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IFE: nº 1.352 - 24 de maio de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aneel considera prematura discussão sobre impacto da PIS/Cofins nas tarifas
2 MME não deve alterar prazos de migração para mercado livre
3 Dilma: Empresas chinesas de equipamentos demonstram interesse em investir no Brasil
4 Quatro empresas entregam propostas para leilão de exportação para Argentina
5 Câmara dos Deputados deve instalar CPI para investigar privatização do setor elétrico
6 Ministério da Energia libera verba para o PI

Empresas
1 Indicadores de qualidade dos serviços das distribuidoras apresentam melhora em 2003
2 Indicadores de qualidade da Light ficaram acima da média nacional
3 Eletronorte espera lucro após renovar contratos com setor de alumínio
4 Eletrosul investe R$ 90 mi em subestações
5 Brascan tem planos de investir US$ 500 mi no Brasil até 2008
6 Tractebel tem novo sócio
7 Cemig coloca em operação subestação Bom Despacho 3

Licitação
1 Chesf
2 Ceron
3 Eletronorte

Gás e Termelétricas
1 Brasil quer estabelecer parcerias com a China na área de biodiesel
2 Dilma: Sinopec deve ser parceira da Petrobras em novo leilão da ANP
3 Diretor-geral da ANP: Gás natural vai atrair investimento de multinacionais
4 Diretor da ANP aponta possibilidade do Brasil exportar gás natural no futuro
5 Dirtor da ANP aponta fatores que inibem investimento externo
6 Construção do gasoduto obtém licenciamento oficial

Grandes Consumidores
1 Alumar e Eletronorte acertam novo contrato fornecimento de energia
2 Alumar pode realizar novos projetos
3 CVRD e empresa chinesa vão construir usina de refino de alumina no Brasil
4 CVRD faz parceria com empresa chinesa para construção de usina de aço no Maranhão
5 CVRD anuncia entrada no mercado de carvão
6 Siderpita investe R$ 9,3 mi e amplia sede

Economia Brasileira
1 Mantega: Empresas chinesas pretendem aplicar US$ 5 bi nos setores de energia, infra-estrutura e logística
2 Governo central supera, mais uma vez, a meta de superávit primário

3 Há sinais de recuperação no mercado de trabalho segundo o Ipea
4 Analistas aumentam estimativa de saldo comercial em 2004 e 2005
5 Mercado eleva estimativa do IPCA de 2004 para 6,36%
6 Cai nível de confiança do empresariado, diz CNI
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Endesa aumenta em 22,2% geração de energia na América Latina
2 Morgan Stanley melhora preço alvo da EDP para 2,70 euros
3 Grupo Brascan compra 71 hidrelétricas nos EUA

Regulação e Novo Modelo

1 Aneel considera prematura discussão sobre impacto da PIS/Cofins nas tarifas

A Aneel considera prematura a discussão em torno da taxação de um percentual de ajuste para as tarifas de energia até que seja definida uma metodologia específica que mostre se houve de fato um impacto no setor com a nova fórmula introduzida pelo governo de calcular a PIS/Cofins. Com a elevação das alíquotas, de 3,65% para 9,25%, as empresas de energia elétrica calculam um reajuste nas tarifas entre 3% e 4% para os consumidores, além do reajuste anual já previsto em contrato. A Aneel, no entanto, acha que é difícil confirmar esse cálculo sem antes conhecer as planilhas de custo das concessionárias, mas admite que, nesse caso, as empresas vão poder incluir o gasto a mais na conta de luz dos consumidores, de forma extraordinária. (CruzeiroNET - 22.05.2004)

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2 MME não deve alterar prazos de migração para mercado livre

