l

IFE: nº 1.334 - 28 de abril de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Governo e iniciativa privada terão de escolher entre projetos do Rio Madeira e de Belo Monte
2 Deputado apresenta projeto que altera tributação da energia elétrica
3 Relator do projeto de lei das agências reguladoras pode sair nesta quarta-feira
4 CGE critica preço do MW/h estipulado para as usinas eólicas
5 Empresários de Natal contestam reajuste
6 Power Future 2004 reúne 50 empresas de energia alternativa

Empresas
1 BNDES e AES novamente em imbróglio jurídico
2 Celesc espera valorização de ações para realizar captação de recursos no mercado financeiro
3 Celesc quer estender acordo de cooperação com outras estatais
4 Cemig realiza processo de oferta pública de energia
5 AES Sul realiza grupamento de ações na expectativa de reduzir custos
6 Curtas

Licitação
1 Eletronorte
2 Eletroacre
3 Cepisa

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Subsistema Norte registra redução de 0,1%
2 Subsistema Nordeste está 57,2% acima da curva de aversão ao risco
3 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está 49,6% acima da curva de aversão ao risco
4 Nível de armazenamento no subsistema Sul está em 49,4%
5 Boletim Diário da Operação do ONS

Economia Brasileira
1 O IPC da Fipe acelera e sobe 0,17% na 3ª- prévia
2 CNI divulga avaliação dos empresários sobre o primeiro trimestre mostrou sinais de recuperação
3 Saldo corrente vai a US$ 817 mi

4 Envio de lucro e dividendo para o exterior cresce 79%
5 Investimento estrangeiro direto caiu em março
6 Brasil terá neste ano US$ 1 bi a menos do Bird
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina realiza nova redução no volume de gás enviado ao Chile
2 Acordo Argentina-Bolívia desagrada chilenos
3 Endesa registra queda de 40,2% no lucro no primeiro trimestre do ano
4 Analistas projetam crescimento de 18% do lucro da EDP no primeiro trimestre
5 Privatização da Galp Energia recebe quatro propostas

 

Regulação e Novo Modelo

1 Governo e iniciativa privada terão de escolher entre projetos do Rio Madeira e de Belo Monte

O governo brasileiro e iniciativa privada terão de escolher entre os projetos hidrelétricos de Rio Madeira e Belo Monte, ambos na Amazônia. O secretário de Planejamento do Ministério de Minas e Energia, Amilcar Guerreiro, reconhece que o elevado custo dos projetos, de US$ 5 bilhões e US$ 3 bilhões, respectivamente, aliado à necessidade de geração elétrica, força o governo a fazer uma escolha. "A execução dos dois projetos cabe somente no longo prazo. Provavelmente haverá uma prioridade", disse Guerreiro. O projeto Rio Madeira, segundo ele, apresenta a vantagem de integração regional, não só com países vizinhos como também entre estados. O projeto prevê a geração de 7 mil MW. "Belo Monte também apresenta um ponto a favor: o fato de já ter linha de transmissão por perto", destacou. (Gazeta Mercantil - 28.04.2004)

<topo>

2 Deputado apresenta projeto que altera tributação da energia elétrica

A carga tributária sobre a produção de energia elétrica pode passar a incidir na origem, e não mais no destino. É o que propõe o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), autor de emenda substitutiva ao projeto de reforma tributária. A proposta eliminaria tributos como IOF, Cofins, IPI e ICMS. Em contrapartida, cria um imposto monofásico, cobrado na origem, sobre 12 itens, entre eles energia elétrica, comunicações, combustíveis, eletroeletrônicos e saneamento. Segundo Hauly, a idéia é eliminar a tributação sobre produtos essenciais, como alimentação, roupa e remédios. A estimativa do parlamentar é que a proposta permitiria um crescimento anual de 7% na economia. (Canal Energia - 27.04.2004)

<topo>

3 Relator do projeto de lei das agências reguladoras pode sair nesta quarta-feira

A Câmara dos Deputados deverá definir nesta quarta-feira, dia 28 de abril, o relator do projeto de lei 3.337/2004, que estabelece as novas diretrizes para das agências reguladoras, e os membros da comissão especial. O grupo que analisará a mudança de marco regulatório contará com a participação de representantes de onze comissões, entre elas a de Minas e Energia e de Desenvolvimento Econômico. Um dos nomes cotados para assumir a relatoria é o do deputado federal Luciano Zica (PT-SP). (Canal Energia - 27.04.2004)

