l IFE:
nº 1.331 - 22 de abril de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Abinee projeta crescimento acima de 5,5% para 2004 A Abinee
(Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) acredita que
o mês de março foi positivo para as vendas do setor, com resultado superior
ao registrado no mesmo período do ano anterior. Sem informar a estimativa
de faturamento no período, a entidade destaca o desempenho das áreas de
automação industrial, informática, equipamentos industriais e componentes
elétricos e eletrônicos. Segundo a Abinee, já se pode prever um crescimento
superior aos 5,5% estimados no início do ano. (Canal Energia - 20.04.2004) 2 Abinee: Área de energia foi um dos segmentos negativos nesse período A área de
energia foi um dos segmentos negativos nesse período segundo a Abinee.
A falta de leilões para segmento de geração não traz expectativas positivas
no curto prazo. A associação só prevê encomendas no próximo ano. O segmento
de transmissão apresenta uma perspectiva melhor no médio prazo. As compras
de equipamentos dos lotes licitados em 2002 e 2003 ainda não se concretizaram
na sua totalidade, o que deve ocorrer nos próximos cinco meses. A implementação
de obras consideradas prioritárias podem trazer negócios de R$ 360 milhões
até o final do primeiro semestre. Na área de distribuição, o atraso no
programa de universalização Luz para Todos prejudica o cronograma de encomendas.
A Abinee explica que a situação é conseqüência da demora dos estados e
das concessionárias em aderir e assinar os protocolos com o MME e com
a Eletrobrás. Este programa prevê investimentos de R$ 7 bilhões, em cinco
anos. (Canal Energia - 20.04.2004) 3 Aplicação de recursos do Fundo Setorial Elétrico será debatida em reunião As empresas
do setor elétrico discutirão com o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo
Campos, a aplicação de recursos do Fundo Setorial Elétrico. A reunião
acontecerá na segunda quinzena de maio. Um dos focos do encontro será
a nacionalização de equipamentos eletronucleares. Para Luiz Pinguelli
Rosa, que está deixando a presidência da Eletrobrás, a substituição de
importações na área de construção de turbinas seria muito bem-vinda, em
razão do grande interesse das indústrias nacionais e também do governo
da Áustria, que quer transferir sua tecnologia. (Canal Energia - 20.04.2004) 4
Ministra do MMA quer evitar burocratização da concessão de licenças ambientais
5 MME firma termos de compromisso com cooperativas de eletrificação rural para execução do Luz para Todos O MME, no
âmbito do programa Luz para Todos, assinou os primeiros termos de compromisso
com cooperativas de eletrificação rural para a execução do programa. Os
termos foram firmados com a Federação das Cooperativas de Eletrificação
Rural do Piauí (Fecoerpi), que representa oito entidades, e a Cooperativa
de Eletrificação e Desenvolvimento Rural Centro-Sul de Sergipe (Cercos).
Estes acordos irão garantir a execução de 30,3 mil novas ligações. As
cooperativas receberão recursos do governo federal para realizarem as
instalações em suas áreas, tornando-se agentes executores do programa
de eletrificação. A estimativa é que existam cerca de 130 cooperativas
de eletrificação rural no país. (Canal Energia - 20.04.2004)
Empresas 1 EDP Brasil anuncia reestruturação societária A EDP Brasil
anunciou uma reestruturação societária que reunirá as companhias do grupo
sob o seu guarda-chuva e culminará com o lançamento de suas ações no Novo
Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo no segundo semestre. A operação
abre caminho para que a empresa de capital português capte recursos em
bolsa para novos investimentos no país. "Ir para a bolsa possibilita à
empresa captar recursos para investir, mas por enquanto estamos fazendo
apenas uma troca de ações", disse António Martins da Costa, presidente
da EDP Brasil. Segundo informações de mercado, o grupo estuda fazer, nos
próximos dois anos, um aumento de capital de até US$ 500 milhões para
financiar novos investimentos. "A EDP tem capital suficiente para investir
nos próximos dois ou três anos", disse Costa. A companhia espera ter a
aprovação da Aneel para a reestruturação societária dentro de 45 dias.