O MME não deve alterar os prazos de antecedência que os grandes consumidores terão para notificar as distribuidoras da migração para o mercado livre. Segundo o secretário-executivo, Maurício Tolmasquim, as sugestões apresentadas por diversos agentes, pleiteando alterações na proposta do governo - indicada no relatório técnico do novo modelo do setor elétrico entre um e três anos - não convenceram a equipe do MME. Pela proposta do relatório técnico, os consumidores com demanda entre 3 MW e 5 MW que quiserem passar ao mercado livre terão um ano para antecipar a decisão junto às concessionárias. O prazo subirá para dois anos, para consumidores na faixa entre 5 MW e 10 MW de carga, e três anos, para empresas com demanda acima de 10 MW. A antecedência para a volta ao mercado cativo das distribuidoras será de cinco anos. (Canal Energia - 21.05.2004)

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3 Dilma: Empresas chinesas de equipamentos demonstram interesse em investir no Brasil

A Petrobras assina hoje, em Pequim, um acordo com a chinesa Sinopec. Segundo a ministra Dilma Rousseff, o potencial da relação bilateral na área de energia vai além desse acordo. A ministra disse que teve contato com empresas chinesas de equipamentos interessadas em investir no Brasil. Entre essas empresas estão a China National Machinery and Equipment Import & Export (CMEC). Essa afirmação é a mais expressiva de um grupo de fabricantes que pretendem ter presença no País, sozinhas ou por meio de parcerias. Há ainda, nesse grupo, um fornecedor de turbinas termelétricas e hídricas. (Gazeta Mercantil - 24.05.2004)

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4 Quatro empresas entregam propostas para leilão de exportação para Argentina

Quatro empresas entregaram propostas de preço e volume de energia para a licitação de exportação para a Argentina, segundo informou o MAE. As interessadas no leilão são Furnas, Tractebel, Eletronorte e Chesf. As propostas foram entregues à Compañia Administradora del Mercado Mayorista Eléctrico (Cammesa) - empresa que coordena o processo pelo lado argentino. A Cemig já havia sinalizado que poderia desistir do processo caso a Cammesa não revisse as regras de responsabilidade no pagamento pelos custos com transmissão. A Cesp também já havia anunciado a sua desistência na licitação. Agora, a Cammesa irá avaliar as propostas encaminhadas e o resultado deverá ser divulgado até o final deste mês pela empresa argentina. O fornecimento de até 500 MW médios está previsto para começar no dia 7 de junho e se estenderá até 30 de novembro deste ano. (Canal Energia - 21.05.2004)

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5 Câmara dos Deputados deve instalar CPI para investigar privatização do setor elétrico

As privatizações do setor elétrico e os financiamentos feitos pelo BNDES às empresas de energia serão investigados por uma CPI que deverá ser instalada esta semana na Câmara dos Deputados. As bases para as investigações são as auditorias realizadas pelo TCU, que reprovou as exigências de garantias pedidas pelo BNDES nos empréstimos e ainda levantou suspeitas de desvios na utilização desses recursos pelas companhias, que teriam contribuído para a péssima situação financeira em que se encontram. O foco inicial das investigações da CPI, segundo o presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara, João Pizzolatti (PP-SC), serão os empréstimos entre BNDES e o grupo americano AES. Pizzolatti disse que os partidos deverão indicar seus representantes esta semana para que as primeiras reuniões da comissão sejam realizadas. Segundo ele, os executivos do BNDES na época dos financiamentos e todos os dirigentes das empresas deverão ser chamados para depor. O BNDES informou que os empréstimos reprovados pelo TCU foram concedidos na gestão passada e que a administração atual modificou todos os procedimentos para a concessão de financiamentos, aumentando a exigência de garantias. (Jornal do Brasil - 24.05.2004)

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6 Ministério da Energia libera verba para o PI

O Governo do Piauí, o MME e a Eletrobrás assinaram convênio para a liberação de R$ 104 milhões para obras do setor energético para distribuir energia elétrica para 20 mil famílias do Estado que vivem na escuridão dentro do Programa Luz para Todos. O governador do Estado, Wellington Dias, falou antes de sua viagem para a China, no final da semana, que em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pela Cepisa a meta de distribuir energia para as 161 mil famílias que não têm luz elétrica no Estado passou para 2008. Ele informou que estão sendo feitos investimentos de R$ 140 milhões em linha de alta tensão, pela Chesf e Cepisa, para a subestação de Teresina e Elesbão Veloso, Redenção, Matias Olímpio e uma grande base em Elizeu Martins e na linha de São João do Piauí a São Raimundo Nonato. (Jornal Meio Norte - 24.05.2004)

