l

IFE: nº 1.329 - 19 de abril de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Merrill Lynch: Reajuste da Cemig aumenta a confiança na nova regulamentação do setor
2 Tendências e deputado Eduardo Gomes criticam papel do ouvidor no projeto de lei das agências
3 Sub-chefe da Casa Civil: Papel do ouvidor é defender o interesse de usuários
4 Sub-chefe da Casa Civil defende criação de contratos de gestão
5 Fornecedores do setor elétrico decepcionados com desempenho no primeiro trimestre
6 Siemens: Novos negócios no segmento de geração somente com os leilões de energia nova
7 Siemens: Leilão de novas LTs traz boas perspectivas para o fornecimento ao segmento de transmissão
8 Uruguai vai receber energia do Brasil via Argentina
9 Curtas

Empresas
1 Aneel autoriza reajuste tarifário para RGE e AES Sul
2 Cerj espera concluir renegociação de dívida de R$ 800 mi ainda em abril
3 Cerj vai investir R$ 193 mi na melhoria do fornecimento de energia em 2004
4 Cesp vai receber R$ 1,2 bi do BNDES
5 Bandeirante, Duke Trading e Enersul são pré-selecionadas para leilão
6 CEEE assina contrato para construção de subestação de Canguçu
7 Propostas para a revisão tarifária de empresas de MG e RJ são submetidas a audiência pública

8 Eletrosul terá direito à receita anual por reforços em instalações de transmissão
9 Chesf terá direito a R$ 12,1 mi pela implantação de reforços em instalações de transmissão
10 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Boletim Diário da Operação do ONS

Economia Brasileira
1 Palocci responde a avaliação dos bancos reafirmando os compromissos fiscais
2 Meirelles diz que Brasil não tem planos de emitir dívida este ano
3 Previsão de carga fiscal maior no ano que vem

4 Grau de abertura da economia brasileira subiu em 2003
5 Mercado eleva projeção para IPCA em 2004
6 Citigroup e Merrill Lynch rebaixam a indicação de ativos brasileiros
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina e Bolívia assinam convênio para fornecimento de gás
2 EDF mudará estatuto até final de julho

 

Regulação e Novo Modelo

1 Merrill Lynch: Reajuste da Cemig aumenta a confiança na nova regulamentação do setor

Recentemente, a Cemig conseguiu um reajuste médio nas tarifas de 19,3%. Segundo analistas, a elevação nos preços dos serviços prestados pela empresa bem acima dos 5,08% registrados pelo IGP-M entre março de 2003 e abril de 2004 mostra a intenção do governo federal em dar um tratamento mais justo às distribuidoras de energia. Analistas da Merrill Lynch, em relatório publicado no último dia 7, afirmaram que o reajuste concedido à Cemig aumenta a confiança na nova regulamentação do setor, mas os especialistas alertam que ainda existem riscos regulatórios ligados aos papéis de empresas de energia elétrica brasileiras. No documento, os analistas recomendam a ação da empresa mineira como a única opção de compra dentre as companhias elétricas do país. (Valor - 19.04.2004)

<topo>

2 Tendências e deputado Eduardo Gomes criticam papel do ouvidor no projeto de lei das agências

O deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO) e o economista Gesner de Oliveira, consultor da Tendências Consultoria, criticaram a falta de independência das agências reguladoras no projeto de lei encaminhado à Câmara dos Deputados. Para o parlamentar, o papel do ouvidor no projeto de lei das agências reguladoras não está correto. Gomes avalia que o ouvidor não deveria ser indicado pelo governo em razão do forte caráter político da escolha. Ele acredita que a proposta deverá sofrer alterações durante a tramitação, em regime de urgência, na Câmara. Segundo Gesner Oliveira, o projeto apresentado à Câmara dá ao ouvidor poderes de influenciar no funcionamento das agências. Ele considerou positivo o mandato de dois anos para o ocupando do cargo. Em relação à adoção do contrato de gestão, Gomes e Gesner consideram que o instrumento limita a independência das agências. "O instrumento é bom, mas não fundamental. Na prática, ele diminui a independência das agências, o que, conseqüentemente, inibiria os investimentos", avalia Gesner. (Canal Energia - 16.04.2004)

