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IFE: nº 1.348 - 18 de maio de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Argentina, Brasil, Bolívia e Venezuela devem criar multinacional de energia
2 Tolmasquim: Mudanças de governança dão independência ao ONS
3 MME buscará assessoria na montagem dos leilões de energia no novo modelo
4 Dilma mantém diretor-geral do ONS
5 Agentes esperam novos incentivos para projetos excedentes do Proinfa
6 Associação Mundial de Energia Eólica aponta adoção de subsídios como solução para projetos excedentes
7 APMPE: Venda direta para consumidor livre com descontos pode ser saída para projetos de PCHs
8 CndPCH: Opção política do governo pode ser solução para projetos excedentes de PCHs
9 Justiça do RS impede cobrança da Contribuição para Custeio da Iluminação Pública
10 Curtas

Empresas
1 Elektro tem lucro de R$ 9,8 mi no primeiro trimestre
2 Ceal investirá R$ 6 mi em duas subestações
3 Copel lucra quase R$ 90 mi no trimestre
4 Prejuízo da AES Sul chega a R$ 44,14 mi no trimestre
5 Cemig espera aprovação da CVM para fazer emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures
6 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Tolmasquim: MME deve rever risco de déficit energético
2 Chuvas contribuem para aumento de 5,29% nos reservatórios do RS
3 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 57,6%

4
Capacidade de armazenamento está em 81,9% no Sudeste/Centro-Oeste
5
Reservatórios registram 97,6% da capacidade no subsistema Nordeste
6
Subsistema Norte registra índice de 91,1%

Gás e Termelétricas
1 MME e MMA definem áreas a serem excluídas de licitação da ANP
2 Victer: Indefinições na lei do gás podem afastar investidores de leilão da ANP
3 Gasoduto para município de Itaguaí (RJ) terá investimento de R$ 3,5 mi

Grandes Consumidores
1 Vale fecha acordo de fornecimento de ferro à Nippon Steel até 2014

Economia Brasileira
1 Relator das PPPs apresenta novas garantias ao investidor
2 Lula reafirma compromisso com a estabilidade macroeconômica e pagamento da dívida externa

3 Superávit acumula US$ 9,3 bi
4 Indústria cresce em 14 regiões, aponta IBGE
5 Emprego industrial cresce 0,4% ante fevereiro mas cai 0,1% ante 2003
6 IPC-S registra alta de 0,52%, puxado por alimentos e vestuário
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Queda no mercado argentino é agravada pelas impacto da crise energética
2 Brasil e China devem fechar acordo na área de petróleo
3 Uruguai licita compra de eletricidade brasileira

Biblioteca Virtual do SEE
1 ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. "Resolução Normativa nº 63/ ANEEL" Brasília, ANEEL, 12 de Maio de 2004 - 19 páginas

Regulação e Novo Modelo

1 Argentina, Brasil, Bolívia e Venezuela devem criar multinacional de energia

A Argentina irá associar-se a Brasil, Venezuela e Bolívia para criar uma multinacional latino-americana de energia e formar pólo setorial que seja respeitado pelos mercados, revelaram ontem fontes do governo argentino. ''A idéia é formar multinacional sul-americana de energia, que tenha prestígio regional e internacional'', informaram. Segundo as fontes, nas próximas semanas haverá reunião na Venezuela em que os ministros (da área) de Brasil, Argentina, Bolívia e Venezuela avançarão na iniciativa. O projeto acabou de tomar forma com a recente criação, na Argentina, da Empresa Nacional de Energia (Enarsa), de maioria estatal, com objetivo de atuar no mercado local diante da crise energética que o país enfrenta. A Argentina terá participação na futura associação regional, a partir de interesse do Governo de que se unifiquem os esforços regionais para criar importante pólo energético. (Jornal do Commercio - 18.05.2004)

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2 Tolmasquim: Mudanças de governança dão independência ao ONS

Maurício Tolmasquim informou que ontem foi publicado no Diário Oficial o decreto que regulamenta as mudanças de governança no ONS. Segundo Tolmasquim, a diretoria do ONS será composta por três diretores indicados pelo governo (incluindo Santos) e dois por agentes do setor elétrico. O secretário avaliou que as alterações dão independência ao ONS, cujas decisões técnicas não mais passarão pelo conselho da entidade. (Valor - 18.05.2004)