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Empresas

1 Indicadores de qualidade dos serviços das distribuidoras apresentam melhora em 2003

O número de vezes e o total de horas que os consumidores ficaram sem energia elétrica no país caíram no ano passado em relação a 2002, segundo dados da Aneel. Esses dois indicadores são usados para medir a qualidade dos serviços das 64 distribuidoras de energia do país. O primeiro deles é a Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC), que indica o número de horas sem energia e caiu 12,3%. Já a Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC), que mede a quantidade de eventos, foi reduzido em 16,1%. Em 2003, o DEC médio das empresas foi de 16,4, enquanto o FEC chegou a 12,96. Já em 2002, o DEC fora de 18,7 e o FEC atingira 15,45. Em todas as regiões do país houve redução do número médio de interrupções no fornecimento de energia em 2003. Com exceção do Sul, as demais regiões também apresentaram queda no indicador que mede a duração média das interrupções. O resultado do Sul deveu-se, principalmente, à piora dos indicadores de concessionárias que atendem a um número expressivo de consumidores na região, como a Copel, a Celesc, e a RGE. (O Globo - 22.05.2004)

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2 Indicadores de qualidade da Light ficaram acima da média nacional

O número de horas que os consumidores da Light ficaram sem energia (DEC) foi de 8,74 e o número de vezes que o problema ocorreu chegou a 6,22. O desempenho dos indicadores da Cerj, embora tenha melhorado em relação ao ano passado, continua abaixo da média nacional. O DEC da Cerj foi de 22,21 e o FEC, de 17,41. (O Globo - 22.05.2004)

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3 Eletronorte espera lucro após renovar contratos com setor de alumínio

A renegociação dos contratos de fornecimento com as fábricas de alumínio Alumar (Alcoa e BHP Billinton) e Albrás (Companhia Vale do Rio Doce) deve colocar a Eletronorte no azul a partir deste ano. A perspectiva, do diretor de Produção e Comercialização, Dilson Trindade, baseia-se na taxa média de rentabilidade de 12,85% que a estatal terá com as novas bases contratuais com as empresas, e na tarifa de equilíbrio financeiro - valor que o executivo prefere não revelar. "Os resultados das duas negociações nos coloca numa rota superavitária a partir deste ano. Fato inédito, já que a empresa sempre deu prejuízo", afirma Trindade, frisando que todos os objetivos da Eletronorte nos processos foram atingidos. "Tornamo-nos a maior fornecedora de energia em bloco do país", ressalta. (Canal Energia - 21.05.2004)

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4 Eletrosul investe R$ 90 mi em subestações

A Eletrosul pretende investir cerca de R$ 90 milhões, entre 2004 e 2005, em ampliações de subestações da região de Caxias do Sul. Serão realizadas melhorias tanto da subestação Caxias de 525 kV, como na subestação Caxias 5, de 230 kV, com o objetivo de aumentar a confiabilidade do sistema da região e poder ampliar o fornecimento de energia. A subestação Caxias terá sua capacidade praticamente duplicada. Hoje, a subestação completa é composta de dois bancos de autotransformadores 525/230 kV, totalizando 1344 MVA, três saídas de linhas 525 kV, respectivamente para Campos Novos, Gravataí e Itá, e seis saídas de linhas 230 kV, para Caxias do Sul, Farroupilha, Campo Bom e Taquara. (Jornal do Comércio - RS - 24.05.2004)

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5 Brascan tem planos de investir US$ 500 mi no Brasil até 2008

