l

IFE: nº 1.345 - 13 de maio de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Câmara dos Deputados instala Comissão Especial para analisar projeto das agências
2 Desembolsos do BNDES para setor elétrico chegam a R$ 806 mi no ano
3 Pequenos produtores comemoram resultado da chamada pública do Proinfa
4 ANA pede ao Senado mudança em MP
5 Cercon: Amazonas precisa de investimentos em energia
6 Curtas

Empresas
1 Conselho da Eletrobrás aprova Silas Rondeau na presidência
2 Roberto Garcia é aprovado na presidência da Eletronorte
3 Chesf tem aumento de 172,6% em seu lucro no primeiro trimestre de 2004
4 Chesf investiu R$ 98 mi no primeiro trimestre
5 Chesf realiza parcerias para participação no Proinfa
6 Itaipu repassa US$ 9,72 mi em royalties relativos a março
7 Lucro da Emae no primeiro trimestre fica em R$ 619 mil
8 Hydro-Quebec e Copel negociam parceria em projetos de geração e transmissão

9 Manaus Energia vai investir R$ 163 mi em serviços de energia em 2004

10 Celpe desenvolve projetos de P&D com a Universidade Federal de Pernambuco

11 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Manaus Energia: Não há possibilidade de apagão no Amazonas
2 Capacidade de armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste está em 81,5%
3 Nível de armazenamento chega a 54,1% no subsistema Sul

4
Subsistema Nordeste apresenta 97,5% da capacidade
5
Reservatórios registram 90,7% da capacidade no subsistema Norte
6
Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Petrobras tem lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre
2 Angra 2 tem operações suspensas para reabastecimento
3 Infoglobo implanta usina de cogeração

Grandes Consumidores
1 CVRD registra lucro de R$ 954 bi no primeiro trimestre
2 Dívida total da CVRD tem crescimento
3 Exportações da CVRD chegam a US$ 1 bi no primeiro trimestre

Economia Brasileira
1 Fipe teme efeito de óleo e dólar nos preços
2 Saldo da balança já ultrapassa US$ 9 bi

3 Desembolsos do BNDES sobem 73% neste ano
4 Juros sobem para o consumidor
5 Pessimismo do consumidor surpreende FGV
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina vai investir 11,149 bi de pesos no setor de energia nos próximos cinco anos
2 Argentina vai construir gasoduto Patagônico
3 Empresas recebem de maneira negativa plano argentino
4 Estado argentino deve receber US$ 226 mi anuais com impostos sobre exportação de petróleo
5 Sogeo registra redução de 16,9% nos lucros em 2003

 

Regulação e Novo Modelo

1 Câmara dos Deputados instala Comissão Especial para analisar projeto das agências

Após acordo de líderes, que retirou a urgência constitucional ao projeto de lei de mudanças nas agências reguladoras, foi instalada a Comissão Especial da Câmara dos Deputados que vai examinar o projeto do governo, com a eleição do presidente e dos três vice-presidentes e designação do relator. A comissão especial será presidida pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS). Os três vice-presidentes são os deputados Eliseu Padilha (PFL-MG), Ricardo Barros (PP-PR) e Eduardo Gomes (PSDB-TO), tendo sido indicado para relator o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Na próxima semana, a comissão se reúne para estabelecer um calendário de audiências públicas, com destaque para a audição dos presidentes das nove agências reguladoras - Aneel, ANP, Anatel, Anvisa, ANS, ANA, Antaq, ANTT e Ancine - além da Associação Nacional das Agências reguladoras e especialistas das áreas cobertas pelas agências. (Valor - 12.05.2004)