(Valor - 22.04.2004) 2 EDP Brasil passará a ser a única empresa do grupo com cotação em bolsa A operação de reestruturação consiste em abrir o capital da EDP Brasil, hoje 100% controlada pela EDP Portugal, fazendo com que as ações da empresa sejam negociadas no Novo Mercado, o espaço da Bovespa com regras mais rígidas de governança corporativa. Assim, a EDP Brasil passará a ser a única empresa do grupo com cotação em bolsa em substituição às controladas (Bandeirante Energia, Escelsa e Enersul), que ficarão sob o guarda-chuva da holding. "Os objetivos da operação são ter uma organização enxuta e um único veículo em bolsa capaz de dar maior liquidez e potencial de crescimento aos acionistas", avaliou António Martins da Costa, presidente da EDP Brasil. (Valor - 22.04.2004) 3 Operação da EDP Brasil prevê a extinção da Magistra e da Iven A operação
da EDP busca sinergias e prevê a extinção da Magistra e da Iven, empresas
de participação criadas para a compra da Enersul e da Escelsa, respectivamente.
A Iven detém 52,27% da Escelsa, a qual tem 100% da Magistra. Esta, por
sua vez, possui 65,2% da Enersul. Com a operação, Escelsa e Enersul ficarão
ligadas à EDP Brasil. Cerj e Coelce, distribuidoras nas quais a EDP é
acionista minoritária, não foram incluídas na transação. António Martins
da Costa, presidente da EDP Brasil, disse que não foi definido se Bandeirantes,
Escelsa e Enersul terão o capital fechado, o que dependerá da adesão dos
acionistas minoritários à EDP Brasil. O executivo afirmou que a relação
de troca das ações destas empresas por papéis da EDP será definida a partir
de laudos de avaliação. Esses laudos estabelecerão o valor econômico de
todas as companhias envolvidas na troca. A EDP optou por não basear a
troca de papéis no valor patrimonial ou de mercado. A Ernst & Young foi
a firma contratada para a avaliação e deverá concluir o trabalho dentro
de algumas semanas. (Valor - 22.04.2004) 4
António Martins da Costa: EDP irá funcionar como uma holding estratégica
e operacional 5 Reestruturação da EDP Brasil serve como exemplo para outras companhias do setor A reestruturação
da EDP Brasil vai na mesma linha de operações promovidas por outras companhias
do setor elétrico. A CPFL é o principal exemplo, por estar em estágio
mais avançado. Depois de agrupar seus ativos sob uma holding, a empresa
se prepara para captar US$ 500 milhões com ações no segundo semestre.
Grupo Rede, Guaraniana e Light são outras que já apontaram na mesma direção.
(Valor - 22.04.2004) 6 Coelba, Coelce, Energipe e Cosern têm reajuste tarifário autorizado pela Aneel A Aneel
autorizou o reajuste das tarifas das distribuidoras Coelba, Coelce, Energipe
e Cosern. O menor reajuste médio foi definido para a Coelce, de 11,12%.
O maior percentual de reajuste foi de 15,11% para a Cosern. Energipe e
Coelba tiveram um reajuste médio de 14,01% e 12,77%, respectivamente.