A canadense Brascan volta a apostar na área de energia elétrica no Brasil. Ao lado dos Estados Unidos e do Canadá, definiu o mercado brasileiro como um dos focos de ampliação das atividades da Brascan Power. O grupo tem planos de investir cerca de US$ 500 milhões no Brasil até 2008, disse o presidente da Brascan Energética, João Robert Coas. O executivo destacou que esse montante para os próximos quatro anos não inclui os mais de R$ 250 milhões já aplicados pela Brascan em aquisições e investimentos. A estratégia está sendo baseada nas PCHs. O plano de negócios do grupo inclui 26 projetos já licenciados ou em estudo. Em cinco anos, a meta é atingir 800 MW de capacidade instalada. Coas disse que estão sendo avaliados projetos que possam se enquadrar dentro do conceito de geração distribuída com condições de contratação diretamente por concessionárias de distribuição. O presidente da Brascan disse que a matriz tem recursos em caixa, mas estes podem ser utilizados aqui ou em outras oportunidades no exterior, dependendo do momento. Por isso, a estratégia no Brasil prevê parcerias e também levantar recursos com fundos de investimentos. (Valor - 24.05.2004)

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6 Tractebel tem novo sócio

O empresário José João Abdalla Filho, dono do Banco Clássico, comprou 10% das ações ordinárias da Tractebel que estavam no mercado. O valor da aquisição não foi revelado, mas estima-se algo próximo a R$ 300 milhões. O Clássico, com sede no Rio de Janeiro, é uma instituição financeira praticamente desconhecida no mercado. Um alto funcionário do banco, que preferiu não se identificar, disse que o Clássico não tem clientes e que se dedica apenas a realizar as operações financeiras e de investimento de seu controlador, Abdalla Filho. Segundo ele, o capital do banco é de R$ 825 milhões (R$ 668 milhões de acordo com o mais recente balancete apresentado ao Banco Central). O interesse do empresário, segundo fontes, é diversificar os investimentos, sobretudo em negócios de energia. A Tractebel seria o início dessa estratégia. (Valor - 24.05.2004)

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7 Cemig coloca em operação subestação Bom Despacho 3

A Cemig colocou em operação, na primeira semana de maio, a subestação Bom Despacho 3, situada a 10 km do município de Bom Despacho, região Oeste de Minas Gerais. A subestação está localizada em uma posição estratégica para o sistema elétrico do Estado, entre as usinas geradoras do Triângulo Mineiro e o principal centro de carga do Estado, que compreende a Região Metropolitana de Belo Horizonte e todo o Vale do Aço, com suas siderúrgicas. Para a implantação dessa subestação, a Cemig investiu cerca de R$ 90 milhões. (Elétrica - 21.05.2004)

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Licitação

1 Chesf

A Chesf abre processo para serviços de prontidão para manutenção programada, atendimento a contingências em linhas de transmissão, barramentos em subestações energizadas ou não, nas tensões 69, 230 e 500 kV, compreendendo os estados da Bahia e Sergipe. O prazo vai até o dia 7 de junho e o preço de edital é de R$ 30,00. (Canal Energia - 21.05.2004)

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2 Ceron

A Ceron abre processo para manutenção e operação das termelétricas Vilhena e Colorado D'Oeste e da pequena central hidrelétrica Rio Vermelho. O prazo para a realização das propostas termina no dia 28 de junho. (Canal Energia - 21.05.2004)

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3 Eletronorte

A Eletronorte licita contratação de empresa para fiscalização de serviço de engenharia e controle de qualidade na automação da subestação Coxipó, na implantação do controle de tensão na subestação Sinop e na implantação do compensador série 239 kV, saída para a linha de transmissão Rondonópolis C1, na subestação Barra do Peixe, todas no Mato Grosso. O prazo termina no próximo dia 11. (Canal Energia - 21.05.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Brasil quer estabelecer parcerias com a China na área de biodiesel

O Brasil também tem bastante interesse em parcerias com os chineses na área de biodiesel, afirmou a ministra Dilma Rousseff. A idéia é os chineses comprarem o produto brasileiro, feito a partir de, por exemplo, mamona e dendê, e haver o desenvolvimento conjunto de turbinas para geração de eletricidade a partir do biodiesel. "O Brasil é o único país com experiência na área de combustível verde", disse a ministra. (Gazeta Mercantil - 24.05.2004)

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2 Dilma: Sinopec deve ser parceira da Petrobras em novo leilão da ANP

O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, anunciou uma parceria com a estatal chinesa Sinopec para exploração de petróleo na região asiática. A ministra Dilma Rousseff afirmou que a Sinopec prometeu participar da sexta rodada de licitações de áreas de petróleo da ANP, em parceria com a Petrobras. Com isso, a Sinopec se transformará na primeira empresa asiática a fechar uma parceria com a estatal. (O Globo - 24.05.2004)

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3 Diretor-geral da ANP: Gás natural vai atrair investimento de multinacionais

A principal aposta das multinacionais petroleiras no Brasil aponta para o segmento de gás natural, no qual há expectativas promissoras de novas descobertas, afirma Sebastião do Rego Barros, diretor-geral da ANP. O apetite das companhias pelo gás natural cria condições favoráveis para a próxima rodada de licitações para exploração e produção de áreas de petróleo e gás, que será promovida pela ANP nos dias 17 e 18 de agosto. Barros avalia que a descoberta de reservas prováveis de 14,8 trilhões de pés cúbicos de gás na bacia de Santos está estimulando os investidores do setor. "O gás é algo promissor em termos de descobertas (no Brasil) e o mercado no mundo é demandante", diz ele. Barros avaliou ainda que o risco regulatório no Brasil é menor e ponderou que a discussão sobre o papel das agências no atual governo não esvaziou, na prática, a atuação da diretoria da ANP. (Valor - 24.05.2004)

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4 Diretor da ANP aponta possibilidade do Brasil exportar gás natural no futuro

O diretor-geral da ANP, Sebastião do Rego Barros, cogita a possibilidade de o Brasil exportar gás natural no futuro, hipótese que por enquanto é negada pela Petrobras. "O Brasil poderá exportar (gás) ou não, não se sabe, mas o que é certo é que há muitas empresas do setor com interesse de operar no Brasil, de associar-se (com a Petrobras) e até de exportar gás no futuro", analisou Barros. Ele avaliou como positiva a proximidade da Bacia de Santos, onde houve a descoberta das megasreservas de gás, com os principais mercados consumidores do país (São Paulo e Rio). O diretor-geral da ANP lembra que, antes da descoberta, as reservas provadas de gás do Brasil eram de 8,66 TCFs (cada TCF equivale a 28,3 bilhões de metros cúbicos). Agora as reservas provadas e prováveis pularam para 22,3 TCFs, o que corresponde a um salto de 231 bilhões de metros cúbicos para 631 bilhões. (Valor - 24.05.2004)

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5 Dirtor da ANP aponta fatores que inibem investimento externo

Sebastião do Rego Barros, diretor-geral da ANP, mostrou preocupação com alguns fatores que inibem o investimento estrangeiro. O principal são as leis impostas pelo Estado do Rio - a lei Noel, que taxa a atividade de extração de petróleo, e a lei Valetim, que prevê incidência de ICMS sobre a importação de bens e equipamentos para plataformas. O diretor-geral da ANP disse que seria adequado que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgasse as ações de inconstitucionalidade contra as duas leis. (Valor - 24.05.2004)

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6 Construção do gasoduto obtém licenciamento oficial

A concessão do licenciamento ambiental para o gasoduto Coari-Manaus, oficializada na última sexta-feira, promete resolver o problema de fornecimento de energia no Amazonas, principalmente nos sete municípios por onde passará a obra - Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba -, e na capital. O empreendimento, que terá cerca de 400 quilômetros de extensão, contará ainda com 126 quilômetros adicionais, para fornecer energia aos sete municípios por onde passará o gasoduto, localizados na margem esquerda do rio Solimões. O investimento é da ordem de R$ 1 bilhão, e deve gerar cerca de 3.400 empregos diretos, ao longo de 22 meses. (Jornal do Commercio AM - 22.05.2004)

