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IFE: nº 1.342 - 10 de maio de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Prazo para habilitação de projetos para o Proinfa termina hoje
2 Associação Mundial de Energia Eólica prevê que 1,1 mil MW sejam preenchidos no segmento eólico
3 Governo divulga trechos para leilão de transmissão
4 Rio Grande do Sul terá potencial eólico ampliado
5 Aneel autoriza construção de pequenas centrais hidrelétricas
6 UnB desenvolve projeto de mini-hidrelétricas

Empresas
1 Eletropaulo registra queda de 4,9% nas vendas de energia no primeiro trimestre de 2004
2 Eletropaulo mantém expectativa de investir R$ 303 mi em 2004
3 Justiça define nesta semana solução para dívida da AES junto ao BNDES
4 Bandeirante registra lucro de 52,8 mi no primeiro trimestre do ano
5 RGE termina o primeiro trimestre de 2004 com prejuízo de R$ 11,91 mi
6 AES Tietê fecha primeiro trimestre do ano com lucro de R$ 63,27 mi
7 AES Tietê quer discutir aumento de capacidade com MME e governo de SP
8 Cemig oferta mais energia elétrica para consumidores livres

9 Light traça estratégia para fidelizar grandes clientes

10 Programas de P&D da Santa Maria, Cocel, Celtins e Rio Grande Energia são aprovados

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Petrobras confirma interesse na Agip
2 Governo editará novas regras para o biodiesel
3 Usina de biomassa começa a operar em Santa Catarina
4 SR Rating eleva notas atribuídas à Termobahia

Grandes Consumidores
1 Alumar negocia renovação do contrato de fornecimento de energia com Eletronorte
2 Belgo-Mineira consolida-se no Mercosul
3 CSN registra lucro de R$ 333 mi no primeiro trimestre do ano
4 CSN altera quadro geográfico de suas exportações
5 Programa da Firjan vai reduzir custo de energia nas empresas

Economia Brasileira
1 Mercado reduz projeção para o IPCA
2 Meirelles pede serenidade a mercado

3 Sinais de recuperação na demanda interna
4 Aumento do petróleo não terá impacto na balança comercial segundo o governo
5 Missão FMI vai recomendar aprovação da revisão de acordo com o Brasil
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina divulgará medidas para superar crise de energia
2 Governo da Argentina defende racionalização no uso do gás
3 Paraguai cobra dívida da Argentina com usina hidrelétrica Yaciretá
4 Unión Fenosa registra lucro de 113,4 mi de euros no primeiro trimestre
5 Enagás tem lucro de 39,4 mi no primeiro trimestre de 2004

Biblioteca Virtual do SEE
1 BARAT, Josef. "Agências reguladoras: avanços e recursos". São Paulo: Estado de São Paulo, 06 de maio de 2004

Regulação e Novo Modelo

1 Prazo para habilitação de projetos para o Proinfa termina hoje

Boa parte dos projetos que vão concorrer aos contratos do Proinfa só devem ser entregues hoje à Eletrobrás, último dia do prazo para habilitação dos projetos. Até a última quinta-feira, a holding estatal de energia elétrica só havia recebido três projetos de PCH e resolveu prorrogar o recebimento também para o sábado. Além disso, a estatal estendeu o horário final de recebimento das propostas hoje das 12h para as 18h. As expectativas no mercado são de que sejam preenchidos os 2,2 mil MW destinados para PCH e de usinas eólicas. No caso de geração por biomassa, porém, a previsão é que entre 400 MW e 600 MW dos 1,1 mil MW sejam habilitados. Para o presidente da Associação Brasileira de Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo Pigatto, a expectativa é que boa parte dos projetos tenha sido encaminhada à Eletrobrás entre sexta-feira e sábado. (Gazeta Mercantil - 10.05.2004)

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2 Associação Mundial de Energia Eólica prevê que 1,1 mil MW sejam preenchidos no segmento eólico

O vice-presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Everaldo Feitosa, diz que a expectativa no seu segmento é que sejam preenchidos os 1,1 mil MW destinados pelo Proinfa. Segundo ele, isso deve ocorrer mesmo com o "erro técnico" cometido pelo MME, que prevê menor remuneração para usinas que aumentem a eficiência na geração de energia, e do critério que remunera melhor empreendimentos instalados em locais com piores condições de ventos. Segundo ele, 75% dos projetos de energia eólica devem ser instalados no Nordeste e o restante no Rio Grande do Sul. (Gazeta Mercantil - 10.05.2004)