As novas tarifas entram em vigor a partir de hoje. O reajuste terá aplicação
diferenciada por categoria de consumo. Os índices para o consumidor residencial
e as pequenas empresas serão de 9,9% para a Coelba, de 8,85% para a Coelce,
de 10,34% para a Energipe e de 11,30% para a Cosern. Já os consumidores
industriais e comerciais de médio e grande porte, ligados em alta tensão,
terão reajustes de 17,40%, 14,17%, 17,95% e 21,14% respectivamente. (Gazeta
Mercantil e Jornal do Commercio - 22.04.2004) 7 Furnas e Copel vencem leilão de energia da Comerc A Comercializadora
de Energia Elétrica (Comerc) anunciou que Furnas e Copel foram as vencedoras
do leilão de compra de energia realizado em 13 de abril. O leilão possibilitou
a aquisição de 43 MW de energia elétrica para atender as empresas Copebrás,
Paramount Têxteis e Santher, que passarão a ter o status de consumidores
livres. De acordo com Marcelo Parodi, diretor da Comerc, esse foi o leilão
mais disputado entre os realizados pela comercializadora. A competição
pelo suprimento às empresas resultou, segundo ele, em uma redução de preços
de até 26% em relação aos lances iniciais. Furnas e Copel venceram as
disputas para ofertar energia para a Copebrás e para a Santher. A comercializadora
somente anunciará o vencedor da disputa pela venda de energia à Paramount
Têxteis na próxima semana, após reunião do conselho da empresa. (Jornal
do Commercio - 22.04.2004) 8 Aneel retoma processo de transferência da Cemar A Aneel
retomou o processo de transferência do controle societário da Cemar. A
transferência havia sido interrompida em função de ações liminares suspendendo
o processo. No entanto, a Justiça do Maranhão suspendeu os efeitos da
liminar, permitindo a retomada do processo pela Aneel. A agência publicou
hoje resolução autorizativa nº 157 que estabelece prazo até 17 de maio
para que seja feita a entrega de cópia do contrato de venda e compra de
ações referente à transferência do controle societário da Cemar da PPL
Global para a SVM Participações e Empreendimentos, do grupo GP Investimentos.
(Canal Energia - 22.04.2004) 9 Cesp terá R$ 700 mi em dívidas de curto prazo após acordo com BNDES A quitação de dívidas R$ 1,2 bilhão junto ao BNDES e à União deve reduzir a dívida de curto prazo de Cesp para a aproximadamente R$ 700 milhões. De acordo com um executivo da geradora paulista, o volume concentrado no curto prazo (nos próximos 12 meses) soma atualmente R$ 1,9 bilhão, valor que engloba o serviço da dívida da empresa com o governo federal, em vias de ser quitado. Segundo o executivo, a liberação do financiamento do BNDES deverá ocorrer nos próximos dias. O aporte, de R$ 1,2 bilhão, será utilizado exclusivamente para saldar os compromissos em vencimento com a União e o banco estatal. De acordo com o balanço financeiro relativo a 2003, a dívida total da Cesp soma aproximadamente R$ 10 bilhões, dos quais cerca de 70% está atrelada à União e ao BNDES. (Canal Energia - 20.04.2004) 10 Cesp realiza oferta de venda de 240 mil MWh no final do mês de abril A Cesp vai
realizar uma oferta de venda de 240 mil MWh no curto prazo, para o mês
de abril. De acordo com chamada pública publicada nesta no dia 20 de abril,
o negócio tem como objetivo atender as necessidades do mercado de energia
elétrica nos quatro submercados do país - Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte
e Nordeste. A venda, restrita aos agentes do MAE, acontecerá no próximo
dia 29, através de ofertas encaminhadas ao fax (11) 5615-3479, das 9 às
16 horas. O aviso de venda está publicado no site da empresa: www.cesp.com.br
(Canal Energia - 20.04.2004) 11 Cerca de 525 mil consumidores da Cemig perderão subsídio Pelo menos 525 mil consumidores de baixa renda atendidos pela Cemig vão perder o subsídio concedido pelo Governo para quem possui renda familiar mensal e até R$ 100. Essas pessoas, que consomem em média de 80 kWh a 220 kWh por mês, não fizeram o recadastramento solicitado pela Aneel para que continuassem na lista. O subsídio pode resultar em desconto de até 74% do valor da conta de luz. O cadastramento acabou no dia 16 de março, quando a Aneel começou a excluir da lista de benefícios os consumidores que não encaminharam declarações comprovando renda de até R$ 100. (Jornal do Commercio - 22.04.2004) 12 Cerj registra prejuízo de R$ 75 mi em 2003 A Cerj registrou,