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Grandes Consumidores

1 Alumar e Eletronorte acertam novo contrato fornecimento de energia

A Eletronorte e o consórcio Alumar - formado pela Alcoa e pela BHP Billiton - selaram novo acordo para fornecimento de energia (820 MW), por 20 anos. O contrato, ainda não anunciado oficialmente, garantirá até 2024 receita de US$ 4 bilhões à Eletronorte, subsidiária da Eletrobrás. Para o consórcio Alumar, o acerto estimula a retirada de projetos da gaveta. A Alcoa deverá anunciar na próxima semana investimentos de US$ 130 milhões na expansão da usina de alumínio primário, que deverá ampliar a produção em 60 mil toneladas - cujo principal destino é o mercado externo. No contrato de energia com a Eletronorte já está incluído a demanda de 140 MW para essa expansão. Toda energia será fornecida pela usina de Tucuruí, ao Sul do Pará. Juntas, as unidades de fundição do metal de Alcoa e BHP Billiton estão hoje aptas a fabricar 380 mil toneladas, com consumo de 680 MW. Com a expansão, vão passar a pelo menos 440 mil toneladas em 2006. (Valor - 24.05.2004)

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2 Alumar pode realizar novos projetos

Ao garantir fornecimento de energia por um prazo tão longo, a Alumar poderá estimular outros projetos. Um deles poderá ser a expansão da refinaria de alumina. Segundo informações das empresas, o plano é acrescentar 2 milhões de toneladas às atuais 1,3 milhão. O investimento, a ser dividido em partes proporcionais pelas duas multinacionais, está orçado em cerca de US$ 700 milhões. Para atender a refinaria de alumina, as duas empresas deverão fazer também investimentos em mineração de bauxita, minério que dá origem à alumina e ao alumínio. Projeções preliminares apontam investimentos acima de US$ 200 milhões. Ao todo, o pacote de novos investimentos viabilizados na Alumar pode superar US$ 1 bilhão. (Valor - 24.05.2004)

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3 CVRD e empresa chinesa vão construir usina de refino de alumina no Brasil

A Companhia Vale do Rio Doce vai investir US$ 1 bilhão na implantação de uma usina de refino de alumina no Pará, numa joint venture com a maior produtora de alumina da China, a estatal China Aluminium Company (Chalco). A usina ficará próxima à unidade da Alunorte, em Bacarena, no Pará, com início de produção previsto para 2007 e meta inicial de 1,8 milhão de toneladas. A nova usina de alumina ressuscitará a mina de bauxita de Paragominas, um projeto que ainda não tinha saído do papel por falta de licença ambiental do governo paraense. (O Globo - 24.05.2004)

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4 CVRD faz parceria com empresa chinesa para construção de usina de aço no Maranhão

A Companhia Vale do Rio Doce vai formalizar com a chinesa Baosteel um investimento de US$ 1,5 bilhão para a construção de uma usina de aço em São Luís, no Maranhão. O projeto entrará agora na fase de busca de financiamento, que poderá ser feito por bancos estrangeiros ou mesmo pelo BNDES. O acordo com a Baosteel abre as portas para um outro projeto dos dois grupos: a construção de um supercargueiro com capacidade para 540 mil toneladas. (O Globo - 24.05.2004)

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5 CVRD anuncia entrada no mercado de carvão

A Vale do Rio Doce vai assinar duas parcerias para produção de carvão na China. Um dos contratos é com a Baosteel e com a Yongcheng Coal & Electricity Group e o outro, com a Yankuang. Juntos, os dois projetos são avaliados em US$ 300 milhões em valor de produção anual e marcam a entrada da Vale no mercado de carvão. Os anúncios oficiais dos diferentes projetos da mineradora serão feitos hoje em Pequim pelo presidente da Vale, Roger Agnelli.