<topo>

2 Desembolsos do BNDES para setor elétrico chegam a R$ 806 mi no ano

Os desembolsos do BNDES para o setor elétrico chegaram a R$ 806 milhões nos primeiros quatro meses do ano, montante 6% inferior em comparação com o mesmo período de 2003. O volume representa 7% das liberações totais feitas pelo banco no período, que chegam a R$ 11,03 bilhões no ano. Na área de infra-estrutura, o BNDES desembolsou R$ 2,46 bilhões de janeiro a abril deste ano, valor 35% superior em comparação com igual período de 2003. Neste período, o banco desembolsou R$ 5,47 bilhões para a região Sudeste, mais da metade do volume total. A região Sul ficou com R$ 2,96 bilhões, o que representa 27% do total. Em seguida, vem a região Centro-Oeste, com R$ 1,23 bilhão. Já os desembolsos do BNDES para as regiões Norte e Nordeste chegaram a R$ 478 milhões e R$ 755 milhões, respectivamente. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

3 Pequenos produtores comemoram resultado da chamada pública do Proinfa

Os pequenos produtores estão comemorando o grande número de projetos encaminhados para habilitação no Proinfa. A chamada pública do programa atraiu projetos de geração que somam 6,6 mil MW de capacidade instalada, o dobro do limite estabelecido para contratação, de 3,3 mil MW. Para o presidente da Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica, Ricardo Pigatto, a chamada pública é um indicativo do grande potencial de fontes alternativas no país. Ele conta ainda que o resultado do processo possibilita ao governo dar continuidade ao programa, com o lançamento da segunda etapa. "O resultado da chamada pública deve ser comemorado por todos, pois indica o sucesso do programa e sua viabilidade no país", afirma. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

4 ANA pede ao Senado mudança em MP

O diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Jerson Kelman, em audiência pública esta semana, na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pediu que a Câmara reverta a alteração feita pelo Senado na MP 165/04. A MP trata dos contratos da ANA para gerenciar as bacias hidrográficas. Ele explicou que, de acordo com o projeto aprovado na Câmara, a agência poderia estabelecer contratos de gestão com as agências de bacias. O Senado, porém, vetou esses contratos, o que em sua opinião dificulta a gestão da água no país. O presidente da ANA defende a cobrança pelo uso da água. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

5 Cercon: Amazonas precisa de investimentos em energia

Ontem, o Cercon (Conselho Estadual de Regulação e Controle dos Serviços Públicos Concedidos do Amazonas) esteve reunido com membros da sociedade e representantes das concessionárias de energia, para fazer um balanço do setor, e verificar as pendências. A conclusão da reunião é que faltam investimentos em equipamentos, e que o Amazonas pode ter problemas no abastecimento por conta da falta de investimentos na capacidade produtiva e nos parques energéticos. (Jornal do Commercio - AM - 13.05.2004)

<topo>

6 Curtas

A ministra Dilma Rousseff, deixou Maceió, na última terça-feira, dia 11, levando dois problemas sérios e urgentes em sua bagagem. Uma dívida de R$ 8 milhões da Codevasf e outra de R$ 1,5 milhão do Incra, ambas com a Ceal. (O Jornal AL - 13.05.2004)

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, lançará nesta quinta-feira, dia 13 de maio, o Programa Clarear, voltado para eletrificação urbana. O objetivo é levar energia elétrica às áreas urbanas de todos do 774 municípios da área de concessão da Cemig. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

 

Empresas

1 Conselho da Eletrobrás aprova Silas Rondeau na presidência

O Conselho de Administração da Eletrobrás aprovou ontem, 12/05/2004, o nome de Silas Rondeau Cavalcante para a presidência da empresa, em substituição a Luiz Pinguelli Rosa. Também foram aprovados os nomes do atual diretor de Projetos Especiais, José Drumond Saraiva, para a Diretoria Financeira e de Relações com os Investidores, cargo que já exercia interinamente desde fevereiro, e de Aloísio Vasconcelos para a Diretoria de Projetos Especiais. (NUCA-IE-UFRJ - 13.05.2004)