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3 Governo divulga trechos para leilão de transmissão

O governo federal já definiu, através do decreto 5.070/04, os trechos de linhas de transmissão que serão licitados no próximo leilão. Haverá ofertas de empreendimentos nas regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e para integração do Sudeste com Centro-Oeste. No total, serão leiloados este ano 13 lotes de linhas de transmissão, incluindo, além dos trechos definidos pelo decreto 5.070/04, outras linhas que já tinham sido liberadas anteriormente pelo Conselho Nacional de Desestatização. Os trechos a serem licitados totalizam 2.880 quilômetros, e investimentos próximos a R$ 1 bilhão. O secretário-executivo, Maurício Tolmasquim, avalia que a licitação dificilmente acontecerá ainda nesse mês devido ao curto prazo para viabilizar o processo. Ele, entretanto, garantiu a realização do leilão ainda no primeiro semestre desse ano. "Esperamos que todos os projetos sejam licitados, como ocorreu na licitação de setembro de 2003", disse. (Canal Energia - 07.05.2004)

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4 Rio Grande do Sul terá potencial eólico ampliado

O estado do Rio Grande do Sul terá uma potência maior de energia eólica, além dos 220 MW que já estão assegurados. A afirmação foi da ministra Dilma Rousseff, em reunião com o governador Germano Rigotto. Os projetos de energia eólica para o estado já previam investimentos de US$ 215 milhões e a geração de 2 mil empregos. A expectativa é que os empreendimentos comecem a funcionar no primeiro semestre de 2005. Durante a conversa sobre as alterações que originaram o novo modelo energético para o país e o reflexo em futuros empreendimentos no Rio Grande do Sul, o governador gaúcho afirmou que existem vários projetos que poderão ser atraídos para o Estado. Além dos investimentos na área de energia eólica, usinas termelétricas a carvão e pequenas usinas elétricas também receberão recursos. (Canal Energia - 10.05.2004)

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5 Aneel autoriza construção de pequenas centrais hidrelétricas

A Aneel autorizou 13 empresas a atuar como produtoras independentes de energia em Santa Catarina, Mato Grosso, São Paulo, Sergipe, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Goiás. As empresas poderão construir PCHs, termelétricas e uma usina eólica nos estados. Os empreendimentos, orçados em R$ 216,9 milhões, terão de ser habilitados no Proinfa. Os produtores vão gerar, juntos, mais de 132,3 MW para o sistema elétrico brasileiro. (Valor - 07.05.2004)

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6 UnB desenvolve projeto de mini-hidrelétricas

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram uma espécie de mini-hidrelétrica, que gera energia para pequenas comunidades isoladas sem necessidade de construção de barragens. A turbina, chamada de hidrocinética, gera energia elétrica a partir da correnteza dos rios, e pode abastecer até 15 famílias a um custo médio de R$ 20 mil. É uma alternativa para regiões distantes da rede elétrica, onde não é possível construir usinas de maior porte. A tecnologia foi criada pelo Laboratório de Energia e Ambiente da Faculdade de Tecnologia da UnB, em uma pesquisa bancada por instituições de fomento à pesquisa no Brasil como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). (Jornal do Commercio - 10.05.2004)

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Empresas

1 Eletropaulo registra queda de 4,9% nas vendas de energia no primeiro trimestre de 2004

A AES Eletropaulo começou o ano registrando novas perdas de grandes consumidores em sua carteira de clientes. No balanço do primeiro trimestre houve queda de 4,9% nas vendas de energia em comparação com o mesmo período de 2003. A saída de 18 consumidores cativos, para o mercado livre, foi determinante na queda. No setor industrial, a redução nas vendas foi de 14%, enquanto no segmento comercial a queda ficou em 1,4%. A classe residencial registrou aumento no consumo de 2,2% e os demais consumidores foram responsáveis por uma elevação de 0,75%. O presidente da empresa, Eduardo Bernini, minimizou o fato. "A saída dos consumidores foi um evento controlado e não pensamos em uma estratégia específica para eles". Nos 12 meses acumulados de março de 2003 a março deste ano, segundo Bernini, houve aumento do consumo de 2,4%. Já quando computada a perda dos grandes consumidores, a redução no período foi de 1,7%. (Gazeta Mercantil - 10.05.2004)

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2 Eletropaulo mantém expectativa de investir R$ 303 mi em 2004

A diretora Financeira e de Relações com Investidores da Eletropaulo, Andrea Ruschmann, disse que a empresa manterá a expectativa de investir R$ 303 milhões em 2004, apesar de apenas R$ 39 milhões - ou 12,9% da previsão total - terem sido aplicados no primeiro trimestre. "É um montante reduzido, mas a concentração da maior parte dos investimentos sempre fica para o segundo semestre", argumentou. Este ano, 38% dos investimentos estarão direcionados para o atendimento do mercado, e 9% para manutenção. A empresa espera receber em até 30 dias os recursos a que tem direito da Conta de Variação da Parcela A (CVA) e a terceira tranche da reposição das perdas com racionamento. Segundo Ruschmann, o montante relativo à CVA é estimado em R$ 510 milhões. Já o capital da terceira tranche do racionamento representa outros R$ 243 milhões. Ela confirmou que o empréstimo será utilizado para quitar parcela de vencimentos oriunda do processo de reestruturação das dívidas de curto prazo. (Valor e Canal Energia - 07.05.2004)

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3 Justiça define nesta semana solução para dívida da AES junto ao BNDES

A pressão do BNDES para receber os US$ 750 milhões da dívida, vencida há um ano na Justiça, chega a seu desfecho nesta semana, com o conhecimento público do despacho da 15ª Vara do Tribunal Federal do Rio de Janeiro, Augusto Guilherme Diefenthaeler. Como munição, há a ameaça de suspender pagamento de dividendos e até de penhorar a participação de 33% do capital votante da Cemig, em posse da Southern Eletric Brasil (SEB). Mas o consórcio pode ter uma saída negociada junto ao presidente do Conselho de Administração da estatal, Wilson Nélio Brumer. Uma das opções de que dispõe o juiz está a tornar o BNDES sócio da empresa juntamente com o governo de Minas, que detém 51% das ações ordinárias. (Superávit - 10.05.2004)

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4 Bandeirante registra lucro de 52,8 mi no primeiro trimestre do ano

A Bandeirante Energia reverteu o prejuízo de R$ 19,24 milhões registrados no primeiro trimestre de 2003, apresentando resultado positivo de R$ 52,8 milhões ao final de março deste ano. A receita líquida atingiu os R$ 470,33 milhões, na comparação com os R$ 392,53 milhões verificados no mesmo período do ano passado. O resultado operacional foi de R$ 82,44 milhões. No primeiro trimestre de 2003, a distribuidora obteve prejuízo operacional de R$ 26,5 milhões. A despesa financeira recuou 44,62%, para R$ 44,51 milhões. (Gazeta Mercantil - 10.05.2004)

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5 RGE termina o primeiro trimestre de 2004 com prejuízo de R$ 11,91 mi

A RGE verificou redução de 52,26% no prejuízo líquido no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2003. O resultado ficou negativo em R$ 11,91 milhões. O prejuízo operacional da distribuidora também diminuiu, passando de R$ 32,84 milhões, registrados no primeiro trimestre do ano passado, para R$ 12,25 milhões, ao final de março de 2004. A receita bruta passou de R$ 317,66 milhões para R$ 432,24 milhões. Já a receita líquida aumentou 24,24%, atingindo R$ 305,05 milhões. (Gazeta Mercantil - 10.05.2004)

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6 AES Tietê fecha primeiro trimestre do ano com lucro de R$ 63,27 mi

A AES Tietê registrou lucro líquido de R$ 63,27 milhões no primeiro trimestre de 2004, revertendo prejuízo de R$ 3,47 milhões verificados no mesmo período de 2003. A receita líquida foi de R$ 238,04 milhões, em comparação com os R$ 172,9 milhões contabilizados de janeiro a março do ano passado. O resultado operacional atingiu os R$ 96 milhões, em relação ao prejuízo operacional de R$ 5,2 milhões ao final do primeiro trimestre de 2003. A geradora registrou também diminuição da despesa operacional, que ficou em R$ 67,61 milhões ao final de março. (Gazeta Mercantil - 10.05.2004)

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7 AES Tietê quer discutir aumento de capacidade com MME e governo de SP