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3 MME buscará assessoria na montagem dos leilões de energia no novo modelo

Maurício Tolmasquim informou que o MME irá consultar grupos de acadêmicos no país, e receberá técnicos do Banco Mundial, que irão assessorar o governo na montagem dos leilões de energia dentro do novo modelo do setor. O primeiro leilão de energia "velha" deverá ocorrer em outubro e o de energia "nova" em dezembro ou início de 2005. (Valor - 18.05.2004)

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4 Dilma mantém diretor-geral do ONS

O diretor-geral do ONS, Mário Santos, foi reconduzido ontem ao cargo pela ministra Dilma Rousseff. Além de Santos, foram empossados os outros quatro diretores do órgão. O MME indicou também os diretores Luiz Alberto Fortunato e Luiz Eduardo Barata. Os atuais diretores Hermes Chipp e Roberto Gomes foram reconduzidos por indicação dos agentes do setor elétrico. De acordo com a lei que instituiu o novo modelo do setor, cabe ao ministério a indicação de três diretores, incluindo o diretor-geral, e as outras duas vagas são ocupadas por indicados dos agentes que atuam no setor, como geradores, distribuidores, transmissores e comercializadores de energia. Na nova estrutura, o Conselho de Administração do ONS foi reduzido de 19 para 15 membros titulares. (Jornal do Commercio - 18.05.2004)

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5 Agentes esperam novos incentivos para projetos excedentes do Proinfa

Diante da sobra de 3,3 mil MW em capacidade de geração nos projetos habilitados para a primeira fase do Proinfa, as expectativas de agentes do mercado recaem agora sobre a antecipação da segunda fase do programa, outras formas de incentivos do governo para viabilizar os projetos de fontes alternativas e na regulamentação dos descontos de transmissão e distribuição para a venda direta a consumidores livres. As maiores sobras no volume de projetos e de geração habilitadas pela Eletrobrás - os 2,5 mil MW em projetos de energia eólica - são consideradas as mais difíceis de resolver sem um programa de incentivos. (Gazeta Mercantil - 18.05.2004)

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6 Associação Mundial de Energia Eólica aponta adoção de subsídios como solução para projetos excedentes

Para o vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa, a expectativa para os projetos eólicos que ultrapassaram os 1,1 mil MW que terão assegurados os contratos de compra por 20 anos pela Eletrobrás é a adoção de outras formas de subsídio por parte do governo federal. (Gazeta Mercantil - 18.05.2004)

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7 APMPE: Venda direta para consumidor livre com descontos pode ser saída para projetos de PCHs

O presidente da Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto, afirma que, além da antecipação da segunda fase do Proinfa, prevista para começar a partir do próximo ano, a saída para os projetos de PCHs que excederam os 1,1 mil MW no Proinfa é a venda direta ao consumidor livre com descontos nas tarifas de transmissão e distribuição. Segundo Pigatto, o mercado livre é visto como um filão promissor para as PCHs. "Com o desconto de 50% nas tarifas de transmissão e distribuição com tensão até 69 kV, o preço da geração por PCH passa a ser competitivo no mercado livre", diz. A capacidade de geração por PCH apresentada no Proinfa foi de 1,9 mil MW, 800 a mais que os 1,1 mil que dispõem de garantia de compra pela Eletrobrás. (Gazeta Mercantil - 18.05.2004)

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8 CndPCH: Opção política do governo pode ser solução para projetos excedentes de PCHs

Jorge Sampaio, do Centro de Desenvolvimento de PCH (CndPCH), afirma que uma opção política do governo de Lula pelas PCHs poderia ser a solução para evitar que os projetos excedentes fiquem no papel até o lançamento da segunda fase do Proinfa. Segundo Sampaio, como a construção de uma PCH exige menos tempo que uma grande hidrelétrica, o governo poderia ver todas inauguradas até o final do mandato, em 2006, ao contrário dos grandes projetos hidrelétricos em estudo, como Belo Monte e Rio Madeira. "As PCHs ficam prontas em menos tempo e podem ser direcionadas para atender necessidades regionais", diz Sampaio. (Gazeta Mercantil - 18.05.2004)