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6 Siderpita investe R$ 9,3 mi e amplia sede

De olho em um mercado que projeta faturar só em 2004 cerca de R$ 2 bilhões, a Companhia Siderúrgica Pitangui (Siderpita), localizada no município homônimo do Centro-Oeste de Minas Gerais e cujo proprietário é o ex-governador Newton Cardoso, inaugurou no sábado o seu terceiro alto-forno para a produção de ferro-gusa. O investimento total, que também inclui um viveiro de eucaliptos, foi da ordem de US$ 3 milhões (em torno de R$ 9,3 milhões). O aporte vai permitir à empresa aumentar sua produção de gusa, atualmente em 450 toneladas/dia, para 870 toneladas diárias. A maior parte desse volume, cerca de 60%, será destinada ao mercado externo, sobretudo ao norte-americano, onde o gusa brasileiro tem boa aceitação. (O Tempo - 24.05.2004)

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Economia Brasileira

1 Mantega: Empresas chinesas pretendem aplicar US$ 5 bi nos setores de energia, infra-estrutura e logística

Segundo o ministro do Planejamento, Guido Mantega, o setor de energia, bem como o de infra-estrutura e logística, são mercados em que as empresas chinesas pretendem aplicar US$ 5 bilhões no Brasil. O ministro disse que espera que o projeto de Parceria Público Privada seja aprovado no Congresso até o fim de junho para os investimentos deslancharem. (O Globo - 24.05.2004)

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2 Governo central supera, mais uma vez, a meta de superávit primário

O governo central (Tesouro Nacional, INSS e BC) conseguiu superar a meta de superávit primário - receitas menos despesas, exceto gastos com juros - prevista para o primeiro quadrimestre de 2004. Entre janeiro e abril, o resultado acumulado foi de R$ 25,2 bilhões, enquanto a meta para o período era de R$ 20,1 bilhões. Somente em abril, o superávit foi de R$ 7,5 bilhões. O Tesouro contribuiu para o resultado de abril com um superávit de R$ 9,5 bilhões, enquanto a Previdência e o Banco Central registraram déficits de R$ 1,9 bilhão e R$ 5,2 milhões, respectivamente. O crescimento se explica pelo aumento na arrecadação da Cofins, do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). O secretário, no entanto, disse que o aumento nas receitas não deve representar mudanças na programação orçamentária que será anunciada na próxima semana. (O Globo Online - 24.05.2004)

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3 Há sinais de recuperação no mercado de trabalho segundo o Ipea

O mercado de trabalho no Brasil começa a dar sinais de recuperação. Essa foi a constatação dos economistas do Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada (Ipea), com base em um conjunto de fatores. Por exemplo, o aumento da taxa de ocupação de 1,6% em março, as 350 mil novas contratações no primeiro trimestre, o melhor resultado para este período desde que a apuração do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho começou, em 1992, e o crescimento de 0,25% do emprego industrial em São Paulo, segundo a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). "O pior já passou", disse Lauro Ramos, economista do Ipea e coordenador do Boletim do Mercado de Trabalho, elaborado pelo Ipea em conjunto com o Ministério do Trabalho. (Gazeta Mercantil - 25.05.2004)

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4 Analistas aumentam estimativa de saldo comercial em 2004 e 2005

O mercado financeiro elevou novamente as previsões médias para o superávit da balança comercial neste ano. A estimativa do saldo passou de US$ 25,30 bilhões para US$ 26 bilhões. Os dados constam da pesquisa Focus, realizada pelo BC. É a quarta semana seguida que o levantamento aponta alta na expectativa para o saldo comercial deste ano. Para 2005, a previsão subiu de superávit de US$ 22,5 bilhões para US$ 23 bilhões. Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2003, a mediana das expectativas aponta taxa de 3,50%, mesma previsão da semana retrasada. Para 2005, a estimativa média permaneceu em 3,50%. A estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros continuou em US$ 12 bilhões em 2004. Para 2005, porém, a expectativa baixou de US$ 14,25 bilhões para US$ 13 bilhões. (Valor Online - 24.05.2004)

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5 Mercado eleva estimativa do IPCA de 2004 para 6,36%

O mercado financeiro elevou a projeção média para o índice oficial de inflação de 2004. Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA foi de 6,36%, superior aos 6,17% projetados na semana retrasada. É a segunda semana seguida de aumento na previsão. Para 2005, o mercado aumentou a expectativa do IPCA de 5,10% para 5,15%. De acordo com o levantamento semanal feito pelo Banco Central junto a instituições financeiras, as demais previsões para os outros indicadores, no ano e nos meses de maio e junho, aumentaram. A previsão para o IGP-M de 2004, passou de 8,90% para 9,32%. Para o IGP-DI, subiu de 9% para 9,42%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas avançou de 5,39% para 5,47%. (Valor Online - 24.05.2004)

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6 Cai nível de confiança do empresariado, diz CNI

A Sondagem Industrial realizada em abril pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que houve queda na confiança do setor industrial. De acordo com a pesquisa da CNI, o índice de confiança é de 56,3 pontos mês passado. O indicador é 6,1 pontos menor em relação ao verificado em janeiro, quando o índice de confiança ficou em 62,4 pontos, o mais alto patamar dos últimos 12 meses encerrados em abril. Em abril de 2003, a sondagem mostrava índice de confiança de 57,2 pontos. Em julho de 2003, o índice de confiança alcançou 51,9 pontos. De acordo com a metodologia da pesquisa da CNI, pontuações acima de 50 revelam mais otimismo do empresário. Abaixo desse patamar, há indicações de desconfiança dos pesquisados. A entidade entrevista dirigentes de empresas de pequeno, médio e grande portes em 21 estados brasileiros. (Gazeta Mercantil - 24.05.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista reduziu o ritmo e opera em leve baixa neste final de manhã. Às 12h07m, a moeda americana caía 0,18%, cotada por R$ 3,187 na compra e R$ 3,190 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com queda de 0,56%, para fechar o dia a R$ 3,1930 na compra e a R$ 3,1960 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 24.05.2004)


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Internacional

1 Endesa aumenta em 22,2% geração de energia na América Latina

A geração de energia elétrica da Endesa na América Latina aumentou 22,2%, chegando a 13.392 GWh nos quatro primeiros meses de 2004. Segundo a empresa, a entrada da termelétrica Endesa Fortaleza teve papel fundamental no crescimento da oferta de energia. A unidade, inaugurada no final de janeiro, tem 310 MW de capacidade instalada. A térmica, que fornece energia elétrica para a Coelce também controlada pelo grupo, recebeu investimentos de US$ 250 milhões. Já na Espanha, sede da companhia, a geração atingiu 33.346 GWh até abril. A empresa conta que houve um crescimento de 7,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. A participação de plantas de cogeração e energia renovável chegou a 1.470 GWh. (Canal Energia - 21.05.2004)

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2 Morgan Stanley melhora preço alvo da EDP para 2,70 euros

A Morgan Stanley aumentou o preço alvo para as ações da EDP de 2,60 euros para 2,70 euros, reiterando a recomendação de "overweight", num estudo onde considera que um desfecho positivo nas compensações dos CAE fará aproximar a cotação actual da eléctrica à avaliação considerada justa. Segundo os analistas da casa de investimento, Alberto Gandolfi e Julian Garcia, o "acesso direto aos contratos de gás nos mercados internacionais; a presença em Espanha através da posição na Hidrocantábrico-Naturcorp; e a melhoria no 'core business' no mercado doméstico, deixam a eléctrica numa boa posição para o mercado ibérico de electricidade". (Canal de Negócios PT - 21.05.2004)

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3 Grupo Brascan compra 71 hidrelétricas nos EUA

O grupo Brascan informou ter chegado a um acordo com a Reliant Energy para adquirir, por US$ 900 milhões, 71 usinas hidrelétricas nos Estados Unidos. As centrais somam uma capacidade de 674 MW. Além disso, o grupo também comprou uma usina de co-geração de energia de 95 MW. Segundo o grupo, as plantas ficam na região norte do estado de Nova York. A aquisição foi feita pela subsidiária do grupo para o setor elétrico, a Brascan Power. Com o negócio, o conglomerado passa a controlar 120 unidades de geração, com capacidade total de aproximadamente 2,6 mil MW. (Valor - 21.05.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

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