no Estado. Foram 7,99 vezes, contra 11,73 vezes no ano anterior. Redução de 31,9%. A média nacional de cortes ficou em 12 vezes. (Diário de Pernambuco - 26.05.2004) 3 Cemig prepara estratégia para disputar leilões de transmissão previstos para 2004 A Cemig
participará dos leilões de linhas de transmissão agendados pelo MME para
esse ano. Para o evento previsto para início de agosto, a empresa disputará
os projetos em Minas Gerais e poderá entrar em consórcios para empreendimentos
em outras localidades. Além de avaliar os empreendimentos oferecidos pelo
governo, a empresa também sugere projetos para melhorar a operação de
carga no estado. O diretor de Planejamento, Projetos e Construções da
Cemig, Celso Ferreira, disse que a companhia apresentou ao Ministério
uma linha de 40 quilômetros da usina de Irapé a Araçoari no Vale do Jequitinhonha
para ampliar o fluxo de energia elétrica para o local. O diretor afirmou
que a Cemig é uma das fortes candidatas para adquirir essa linha, que
deverá entrar em operação em dois anos. (Canal Energia - 25.05.2004) 4
Cemig flexibiliza condições de pagamento para clientes devedores em Juiz
de Fora 5 Eletropaulo reforça estratégia para evitar perda de clientes para mercado livre A Eletropaulo
prepara o terreno para evitar a perda de grandes consumidores para o mercado
livre. Nos quatro primeiros meses do ano, a saída de 11 grandes clientes
reduziu o mercado da empresa em 1,9%. Para minimizar esta perda, a empresa
traçou estratégia com objetivo de fidelizar grandes clientes, e também
investiu na reestruturação da área. "Estamos em um ambiente que incentiva
a saída de grandes consumidores. A reestruturação da área de clientes
corporativos busca minimizar esta perda de clientes cativos, com atuação
de gestores de conta especializados", justifica Max Xavier Lins, diretor
de clientes corporativos da empresa. (Canal Energia -25.05.2004) 6 Inepar encerra trimestre com prejuízo de R$ 17,53 mi A Inepar
Energia fechou o trimestre com prejuízo de R$ 17,53 milhões, mesmo valor
do resultado operacional. A receita líquida da empresa fechou em R$ 4,77
milhões. O resultado bruto, nos primeiros três meses do ano, foi de R$
2,13 milhões. O prejuízo por ação foi de R$ 0,05093. (Canal Energia -
25.05.2004) 7 GCS Energia promove leilão de compra e venda de energia A GCS Energia,
comercializadora do grupo Iberdrola, realiza na próxima sexta-feira, dia
28 de maio, leilão de compra e venda de energia. A empresa pretende comprar
80 MW médios para o mês de maio, além de anunciar a quantidade extra,
chamada de energia surpresa, antes do início do negócio aos participantes
do negócio. A energia adquirida atenderá ao portfólio da comercializadora,
composta por clientes livres e geradoras. Segundo o diretor-presidente
da GCS Energia, Paulo Cunha, a empresa apresentará um preço teto, que
terá variação de 115% a 117% do valor do curto prazo no MAE, e os vendedores
farão suas propostas com preços inferiores ao teto estipulado pela comercializadora.