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9 Justiça do RS impede cobrança da Contribuição para Custeio da Iluminação Pública

Uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) derrubou uma liminar que mantinha a cobrança da Contribuição para Custeio da Iluminação Pública (CIP) de duas empresas do município de São Leopoldo. A decisão é uma das primeiras proferidas desde dezembro de 2003, quando o ministro Nilson Naves, então presidente do STJ, manteve a cobrança da contribuição no município de São Paulo. Apesar de ser respaldada pela Emenda Constitucional n° 39, de 2002, a CIP é considerada inconstitucional por muitos magistrados. A iluminação pública, por não ser um bem divisível - não beneficia ninguém em específico -, não poderia ser objeto de tributação. A CIP também é vista como uma bi-tributação, por incidir sobre a mesma base de cálculo do ICMS. A divisão de entendimentos na Justiça é uma má notícia para as concessionárias de energia, pois a cobrança da CIP é uma das melhores formas encontradas para manter os municípios em dia com suas contas. (Valor - 18.05.2004)

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10 Curtas

A Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) espera um aquecimento do mercado no segundo semestre desse ano com a entrada das encomendas do Proinfa. Segundo o diretor de Geração, Transmissão e Distribuição da associação, Newton Duarte, um grande número de fornecedores deverá ser beneficiado com os projetos. (Canal Energia - 17.05.2004)

Cerca de 400 agricultores ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram na manhã de ontem uma subestação da Chesf , situada entre a Bahia e Alagoas. (Folha de São Paulo - 18.05.2004)

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Empresas

1 Elektro tem lucro de R$ 9,8 mi no primeiro trimestre

A Elektro fechou o primeiro trimestre de 2004 com lucro líquido de R$ 9,8 milhões, mostrando queda ante o ganho de R$ 66,9 milhões do mesmo período de 2003. Segundo a empresa, a redução foi influenciada pelo impacto, em suas dívidas dolarizadas, da desvalorização do real no primeiro trimestre deste ano. Nos três primeiros meses de 2003, ao contrário, houve apreciação da moeda brasileira ante o dólar. O faturamento bruto da distribuidora somou R$ 658,6 milhões no primeiro trimestre do ano, com alta de 23,7% ante os mesmos três meses em 2003. Segundo a companhia, esse ganho foi impulsionado pelo reposicionamento tarifário de 20,25% estabelecido pela Aneel em agosto do ano passado. (Valor - 17.05.2004)

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2 Ceal investirá R$ 6 mi em duas subestações

A Ceal vai investir R$ 6 milhões em duas subestações, uma em São Sebastião e outra em Murici. A ordem de serviço deverá ser entregue às construtoras vencedoras da licitação no próximo dia 28. São R$ 3,5 milhões para Murici e R$ 2,5 milhões para São Sebastião. (O Jornal - AL - 18.05.2004)

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3 Copel lucra quase R$ 90 mi no trimestre

Copel teve um lucro líquido de R$ 89,7 milhões no primeiro trimestre de 2004, o que representa um resultado excepcional considerando que no mesmo período do ano passado a empresa teve prejuízo de R$ 15,5 milhões. De janeiro a março deste ano, a empresa registrou a saída de importantes clientes do meio industrial, mas contabilizou a expansão do fornecimento de energia no meio comercial e rural. Para o diretor de Finanças e Relações com a Imprensa, Ronald Thadeu Ravedutti, o resultado do primeiro trimestre de 2004 reflete principalmente a retirada de parte do desconto concedido aos consumidores que mantêm os pagamentos em dia, com repasse de 15% na tarifa de energia desde o início do ano. (Folha de Londrina - 18.05.2004)

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4 Prejuízo da AES Sul chega a R$ 44,14 mi no trimestre

O prejuízo da AES Sul chegou a R$ 44,14 milhões nos primeiros três meses do ano, contra lucro de R$ 49,71 milhões em igual período do ano passado. O resultado operacional no trimestre ficou negativo em R$ 43,49 milhões. No mesmo período do ano passado, o valor foi de R$ 49,98 milhões positivos. O resultado bruto da empresa no trimestre chega a R$ 91,29 milhões. No mesmo período do ano passado, o resultado chegou a R$ 74,46 milhões. A receita líquida foi de R$ 304,66 milhões nos três primeiros meses do ano. De janeiro a março de 2003, a receita foi de R$ 278,66 milhões. (Canal Energia - 17.05.2004)