<topo>

2 Roberto Garcia é aprovado na presidência da Eletronorte

Em reunião do Conselho de Administração da Eletronorte, foi aprovado o nome de Roberto Garcia Salmeron para a presidência da empresa. Roberto Salmeron deixa a diretoria de Administração da Eletrobrás. Silas Rondeau Cavalcante é funcionário de carreira da Eletronorte e presidente da empresa desde janeiro de 2003. Antes de assumir a presidência da Eletronorte presidira duas subsidiárias da estatal, a Boa Vista Energia e a Manaus Energia. (NUCA-IE-UFRJ - 13.05.2004)

<topo>

3 Chesf tem aumento de 172,6% em seu lucro no primeiro trimestre de 2004

A Chesf contabilizou um lucro líquido de R$ 249,1 milhões no primeiro trimestre de 2004, um aumento de 172,6% em relação ao mesmo período de 2003. Segundo a empresa, a variação positiva de 36,6% registrada na receita operacional bruta, em comparação com o primeiro trimestre de 2003, reflete o aumento tarifário do ano anterior, a partir de março de 2003, bem como o registro de operações realizadas no MAE, que geraram receita de R$ 113,6 milhões. No mesmo período de 2003, as operações no MAE resultaram em despesa de R$ 4,3 milhões. Os custos e despesas operacionais, no montante de R$ 368,0 milhões (R$ 309,9 milhões em 2003) alcançaram o aumento de 18,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. As despesas e receitas financeiras mantiveram-se no mesmo patamar de 2003, registrando um leve aumento em relação ao período comparado (3,2%), resultando numa despesa líquida, antes dos juros sobre o capital próprio, de R$ 182,4 milhões (R$ 176,8 milhões em 2003). Em função do bom desempenho operacional do trimestre, a companhia obteve uma geração operacional de caixa, medida pelo Ebitda, de R$ 716,9 milhões, ante R$ 518,7 milhões registrados em 2003. (Gazeta Mercantil - 13.05.2004)

<topo>

4 Chesf investiu R$ 98 mi no primeiro trimestre

Os investimentos efetuados na expansão do sistema elétrico da Chesf totalizaram, até março de 2004, R$ 98,3 milhões (R$ 124,4 milhões, no mesmo período de 2003), distribuídos da seguinte forma: sistema de transmissão (R$ 59,8 milhões), geração de energia (R$ 18 milhões) reassentamento da população rural da UHE Itaparica (R$ 7,6 milhões) e infra-estrutura (R$ 12,9 milhões). No âmbito dos investimentos, a Chesf aportou recursos financeiros, no trimestre, de R$ 17 milhões, na empresa STN - Sistema de Transmissão Nordeste S/A, dando andamento ao novo negócio no segmento de transmissão de energia. (Gazeta Mercantil - 13.05.2004)

<topo>

5 Chesf realiza parcerias para participação no Proinfa

A Chesf poderá participar dos projetos de geração de energia dentro do Proinfa, através de parcerias com investidores ligados a concessionárias de energia, denominados empreendedores não autônomos. Os projetos são na área de geração eólica, junto com as empresas Enerbrasil, nos estados de Pernambuco e do Rio Grande do Norte, e com a Siif, no Ceará. A Enerbrasil é ligada ao grupo Iberdrola, e a Siif à francesa EDF. A companhia assinou carta de intenção com as empresas e após o fechamento dos contratos com a Eletrobrás poderá oficializar as parcerias, dependendo da análise final dos projetos. A participação poderá atingir uma geração de 100 MW de energia. Os investimentos em cada projeto são de R$ 45 milhões, no equivalente a 49% do capital próprio. A companhia priorizou os projetos de geração eólica e biomassa, porque já tem várias PCHs no Nordeste. (Jornal do Brasil - 12.05.2004)

