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IFE: nº 1.340 - 06 de maio de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Abar articula ações para modificar projeto de lei de agências
2 Aneel vai criar metodologia para aplicação do PIS/Cofins nas tarifas
3 MME lança site sobre Proinfa

Empresas
1 Pinguelli: Resultado do leilão da Albrás vai garantir equilíbrio do caixa da Eletrobrás
2 Pinguelli: Furnas não reproduzirá lucro de 2003
3 Itaipu comemora 20 anos
4 Itaipu: Última unidades geradoras estão sendo concluídas
5 Celesc e Eletrosul: Plano B de energia para Santa Catarina
6 Aneel propõe reajuste de 20,14% para a Celtins
7 Furnas pode instalar parque industrial de energia em Manaus
8 Cosern aprova emissão de R$ 120 mi em debêntures

9 S&P atribui rating de crédito corporativo 'brBBB+' para Celpe

Licitação
1 Cepisa
2 Chesf
3 Eletronorte

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 80,9% da capacidade
2 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 49,8%
3 Capacidade de armazenamento está em 97,5% no subsistema Nordeste

4
Volume armazenado está em 90,9% % no subsistema Norte
5
Apagão deixa 37 municípios sem energia no PA
6
Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Brasil aumenta intercâmbio energético com Argentina
2 Apresentação do planejamento estratégico da Petrobrás é adiado
3 Petrobras estuda ampliação de três usinas termelétricas
4 Petrobras: Regulamentação do novo modelo será determinante para ampliação de termoelétricas

Grandes Consumidores
1 Grupo Usiminas fechou o primeiro trimestre com lucro de 358 mi
2 Usiminas eleva exportação para o mercado norte-americano no primeiro trimestre de 2004
3 Usiminas quer reduzir endividamento bruto no ano
4 Emae vence leilão para fornecimento de energia empresa têxtil

Economia Brasileira
1 Preço externo puxa inflação interna
2 Dirceu pede juros reais de 6%

3 FMI pede calma aos mercados
4 Congresso cria comissão para apreciar o mínimo
5 Marcílio Marques Moréia diz que risco país está em nível alto
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina terá aumento de tarifas após 28 meses
2 Governo da Argentina prepara plano de médio e longo prazo para assegurar suprimento de energia
3 Associações de consumidores entram na justiça para adiar audiência pública na Argentina
4 Governo argentino quer evitar desabastecimento de consumidores residenciais
5 Envio de gás boliviano para a Argentina deve começar na próxima semana

6 EDP negocia eletricidade em bolsa de energia francesa
7 Endesa vende participação na Águas de Barcelona
8 Primeiro-ministro português quer que central hidroelétrica reforce cooperação com Espanha

Biblioteca Virtual do SEE
1 D´ARAUJO, Roberto Pereira. "Só as leis de Kirshoff". São Paulo: Canal Energia, 04 de maio de 2004.

 

Regulação e Novo Modelo

1 Abar articula ações para modificar projeto de lei de agências

A Abar (Associação Brasileira das Agências Reguladoras) articula sua atuação para conseguir modificar alguns pontos do projeto de lei 3.337/2004, que cria o novo marco regulatório das agências. A presidente Maria Augusta Feldman diz que trabalha juntamente com os deputados federais para aprimorar o documento. Ela conta que a Abar está fornecendo subsídios aos parlamentares para produção de emendas. "A função de encaminhar emendas é dos deputados, entretanto, estamos marcando nossa posição através das colaborações", afirma. Para intensificar esse relacionamento, a entidade aguarda o início dos trabalhos da comissão especial para solicitar uma audiência pública. A presidente da Abar diz que é necessário qualificações do funcionário como relacionamento com os órgãos de defesa do consumidor e com a atividade regulatória. Outra modificação sugerida é a troca da redação do texto do projeto de lei colocando a descentralização da fiscalização como obrigação. (Canal Energia - 05.05.2004)

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2 Aneel vai criar metodologia para aplicação do PIS/Cofins nas tarifas

A Aneel vai estabelecer até o final de maio a metodologia de cálculo para reconhecimento da incidência do PIS e da Cofins nas tarifas de energia elétrica. A medida visa a uniformizar a nova aplicação dos dois tributos, em vigor desde dezembro de 2002 (no caso do PIS) e fevereiro de 2004 (da Cofins). Com a regulamentação, os cálculos mensais efetuados pelas concessionárias serão validados pela agência e apurados nos reajustes e revisões anuais das tarifas. Além da elevação das alíquotas do PIS de 0,65% para 1,65%, e da Cofins de 3% para 7,6%, as regras recentes introduziram mudanças significativas, como a que determina deduções de despesas na base de cálculo das receitas auferidas pelo setor. Entre os itens de redução estão custos com a compra de energia, empréstimos e financiamentos. (Canal Energia - 05.05.2004)

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3 MME lança site sobre Proinfa

O MME lançou site sobre o Proinfa. A página traz informações sobre o programa de incentivo do governo federal, como a linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, tecnologias, mapa de fontes por estados, modelos de contratos de compra e venda de energia, entre outras. Mais informações, no endereço www.mme.gov.br/proinfa. (Canal Energia - 05.05.2004)

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Empresas

1 Pinguelli: Resultado do leilão da Albrás vai garantir equilíbrio do caixa da Eletrobrás

A vitória da Eletronorte no leilão de compra de energia promovido pela Albrás contribuirá para equilibrar o caixa da holding Eletrobrás este ano. Segundo o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, os R$ 1,2 bilhão a serem adiantados pela Albrás este ano - a título de pré-compra - compensarão uma perda de R$ 1 bilhão em contratos da subsidiária Furnas. "A descontratação de parte da energia de Furnas já estava prevista numa lei anterior, que tratava das privatizações no setor elétrico, mas foi mantida no novo modelo para o setor aprovado pelo Congresso Nacional", explicou Pinguelli, acrescentando que a vitória da Eletronorte no leilão foi importante para o caixa da Eletrobrás. "Sem o contrato com a Albrás, 2004 seria um ano crítico para a Eletrobrás", resumiu. Pinguelli também considerou importante o fato de a Eletronorte receber um bônus toda vez que a cotação internacional do alumínio ultrapassar o patamar de US$ 1.450 a tonelada. (Valor - 06.05.2004)

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2 Pinguelli: Furnas não reproduzirá lucro de 2003

No ano passado, Furnas apresentou lucro recorde de R$ 1,1 bilhão. "Este ano, esse lucro não se reproduzirá de maneira nenhuma", afirmou Pinguelli. "Furnas vai colocar sua energia no sistema mas não receberá nada por isso, já que há um contrato para a compra de energia de usinas termelétricas, com um preço três vezes maior", disse Pinguelli. (Valor - 06.05.2004)

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3 Itaipu comemora 20 anos

A Usina Hidrelétrica de Itaipu está completando hoje 20 anos de produção de energia para o Brasil e para o Paraguai. A primeira turbina foi ligada às 12h40 do dia 5 maio de 1984. Em 20 anos, a produção total da binacional superou 1,243 bilhão de MWh. Outro aniversário da empresa é comemorado no dia 17 de maio, quando da constituição da empresa, em 1974. (Jornal do Brasil - 05.05.2004)

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4 Itaipu: Última unidades geradoras estão sendo concluídas

Segundo o diretor brasileiro da Usina Hidrelétrica de Itaipu, Jorge Samek, atualmente estão sendo concluídas as duas últimas unidades geradoras, que entrarão em operação no ano que vem. Com isso, Itaipu encerra seu ciclo de produção de energia com 20 unidades geradoras - passando de 12.600 MW para uma potência 14.000 MW instalados. Segundo Samek, em relação a isso, não há mais como expandir. É exatamente a vazão possível do rio Paraná. Em 2003, a usina produziu 89 milhões de MWh, o suficiente para atender, sozinha, 24,4% do consumo brasileiro e 92% do consumo paraguaio. (Jornal do Brasil - 05.05.2004)

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5 Celesc e Eletrosul: Plano B de energia para Santa Catarina

Ao mesmo tempo em que realiza investimentos mais urgentes e busca recursos para projetos que devem sair da gaveta rápido, a Celesc, junto com a Eletrosul, trabalha para antecipar o cronograma do Plano B de fornecimento de energia à Ilha de SC. O Plano visa atender crescimento da demanda futura e também oferecer garantia no caso da interrupção de fornecimento das linhas pelas pontes. Só a parte da Celesc requer investimento da ordem de R$ 70 milhões. O diretor técnico da Celesc, Eduardo Sitonio, diz que as medidas são em conjunto com a Aneel e o objetivo é licitar as obras do Plano B o mais rápido possível. Segundo ele, a intenção é encerrar a obra em 2006 ou 2007 enquanto o projeto anterior ao "apagão" seria de concluí-la por volta de 2008. Sitonio explica que a meta é que a Eletrosul faça a subestação de 500 kV no continente e a ligação submarina em 230 kV. Já a Celesc faria a linha de transmissão e uma subestação na Ilha. (Diário Catarinense - 06.05.2004)

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6 Aneel propõe reajuste de 20,14% para a Celtins

A Aneel sugeriu índice de 20,14% para a Revisão Tarifária Periódica da Celtins (TO). Se confirmado o valor proposto, a distribuidora poderá aumentar suas tarifas em até 10,81%. Os outros 9,33 pontos percentuais a que terá direito devem ser aplicados em três parcelas anuais, de 2005 a 2007.. A Aneel também divulgou o índice preliminar de 2,9% para o Fator X da distribuidora. Os valores estão em consulta pública até o próximo dia 25 e passarão por audiência pública no dia 28 de maio. A Celtins atende cerca de 283 mil unidades consumidoras em 139 municípios do Tocantins. (Gazeta Mercantil - 06.05.2004)

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7 Furnas pode instalar parque industrial de energia em Manaus

A cidade de Manaus é forte candidata para sediar um parque industrial de fornecedores de equipamentos energéticos que deverá ser implementado a partir da instalação de uma usina hidrelétrica no rio Madeira. O projeto é da Furnas Hidrelétricas em parceria com a Construtora Norberto Odebrecht, cujo estudo deve ser concluído ainda no segundo semestre deste ano. Caso o projeto de Furnas seja acatado pela Aneel as obras iniciam no começo de 2006, com projeção de criar na região entre 50 mil e 60 mil postos de trabalho entre diretos e indiretos. (Jornal do Commercio AM - 06.05.2004)

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8 Cosern aprova emissão de R$ 120 mi em debêntures

A Cosern aprovou nesta quarta-feira, dia 5 de maio, durante assembléia geral extraordinária, a segunda emissão de debêntures não conversíveis em ações. A operação envolve a emissão de 1,2 mil debêntures, em série única nominativas-escriturais. O valor total da emissão é de R$ 120 milhões, a ser feita no dia 1º de junho. A distribuição será pública, em mercado de balcão organizado, não havendo lotes máximos ou mínimos e nem reservas antecipadas. O prazo da emissão vence no dia 1º de junho de 2008. (Canal Energia - 05.05.2004)

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9 S&P atribui rating de crédito corporativo 'brBBB+' para Celpe

A Standard & Poor's atribiu nesta quarta-feira, dia 05, em Escala Nacional Brasil o rating de crédito corporativo 'brBBB+' para a Celpe (PE). A classificadora de risco também atribuiu o rating 'brBBB+' para a emissão de US$ 45 milhões em debêntures não conversíveis em ações e prazo de oito anos pela distribuidora. Entre os fatores que contribuíram para a sustentação dos ratings, está o reescalonamento da dívida, com a renegociação de 90% dos vencimentos, eliminando o risco de refinanciamento em 2004. A expectativa de rating corporativo é estável. (Canal Energia - 05.05.2004)

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Licitação

1 Cepisa

A Cepisa licita serviços de extensão de rede elétrica, trifásica, na tensão 13,8 kV, e instalação de dois transformadores e 323 medidores de energia no município de Urucuí, no Piauí. O prazo para realização das propostas termina em 19 de maio. O preço do edital é de R$ 20. (Canal Energia - 05.05.2004)

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2 Chesf

A Chesf abre licitação para aquisição de sistema integrado de proteção digital do gerador da usina de Sobradinho. O preço do edital é de R$ 15 em papel, ou R$ 5,00, em CD. O prazo vai até o dia 2 de junho. (Canal Energia - 05.05.2004)

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3 Eletronorte

A Eletronorte abre processo para fornecimento de cubículo blindado de 15 kV para a subestação Santa Maria, no estado do Pará. O prazo encerra no próximo dia 7 e o preço do edital é de R$ 50. (Canal Energia - 05.05.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 80,9% da capacidade

O nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 80,9%. O volume fica 36,6% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento teve uma redução de 0,04% em um dia. As usinas de Itumbiara e Miranda registram volume de 98% e 66%, respectivamente. (Canal Energia - 05.05.2004)

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2 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 49,8%

O volume armazenado está em 49,8% no subsistema Sul, um aumento de 0,3% em comparação com o dia 3 de maio. O nível da usina de G. B. Munhoz chega a 51,3%. (Canal Energia - 05.05.2004)

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3 Capacidade de armazenamento está em 97,5% no subsistema Nordeste

Os reservatórios do subsistema Nordeste registram 97,5% da capacidade, volume 60,7% acima da curva de aversão ao risco 2003/20004. O nível de armazenamento teve um acréscimo de 0,02% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho continua com 100% da capacidade. (Canal Energia - 05.05.2004)

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4 Volume armazenado está em 90,9% % no subsistema Norte

A capacidade de armazenamento está em 90,9% no subsistema Norte, uma redução de 0,1% em comparação com o dia 3 de maio. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta volume de 99,7%. (Canal Energia - 05.05.2004)

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5 Apagão deixa 37 municípios sem energia no PA

Um apagão deixou, na noite de terça-feira, as ruas da Região de Marabá (PA) totalmente na escuridão. A Assessoria de Imprensa da Rede Celpa informou que o desligamento de energia elétrica, ocorrido na região sul e sudeste do Pará, se deu por problemas técnicos na subestação Marabá, da Eletronorte, provocando a falta de energia em 37 municípios dessas regiões do Pará. Cerca de 186,8 mil consumidores foram atingidos e a Eletronorte só restabeleceu o sistema às 20h03. (O Liberal - 06.05.04)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Brasil aumenta intercâmbio energético com Argentina

No sábado (01/05), foi retomada a importação brasileira de gás natural, cujo fornecimento havia sido suspenso pelo governo argentino na semana passada. E a exportação de energia para o país vizinho, que era de 300 MW em abril, foi elevada para 500 MW desde o dia 1º de maio. Os 300 MW anteriormente enviados à Argentina estavam sendo revendidos ao Uruguai, já que o governo argentino precisava cumprir contratos. O Brasil também exporta 70 MW ao Uruguai por meio da interconexão de Rivera, na fronteira entre os dois países. Quanto à importação de gás argentino, desde sábado, a usina de Uruguaiana passou a receber diariamente 1,1 milhão de metros cúbicos, metade do que prevê o contrato. (Valor - 06.05.2004)

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2 Apresentação do planejamento estratégico da Petrobrás é adiado

A reunião de conselho administrativo da Petrobrás para apresentação do planejamento estratégico da companhia para 2004 a 2010 foi cancelada porque Dilma e três diretores da estatal estão participando de evento do setor em Houston, nos Estados Unidos. Segundo a assessoria de imprensa, a reunião do conselho deve acontecer na próxima semana, mas ainda não há data confirmada. (O Estado de São Paulo - 06.05.2004)

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3 Petrobras estuda ampliação de três usinas termelétricas

A Petrobras pode ampliar a capacidade de geração de três usinas termelétricas: Ibiritermo (MG), Canoas (RS) e Três Lagoas (MS). A retomada dos investimentos nas usinas está sendo discutida no processo de revisão do planejamento estratégico da estatal para o período 2003-2007. A escolha das três usinas para receber investimentos em aumento da capacidade de geração foi feita porque estas unidades têm um custo de expansão mais barato do que outras termelétricas da Petrobras. "No projeto original, estas térmicas já foram projetadas para gerarem mais energia, o que reduz o volume de investimentos necessário", explicou o gerente executivo de energia da Petrobras, Rafael Mauro Comino. Pelas estimativas de mercado, a Petrobras teria de investir US$ 360 milhões para ampliar em 560 MW a capacidade das três usinas. Rafael Comino não revelou a previsão de investimento feita pela Petrobras nas unidades. Em defesa do projeto, o executivo diz que o problema do setor elétrico hoje não é encontrar comprador para a energia das térmicas, mas sim conseguir um preço satisfatório. (Gazeta Mercantil - 06.05.2004)

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4 Petrobras: Regulamentação do novo modelo será determinante para ampliação de termoelétricas

Além de uma redefinição interna nos planos da companhia para as termelétricas, outro fator que será determinante na ampliação das usinas é a regulamentação das novas regras do setor, atualmente em discussão no MME. Rafael Comino defende os investimentos afirmando que são estratégicos e visam atender a um mercado futuro, já dentro das novas regras do setor elétrico. "A definição final dos investimentos nas térmicas passa também pela regulamentação do novo modelo, em elaboração pelo ministério", disse Comino. "Isso é fundamental porque precisamos saber com quem vamos concorrer, com projetos hídricos ou apenas térmicos, nos leilões de energia nova ou de expansão da capacidade". Também é importante, segundo ele, saber quais as garantias. O executivo está otimista. "Como a regulamentação será feita por decreto pelo ministério, o processo deve ser rápido, o que ajudará a Petrobras a definir os investimentos". (Gazeta Mercantil - 06.05.2004)

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Grandes Consumidores

1 Grupo Usiminas fechou o primeiro trimestre com lucro de 358 mi

O Grupo Usiminas - que inclui a companhia siderúrgica Usiminas e sua subsidiária, Cosipa -fechou o primeiro trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 358 milhões. O resultado é praticamente estável em relação ao do mesmo período do ano passado: R$ 356 milhões. A razão principal para o resultado apresentado foi o forte aumento nas encomendas por aços laminados planos pelos setores ligados ao agronegócio e à exportação. A receita líquida cresceu 12%, somando R$ 2,4 bilhões (R$ 1,3 bilhão na Usiminas). R$ 1,78 bilhão do faturamento veio do mercado interno e R$ 187 milhões do mercado externo. O Ebitda atingiu R$ 921 milhões, ou seja, 4% a mais que nos primeiros três meses de 2003. De acordo o presidente, Rinaldo Campos Soares, o lucro estável é resultado da variação cambial no período. A forte venda para a China e o aumento da demanda americana fez a exportação crescer 15%, atingindo 531 toneladas. A produção de aço bruto cresceu 7% e bateu 2,2 milhões de toneladas. A estimativa é de que atinja 9 milhões até dezembro. O grupo reduziu seu endividamento em 21%: de R$ 8 milhões para R$ 6,3 milhões. (O Globo - 06.05.2004)

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2 Usiminas eleva exportação para o mercado norte-americano no primeiro trimestre de 2004

O mercado norte-americano começa outra vez a ganhar força nas exportações do grupo Usiminas. De janeiro a março, os embarques para a região do Nafta representaram 20% do total destinado ao exterior. No primeiro trimestre de 2003, a região respondeu por 13% - 10% dos Estados Unidos e 3% do México, informou Rinaldo Campos Soares, presidente da Usiminas. De acordo com o executivo, os EUA responderam por 17% das 531 mil toneladas vendidas no exterior até o fim de março, que representaram 18% do volume total comercializado por Usiminas e Cosipa nos mercados interno e externo. "A suspensão das salvaguardas para aços laminado a frio e galvanizado abriu espaço para ampliarmos as vendas nos EUA", afirmou. Historicamente, a Usiminas embarcava para o mercado americano entre 28% e 30% de suas exportações. Com as restrições, esses percentuais caíram para 10%. As exportações, disse o executivo, estão bem diversificadas. Além do Nafta, a América Latina também cresceu - de 13% no primeiro trimestre de 2003 para 22% entre janeiro e março deste ano. "São quase 50% fora da região da Ásia, que ficou com 54% - China, 35%; outros países, 19%. No ano passado, os dois blocos somavam 66%", afirmou Soares. (Valor - 06.05.2004)

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3 Usiminas quer reduzir endividamento bruto no ano

O grupo Usiminas continua firme na meta de baixar US$ 300 milhões de seu endividamento bruto no ano. Em 2003, conseguiu US$ 340 milhões. No endividamento líquido, reduziu US$ 160 milhões no trimestre por conta de duas captações: uma de US$ 135 milhões e outra de US$ 175 milhões, que estão no caixa para quitar vencimentos de curto prazo. (Valor - 06.05.2004)

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4 Emae vence leilão para fornecimento de energia empresa têxtil

A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) conquistou o lote 2 de fornecimento de energia para a têxtil Paramount, que realizou mês passado leilão para a compra de energia, juntamente com as empresas Copebrás e Santher. Os nomes das geradoras que conquistaram os outros lotes comercializados já haviam sido divulgados: Furnas foi a principal vencedora do leilão, conseguindo quatro de cinco lotes ofertados, sendo um da Copebrás e três da Santher. O outro lote de compra da Santher foi vencido pela Copel Geração. Devido à grande competição, os preços sofreram redução de até 26% entre a primeira e segunda etapa, o que, segundo os sócios, possibilitará uma economia no custo da energia de entre 15% e 25% em relação à tarifa cativa. (Gazeta Mercantil - 06.05.2004)

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Economia Brasileira

1 Preço externo puxa inflação interna

O consumidor brasileiro começa a sentir mais fortemente no bolso a pressão da alta nos preços dos produtos que o país exporta. Apesar da taxa elevada de desemprego e da queda na renda, os produtos industrializados mantêm trajetória de alta. O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), Paulo Picchetti, fez um estudo em que compara a evolução dos preços dos produtos industrializados e a utilização da capacidade instalada desde 2000. Toda vez que o uso da capacidade instalada sobe, os preços vão junto. Mesmo sem demanda interna, as indústrias com um pé no mercado externo repassam a alta para o consumidor interno. Dados divulgados ontem pela Fipe mostraram elevação de 0,58% nos preços dos produtos industrializados - a maior taxa desde junho de 2003. Essa alta foi um dos motivos da puxada da inflação para 0,29% em abril na cidade de São Paulo, acima do 0,20% previsto pela Fipe. (Folha de São Paulo - 06.05.2004)

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2 Dirceu pede juros reais de 6%

O ministro da Casa Civil fez ontem o mais forte discurso político desde a crise do Caso Waldomiro Diniz. Dirceu criticou o sistema financeiro, pediu a redução da taxa de juros e admitiu a insatisfação do Governo com a atual situação do País. Ao encerrar um seminário promovido pelo Partido Progressista (PP), que faz parte da base de sustentação do Governo no Congresso, Dirceu afirmou que a dívida interna inviabiliza os investimentos produtivos no País. Segundo ele, quando o Governo discute com bancos e investidores o retorno de possíveis investimentos em infra-estrutura, é natural um contraponto com o retorno obtido pelos títulos públicos. "Esse cálculo independe da ideologia das instituições", disse Dirceu, ponderando que os bancos têm de responder aos acionistas e os fundos, a seus cotistas. O ministro disse que o País precisa reduzir de maneira "lenta, gradual e segura" a taxa de juros reais para 6% ao ano. Só assim, segundo ele, o Governo teria capacidade de investir em setores em que a iniciativa privada só investe faz após a presença do Estado. (Jornal do Comércio - 06.05.2004)

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3 FMI pede calma aos mercados

Mais uma vez, Gerson voltou a pedir calma aos agentes do mercado financeiro em relação ao Brasil. "Acho que os fundamentos do Brasil são bons e que devemos manter a calma. Os mercados devem fazer o mesmo", afirmou. Os técnicos da missão do Fundo foram ouvir ontem, no Ministério da Trabalho, as propostas do Governo para as reformas sindical e trabalhista. Ele também avaliou que o avanço nas reformas microeconômicas é fundamental para o crescimento da economia brasileira não só em 2004, mas também para os próximos anos. Os técnicos também tiveram reuniões nos ministérios da Previdência, Planejamento e Fazenda. (Jornal do Comércio - 06.05.2004)

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4 Congresso cria comissão para apreciar o mínimo

A oposição e aliados descontentes conseguiram ontem instalar uma Comissão Especial para analisar a Medida Provisória 182, de 2004, que elevou o piso de R$ 240 para R$ 260. Numa manobra inesperada, PFL e PSDB reuniram 18 parlamentares e instalaram a comissão para tentar ampliar o reajuste do governo. A reação governista foi imediata: o deputado Ricardo Zarattini (PT-SP) questionou a legalidade da manobra e agora o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), definirá o futuro da comissão. Além de parlamentares do PMDB, PPS, PV e PSB, dois petistas integram a comissão mista: o senador Paulo Paim (RS), que ficou como vice-presidente e o deputado Ivan Valente (SP). Nenhum dos dois esconde a irritação pelo fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter aplicado apenas 1,22% de aumento real ao piso salarial. (Gazeta Mercantil - 06.05.2004)

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5 Marcílio Marques Moréia diz que risco país está em nível alto

O risco-Brasil não deve iniciar uma escalada, mas no nível que está já é muito ruim para o País, na avaliação do ex-ministro da Economia e presidente da Associação Comercial e Industrial do Rio de Janeiro (ACRJ), Marcílio Marques Moreira. "O risco não está numa escalada, mas se ficarmos num patamar entre 700 e 800 pontos-base, que é muito alto, nosso acesso aos mercados internacionais, tanto público quanto privado, ficará muito custoso" disse. Para o ex-ministro, em termos de risco, o fator que pode deflagrar uma crise interna está no cenário internacional. Segundo ele, um dos riscos seria um aumento muito rápido das taxas de juros nos Estados Unidos, que parece descartado, como sinalizou na terça-feira o comunicado do Federal Reserve. (Jornal do Comércio - 06.05.2004)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial acelerou o ritmo de alta e às 11h46m atingiu a máxima de R$ 2,997 na compra e R$ 3,001 na venda, com valorização de 1,55%. Ontem, continuou a trajetória de queda no mercado cambial. Sem novidades negativas no noticiário, investidores mantiveram firme posição vendedora pelo segundo dia consecutivo. Apesar desse ânimo, agentes dão sinais fortes de que o piso do dólar deve ficar em R$ 2,95 no curto prazo. Desse modo, a moeda cedeu 0,50% e terminou os negócios a R$ 2,9530 na compra e a R$ 2,9550 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 06.05.2004)

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Internacional

1 Argentina terá aumento de tarifas após 28 meses

Depois de 28 meses de congelamento, uma audiência pública deve aprovar hoje o primeiro aumento de tarifas na Argentina desde a desvalorização do peso, em janeiro de 2002. A audiência analisará proposta oficial para incrementar os preços cobrados de grandes consumidores por gás e eletricidade. No caso do gás, o aumento do preço pago aos produtores foi definido mês passado entre governo e empresas petrolíferas. Ficou acertado que o do milhão de BTU (unidade padrão que mede a capacidade do gás de gerar calor) passará gradualmente de cerca de US$ 0,50 para US$ 1 em julho. Mesmo com o aumento, o valor é inferior à cotação internacional, de cerca de US$ 1,40 por milhão de BTU. O pacto foi fechado depois da emissão em fevereiro de dois decretos determinando a "normalização" das tarifas industriais de gás e eletricidade. Espera-se que, com a aprovação do incremento das tarifas de gás, um acordo similar seja fechado com as geradoras elétricas, já que cerca de 50% da eletricidade do país é obtida com a queima de gás. Por enquanto, o aumento incidirá apenas sobre grandes consumidores. (Valor - 06.05.2004)

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2 Governo da Argentina prepara plano de médio e longo prazo para assegurar suprimento de energia

As autoridades argentinas devem tornar público na terça-feira (11/05) um plano com medidas de médio e longo prazo para tentar assegurar o suprimento de energia nos próximos anos. O plano é uma reação às críticas de que o governo não foi capaz de prever a escassez de energia, resistiu em admitir a existência de problemas e tardou em adotar medidas. Entre os anúncios esperados está a criação de uma empresa petrolífera controlada pelo Estado e de investimentos para ampliar a produção e o transporte de gás e eletricidade. (Valor - 06.05.2004)

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3 Associações de consumidores entram na justiça para adiar audiência pública na Argentina

Associações de consumidores na Argentina entraram anteontem com pedidos na Justiça para tentar impedir a realização da audiência pública, que tem de acontecer para que o aumento entre em vigor a partir do dia 10. Os grupos já conseguiram barrar tentativas de aumentar tarifas em novembro de 2002 e fevereiro de 2003, mas dificilmente terão êxito desta vez. O governo emitiu um decreto que autoriza incrementos tarifários de caráter emergencial antes da conclusão do processo de renegociação dos contratos com as prestadoras de serviços públicos, previsto para terminar em dezembro deste ano. O fator mais importante, entretanto, é a crise energética. (Valor - 06.05.2004)

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4 Governo argentino quer evitar desabastecimento de consumidores residenciais

A principal preocupação do governo é garantir que o abastecimento de gás e eletricidade aos consumidores residenciais não seja afetado, e na terça-feira foi publicado mais um decreto para limitar a possibilidade de empresas contratarem os chamados serviços "não interrompíveis" de gás e eletricidade, mesmo pagando uma tarifa mais elevada. As autoridades querem poder lançar mão de cortes a empresas - que já estão ocorrendo - para garantir o abastecimento aos usuários residenciais caso a situação se agrave mais com a chegada do inverno. (Valor - 06.05.2004)

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5 Envio de gás boliviano para a Argentina deve começar na próxima semana

A Repsol YPF e a Petrobras na Bolívia lutam para conseguir o contrato para exportar gás natural à Argentina, segundo informou o presidente da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Jaime Barrenechea. As negociações entre a YPFB e as companhias estão adiantadas e poderiam ser concluídas na próxima semana, fazendo com que o envio de gás pudesse ser iniciado antes do dia 15 deste mês, explicou o executivo. Segundo Barrenechea, as companhias Repsol YPF, através de sua filial Andina, e a Petrobras Bolívia tiveram as respectivas permissões da Superintendência de Hidrocarbonetos e serão os potenciais fornecedores do mercado argentino. Ele acrescentou que ainda precisam ser concluídos os trabalhos de reabilitação do gasoduto que vai do sul da Bolívia até a fronteira da Argentina, com o qual será possível cumprir o acordo. (Gazeta Mercantil - 06.05.2004)

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6 EDP negocia eletricidade em bolsa de energia francesa

A EDP - Gestão da Produção de Energia começou a negociar contratos de aquisição de eletricidade na Powernext, informou a bolsa de energia francesa em comunicado. "A EDP - Gestão da Produção de Energia começa a negociar na Powernext a 5 de Maio para os contratos de entrega no dia posterior", lê-se no comunicado. Com a adesão da EDP, a Powernext passa a contar com 39 membros ativos.A Powernext, com um capital de 10 milhões de euros, é uma bolsa onde as empresas de energia européias podem negociar contratos de eletricidade. A EDP irá negociar contratos futuros de um dia, isto é, pode comprar eletricidade para o dia seguinte. A Powernext é detida pela Euronext Paris (34%), pela holding de gestores de redes européias HGRT (17%) e por um conjunto de empresas ligadas ao sector eléctrico e aos mercados financeiros, entre os quais a Atel, Electrabel, EDF, Endesa,Total, BNP Paribas e Societé Générale (49%). (Diário Econòmico - 05.05.2004)

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7 Endesa vende participação na Águas de Barcelona

A Endesa chegou a acordo com investidores institucionais para vender a totalidade da sua participação de 11,64% no capital da Águas de Barcelona (Agbar) por 238 milhões de euros. Segundo comunicado enviado à Comissão Nacional de Mercado de Valores pela Endesa, esta operação permitirá à maior elétrica DA Espanha um faturamento, antes de impostos, de 102 milhões de euros. A venda vai concretizar-se durante o dia de hoje, com a intermediação da Invercaixa. Com esta venda, no âmbito da sua política de venda de ativos não estratégicos, a Endesa deixa de ter qualquer participação, direta ou indireta, na empresa catalã. (Diário Econòmico - 06.05.2004)

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8 Primeiro-ministro português quer que central hidroelétrica reforce cooperação com Espanha

O primeiro-ministro português, Durão Barroso, inaugurou esta quarta-feira a central hidroelétrica do Alqueva, a terceira mais potente do país. O líder do Executivo entende o equipamento numa lógica de "complementaridade das redes elétricas de Portugal e Espanha", ao mesmo tempo que "reforça a economia portuguesa e melhora o abastecimento elétrico" do país. (Jornal Digital - 05.05.2004)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 D´ARAUJO, Roberto Pereira. "Só as leis de Kirshoff". São Paulo: Canal Energia, 04 de maio de 2004.

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Bruno Schröder

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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