<topo>

3 Sub-chefe da Casa Civil: Papel do ouvidor é defender o interesse de usuários

O sub-chefe da Casa Civil, Luiz Alberto Santos, defendeu o projeto de lei das agências reguladoras, afirmando que a proposta do governo é um instrumento do Estado para melhorar os serviços. Santos afirmou que o papel do ouvidor não tem o objetivo de vigiar o funcionamento da agência, mas sim defender o interesse dos usuários e dos agentes regulados também. Em relação à indicação por parte do governo, Santos revelou que não existe posição contrária à escolha do ouvidor pelo Senado. Ele comentou que o papel do ouvidor não é o de tomar decisões, mas sim o de acompanhá-las. "A independência técnica e decisória das agências não impede que exista controle social, por parte dos consumidores e do governo", avalia Santos. (Canal Energia - 16.04.2004)

<topo>

4 Sub-chefe da Casa Civil defende criação de contratos de gestão

Luiz Alberto Santos, sub-chefe da Casa Civil, explicou que os contratos foram estendidos a todas as agências porque o governo entendeu que o modelo é importante para regular as parcerias entre os ministérios e suas agências. "Os contratos foram criados para que as agências cumpram suas metas, sem que os ministérios interfiram na atividade regulatória. De forma alguma o instrumento terá ação de interferência indevida, seja por critério político ou outro qualquer", garantiu Santos. (Canal Energia - 16.04.2004)

<topo>

5 Fornecedores do setor elétrico decepcionados com desempenho no primeiro trimestre

O primeiro trimestre de 2004 frustrou expectativas de fornecedores para o setor de energia elétrica. Depois de uma retomada nos níveis de consumo de energia no terceiro trimestre de 2003, principalmente no segmento industrial, os maiores fornecedores de equipamentos previam uma retomada no volume de pedidos e uma queda nos níveis de ociosidade. No fechamento de janeiro a março, entretanto, foi verificado, na melhor das hipóteses, um empate com o mesmo período de 2003 - trimestre ainda sob fortes reflexos do racionamento de energia e da posse do novo governo. Segundo o diretor de vendas da ABB, Roberto Held, entre janeiro e março foram vendidos R$ 40 milhões em equipamentos para as concessões de transmissão feitas no último leilão realizado pela Aneel, o que fez com que os gráficos de venda no primeiro trimestre de 2004 se igualassem com o mesmo período do ano passado. (Gazeta Mercantil - 19.04.2004)

<topo>

6 Siemens: Novos negócios no segmento de geração somente com os leilões de energia nova

Segundo o diretor de energia da Siemens, Newton Duarte, no segmento de geração o fornecimento foi praticamente zero entre o final do ano passado e o início deste. "A geração está totalmente parada, sem novos negócios", diz. O diretor prevê que somente com os leilões de energia nova, que estão previstos para o final deste ano, e a partir da assinatura dos contratos de compra de energia do Proinfa haverá novos pedidos. Segundo Duarte, as sobras de energia verificadas no mercado brasileiro depois da crise provocada pelo racionamento deram uma folga ao governo federal, mas, diante da retomada dos níveis de consumo e da necessidade de investimentos no segmento de subtransmissão, poderá haver problemas no abastecimento a partir de 2006. (Gazeta Mercantil - 19.04.2004)

<topo>

7 Siemens: Leilão de novas LTs traz boas perspectivas para o fornecimento ao segmento de transmissão

No segmento de transmissão, a expectativa é melhor por conta dos leilões de novas linhas de transmissão, mas, para Duarte, há necessidade de o governo definir também investimentos na área de subtransmissão para melhorar as condições no abastecimento e evitar problemas. "Já há uma retomada nos níveis de consumo de energia elétrica e em alguns casos, como no estado de São Paulo, já estamos chegando perto do pico verificado antes do racionamento, o que atesta a necessidade de investimentos na subtransmissão", diz. Na área de distribuição, ele afirma que há necessidade de as empresas diminuírem o endividamento de curto prazo para a retomada dos investimentos e melhorias nas redes. O primeiro semestre do ano comercial da Siemens - compreendido entre outubro de 2003 e março de 2004 - ficou dentro das expectativas traçadas, que eram fracas para o período. Segundo Duarte, o movimento da empresa no ano comercial de 2003 ficou 28% abaixo do período anterior. (Gazeta Mercantil - 19.04.2004)