<topo>

6 Itaipu repassa US$ 9,72 mi em royalties relativos a março

A Itaipu Binacional repassou nesta semana US$ 9,72 milhões em royalties referente à geração do mês de março. A compensação foi repassada ao Tesouro Nacional. O governo do Paraná e os 15 municípios do estado que fazem divisa com o reservatório da usina ficarão com US$ 7,36 milhões. O governo do Mato Grosso do Sul receberá US$ 87,1 mil e o município Mundo Novo (MS), lindeiro ao reservatório, ficará com US$ 52,2 mil. A Agência Nacional de Energia Elétrica; os Ministérios de Minas e Energia, do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia; e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico repartirão US$ 972,7 mil. Os demais estados e municípios localizados a montante do reservatório dividirão US$ 1,25 milhão. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

7 Lucro da Emae no primeiro trimestre fica em R$ 619 mil

A Emae encerrou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 619 mil, de acordo com dados do balanço financeiro da companhia enviados à Bovespa. O resultado operacional da estatal alcançou R$ 1,87 milhão, enquanto o resultado bruto ficou em R$ 7,05 milhões. A despesa financeira líquida ficou em R$ 654 mil. A geradora contabilizou ainda R$ 57,2 milhões de receita líquida e R$ 877 milhões de patrimônio líquido. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

8 Hydro-Quebec e Copel negociam parceria em projetos de geração e transmissão

O governador do Paraná, Roberto Requião, quer formar uma parceria da Hydro-Quebec com a Copel para construir uma hidrelétrica no rio Iguaçu. Ele combinou esta semana com o presidente da estatal canadense, André Caille, o envio de equipes para conhecer as instalações das duas empresas. Caille já confirmou a ida de representantes da empresa em duas semanas ao Brasil para conhecer a Copel para uma possível parceria nas áreas de geração e transmissão de energia elétrica. "Recebo com muito entusiasmo os acordos de cooperação e parceria com a Copel. Esse interesse também se dá porque o Brasil é hoje um dos países que o Canadá tem maior interesse em estabelecer negócios", afirmou o executivo da Hydro-Quebec. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

9 Manaus Energia vai investir R$ 163 mi em serviços de energia em 2004

O orçamento da Manaus Energia para este ano é R$ 163 milhões para transmissão, geração e distribuição, sendo R$ 32 milhões para esse último serviço. Na distribuição, o valor será empregado na ampliação e manutenção do sistema, assim como no Programa Luz para Todos, a fim de regularizar a situação de 2.500 consumidores da área rural. Dentre as ações de melhorias previstas para 2004 estão a substituição de transformadores sobrecarregados, a inspeção preventiva em 80 alimentadores de um total de 114 e a podagem de árvores, que possam prejudicar a rede. (Jornal do Commercio - AM - 13.05.2004)

<topo>

10 Celpe desenvolve projetos de P&D com a Universidade Federal de Pernambuco

A Celpe, em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco, está realizando dois projetos em seu programa de pesquisa e desenvolvimento sobre a tecnologia usada em supressores rápidos de flutuações de tensão. O objetivo da pesquisa, segundo o gerente do projeto na Celpe, Wider Basílio, é encontrar alternativas tecnológicas para reduzir a interrupção de processos produtivos em clientes de alta tensão decorrentes de variações de tensão de curta duração. Os investimentos para os projetos somam R$ 545 mil. (Canal Energia - 13.05.2004)

<topo>

11 Curtas

O consórcio SEB - liderado pela AES - contratou o escritório do advogado Arnold Wald para reforçar seu "front" de batalha contra o BNDES. "Vamos recorrer da decisão", diz fonte do grupo. (Valor - 13.05.2004)

A AES Sul garante que irá realizar os reparos necessários nos eletrodomésticos que acabaram queimando em decorrência de uma sobrecarga de energia, ocorrida na última segunda-feira em Santa Cruz do Sul (RS). (Gazeta do Sul - 13.05.2004)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Manaus Energia: Não há possibilidade de apagão no Amazonas