A AES Tietê pretende rediscutir com o MME e com o governo de São Paulo a obrigatoriedade de aumentar em 15%, até 2008, a capacidade instalada da empresa. Segundo o presidente da geradora, Eduardo Bernini, a intenção é encontrar outros meios de atender ao dispositivo do contrato de concessão assinado em 2000, que prevê o investimento na expansão da potência instalada após oito anos da licitação de venda. "A obrigação terá que ser avaliada com o Ministério e o governo de São Paulo, para que haja adequação às exigências do novo modelo do setor elétrico, que prevê a colocação da energia no pool", afirmou o executivo nesta sexta-feira, dia 7 de maio. "O investimento poderia se dar através de contratação de energia", frisa. De acordo com a exigência imposta pelo edital de licitação, os controladores da concessionária, além de investirem numa nova planta de geração, têm a opção de contratar energia de um empreendedor que implante no estado, até 2008, uma capacidade instalada equivalente aos 15% exigidos. (Canal Energia - 07.05.2004)

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8 Cemig oferta mais energia elétrica para consumidores livres

A Cemig realiza um novo leilão de venda de energia para consumidores livres nesse mês. Até o dia 12 de maio, as empresas interessadas podem enviar as propostas de compra para os lotes de energia ofertados. A concessionária divulgará mais detalhes sobre o volume negociado apenas para o submercado Sudeste/Centro-Oeste no dia 10 de maio. O início de fornecimento da energia contratada será até janeiro de 2005, enquanto o prazo final é de julho de 2004 a dezembro de 2014. A divulgação do resultado acontece no dia 13 de maio e a assinatura será no dia 24 de maio. Para mais informações, a Cemig disponibiliza o site www.cemig.com.br/ofertapublica. (Canal Energia - 07.05.2004)

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9 Light traça estratégia para fidelizar grandes clientes

A Light está fortalecendo as ações junto aos grandes clientes a fim de manter a carteira da empresa. Segundo Marco Donatelli, superintendente de Grandes Clientes da distribuidora, a carteira de clientes permaneceu estável apesar das mudanças estabelecidas no novo modelo. Apesar disto, antes do estabelecimento das regras do modelo, seis clientes cativos se tornaram livres. Donatelli explica que três passaram a ser atendidos por outras empresas concorrentes e outros três se tornaram autoprodutores. Todos estes clientes ainda são atendidos pela rede da Light. Donatelli ressalta que, apesar da saída dos seis clientes, nenhum outro consumidor deixou a carteira da empresa após a aprovação do modelo e nem mesmo deu o aviso de fim de contrato. Entre as ações adotadas pela empresa para fidelização dos clientes está a criação de website, programa de relacionamento, descontos na energia e realização de encontro de negócios voltados exclusivamente para os grandes clientes. (Canal Energia - 07.05.2004)

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10 Programas de P&D da Santa Maria, Cocel, Celtins e Rio Grande Energia são aprovados

Os programas de pesquisa e desenvolvimento para o ciclo 2003/2004 das distribuidoras Santa Maria, Cocel, Celtins e Rio Grande Energia foram aprovados pela Aneel. A agência determinou também que as metas dos projetos devem ser atingidas até o dia 30 de junho de 2005. A RGE vai aplicar cerca de R$ 2,7 milhões no programa e a Celtins, aproximadamente R$ 280 mil. Os programas da Cocel e da Santa Maria receberão recursos de R$ 59,2 mil e R$ 60 mil, respectivamente. (Canal Energia - 07.05.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras confirma interesse na Agip

A Petrobras voltou a confirmar seu interesse pelos negócios da Agip no Brasil. A estatal comunicou, na sexta-feira, que prossegue as conversas com o grupo italiano Eni, controlador da Agip, mas ressaltou que não fechou nenhuma operação até o momento. A Petrobras teria feito uma oferta formal de compra, por US$ 600 milhões, da Agip Liquigás, segunda colocada no setor de gás de botijão (GLP), segundo o jornal "Folha de S.Paulo". A estatal teria interesse apenas no GLP. A Petrobras tem uma participação no mercado de GLP de apenas 0,6%, mas poderia, como produtora e importadora, ampliar sua presença. De acordo com uma fonte do setor, o negócio ainda não foi sacramentado porque falta consenso na direção da estatal. (Valor - 10.05.2004)

