l IFE:
nº 1.335 - 29 de abril de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Lei do novo modelo será regulamentada por até cinco decretos A regulamentação
da Lei 10.848/04, que instituiu o novo modelo do setor elétrico, será
feita através de quatro decretos, podendo chegar até cinco textos. Pelo
andamento dos trabalhos no MME, três dos primeiros textos tratarão da
governança do ONS, da organização estatutária da EPE (Empresa de Pesquisa
Energética) e da criação da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica). O principal decreto relativo ao marco regulatório do setor,
no entanto, enfocará as regras de comercialização do novo modelo, detalhando,
entre diversas questões, pontos como os leilões de energia e o processo
de previsão de mercado pelas distribuidoras. "Será um decretão. O texto
que está sendo feito já tem cerca de 30 páginas. Ele terá todas as bases
da comercialização", afirma o secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim.
O lançamento do quinto decreto, sobre funções e mudanças na estrutura
do MME, ainda está sendo avaliado. (Canal Energia - 28.04.2004) 2 Primeiros decretos já estão praticamente prontos O secretário-executivo
do MME, Maurício Tolmasquim, explica que os decretos sobre a EPE, o ONS
e a CCEE estão praticamente prontos. A partir deles é que mudanças previstas
na lei poderão ser efetuadas, entre elas a substituição efetiva do MAE
pela Câmara de Comercialização e a substituição da atual diretoria do
ONS. Tolmasquim não quis confirmar se o presidente do operador, Mario
Santos, sairá do cargo que ocupa desde a fundação do órgão, em 1998. "A
diretoria ainda será escolhida pelo governo, com os agentes", limitou-se
a responder. (Canal Energia - 28.04.2004) 3 Lançamento dos decretos sofrerá atraso Apesar do
ritmo acelerado na preparação dos decretos que farão a regulamentação
da Lei 10.848/04, o lançamento, previsto inicialmente pelo governo para
ocorrer até abril, sofrerá um novo atraso. Tolmasquim afirmou que os primeiros
decretos serão lançados apenas no início de junho. O prazo, diz ele, condiz
com a importância e a complexidade do tema, que muitas vezes coloca em
discussão diferentes interesses dos agentes envolvidos. "É um trabalho
que será feito sem pressa, mas com atenção", ressalta. (Canal Energia
- 28.04.2004) 4
Tolmasquim: Decisão sobre repasse dos recursos do BNDES para estatais
caberá à área econômica 5 Mercado para consumidores da classe A4 se anima com fontes alternativas O mercado
livre para consumidores da classe A4, que consomem energia a tensão entre
2,3 kV e 25 kV, começa a se aquecer. Entre os motivos destacam-se o realinhamento
tarifário, que está eliminando gradualmente os subsídios existentes ao
grupo de consumo de alta tensão, e a expectativa quanto à regulação de
uma antiga lei, que prevê o desconto de 50% nas tarifas de transmissão
para o segmento. A regulação do novo modelo do setor elétrico, que deverá
ampliar o prazo mínimo para que se informe a intenção de se deixar o mercado
cativo, também estimula o mercado. Pelas regras atuais, só podem comprar
energia livremente empresas com consumo em tensão superior a 69 kV. Os
consumidores da classe A4, porém, têm a prerrogativa de se tornar livres
caso adquiram energia proveniente de fontes alternativas. A possibilidade
está prevista em lei desde 1998. No entanto, a pouca oferta de energia
a partir de PCHs, usinas de biomassa e eólicas e o alto preço desta energia,
além da falta da regulação complementar, dificultavam o fechamento de
contratos. Há quinze dias, a proposta de regulamentação passou por audiência
pública e o texto final deve ser publicado até o final de maio. Só essa
possibilidade já acelerou os negócios. (Gazeta Mercantil - 29.04.2004) 6 Investidores estrangeiros reclamam das indefinições do Proinfa O Brasil
poderá vir a perder investimentos significativos no setor de geração de
energia eólica por indefinições institucionais na política de produção
de energias alternativas do Proinfa, segundo investidores estrangeiros,
representantes de empresas européias geradoras de energia eólica, que
se dizem insatisfeitos com os critérios adotados pela Eletrobrás, para
investimentos no setor. Além do reduzido preço das tarifas de energia
eólica adotadas pelo Proinfa no Brasil, em relação aos preços praticados
em países da Europa, os investidores estão questionando os critérios de
seleção dos projetos aptos a participarem da primeira chamada da concorrência
pública, prevista para ocorrer em 10 de maio próximo. "Os critérios da
seleção não consideram a qualidade dos projetos, nem a capacidade operacional
das empresas", critica o presidente da SIIF Energia do Brasil, Henri Baguenier.
"Quem vai investir em energia eólica em um País onde o preço do MWh é
US$ 70, enquanto que na Europa, a média do MWh é de US$ 96", questiona
Armando Ferreira, consultor de energia alternativa da subsidiária portuguesa,
HLC Brasil. (Diário do Nordeste - 29.04.2004) 7 Governo do RS estuda geração alternativa para parque de preservação ambiental O governo do Rio Grande do Sul está estudando a implantação de uma planta eólica no Parque Estadual Itapuã, em Viamão. Os secretários de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres; de Meio Ambiente, José Wenzel; e da Cultura, Roque Jacoby, receberam diretores da empresa alemã EAB Technology Group para apresentação de anteprojeto de fornecimento de energia para a área de preservação ambiental. Segundo o diretor técnico da EAB, Manfred Ramminger, a proposta é substituir a geração a diesel por parque eólico e fotovoltaica. Os técnicos da empresa se reunirão com a secretaria do Meio Ambiente a fim de definir a necessidade de geração no parque Itapuã. A previsão é que o projeto seja concluído em 30 dias, com estimativa de custos e prazo. O parque, localizado a 57 km de Porto Alegre, tem área total de 5,5 mil hectares. (Canal Energia - 28.04.2004) 8
Bancada do RN será recebida pela Aneel 9 MAE anuncia empresas habilitadas para leilão de compra e venda O MAE divulgou
nesta quarta-feira, dia 28 de abril, o nome das empresas habilitadas para
o leilão de compra e venda de energia elétrica, que acontece nesta quinta-feira,
dia 29. Para compra, foram habilitadas a Duke Trading, com 20 lotes no
submercado Sudeste e sete no Nordeste, e a Enersul, com 66 lotes no submercado
Sudeste. Para venda participam AES Tietê, Chesf, Eletronorte, Fafen, Furnas
e União Comercializadora. (Canal Energia - 28.04.2004)
Empresas 1 Aneel propões reajuste de 8,78% para a Copel A Aneel
divulgou a proposta de revisão tarifária periódica para a Copel. O índice
de reposicionamento sugerido para a Copel é de 8,78%, com Fator X de 1,15
ponto percentual. A Copel atende a 3,1 milhões de unidades consumidoras.
Os percentuais definitivos da Copel serão anunciados pela Aneel no dia
26 de junho. No dia 20 de maio a agência reguladora realiza audiência
pública em Curitiba para colher manifestações dos interessados. (Valor
- 28.04.2004) 2 Aneel propõe reajuste tarifário de 15,56% para a DMEPC A Aneel divulgou a proposta de revisão tarifária periódica para o Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas (DMEPC), em Minas Gerais. O índice total sugerido é de 15,56%, com aplicação em etapas, sendo a primeira de 10,92%. O Fator X proposto para a empresa é de 1,16 ponto percentual. A DMEPC tem 54,315 mil unidades de consumo. A audiência pública será realizada no dia 19 de maio em Poços de Caldas. (Valor - 28.04.2004) 3 Coelce tem cinco dias para se pronunciar sobre reajuste A Coelce
confirmou o recebimento, ontem à tarde, da intimação expedida pelo juiz
federal da 5ª Vara, João Luís Nogueira Matias, sobre a ação cautelar do
Ministério Público Federal (MPF) que questiona o reajuste médio de 11,12%
nas contas de energia elétrica, concedido dia 20 de abril pela Aneel.
A Coelce informou, através da assessoria de imprensa, que vai se pronunciar
dentro do prazo de cinco dias determinado pelo juiz. A Aneel também será
notificada, mas até ontem não recebeu a intimação. O MPF entrou com ação
cautelar, na quinta-feira passada, pedindo a suspensão do reajuste das
tarifas de energia elétrica, nos moldes estabelecidos pela Aneel, por
entender que o percentual é abusivo. A ação foi proposta com pedido de
liminar, medida que tem caráter de urgência e é utilizada para se antecipar
a outra ação mais completa a ser aberta posteriormente. (O Povo - 29.04.2004) 4
Enersul fará primeira compra de energia com novas regras 5 Assembléia Geral da AES Tietê aprova aumento do prazo para amortização de ágio A AES Tietê
aprovou, em Assembléia Geral Ordinária, realizada na terça-feira (27/04),
a ampliação do prazo de amortização do ágio pago à época da compra da
empresa, no valor de R$ 266,74 milhões. A Aneel determinou mudanças na
curva de amortização de dez para 30 anos, mesmo período de concessão da
empresa. Segundo análise da empresa, o aumento do prazo dilui o valor
ao longo dos anos, até por que o montante pago em 1999 não sofrerá correção.
O processo de incorporação do ágio começou em 2000. De acordo com as regras
da Comissão de Valores Mobiliários, o aumento de capital pode ser feitos
desde que respeite a participação acionária do controlador e dos sócios
minoritários. A AES Tietê aprovou também na assembléia o pagamento de
R$ 87,43 milhões em dividendos relativo ao exercício de 2003. O pagamento
acontecerá a partir do dia 21 de maio. (Canal Energia - 28.04.2004) 6 Consórcio SEB estuda se vai recorrer da ação do BNDES O consórcio
Southern Eletric Brazil (SEB) ainda não sabe se vai recorrer da ação impetrada
pelo BNDES na Justiça, para cobrar uma dívida de aproximadamente US$ 750
milhões. Segundo uma fonte do consórcio, os advogados que representam
a SEB ainda não tiveram conhecimento do teor da ação, e, por isso, não
se posicionaram a respeito. O caso pode ser agravado pela proximidade
do vencimento de mais uma parcela da dívida. O prazo para o pagamento
da próxima parcela de US$ 87 milhões vence no mês de maio. Segundo a fonte,
o pagamento está indefinido. Apesar da intenção do BNDES de partir para
uma cobrança judicial da dívida, a fonte não acredita que a medida vá
interromper ou atrapalhar o andamento das negociações na esfera executiva.
(Canal Energia - 28.04.2004) 7 Roberto Alcoforado assume comando da Celpe O atual
vice-presidente e diretor de Coordenação Territorial da Celpe, Roberto
Alcoforado, assumirá a presidência da distribuidora a partir de 9 de maio.
Atualmente, a presidência é exercida por Fernando Arronte, que passará
a ter nova função no grupo Guaraniana, controladora da concessionária.
Segundo a assessoria de imprensa da Celpe, Alcoforado continuará ocupando
os cargos de vice-presidente e diretor de Coordenação Territorial até
9 de maio, quando termina o mandato desses cargos. Os nomes dos futuros
vice-presidente e diretor serão votados em assembléia extraordinária no
início do mês que vem. (Canal Energia - 28.04.2004) 8 Cemig investe R$ 13,6 mi em programa de P&D A Cemig
vai investir cerca de R$ 13,6 milhões nos projetos de pesquisa e desenvolvimento
para o ciclo 2003/2004. A Aneel estabeleceu que as metas do programa devem
ser atingidas até 31 de maio de 2005. (Canal Energia - 28.04.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Santa Catarina terá um novo blecaute no sábado Seis meses
após o blecaute, que deixou a Ilha de Santa Catarina sem luz por mais
de 50 horas, um novo apagão, agora intencional, vai acontecer no sábado.
A Celesc garante que o vazamento de óleo, descoberto há uma semana na
subestação de Coqueiros, será resolvido em uma hora e meia no máximo.
O diretor da estatal, Eduardo Sitonio, explica que técnicos da Pirelli
foram chamados para a manutenção preventiva, "antes que seja necessária
a corretiva", salienta. O Centro da cidade não será atingido. "O tempo
para resolver o problema depende do tamanho do vazamento. Se for pequeno,
serão necessários 30 minutos, mas todo o procedimento não deve ultrapassar
uma hora e meia", afirma Sitonio. Os motivos que provocaram o apagão no
dia 29 de outubro até hoje não foram bem esclarecidos. (Diário de Santa
Catarina - 29.04.2004) 2 Reservatórios da Cemig melhoram nível de armazenamento As chuvas
do fim do ano passado e do começo desse ano melhoraram os níveis de armazenamento
dos reservatórios da Cemig. No reservatório de Emborcação, o nível de
armazenamento está em 99,6% em abril deste ano. No mesmo mês em 2003,
esse percentual era de 86,5%. Em abril de 2001, ano do racionamento de
energia, o nível de armazenamento dessa represa estava em 29,2%. No reservatório
de Nova Ponte, a água está em 72% da capacidade neste mês. Em abril do
ano passado, o nível era de 66,5%. No mesmo mês em 2001, a taxa era de
apenas 20%. A Cemig estima que a maior parte de seus reservatórios deverá
estar com nível de armazenamento superior a 40% até o fim de novembro
quando começa a próxima estação de chuvas. (Valor - 28.04.2004) 3 Volume armazenado na região Sudeste/Centro-Oeste está em 81,3% O nível
de armazenamento chega a 81,3% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, volume
49,5% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento
permaneceu estável em relação ao dia 26 de abril. As hidrelétricas de
Itumbiara e Furnas apresentam volume de 98,5% e 98,4%, respectivamente.
(Canal Energia - 28.04.2004) 4 Nível de armazenamento chega a 49,3% no subsistema Sul O subsistema
Sul apresenta volume de 49,3%, uma redução de 0,1% em um dia. A usina
de Salto Santiago apresenta 36,7% da capacidade. (Canal Energia - 28.04.2004) 5 Reservatórios registram 97,3% da capacidade no subsistema Nordeste A hidrelétrica
de Sobradinho, a maior do submercado, atingiu 100% da capacidade. O volume
armazenado na região Nordeste está em 97,3%, ficando 57,4% acima da curva
de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo de 0,3% em comparação
com o dia anterior. (Canal Energia - 28.04.2004) 6 Subsistema Norte apresenta volume de 89,9% Os reservatórios
registram 89,9% da capacidade no subsistema Norte, um aumento de 0,1%
em relação ao dia 26 de abril. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta volume
de 98,7%. (Canal Energia - 28.04.2004) 7 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras quer triplicar consumo de gás no Brasil até 2015 A Petrobras pretende triplicar ou, no mínimo, duplicar o consumo de gás natural no Brasil até 2015. O diretor de Gás e Energia, Ildo Sauer, explicou que a estatal fez três projeções de consumo, de acordo com o crescimento econômico. "Trabalhamos com cenários que projetam que, em 2015, o Brasil estará consumindo entre 72,4 milhões e 104,3 milhões de metros cúbicos diários de gás", disse Sauer. Do total do consumo, segundo Sauer, de 60 milhões a 70 milhões de metros cúbicos diários virão da reserva de 419 bilhões de metros cúbicos na Bacia de Santos, descoberta no ano passado pela Petrobras. Para ampliar o consumo, a estatal quer aumentar o uso de gás em automóveis e na indústria. (Jornal do Brasil - 29.04.2004) 2 Petrobras vai exportar gás natural da Bolívia para a Argentina A Petrobras
começará no fim de maio a exportar 4 milhões de metros cúbicos de gás
natural por dia da Bolívia para a Argentina, que enfrenta um racionamento
do combustível. Segundo um executivo da estatal, a empresa utilizará um
gasoduto que estava desativado no norte da Argentina para transportar
o gás produzido nos campos bolivianos de San Alberto e San Antonio. A
Petrobras produz, em parceria com a YPF, 14 milhões de metros cúbicos
de gás por dia nesses campos. O executivo contou que um protocolo assinado
na semana passada entre os governos argentino e boliviano autorizou a
exportação desde que a Argentina não aumentasse as exportações de gás
para o Chile, hoje em torno de 16 milhões de metros cúbicos por dia. (Jornal
do Brasil - 29.04.2004) 3 Cepran aprova licença de localização de gasoduto da Petrobras na Bahia O Conselho
Estadual do Meio Ambiente da Bahia (Cepran) aprovou, na última semana,
a licença de localização para a Petrobras instalar um gasoduto de gás
natural interligando a Plataforma Manati, localizada no município de Cairú,
à Estação de Processamento de Gás São Francisco, localizada no município
de São Francisco do Conde, na Bahia. O empreendimento, com 64 quilômetros
de extensão, receberá investimentos de R$ 150 milhões. Ao aprovar o projeto,
o Centro de Recursos Ambientais (CRA) estabeleceu uma série de condicionantes
quando do requerimento da Licença de Implantação, destacando-se o Programa
de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), o Programa de Controle de Processos
Erosivos e Assoreamento e Programa de Educação Ambiental. (Canal Energia
- 29.04.2004) 4 Termelétrica Cerradinho terá capacidade ampliada A termelétrica
Cerradinho terá sua capacidade ampliada com construção de mais dois turbogeradoreas
a vapor de 25 MW cada, totalizando 79 MW de potência instalada. A usina
fica no município de Catanduva, em São Paulo, e pertence a empresa Usina
Cerradinho Açúcar a Álcool S.A. O sistema de transmissão da termelétrica,
interligado ao da CNEE, também deverá ser ampliado. O início da operação
comercial das novas instalações devem acontecer até 1° de junho de 2006,
segundo informação da Aneel. (Canal Energia - 28.04.2004)
Grandes Consumidores 1 Grandes consumidores negociam com MME O processo
de discussão entre governo e o setor de grandes consumidores continuará
nesta quinta-feira, dia 29 de abril, em Brasília, quando agentes de diferentes
segmentos discutirão com o MME uma solução para regulamentar uma forma
de as empresas passarem para a condição de livres no novo modelo. O encontro
vai reunir representantes de associações e empresas das áreas de distribuição,
geração, comercialização e consumo industrial. O objetivo do encontro,
de acordo com Tolmasquim, é encontrar consenso para a transferência dos
grandes clientes do mercado cativo para o livre. "Muitas das demandas
dos agentes encontram resistências entre eles mesmos. Essa questão dos
grandes consumidores livres é uma delas", explicou. Um documento técnico
elaborado pelo MME propõe que a saída seja feita entre um e três anos,
de acordo com a demanda determinada por diferentes faixas de consumo.
(Canal Energia - 28.04.2004) Economia Brasileira 1 Lula: Economia brasileira não se alinha passivamente às oscilações internacionais Ao discursar durante a criação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a palavra-chave na política industrial brasileira deve ser a inovação, e deu um recado ao mercado num dia de nervosismo. Lula declarou que a economia brasileira não é uma economia que se alinhe de forma passiva diante das oscilações internacionais. O presidente afirmou que atualmente o Brasil é protagonista e competitivo no cenário mundial, mas alertou que o país precisa recuperar o tempo perdido no campo tecnológico. Disse ainda que a inclusão social é o cimento da governabilidade. O risco Brasil subiu 6,6% ontém atingindo 672 pontos básicos, o maior nível desde outubro passado. (O Globo - 29.04.04) 2 Meirelles diz que nervosismo no mercado é normal O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que vê com normalidade o nervosismo atual no mercado em vista do cenário internacional mais instável. Referindo-se à alta do risco Brasil nos últimos dias, Meirelles disse que a volatilidade nos países desenvolvidos acaba se refletindo nos mercados emergentes. O presidente do BC enfatizou que a necessidade de financiamento externo do Brasil está mais baixa este ano, o que facilita enfrentar uma instabilidade como a atual. Meirelles lembrou que a necessidade de financiamento externo é menor este ano até porque o país está apresentando superávit em transações correntes. Para ele, um dado importante é que as reservas internacionais totais, que incluem os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI), estão em níveis elevados. Disse ainda que, em termos de necessidade de captar recursos no exterior, o governo está um ano à frente de seu cronograma de vencimentos externos. (O Globo - 29.04.04) 3
Furlan atribui fator psicológico ao pessimismo dos empresários 4 Missão do FMI chega ao Brasil para nova revisão do acordo Uma missão
do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou ao Brasil e deve iniciar
na próxima semana a revisão do acordo do país com a instituição, no valor
total de US$ 14,8 bilhões, informou ontem a assessoria de imprensa do
Ministério da Fazenda. A missão do FMI avaliará o cumprimento das metas
estabelecidas para o Brasil até o mês de março. Dados já divulgados pelo
Banco Central do Brasil mostram que o País cumpriu com folga de R$ 6 bilhões
a meta de superávit primário de R$ 14,5 bilhões para o primeiro trimestre.
No período, a dívida líquida total do País - de R$ 924,44 bilhões - também
ficou abaixo do teto de R$ 992,92 bilhões acertado com o Fundo. A aprovação
dessa avaliação pela diretoria do FMI permitirá ao País sacar uma nova
parcela do acordo, no valor de aproximadamente US$ 1,32 bilhão, mas o
governo já anunciou que não pretende acessar os recursos. (Gazeta Mercantil
- 29.04.04) 5 Cenário para exportação é o melhor desde 1978 Os empresários da indústria estão com maior confiança no crescimento da produção do que estavam no início deste ano, segundo apurou a 151 Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação relativa ao trimestre de abril a junho, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV e divulgada ontem. A pesquisa ouviu 1 mil empresas, que empregam 1 milhão de pessoas em 25 estados e faturam R$ 316 bilhões por ano. Na perspectiva dos próximos seis meses, 26% das empresas avaliam a situação como boa, ante 21% à pesquisa anterior, feita em janeiro, mas também cresceu o percentual das responderam à pesquisa marcando a opção fraca (19%, ante 14% em janeiro). Segundo o economista Aloisio Campelo, responsável pela pesquisa, o percentual de respostas favoráveis se ressalta porque as empresas consultadas se mostram mais otimistas na primeira pesquisa de cada ano do que nos trimestres seguintes. (Gazeta Mercantil 29.04.04) 6 Previsões das empresas em relação ao emprego continuam otimistas As previsões das empresas em relação ao emprego continuam otimistas. Para o trimestre abril-junho, 35% das empresas pretendem contratar mais do que demitir e apenas 11% têm intenção de reduzir o número de funcionários. "A diferença de 24 pontos percentuais entre as duas variações é o maior desde outubro de 1986", disse Campelo. De acordo com ele, os números surpreenderam. "A indústria enxugou tanto o quadro de funcionário nos últimos anos que qualquer reação que tiver na economia haverá contratações", disse. Os setores com intenção para contratar são: alimentos, com 59% das empresas; química, 54%; mecânica, 46%; material elétrico e de comunicações, 45%; e material de transporte, 39%. (Gazeta Mercantil 29.04.04) 7
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Argentina estabelece medida para tentar reduzir consumo de energia O governo
da Argentina anunciou ontem que implementará um sistema de "prêmios e
castigos" para os usuários de gás natural e eletricidade. O sistema visa
atenuar a crise energética pela qual o país atravessa. O esquema estabelece
tarifas extras para os setores de maiores recursos que utilizarem mais
energia do que no ano passado, enquanto os benefícios serão aplicarão
a todos os usuários que reduzirem seu consumo. O secretário de Energia,
Daniel Cameron, disse que o objetivo da medida é conseguir uma economia
de gás e eletricidade de entre 5% e 7%, que será "destinado ao setor produtivo
para que se mantenha o processo de crescimento do emprego". Ele afirmou
que o esquema não será aplicado aos usuários que sofreram incrementos
tarifários a partir de fevereiro. O chefe do Gabinete de ministros, Alberto
Fernández, disse que "para os setores de menor consumo não haverá cargos,
só benefícios caso economizem energia com relação ao mesmo período do
ano passado". (Gazeta Mercantil - 29.04.2004) 2 Grandes consumidores industriais estão fora do racionamento na Argentina Os grandes
consumidores industriais estão excluídos do racionamento. A maioria deles
negocia diretamente com as empresas contratos para o suprimento de energia,
geralmente pagando tarifas mais altas em troca da garantia de que não
sofrerão corte. Mas mesmo pagando tarifas mais altas algumas empresas
estão tendo dificuldades em garantir o suprimento, e algumas delas vêm
sofrendo cortes. O objetivo do programa de economia, explicitado na resolução
divulgada ontem pela Secretaria de Energia, é evitar que haja escassez
de gás e eletricidade para as indústrias. (Valor - 29.04.2004) 3 Argentina suspende fornecimento de gás para térmica de Uruguaiana O governo argentino suspendeu na terça-feira o fornecimento de gás ao Brasil, para tentar minimizar a sua crise interna de abastecimento. Todo o gás argentino importado pelo país é feito pela distribuidora de gás do Estado do Rio Grande do Sul, a Sulgás, e revendido exclusivamente à usina térmica de Uruguaiana. Segundo o diretor da Sulgás, Ary de Marco, a térmica de Uruguaiana tem contrato de compra de 2,2 milhões de metros cúbicos diários de gás da Argentina e o fornecimento de todo esse volume foi interrompido. Para evitar uma possível quebra de contrato por parte de Uruguaiana, que não poderia entregar a energia a seus clientes, a solução encontrada foi determinar à usina que compre no MAE as sobras elétricas de outras companhias e as revenda a seus clientes. Essa solução será adotada em caráter provisório até o dia 30. (Valor - 29.04.2004) 4
Iberdrola registra crescimento de 12% no seu lucro no primeiro trimestre
5 Iberdrola compra parque eólico em Portugal Na quarta-feira
(28.04), a Iberdrola anunciou a entrada no mercado português de energia
eólica, com a compra do parque de Catefica à também espanhola Gamesa.
A elétrica aumentou a geração de energia renovável de 1,624 para 2,465
MW. A empresa ainda pretende construir parques eólicos na Espanha, dado
que os governos europeus favorecem as energias renováveis para reduzir
a poluição. (Diário Econòmico - 29.04.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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