(Canal Energia - 26.05.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Capacidade de geração de energia no RS deve crescer 200 MW este ano A capacidade
de geração do Rio Grande do Sul deve aumentar cerca de 200 MW até o final
do ano, segundo estimativa da secretaria de Minas, Energia e Comunicação
do estado. Este acréscimo representa 5% da capacidade total instalada
do estado, de 3,97 GW, excetuando o autoprodução. De acordo com a secretaria,
a expansão virá da Hidrelétrica Monte Carlo, no Complexo Energético Rio
das Antas, e de pequenas centrais hidrelétricas. A usina de Monte Carlo,
que deverá ser inaugurada em outubro, terá 130 MW de capacidade. Além
destes empreendimentos que serão inaugurados este ano, o secretário Valdir
Andres destaca seis hidrelétricas que entrarão em operação até 2008. Os
empreendimentos são: 14 de Julho (100 MW) e Castro Alves (130 MW), no
Complexo Energético Rio das Antas; Barra Grande (690 MW), Foz do Chapecó
(855 MW), Campos Novos (880 MW), e Monjolinho (67 MW). A secretaria aposta
ainda no andamento de projetos de geração de termelétricas, cuja potência
total chega a 1,85 GW. (Canal Energia - 25.05.2004) 2 Capacidade de armazenamento fica em 82,4% no Sudeste/Centro-Oeste O nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 82,4%, volume 36,8% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento teve um leve aumento em um dia. As usinas de Nova Ponte e Itumbiara registram 75% e 99,3% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 25.05.2004) 3 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 58,46% O subsistema
Sul apresenta 58,46% da capacidade. O índice teve uma redução pequena
em comparação com o dia 24 de maio. (Canal Energia - 25.05.2004) 4 Reservatórios estão com 97,3% da capacidade no subsistema Nordeste A capacidade
de armazenamento fica em 97,3% no subsistema Nordeste. O volume está 61,83%
acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. A hidrelétrica de Sobradinho
apresenta 99,46% do volume. (Canal Energia - 25.05.2004) 5 Subsistema Norte apresenta 91,2% da capacidade Os reservatórios
estão com 91,2% da capacidade no subsistema Norte. A usina de Tucuruí
registra volume de 99,85%. O índice teve uma queda de 0,1% em relação
ao dia 23 de maio. (Canal Energia - 25.05.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras e Bolívia chegam a acordo para exportar gás natural para a Argentina As unidades da Petrobras e da Repsol YPF na Bolívia fecharam um acordo para a exportação de 4 milhões de m³ diários de gás natural para a Argentina. O acordo, feito conjuntamente com os governos boliviano e argentino, prevê o fornecimento do combustível durante seis meses, em um contrato de cerca de US$ 30 milhões. Deste total, 25% será revertido à Petrobras e os 75% restantes à Repsol. A exportação deverá se iniciar em duas semanas, pois, embora o acordo entre as empresas já tenha sido acertado, ainda faltam detalhes burocráticos a serem cumpridos. O gás será exportado a partir das unidades de San Alberto e San Antonio, no sul da Bolívia, onde são processados 16 milhões de m³ por dia de gás, e seguirá por um gasoduto desativado de cerca de 20 quilômetros até o noroeste da Argentina. O gás que será exportado para a Argentina provém do mesmo campo onde é produzido o gás importado pelo Brasil. O contrato prevê que o Brasil terá preferência sobre o gás. O impasse em torno das discussões com o Chile sobre uma passagem da Bolívia para o Oceano Pacífico fez o governo boliviano exigir uma outra cláusula, impedindo o repasse do gás para o território chileno. (Gazeta Mercantil - 26.05.2004) 2 Petrobras aguarda alterações nas leis de hidrocarbonetos na Bolívia Sobre a
incerteza gerada pelo referendo que ocorrerá na Bolívia para definir o
destino das reservas de gás do país, o gerente do portfólio de gás & energia
internacional da Petrobras, Joaquim de Melo, afirmou que a Petrobras está
na expectativa de alguma alteração. "Os negócios de gás e energia são
de longo prazo e sempre há o risco de mudança, ainda que os investidores
queiram regras estáveis", disse. Ele negou a possibilidade de a estatal
brasileira deixar o país, mas admitiu que as alterações podem gerar uma
redução na velocidade de aplicação investimentos. De acordo com Melo,
totalizando os investimentos feitos em gás natural, refino, campos, unidades
de tratamento e distribuição, foram investidos cerca de US 1 bilhão na
Bolívia. 3 Petrobras realiza análise de projetos de gasoduto interligando países do Cone Sul A Petrobras
confirmou a análise de projetos de gasodutos que realizariam a interligação
entre os países do Cone Sul. "O objetivo da Petrobras é fechar o anel
na região e ainda falta a interligação Argentina-Porto Alegre e Montevidéu-Porto
Alegre", disse o gerente do portfólio de gás & energia internacional da
Petrobras, Joaquim de Melo. Entre os projetos ofertados à companhia está
o da argentina Tecpetrol, que planeja construir um duto levando gás boliviano
ao nordeste da Argentina, o que, segundo o diretor comercial da empresa,
Germán Crivelli, poderia permitir um aumento das exportações para o sul
do Brasil. Na primeira fase, projetada para iniciar em 2006, seriam transportados
10 milhões de m³ por dia, o que consumiria US$ 800 milhões. A idéia da
Tecpetrol é manter entre 30% e 40% de participação no projeto. (Gazeta
Mercantil - 26.05.2004) 4 Integração energético do Cone Sul depende de ajustes realizados pelos países O diretor
da Energy Consulting Services, da Argentina, Ricardo Iglesias, acredita
que o futuro da integração energética do Cone Sul dependerá de grandes
ajustes a serem feitos pelos países. Iglesias acredita que, para o fortalecimento
da integração entre os países do Mercosul, será preciso o estabelecimento
de uma estrutura de preços sustentável para o gás natural e a integração
da infra-estrutura regional via Mercosul. Iglesias disse ainda que essas
mudanças vão fortalecer o mercado, dar maior flexibilidade no intercâmbio
entre Argentina, Brasil, Chile e Bolívia e maior competência entre os
pólos produtores de gás. "Mas o principal será a maior segurança no abastecimento,
se considerarmos um único mercado no Cone Sul". (Gazeta Mercantil - 26.05.2004)
5 Edesur: Definição de marcos regulatórios adequados é fundamental para integração no Cone Sul O diretor de projetos e integração energética no Cone Sul da Pan American Energy e diretor da distribuidora Eléctrica Edesur, na cidade de Buenos Aires, Teodoro Krecoler, acredita que o mais importante para que a região venha a garantir a energia necessária para seu desenvolvimento é a definição de marcos regulatórios legais adequados. Segundo Teodoro Krecoler, para atrair novos investimentos será necessária uma recuperação da confiança dos investidores. (Gazeta Mercantil - 26.05.2004) 6 China quer fazer parceria com Brasil para construção de usinas nucleares O governo chinês quer parceria do Brasil na construção de 11 usinas nucleares naquele país. Segundo o ministro brasileiro de Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, a proposta foi feita pelo ministério chinês da área, em reunião para discutir intercâmbio no setor tecnológico. Em agosto, uma missão chinesa chega ao Brasil para tratar de vários aspectos de cooperação entre os países, e a construção das usinas voltará a ser discutida. Campos informou que os chineses têm interesse em cooperação na tecnologia de centrifugação de urânio, na participação de brasileiros na engenharia das usinas e em aderir ao projeto de expansão das usinas no Brasil. A China aproveitou a missão brasileira para tocar no assunto da energia nuclear porque tem, desde 1982, "acordo guarda-chuva" com o Brasil sobre ciência e tecnologia. Isso significa que há assuntos que podem ser discutidos por ambos, como energia nuclear. (O Globo - 26.05.2004) 7 Ministro de Ciência e Tecnologia: Brasil ainda precisa definir caminho para seu programa nuclear O ministro Eduardo Campos ressaltou aos representantes da China que o Brasil ainda precisa decidir como conduzir seu próprio programa nuclear, o que deve ser feito até o segundo semestre deste ano. Campos acredita que até agosto o Brasil já terá tomado decisões importantes sobre energia nuclear. Há três comissões no Congresso Nacional estudando o assunto. O Brasil precisa resolver se continuará com o programa estatal fechado - sem acompanhar a velocidade de outros países - ou atuará mais incisivamente, possivelmente com o financiamento de parceiros. Se a decisão brasileira for deslanchar o programa, a China pode ser um desses parceiros. O Brasil tem tecnologia nuclear, conhecimento científico e reservas de urânio, destacou Campos. Para avançar no programa, podem ser necessários até US$ 3 bilhões, incluindo a conclusão de Angra III e a construção de um submarino. (O Globo - 26.05.2004) 8 Professor da Coppe/UFRJ: Acordo com China pode ser positivo para o Brasil Um possível acordo nuclear com a China poderá ser positivo para o Brasil. A opinião é do professor Aquilino Senra, do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe/UFRJ. Apesar de não ter maiores detalhes sobre a sondagem chinesa, Senra acredita que uma parceria poderia, futuramente, prever a venda para aquele país de concentrado de urânio. Senra destacou que o concentrado, por ser de menor valor agregado, vale cerca de 50 vezes menos do que o urânio enriquecido, mas, se os recursos obtidos pelo Brasil forem reinvestidos na expansão do setor nuclear, será positivo. O especialista também ressaltou a importância de empresas brasileiras, principalmente a Eletronuclear, poderem, um dia, participar da construção das 11 usinas nucleares que a China pretende construir em dez anos. O Brasil praticamente domina todo o ciclo do combustível. (O Globo - 26.05.2004) 9 Lessa: Brasil pode ser o 3.º maior produtor de urânio no mundo O presidente do BNDES, Carlos Lessa, afirmou que o Brasil tem condições de se tornar o terceiro maior produtor mundial de urânio. "Eu não sei nada sobre negociações entre o Brasil e a China na área nuclear, mas o que eu posso dizer é que o Brasil tem todas as chances de sair da sexta posição de produtor mundial de urânio para a terceira posição", avaliou. Para chegar ao terceiro lugar, o País precisaria colocar em condições de produção duas minas já mapeadas. "E nós do BNDES vamos abrir caminho para essas duas explorações", afirmou. Ele disse que o investimento necessário para essa produção é "perfeitamente exeqüível". Hoje, o Brasil tem a sexta maior reserva do minério no mundo, mas apenas 30% do País foi prospectado. Atualmente, o País extrai apenas o minério necessário para o abastecimento das Usinas Nucleares de Angra 1 e 2. São cerca de 120.000 toneladas ao ano, que permitem a produção de até 400 toneladas de yellowcake, como é chamado o urânio purificado e concentrado. (O Estado de São Paulo - 26.05.2004) 10 Petrobras e CEG assinam contrato de fornecimento de gás para TermoRio Petrobras e Ceg assinam nesta quarta-feira, dia 26 de maio, os contratos de fornecimento de gás natural para a termelétrica TermoRio, que entra em operação comercial no dia 15 de outubro. O contrato, de 12 meses, prevê o fornecimento de 2,7 milhões de metros cúbicos por dia. Este nível será elevado depois para 5,1 milhões de metros cúbicos por dia. Prevista para ter capacidade total de 1.040 MW, a usina inicia a fase de testes a partir de junho, gerando 383 MW. A previsão é de que a capacidade instalada da TermoRio aumente em mais 328,5 MW, em fevereiro de 2005. Em maio próximo ano, a unidade chega a sua capacidade máxima, com o acréscimo de mais 328,5 MW. No projeto, a Petrobras investiu US$ 700 milhões. (Canal Energia - 25.05.2004)
Economia Brasileira 1 Lessa: País precisa investir em energia elétrica para acompanhar crescimento econômico O presidente do BNDES, Carlos Lessa, afirmou que o Brasil precisa investir em energia elétrica para evitar um colapso no setor por causa do crescimento da economia. Ele explicou ser necessário que, até 2007, o governo financie grandes hidrelétricas e abra espaço para a energia gerada a partir do carvão. Lessa destacou que um leve crescimento já pode ser sentido no país. Ele citou como exemplo o Rio Grande do Sul, onde as operações com o BNDES somaram R$ 970 milhões de janeiro a abril deste ano, contra R$ 640 milhões no primeiro quadrimestre de 2003. (Valor - 25.05.2004) 2 IPC da Fipe registra alta de 0,49% na terceira prévia de maio O IPC no município de São Paulo encerrou a terceira quadrissemana do mês com incremento de 0,49%. Na medição anterior, a Fipe acusou inflação de 0,39%. Novamente, Saúde exerceu a principal pressão sobre o indicador, com elevação de 1,73%. Com esse resultado, porém, nota-se que o grupo vem abrandando a tendência de alta verificada desde o início de maio - partindo de um acréscimo de 2,85%, passou para 2,33% e agora está abaixo de 2%. A Fipe mostrou ainda que Alimentação subiu 0,70%, após avançar 0,34% na segunda pesquisa do mês, Despesas Pessoais cresceram 0,42% e Transportes tiveram ampliação de 0,39%. (Valor Online - 26.05.2004) 3
Palocci descarta pressão inflacionária por causa da alta do petróleo 4 Desemprego vai a 13,1% e renda média cai 0,9% A taxa de
desemprego no País alcançou 13,1% em abril, a maior taxa desde o início
da nova pesquisa de emprego do IBGE em outubro de 2001. A recuperação
dos rendimentos sobre o mês anterior, iniciada em janeiro, também foi
interrompida no mês passado, com uma queda real de 0,9% sobre março. A
renda caiu 3,5% comparado ao mesmo mês do ano passado. O recorde anterior
era de 13%, em junho e agosto do ano passado. Em março deste ano, a taxa
estava em 12,8%. O total do desempregados pulou de 2,72 milhões de pessoas
em março deste ano para 2,81 milhões em abril. O número de pessoas ocupadas
cresceu 0,7% no período, o que representou a criação de 460 mil postos
de trabalho. (Jornal do Commercio - 26.05.2004) 5 Desemprego terá queda no 2º semestre segundo Berzoini O ministro
do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse ontem que a recuperação da economia
tem estimulado a volta de trabalhadores desalentados ao mercado de trabalho,
o que eleva os índices de desemprego, apesar do aumento na geração de
postos de trabalho. Na avaliação dele, haverá queda dos índices no segundo
semestre. "O resultado reflete o estágio da economia quando ela ganha
velocidade e se acelera. Isso aumenta a velocidade das pessoas que voltam
ao mercado de trabalho." Para ele, no segundo semestre, o efeito do aumento
de pessoas procurando emprego terá sido completamente absorvido, derrubando
as taxas de desemprego. (Folha de São Paulo - 26.05.2004) O dólar à vista opera em alta moderada neste final de manhã, devolvendo parte das quedas dos últimos dias. Às 12h17m, a moeda americana subia 0,60%, cotada a R$ 3,156 na compra e R$ 3,158 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 1,28%, a R$ 3,1370 na compra e a R$ 3,1390 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 26.05.2004)
Internacional 1 Ministro de Minas e Energia da Bolívia renuncia O ministro
de Minas e Energia (responsável pelas reservas de gás e petróleo) da Bolívia,
Xavier Nogales, renunciou ontem, trazendo mais instabilidade ao país no
momento em que ele se prepara para decidir em consulta popular a reestatização
do gás natural, seu principal produto de exportação. Foi o quarto ministro
a renunciar desde que Carlos Mesa assumiu a Presidência , em outubro.
Nogales pretendia aumentar os impostos sobre as empresas que exploram
gás e petróleo. Acabou desautorizado por Mesa, que busca conservar estabilidade
mínima até o referendo do dia 18 de julho. O referendo pode levar à anulação
da atual Lei de Hidrocarbonetos e à "refundação" da estatal YPFB. Os partidos
de direita estão estudando a constitucionalidade dessa última medida,
caso seja aprovada. Eles crêem não ser possível sequer colocar a refundação
da YPFB no referendo. (Valor - 26.05.2004) 2 Sindicatos bolivianos querem a renacionalização dos hidrocarbonetos Os sindicatos
da Bolívia estão fazendo pressão para a renacionalização da indústria
de hidrocarbonetos. O líder do partido MAS (Movimento ao Socialismo),
Evo Morales, afirma que não há problema de instabilidade no país. "Não
se pode chamar de instabilidade uma consulta popular". Morales, que ficou
em segundo lugar na última eleição, prega que a solução para a pobreza
no país é a distribuição do gás para os bolivianos antes, para só depois
exportar os excedentes. O professor de relações internacionais Mario Zambra,
especialista em América Latina pela Universidade do Sul da Flórida, discorda:
"Essa sucessão de ministros mostra o quão radicalizada está a discussão
sobre o gás". (Valor - 26.05.2004) 3 Galp e Mota-Engil fazem parceria em Portugal A companhia de energia Galp Energia e o grupo construtor Mota-Engil vão assinar, amanhã, uma parceria comercial que visa potenciar as sinergias de ambas as empresas, nomeadamente no contexto internacional. Em comunicado conjunto, a Galp Energia e a Mota-Engil defendem que "estão firmemente empenhadas em estabelecer uma relação privilegiada de parceria", no sentido de "tirar o maior partido possível de um conjunto alargado de sinergias". As companhias, líderes nos seus respectivos sectores de atividade em Portugal, salientam ainda a sua "presença significativa em mercados internacionais". Os acordos de parceria entre as duas empresas são assinados amanhã, quarta-feira, em Lisboa. (Canal de Negócios PT - 25.05.2004) 4
Duke Energy vende participação na Catarell por US$ 59,7 mi
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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