<topo>

8 Uruguai vai receber energia do Brasil via Argentina

O Uruguai fechou um acordo para receber energia elétrica do Brasil, através da Argentina, segundo revelou o presidente da estatal uruguaia Usinas y Transmisiones Eléctricas (UTE), Ricardo Scaglia. Segundo ele, esta é a primeira triangulação de venda de energia entre países sul-americanos. A partir de hoje, o Uruguai receberá 300 MW/h do Brasil. Esse volume corresponde a uma parte da energia vendida pelo Brasil à Argentina e que não foi utilizada até agora. O Uruguai está enfrentando uma crise de energia devido ao corte das exportações impostas pela Argentina e pelo déficit na geração de suas represas por causa da seca que afeta o país. O acordo, segundo Scaglia, permitirá à UTE substituir o fornecimento da termelétrica La Tablada pela energia importada e também administrar melhor sua produção hidrelétrica. No próximo domingo, o presidente da UTE viajará a Buenos Aires com o propósito de ajustar os detalhes do contrato com as autoridades argentinas. (O Globo - 19.04.2004)


<topo>

9 Curtas

A ministra Dilma Rousseff viaja nesta segunda-feira, dia 19 de abril, para Trinidad e Tobago, onde participa da Conferência dos Ministros de Energia do Hemisfério Ocidental. O encontro, que reunirá ministros de 33 países, terá como foco a relação entre os setores público e privado em áreas e setores do mercado energético. (Canal Energia - 16.04.2004)

<topo>

 

Empresas

1 Aneel autoriza reajuste tarifário para RGE e AES Sul

A Aneel autorizou o reajuste das tarifas de duas distribuidoras do Rio Grande do Sul. O reajuste médio da RGE será de 14,37%, e o da AES Sul, de 13,27%. Os percentuais variam entre as diferentes categorias de consumo. No caso da AES Sul, os consumidores residenciais e pequenos estabelecimentos comerciais e industriais terão aumento de 9,36%, e as grandes indústrias, de 22,11%. Para os clientes da RGE, o aumento será de 10,38% para pequenos consumidores, e de 21,54% para grandes empresas. As duas distribuidoras atendem a 2 milhões de unidades consumidoras em 356 municípios. As novas tarifas entram em vigor hoje. (Gazeta Mercantil - 19.04.2004)

<topo>

2 Cerj espera concluir renegociação de dívida de R$ 800 mi ainda em abril

A Cerj espera concluir ainda em abril o processo de renegociação de sua dívida, equivalente a R$ 800 milhões. Segundo o presidente da Endesa no Brasil - controladora da Cerj -, Marcelo Llévenes, R$ 270 milhões deste total são dívidas com o sistema financeiro, e o restante são dívidas com o BNDES. Llévenes diz que há dois anos a companhia decidiu captar recursos para saldar parte da dívida e renegociar os prazos de pagamento. "Em 2002, a companhia realizou três captações, no valor total de R$ 1,3 bilhão. Fechamos também um aumento de capital de R$ 710 milhões, que foi capitalização da dívida da Cerj e da Enersis, empresa do grupo Endesa que atua na América Latina. Estamos concluindo este mês a renegociação da dívida de curto prazo, que tinha vencimento de um ano ou menos, de modo a estender este prazo para três anos. Devemos alcançar uma solução ainda em abril. Após a renegociação, a companhia vai ficar em uma situação bastante confortável", garante. Caso as negociações realmente sejam concluídas este mês, a Cerj será uma das primeiras distribuidoras do País a ter sucesso na renegociação de sua dívida. (Jornal do Commercio - 19.04.2004)

<topo>

3 Cerj vai investir R$ 193 mi na melhoria do fornecimento de energia em 2004

Llévenes afirma que a dívida da Cerj é pequena, se comparada aos investimentos que a empresa pretende realizar no País. Para este ano, estão previstos R$ 193 milhões na melhoria da qualidade do fornecimento de energia e na redução dos furtos de energia, os chamados "gatos". Este mesmo nível de investimentos deve ser mantido pelos próximos quatro anos, a princípio, afirma Llévenes. (Jornal do Commercio - 19.04.2004)

<topo>

4 Cesp vai receber R$ 1,2 bi do BNDES

A Cesp anunciou acordo com o BNDES para receber cerca de R$ 1,2 bilhão. Em nota, a empresa informou que o banco está transferindo um "crédito representado por Letras Financeiras do Tesouro, que será destinado pela Cesp, assim que monetizadas, exclusivamente à quitação das obrigações com a União e o próprio BNDES". A transação, com carência de 1 ano e amortização em 20 parcelas trimestrais, tem a garantia do Tesouro do Estado de São Paulo à União. Na última semana, o BNDES aprovou a prorrogação do pagamento de uma parcela da dívida da geradora de energia. A liberação do crédito só poderia acontecer se a Cesp não estivesse inadimplente com a instituição financeira. (Gazeta Mercantil - 19.04.2004)

<topo>

5 Bandeirante, Duke Trading e Enersul são pré-selecionadas para leilão

O MAE divulgou a lista das três empresas pré-qualificadas a participarem como compradoras do 10o Leilão de Compra e Venda de Energia, a ser realizado em 29 de abril. A Bandeirante apresentou solicitação para a compra de 60 lotes de energia para entrega no submercado Sudeste. A Duke Trading se candidatou a comprar 20 no Sudeste e 7 no Nordeste e a Enersul, mais 66 lotes para o submercado Sudeste. Todas as solicitações são para contratos de seis meses. Cada lote equivale a 0,5 MW médio. As empresas interessadas em participarem como vendedoras neste leilão têm de se pré-qualificar até o dia 19 de abril. (Gazeta Mercantil - 19.04.2004)

<topo>

6 CEEE assina contrato para construção de subestação de Canguçu

A CEEE assinou, semana passada, o contrato para o início da construção da subestação de Canguçu, com investimento total de R$ 1,9 milhão. A obra terá início no próximo mês e deve ser concluída até dezembro de 2004. A unidade, atendida através de uma nova linha de transmissão em 69 kV, terá cinco novos alimentadores de 23 kV, com potência de 18,75 MVA e comando à distância, através da Central de Operação de Pelotas. A nova subestação vai eliminar as freqüentes quedas de tensão em Canguçu, em decorrência da grande extensão dos atuais alimentadores desde a subestação Pelotas 3. A subestação de Canguçu permitirá, ainda, a conexão direta com a termelétrica de Piratini, canalizando a sua produção para o suprimento da região. (Canal Energia - 19.04.2004)

<topo>

7 Propostas para a revisão tarifária de empresas de MG e RJ são submetidas a audiência pública

A Aneel submete à audiência pública as notas técnicas com os índices preliminares da Revisão Tarifária Periódica (RTP) das concessionárias Cenf e Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina. As contribuições por escrito deverão ser enviadas até o próximo dia 3 para os e-mails ap014_2004@aneel.gov.br(CFLCL) e ap015_2004@aneel.gov.br (Cenf); para o fax (0xx61) 426-5839 ou pelo correio, para o endereço SGAN - Quadra 603 - Módulo I - Térreo / Protocolo Geral da ANEEL - CEP 70.830-030 - Brasília - DF. Haverá ainda audiências públicas promovidas pela Aneel nos próximos dia 5, na cidade de Cataguases (MG); e dia 6, em Nova Friburgo (RJ) , onde os interessados poderão manifestar-se pessoalmente sobre os processos da Cataguazes e da Cenf, respectivamente. (NUCA-IE-UFRJ - 19.04.2004)