<topo>

4 CGE critica preço do MW/h estipulado para as usinas eólicas

O empresário Armando Almeida Ferreira, presidente da CGE (empresa que possui nove usinas termelétricas no estado), afirmou que com o preço do MW/h estipulado pelo Governo para as usinas eólicas, só projetos onde haja mais de 50% de aproveitamento dos ventos serão viáveis. ''Os investimentos são muito altos e a tarifa pode não compensar em alguns casos'', explica. De acordo com Laura Porto, coordenadora geral do Proinfa, se os projetos forem eficientes e bem elaborados, o teto de R$ 204,35 fixado para o pagamento do MW/h aos investidores será suficiente. Além disso, ela afirma que a energia eólica é apenas uma das fontes alternativas, existindo também os empreendimentos em biomassa e nas pequenas hidrelétricas. (O Povo - 28.004.2004)

<topo>

5 Empresários de Natal contestam reajuste

Os empresários da cidade de Natal afirmaram que vão buscar todos os meios para tentar reverter o reajuste da energia elétrica autorizado no Estado porque não poderão absorver mais este custo. Caso contrário repassarão o aumento para o preço final dos produtos e poderão ocorrer demissões ou até mesmo fechamento de algumas empresas. A Aneel concedeu um aumento de 11,30% para consumidores residenciais e de 21,14% para os não residenciais. A Cosern não vai se pronunciar acerca da intenção do empresariado local de entrar na Justiça para impedir o reajuste da tarifas de energia elétrica. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, apenas são cumpridas as determinações da Aneel. (Diário de Natal - 28.04.2004)

<topo>

6 Power Future 2004 reúne 50 empresas de energia alternativa

Destinado a profissionais do setor de geração de energia através de fontes alternativas, o Power Future 2004 reúne 50 empresas especializadas na área de energia alternativa, que estão expondo equipamentos e soluções já implementadas e apresentando novos projetos. A estimativa dos organizadores é que entre cinco e seis mil visitantes participem do evento até amanhã. Segundo os organizadores, a intenção é tornar o Power Future um evento anual, mas ainda não existe a definição sobre a sua permanência no Ceará. O estado foi escolhido para a primeira edição por causa das experiências já consolidadas de geração de energia eólica e por causa do imenso potencial ainda a ser explorado. Além da exposição, acontece paralelamente um fórum de discussões e palestras sobre energias alternativas, com temas como políticas públicas para o setor, experiências internacionais e geração de emprego e renda através de projetos de energia renovável. (O Povo - 28.04.2004)

<topo>

 

Empresas

1 BNDES e AES novamente em imbróglio jurídico

O BNDES entrou na Justiça neste mês contra a AES, cobrando outra dívida, de US$ 750 milhões. Agora, o débito é da SEB (Southern Electric Brasil), empresa controlada pela AES. A SEB é dona de 32,96% do capital votante da Cemig. Para o diretor da área financeira do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, "não está descartada" a hipótese de o banco ocupar o lugar da AES como sócia da estatal mineira. Segundo ele, há boas possibilidades de haver uma solução negociada até o final do ano. De acordo com o diretor do BNDES, as negociações sobre a dívida estavam quase paradas e o recurso à cobrança judicial é uma forma de trazer a direção da AES de volta à mesa. A negociação no caso da SEB é tripartite, envolvendo também o governo de Minas Gerais, controlador da Cemig. Segundo Costa, como a dívida da SEB está totalmente provisionada, se não houver acordo o impacto financeiro já está absorvido. Se houver acordo, o balanço do banco melhora substancialmente porque os mais de R$ 2 bilhões provisionados voltam a ficar disponíveis. (Folha de São Paulo - 28.04.2004)