em 2003, prejuízo líquido de R$ 75 milhões, menor que os R$ 386,01 milhões
verificados no ano anterior. A receita bruta da empresa aumentou 27,7%,
totalizando R$ 2,3 bilhões, em relação ao R$ 1,8 bilhão verificado no
exercício de 2002. O resultado operacional passou de R$ 419,3 milhões
negativos em 2002 para R$ 203,8 milhões negativos no último período. Um
dos motivos apontados pela distribuidora para a melhoria dos números é
o crescimento de 37% da receita faturada, proveniente principalmente do
reajuste tarifário de 28,56% obtido em dezembro de 2002. Outra causa para
os valores mais elevados na receita operacional líquida, que aumentou
R$ 237 milhões, totalizando R$ 1,5 bilhão, foi o aumento de 4,1% na demanda
por energia elétrica, na comparação com 2002. O total de energia faturada
atingiu os 7,1 mil GWh, superando o total computado em 2002, de 6,8 mil
GWh, mas ainda abaixo dos 7,6 mil GWh registrados em 2000, antes do racionamento
de energia. Segundo informações da Cerj, o crescimento verificado no consumo
de energia ainda está deprimido pela manutenção de hábitos adquiridos
no racionamento. (Gazeta Mercantil - 22.04.2004) 13 Cerj: Liberação de 25% dos contratos iniciais impediu melhores resultados em 2003 A Cerj informou
que o resultado de 2003 só não foi melhor porque houve diminuição da receita
com suprimento de energia, com a liberação de 25% dos contratos iniciais.
Em contraposição, aumentou 42% a despesa com a compra de energia, devido
ao aumento da demanda e ao incremento de 25% na compra de "energia nova".
(Gazeta Mercantil - 22.04.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Nível de armazenamento no subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 80,9% Os reservatórios
do submercado Sudeste/Centro-Oeste registram 80,9% da capacidade, valor
49,6% acima da cuva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um acréscimo
de 0,1% em um dia. As hidrelétricas de Emborcação e Furnas apresentam
índice de 99,6% e 96,6%, respectivamente. (Canal Energia - 20.04.2004) 2 Subsistema Sul registra nível de armazenamento de 48,4% A região
Sul está com 48,4% da capacidade, uma queda de 0,1%. A hidrelétrica de
G. B. Munhoz registra volume de 45,3%. (Canal Energia - 20.04.2004) 3 Subsistema Nordeste está 53,9% acima da curva de aversão ao risco A capacidade
de armazenamento no subsistema Nordeste está em 93,5%, volume 53,9% acima
da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo de 0,2%
em comparação com o dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho registra
volume de 99%.(Canal Energia - 20.04.2004) 4
Nível de armazenamento no subsistema Norte está em 89,5% 5 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 CSPE anuncia resultados da revisão tarifária O Governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; o Secretário de Estado de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce; e o Comissário Geral da CSPE, Zevi Kann, anunciaram na terça-feira, dia 20 de abril, os resultados da revisão tarifária realizada pela CSPE. Entre os dados apresentados estão a redução tarifária para 73% dos consumidores residenciais em valores da ordem de 15%; a criação de Programa de P&D com recursos da concessionária estimados em 12 milhões em 5 anos; os investimentos de 1.2 bi no plano de negócios regulatório de 5 anos; a criação de segmento de uso do gás como matéria prima; e a intenção de dobrar os volumes vendidos em 5 anos. (NUCA-IE-UFRJ - 22.04.2004) 2 MSGás investe no gás residencial e comercial A MSGás
vai publicar na primeira quinzena de maio no Diário Oficial do Estado,
o edital de licitação para contratação da empresa que vai realizar as
obras de ligação para o fornecimento de gás natural residencial no centro
de Campo Grande. Até agora 10 edifícios localizados nas avenidas Calógeras
e Afonso Pena até em frente ao Shopping Campo Grande, onde já existem
os ramais de distribuição do Gasoduto Bolívia-Brasil, manifestaram interesse
em fazer as ligações. (Correio do Estado - 22.04.2004) 3 Projeto brasileiro de crédito de carbono disputa prêmio na Holanda O projeto
brasileiro "Cogeração com Bagaço Vale do Rosário" é um dos cinco finalistas
do prêmio de melhor projeto de MDL 2004. A premiação fará parte da conferência
"Carbon Market Insights", iniciada na última terça-feira, dia 20 de abril,
em Amsterdã. Elaborado pela Econergy Brasil para a usina sucro-alcooleira
Cia. Açucareira Vale do Rosário, o projeto é enquadrável no MDL (Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo) por gerar energia renovável a partir do bagaço
da cana-de-açúcar. (Canal Energia - 22.04.2004) 4 USP desenvolve produto para geração de energia solar O Laboratório
de Fotoquímica Inorgânica e Conversão de Energia, do Instituto de Química
da USP, desenvolve um produto para gerar energia elétrica a partir da
luz do sol. O Dye Cells é um equipamento que substitui as células fotovoltaicas
atuais, separando os processos de absorção da luz e de transformação da
energia solar em elétrica. Um dos diferenciais do produto é o custo mais
baixo em relação à tecnologia fotovoltaica. Os pesquisadores explicam
que a matéria-prima base dessas células, o dióxido de titânio, é um produto
barato. O Ministério da Ciência e Tecnologia e a Finep (Financiadora de
Estudos e Projetos) encomendaram um estudo de viabilidade técnica e econômica
que mostrou a viabilidade da industrialização do equipamento. (Canal Energia
- 20.04.2004)
Economia Brasileira 1 Superávit primário do governo chega a 4,6% do PIB no trimestre O governo central - Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social - registrou superávit primário de R$ 17,6 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Com esse resultado, o desempenho fiscal do governo central ficou em 4,63% do Produto Interno Bruto (PIB) e acima, portanto, da meta trimestral acordada com o Fundo Monetário Internacional (FMI) de R$ 14,5 bilhões fixada para o setor público não-financeiro, que inclui também os estados e municípios. O secretário do Tesouro, Joaquim Levy, disse que o governo terá que compatibilizar a meta fiscal de economia de 4,25% do PIB com as metas sociais e as necessidades de crescimento. Entre janeiro e março, o déficit de R$ 6,5 bilhões (1,70% do PIB) da Previdência foi o dado negativo de destaque no desempenho fiscal. Em igual período do ano anterior, as contas ficaram negativas em um montante de R$ 4,4 bilhões. (Gazeta Mercantil - 22.04.04) 2 IGP-M tem alta de 0,98% em 21 dias A inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), foi de 0,98% na segunda prévia de abril, que compreende a variação de preços apurada no período de 21 de março a 10 de abril. O IGP-M já acumula este ano variação positiva de 3,74% e, em 12 meses, de 5,15%. Os preços no atacado continuam exercendo a maior influência no índice. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado no município de São Paulo, divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe/USP), apresentou variação positiva de 0,08% na segunda quadrissemana de abril (preços pesquisados de 16 de março a 15 de abril), ligeiramente acima da taxa da quadrissemana anterior (elevação de 0,06%). (Gazeta Mercantil - 22.04.04) 3 FMI diz que economia brasileira crescerá 3,5% neste ano O Brasil continua "significativamente vulnerável" por causa de seu alto endividamento e terá, em 2004, uma das menores taxas de crescimento entre os principais países emergentes do mundo, inclusive na comparação com seus vizinhos latino-americanos, segundo o relatório "Perspectivas para a Economia Mundial 2004" do FMI, divulgado ontem. O Brasil deve crescer 3,5% neste ano e repetir o mesmo percentual em 2005. O resultado ficará abaixo da média mundial, de 4,6% neste ano e de 4,4% em 2005, e da dos países do Mercosul, de 4% e 3,7%, respectivamente. A África também crescerá mais (4,2% e 5,4%). O baixo crescimento dos últimos anos no Brasil e na América Latina, segundo o FMI, criou uma situação de "tensão social" na região, com "alto desemprego, desigualdade de renda e pobreza generalizada". Em entrevista coletiva, o economista-chefe do FMI, Raghuram Rajan, elogiou o Brasil, mas sublinhou os riscos que o país corre -principalmente quando as taxas de juros norte-americanas começarem a subir. (Folha de São Paulo - 22.04.04) 4
Meirelles descarta risco de o Brasil não cumprir metas em 2004 5 Desemprego em SP sobe para 20,6% em março segundo Dieese O desemprego
total na região metropolitana de São Paulo aumentou para 20,6% da População
Economicamente Ativa (PEA) em março após os 19,8% registrados em fevereiro,
conforme pesquisa realizada pela Fundação Seade e pelo Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento mostrou
que 20 mil pessoas saíram do mercado de trabalho e houve a eliminação
de 94 mil postos de trabalho. Com isso, o número de desocupados subiu
em 74 mil. Em março, o contingente total de desempregados na região da
Grande São Paulo somava 2 milhões de pessoas contra 1,926 milhão de pessoas
do mês anterior. (Valor - 22.04.04) 6 Corte menor no juro vem da estabilidade e não tolhe expansão,diz Copom O Comitê
de Política Monetária (Copom) dedicou parte da ata da reunião de abril
a justificar a cautela na trajetória de redução dos juros. O Banco Central
diz que a diminuição do ritmo de queda faz parte da estabilização econômica
e garante que isso não atrapalha o crescimento. Para o Copom, " não faz
sentido, diante do quadro de normalização macroeconômica que o país vem
logrando consolidar, inferir de forma mecânica que um ritmo mais moderado
de reduções dos juros corresponda a uma avaliação negativa sobre o comportamento
futuro da inflação, ou que dele deva resultar pessimismo a respeito da
trajetória futura do nível de atividade ". Na análise da diretoria do
BC, " a atuação cautelosa da política monetária tem sido fundamental para
aumentar a probabilidade de que a inflação convirja para a trajetória
das metas. " Isso porque, dependendo do nível de estabilidade da economia,
a ação sobre os juros é diferente. (Valor - 22.04.04) 7 Empresários estão menos otimistas, segundo CNI O empresariado industrial colocou o pé no freio na sua expectativa de retomada do crescimento da economia. É o que revela o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que despencou 6,1 pontos em abril. O índice ficou em 56,3 pontos ante os 62,4 da pesquisa anterior, de janeiro último. Segundo a CNI, a frustração de expectativa neste segundo trimestre se repetiu pelo quarto ano consecutivo. Segundo técnicos da entidade, como os valores acima de 50 pontos - numa escala de zero a 100 - indicam empresários confiantes, o recuo mostra que houve deterioração das expectativas, mas ainda não ocorreu um grau maior de pessimismo. "Os empresários continuam confiantes na evolução dos negócios nos próximos seis meses, mas o indicador passou a apontar um recuperação moderada", diz a CNI. (Jornal do Comércio - 22.04.04) 8
Cofins diminui para 16 setores O mercado
de câmbio mantém o dólar próximo do equilíbrio neste final de manhã, apesar
do desempenho negativo de outros mercados. Às 12h14m, o dólar à vista
subia 0,06%, cotado a R$ 2,930 na compra e R$ 2,932 na venda. Na terça,
o dólar comercial terminou em firme alta de 0,79%, a R$ 2,9280 na compra
e a R$ 2,9300 na venda. Foi o valor mais alto desde 29 de março, quando
o dólar encerrou a R$ 2,94. (O Globo On Line e Valor Online - 22.04.2004)
Internacional 1 Bolívia acerta venda de gás à Argentina Na tentativa
de amenizar a crise energética vivida pelo país, o governo argentino assinou
ontem com a Bolívia um acordo que prevê a importação de 4 milhões de metros
cúbicos de gás por dia a partir do mês que vem. O presidente boliviano,
Carlos Mesa, firmou o pacto apesar de ameaças da oposição. Anteontem,
o principal líder oposicionista, Evo Morales, disse que, se Mesa viajasse
a Buenos Aires deveria, "arcar com as consequências". A maior central
sindical do país marcou para o dia 2 de maio uma greve geral em protesto
contra a venda do gás. A principal preocupação na Bolívia é que o gás
exportado à Argentina possa ser repassado ao Chile. Chilenos e bolivianos
não têm relações diplomáticas devido a uma disputa territorial. A oposição
também contesta a decisão de vender o gás antes da realização de um plebiscito,
previsto para julho, em que se decidirá se o gás boliviano deve ser exportado.
(Valor - 22.04.2004) 2 Venda de gás da Bolívia à Argentina pode ser prorrogada por até três anos O acordo
entre Argentina e Bolívia prevê que o gás seja vendido por seis meses,
com a possibilidade de ser prorrogado por até três anos. Seu preço será
de US$ 0,98 por milhão de BTU (unidade térmica britânica), valor que supera
a cifra de US$ 0,45 paga aos produtores locais, mas que é significativamente
inferior à cotação internacional do gás, que está em cerca de US$ 1,40
por milhão de BTU. A exportação do gás será supervisionada pela companhia
estatal YPFB, mas a operação deverá ser levada a cabo por empresas privadas,
como a espanhola Repsol e a brasileira Petrobras. O presidente argentino,
Néstor Kirchner, agradeceu a Mesa por ter autorizado a exportação de gás
ao seu país "em uma situação extraordinária" e disse que a Argentina dará
apoio técnico ao desenvolvimento da indústria de gás boliviana. (Valor
- 22.04.2004) 3 EDP obtém 3,25 mi de euros em dividendos da CEM Os principais acionistas da Companhia de Eletricidade de Macau (CEM) vão receber cerca de 13 milhões de euros de dividendos relativos a 2003, com a portuguesa EDP a receber cerca de 3,25 milhões de euros. Com 21% de ações da CEM, a EDP faz parte do grupo sino-português que detém um total de 42% do capital da empresa e inclui ainda Ílidio Pinho, o qual tem direito a dividendos de 1,2 milhões de euros, e o empresário macaense Johny Or, que vai receber 1,7 milhões de euros. A Companhia de Eletricidade de Macau obteve em 2003 um lucro líquido de 45,15, milhões de euros, mais 300 mil euros do que em 2002, conforme consta do relatório do exercício do ano passado, divulgado em março. Em 2003, o consumo de eletricidade aumentou 4,2% e as vendas do exercício saldaram-se por 198,5 milhões de euros, contra custos apurados de 111,8 milhões de euros. As contas da CEM incluem ainda amortizações de 36,4 milhões de euros e a realização de provisões para impostos sobre os lucros no montante de 7,9 milhões de euros. (Diário Econòmico - 22.04.2004) 4
Bruxelas deve decidir processo sobre concentração gás e eletricidade na
EDP 5 Presidente da EDP critica Autoridade da Concorrência O presidente-executivo
da EDP, João Talone, criticou terça-feira (20/04), de forma velada, as
condições impostas pela Autoridade da Concorrência (AC) para que os mercados
de eletricidade e gás sejam competitivos em Portugal, nomeadamente, a
defesa de que o terminal de Sines fique na posse da Rede Energética Nacional
(REN). O presidente-executivo da EDP defendeu que todas as análises de
competitividade e concorrência das empresas devem ser feitas a nível ibérico,
afirmando que, se não tiver condições para crescer em Portugal, crescerá
na Espanha. Em resposta, o presidente da AC, Abel Mateus, recusou-se "a
alimentar polêmicas", relembrando o caso holandês, em que a autoridade
nacional impediu a fusão entre as seis maiores empresas de eletricidade
do país por considerar que mais importante do que ter uma grande empresa
capaz de concorrer a nível europeu, é assegurar a concorrência no mercado
nacional e preços de eletricidade mais baixos. (Diário Econòmico - 21.04.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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