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2 Governo editará novas regras para o biodiesel

O governo vai editar um novo marco regulatório para a cadeia da indústria de biodiesel até o mês de novembro. A idéia é regulamentar a mistura de até 2% do combustível no diesel derivado de petróleo. A medida pretende melhorar a pauta de exportações brasileira, já que, no mercado internacional, países como Alemanha, Itália e Estados Unidos já utilizam comercialmente a mistura, além de fomentar políticas de desenvolvimento regional sustentável. O anúncio, já esperado pelo setor, saiu na última sexta-feira após reunião dos ministros de Minas e Energia, Dilma Rousseff, da Agricultura, Roberto Rodrigues, e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No novo marco regulatório, o governo deverá dar prioridade a projetos de produção de óleo de mamona, que se adapta bem na região Nordeste. (Gazeta Mercantil - 10.05.2004)

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3 Usina de biomassa começa a operar em Santa Catarina

Já está em funcionamento em Lages a primeira usina de energia elétrica de Santa Catarina que utiliza a queima de resíduos de madeira como combustível. A usina de biomassa - Unidade de Co-geração Lages, um empreendimento da Tractebel - vai produzir energia suficiente para atender a demanda de uma cidade com cerca de 150 mil habitantes. Com custo de R$ 80 milhões - R$ 49 milhões financiados pelo BNDES e R$ 31 milhões bancados com recursos próprios da Tractebel - a usina começou a operar há duas semanas. A inauguração oficial, no entanto, ainda não tem data marcada. A usina está localizada em uma área de oito hectares, o equivalente a 10 campos de futebol, cedida pela prefeitura de Lages. A energia gerada já é usada pelo sistema da Celesc. (Diário Catarinense - 09.05.2004)

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4 SR Rating eleva notas atribuídas à Termobahia

A SR Rating elevou para "brAA-" as notas atribuídas à Termobahia, empresa produtora independente de energia proprietária de uma usina termelétrica a gás. A decisão se baseia no Contrato de Conversão de Energia de 20 anos realizado com a Petrobras. (Valor - 10.05.2004)

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Grandes Consumidores

1 Alumar negocia renovação do contrato de fornecimento de energia com Eletronorte

A Eletronorte aguarda apenas por alguns ajustes finais no contrato para encerrar a negociação com a Alumar, empresa de alumínio do consórcio entre Alcoa e BHP Billinton. As duas empresas negociam a renovação do contrato de fornecimento de energia elétrica. O fechamento do negócio foi confirmado pelo presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa. Segundo uma fonte que participa das negociações, o contrato, que vence no final de junho, deve ser renovado nos mesmos moldes do acordo fechado esta semana com a Albrás, empresa de alumínio do grupo Vale do Rio Doce. O contrato de fornecimento prevê um preço de US$ 23 o MWh, no mínimo, e US$ 42 o MWh, no máximo, variando de acordo com a tonelada do alumínio na bolsa de Londres. O prazo pode chegar até 2010, caso a Alumar opte por contrato bilateral, ou até 2024, caso a empresa decida, de última hora, realizar um leilão de compra. (Canal Energia - 07.05.2004)

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2 Belgo-Mineira consolida-se no Mercosul

O grupo Arcelor, principal produtor siderúrgico do mundo, acaba de consolidar sua posição no segmento de aços longos no Mercosul ao assumir a argentina Acindar por meio de sua controlada brasileira Cia. Siderúrgica Belgo-Mineira. Na sexta-feira, a Belgo ampliou sua participação na Acindar para 66% do capital votante. A companhia já detinha 50% do controle. O restante estava em poder da família Acevedo, do IFC (braço do Banco Mundial) e do mercado de capitais. Com o negócio, a Belgo-Mineira, cujo capital é 55% da Arcelor, torna-se um grupo apto a produzir 4,9 milhões de toneladas de aço bruto ao ano no Brasil e Argentina. A Acindar adiciona 1,2 milhão de toneladas de capacidade de aços laminados à Belgo, que passa a somar 4,8 milhões de toneladas desses produtos. Na estratégia da Arcelor, a "nova Belgo-Mineira" consolida-se como seu braço para o mercado formado por América do Sul e Central. Segundo informações, a família sai do capital da Acindar, mas Arturo Acevedo permanece como principal executivo (CEO) da diretoria, que terá mudanças. (Valor - 10.05.2004)

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3 CSN registra lucro de R$ 333 mi no primeiro trimestre do ano

A CSN teve lucro líquido consolidado de R$ 333 milhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 16% em relação aos R$ 396 milhões registrados no mesmo período de 2003. A geração operacional de caixa (Ebitda), no entanto, cresceu 5,8%, de R$ 788 milhões para R$ 833 milhões. A dívida líquida foi reduzida em R$ 179 milhões no trimestre. No fim de 2003, o endividamento líquido era de R$ 4,9 bilhões, mas caiu para R$ 4,7 bilhões em 31 de março deste ano. Com a redução, o nível de endividamento líquido representa 1,4 vez o Ebitda do trimestre anualizado, dentro das expectativas da companhia. Até o fim do ano, a CSN espera reduzir esse nível para 1 a 1,2 vez o Ebitda. A receita líquida consolidada subiu 17,7%, para R$ 1,86 bilhão no primeiro trimestre, "refletindo a elevação dos preços médios obtidos nos mercados interno e internacional e o volume de vendas um pouco superior", diz a CSN. (O Globo - 10.05.2004)

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4 CSN altera quadro geográfico de suas exportações

Do quarto trimestre de 2003 para o primeiro trimestre de 2004, a CSN mudou o mapa geográfico de suas exportações. A Ásia, que levou 60% de outubro a dezembro, caiu para 23%. O bloco do Nafta (EUA, Canadá e México) passou para 27%. O mercado europeu também cresceu, alcançando 34%. Neste caso, houve a influência de embarques para a Lusosider, de Portugal, na qual é acionista. Prevê enviar a esta usina 250 mil toneladas no ano. Segundo Dias, com a perspectiva de alta de preços nos EUA, a CSN tomou a decisão de elevar os estoques, que subiram 180 mil toneladas no trimestre, para aproveitar as melhores margens a partir de abril. (Valor - 10.05.2004)

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5 Programa da Firjan vai reduzir custo de energia nas empresas

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), por intermédio do Sesi-RJ e com o apoio do Procel, e o Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Estado do Rio de Janeiro (Sindistal) lançam nesta segunda-feira, dia 10 de maio, o programa de redução do consumo de energia elétrica para consumidores com gastos acima de R$ 20 mil. O grupo inclui empresas industriais, comerciais e de serviços, além de condomínios residenciais. A tecnologia desenvolvida desde o período de racionamento de energia elétrica, em 2001, foi testada e já vem sendo aplicada com resultados de economia de 30% a 40% nos custos de empresas. (Canal Energia - 07.05.2004)

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Economia Brasileira

1 Mercado reduz projeção para o IPCA

Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo Banco Central na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA foi de 6,12%, pouco inferior aos 6,17% projetados na semana retrasada. Para 2005, o mercado espera IPCA de 5%, projeção mantida há 44 semanas. De acordo com o levantamento semanal feito pelo Banco Central junto a instituições financeiras, a previsão para o IGP-M de 2004, passou de 8,68% para 8,82%. Para o IGP-DI, manteve-se em 8,51%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas foi de 5,33% para 5,39%. Para o mês de maio, a mediana das expectativas para o IPCA passou de 0,40% para 0,41% e a do IGP-M subiu de 0,61% para 0,70%. O IGP-DI foi de 0,60% para 0,61% e a previsão do IPC da Fipe passou de 0,37% para 0,40%. (Valor - 10.05.2004)

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2 Meirelles pede serenidade a mercado

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, recomendou ontem " serenidade e sangue frio " aos operadores para não deixar que " volatilidade se transforme numa crise " , quando " os fundamentos brasileiros são bons e só tendem a melhorar " . Para ele, uma crise " só viria como resultado de erros de política " . O dólar acima de R$ 3 e o risco-Brasil perto de 800 pontos refletem " volatilidade absolutamente normal, a economia brasileira vai bem e estamos numa posição tranqüila para enfrentar esta e outras situações futuras ". Meirelles reitera que o Brasil está numa situação " extremamente confortável " para enfrentar " a fase de ajustes " no mercado. Diz que o Brasil tem reservas acima de US$ 50 bilhões (US$ 21 bilhões líquidas, excluídos recursos do FMI), além do direito a saque adicional de US$ 14 bilhões junto ao Fundo até o fim do ano em caso de crise internacional grave, no que ele diz não crer. (Valor 10.05.2004)

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3 Sinais de recuperação na demanda interna

O aumento das vendas reais da indústria do Rio de Janeiro e São Paulo e a redução dos estoques no primeiro trimestre anunciam que o segundo trimestre deste ano deve ser de recuperação da produção industrial, depois de arrefecimento da produção nos primeiros dois meses do ano. A projeção do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é de aumento da produção de 5,7% no segundo trimestre deste ano em comparação com igual período anterior, considerando-se a antiga séria da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Analistas admitem que as exportações estão sustentando a retomada da economia, já que o mercado interno continua desaquecido, mas apostam que entre abril e junho a demanda interna já deverá mostrar sinais de recuperação. As vendas industriais fecharam o primeiro trimestre em alta, de 17,3% em São Paulo, de acordo com a Fiesp, e 9,79% no Rio de Janeiro, de acordo com a Firjan. A redução da produção associada a aumento das vendas explica-se pela queda dos estoques. (Jornal do Comércio - 10.05.2004)

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4 Aumento do petróleo não terá impacto na balança comercial segundo o governo

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, afirmou nesta sexta-feira que o aumento do preço do barril de petróleo no mercado internacional, que chegou hoje a US$ 40 - a maior cotação desde 1990 - não deverá ter impacto significativo na balança comercial brasileira. Ramalho afirmou que as exportações de petróleo e derivados vão compensar o aumento da receita importada do produto. Esse otimismo do governo, no entanto, não é compartilhado pelo mercado. Para o diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, o aumento da cotação do petróleo terá, sim, um impacto negativo na balança comercial brasileira. Segundo ele, isso vai acontecer, principalmente, porque o Brasil exporta um tipo de petróleo de pior qualidade do que o petróleo que importa. Prevendo essa disparidade entre os preços do petróleo pesado e o leve, o economista Jorge Simino, da MSConsult, prevê um déficit na balança comercial de petróleo e derivados, este ano, da ordem de US$ 3,6 bilhões. (O Globo - 10.05.2004)

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5 Missão FMI vai recomendar aprovação da revisão de acordo com o Brasil

O chefe da missão do FMI, Phil Gerson, confirmou nesta sexta-feira que vai recomendar à diretoria da instituição que aprove a segunda revisão do acordo de ajuda financeira ao Brasil. A missão de técnicos termina nesta sexta-feira sua visita ao país depois de uma semana de encontros nos ministérios da Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento, Previdência, Trabalho e Banco Central. "O Brasil atingiu todas as metas estabelecidas no acordo com o Fundo. O governo está seguindo todas as políticas monetária e fiscal apropriadas e está progredindo com uma agenda de reformas estruturais muito importante para promover o crescimento do país. Por isso estamos fazendo a recomendação" disse Gerson. O chefe da missão afirmou que não acha necessário que o governo brasileiro faça o saque dos recursos a que o país terá direito caso a revisão seja aprovada pela diretoria do FMI. (O Globo - 10.05.2004)

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6 Dólar ontem e hoje

Às 12 horas de hoje, o dólar era negociado por R$ 3,133 na compra e R$ 3,136 na venda, com alta de 2,41%. Na sexta, o dólar comercial terminou com forte valorização de 2,10%, a R$ 3,0600 na compra e a R$ 3,0620 na venda. Na semana, a valorização da moeda norte-americana atingiu 4,43%. No acumulado de 2004, o dólar mantém a mesma trajetória e soma alta de 5,51%. (O Globo On Line e Valor Online - 10.05.2004)

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Internacional

1 Argentina divulgará medidas para superar crise de energia

O governo argentino divulga amanhã um pacote de medidas para atravessar a crise de energia. As novidades devem incluir a criação de uma estatal de energia e petróleo, obras de infra-estrutura e o aumento de tarifas. A Petrobras poderá participar dos investimentos. Para financiar as obras de construção de gasodutos, o governo contará com recursos públicos e privados. Entre os recursos públicos, parte deverá vir das receitas do governo - dos US$ 3,9 bilhões que a Argentina economizou neste ano até o final de abril. Os recursos privados virão de parcerias. O governo estuda licitar empresas para construir e ampliar gasodutos. A nova estatal, Energia Argentina S.A. (Enarsa), terá capital aberto para obter recursos para as obras na Bolsa de Valores. (Folha de São Paulo - 10.05.2004)

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2 Governo da Argentina defende racionalização no uso do gás

Apesar das queixas do setor privado, o governo do presidente Néstor Kirchner defende a necessidade de racionalizar o uso do gás, que representa 50% da matriz energética do país. "Essas companhias (afetadas) assinaram contratos que estipulam que uma parte do gás fornecido pode ser cortada. E é isto o que estamos fazendo, cortando a parte que pode ser cortada", explicou o ministro do Interior, Aníbal Fernández, que admitiu que poderiam surgir complicações caso a Justiça decida intervir a favor das empresas. (O Globo - 10.05.2004)

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3 Paraguai cobra dívida da Argentina com usina hidrelétrica Yaciretá

O ministro paraguaio de Obras Públicas e Comunicações, José Alderete ameaçou suspender o fornecimento de energia para a Argentina caso, o governo argentino não pague a dívida de US$ 25 milhões com a usina hidrelétrica Yaciretá. O governo paraguaio manifestou solidariedade à Argentina, mas, segundo o ministro, exige em contrapartida que seus vizinhos e sócios cumpram o protocolo relativo à dívida firmado semana passada. Alderete ameaçou exigir que o pagamento da dívida com o Tesouro paraguaio seja feito à vista, embora não esteja excluída a possibilidade de parcelá-lo em sete vezes. No entanto, o montante do débito superaria US$ 25 milhões porque o Paraguai quer ser ressarcido das perdas financeiras, mesmo que a Argentina salde a dívida de uma só vez. O Paraguai deu prazo até setembro. A Argentina quer aumentar a altura da barragem de 76 para 83 metros, o que exigiria investimentos de US$ 600 milhões. Alderete alega que essa ampliação obrigaria a obras complementares, inclusive para reduzir o impacto ambiental. O Paraguai se nega a fazer essa alteração se o vizinho não honrar o compromisso. (O Globo - 10.05.2004)

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4 Unión Fenosa registra lucro de 113,4 mi de euros no primeiro trimestre

O resultado líquido da Unión Fenosa, diminuiu 13,2% para 113,4 milhões de euros nos primeiros três meses do ano face aos 130,7 milhões de euros de 2003, ano em que foram influenciados por mais valias no setor imobiliário. Sem contar com resultados extraordinários, o lucro teria aumentado 14,9%, anunciou a empresa. O EBITDA caiu 8,5%, para 354,8 milhões de euros, devido ao inverno seco que forçou a empresa a reduzir a produção hidrelétrica e a comprar mais carvão para as centrais térmicas. O volume de negócios caiu também 2,5% para 1 406,4 milhões de euros. O resultado operacional (EBIT) da atividade energética na Espanha cresceu 4,2% para 148,5 milhões de euros, devido à saída do perímetro de consolidação das energias renováveis e à consolidação proporcional da atividade do gás. O EBIT do negócio elétrico internacional cresceu 290,3% para 50,2 milhões de euros. A dívida situa-se nos 6,182 bilhões de euros, mas a Fenosa tem como objetivo reduzi-la para 5 bilhões de euros em 2007. (Diário Econòmico - 06.05.2004)

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5 Enagás tem lucro de 39,4 mi no primeiro trimestre de 2004

O lucro da Enagás, empresa proprietária da maioria das infra-estruturas de gás espanholas, subiu 9,9% para 39,4 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano face a igual período de 2003. Segundo anunciou a Enagás, o investimento ascendeu a 83,2 milhões de euros, mais 178% entre janeiro e março do que em relação ao mesmo período de tempo do ano passado, o máximo histórico trimestral desde que a empresa anunciou o plano de investimentos para o período 2002-2006. A empresa adiantou que, nos três primeiros meses de 2004, o seu resultado operacional (EBIT) subiu 6,1% para 67,7 milhões de euros e o resultado bruto de exploração (EBITDA) subiu 6% para 102,5 milhões de euros. A dívida financeira era, no fim do primeiro trimestre, de 1,38 bilhão de euros, mais 102,8 milhões de euros do que em igual período do ano passado. (Diário Econòmico - 10.05.2004)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 BARAT, Josef. "Agências reguladoras: avanços e recursos". São Paulo: Estado de São Paulo, 06 de maio de 2004

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Pedro Bruni e Rodrigo Madeira

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