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IFE: nº 1.346 - 14 de maio de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Aprovada CPI para investigar processo de privatização do setor elétrico
2 MAE pré-qualifica empresas para leilão de compra e venda de energia
3 Licenciamento ambiental atrasa construção de Foz do Chapecó
4 Cammesa anuncia licitação para compra de energia brasileira
5 Uruguai deve acertar contrato de compra de energia junto ao Brasil

Empresas
1 CEEE e Eletrobrás assinam convênio de R$ 2 mi
2 Cesp tem prejuízo de R$ 112,2 mi no primeiro trimestre
3 Energia Paulista encerra trimestre com prejuízo de R$ 5,1 mi
4 Coelba investe R$ 14 mi na automação de subestações
5 Coelce cumpre antecipadamente metas estabelecidas pela Aneel
6 Diretor da Copel: compra de ações da Elejor foi um ótimo negócio
7 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Chuvas aumentam em 5% os reservatórios de água no RS
2 Volume armazenado chega a 54,5% no subsistema Sul
3 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 81,6% da capacidade

4
Capacidade de armazenamento no subsistema Nordeste está em 97,6%
5
Subsistema Norte apresenta 90,1% da capacidade
6
Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Petrobras tem déficit comercial de US$ 50 mi no primeiro trimestre
2 Petrobras: Defasagem de preços externos e internos não afetaram resultados
3 Petrobras quer aumentar produção de petróleo ainda este ano
4 Petrobras reduz prejuízo em energia e descarta novas provisões
5 Consumo de gás nos últimos 12 meses teve aumento de 30%

Grandes Consumidores
1 Vale investe US$ 19 mi em hidrelétricas no primeiro trimestre
2 CVRD contrata crédito compromissado de US$ 500 mi
3 CVRD vai retomar construção de mina de Paragominas
4 Acesita tem lucro de R$ 11,1 mi no primeiro trimestre

Economia Brasileira
1 Quadrimestre bom para o emprego em SP
2 Lula anuncia pacote de estímulos para retomada do crescimento

3 Palocci pede coesão social para manter o ajuste fiscal
4 Para FMI, país não está vulnerável
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Governo argentino recebe críticas pelo racionamento de gás para a indústria
2 Empresas estão cautelosas quanto ao programa de racionamento da Argentina
3 O uso do fuso horário pode ser uma solução para a Argentina
4 Energia pressiona preços em abril nos EUA
5 Ministro português da Economia explicará processo de alienação do capital da Galp

Biblioteca Virtual do SEE
1 STANDARD & POOR'S. "Research: Industry Report Card: Latin American Eletric Utilities" Maio de 2004


Regulação e Novo Modelo

1 Aprovada CPI para investigar processo de privatização do setor elétrico

A Câmara dos Deputados aprovou ontem, por votação nominal, a instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o processo de privatização do setor elétrico. O pedido de CPI foi feito pelo deputado João Pizzolatti (PP-SC), em julho de 2002, mas só foi aprovado ontem. A CPI será integrada por 22 titulares e 22 suplentes. Na exposição de motivos levada ao plenário da Câmara, o deputado questiona as razões que levaram o BNDES a financiar empresas como a AES Corporation, na quitação de parcelas das dívidas feitas para comprar empresas estatais. O deputado argumentou que os empréstimos do BNDES no processo de privatização das empresas do setor elétrico foram concedidos sem nenhuma garantia e sem a avaliação de riscos. O requerimento do deputado do PP diz ainda que o BNDES se encontra em situação desconfortável e com pouco dinheiro para emprestar, em conseqüência da inadimplência dos devedores. (O Globo - 14.05.2004)

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2 MAE pré-qualifica empresas para leilão de compra e venda de energia

As empresas Bandeirante Energia, Enersul, GCS Energia e União Comercializadora foram as pré-qualificadas para participarem do 11o leilão de compra de energia no MAE, que será realizado no próximo dia 27. As quatro empresas se qualificaram para a compra de 450 lotes com 0,5 MW cada lote. Do total previsto na compra, 200 lotes serão destinados para abastecimento no Nordeste e o restante será utilizado no mercado do Sudeste do País. Na próxima segunda-feira termina o prazo para a qualificação das empresas vendedoras que vão participar do leilão do MAE. A divulgação dos participantes que estarão habilitados a participarem do leilão será feita no próximo dia 26. (Gazeta Mercantil - 14.05.2004)

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3 Licenciamento ambiental atrasa construção de Foz do Chapecó

A demora na liberação da licença de instalação está atrasando o início das obras da Hidrelétrica Foz de Chapecó. Segundo Enio Schneider, diretor do Consórcio Foz Chapecó, o início das obras depende apenas do aval do Ibama. A usina tem 855 MW de capacidade e sua construção deve demandar investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão. O consórcio conseguiu derrubar liminar Ministério Público de Chapecó contra a implantação do projeto. Schneider comenta que ainda não há perspectiva concreta de liberação da licença, apesar de o Ibama ter garantido que a licença de instalação será liberada em junho. O executivo conta que o instituto já havia prometido a liberação para até março deste ano. "Quando questionamos sobre o processo, o Ibama nos responde que a análise está em fase final e é prioridade. Não podemos é iniciar a contratação e investimentos baseados em promessas que não se realizam", explica Schneider. (Canal Energia - 13.05.2004)

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4 Cammesa anuncia licitação para compra de energia brasileira

A Compañia Administradora del Mercado Mayorista Electrico (Cammesa) anunciou na Argentina a abertura oficial da licitação para a compra de energia brasileira. O fornecimento será do dia primeiro de junho até trinta de novembro, podendo ser interrompido, caso o ONS assim determine. O governo argentino explica que a decisão de importar em "stand-by" a energia brasileira no curto prazo tem como objetivo reduzir riscos e diminuir o custo adicional, com o não fornecimento de energia, que a população poderia pagar com a chegada do inverno. Poderão ser fornecidos até 500 MWh, sejam de origem hidrelétrica ou térmica, desde que a operação não prejudique o Sistema Interligado Nacional. Pelo menos durante o mês de junho, o fornecimento de energia hidrelétrica foi vetado pelo ONS, já que os reservatórios do subsistema Sul estão em níveis baixos. Caso seja despachado valor inferior aos 500 MWh, serão escolhidas as geradoras disponíveis cujos preços do MWh forem menores. As empresas brasileiras têm até 19 de maio para enviar ofertas de preço e volume. (Gazeta Mercantil - 14.05.2004)

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5 Uruguai deve acertar contrato de compra de energia junto ao Brasil

O Uruguai deve realizar um contrato de compra e venda de energia para o fornecimento de 70 MWh de junho a novembro. Assim como a Argentina, o Uruguai fechou um acordo com o governo brasileiro para a compra de energia brasileira em esquema emergencial, pagando apenas pelo custo marginal de operação (geração e transporte). O acordo prevê essa operação especial apenas durante o mês de maio. (Gazeta Mercantil -14.05.2004)

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Empresas

1 CEEE e Eletrobrás assinam convênio de R$ 2 mi

O deputado Janir Branco (PMDB) comemorou o anúncio da assinatura do contrato entre CEEE e Eletrobrás referente ao Programa Luz Para Todos. Segundo o parlamentar, R$ 2 milhões de reais serão investidos para compra de fios, postes, transformadores e equipamentos a serem instalados em municípios da Região Sul. "Amanhã (14), em São José do Norte, um importante passo será dado para garantir energia elétrica a 57 mil propriedades rurais em todo o Estado. A meta é acabar com a exclusão elétrica até 2006", disse o vice-líder do governo Rigotto, acrescentando que 12 mil empregos serão gerados pelo Luz Para Todos, que deve ter um total de investimentos na ordem de 170 milhões de reais. (Elétrica - 13.05.2004)

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2 Cesp tem prejuízo de R$ 112,2 mi no primeiro trimestre

A Cesp contabilizou um prejuízo de R$ 112,2 milhões no primeiro trimestre do ano, de acordo com informações enviadas pela empresa à Bovespa. No primeiro trimestre do ano passado, a Cesp teve um lucro de R$ 310 milhões. O resultado foi afetado pela alta do dólar frente ao real no período, que elevou os custos do endividamento em moeda estrangeira. O endividamento da empresa em moeda estrangeira é da ordem de 68% de sua dívida total. A Cesp conseguiu renegociar no ano passado o adiamento do pagamento de parte de sua dívida decorrente de bônus emitidos no exterior, e no mês passado teve a liberação de R$ 1,2 bilhão por parte do BNDES para substituir dívidas em dólar por moeda nacional. (Gazeta Mercantil - 14.05.2004)

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3 Energia Paulista encerra trimestre com prejuízo de R$ 5,1 mi

A empresa Energia Paulista Participações encerrou o primeiro trimestre do ano com um prejuízo líquido de R$ 5,1 milhões, equivalente ao resultado operacional no período. De acordo com informações do balanço financeiro enviado à Bovespa na última quarta-feira, dia 12 de maio, a empresa contabilizou R$ 9,3 milhões de despesa financeira líquida e R$ 4,4 milhões no resultado de equivalência patrimonial. O patrimônio líquido fechou em R$ 53,3 milhões. (Canal Energia - 13.05.2004)

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4 Coelba investe R$ 14 mi na automação de subestações

A Coelba promete investir mais de R$ 14 milhões no projeto de automação e digitalização de subestações (SEs) em 2004. O objetivo é instalar equipamentos digitais nessas unidades para controle remoto através de comunicação de dados. Até dezembro, a meta é automatizar 19 subestações localizadas nos municípios de Salvador (Cajazeiras II), Feira de Santana (II), Barreiras, Brumado, Ituberá, Vitória da Conquista, Alagoinhas, Boquira, Igaporã, Inhambupe, Irecê, Itajuípe, Itanagra, Itaquara, Jaguaquara, Jeremoabo, Lagoa do Morro, Livramento de Brumado e Sobradinho. Somando as subestações que serão contempladas este ano, chegarão a 126 o número de unidades automatizadas - das quais 80 digitalizadas -, de um total de 253 SEs no estado. Segundo a Coelba, a automação das subestações resulta na redução da quantidade e duração das interrupções de energia, permitindo ainda diminuir o número de intervenções e erros de manobras no sistema. (Correio da Bahia - 14.05.2004)

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5 Coelce cumpre antecipadamente metas estabelecidas pela Aneel

A Coelce cumpre antecipadamente as metas de atendimento estabelecidas pela Aneel para 2005. Entre as exigências da Aneel que já foram adotadas pela Coelce estão o atendimento aos clientes por 24 horas para o todo o Estado e a espera para ser atendido que acontece em, no máximo, 30 segundos. A resolução da Aneel que regulamenta as condições de atendimento das concessionárias foi publicada em abril. (O Povo - CE - 14.05.2004)

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6 Diretor da Copel: compra de ações da Elejor foi um ótimo negócio

A Copel fez um ótimo negócio ao comprar 30% das ações da Triunfo Participações e se tornar a principal acionista das Centrais Elétricas do Rio Jordão (Elejor). Esse foi o argumento principal do diretor de participações da Copel, Gilberto Griebeler, nesta quarta-feira na Assembléia, ao explicar as razões que levaram a estatal a realizar a operação. O diretor foi convidado a esclarecer as dúvidas dos parlamentares depois da polêmica envolvendo o projeto de lei que está sendo discutido na Assembléia e que autoriza a compra das ações. Os principais questionamentos feitos pelos sete deputados da oposição foram a falta de uma auditoria privada para avaliar o valor das ações e os critérios de escolha da Triunfo e não do outro sócio privado, a Paineira Participações. (Gazeta do Povo - 14.05.2004)