<topo>

8 Eletrosul terá direito à receita anual por reforços em instalações de transmissão

A Eletrosul terá direito a uma receita anual permitida de R$ 6,7 milhões para a remuneração de reforços realizados pela empresa em instalações de transmissão da Rede Básica do Sistema Interligado e de conexão para atendimento a Rio Grande Energia S/A (RGE). Os reforços, que totalizam R$ 37,7 milhões, incluem a ampliação da subestação Caxias 5 com a instalação de um novo barramento de 230 kV e de dois módulos de entrada de linha, em 230 kV, além da instalação de dois transformadores, 230/13,8 kV e 230/69 kV, que ampliarão em 215 MVA a capacidade de transformação para atendimento à região. Esses equipamentos contribuirão para melhorar a confiabilidade do fornecimento e para aumentar a flexibilidade de atendimento. (NUCA-IE-UFRJ - 19.04.2004)

<topo>

9 Chesf terá direito a R$ 12,1 mi pela implantação de reforços em instalações de transmissão

A Chesf terá direito a R$ 12,1 milhões pela implantação de reforços em instalações de transmissão. A empresa está autorizada a implantar a subestação Várzea, em Pernambuco, prevista para entrar em operação até dezembro de 2005. A Chesf também fará reforços nas subestações Catu (BA) e Eliseu Martins (PI), que incluem substituição de transformadores. Os equipamentos contribuirão para a melhoria do controle de tensão no suprimento naquelas regiões e para maior confiabilidade do sistema. (NUCA-IE-UFRJ - 19.04.2004)

<topo>

10 Curtas

A Coelba investirá este ano cerca de R$ 14 milhões na digitalização e automação em 19 subestações localizadas nas regiões de Salvador, Vitória da Conquista e Feira de Santana. Com o processo, serão implantados equipamentos digitais para controle remoto das unidades. (Canal Energia - 19.04.2004)

A Eletronorte recebeu, na última semana, recomendações da certificadora BVQI para certificação de 48 processos pela ISO 9001:2000, norma voltada para sistema de gestão da qualidade. Ela é utilizada para fins de garantia da qualidade em processos. (Canal Energia - 19.04.2004)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Palocci responde a avaliação dos bancos reafirmando os compromissos fiscais

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, reagiu às recentes avaliações negativas de bancos de investimentos sobre a economia brasileira chamando a atenção para os bons indicadores da economia brasileira, entre os quais o superávit da balança comercial e das contas externas e a convergência da inflação para a meta de 2004. O ministro da Fazenda reafirmou a intenção do governo com as metas fiscais, dizendo que "este é o compromisso de ouro do governo Lula" e que não há hipótese de descumprimento. O ministro se disse otimista em relação às perspectivas de crescimento do Brasil neste e nos próximos anos e sugeriu que o Brasil se concentre em olhar com clareza os indicadores macroeconômicos e em fazer suas próprias avaliações. Para Palocci, os bancos estrangeiros têm o direito de fazer suas avaliações sobre o Brasil e afirmou que esses relatórios não trarão desequilíbrio nenhum ao país, se as pessoas se concentrarem em suas próprias avaliações. (O Globo - 19.04.04)

<topo>

2 Meirelles diz que Brasil não tem planos de emitir dívida este ano

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou que o Brasil não tem novos planos de emitir títulos da dívida este ano. Ele acrescentou que os principais indicadores da produção no Brasil estão fortes em março e abril, e mostram uma recuperação da economia, depois da queda em fevereiro. Estamos adiantados um ano no cronograma a respeito das reservas internacionais, então estamos em uma posição muito cômoda para esperar e analisar os mercados. Não há ainda qualquer decisão específica. No fim de março, as reservas internacionais do Brasil subiram para US$ 21 bilhões. Meirelles disse que o Brasil está adiantado em um ano no cronograma estabelecido pelo FMI para as reservas, que fixa uma meta de US$ 30 bilhões para o fim de 2004. Perguntado sobre a decisão do JP Morgan, Meirelles minimizou a importância da reação do mercado e disse que os fundamentos econômicos do Brasil são positivos e vão na direção correta. (O Globo - 19.04.04)

<topo>

3 Previsão de carga fiscal maior no ano que vem

O governo federal prevê uma carga tributária maior para 2005, segundo projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado na semana passada ao Congresso Nacional. A receita não-financeira estimada pelo governo central atingirá 23,88% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005, em relação aos 23,5% do PIB previsto para os anos de 2004, 2005 e 2006 no projeto de LDO enviado no ano passado. (Gazeta Mercantil - 19.04.04)

<topo>

4 Grau de abertura da economia brasileira subiu em 2003

O Brasil melhorou sua posição no mercado internacional, embora de forma ainda modesta. Passou do 25 para o 24 lugar no "ranking" dos países com maior participação no comércio mundial em 2003. E elevou de 11,7% para 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB) o grau de abertura da economia brasileira. Afinal, as exportações do País cresceram 21% em 2003, muito acima da expansão média de 3,7% das exportações mundiais, segundo estimativas do FMI. Foi a primeira vez, desde 1994, que o País conseguiu ter mais de 1% no comércio internacional. Também melhorou a participação das exportações sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que passou de 13,1%, em 2002, para 14,8% em 2003 e continua crescente em 2004. (Gazeta Mercantil - (19.04.04)

<topo>

5 Mercado eleva projeção para IPCA em 2004

O mercado financeiro elevou sua expectativa em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2004 de 6,06% para 6,14%. Em relação a 2005, a projeção manteve-se estável em relação à da semana passada, segundo a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira. (O Globo - 19.04.04)

<topo>

6 Citigroup e Merrill Lynch rebaixam a indicação de ativos brasileiros

Logo após a abertura do pregão, na sexta feira, o Citigroup divulgou relatório anunciando a piora da recomendação do Brasil. A alteração foi de " acima da média de mercado " (overweight) para "moderadamente abaixo da média de mercado " (moderate underweight). À tarde, outra instituição estrangeira anunciou semelhante decisão. Em relatório, o banco de investimentos Merrill Lynch divulgou a mudança da indicação às ações brasileiras de " acima da média do mercado " (overweight) para " peso do mercado " (marketweight). Para a ambos os bancos, o principal motivo para as decisões está relacionado ao cenário do juro nos Estados Unidos. O JP Morgan havia rebaixado a indicação dos papéis brasileiros na quinta feira. (Valor - 10.04.04)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial continua a operar em torno da estabilidade neste final de manhã, com o dólar oscilando sempre acima dos R$ 2,90. Às 12h13m, a moeda americana subia 0,03%, cotada a R$ 2,909 na compra e R$ 2,910 na venda. Na sexta, o dólar comercial terminou com recuo de 0,37%, a R$ 2,9070 na compra e a R$ 2,9090 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 19.04.2004)

<topo>

 

Internacional

1 Argentina e Bolívia assinam convênio para fornecimento de gás

Na próxima quarta-feira (21.04), os presidentes de Bolívia, Carlos Mesa, e Argentina, Néstor Kirchner, assinam em Buenos Aires um convênio para o fornecimento de gás natural. A iniciativa ameaça desencadear protestos de setores bolivianos que exigem um plebiscito sobre o setor energético antes da assinatura do acordo. (O Globo - 19.04.2004)

<topo>

2 EDF mudará estatuto até final de julho

Com um déficit acima do limite da União Européia (UE) e com problemas de crescimento, a França se prepara para uma onda de privatizações este ano, para conter a dívida do Estado, que atingiu 980 bilhões de euros no fim de 2003. Na rota das privatizações estão várias empresas, como a France Telecom e a Air France. A Electricité de France (EDF) também vai mudar: até julho, ela deixará de ser uma empresa pública para se transformar numa sociedade anônima, o que permite a abertura de capital. Pela primeira vez, perderá as garantias do Estado francês. A opção pela privatização no entanto, não será tarefa fácil. Sindicalistas deslancharam protestos contra o projeto de mudar o estatuto da EDF e da Gaz de France (GDF), de estatais para sociedade anônima. O governo diz que a EDF não será privatizada, mas não convence ninguém. (O Globo - 19.04.2004)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Bruno Schröder

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás