l IFE:
nº 1.344 - 12 de maio de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 MME prepara leilão de 17 usinas hidrelétricas até o fim do ano O MME pretende
leiloar, no fim do ano, concessões para 17 usinas hidrelétricas, de um
grupo de 30 que estão sob avaliação. As usinas, segundo informações do
secretário de Política e Planejamento Energético do MME, Amílcar Guerreiro,
terão uma capacidade instalada total de 2,6 mil MW. Guerreiro explicou
que o ministério está atento aos riscos falta de interesse nas usinas
causados pela falta de licenças ambientais. Por essa razão, o MME poderá
negociar com o Ministério Público uma operação conjunta para facilitar
a obtenção das licenças. Segundo Guerreiro, o processo para a obtenção
do licenciamento poderia correr em paralelo à avaliação integrada de bacia
hidrográfica. E citou, como exemplo, a saída encontrada pelo estado de
Goiás: a criação de um termo de ajustamento de conduta para resolver esse
impasse. (Gazeta Mercantil - 12.05.2004) 2 CBIEE faz críticas ao novo modelo aprovado através de MP O presidente
da Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE), Cláudio
Sales, revela que a tensão não foi dissipada no setor elétrico com a recente
medida provisória destinada a atrair investimentos. Segundo Sales, falta
a regulamentação das regras para o setor e reina apreensão entre os investidores.
"É ilusório pensar que, se alguém já investiu e não está sendo remunerado
de forma condigna, que novos investidores virão" observa Sales. A entidade
acha errado que se faça leilão de energia velha à custa das empresas geradoras
existentes. Segundo a CBIEE, a nova legislação, em fase de regulamentação,
impõe segregação de mercado, determinando que quem já investiu só poderá
vender energia a preço controlado, o que se torna um elemento inibidor.
Sales cita que o Risco Brasil e o risco do setor elétrico são aceitáveis,
mas que os investidores têm de conviver com riscos tributário, ambiental,
político, regulatório e cambial. (Jornal do Commercio - 12.05.2004) 3 Proinfa atraia projetos somando 6,6 mil MW O Proinfa
atraiu 426 projetos para a geração de 6.601 MW de energia, o dobro do
previsto em lei para contratação pela Eletrobrás, que era de 3.300 MW.
Segundo balanço divulgado, os projetos para energia eólica somaram 3.681,58
MW; os de pequenas centrais hidrelétricas, 1.921,17 mil MW; e os de biomassa,
995,25 MW. Os contratos com os projetos aprovados pela Eletrobrás deverão
ser assinados até o final do mês, e deverão estar prontos para gerar energia
até dezembro de 2006. A energia comprada pela Eletrobrás será revendida
para as distribuidoras sem subsídios. A estimativa do governo é a de que
o Proinfa gere nos próximos dois anos e meio investimentos de R$ 8,6 bilhões.
A energia gerada pelas usinas do programa vai elevar a participação de
fontes alternativas renováveis na matriz energética brasileira de 3,1%
para 5,9%. (Valor - 12.05.2004) 4
Proinfa: Região Nordeste tem maior número de projetos habilitados 5 Dilma: resultado da oferta para o Proinfa vai permitir escolha de projetos mais eficientes O resultado
da oferta de projetos para o Proinfa, encerrada ontem, surpreendeu a ministra
Dilma Rousseff. Segundo ela, com a oferta de projetos superior ao limite
de contratação pela Eletrobrás vai permitir a escolha dos projetos mais
eficientes e com licenças ambientais mais antigas. Para a ministra, o
resultado mostra que os valores definidos para a compra de cada tipo de
energia estavam "razoáveis" e que o programa é um atrativo para os investidores
porque tem regras claras de compra da energia por 20 anos. (Valor - 12.05.2004)
6 Aneel estuda nova metodologia de incidência do PIS e da Cofins nas contas de luz A Aneel
estabeleceu grupos de trabalhos que estão estudando novas metodologias
que irão alterar as regras do setor elétrico nacional. A agência trabalha
em uma nova metodologia de incidência do PIS e da Cofins nas contas de
luz. A Aneel definirá algumas deduções na cobrança do tributo devido a
fatores como a compra de energia. A Aneel espera a definição da metodologia
de incorporação da PIS e da Confins nas contas de luz até o final de maio.
O presidente da RGE, Sidney Simonaggio, acredita que o impacto sobre as
tarifas da RGE seja de cerca de 3%. Ele destaca que cada distribuidora
nacional terá um reflexo diferenciado na conta de luz. Com a mudança da
alíquota do PIS e Confins, a CEEE paga cerca de R$ 3,5 milhões ao mês
que não estão incorporados na tarifa. A estatal não realizou os cálculos
do impacto que isso se dará em sua tarifa, mas espera que haja uma espécie
de fundo de compensação para que a companhia seja ressarcida das despesas
com os tributos. A CEEE foi onerada com aumento do PIS no ano passado
e com a Confins no começo deste ano. (Diário Catarinense - 12.05.2004)
7 Anel estuda mudanças nas regras de subtransmissão A Aneel está estudando a implantação das novas regras de subtransmissão. Um dos pontos mais polêmicos é a possibilidade da definição do barramento (ponto de ligação entre a rede de transmissão e o usuário) das subestações com tensão em 138 kV como conexão de distribuição. Com a medida os grandes consumidores e auto-produtores teriam de pagar a tarifa da distribuição devido a carga usada. O membro do grupo temático de energia da Fiergs Paulo Milano explica que a medida implicaria o pagamento de uma tarifa de distribuição aos grande consumidores da qual hoje eles estão isentos. "Isso criaria um obstáculo para o ingresso nesta categoria", argumenta Milano. Segundo o representante da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia Elétrica (Abrace) Paulo Ludmer os grandes consumidores e produtores independentes de energia ainda estão discutindo com MME e Aneel possíveis mudanças na regra de subtransmissão. (Diário Catarinense - 12.05.2004) 8
Curtas
Empresas 1 EDP Brasil registra lucro de R$ 56,9 mi no primeiro trimestre A EDP Brasil
apurou lucro líquido de R$ 56,9 milhões no primeiro trimestre do ano,
revertendo prejuízo de R$ 6,5 milhões no mesmo período do ano passado.
A EDP Brasil - que controla as distribuidoras Escelsa, Bandeirante e Enersul
- obteve Ebitda de R$ 233 milhões de janeiro a março, o que representa
crescimento de 84,8% em relação ao primeiro trimestre de 2003. A companhia
registrou aumento de 19,6% na receita líquida, que atingiu o montante
de R$ 921,5 milhões. A empresa destacou, contudo, que os números do primeiro
trimestre de 2003 são pro forma, pois na época a holding ainda não detinha
participação na Escelsa e, conseqüentemente, na Enersul. (Jornal do Commercio
- 12.05.2004) 2 Empresas da EDP Brasil registram aumento de 2,4% na venda de energia As vendas de energia das empresas do grupo EDP Brasil cresceram 2,4% no primeiro trimestre, ante os resultados obtidos no mesmo período de 2003. Segundo a empresa, houve um aumento representativo no fornecimento para clientes da categoria consumidores livres, de 39%, o que revela a migração para essa condição de clientes industriais das companhias. O fornecimento de energia para o segmento industrial, em contrapartida, apresentou uma redução de 12%. (Jornal do Commercio - 12.05.2004) 3 Cemig realiza leilão para venda de 90 MW médios A Cemig
divulgou as características do leilão de venda de energia na última segunda-feira,
10 de maio. A empresa ofertará 90 MW médios, em três blocos de energia
para o submercado Sudeste/Centro-Oeste. As propostas de compra devem ser
enviadas até às 16 horas do dia 13 de maio. O resultado será divulgado
até às 18 horas do mesmo dia. A entrega dos documentos e a assinatura
dos contratos estão marcadas para 24 de maio. O primeiro bloco terá dois
lotes de 10 MW médios e o prazo de fornecimento vai de 14 de maio a 31
de dezembro de 2004. O preço é de R$ 67,24/MWh. O take or pay é de 80%.
O bloco B é formado por dois lotes de 10 MW médios, ao preço de R$ 67,24/MWh.
O fornecimento está previsto para o ano de 2005 e o take or pay é de 85%.
O produto C terá dez blocos de 5 MW médios cada. O preço foi estabelecido
em R$ 75,83/MWh, com take or pay de 90%. A energia poderá ser fornecida
de janeiro a dezembro de 2005, com término previsto para o período de
31 de dezembro de 2007 a 31 de dezembro de 2014. Os valores dos lotes
são relativos a maio de 2004. (Canal Energia - 11.05.2004) 4
Cesp vai lançar Fidc que pode chegar a R$ 315 mi 5 Coelce fecha financiamento de R$ 144,5 mi do BNDES A Coelce
divulgou nesta terça-feira, dia 11 de maio, o empréstimo sindicalizado
no valor de R$ 144,5 milhões obtidos com o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social. O financiamento é na modalidade BNDES/Finem e tem
prazo de 54 meses. Os recursos serão utilizados para o programa de expansão,
melhorias e modernização do sistema de transmissão e distribuição de energia.
O coordenador líder da operação foi o Unibanco. (Canal Energia - 11.05.2004)
6 Coelce foi multada em R$ 15,1 mi entre 1999 e 2004 A Agência
Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce) aplicou
R$ 15,1 milhões em multas à Coelce entre 1999 e 2004. Desse montante,
R$ 8,2 milhões foram pagos. Os outros R$ 6,9 milhões estão em fase de
recurso. Os dados foram divulgados ontem pela presidente do Conselho Diretor
da Arce, Marfisa Aguiar Ximenes, em audiência pública, na Assembléia Legislativa.
A Arce é uma autarquia. A audiência pública de ontem foi solicitada pelo
deputado estadual Francini Guedes, presidente da Comissão de Orçamento,
Finanças e Tributação da Assembléia e do Conselho Consultivo da Arce.
(Diário do Nordeste - 12.05.2004) O projeto
"Co-geração com Bagaço Vale do Rosário", elaborado pela empresa Econergy
Brasil, parceira do BID, recebeu o prêmio de Melhor Projeto de MDL (Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo) 2004, entregue durante conferência mundial sobre
o mercado de carbono realizada em meados de abril em Amsterdã, Holanda.
(Elétrica - 11.05.2004)
Licitação A Cemig
licita fornecimento de equipamentos para instalação do vão de geradores
da hidrelétrica Irapé. O prazo para a realização das propostas vai até
o dia 7 de junho. Em outro processo, a empresa requisita a realização
da primeira etapa das obras civis na subestação Mariana. O prazo termina
no próximo dia 25. (Canal Energia - 12.05.2004) A CGTEE abre licitação para contratar aquisição de chapas, arames, bobinas de alumínio e telhas para uso na revisão das unidades da Divisão de Produção de Candiota, no Rio Grande do Sul. O preço do edital é de R$ 5,00 e o prazo também encerra no dia 25 de maio. (Canal Energia - 12.05.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia apresenta redução de 0,2% em fevereiro O consumo
de energia teve queda de 0,2% em fevereiro, em relação ao mesmo mês do
ano passado. Apesar do aumento do número de consumidores residenciais,
a maior queda de consumo aconteceu nesse segmento -redução de 1,4%. Segundo
a Eletrobrás, o número de consumidores residenciais aumentou de 44,2 milhões
em fevereiro de 2003 para 45,7 milhões em fevereiro de 2004. Por outro
lado, o consumo médio de energia por residência caiu de 141 kWh/mês para
139 kWh/mês no período. No acumulado até fevereiro, o consumo de energia
teve alta de 0,4% em relação ao mesmo período de 2003. O consumo residencial,
porém, continua em baixa, com 0,7% de redução. Nos últimos 12 meses (março
de 2003 a fevereiro de 2004), o consumo de energia aumentou 1,8% em relação
aos 12 meses anteriores. Nesse intervalo, o consumo residencial lidera
a retomada, com alta de 2,1%, seguido do comercial, com 2,9%. A indústria,
nos últimos 12 meses, aumentou seu consumo em apenas 0,3%. (Folha de São
Paulo - 12.05.2004) 2 Nível de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste está em 81,4% Os reservatórios registram 81,4% da capacidade no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, volume 36,74% acima a curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um aumento de 0,1% em um dia. As hidrelétricas de Miranda e Ilha Solteira registram 68,8% e 98,7% da capacidade, respectivamente. 3 Reservatórios registram 53,8% da capacidade no subsistema Sul O subsistema
Sul apresenta 53,8% da capacidade, um aumento de 0,5% em relação ao dia
9 de maio. A usina de Machadinho registra volume de 75,3%. (Canal Energia
- 11.05.2004) 4 Subsistema Nordeste apresenta 97,9% da capacidade A capacidade
de armazenamento chega a 97,9% no subsistema Nordeste. A usina de Sobradinho
registra volume de 99,7%. O nível de armazenamento está 61,0% acima da
curva de aversão ao risco. 5 Capacidade de armazenamento chega a 90,6% no subsistema Norte O nível
de armazenamento do subsistema Norte está em 90,6%, uma redução de 0,3%
em relação ao dia 9 de maio. A hidrelétrica de Tucuruí registra volume
de 99,2%. 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 MME deve divulgar primeiro desenho do modelo para o setor de gás natural em julho A secretária de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do MME, Maria das Graças Foster informou que até o fim de julho o ministério deverá divulgar o primeiro desenho do modelo para o gás natural. No momento, a equipe do MME está aprofundando as diretrizes previstas no decreto do governo sobre o setor. O objetivo é transformar as atuais diretrizes em um marco regulatório completo para o gás. "Vamos abordar temas como a prospecção de bacias, exploração e comercialização do combustível", disse, explicando que o trabalho envolve, além do MME, a ANP, as empresas e os consultores. Os estudos do MME apontam para uma demanda de cerca de 80 milhões de metros cúbicos diários, quando o mercado estiver maduro, mais que o dobro do consumo atual. (Gazeta Mercantil - 12.05.2004) 2 MME: Novo leilão da ANP deve atrair mais estrangeiros A Sexta
Rodada de Licitações de Áreas para a Exploração de Petróleo e Gás da ANP
deverá atrair um interesse maior de grupos estrangeiros do que as anteriores,
segundo a secretária de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis
do MME, Maria das Graças Foster. Isso porque entre as áreas licitadas
estarão aquelas com comprovada incidência de hidrocarbonetos, as do chamado
"bid zero". São blocos devolvidos pela Petrobras, que embora tenha realizado
pesquisas nas áreas, foi forçada a desistir dos projetos por falta de
recursos para os investimentos. Segundo Maria das Graças Foster, a sexta
rodada dará uma maior equilíbrio ao mercado de exploração de gás no País,
com maior presença de empresas estrangeiras. 3 Petrobras suspende compra de termelétrica A Petrobras
suspendeu as negociações com a Enron para a aquisição das ações do grupo
americano na Eletrobolt, uma das três termelétricas merchants do País.
"O projeto era comprar as três merchants, mas é preciso definir, primeiro,
qual será a alocação dos investimentos e a política para o gás. Sem a
conclusão do planejamento estratégico não se pode levar as negociações
adiante", disse o gerente geral de planejamento e desenvolvimento de energia
da estatal, José Luiz Juhas. Segundo Juhas, se os investimentos da estatal
até 2010 priorizarem a construção de gasodutos, por exemplo, a intenção
de adquirir as participações acionárias dos sócios nas usinas será abandonada.
As outras duas merchants são a Macaé, parceria da Petrobras com a El Paso,
e a TermoCeará, da estatal com a MPX. A Petrobras, no entanto, havia iniciado
a negociação apenas com a Eletrobolt. A decisão de comprar as usinas visava
melhorar os resultados financeiros no balanço da companhia. As perdas
provocadas pela defasagem de custos entre o que a estatal paga e recebe
das termelétricas tiveram impactos negativos no resultado da Petrobras
em 2003 e levaram a empresa a provisionar esse prejuízo. (Gazeta Mercantil
- 12.05.2004) 4 Petrobras vai transformar termelétricas em usinas bi-combustíveis O novo planejamento
estratégico da Petrobras vai dar prioridade à expansão das usinas térmicas,
com o fechamento dos ciclos abertos e concluir as obras já iniciadas.
"Já temos térmicas suficientes. Vamos transformar as usinas em bi-combustíveis,
que passarão a ter dinamismo de entregar gás ou diesel", disse Juhas.
A expectativa agora, segundo ele, é com o a regulamentação do novo modelo
do setor elétrico. "A Petrobras não pode se dar ao luxo de gastar uma
fortuna para desenvolver o gás e construir gasodutos e o produto ficar
embaixo da terra e não ser despachado. O Ministério está atento a isso",
disse Juhas. O aumento da participação do gás na matriz energética brasileira,
segundo ele, é "a grande reorientação do planejamento estratégico da Petrobras".
(Gazeta Mercantil - 12.05.2004) 5 Petrobras prepara térmicas para leilão de energia nova A Petrobras pretende concluir até 2006 a ampliação das térmicas Canoas (RS) e Três Lagoas (MS) com a entrada do ciclo combinado de geração elétrica. O projeto que aumentaria em 400 MW a capacidade instalada das usinas receberá investimentos de US$ 300 milhões. "Uma parte será aportada nesse ano, mas o forte será em 2005 e 2006", conta o gerente-geral de Planejamento e Desenvolvimento de Energia da Petrobras, José Luiz Juhas. Essa energia extra, diz o executivo, deverá ser disponibilizada no leilão de energia nova que o Ministério de Minas e Energia está programando para esse ano. Segundo Juhas, térmica Piratininga, que ainda está em fase de implantação, também deverá entrar no leilão. (Canal Energia - 11.05.2004) 6 Abegás: Consumo de gás natural canalizado teve crescimento de 23,7% no primeiro trimestre O consumo de gás natural canalizado cresceu 23,7% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Associação das Empresas de Gás Canalizado (Abegás), entre janeiro e março deste ano foram consumidos 102,5 milhões de m³, enquanto nos três primeiros meses do ano passado o consumo verificado foi de 82,8 milhões de m³. O maior crescimento no trimestre ocorreu no segmento de gás para termelétricas (45,8%) e foi impulsionado pela entrada em funcionamento de novas usinas. A indústria fechou o primeiro trimestre do ano com crescimento de 17,5% em relação ao mesmo período de 2003. O mercado residencial teve um crescimento de 24,2%; o segmento de gás natural veicular (GNV) cresceu 21,4%, e o comercial apresentou a menor taxa de aumento no período (16,4%). (Gazeta Mercantil - 12.05.2004) 7 Gasoduto até o Pará custaria US$ 1,1 bi A tubulação para interligar a Belém o gasoduto de Brasília - que recebe gás da Bolívia -, passando por Fortaleza custaria US$ 1,1 bilhão somente no trecho de interesse do Pará e não tem fonte de recurso definida. Essa dificuldade mostra que a iniciativa ainda está longe de virar realidade, apesar de mostrar-se com uma das futuras alternativas para viabilizar a utilização do gás natural em veículos e na indústria do Pará, atualmente um dos poucos Estados do país que ainda não dispõe do produto nos postos de combustíveis.Esses dados foram apresentados pela Secretaria Estadual da Indústria e Comércio (Seicom). Além da proposta de construção da tubulação para trazer o gás por via subterrânea de Brasília a Belém, outra solução, segundo a Seicom, seria adquirir os chamados navios criogênicos, adaptados para o transporte do gás. (O Liberal - 12.05.2004) 8 Pará prepara estudo de viabilidades técnicas para a criação da Companhia de Gás O governo do Estado do Pará está concluindo estudo de viabilidades técnicas para a criação da Companhia de Gás, proposta do deputado Alessandro Novelino (PL) que ainda esbarra no fato do Pará não dispor de gás natural, precisando importar o produto de outros Estados. "Antes de criar a Companhia de Gás, precisamos definir de que forma o produto chegará ao Pará e também estudar a viabilidade econômica", explicou o diretor de mineração da Seicom, Taylor Collyer. (O Liberal - 12.05.2004) 9 AIE: Brasil é maior exportador potencial de biocombustível O Brasil é o maior exportador potencial de álcool como biocombustível, elaborado no País a partir da cana-de-açúcar, segundo um estudo divulgado pela Agência Internacional da Energia (AIE). O relatório destaca que a produção de álcool experimenta "um crescimento muito rápido no mundo todo", mas só o fabricado a partir da cana-de-açúcar apresenta custos baixos e grandes benefícios ambientais. "O Brasil tem capacidade suficiente para produzir além de suas necessidades nacionais" afirmou um dos autores do estudo, Lew Fulton.. (Gazeta Mercantil - 12.05.2004)
Grandes Consumidores 1 Albrás e Eletronorte assinam contrato de US$ 3,4 bi A Eletronorte
e a Albrás assinaram otem (11/05/2004), em Brasília, o maior contrato
de fornecimento de energia do setor elétrico nacional. Esta assegurado
à Albrás o fornecimento de uma carga média de 750 MW no período de 2004
a 2006 e de 800 MW entre 2007 e 2024. A energia é gerada pela Usina Hidrelétrica
de Tucuruí, no Pará. O valor total do contrato é de US$ 3,4 bilhões, sendo
que estão sendo antecipados, em quatro parcelas, R$ 1,2 bilhão. Este montante
vai ser investido nas obras de ampliação da usina, que até o final de
2006 estará gerando 8.370 MW de energia. Durante a cerimônia de assinatura
do contrato, os presidentes da Eletronorte e da Albrás ressaltaram a importância
do contrato para a atração de novos investimentos para o Brasil. (NUCA-IE-UFRJ
- 12.05.2004) 2 Albrás tem interesse em investir em novas fontes de energia no Brasil Segundo
o presidente da Albrás, Murilo Ferreira, o marco regulatório do setor
elétrico nacional é um dos focos de confiança entre os investidores estrangeiros.
O presidente da Albrás assegurou que a empresa tem interesse em investir
em novas fontes de energia no Brasil e destacou o projeto da hidrelétrica
de Belo Monte, a ser construída no Rio Xingu, também no Pará, como uma
das obras de interesse dos investidores estrangeiros. Ferreira disse que
vai acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na missão comercial
que o governo brasileiro realizará na China, no final deste mês. Segundo
ele, a Albrás tem todo interesse em apresentar o projeto de belo Monte
para os investidores chineses. "Temos o maior interesse em apoiar a implantação
de novos projetos de energia no Pará", destacou o presidente da Albrás.
(NUCA-IE-UFRJ - 12.05.2004) Economia Brasileira 1 IBGE confirma recuperação da industria A produção industrial brasileira cresceu 11,9% em relação a março do ano passado e 2,1% na comparação com fevereiro, enquanto o primeiro trimestre fechou com aumento de 5,8% em comparação com igual período de 2003, embora 1,2% abaixo do resultado do último trimestre do ano passado. O resultado confirma a sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada na segunda-feira. Segundo o IBGE, o crescimento no primeiro trimestre foi generalizado: ocorreu em 20 das 23 atividades pesquisadas. A fabricação de veículos foi o que puxou a produção do setor, com uma expansão de 20%. A indústria de material eletrônico e de comunicações registrou alta de 36,9% no período, puxada pelo aumento na produção de telefones celulares. As quedas mais significativas no trimestre foram as dos segmentos farmacêutico (-7,8%), de edição e impressão (-2,7%) e de fumo (-9,7%). (Jornal do Commercio - 12.05.2004) 2 Furlan prevê PIB 4% maior este ano O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, espera um crescimento para a economia neste ano de 4% do PIB, ou seja, 0,5 ponto percentual acima da meta oficial do Governo. Furlan disse que as exportações respondem pela metade do crescimento do PIB e que a outra metade é conseqüência das vendas no mercado interno, argumentando que os dados divulgados nos últimos dias, CNI e pelo IBGE, são positivos nesses dois tópicos. (Jornal do Commercio - 12.05.2004) 3
Economia sob controle segundo Palocci 4 IPC da Fipe sobe 0,36% na primeira prévia de maio O IPC do
município de São Paulo avançou 0,36% na primeira medição deste mês. Em
abril, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) revelou inflação
de 0,29%. Pelo levantamento mais recente, Saúde teve a alta mais expressiva,
de 2,85%, superior àquela vista no fim de abril, de 2,29%. Vestuário foi
o único ramo a ter baixa, de 0,19%, invertendo o rumo observado na última
quadrissemana de abril, quando apurou 0,18% de aumento. (Valor Online
- 12.05.2004) 5 Primeira prévia do IGP-M baixa para 0,42% A primeira
prévia mensal do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) recuou pela
segunda vez consecutiva. Depois de encolher de 0,66% em março para 0,52%
em abril, caiu para 0,42% neste mês. No atacado, a deflação nos preços
agrícolas compensaram um novo avanço de preços industriais, como os siderúrgicos.
. No ano, o IGP-M acumula alta de 4,41% e, nos últimos 12 meses, de 6,11%.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) fechou a primeira prévia de maio
em 0,42%, taxa inferior ao 0,52% da mesma parcial no mês anterior. O Índice
Nacional do Custo da Construção (INCC) fechou a primeira prévia de maio
em 0,49%. (Jornal do Commercio - 12.05.2004) O mercado de câmbio voltou a ficar comprador e mantém o dólar em alta significativa. Às 12h06m, a moeda americana era negociada por R$ 3,119 na compra e R$ 3,121 na venda, com valorização de 1,46%. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 2,03%, a R$ 3,0740 na compra e a R$ 3,0760 na venda. Esta foi a maior variação negativa desde 7 de agosto de 2003, quando a divisa recuou 2,23%. (O Globo On Line e Valor Online - 12.05.2004)
Internacional 1 Governo argentino cria estatal para setor de energia O governo
da Argentina anunciou ontem o Plano Energético Nacional, que prevê, entre
outras medidas, a criação da Empresa Argentina de Energia S.A (Enarsa),
cujo objetivo será garantir o abastecimento do mercado interno. A medida
é um claro sinal da intenção do presidente Néstor Kirchner de devolver
ao Estado argentino parte do poder perdido na década de 90, como conseqüência
das privatizações feitas por Carlos Menem (1989-1999). "A empresa estatal
pretende participar no mercado mediante a exploração de recursos e o estabelecimento
de preços competitivos", explicou o ministro do Planejamento, Julio De
Vido. O Estado argentino controlará 53% das ações da Enarsa. As províncias
argentinas terão 12%, e os restantes 35% serão ofertados na bolsa de valores.
À nova empresa caberá recompor as reservas, produção e abastecimento de
gás, e acompanhar as necessidades de infra-estrutura para distribuição
de gás e eletricidade. Para tanto, deverão ser feitas parcerias com empresas
nacionais e estrangeiras. (O Globo - 12.05.2004) 2 Relatório da União Industrial Argentina: Crise energética pode trazer perdas de US$ 3,3 bi Um relatório
empresarial publicado ontem mostrou que a crise energética da Argentina
pode causar perdas de US$ 3,3 bilhões. A União Industrial Argentina apresentou
este relatório ao governo no início de abril, quando começou a retenção
das exportações de gás ao Chile, cujo governo protestou em várias ocasiões
pelo descumprimento de acordos bilaterais. A escassez de gás natural pode
provocar uma queda de 11% no PIB do setor manufatureiro, advertiu o relatório,
elaborado por uma empresa de consultoria da União Industrial Argentina,
a maior associação empresarial do país. O relatório ressalta que o principal
motivo da crise é o sistema de transporte de gás natural, cuja capacidade
é de 120 milhões de m³ diários e está saturado. Neste sentido, adverte
que é necessário ampliar "urgentemente" as redes de distribuição do hidrocarboneto,
tendo em vista que no próximo inverno haverá necessidade de atender uma
demanda adicional de 15 milhões de m³ de gás diariamente. (Gazeta Mercantil
- 12.05.2004) 3 Tarifas de gás são reajustadas entre 15% e 36% na Argentina O governo da Argentina autorizou anteontem reajustes de tarifas do gás que vão de 15% a 36% para as indústrias, geradoras de eletricidade e provedores de gás natural comprimido. O reajuste, rejeitado taxativamente pelas associações de consumidores, é o primeiro que aprova o governo desde que se congelaram as tarifas de serviços públicos, em janeiro de 2002, quando se desvalorizou o peso, colocando-se fim a quase onze anos de uma política de paridade de com o dólar americano. (Gazeta Mercantil - 12.05.2004) 4
Durão Barroso quer Galp com centro de decisão em Portugal 5 Quatro grupos concorrem à aquisição do capital da Galp São quatro
os grupos que concorrem à aquisição de parte do capital da Galp: o Grupo
José de Mello, a Viacer - os dois únicos consórcios 100% de capital de
empresas portuguesas - o consórcio liderado pela Carlyle e a capital da
risco britânica CVC Partners. No consórcio da Carlyle estão presentes
as empresas portuguesas Fomentinvest, Grupo Espírito Santo e Grupo Amorim.
"Qualquer que seja o vencedor o peso acionista nacional vai sair reforçado",
reforçou o primeiro-ministro Durão Barroso, recusando as acusações dos
partidos da oposição de que o Governo está beneficiando o grupo Carlyle.
O primeiro-ministro confirmou que a recomendação do comitê de sábios terá
de ser dada até ao final do mês e o Governo vai escolher o futuro acionista
da Galp no início do próximo mês. "Penso que no início do próximo mês
de Junho haverá já uma decisão", afirmou. (Canal de Negócios PT - 12.05.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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