Segundo o diretor de distribuição da Manaus Energia, Wenceslau Abtibol, não há possibilidade de apagão no Estado do Amazonas. "Temos uma capacidade de geração de 1.022 MW e a maior demanda será de 768 MW para o mês de outubro deste ano". O objetivo é alcançar uma reserva de 154 MW em outubro deste ano. O plano emergencial, por meio da Companhia Brasileira de Energia Emergencial, visa trazer para Manaus 80 MW até setembro de 2004. Além disso, há um processo de contratação de produtores independentes que varia de 450 a 525 MW em três etapas (janeiro de 2005, julho de 2005 e janeiro de 2006). A empresa está estudando a aquisição de unidades geradoras ou contratação de parceria privada de mais 450 MW no período de julho de 2006 a 2007. E ainda, a interligação de Manaus ao sistema brasileiro até 2008. (Jornal do Commercio - AM - 13.05.2004)

<topo>

2 Capacidade de armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste está em 81,5%

O nível de armazenamento chega a 81,5% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste. O volume fica 36,76% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento de 0,1% em um dia. As hidrelétricas de Furnas e Emborcação registram 98,8% e 99,3% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

3 Nível de armazenamento chega a 54,1% no subsistema Sul

O subsistema Sul apresenta 54,1% da capacidade, um aumento de 0,3% em um dia. A usina de Salto Santiago registra volume de 41,2%. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

4 Subsistema Nordeste apresenta 97,5% da capacidade

Os reservatórios registram 97,5% da capacidade no subsistema Nordeste, volume 61,2% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo de 0,9% em comparação com o dia anterior. A usina de Sobradinho apresenta 99,9% do volume. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

5 Reservatórios registram 90,7% da capacidade no subsistema Norte

A capacidade de armazenamento no subsistema Norte está em 90,7%, um aumento de 0,1% em relação ao dia 10 de maio. A hidrelétrica de Tucuruí registra volume de 99,27%. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Petrobras tem lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre

A Petrobras teve um lucro de R$ 3,972 bilhões no primeiro trimestre de 2004, uma queda de 28% em relação aos R$ 5,545 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. A área de abastecimento, responsável pela venda de combustíveis, apurou uma queda de 29% no lucro no trimestre, chegando a R$ 3,61 bilhões. Segundo comunicado enviado à Bovespa, a redução no lucro foi provocada, principalmente, pela redução do preço dos derivados em abril de 2002. Esse ajuste provocou uma queda de 5 pontos porcentuais na margem bruta da companhia, que atingiu 44% nos primeiros três meses do ano. No primeiro trimestre de 2004, logo após os reajustes feitos em dezembro de 2002 nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha, a empresa obteve uma margem de 49%. A Petrobras registrou uma receita líquida de R$ 23,2 bilhões, o que representa uma queda de 5% com relação aos primeiros meses de 2003. A antecipação de R$ 3 bilhões em dividendos para os acionistas provocou um aumento de 9% no endividamento da empresa que chegou a R$ 37,6 bilhões no trimestre. (Gazeta do Sul - 13.05.2004)

<topo>

2 Angra 2 tem operações suspensas para reabastecimento

Durante os próximos 30 dias, a Usina Angra 2 estará fora do Sistema Elétrico Brasileiro para reabastecer o núcleo do reator e promover manutenção e testes em outros equipamentos. Esta é a terceira parada de Angra 2, programada anualmente dentro da rotina da Usina, que opera desde o ano 2000. A cada ano é trocado cerca de um terço dos elementos combustíveis que estão dentro do vaso do reator e, na ocasião, são realizados serviços de manutenção que permitem que a usina possa continuar gerando energia elétrica de forma limpa e segura. (NUCA-IE-UFRJ - 13.05.2004)

<topo>

3 Infoglobo implanta usina de cogeração

O Infoglobo, empresa jornalística, optou por implantar usina de cogeração de energia a fim de atender o parque gráfico, localizado em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Segundo Ubiratã Barros, coordenador de cogeração do parque gráfico, a confiabilidade e a qualidade da energia foram os fatores que impulsionaram a construção da unidade. Os investimentos no empreendimento, que tem 5 MW, ficaram em torno de US$ 8 milhões. "Apesar de atualmente o custo da autogeração estar subindo, podendo até inviabilizar a autoprodução, a usina ainda é bastante interessante para a empresa. A confiabilidade e a qualidade da energia da região é muito baixa", avalia Barros. (Canal Energia - 12.05.2004)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 CVRD registra lucro de R$ 954 bi no primeiro trimestre

A Companhia Vale do Rio Doce lucrou R$ 954 milhões no primeiro trimestre deste ano, 18% a menos que no mesmo período de 2003. Na comparação com o quarto trimestre de 2003, o lucro líquido subiu 20,5%. A empresa teve um aumento de R$ 228 milhões no custo dos produtos vendidos. Os gastos com serviços contratados subiram 120% no trimestre. Houve aumento dos custos com energia elétrica e de despesas com pessoal. Segundo a Vale, foi computado extraordinariamente, no primeiro trimestre deste ano, a amortização de ágio da Samitri, no valor de R$ 183 milhões referentes a outubro de 2001 a dezembro de 2003, afetando o lucro. Durante os próximos 30 meses, serão computados R$ 40 milhões trimestralmente, em vez dos R$ 20 milhões anteriores. A receita operacional bruta cresceu 8,5% do primeiro trimestre de 2003 para o período de janeiro a março de 2004, atingindo R$ 2,731 bilhões. O grupo conseguiu uma geração de caixa com sua operação (Ebitda) de R$ 1,342 bilhão. (O Globo - 12.05.2004)

<topo>

2 Dívida total da CVRD tem crescimento

A dívida total da Vale subiu de US$ 4,028 bilhões em dezembro de 2003 para US$ 4,244 bilhões em 31 de março deste ano. A dívida cresceu porque o grupo antecipou o programa de captação de recursos de 2004, "visando aproveitar as condições favoráveis vigentes nos mercados financeiros internacionais no início deste ano". A dívida líquida (dívida bruta menos caixa) caiu US$ 200 milhões, de US$ 3,443 bilhões para US$ 3,243 bilhões. No primeiro trimestre, a Vale investiu cerca de US$ 306 milhões, 20% do valor total de US$ 1,536 bilhão orçado para este ano. A Vale conseguiu alongar o perfil de sua dívida bruta. O montante com vencimento em curto prazo teve redução de US$ 304 milhões em relação a dezembro, enquanto a dívida de curto prazo subiu US$ 520 milhões. (O Globo - 12.05.2004)

<topo>

3 Exportações da CVRD chegam a US$ 1 bi no primeiro trimestre

As exportações consolidadas da Companhia Vale do Rio Doce foram de US$ 1,012 bilhão no trimestre, um aumento de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações líquidas (exportações menos importações) somaram US$ 864 milhões e, segundo a Vale, responderam por 14% do superávit da balança comercial do país no trimestre. (O Globo - 12.05.2004)

<topo>

Economia Brasileira

1 Fipe teme efeito de óleo e dólar nos preços

Os preços continuam em alta na cidade de São Paulo, fato que já era esperado. Dois novos fatores, no entanto, podem acelerar essa elevação: petróleo e câmbio. Petróleo e câmbio, mantida a alta, vão afetar o ritmo da atividade industrial. "Não vai ser dramática a queda na atividade, mas o crescimento não deverá ser o que se esperava", diz Paulo Picchetti, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe. Estudo de Picchetti mostra que cada 10% de alta nos preços do petróleo, em reais, eleva os preços em 1,7% para o consumidor. E cada 10% de aumento na bomba gera inflação de 0,50% na Fipe. O efeito maior do aumento dos preços do petróleo deve ocorrer nos preços no atacado. O IPA deve captar com maior intensidade os aumentos do petróleo, o que elevaria a taxa do IGP e do IGP-M. Essa alta viria em um momento ruim porque a partir de julho começam os reajustes dos preços administrados, que são regidos por IGP e IGP-M, diz Picchetti. (Folha de São Paulo - 13.05.2004)