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7 Curtas

A Cemig realiza nesta quinta e sexta-feira, em Araxá, o IX Encontro Anual Cemig - Mercado de Capitais. O objetivo do encontro é divulgar informações das diversas áreas da Cemig para o mercado de capitais, de acordo com o regulamento de governança corporativa; consolidar a Cemig junto ao mercado financeiro como a melhor oportunidade de investimento no País, além de ampliar o acesso às alternativas de financiamento da expansão da empresa. (Jornal do Brasil - 14.05.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Chuvas aumentam em 5% os reservatórios de água no RS

As chuvas dos últimos dias contribuíram para o aumento de 5,29% dos reservatórios das bacias hidrográficas do Estado. Em 1º de maio, o nível do volume de água alcançava 48,8%. Ontem, segundo dados colhidos pela Secretaria de Energia, Minas e Comunicações (Semc), o nível subiu para 54,09%. O maior volume de água acumulado ocorreu na Bacia do Rio Uruguai-Passo Fundo, que passou de uma reserva de 44,87% no início do mês para 75,62% ontem. "Esta melhora no reservatório das bacias hidrográficas afastam a possibilidade de problemas no abastecimento de energia no Rio Grande do Sul", afirma o secretário Valdir Andres. (Elétrica - 13.05.2004)

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2 Volume armazenado chega a 54,5% no subsistema Sul

O subsistema Sul apresenta 54,5% da capacidade, um aumento de 0,4%. A hidrelétrica de Salto Santiago registra volume de 42,2%. (Canal Energia - 13.05.2004)

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3 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 81,6% da capacidade

O volume armazenado chega a 81,6% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 36,8% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento de 0,1% em comparação com o dia anterior. As usinas de Emborcação e Itumbiara registram volume de 99,4% e 97,2%, respectivamente. (Canal Energia - 13.05.2004)

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4 Capacidade de armazenamento no subsistema Nordeste está em 97,6%

Os reservatórios do subsistema Nordeste registram 97,6% da capacidade, volume 61,4% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível de armazenamento teve um acréscimo de 0,1% em um dia. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta 99,9% da capacidade. (Canal Energia - 13.05.2004)

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5 Subsistema Norte apresenta 90,1% da capacidade

A capacidade de armazenamento no subsistema Norte está em 90,1%, um acréscimo de 0,3% em relação ao dia 11 de maio. A usina de Tucuruí registra volume de 99,6%. (Canal Energia - 13.05.2004)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras tem déficit comercial de US$ 50 mi no primeiro trimestre

A Petrobras adotou no primeiro trimestre do ano a estratégia de aumentar seus estoques de petróleo e derivados para fazer frente a paradas de refinarias para manutenção programadas para este ano, que poderiam levar a um desabastecimento do mercado interno. No período de janeiro a março, as importações de óleo da empresa subiram 35%, enquanto as de derivados cresceram 30%. A petroleira comprou por dia no mercado internacional 417 mil barris de petróleo, exportou 191 mil barris e produziu 1,475 milhão de barris no Brasil. A produção de derivados, por sua vez, atingiu 1,728 milhão de barris diários, com demanda interna de combustíveis de 1,489 milhão de barris. Os dados indicam que a estatal pode ter estocado cerca de 10,5 milhões de barris de derivados no período. Por conta dessa estratégia, a balança comercial da Petrobras, que havia sido superavitária no final de 2003, ficou no vermelho nos três primeiros meses do ano, com déficit de US$ 50 milhões. (Gazeta Mercantil 14.05.2004)

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2 Petrobras: Defasagem de preços externos e internos não afetaram resultados

A defasagem entre preços internos e externos, segundo o diretor financeiro da Petrobras, José Sergio Gabrielli, não chegou a afetar os resultados no primeiro trimestre. Pelo menos por enquanto, a manutenção dos preços dos combustíveis diante da alta do petróleo não estaria atingindo o lucro da empresa. O executivo lembrou que a estatal reduziu os preços da gasolina e do óleo diesel em abril do ano passado, o que provocou queda na margem bruta de 5 pontos percentuais (de 49% para 44%). "Nossa política de ajustes no longo prazo vem se mostrando eficaz e, no primeiro trimestre, não teve grande impacto nos preços, ao contrário do que pregam alguns analistas. Aumentaram os custos e caíram as vendas, e mesmo assim o nosso resultado foi melhor que o do quarto trimestre", destacou Gabrielli. A dívida da estatal cresceu 9%, mas, segundo, Gabrielli, não afetou a companhia porque a dívida de curto prazo diminuiu. (Gazeta Mercantil 14.05.2004)

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3 Petrobras quer aumentar produção de petróleo ainda este ano

A Petrobras projeta aumentar a extração de petróleo dos atuais 1,5 milhão de barris para 1,8 milhão de barris, quantidade que poderia compor o resultado de 2004, mas só poderá ser alcançado no ano que vem. Com obras contratadas no exterior, o atraso das plataformas P-43 e P-48 já estão provocando redução de produção de 3%, conforme mostra o balanço financeiro da empresa. Em junho, a companhia espera iniciar a produção do campo de Marlim Sul, com acréscimo de 100 mil barris diários de óleo. Para outubro, é aguardada a entrada em operação da plataforma P-43 no campo de Barracuda, também na Bacia de Campos, seguida da chegada da P-48 em Caratinga, ambas com capacidade de produção de 150 mil barris diários de petróleo. A projeção de aumentar em 300 mil barris diários a produção de 2005, segundo o gerente-geral de Exploração e Produção, José Luiz Marcusso, é conservadora, levando-se em conta que as plataformas que entram em operação ainda neste ano têm capacidade de extrair cerca de 400 mil barris. (Gazeta Mercantil 14.05.2004)

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4 Petrobras reduz prejuízo em energia e descarta novas provisões

A Petrobras registrou no primeiro trimestre do ano um prejuízo de R$ 61 milhões nos negócios da área de energia elétrica. O resultado, mesmo negativo, é 88% inferior ao prejuízo de R$ 497 milhões apurado no mesmo período de 2003, e é encarado pela empresa como um reflexo das ações implementadas visando a reversão das constantes perdas. "Nossa expectativa é continuar evoluindo até o final do ano", resume o gerente executivo de Energia da estatal, Rafael Comino. A redução de provisionamentos no resultado do segmento é o principal fator que permitiu a queda no prejuízo trimestral entre um ano e outro. Entre janeiro e março do ano passado, foi provisionado um complemento para perdas pela exposição financeira em energia, no valor de R$ 708 milhões. Já no quatro trimestre, quando o prejuízo chegou a R$ 710 milhões, a empresa provisionou R$ 1,415 bilhão, relativos às perdas estimadas com negócios de energia para 2004. (Canal Energia - 13.05.2004)

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5 Consumo de gás nos últimos 12 meses teve aumento de 30%

O consumo de gás natural canalizado cresceu 8,9% em março, com relação a fevereiro, alcançando a marca de 36,3 milhões de metros cúbicos por dia, segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Na comparação com março de 2003, o aumento do consumo chegou a 30%. Os resultados positivos são decorrentes do reaquecimento da economia e também pela implantação de novas termelétricas movidas a gás que passaram a gerar energia a partir deste ano. O Centro-Oeste registrou aumento de 59,2% no consumo. No Sul, o crescimento do consumo também voltou a ser significativo, chegando a 7,5% sobre fevereiro. Nas demais regiões, o consumo superou o mês anterior, registrando aumento de 6,5% no Sudeste e de 5,6% no Nordeste. O setor industrial também registrou aumento de demanda, com crescimento de 4,3%. O setor comercial manteve-se estável, com uma variação negativa de 0,9%. (Diário do Nordeste - 14.05.2004)

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Grandes Consumidores

1 Vale investe US$ 19 mi em hidrelétricas no primeiro trimestre

A Companhia Vale do Rio Doce investiu no primeiro trimestre do ano US$ 19 milhões na área de energia elétrica. O valor equivale a 33,9% do orçamento previsto pela empresa para o segmento em 2004, de US$ 56,1 milhões. Os investimentos referem-se à construção de quatro usinas hidrelétricas em Minas Gerais, que, juntas, terão capacidade instalada de 920 MW. Na usina Candonga (140 MW), cujo início das operações está previsto para o final do mês, a Vale investiu US$ 2 milhões, dos US$ 3,5 milhões orçados para este ano. O cronograma da obra foi antecipado, e a estimativa é que todas as unidade estejam operando entre junho e julho. Em Aimorés (330 MW), que deverá iniciar a geração em julho de 2005, foram investidos US$ 11 milhões de US$ 19 milhões a serem aportados até dezembro. Para as usinas Capim Branco I e II (com 240 MW e 210 MW, respectivamente), foram aplicados recursos da ordem de US$ 6 milhões. A expectativa da Vale é que as duas unidades estejam em plena operação em 2006. Os investimentos, neste ano, serão de aproximadamente US$ 33,6 milhões. (Canal Energia - 13.05.2004)

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2 CVRD contrata crédito compromissado de US$ 500 mi

A Companhia Vale do Rio Doce contratou nesta semana US$ 500 milhões na forma de crédito compromissado - uma espécie de cheque especial - que poderão ser utilizados em caso de baixa liquidez no mercado financeiro. Pela primeira vez uma empresa brasileira adquire este tipo de linha de crédito que, segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Roberto Castello Branco, é utilizado por muitas companhias classificadas como "Investment Grade". A Vale está dois degraus abaixo do grau de investimento na medição da Moody's. Dos US$ 500 milhões de crédito compromissados, US$ 400 milhões poderão ser desembolsados em um ano e terão prazo de pagamento a partir da data do saque. Os outros US$ 100 milhões poderão ser resgatados em dois anos e têm prazo de pagamento em três anos a contar da assinatura do contrato. A taxa de juros no caso de utilização do crédito será de libor mais 1%. A Vale disse não poder informar com quais instituições financeiras fechou o contrato, apenas classificou como "bancos comerciais globais". (Jornal do Commercio 14.05.2004)

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3 CVRD vai retomar construção de mina de Paragominas

A Companhia Vale do Rio Doce anunciou ontem que decidiu retomar a construção da mina de bauxita de Paragominas e do mineroduto para transportar o material até a produtora de alumina Alunorte. Segundo o diretor de Relações com Investidores, Roberto Castello Branco, ainda não foi definido quando o projeto começa a ser reiniciado, mas que ele possibilitará a expansão da Alunorte para as próximas fases de expansão. A companhia obteve, em 5 de maio, do Governo do Pará, a licença ambiental para a mina e o mineroduto. O projeto de Paragominas prevê a construção de uma mina com capacidade de produção de 4,5 milhões de toneladas de bauxita por ano, com início em 2006. O investimento inicialmente anunciado era de US$ 60,22 por tonelada. (Jornal do Commercio 14.05.2004)

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4 Acesita tem lucro de R$ 11,1 mi no primeiro trimestre

A Acesita encerrou o primeiro trimestre de 2004 com lucro líquido de R$ 100,1 milhões, resultado 82,3% superior ao apurado no mesmo período em 2003. A elevação da cotação internacional dos preços do aço inox, o aumento das exportações e das vendas internas de aços especiais foram os fatores que mais pesaram no bom desempenho da companhia. As vendas totais da empresa somaram 173,9 mil toneladas, alta de 10,8% comparado ao primeiro trimestre de 2003. A Ásia se destacou como principal destino das exportações, com 61%. A China foi responsável por 32,6% do volume exportado para o mercado internacional no primeiro trimestre. A receita líquida acumulada pela Acesita de janeiro a março foi de R$ 672,3 milhões, alta de 24% sobre o primeiro trimestre de 2003. A geração de caixa medida pelo Ebitda passou de R$ 124 milhões para R$ 210,8 milhões, montante equivalente a 42,1% de toda a geração de caixa de 2003. (Jornal do Commercio 14.05.2004)

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Economia Brasileira

1 Quadrimestre bom para o emprego em SP

Apesar da leve queda de 0,08% no nível de emprego na indústria de transformação do Estado de São Paulo em abril, o resultado acumulado nos quatro primeiros meses deste ano está positivo e aponta o melhor desempenho para o período dos últimos seis anos. Segundo dados divulgados ontem pela Fiesp, a indústria paulista eliminou 1.224 postos de trabalho em abril. Foi o primeiro mês do ano em que as demissões superaram as contratações. No acumulado de janeiro a abril, porém, o indicador continua positivo em 0,8%, com 12.157 novas vagas geradas. É o melhor resultado percentual para o período em seis anos. Em 1999, ano da desvalorização cambial, a indústria promoveu uma redução de 3,27% no total de empregos no Estado. (Jornal do Commercio - 14.05.2004)

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2 Lula anuncia pacote de estímulos para retomada do crescimento

O presidente anunciou ontem, no Palácio do Planalto, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), uma série de medidas para a retomada do crescimento da economia e geração de empregos. Entre as medidas está a liberação de R$ 2,7 bilhões para o pagamento de uma só vez aos aposentados do NSS, com mais de 60 anos, do expurgo da correção do FGTS dos planos Verão e Collor 1. As medidas prevêem também a criação de 60 mil vagas em universidades privadas para alunos do ensino público; a destinação de 20% das vagas em universidades filantrópicas a alunos carentes; a contratação de 30 mil recrutas adicionais pelas Forças Armadas; a instituição de empréstimos para aposentados e pensionistas da Previdência; liberação de R$ 2,9 bilhões para saneamento e recursos não especificados para recuperação de 7,8 mil quilômetros de estradas, além de mudanças nas regras do Primeiro Emprego. (Jornal do Commercio - 14.05.2004)

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3 Palocci pede coesão social para manter o ajuste fiscal

A intensa volatilidade no mercado financeiro verificada nos últimos dias levou ontem o ministro da Fazenda a reafirmar os fundamentos das políticas fiscal e monetária e a pedir a coesão da sociedade em torno do esforço para a realização de superávits fiscais nas contas públicas. "É preciso a coesão, a unidade da sociedade em torno do objetivo de que o ajuste fiscal seja de longo prazo", disse Palocci. A realização de superávit fiscal é tida como condição necessária para o controle da dívida pública. O apelo do ministro foi feito durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e reforçado pela avaliação que ele fez de que a economia brasileira estaria "blindada" contra vulnerabilidades financeiras externas. "As contas externas estão mais sólidas", disse Palocci. Neste aspecto, ele lembrou que o Brasil conseguiu reverter um déficit em conta corrente de US$ 25 bilhões registrado no fim de 1999 em um superávit de US$ 4 bilhões no final do ano passado. (Gazeta Mercantil - 14.05.2004)

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4 Para FMI, país não está vulnerável

O cenário financeiro internacional está ''menos hospitaleiro e mais volátil'', mas o Brasil vem dando uma ''resposta decente'' a esse novo ambiente, considerou ontem o Fundo Monetário Internacional. "Estamos assistindo a uma redução da vulnerabilidade no Brasil e o que vimos (no país) foi uma resposta decente a um mercado global muito volátil" afirmou o porta-voz do Fundo, Thomas Dawson. Perguntado se as fortes oscilações da bolsa e do dólar no país não refletiam um cenário ainda de vulnerabilidade, apesar dos seguidos elogios do Fundo, Dawson afirmou que a equipe econômica brasileira tem uma ''visão de longo prazo'', e completou: "Creio que eles estão, assim como vários outros países, tomando medidas para enfrentar o curso dos acontecimentos." (JB Online - 14.05.2004)

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5 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial acompanha o bom desempenho dos títulos da dívida externa e amplia a queda. Por volta das 11h50, a moeda apontava recuo de 1,08%, cotado a R$ 3,0980 na compra e R$ 3,10 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com leve recuo de 0,19%, a R$ 3,1320 na compra e R$ 3,1340 na venda. (Valor Online - 14.05.2004)

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Internacional

1 Governo argentino recebe críticas pelo racionamento de gás para a indústria

O governo da Argentina recebeu novas críticas e ameaças de processos por racionar o fornecimento de gás natural à indústria. A província de Neuquén, a maior produtora de gás na Argentina, ameaçou processar o governo federal e a distribuidora Camuzzi Gas del Sur, de capital italiano, se os cortes de fornecimento à indústria local continuarem. As autoridades da província de Buenos Aires garantem que o racionamento não levou em conta o forte impacto sobre a produção e o emprego naquele distrito, o mais povoado do país. Nos principais centros industriais do país, trabalhadores estão sendo demitidos porque as empresas reduziram sua produção devido ao desabastecimento. O ministro da Produção da província de Buenos Aires, Gustavo Lopetegui, disse que os cortes estão sendo aplicados sem um critério adequado. O ministro defendeu o estabelecimento de um "critério de prioridade" para os cortes e advertiu que o racionamento pode crescer no inverno, quando se eleva o consumo de gás natural. (Gazeta Mercantil 14.05.2004)

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2 Empresas estão cautelosas quanto ao programa de racionamento da Argentina

As distribuidoras de gás e eletricidade do Rio Negro e de Neuquem não sabiam até ontem como seria aplicado o programa de contenção de energia lançado pelo governo federal. O governo argentino anunciou que cobrará uma tarifa maior para os consumidores residenciais e comerciais que não reduzirem o consumo de gás e eletricidade, por outro lado, dará descontos aos que consumirem menos que no ano anterior. As distribuidoras acreditam que será necessário um aumento nas tarifas de energia elétrica e gás. (Agencia Cipolletti - 14.05.2004)

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3 O uso do fuso horário pode ser uma solução para a Argentina

Cada vez que há uma crise energética a possibilidade de se utilizar um fuso horário é colocada em questão.Ontem o ministro do Interior, Aníbal Fernández assegurou que o governo não teria nenhum inconveniente em implementar uma mudança no horário, desde que se comprove a eficácia econômica da ação. Dias atrás os legisladores pressionaram o poder executivo sobre uma lei sancionada em 1999 que estabeleceria o atraso em uma hora dos relógios do primeiro domingo de março ao último domingo de outubro. (TotalNews Argentina - 14.05.2004)

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4 Energia pressiona preços em abril nos EUA

A forte alta do preço da energia e o aumento dos custos dos alimentos fizeram os preços para a produção subir 0,7% em abril nos Estados Unidos, afirma nesta quinta-feira o Departamento do Trabalho é a maior desde março de 2003. Sem incluir alimentação e energia, o índice base aumentou apenas 0,2% em relação a março, o que estaria mais perto do esperado pelos especialistas. Em um ano, os preços para a produção avançaram 3,7%, enquanto o índice base aumentou 1,5%. "A aceleração dos preços em abril pode estar ligada à energia, cujo índice subiu 1,6%", depois de aumentar 0,6% no mês anterior, afirmou o Departamento do Trabalho. Várias categorias registraram altas significativas, como a gasolina (+3,4%) e o gás natural (+2,5%). Entretanto, os preços do combustível para calefação recuaram 1,3%. (Elétrica - 14.05.2004)

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5 Ministro português da Economia explicará processo de alienação do capital da Galp

O ministro português da Economia, Carlos Tavares, irá nos próximos dias à Assembleia da República (AR) explicar o processo de alienação de 455 do capital da Galp Energia. A presença do governante tinha sido solicitada pelo Partido Socialista (PS) e foi esta quinta-feira viabilizada pelo Partido Social-Democrata (PSD). A operação financeira tem suscitado dúvidas dos partidos da oposição que acusaram o Governo de querer escapar às questões dos deputados depois de, numa primeira fase, o PSD ter rejeitado a audição do ministro da Economia. A oposição de esquerda chegou mesmo a acusar o Executivo de beneficiar o grupo norte-americano Carlyle, através do consórcio Luso-Oil, no processo. (Jornal Digital PT - 13.05.2004)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 STANDARD & POOR'S. "Research: Industry Report Card: Latin American Eletric Utilities" Maio de 2004

O texto apresenta os principais aspectos operacionais e financeiros da industria de energia elétrica, bem como os ratings para as empresas do setor, nos seguintes países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador e México. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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