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5 Cemig espera aprovação da CVM para fazer emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures

A Cemig aguarda aprovação da Comissão de Valores Mobiliários para dar início ao programa de emissão de debêntures. O programa prevê a emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures não-conversíveis em ação, sendo a primeira tranche no valor de R$ 400 milhões. O programa envolverá as ações simples, sem garantia ou preferência, com prazo de vencimento de 10 anos. Segundo o superintendente de Relações com Investidores da concessionária, Luiz Fernando Rolla, a expectativa é que a emissão da primeira tranche seja feita no início do segundo semestre. "A CVM tem prazo legal de 30 dias para aprovar o nosso registro, mas ela pode prorrogar esse prazo, caso haja necessidade", explica. (Canal Energia - 17.05.2004)

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6 Curtas

Furnas está procurando apoiar e implementar as Metas para o Desenvolvimento do Milênio, conjunto de objetivos sociais estabelecido pelas Nações Unidas para o ano 2015, tendo em vista a redução da pobreza, da fome e maiores progressos nas áreas da saúde e da educação. (Elétrica - 17.05.2004)

A Cemig assinou nesta segunda-feira (17/05), convênio visa implementar programas de eficiência energética e uso racional de energia elétrica para os encarregados de produção e manutenção das indústrias, através de cursos de treinamento. (Elétrica - 17.05.2004)

Coelba investiu R$119 mil a mais em educação em 2003, em relação ao ano anterior. Por outro lado, reduziu quase pela metade o investimento em cultura feito em 2003, menos R$ 411 mil, levando-se em consideração o montante de R$1 milhão canalizado para ações culturais no ano 2002. (Correio da Bahia - 18.05.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Tolmasquim: MME deve rever risco de déficit energético

Após a implantação do novo modelo do setor elétrico, o MME deverá encaminhar proposta ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para rever o índice que mede o risco de faltar eletricidade no país. Em termos históricos, é considerado aceitável um risco de déficit energético de 5%. A idéia é avaliar se esse percentual ainda é adequado, informou Maurício Tolmasquim. Ele advertiu que quanto menor o risco de déficit energético, maior é o custo do sistema, já que são exigidos investimentos em reservatórios e termelétricas. Esse custo adicional teria de ser pago pela sociedade na forma de um aumento de tarifa. O tema implica, portanto, em decisão de política que cabe ao CNPE, criado com a missão de propor diretrizes para o setor. Tolmasquim avaliou que a revisão do risco de déficit é um dos elementos de segurança do novo modelo do setor elétrico. "Será que a sociedade brasileira considera que viver com déficit (energético) de 5% ainda é adequado?", questionou. O percentual é o mínimo aceito em termos de risco, quando o ONS faz projeções sobre cenários futuros. (Valor - 18.05.2004)

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2 Chuvas contribuem para aumento de 5,29% nos reservatórios do RS

Os reservatórios das bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul tiveram um aumento de 5,29% nos últimos dias. No início de maio, o volume de água alcançava 48,8%. Na semana passada, nível subiu para 54,09%. Segundo a Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do estado, as chuvas dos últimos dias foram o principal fator para o aumento nos níveis dos reservatórios no estado. O maior volume de água acumulado ocorreu na bacia do rio Uruguai-Passo Fundo, que passou de uma reserva de 44,87%, no início do mês, para 75,62%, nesta semana. A bacia do rio Jacuí manteve-se praticamente estável no período, com 62,7%. Nas demais bacias, houve um incremento em seus reservatórios de até 75,2%. (Canal Energia - 17.05.2004)

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3 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 57,6%

O subsistema Sul registra índice de 57,6%. A hidrelétrica de Salto Santiago apresenta 44,5% da capacidade. (Canal Energia - 17.05.2004)

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4 Capacidade de armazenamento está em 81,9% no Sudeste/Centro-Oeste

O nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 81,9%, valor 36,8% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. As hidrelétricas de Emborcação e Furnas registram volume de 99,8% e 98,9%, respectivamente. (Canal Energia - 17.05.2004)

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5 Reservatórios registram 97,6% da capacidade no subsistema Nordeste

A capacidade de armazenamento está em 97,6% no subsistema Nordeste, ficando 61,6% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível da hidrelétrica de Sobradinho chega a 100%. (Canal Energia - 17.05.2004)

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6 Subsistema Norte registra índice de 91,1%

Os reservatórios registram 91,1% da capacidade no subsistema Norte. O volume da usina de Tucuruí chega a 99,7%. (Canal Energia - 17.05.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 MME e MMA definem áreas a serem excluídas de licitação da ANP

As ministras de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e de Meio Ambiente, Marina Silva, definirão amanhã, em Brasília, quais as áreas que serão excluídas da 6a Rodada de Licitações da ANP. Por determinação do Ibama, a ANP terá de excluir blocos de Exploração e Produção (E&P) próximos a áreas de interesse ambiental. O Ibama havia sugerido a exclusão de 142 blocos, mas o Governo deve manter 61 deste total, retirando da 6aRodada 81 blocos. Segundo o diretor da ANP John Forman, as empresas que operarem em áreas sensíveis terão de investir na redução do impacto ambiental e a eliminação do lançamento de resíduos no mar. As tecnologias de redução do impacto ambiental, como as de resíduo zero e de furo direcional, serão detalhadas no guia de sísmica e perfuração, que a ANP e o Ibama lançarão no dia 28 deste mês. (Jornal do Commercio - 18.05.2004)

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2 Victer: Indefinições na lei do gás podem afastar investidores de leilão da ANP

O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, manifestou preocupação quanto ao interesse por áreas de exploração de Gás na 6ª Rodada. Segundo Victer, as indefinições em torno da lei do Gás podem tornar a operação nestas áreas menos segura economicamente, afastando os investidores. Victer defende que o Brasil exporte gás nas mesmas quantidades que importa da Bolívia, por meio do Gasoduto Brasil-Bolívia. "Com isto, o País criaria seguro, podendo reduzir a exportação quando houvesse necessidade de aumentar a oferta no mercado interno, e garantiria o retorno financeiro da atividade de produção". Segundo Victer, o campo descoberto na bacia de Santos, no ano passado, deverá ter produção mínima de 20 milhões de metros cúbicos para que não seja deficitário, mas pode esbarrar em uma demanda inferior. "A exportação eliminaria este risco. Além disso, precisamos ter alguma alternativa, para que não nos tornemos dependentes da Bolívia", criticou. (Jornal do Commercio - 18.05.2004)

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3 Gasoduto para município de Itaguaí (RJ) terá investimento de R$ 3,5 mi

O Governo do Estado do Rio de Janeiro e a CEG darão início às obras de construção do gasoduto de 14,3 km que irá abastecer de gás natural o município de Itaguaí. Segundo o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, serão investidos nesta primeira etapa do projeto R$ 3,5 milhões, beneficiando diretamente três indústrias e cinco postos de abastecimento com Gás Natural Veicular (GNV). O projeto prevê, numa segunda etapa, extensão para o Porto de Sepetiba. (Jornal do Brasil - 17.05.2004)

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Grandes Consumidores

1 Vale fecha acordo de fornecimento de ferro à Nippon Steel até 2014

A Companhia Vale do Rio Doce fechou um acordo preliminar com a Nippon Steel Corporation para a exportação de 70 milhões de toneladas de minério de ferro por um prazo de 10 anos. De acordo com a siderúrgica japonesa, líder no mercado do Japão, os detalhes e as condições do contrato serão acertados ainda este mês, com a conclusão do acordo definitivo. Serão fornecidas sete milhões de toneladas de minério por ano, dos quais quatro milhões de toneladas virão do complexo de Carajás (PA) e três milhões da mina de Itabira (MG). A Nippon Steel é sócia da Vale na Usiminas, onde detém 18,39% do capital social. A mineradora é dona de 22,99% do capital da siderúrgica brasileira. O acordo com a Nippon Steel foi assinado entre o presidente da Vale, Roger Agnelli, e o presidente da siderúrgica japonesa, Mimura Akio. (Gazeta Mercantil - 18.05.2004)

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Economia Brasileira

1 Relator das PPPs apresenta novas garantias ao investidor

O projeto de lei que cria as Parcerias Público Privadas (PPP) começa a ser discutido hoje na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) reformulado para agradar investidores privados. O relator da matéria, senador Valdir Raupp (PMDB-RO) vai apresentar um parecer com garantias adicionais aos sócios privados, ainda não negociadas com a liderança do governo na Casa e que já haviam sido rejeitadas pela equipe econômica do governo em negociações anteriores. Raupp propôs colocar títulos públicos no fundo garantidor de pagamento da administração pública, composto inicialmente apenas pela vinculação de receitas orçamentárias e por imóveis. Em seu parecer, Raupp argumenta que esta fórmula já é usada pelo governo de São Paulo. A proposta é rejeitada pelo governo, mas defendida pelos representantes dos fundos de pensão. (Valor - 18.05.2004)

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2 Lula reafirma compromisso com a estabilidade macroeconômica e pagamento da dívida externa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem a política econômica implementada pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e reafirmou que o governo não se afastará da "rota traçada". Lula reafirmou o compromisso do governo com a estabilidade macroeconômica e o pagamento da dívida externa O presidente frisou a idéia - repetida constantemente por Palocci - de que o país não recorrerá a soluções heterodoxas para atingir metas como o crescimento econômico sustentável e o bem-estar social. "É um caminho que é incompatível com planos supostamente milagrosos, com pacotes aparentemente mágicos", disse Lula. Lula se referiu à estabilidade econômica como uma conquista que deve ser preservada como forma de proteger o país das "turbulências no cenário global". Um dos fatores geradores de turbulência, admitiu o presidente, seria a provável alta na taxa básica de juros dos Estados Unidos. Mas, ainda segundo ele, a economia brasileira estaria menos vulnerável a choques externos por apresentar indicadores mais sólidos, como o total de exportações de US$ 80 bilhões alcançado nos últimos 12 meses. (Valor - 18.05.2004)

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3 Superávit acumula US$ 9,3 bi

Com a soma de US$ 1,82 bilhão das receitas cambiais obtidas com as vendas feitas ao mercado externo na segunda semana de maio, as exportações brasileiras atingiram a cifra recorde de US$ 80,06 bilhões em período de 12 meses. O resultado é histórico não somente para períodos de 12 meses, mas também em termos anuais considerando-se que o Brasil, até então, nunca havia atingido o nível de US$ 80 bilhões de exportações. No ano passado, as exportações atingiram US$ 73 bilhões, recorde na balança comercial do País. No grupo dos manufaturados a alta foi de 19,2%, no grupo dos produtos básicos o acréscimo dos negócios foi de 14,5 e na categoria dos semimanufaturados foi registrada queda de 17%. No acumulado do ano, as importações totalizam US$ 20,13 bilhões. (Gazeta Mercantil - 18.05.2004)

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4 Indústria cresce em 14 regiões, aponta IBGE

A produção industrial em março registrou crescimento em todas as 14 regiões pesquisadas pelo IBGE na comparação com o mesmo período do ano passado. Em São Paulo, a indústria teve expansão de 12,7% em relação a março de 2003, quinto índice positivo consecutivo nesse tipo de comparação. O aumento da produção industrial no Estado de São Paulo ficou acima da média nacional, de 11,9%. No primeiro trimestre deste ano, a produção paulista teve crescimento de 6,9% em comparação com igual período do ano passado. O maior crescimento no mês de março, segundo a pesquisa, ocorreu no Amazonas, com aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado. No Rio de Janeiro, a indústria registrou, em março, aumento de 2,2% na produção, quando o resultado é comparado com o mesmo mês do ano passado. (Folha de São Paulo - 18.05.2004)

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5 Emprego industrial cresce 0,4% ante fevereiro mas cai 0,1% ante 2003

O nível de emprego na indústria nacional registrou alta de 0,4% em março, comparativamente ao mês anterior, em termos dessazonalizados, segundo o IBGE. Relativamente a março de 2003, o nível de emprego aponta, porém, retração de 0,1%. No acumulado dos 12 meses encerrados em março, o indicador do emprego na indústria nacional mostra queda de 1%. No primeiro trimestre de 2004, o nível de emprego industrial ficou 0,7% abaixo dos três primeiros meses de 2003. (Valor Online - 18.05.2003)

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6 IPC-S registra alta de 0,52%, puxado por alimentos e vestuário

O IPC-S, apurado pela FGV, referente ao período de 9 de abril a 8 de maio, comparado aos 30 dias anteriores, apresentou variação positiva de 0,52%, ficando 0,1 ponto percentual acima do resultado da semana anterior, quando havia registrado alta de 0,42%. O grupos de preços que mostraram aceleração foram alimentos, saúde e cuidados pessoais e transportes. Os preços dos alimentos deram um salto em relação ao resultado da semana anterior, passando de 0,36% para 0,55%, puxados principalmente pelas frutas e hortaliças, legumes, adoçantes, arroz e feijão e laticínios, apesar de um maior equilíbrio entre o número de produtos com as maiores altas e as maiores baixas. (Gazeta Mercantil - 18.05.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

A melhora do mercado internacional traz reflexos positivos para os ativos brasileiros, que voltam a se valorizar nesta manhã. Às 11h02m, o dólar à vista caía 0,60% frente ao real, sendo negociado por R$ 3,104 na compra e R$ 3,106 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com valorização de 1,06%, a R$ 3,1230 na compra e a R$ 3,1250 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 18.05.2004)


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Internacional

1 Queda no mercado argentino é agravada pelas impacto da crise energética

Problemas domésticos fizeram com que o impacto da conjuntura internacional sobre o mercado argentino fosse sentido ontem com mais força do que no resto da região. A Bolsa portenha registrou baixa de 6,7% e o índice Merval encerrou o dia em 840 pontos, nível semelhante ao de outubro do ano passado. A queda no mercado argentino foi agravada pelas incertezas quanto ao impacto sobre a economia que pode ter a crise energética vivida pelo país. Na semana passada, o governo anunciou a criação de uma empresa estatal de energia, e a notícia foi acolhida com preocupação pelo empresariado local, o que aprofundou a queda.Outro fator que preocupou os operadores foi a possibilidade de aumento de combustíveis. O temor é que o incremento, impulsionado pela subida do petróleo, possa causar pressões inflacionárias, além de deixar mais tensa a relação entre o governo e as companhias petrolíferas. (Valor - 18.05.2004)

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2 Brasil e China devem fechar acordo na área de petróleo

A falta de energia na China, resultado de um forte e contínuo crescimento de 9% ao ano, em média, no último quarto de século, está levando o governo de Pequim a buscar novas fontes de fornecimento. O Brasil pode ser beneficiado por essa demanda em duas frentes: petróleo e álcool. A estratégia do governo de Pequim, segundo analistas, é a de reduzir a dependência do combustível importado da Arábia Saudita, de Omã e do Irã, e ampliar a compra de petróleo e gás na América Latina, na África, na Indonésia, na Rússia e no Mar Cáspio. No próximo domingo, quando a Petrobras inaugurar seu escritório em Pequim, a China estará dando mais um passo na estratégia de ampliar suas fontes de importação de energia. Detalhes do acordo entre Petrobras e Sinopec ainda não foram divulgados, mas o chanceler brasileiro Celso Amorim disse, na semana passada, que o acordo na área de petróleo entre os dois países pode envolver "até cooperação em terceiros mercados". (Valor - 18.05.2004)

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3 Uruguai licita compra de eletricidade brasileira

O Uruguai anunciou ontem abertura de edital para a importação de 70 megawatts (MW) de energia brasileira. As empresas pré-qualificadas para participar do leilão deverão apresentar as ofertas até a próxima terça-feira, 25 de maio, na sede do Mercado Atacadista de Energia (MAE), em São Paulo. Até agora, pelo menos 11 empresas estariam qualificadas, mas a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda não divulgou a lista oficial. Será selecionada a geradora ou comercializadora que ofertar o menor preço para fornecimento da energia. De acordo com o presidente do conselho do MAE, Antônio Carlos Machado, a disputa será no custo de administração sugerido pelas empresas interessadas, já que o Uruguai já se comprometeu a pagar separadamente pelo valor da energia e pelo pedágio da rede básica. (Gazeta Mercantil - 18.05.2004)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. "Resolução Normativa nº 63/ ANEEL" Brasília, ANEEL, 12 de Maio de 2004 - 19 páginas

Para ler a resolução na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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