<topo>

2 Celesc espera valorização de ações para realizar captação de recursos no mercado financeiro

A Celesc está aguardando a melhora nas negociações dos seus papéis na Bovespa para lançar um programa de captação de recursos no mercado financeiro. Segundo o presidente da distribuidora, Carlos Rodolfo Schneider, a valorização das ações da empresa é considerada condição essencial para que a empresa estruture negócios visando atrair recursos para investimentos através do mercado de capitais. "Só vamos estudar operações de captação quando os papéis da empresa tiverem alcançado um valor justo para os acionistas. Hoje, o valor está bem abaixo do ideal", analisa o executivo. De acordo com o analista Sérgio Tamashiro, captações de recursos envolvendo empresas estatais dependem não só de preços razoáveis para os papéis, mas da própria participação do estado controlador. Caso contrário, explica, a participação acionária na companhia pode diminuir, pondo em risco até mesmo o controle na estatal. Atualmente, o estado de Santa Catarina detém quase o limite mínimo de participação na empresa, com 51% das ações ordinárias. (Canal Energia - 27.04.2004)

<topo>

3 Celesc quer estender acordo de cooperação com outras estatais

A Celesc pretende estender a outras estatais o acordo de parceria firmado no ano passado com a Cemig, envolvendo troca de experiências administrativas e gerenciais. Schneider revela que já está em contato com a Copel para que o mesmo tipo de cooperação seja firmado, ainda este ano. O executivo explica que o grande objetivo com os acordo é promover uma sinergia entre as empresas estatais estaduais de energia. (Canal Energia - 27.04.2004)

<topo>

4 Cemig realiza processo de oferta pública de energia

O prazo para cadastramento e habilitação no processo de oferta pública de energia da Cemig termina nesta quarta-feira, dia 28 de abril. A concessionária está disponibilizando 120 MW médios para a região Sudeste/Centro-Oeste. O montante será dividido em dois blocos: um de 20 MW médios no período de dois anos e outro de 100 MW médios, com prazo de três a cinco anos. Os dois produtos têm início de fornecimento em 2005. O preço apresenta uma curva, com valores de R$ 65,73, em 2005; R$ 69,14, em 2006; R$ 75,22, em 2007, R$ 83,80, em 2008; e R$ 94,02, em 2009. A idéia de realizar ofertas públicas, segundo a distribuidora, se dá em função das novas regras do setor elétrico e a necessidade de oferecer um processo transparente ao mercado, enquanto a concessionária não conclui a desverticalização. Após o encerramento da habilitação e cadastramento, o consumidor livre deverá encaminhar no dia 29 de abril a proposta de compra à Cemig, que poderá ampliar a disponibilidade de energia dependendo das propostas. O resultado sai no dia 30 de abril. (Canal Energia - 27.04.2004)

<topo>

5 AES Sul realiza grupamento de ações na expectativa de reduzir custos

A AES Sul espera reduzir custos com o grupamento de ações, proposta aprovada na última assembléia geral realizada no dia 26 de abril. A empresa mantém sigilo sobre o nível de redução, já que a operação ainda está em andamento. A operação, que prevê o grupamento de quatro mil ações para uma ação, resultará em um capital para a empresa representado por 134.303 ações sem valor nominal. Segundo Maurício Aquino, gerente Contábil da companhia, a proposta é uma saída para os acionistas minoritários que estavam insatisfeitos com o desempenho financeiro da empresa. A principal crítica destes acionistas é a diminuição de ganhos ao longo dos anos. Aquino lembra que, em 1997, existia uma expectativa de ganho, mas que a crise energética em 2001 e 2002 e a dificuldade das distribuidoras pós-racionamento diminuíram essa expectativa. (Canal Energia - 27.04.2004)

<topo>

6 Curtas

Uma comissão representativa dos expropriados da primeira etapa da Usina Hidrelétrica de Tucuruí serão recebidos em audiência hoje pela diretoria-executiva da Eletronorte. (O Liberal - 28.04.2004)

<topo>

 

Licitação

1 Eletronorte

A Eletronorte prorroga o prazo para implantação de um controlador de tensão na subestação São Luís II, do sistema de transmissão Norte-Nordeste, no Maranhão. O novo prazo vai até o dia 14 de maio e o preço do edital é de R$ 300,00 na versão impressa e R$ 15,00 por meio eletrônico. (Canal Energia - 28.04.2004)

<topo>

2 Eletroacre

A Eletroacre abre processo para execução de serviços nas áreas de comercialização, distribuição e operação dos sistemas de energia elétrica em todas as áreas de concessão da empresa no interior do Acre. O processo inclui fornecimento de mão de obra, veículos e equipamentos. O prazo para a realização das propostas termina em 28 de maio e o edital pode ser adquirido por R$ 30,00. (Canal Energia - 28.04.2004)