<topo>

2 Saldo da balança já ultrapassa US$ 9 bi

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse que a balança comercial registrou superávit de US$ 920 milhões neste mês até o dia 11. Com o resultado, há um saldo positivo acumulado de US$ 9,046 bilhões no ano. O ministro reafirmou a estimativa do governo de que as exportações em 2004 ficarão em torno de US$ 82 bilhões e alerta que as vendas externas serão fundamentais para o crescimento da economia projetado em 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Sobre a alta do petróleo no mercado internacional, Furlan disse que os reflexos da escalada do preço devem ser pouco sentidos no país porque a dependência externa do Brasil é pequena. (O Globo Online - 13.05.2004)

<topo>

3 Desembolsos do BNDES sobem 73% neste ano

O boletim de desempenho de abril do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), divulgado ontem, mostra que o volume de recursos desembolsados para empréstimos alcançou R$ 11,027 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano, com crescimento de 73% sobre o mesmo período de 2003 (R$ 6,4 bilhões). Embora admita que a base de comparação não seja a ideal, porque o desempenho no primeiro semestre do ano passado foi fraco, o superintendente da Área de Planejamento do banco estatal, Maurício Piccinini, disse que o número deste ano é bom e que está dentro das previsões da diretoria, que era alcançar desembolsos totais entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões até abril. O banco diz que a tendência de crescimento vem tomando forma desde 2003. (Folha de São Paulo - 13.05.2004)

<topo>

4 Juros sobem para o consumidor

O consumidor que recorreu a alguma modalidade de crédito em abril se deparou com juros maiores, apesar do corte da taxa de juros básica (Selic) de 16,25% para 16% ao ano. Pesquisa da Associação Nacional dos Executivos Financeiros (Anefac) mostra que a taxa média de juros para pessoa física atingiu o patamar de 7,68% ao mês, crescendo 0,39 ponto percentual. Os maiores aumentos foram praticados pelos bancos no crédito direto ao consumidor (CDC), cujos juros subiram de 3,5% para 3,56% ao mês, e no empréstimo pessoal (de 5,92% para 6,01%). As taxas médias de financeiras também subiram e chegaram a 12,05% ao mês, ou 291,69% ao ano. O coordenador da pesquisa e presidente da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, atribuiu esse aumento das taxas às expectativas sobre os juros futuros, "a Selic caiu, mas cresceram as incertezas em relação ao impacto da alta prevista para os juros americanos na próxima decisão do Banco Central", afirmou. (Jornal do Brasil - 13.05.2004)

<topo>

5 Pessimismo do consumidor surpreende FGV

No último trimestre houve uma drástica reversão das expectativas dos consumidores em relação à situação econômica do país e da família. O fenômeno surpreendeu os economistas da FGV, que divulgaram ontem a pior avaliação sobre emprego e a maior queda de expectativas da Sondagem do Consumidor, realizada há dois anos e meio. Entre janeiro e abril deste ano, o percentual dos que avaliaram como pior a situação econômica do país dobrou, pulando de 20,69% para 40,91% - índice só superado em outubro de 2002, quando a avaliação negativa foi feita por 48,15% dos entrevistados. Em relação a trabalho, nunca houve um pessimismo tão grande na série da pesquisa: em abril, 60,29% previram que será mais difícil conseguir emprego nos próximos seis meses, uma queda de 15 pontos percentuais em relação a janeiro. (Valor Online - 13.05.2004)

<topo>

6 Dólar ontem e hoje

O dólar à vista opera em baixa moderada neste final de manhã, apesar da instabilidade em outros mercados. Às 12h02m, a moeda americana recuava 0,76%, cotada a R$ 3,114 na compra e R$ 3,116 na venda. Ontem, as preocupações externas influenciaram na piora dos preços e na busca por proteção na moeda norte-americana. Com isso, o dólar avançou 2,08%, para encerrar a quarta-feira a R$ 3,1380 na compra e a R$ 3,1400 na venda. O fechamento desta sessão é idêntico ao observado na segunda-feira e o maior desde 14 de abril de 2003. (O Globo On Line e Valor Online - 13.05.2004)

<topo>

 

Internacional

1 Argentina vai investir 11,149 bi de pesos no setor de energia nos próximos cinco anos

O governo argentino fará investimentos de 11,149 bilhões de pesos nos próximos cinco anos no setor de energia, conforme o Plano Nacional Energético anunciado. O programa contempla medidas em curso e outras que serão implementadas no curto e médio prazo. Do total de recursos estimado, 425 milhões de pesos correspondem a ações em andamento e 10,725 bilhões de pesos para obras a serem desenvolvidas dentro de quatro anos. Para ter os fundos necessários à série de medidas apresentadas pelo governo, a administração central resolveu aumentar em 5% as alíquotas para o petróleo, diesel e gasolina e serão aplicadas tarifas de 15% sobre as exportações de gás liquefeito de petróleo. (Valor - 12.05.2004)

<topo>

2 Argentina vai construir gasoduto Patagônico

O governo argentino comunicou a construção do gasoduto Patagônico, que cruzará a província de Chubut e terá 801 quilômetros. Na primeira etapa, a capacidade de transporte será de 650 mil metros cúbicos diários. Para isto, se fará um aporte de 197 milhões de pesos, parte a ser propiciada pelo Estado e outra pela Emgasud, companhia que apresentou o projeto. (Valor - 12.05.2004)

<topo>

3 Empresas recebem de maneira negativa plano argentino

O plano energético anunciado pelo governo argentino foi recebido de maneira negativa pelas empresas do setor, que foram surpreendidas pelo anúncio de aumento dos impostos ao petróleo e combustíveis. As companhias verificavam ontem o impacto que a mudança impositiva terá sob suas finanças. Um diretor da espanhola Repsol estimou que o aumento de impostos vai significar um custo adicional de 75 milhões de euros neste ano. Um funcionário da Petrobras Energia, filial argentina da estatal brasileira, afirmou ontem que a empresa ainda não tem uma avaliação do impacto da mudança tributária. (Valor - 13.05.2004)

<topo>

4 Estado argentino deve receber US$ 226 mi anuais com impostos sobre exportação de petróleo

O aumento de impostos sobre exportações de petróleo e derivados anunciado anteontem deve render ao Estado argentino US$ 226 milhões por ano, segundo o ministro da Economia, Roberto Lavagna. Os recursos adicionais serão usados para financiar parte do pacote de US$ 11 bilhões para ampliar a capacidade energética, e também não se descarta que o dinheiro seja direcionado à Enarsa, a empresa estatal de energia cuja criação também foi anunciada anteontem. A intenção do governo é que a empresa atue para garantir um suprimento energético satisfatório e influencie na formação de preços. Não se sabe como isso se dará na prática. (Valor - 13.05.2004)

<topo>

5 Sogeo registra redução de 16,9% nos lucros em 2003

Os lucros da única empresa portuguesa de exploração de energia geotérmica, a Sogeo, caíram no ano passado para 1,3 milhão de euros. Segundo o relatório e contas da subsidiária da elétrica açoriana EDA, a quebra de lucros deveu-se, sobretudo, a uma redução de 3,8% nas vendas e a um aumento de encargos na rubrica de fornecimentos e serviços externos. Para esse aumento de despesas contribuiu a participação da empresa no apoio ao lançamento do programa geotérmico da ilha Terceira. Em 2003 o produto gerado pela Sogeo caiu 2,1%, para 6,6 milhões de euros, e os custos de produção aumentaram 50,4%. Num ano que os encargos com o pessoal registraram uma redução de 6,2%, os capitais próprios da empresa aumentaram em 9,0% e o passivo desagravou-se em 14%. (Diário Econòmico - 12.05.2004)

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás