l IFE:
nº 1.340 - 06 de maio de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 Abar articula ações para modificar projeto de lei de agências A Abar (Associação
Brasileira das Agências Reguladoras) articula sua atuação para conseguir
modificar alguns pontos do projeto de lei 3.337/2004, que cria o novo
marco regulatório das agências. A presidente Maria Augusta Feldman diz
que trabalha juntamente com os deputados federais para aprimorar o documento.
Ela conta que a Abar está fornecendo subsídios aos parlamentares para
produção de emendas. "A função de encaminhar emendas é dos deputados,
entretanto, estamos marcando nossa posição através das colaborações",
afirma. Para intensificar esse relacionamento, a entidade aguarda o início
dos trabalhos da comissão especial para solicitar uma audiência pública.
A presidente da Abar diz que é necessário qualificações do funcionário
como relacionamento com os órgãos de defesa do consumidor e com a atividade
regulatória. Outra modificação sugerida é a troca da redação do texto
do projeto de lei colocando a descentralização da fiscalização como obrigação.
(Canal Energia - 05.05.2004) 2 Aneel vai criar metodologia para aplicação do PIS/Cofins nas tarifas A Aneel
vai estabelecer até o final de maio a metodologia de cálculo para reconhecimento
da incidência do PIS e da Cofins nas tarifas de energia elétrica. A medida
visa a uniformizar a nova aplicação dos dois tributos, em vigor desde
dezembro de 2002 (no caso do PIS) e fevereiro de 2004 (da Cofins). Com
a regulamentação, os cálculos mensais efetuados pelas concessionárias
serão validados pela agência e apurados nos reajustes e revisões anuais
das tarifas. Além da elevação das alíquotas do PIS de 0,65% para 1,65%,
e da Cofins de 3% para 7,6%, as regras recentes introduziram mudanças
significativas, como a que determina deduções de despesas na base de cálculo
das receitas auferidas pelo setor. Entre os itens de redução estão custos
com a compra de energia, empréstimos e financiamentos. (Canal Energia
- 05.05.2004) 3 MME lança site sobre Proinfa O MME lançou
site sobre o Proinfa. A página traz informações sobre o programa de incentivo
do governo federal, como a linha de financiamento do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, tecnologias, mapa de fontes por estados,
modelos de contratos de compra e venda de energia, entre outras. Mais
informações, no endereço www.mme.gov.br/proinfa. (Canal Energia - 05.05.2004)
Empresas 1 Pinguelli: Resultado do leilão da Albrás vai garantir equilíbrio do caixa da Eletrobrás A vitória
da Eletronorte no leilão de compra de energia promovido pela Albrás contribuirá
para equilibrar o caixa da holding Eletrobrás este ano. Segundo o presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, os R$ 1,2 bilhão a serem adiantados
pela Albrás este ano - a título de pré-compra - compensarão uma perda
de R$ 1 bilhão em contratos da subsidiária Furnas. "A descontratação de
parte da energia de Furnas já estava prevista numa lei anterior, que tratava
das privatizações no setor elétrico, mas foi mantida no novo modelo para
o setor aprovado pelo Congresso Nacional", explicou Pinguelli, acrescentando
que a vitória da Eletronorte no leilão foi importante para o caixa da
Eletrobrás. "Sem o contrato com a Albrás, 2004 seria um ano crítico para
a Eletrobrás", resumiu. Pinguelli também considerou importante o fato
de a Eletronorte receber um bônus toda vez que a cotação internacional
do alumínio ultrapassar o patamar de US$ 1.450 a tonelada. (Valor - 06.05.2004)
2 Pinguelli: Furnas não reproduzirá lucro de 2003 No ano passado, Furnas apresentou lucro recorde de R$ 1,1 bilhão. "Este ano, esse lucro não se reproduzirá de maneira nenhuma", afirmou Pinguelli. "Furnas vai colocar sua energia no sistema mas não receberá nada por isso, já que há um contrato para a compra de energia de usinas termelétricas, com um preço três vezes maior", disse Pinguelli. (Valor - 06.05.2004) A Usina
Hidrelétrica de Itaipu está completando hoje 20 anos de produção de energia
para o Brasil e para o Paraguai. A primeira turbina foi ligada às 12h40
do dia 5 maio de 1984. Em 20 anos, a produção total da binacional superou
1,243 bilhão de MWh. Outro aniversário da empresa é comemorado no dia
17 de maio, quando da constituição da empresa, em 1974. (Jornal do Brasil
- 05.05.2004) 4
Itaipu: Última unidades geradoras estão sendo concluídas 5 Celesc e Eletrosul: Plano B de energia para Santa Catarina Ao mesmo
tempo em que realiza investimentos mais urgentes e busca recursos para
projetos que devem sair da gaveta rápido, a Celesc, junto com a Eletrosul,
trabalha para antecipar o cronograma do Plano B de fornecimento de energia
à Ilha de SC. O Plano visa atender crescimento da demanda futura e também
oferecer garantia no caso da interrupção de fornecimento das linhas pelas
pontes. Só a parte da Celesc requer investimento da ordem de R$ 70 milhões.
O diretor técnico da Celesc, Eduardo Sitonio, diz que as medidas são em
conjunto com a Aneel e o objetivo é licitar as obras do Plano B o mais
rápido possível. Segundo ele, a intenção é encerrar a obra em 2006 ou
2007 enquanto o projeto anterior ao "apagão" seria de concluí-la por volta
de 2008. Sitonio explica que a meta é que a Eletrosul faça a subestação
de 500 kV no continente e a ligação submarina em 230 kV. Já a Celesc faria
a linha de transmissão e uma subestação na Ilha. (Diário Catarinense -
06.05.2004) 6 Aneel propõe reajuste de 20,14% para a Celtins A Aneel
sugeriu índice de 20,14% para a Revisão Tarifária Periódica da Celtins
(TO). Se confirmado o valor proposto, a distribuidora poderá aumentar
suas tarifas em até 10,81%. Os outros 9,33 pontos percentuais a que terá
direito devem ser aplicados em três parcelas anuais, de 2005 a 2007..
A Aneel também divulgou o índice preliminar de 2,9% para o Fator X da
distribuidora. Os valores estão em consulta pública até o próximo dia
25 e passarão por audiência pública no dia 28 de maio. A Celtins atende
cerca de 283 mil unidades consumidoras em 139 municípios do Tocantins.
(Gazeta Mercantil - 06.05.2004) 7 Furnas pode instalar parque industrial de energia em Manaus A cidade
de Manaus é forte candidata para sediar um parque industrial de fornecedores
de equipamentos energéticos que deverá ser implementado a partir da instalação
de uma usina hidrelétrica no rio Madeira. O projeto é da Furnas Hidrelétricas
em parceria com a Construtora Norberto Odebrecht, cujo estudo deve ser
concluído ainda no segundo semestre deste ano. Caso o projeto de Furnas
seja acatado pela Aneel as obras iniciam no começo de 2006, com projeção
de criar na região entre 50 mil e 60 mil postos de trabalho entre diretos
e indiretos. (Jornal do Commercio AM - 06.05.2004) 8 Cosern aprova emissão de R$ 120 mi em debêntures A Cosern aprovou nesta quarta-feira, dia 5 de maio, durante assembléia geral extraordinária, a segunda emissão de debêntures não conversíveis em ações. A operação envolve a emissão de 1,2 mil debêntures, em série única nominativas-escriturais. O valor total da emissão é de R$ 120 milhões, a ser feita no dia 1º de junho. A distribuição será pública, em mercado de balcão organizado, não havendo lotes máximos ou mínimos e nem reservas antecipadas. O prazo da emissão vence no dia 1º de junho de 2008. (Canal Energia - 05.05.2004) 9 S&P atribui rating de crédito corporativo 'brBBB+' para Celpe A Standard & Poor's atribiu nesta quarta-feira, dia 05, em Escala Nacional Brasil o rating de crédito corporativo 'brBBB+' para a Celpe (PE). A classificadora de risco também atribuiu o rating 'brBBB+' para a emissão de US$ 45 milhões em debêntures não conversíveis em ações e prazo de oito anos pela distribuidora. Entre os fatores que contribuíram para a sustentação dos ratings, está o reescalonamento da dívida, com a renegociação de 90% dos vencimentos, eliminando o risco de refinanciamento em 2004. A expectativa de rating corporativo é estável. (Canal Energia - 05.05.2004)
Licitação A Cepisa
licita serviços de extensão de rede elétrica, trifásica, na tensão 13,8
kV, e instalação de dois transformadores e 323 medidores de energia no
município de Urucuí, no Piauí. O prazo para realização das propostas termina
em 19 de maio. O preço do edital é de R$ 20. (Canal Energia - 05.05.2004)
A Chesf abre licitação para aquisição de sistema integrado de proteção digital do gerador da usina de Sobradinho. O preço do edital é de R$ 15 em papel, ou R$ 5,00, em CD. O prazo vai até o dia 2 de junho. (Canal Energia - 05.05.2004) A Eletronorte
abre processo para fornecimento de cubículo blindado de 15 kV para a subestação
Santa Maria, no estado do Pará. O prazo encerra no próximo dia 7 e o preço
do edital é de R$ 50. (Canal Energia - 05.05.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 80,9% da capacidade O nível
de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 80,9%. O volume
fica 36,6% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento
teve uma redução de 0,04% em um dia. As usinas de Itumbiara e Miranda
registram volume de 98% e 66%, respectivamente. (Canal Energia - 05.05.2004)
2 Nível de armazenamento do subsistema Sul chega a 49,8% O volume armazenado está em 49,8% no subsistema Sul, um aumento de 0,3% em comparação com o dia 3 de maio. O nível da usina de G. B. Munhoz chega a 51,3%. (Canal Energia - 05.05.2004) 3 Capacidade de armazenamento está em 97,5% no subsistema Nordeste Os reservatórios
do subsistema Nordeste registram 97,5% da capacidade, volume 60,7% acima
da curva de aversão ao risco 2003/20004. O nível de armazenamento teve
um acréscimo de 0,02% em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho
continua com 100% da capacidade. (Canal Energia - 05.05.2004) 4 Volume armazenado está em 90,9% % no subsistema Norte A capacidade
de armazenamento está em 90,9% no subsistema Norte, uma redução de 0,1%
em comparação com o dia 3 de maio. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta
volume de 99,7%. (Canal Energia - 05.05.2004) 5 Apagão deixa 37 municípios sem energia no PA Um apagão
deixou, na noite de terça-feira, as ruas da Região de Marabá (PA) totalmente
na escuridão. A Assessoria de Imprensa da Rede Celpa informou que o desligamento
de energia elétrica, ocorrido na região sul e sudeste do Pará, se deu
por problemas técnicos na subestação Marabá, da Eletronorte, provocando
a falta de energia em 37 municípios dessas regiões do Pará. Cerca de 186,8
mil consumidores foram atingidos e a Eletronorte só restabeleceu o sistema
às 20h03. (O Liberal - 06.05.04) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Brasil aumenta intercâmbio energético com Argentina No sábado (01/05), foi retomada a importação brasileira de gás natural, cujo fornecimento havia sido suspenso pelo governo argentino na semana passada. E a exportação de energia para o país vizinho, que era de 300 MW em abril, foi elevada para 500 MW desde o dia 1º de maio. Os 300 MW anteriormente enviados à Argentina estavam sendo revendidos ao Uruguai, já que o governo argentino precisava cumprir contratos. O Brasil também exporta 70 MW ao Uruguai por meio da interconexão de Rivera, na fronteira entre os dois países. Quanto à importação de gás argentino, desde sábado, a usina de Uruguaiana passou a receber diariamente 1,1 milhão de metros cúbicos, metade do que prevê o contrato. (Valor - 06.05.2004) 2 Apresentação do planejamento estratégico da Petrobrás é adiado A reunião
de conselho administrativo da Petrobrás para apresentação do planejamento
estratégico da companhia para 2004 a 2010 foi cancelada porque Dilma e
três diretores da estatal estão participando de evento do setor em Houston,
nos Estados Unidos. Segundo a assessoria de imprensa, a reunião do conselho
deve acontecer na próxima semana, mas ainda não há data confirmada. (O
Estado de São Paulo - 06.05.2004) 3 Petrobras estuda ampliação de três usinas termelétricas A Petrobras
pode ampliar a capacidade de geração de três usinas termelétricas: Ibiritermo
(MG), Canoas (RS) e Três Lagoas (MS). A retomada dos investimentos nas
usinas está sendo discutida no processo de revisão do planejamento estratégico
da estatal para o período 2003-2007. A escolha das três usinas para receber
investimentos em aumento da capacidade de geração foi feita porque estas
unidades têm um custo de expansão mais barato do que outras termelétricas
da Petrobras. "No projeto original, estas térmicas já foram projetadas
para gerarem mais energia, o que reduz o volume de investimentos necessário",
explicou o gerente executivo de energia da Petrobras, Rafael Mauro Comino.
Pelas estimativas de mercado, a Petrobras teria de investir US$ 360 milhões
para ampliar em 560 MW a capacidade das três usinas. Rafael Comino não
revelou a previsão de investimento feita pela Petrobras nas unidades.
Em defesa do projeto, o executivo diz que o problema do setor elétrico
hoje não é encontrar comprador para a energia das térmicas, mas sim conseguir
um preço satisfatório. (Gazeta Mercantil - 06.05.2004) 4 Petrobras: Regulamentação do novo modelo será determinante para ampliação de termoelétricas Além de
uma redefinição interna nos planos da companhia para as termelétricas,
outro fator que será determinante na ampliação das usinas é a regulamentação
das novas regras do setor, atualmente em discussão no MME. Rafael Comino
defende os investimentos afirmando que são estratégicos e visam atender
a um mercado futuro, já dentro das novas regras do setor elétrico. "A
definição final dos investimentos nas térmicas passa também pela regulamentação
do novo modelo, em elaboração pelo ministério", disse Comino. "Isso é
fundamental porque precisamos saber com quem vamos concorrer, com projetos
hídricos ou apenas térmicos, nos leilões de energia nova ou de expansão
da capacidade". Também é importante, segundo ele, saber quais as garantias.
O executivo está otimista. "Como a regulamentação será feita por decreto
pelo ministério, o processo deve ser rápido, o que ajudará a Petrobras
a definir os investimentos". (Gazeta Mercantil - 06.05.2004)
Grandes Consumidores 1 Grupo Usiminas fechou o primeiro trimestre com lucro de 358 mi O Grupo
Usiminas - que inclui a companhia siderúrgica Usiminas e sua subsidiária,
Cosipa -fechou o primeiro trimestre deste ano com um lucro líquido de
R$ 358 milhões. O resultado é praticamente estável em relação ao do mesmo
período do ano passado: R$ 356 milhões. A razão principal para o resultado
apresentado foi o forte aumento nas encomendas por aços laminados planos
pelos setores ligados ao agronegócio e à exportação. A receita líquida
cresceu 12%, somando R$ 2,4 bilhões (R$ 1,3 bilhão na Usiminas). R$ 1,78
bilhão do faturamento veio do mercado interno e R$ 187 milhões do mercado
externo. O Ebitda atingiu R$ 921 milhões, ou seja, 4% a mais que nos primeiros
três meses de 2003. De acordo o presidente, Rinaldo Campos Soares, o lucro
estável é resultado da variação cambial no período. A forte venda para
a China e o aumento da demanda americana fez a exportação crescer 15%,
atingindo 531 toneladas. A produção de aço bruto cresceu 7% e bateu 2,2
milhões de toneladas. A estimativa é de que atinja 9 milhões até dezembro.
O grupo reduziu seu endividamento em 21%: de R$ 8 milhões para R$ 6,3
milhões. (O Globo - 06.05.2004) 2 Usiminas eleva exportação para o mercado norte-americano no primeiro trimestre de 2004 O mercado
norte-americano começa outra vez a ganhar força nas exportações do grupo
Usiminas. De janeiro a março, os embarques para a região do Nafta representaram
20% do total destinado ao exterior. No primeiro trimestre de 2003, a região
respondeu por 13% - 10% dos Estados Unidos e 3% do México, informou Rinaldo
Campos Soares, presidente da Usiminas. De acordo com o executivo, os EUA
responderam por 17% das 531 mil toneladas vendidas no exterior até o fim
de março, que representaram 18% do volume total comercializado por Usiminas
e Cosipa nos mercados interno e externo. "A suspensão das salvaguardas
para aços laminado a frio e galvanizado abriu espaço para ampliarmos as
vendas nos EUA", afirmou. Historicamente, a Usiminas embarcava para o
mercado americano entre 28% e 30% de suas exportações. Com as restrições,
esses percentuais caíram para 10%. As exportações, disse o executivo,
estão bem diversificadas. Além do Nafta, a América Latina também cresceu
- de 13% no primeiro trimestre de 2003 para 22% entre janeiro e março
deste ano. "São quase 50% fora da região da Ásia, que ficou com 54% -
China, 35%; outros países, 19%. No ano passado, os dois blocos somavam
66%", afirmou Soares. (Valor - 06.05.2004) 3 Usiminas quer reduzir endividamento bruto no ano O grupo
Usiminas continua firme na meta de baixar US$ 300 milhões de seu endividamento
bruto no ano. Em 2003, conseguiu US$ 340 milhões. No endividamento líquido,
reduziu US$ 160 milhões no trimestre por conta de duas captações: uma
de US$ 135 milhões e outra de US$ 175 milhões, que estão no caixa para
quitar vencimentos de curto prazo. (Valor - 06.05.2004) 4 Emae vence leilão para fornecimento de energia empresa têxtil A Empresa
Metropolitana de Águas e Energia (Emae) conquistou o lote 2 de fornecimento
de energia para a têxtil Paramount, que realizou mês passado leilão para
a compra de energia, juntamente com as empresas Copebrás e Santher. Os
nomes das geradoras que conquistaram os outros lotes comercializados já
haviam sido divulgados: Furnas foi a principal vencedora do leilão, conseguindo
quatro de cinco lotes ofertados, sendo um da Copebrás e três da Santher.
O outro lote de compra da Santher foi vencido pela Copel Geração. Devido
à grande competição, os preços sofreram redução de até 26% entre a primeira
e segunda etapa, o que, segundo os sócios, possibilitará uma economia
no custo da energia de entre 15% e 25% em relação à tarifa cativa. (Gazeta
Mercantil - 06.05.2004) Economia Brasileira 1 Preço externo puxa inflação interna O consumidor brasileiro começa a sentir mais fortemente no bolso a pressão da alta nos preços dos produtos que o país exporta. Apesar da taxa elevada de desemprego e da queda na renda, os produtos industrializados mantêm trajetória de alta. O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), Paulo Picchetti, fez um estudo em que compara a evolução dos preços dos produtos industrializados e a utilização da capacidade instalada desde 2000. Toda vez que o uso da capacidade instalada sobe, os preços vão junto. Mesmo sem demanda interna, as indústrias com um pé no mercado externo repassam a alta para o consumidor interno. Dados divulgados ontem pela Fipe mostraram elevação de 0,58% nos preços dos produtos industrializados - a maior taxa desde junho de 2003. Essa alta foi um dos motivos da puxada da inflação para 0,29% em abril na cidade de São Paulo, acima do 0,20% previsto pela Fipe. (Folha de São Paulo - 06.05.2004) 2 Dirceu pede juros reais de 6% O ministro da Casa Civil fez ontem o mais forte discurso político desde a crise do Caso Waldomiro Diniz. Dirceu criticou o sistema financeiro, pediu a redução da taxa de juros e admitiu a insatisfação do Governo com a atual situação do País. Ao encerrar um seminário promovido pelo Partido Progressista (PP), que faz parte da base de sustentação do Governo no Congresso, Dirceu afirmou que a dívida interna inviabiliza os investimentos produtivos no País. Segundo ele, quando o Governo discute com bancos e investidores o retorno de possíveis investimentos em infra-estrutura, é natural um contraponto com o retorno obtido pelos títulos públicos. "Esse cálculo independe da ideologia das instituições", disse Dirceu, ponderando que os bancos têm de responder aos acionistas e os fundos, a seus cotistas. O ministro disse que o País precisa reduzir de maneira "lenta, gradual e segura" a taxa de juros reais para 6% ao ano. Só assim, segundo ele, o Governo teria capacidade de investir em setores em que a iniciativa privada só investe faz após a presença do Estado. (Jornal do Comércio - 06.05.2004) 3
FMI pede calma aos mercados 4 Congresso cria comissão para apreciar o mínimo A oposição
e aliados descontentes conseguiram ontem instalar uma Comissão Especial
para analisar a Medida Provisória 182, de 2004, que elevou o piso de R$
240 para R$ 260. Numa manobra inesperada, PFL e PSDB reuniram 18 parlamentares
e instalaram a comissão para tentar ampliar o reajuste do governo. A reação
governista foi imediata: o deputado Ricardo Zarattini (PT-SP) questionou
a legalidade da manobra e agora o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP),
definirá o futuro da comissão. Além de parlamentares do PMDB, PPS, PV
e PSB, dois petistas integram a comissão mista: o senador Paulo Paim (RS),
que ficou como vice-presidente e o deputado Ivan Valente (SP). Nenhum
dos dois esconde a irritação pelo fato de o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva ter aplicado apenas 1,22% de aumento real ao piso salarial. (Gazeta
Mercantil - 06.05.2004) 5 Marcílio Marques Moréia diz que risco país está em nível alto O risco-Brasil
não deve iniciar uma escalada, mas no nível que está já é muito ruim para
o País, na avaliação do ex-ministro da Economia e presidente da Associação
Comercial e Industrial do Rio de Janeiro (ACRJ), Marcílio Marques Moreira.
"O risco não está numa escalada, mas se ficarmos num patamar entre 700
e 800 pontos-base, que é muito alto, nosso acesso aos mercados internacionais,
tanto público quanto privado, ficará muito custoso" disse. Para o ex-ministro,
em termos de risco, o fator que pode deflagrar uma crise interna está
no cenário internacional. Segundo ele, um dos riscos seria um aumento
muito rápido das taxas de juros nos Estados Unidos, que parece descartado,
como sinalizou na terça-feira o comunicado do Federal Reserve. (Jornal
do Comércio - 06.05.2004) O dólar comercial acelerou o ritmo de alta e às 11h46m atingiu a máxima de R$ 2,997 na compra e R$ 3,001 na venda, com valorização de 1,55%. Ontem, continuou a trajetória de queda no mercado cambial. Sem novidades negativas no noticiário, investidores mantiveram firme posição vendedora pelo segundo dia consecutivo. Apesar desse ânimo, agentes dão sinais fortes de que o piso do dólar deve ficar em R$ 2,95 no curto prazo. Desse modo, a moeda cedeu 0,50% e terminou os negócios a R$ 2,9530 na compra e a R$ 2,9550 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 06.05.2004)
Internacional 1 Argentina terá aumento de tarifas após 28 meses Depois de
28 meses de congelamento, uma audiência pública deve aprovar hoje o primeiro
aumento de tarifas na Argentina desde a desvalorização do peso, em janeiro
de 2002. A audiência analisará proposta oficial para incrementar os preços
cobrados de grandes consumidores por gás e eletricidade. No caso do gás,
o aumento do preço pago aos produtores foi definido mês passado entre
governo e empresas petrolíferas. Ficou acertado que o do milhão de BTU
(unidade padrão que mede a capacidade do gás de gerar calor) passará gradualmente
de cerca de US$ 0,50 para US$ 1 em julho. Mesmo com o aumento, o valor
é inferior à cotação internacional, de cerca de US$ 1,40 por milhão de
BTU. O pacto foi fechado depois da emissão em fevereiro de dois decretos
determinando a "normalização" das tarifas industriais de gás e eletricidade.
Espera-se que, com a aprovação do incremento das tarifas de gás, um acordo
similar seja fechado com as geradoras elétricas, já que cerca de 50% da
eletricidade do país é obtida com a queima de gás. Por enquanto, o aumento
incidirá apenas sobre grandes consumidores. (Valor - 06.05.2004) 2 Governo da Argentina prepara plano de médio e longo prazo para assegurar suprimento de energia As autoridades
argentinas devem tornar público na terça-feira (11/05) um plano com medidas
de médio e longo prazo para tentar assegurar o suprimento de energia nos
próximos anos. O plano é uma reação às críticas de que o governo não foi
capaz de prever a escassez de energia, resistiu em admitir a existência
de problemas e tardou em adotar medidas. Entre os anúncios esperados está
a criação de uma empresa petrolífera controlada pelo Estado e de investimentos
para ampliar a produção e o transporte de gás e eletricidade. (Valor -
06.05.2004) 3 Associações de consumidores entram na justiça para adiar audiência pública na Argentina Associações de consumidores na Argentina entraram anteontem com pedidos na Justiça para tentar impedir a realização da audiência pública, que tem de acontecer para que o aumento entre em vigor a partir do dia 10. Os grupos já conseguiram barrar tentativas de aumentar tarifas em novembro de 2002 e fevereiro de 2003, mas dificilmente terão êxito desta vez. O governo emitiu um decreto que autoriza incrementos tarifários de caráter emergencial antes da conclusão do processo de renegociação dos contratos com as prestadoras de serviços públicos, previsto para terminar em dezembro deste ano. O fator mais importante, entretanto, é a crise energética. (Valor - 06.05.2004) 4
Governo argentino quer evitar desabastecimento de consumidores residenciais
5 Envio de gás boliviano para a Argentina deve começar na próxima semana A Repsol
YPF e a Petrobras na Bolívia lutam para conseguir o contrato para exportar
gás natural à Argentina, segundo informou o presidente da estatal Yacimientos
Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Jaime Barrenechea. As negociações
entre a YPFB e as companhias estão adiantadas e poderiam ser concluídas
na próxima semana, fazendo com que o envio de gás pudesse ser iniciado
antes do dia 15 deste mês, explicou o executivo. Segundo Barrenechea,
as companhias Repsol YPF, através de sua filial Andina, e a Petrobras
Bolívia tiveram as respectivas permissões da Superintendência de Hidrocarbonetos
e serão os potenciais fornecedores do mercado argentino. Ele acrescentou
que ainda precisam ser concluídos os trabalhos de reabilitação do gasoduto
que vai do sul da Bolívia até a fronteira da Argentina, com o qual será
possível cumprir o acordo. (Gazeta Mercantil - 06.05.2004) 6 EDP negocia eletricidade em bolsa de energia francesa A EDP -
Gestão da Produção de Energia começou a negociar contratos de aquisição
de eletricidade na Powernext, informou a bolsa de energia francesa em
comunicado. "A EDP - Gestão da Produção de Energia começa a negociar na
Powernext a 5 de Maio para os contratos de entrega no dia posterior",
lê-se no comunicado. Com a adesão da EDP, a Powernext passa a contar com
39 membros ativos.A Powernext, com um capital de 10 milhões de euros,
é uma bolsa onde as empresas de energia européias podem negociar contratos
de eletricidade. A EDP irá negociar contratos futuros de um dia, isto
é, pode comprar eletricidade para o dia seguinte. A Powernext é detida
pela Euronext Paris (34%), pela holding de gestores de redes européias
HGRT (17%) e por um conjunto de empresas ligadas ao sector eléctrico e
aos mercados financeiros, entre os quais a Atel, Electrabel, EDF, Endesa,Total,
BNP Paribas e Societé Générale (49%). (Diário Econòmico - 05.05.2004)
7 Endesa vende participação na Águas de Barcelona A Endesa
chegou a acordo com investidores institucionais para vender a totalidade
da sua participação de 11,64% no capital da Águas de Barcelona (Agbar)
por 238 milhões de euros. Segundo comunicado enviado à Comissão Nacional
de Mercado de Valores pela Endesa, esta operação permitirá à maior elétrica
DA Espanha um faturamento, antes de impostos, de 102 milhões de euros.
A venda vai concretizar-se durante o dia de hoje, com a intermediação
da Invercaixa. Com esta venda, no âmbito da sua política de venda de ativos
não estratégicos, a Endesa deixa de ter qualquer participação, direta
ou indireta, na empresa catalã. (Diário Econòmico - 06.05.2004) 8 Primeiro-ministro português quer que central hidroelétrica reforce cooperação com Espanha O primeiro-ministro
português, Durão Barroso, inaugurou esta quarta-feira a central hidroelétrica
do Alqueva, a terceira mais potente do país. O líder do Executivo entende
o equipamento numa lógica de "complementaridade das redes elétricas de
Portugal e Espanha", ao mesmo tempo que "reforça a economia portuguesa
e melhora o abastecimento elétrico" do país. (Jornal Digital - 05.05.2004)
Biblioteca Virtual do SEE 1 D´ARAUJO, Roberto Pereira. "Só as leis de Kirshoff". São Paulo: Canal Energia, 04 de maio de 2004. Para ler
o artigo na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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