<topo>

3 Cepisa

A Cepisa abre licitação para manutenção preventiva e corretiva em redes de distribuição de alta e baixa tensão em várias cidades do interior e na capital do Piauí, com caminhões e viaturas de porte médio. O prazo encerra no próximo dia 24 de maio. (Canal Energia - 28.04.2004)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Subsistema Norte registra redução de 0,1%

A capacidade de armazenamento no subsistema Norte está em 89,8%. O índice teve uma queda de 0,1% em relação ao dia 25 de abril. A hidrelétrica de Tucuruí registra volume de 98,7%. (Canal Energia - 27.04.2004)

<topo>

2 Subsistema Nordeste está 57,2% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios no subsistema Nordeste registram 97,1% da capacidade armazenada, volume 57,2% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo de 0,5% em relação ao dia anterior. A usina de Sobradinho está com 99,8% da capacidade. (Canal Energia - 27.04.2004)

<topo>

3 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está 49,6% acima da curva de aversão ao risco

O nível de armazenamento no subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 81,31%, ficando 49,6% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento de 0,07% em um dia. As hidrelétricas de Emborcação e Furnas registram volume de 99,62% e 98,2%, respectivamente. (Canal Energia - 27.04.2004)

<topo>

4 Nível de armazenamento no subsistema Sul está em 49,4%

A região Sul registra 49,4% da capacidade, uma redução de 0,02%. A hidrelétrica de Passo Fundo registra volume de 59,2%. (Canal Energia - 27.04.2004)

<topo>

5 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Economia Brasileira

1 O IPC da Fipe acelera e sobe 0,17% na 3ª- prévia

O Índice de Preços ao Consumidor da Fipe apresentou variação positiva de 0,17% na terceira quadrissemana de abril, ante alta de 0,08% registrada nas quatro semanas imediatamente anteriores. O grupo saúde registrou a maior elevação, passando de 0,65% para 1,49%; transportes acelerou 0,20 ponto percentual, para 0,47%, e educação fixou elevação de 0,07%, invertendo a deflação de 0,08% na semana anterior. O item despesas pessoais acelerou de 0,22% para 0,28%, enquanto vestuário passou de 0,17% para 0,35%. Em direção oposta, habitação subiu 0,17%, ante alta de 0,22% da semana anterior. Alimentação ficou estável, e na prévia anterior havia tido deflação de 0,51%. (Gazeta Mercantil - 28.04.04)

<topo>

2 CNI divulga avaliação dos empresários sobre o primeiro trimestre mostrou sinais de recuperação

No primeiro trimestre deste ano as indústrias enfrentaram queda no faturamento, produção e emprego, em comparação ao quarto trimestre de 2003. Os dados constam da sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e mostram que, na avaliação dos empresários, o primeiro trimestre o, mas o desempenho da economia ficou abaixo do esperado. Segundo os entrevistados, o maior dinamismo da atividade produtiva nos três primeiros meses foi comprometido pelo aumento de 3% para 7,6% da Cofins não-cumulativa, pela elevação dos preços das matérias-primas e pela redução no ritmo de corte da taxa de juros. De acordo com a sondagem, o faturamento, a produção e o emprego receberam as pontuações 47,6, 48,7 e 49,2, respectivamente, numa escala de zero a 100. Segundo a metodologia da pesquisa, números acima de 50 indicam expectativas positivas e abaixo de 50, expectativas negativas. No último trimestre de 2003, para as três categorias, as pontuações haviam ficado acima de 50. Já o indicador de expectativa quanto à evolução do faturamento nos próximos seis meses alcançou 59 pontos, o maior desde abril de 2003. As perspectivas para o emprego melhoraram, foram a 51 pontos. (Gazeta Mercantil - 28.04.04)

<topo>

3 Saldo corrente vai a US$ 817 mi

A conta de transações correntes no terceiro mês do ano foi superavitária em US$ 817 milhões. No mesmo período do ano passado, o saldo havia sido de US$ 169 milhões. As informações constam de nota do Setor Externo divulgada ontem pelo Banco Central (BC). Entretanto, o saldo em transações correntes deve ser deficitário em US$ 450 milhões no mês de abril, segundo projeção do chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. Esse resultado mensal contribuiu fortemente para que, no acumulado do ano, o superávit em transações correntes chegasse a US$ 1,68 bilhão. A projeção do BC, revisada trimestralmente, é que até o final deste ano haja um superávit de US$ 200 milhões. Apesar do bom desempenho em conta-corrente, impulsionado principalmente pelo resultado de US$ 2,6 bilhões da balança comercial, o resultado global do balanço de pagamentos em março foi deficitário em US$ 1,27 bilhão, ante superávit de US$ 3,7 bilhões registrados em igual período de 2003. (Gazeta Mercantil - 28.04.04)

<topo>

4 Envio de lucro e dividendo para o exterior cresce 79%

O envio de lucros e dividendos para o exterior cresceram 79% no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do Banco Central. Entre janeiro e março, as remessas ao exterior somaram US$ 1,61 bilhão, contra US$ 903 milhões registrados em igual período de 2003, no início do Governo Lula. O maior crescimento se deu na saída de lucros obtidos com aplicações no mercado financeiro. Nesse quesito, as remessas feitas no primeiro trimestre passaram de US$ 243 milhões, em 2003, para US$ 647 milhões neste ano, um aumento de 166%. Já as multinacionais que operam no Brasil enviaram dividendos no valor de US$ 970 milhões para suas matrizes no exterior, valor 49% maior do que o observado nos primeiros três meses do ano passado. Com base nos números fechados em março, o BC diz que as empresas que mais remetem lucros ao exterior são as dos setores financeiro (bancos), de celulose e de varejo. (Jornal do Comércio - 28.04.04)

<topo>

5 Investimento estrangeiro direto caiu em março

O fluxo de investimento estrangeiro direto para o Brasil ficou abaixo do esperado pelo Governo no mês passado, aumentando a possibilidade de que as projeções para o ingresso de capital externo neste ano não se concretizem. Em março, o País recebeu US$ 703 milhões em investimentos, abaixo dos US$ 900 milhões esperados inicialmente. Neste mês, os valores continuam baixos. Dados parciais fechados pelo Banco Central ontem indicavam o ingresso de US$ 350 milhões em investimentos estrangeiros diretos no País. Ainda segundo o BC, esse valor deve subir para US$ 500 milhões até o próximo dia 30. Confirmada essa projeção, o Brasil terá recebido US$ 3,2 bilhões em capital externo nos primeiros quatro meses do ano. Mantido esse ritmo, o ingresso de investimentos estrangeiros ficaria em aproximadamente US$ 9,6 bilhões ao longo de 2004, abaixo, portanto, dos US$ 13 bilhões esperados pelo BC. (Jornal do Comércio - 28.04.04)

<topo>

6 Brasil terá neste ano US$ 1 bi a menos do Bird

O governo está deixando de tomar financiamentos de baixo custo de organismos multilaterais, em virtude do atraso na agenda de reformas e de rígidas regras fiscais, ambientais e de regulação financeira adotadas pelos financiadores. O Banco Central anunciou ontem redução de US$ 2,5 bilhões para US$ 1,5 bilhão de sua previsão de ingressos de recursos do Banco Mundial (Bird) neste ano. "Como os programas não estão andando no prazo, os desembolsos devem ser adiados", disse o chefe do departamento econômico do BC, Altamir Lopes. Os recursos perdidos equivalem a um quarto das captações soberanas previstas para o ano, que devem ficar em US$ 4 bilhões. A perda desses recursos ocorre em um momento em que o País paga mais em amortizações do que obtém de empréstimos dos organismos multilaterais. (Gazeta Mercantil - 28.04.04)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial se mantém em alta moderada neste final de manhã, acompanhando o mau humor dos mercados em geral. Às 12h23m, a moeda americana subia 0,37%, cotada por R$ 2,927 na compra e R$ 2,929 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou 0,24% mais caro, a R$ 2,9160 na compra e a R$ 2,9180 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 28.04.2004)

<topo>

 

Internacional

1 Argentina realiza nova redução no volume de gás enviado ao Chile

A Argentina reduziu mais uma vez o volume de gás natural enviado ao Chile, racionado desde o início do mês por conta do aumento do consumo interno causado pelas baixa temperaturas. A medida foi adotada no sábado passado. Além do corte de 3,3 milhões de metros cúbicos diários, aplicado desde o início do mês no volume definido com o Chile, ocorre também a redução de pelo menos outros 950 mil metros cúbicos por dia, assinalou o jornal "El Cronista". No entanto, os números publicados pela imprensa local são contraditórios. O "Clarín" informou que o corte adicional chegou a dois milhões de metros cúbicos diários, enquanto o "La Nación" apontou que o racionamento foi ampliado em 1,1 milhão de metros cúbicos diários. A informação chegou à imprensa por porta-vozes das geradoras de energia do Chile atingidas pelo racionamento, e não foi confirmada nem desmentida pelas autoridades locais. O maior racionamento no envio de gás afetou as geradoras Electroandina e Edelnor, que fornecem energia à região norte do Chile, segundo o "El Cronista". O aumento do racionamento será aplicado durante as baixas temperaturas nas regiões mais povoadas da Argentina, que fizeram o consumo de gás aumentar. (Gazeta Mercantil - 28.04.2004)

<topo>

2 Acordo Argentina-Bolívia desagrada chilenos

As autoridades argentinas acreditam que poderão superar os problemas causados pela crise graças a acordos assinados para a compra de combustíveis da Venezuela e de gás natural da Bolívia. A Argentina comprará quatro milhões de metros cúbicos de gás boliviano, com a condição de não fornecer depois o hidrocarboneto "a terceiros países", diz o convênio em uma tácita referência ao Chile, país ao qual a Bolívia pede sem sucesso que lhe ceda uma saída ao mar para compensar a perda de territórios em uma guerra do século XIX. As autoridades chilenas protestaram contra as da Bolívia por esta cláusula e exigem que a Argentina cumpra seus compromissos de fornecimento de gás por considerar que o racionamento viola acordos bilaterais e os contratos entre empresas de energia. (Gazeta Mercantil - 28.04.2004)

<topo>

3 Endesa registra queda de 40,2% no lucro no primeiro trimestre do ano

O lucro da Endesa caiu 40,2% no primeiro trimestre deste ano, para 400 milhões de euros, face aos 669 milhões de euros registrados no mesmo período de 2003. No entanto, se forem excluídos os resultados extraordinários do ano passado, quando a empresa vendeu alguns ativos, entre os quais as redes de transporte de eletricidade, o lucro subiu 74,7%, sublinhou a empresa. A venda das linhas de transporte à Rede Eléctrica Nacional e alguns ativos imobiliários teve um impacto positivo de 440 milhões de euros nos lucros do primeiro trimestre de 2003. O resultado operacional subiu 18,5% para 1,24 milhões de euros, e o volume de negócios cresceu 8,1% para 4,286 milhões de euros. O resultado bruto de exploração - EBITDA - cresceu 12,2%, para 1,412 milhões de euros. O aumento de produção da Endesa foi de 12,8%, para 44.300 GWh e as vendas de energia elétrica aumentaram 7,4% para 43,300 GWh. (Diário Econòmico - 28.04.2004)

<topo>

4 Analistas projetam crescimento de 18% do lucro da EDP no primeiro trimestre

O resultado líquido da EDP deve ter subido 18% no primeiro trimestre do ano, face a igual período de 2003, para 156 milhões de euros, segundo as previsões dos analistas. Os analistas apontaram as suas previsões para um lucro entre os 138 milhões e os 175,3 milhões de euros, a que corresponde um crescimento do resultado líquido entre 14% e 32%, face aos três primeiros meses de 2003. A EDP deve divulgar os resultados trimestrais na quinta-feira depois do fechamento da bolsa. O EBITDA - resultado antes de juros, impostos, depreciações e desvalorizações - também aumentou 12% para 461milhões. As vendas subiram 11% para 1657 milhões, de acordo com a média das expectativas dos seis analistas consultados. (Diário Econòmico - 27.04.2004)

<topo>

5 Privatização da Galp Energia recebe quatro propostas

A privatização de pelo menos 33% da Galp Energia, de Portugal, recebeu ontem quatro propostas de compra apresentadas pelo consórcio Carlyle, grupo José de Mello, Viacer e o fundo de capital de risco inglês CVC. "Três candidatos já apresentaram as suas propostas: Carlyle, grupo Mello e Viacer, o que foi feito anteontem no final da tarde", afirmou à agência Lusa. Fonte do fundo do capital de risco inglês CVC, que controla a Lecta, confirmou que a sua proposta foi entregue em Londres. (Gazeta Mercantil - 28.04.2004)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Bruno Schröder

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás