l IFE:
nº 1.322 - 06 de abril de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Segunda etapa de regulamentação do novo modelo tem início A ministra
Dilma Rousseff reuniu-se ontem com os presidentes das empresas de energia,
representantes das grandes indústrias consumidoras e produtoras de eletricidade
como a Companhia Vale do Rio Doce, Votorantim e Alcoa, além dos presidentes
das associações representativas do setor elétrico, para o início da segunda
etapa de regulamentação do novo modelo. Dilma se comprometeu junto aos
agentes a mostrar-lhes as minutas dos decretos antes que fossem enviados
à Casa Civil para a assinatura do presidente da República. A postura mais
democrática da ministra foi elogiada pelos investidores. Os primeiros
decretos sobre o novo modelo deverão ser publicados no início de maio
e deverão tratar dos procedimentos de comercialização elétrica no país.
Nas duas próximas semanas, equipes técnicas ligadas aos investidores privados
se reunirão com técnicos do governo para definir detalhes da regulamentação.
(Valor - 06.04.2004) 2 MME cria três grupos de trabalho Na reunião
de ontem entre a ministra Dilma e os diversos representantes do setor
elétrico, foi estabelecido que seriam formados três grupos de discussões,
que iniciariam nova rodada de encontros a partir do dia 13, em três manhãs
seguidas, segundo informação do presidente da Câmara Brasileira de Investidores
em Energia Elétrica, Claudio Salles. O primeiro grupo é formado pelas
empresas e associações representativas do segmento da geração: Apine,
Abrage e Abraget. O segundo grupo abrange os segmentos de distribuição
e comercialização de energia e é formado pela Abradee e Abraceel. E o
terceiro grupo é formado pelos consumidores eletrointensivos e auto-produtores
de energia: Abrace, Abal, Abiclor e IBS. (Valor - 06.04.2004) 3 CBIEE: Reuniões terão cunho estritamente técnico Segundo
o presidente da CBIEE, Cláudio Salles, as reuniões com o MME terão cunho
exclusivamente técnico. "Não se trata de negociar as leis, mas sim de
ouvir o parecer técnico de todos os segmentos antes de construir os decretos,
esgotando os pontos que afetam as atividades principais do setor elétrico",
disse. Ele informou ainda que a meta apresentada pelo MME seria concluir
a redação dos decretos em 15 dias contados a partir da primeira reunião,
com as geradoras. (Gazeta Mercantil - 06.04.2004) 4
Apine entrega sugestões para regulamentação do Novo Modelo 5 Sugestões para regulamentação da Apine Dentre as
sugestões da Apine para regulamentação do Novo Modelo está a garantia
de que a energia existente preceda a contratação da geração nova e que
sejam utilizados, na fase de transição, os mesmos critérios de repasse
dos custos para a energia que hoje é vendida com um ano de antecedência
(na transição, essa antecedência poderá ser de até cinco anos). A Apine
também prega contratos de longo prazo para a energia existente a partir
de 2009 e quer maiorer incentivos para que as distribuidoras contratem
efetivamente 100% do mercado previsto, com antecedência de no mínimo três
anos. As geradoras independentes pedem ainda maior tolerância de margem
de erro para as distribuidoras que contratarem com prazos maiores de antecedência.
A Apine também quer que as usinas que hoje estão com energia contratada
possam participar dos leilões de energia nova, benefício que foi estendido
aos projetos em operação desde 2000, contanto que estivessem com essa
energia hoje livre. Os produtores independentes pedem que sejam definidos
e divulgados antes dos leilões os custos marginais do processo licitatório,
para que os investidores possam calcular previamente sua oferta. (Valor
- 06.04.2004) 6 Reajuste da tarifa de energia pode ficar acima do IGP-M As tarifas
de energia elétrica poderão ter neste ano reajustes médios acima do IGP-M,
indexador estabelecido nos contratos de concessão. Isso vai ocorrer porque
as empresas terão o direito de repassar para o consumidor parte do que
foi represado no reajuste do ano passado. Na ocasião, as empresas foram
impedidas pelo governo de repassar a variação cambial entre 2002 e 2003,
período em que o dólar teve grande alta influenciado pelo período eleitoral.
A primeira rodada de reajustes de empresas elétricas neste ano começa
no próximo dia 8. (Valor - 06.04.2004) 7 Aneel divulga nova metodologia para cálculo do Fator X A Aneel divulgou as regras para que a avaliação feita pelos consumidores a respeito da qualidade dos serviços prestados pelas distribuidoras possa afetar o reajuste tarifário. A nova metodologia leva em consideração critérios como o Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC) medido pela agência, investimentos, custos fixos, características dos mercados e massa salarial das distribuidoras de energia. Dessa forma, empresas mal avaliadas pelos consumidores terão seus índices de reajuste diminuídos. Como a aplicação do fator X é retroativo às distribuidoras reajustadas no ano passado, estas também terão suas tarifas revistas depois de amanhã, quando passa a valer o novo cálculo. Pelos critérios adotados pela Aneel, das 64 distribuidoras pesquisadas, 49 teriam reajuste menor motivado pelas avaliações negativas que receberam. (Folha de São Paulo e Gazeta Mercantil - 06.04.2004) 8
Aneel: Nova metodologia de cálculo do Fator X diminuirá impacto do reajuste 9 Abradee: Distribuidoras não são as únicas responsáveis pelo aumento excessivo na tarifa Segundo
a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee),
as empresas não são as únicas responsáveis pelo aumento excessivo na tarifa
porque a parcela referente aos custos não gerenciáveis não acompanha o
IGP-M, pois é reajustada de acordo com a variação das despesas com geração
e transmissão de energia, além dos tributos e encargos do sistema. Segundo
a Abradee, só 25% do valor da tarifa são destinadas ao setor de distribuição
de energia. As geradoras ficam com 35% do valor arrecadado, enquanto as
transmissoras ficam com 5%. O restante corresponde a tributos e encargos
setoriais. (Valor - 06.04.2004) 10
Anteprojeto de agências reguladoras: Contrato de gestão não terá mais
cláusulas punitivas 11 Anteprojeto ainda tem um ponto a ser decidido O subchefe
da Casa Civil, Luiz Alberto dos Santos, disse que só um ponto do projeto
de lei de funcionamento das agências reguladoras ainda precisa ser decidido
para poder ser enviado ao Congresso Nacional: o da escolha do presidente
ou diretor-geral das agências reguladoras. A tendência é a manutenção
da fórmula atual, que atribui ao presidente da República a escolha do
dirigente do órgão regulador entre os diretores sabatinados e aprovados
pelo Senado. Santos afirmou que os mandatos dos diretores das agências
serão de quatro anos, renováveis por igual período. Além disso, não serão
coincidentes com o mandato do presidente da República. Também ficará explícito,
segundo ele, que as decisões da agência terão de ser tomadas por colegiado.
(O Globo - 06.04.2004) 12 Governo deve encaminhar anteprojeto das agências com pedido de urgência constitucional O presidente
Lula deverá se reunir esta semana com os ministros das áreas setoriais
para discutir o projeto das agências. O governo poderá encaminhar o anteprojeto
das agências com pedido de urgência constitucional, o que deverá acelerar
a sua aprovação no Congresso. As ouvidorias das agências reguladoras também
serão fortalecidas. O ouvidor terá mandato de dois anos e seu nome deverá
ser aprovado pelo Senado. Ele não poderá ser integrante do conselho diretor
da agência reguladora. Outra decisão do governo é que as concessões e
permissões serão atribuição do Executivo e caberá às agências conduzir
todo o processo. Segundo Santos, esse é o modelo previsto para o setor
de energia elétrica. Já as autorizações ficarão com as agências reguladoras.
(O Globo - 06.04.2004) 13 Eletrobrás recebe projetos para Proinfa até 10 de maio A Eletrobrás
receberá até o dia 10 de maio os projetos de biomassa, pequena central
hidrelétrica e eólica para participação do Proinfa. A estatal contratará
3.300 MW de capacidade instalada das unidades que entrarão em operação
até final de 2006. O prazo final para apresentação de projetos afetará
a data legal para assinatura de contratos estabelecida pela lei 10.438/2002.
A Eletrobrás deveria assinar os contratos até o dia 29 de abril, entretanto,
a duração da chamada pública adiará o processo. No comunicado da Eletrobrás,
a estatal não informa a data para assinatura dos contratos. (Canal Energia
- 05.04.2004) 14 Ministério do Meio Ambiente e setor empresarial se reúnem para solucionar impasses O setor
empresarial e o Ministério do Meio Ambiente começaram ontem, em uma reunião
na sede da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústria de Base
(Abdib), a concretizar uma parceria para a solução dos impasses nos licenciamentos
ambientais. Representantes do Meio Ambiente e da Abdib definiram que irão
se reunir uma vez por mês para discutir entraves no setor de infra-estrutura.
Além disso, o Ibama, órgão executivo do ministério, apresentou um plano
de ação para a melhoria dos processos de licenciamento. (Valor - 06.04.2004) 15 Ministério do Meio Ambiente apresenta plano de ação O plano do MMA para os impasses nos licenciamentos ambientais é sustentado em três vertentes. A primeira delas será a reestruturação do Ibama. Serão contratados mais técnicos e os antigos estarão em áreas prioritárias. Desta forma, o setor de licenciamento no Ibama passará a atender projetos de petróleo, energia, rodovias etc, separadamente. Além disso, o órgão foi informatizado, e se espera que até o fim do primeiro semestre seja possível acompanhar a tramitação das licenças pela internet. Outro procedimento será a ampliação das agendas de cooperação entre o Meio Ambiente e os ministérios ligados a infra-estrutura. A idéia segue modelo de acordo já firmado com o ministério de Minas e Energia. Por fim, o ministério tentará uma articulação entre as agências ambientais dos Estados e municípios. Criará câmaras tripartides para a discussão de investimentos e processos de licenciamento. (Valor - 06.04.2004) 16 Plano do Ministério do Meio Ambiente agrada empresários O plano de ação apresentado pelo MMA agradou os empresários. Segundo o vice-presidente executivo da Abdib, Ralph Lima Terra, houve "identidade de propósitos" entre a entidade e o Meio Ambiente. Já o coordenador de câmara de meio ambiente da Abdib e diretor da Vale do Rio Doce, Maurício Reis, considerou a reunião "um bom começo". "Agora temos que trabalhar juntos", ponderou. A Abdib informa que num primeiro momento as reuniões com o Meio Ambiente - que a cada dois meses terão a presença de Marina Silva - não tratarão de projetos específicos paralisados por falta de licenciamento. "Discutiremos famílias de projetos e problema estruturais", explicou Lima Terra. (Valor - 06.04.2004)
Empresas 1 Receita das dez maiores distribuidoras teve aumento de 11,5% em 2003 O resultado
positivo apresentado nos balanços das maiores distribuidoras brasileiras
vem sendo considerado pelo mercado como indício de retomada do consumo,
gerando boas expectativas para 2004. Somada, a receita bruta das dez distribuidoras
com maior faturamento em 2003 cresceu 11,5% no ano, na comparação com
o exercício anterior, passando de R$ 31,7 bilhões para R$ 43,2 bilhões.
Para o diretor da área de Corporates da Fitch Atlantic Ratings, Ricardo
Carvalho, essa evolução da receita apresenta consistência porque reflete
o crescimento do consumo acima do crescimento do PIB. Enquanto em 2003,
o consumo cresceu 3,7%, segundo dados da Eletrobrás, o PIB apresentou
variação negativa de 0,2%. O balanço das dez maiores distribuidoras também
teve reversão do prejuízo de R$ 5,3 bilhões, verificado em 2002 para um
lucro líquido de R$ 2,1 bilhões. O alto valor apresentado no ano passado
foi resultado do impacto da desvalorização de 18,2% do dólar frente ao
real sobre as dívidas em moeda estrangeira. No ano anterior, a valorização
do dólar frente ao real, de 52%, prejudicou o balanço das empresas. (Gazeta
Mercantil - 06.04.2004) 2 Queda no consumo industrial evitou resultado melhor das distribuidoras O resultado das poderia ter sido ainda melhor se o consumo industrial não tivesse apresentado queda no balanço da maior parte das distribuidoras, sobretudo as que atuam em áreas com grande presença de industria. A Copel, por exemplo, apresentou redução de 0,2% no consumo, sendo que o setor industrial sozinho apresentou redução de 4,3%. Segundo o analista do BBV Securities, Sérgio Tamashiro, mais que a retração no consumo industrial, a queda na demanda da classe industrial é resultado da saída de grandes consumidores do mercado cativo, ou mesmo o término dos contratos bilaterais. "Não verificamos uma queda no volume de vendas para indústrias em um agente e aumento em outro, o que significa que eles de fato passaram a ser autoprodutores", explica, ressaltando que essa saída é resultado de investimentos que foram feitos há três ou quatro anos. (Gazeta Mercantil - 06.04.2004) 3 Geradoras superam crise do racionamento com desvalorização do dólar A desvalorização
do dólar foi a melhor ajuda que as geradoras de energia tiveram para superar
a crise provocada pelo racionamento de 2001/2002. Com os 18,2% de valorização
do real em 2003 frente ao dólar, as geradoras conseguiram diminuir as
despesas e fechar com lucro, ou pelo menos diminuir o prejuízo, já que
os níveis de consumo ainda estão abaixo do mercado verificado em 2000.
O impacto da variação do câmbio nos balanços pode ser verificado na contabilidade
da Eletrobrás. Enquanto empresas como Furnas, Chesf e Eletrosul (transmissão
e distribuição) foram beneficiadas pela queda do dólar e melhoraram seus
balanços, a Itaipu Binacional, que tem suas contas na moeda norte-americana,
saiu de um lucro de US$ 857,2 milhões em 2002 para um prejuízo de US$
536,3 milhões no ano passado. De acordo com Paulo Feldmann, professor
de economia da USP, além do impacto positivo da variação cambial, 2003
se caracterizou por ser um período de recuperação da crise enfrentada
com o racionamento de energia, no qual muitas das empresas promoveram
reestruturações e cortes de gastos para equilibrar as contas. (Gazeta
Mercantil - 06.04.2004) 4
Cemig registra lucro de R$ 464,7 mi no segmento de distribuição 5 Cemig, Cemat, Enersul e CPFL terão reajustes nas tarifas a partir de quinta-feira Na quinta-feira,
quatro concessionárias de energia elétrica aumentarão o preço de suas
tarifas. São elas: Cemig, CPFL, Enersul e Cemat. Os percentuais de aumento
serão conhecidos amanhã, quando serão publicados no Diário Oficial da
União. Segundo a Aneel, tarifas de 27 empresas deverão ser revisadas neste
ano. A AES Sul e RGE vêm em seguida, no dia 19 de abril. A Coelba, Cosern,
Energipe e Coelce terão direito ao reajuste a partir de 22 de abril. (Valor
e Jornal do Brasil - 06.04.2004) 6 Ente e Etim recebem financiamento do BNDES para construção de LTs O BNDES
anunciou financiamento de R$ 429 milhões para a construção de duas linhas
de transmissão de energia no Maranhão e em Minas Gerais. O empréstimo
será concedido à Empresa Norte de Transmissão de Energia (Ente), que receberá
R$ 296 milhões, e para a companhia Expansion Transmissão Itumbiara Marimbondo
(Etim), no valor de R$133 milhões. O projeto da ENTE, uma Sociedade de
Propósito Específico (SPE), controlada pelos grupos Schahin e Alusa, tem
investimento de R$ 395 milhões e deverá estar concluído em outubro deste
ano. A LT ligará Tucuruí, no Pará, a Açailândia, no Maranhão. O sistema
reforçará a energia no sul do Pará e no Nordeste, garantindo o escoamento
da energia que será obtido pela expansão em 4,125 mil MW da potência da
Usina de Tucuruí. A LT que será construída pela Etim em Minas Gerais terá
212 km de extensão, com investimento de R$ 188 milhões e deverá estar
concluído em agosto de 2004. O objetivo é ampliar o atendimento de energia
à região Sudeste, aumentando a confiabilidade do sistema, além de servir
de complemento à ligação Norte/Sul. (Jornal do Commercio - 06.04.2004) 7 Geradoras autorizadas a participar de leilão de compra de energia As geradoras
Cemig, Cachoeira Dourada, Cesp, Cien, Copel Geração, CPFL, Eletronorte,
EMAE, e Furnas foram habilitadas para participar do leilão de compra de
energia das empresas Copebrás, Paramount Têxteis e Santher, que será realizado
este mês pela Comerc Comercializadora. No total devem ser adquiridos 43
MW, sendo 26 MW para a Santher, 12 MW para a Copebrás e 5 MW para a Paramount.
A demanda deve atender seis unidades industriais localizadas nos estados
de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. (Gazeta Mercantil - 06.04.2004) 8 Copel implanta nova rede de comunicação A Copel
está implantando uma nova rede de comunicação para aumentar a velocidade
do tráfego de informação e para disponibilizar recursos como Internet,
voz sobre IP, videoconferência e tráfego multimídia para escolas do Paraná,
prefeituras e órgãos de atendimento público nos municípios. A rede IP/MPLS/
Gigabit Ethernet está sendo fornecida pela Damovo, vencedora da concorrência
pública. Com uma infra-estrutura de quatro mil km de fibras ópticas, a
Copel oferece soluções em telecomunicações para operadoras, provedores
de Internet e empresas em geral que necessitam de transmissão de dados
em alta velocidade. (Canal Energia - 05.04.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia recorde no mês de março O consumo
de energia atingiu recorde em março, totalizando 32.893 GWh, segundo dados
preliminares do ONS. Isso corresponde a um consumo diário de 45.059 MW
médios, o que representa aumento de 7,23% em relação a março do ano passado
e de 7,86% sobre fevereiro. Os dados do mês passado superam também o total
consumido em março de 2001, pouco antes do início do racionamento. Naquele
mês, quando a economia vivia momentos de forte aceleração no crescimento,
o consumo total de energia atingiu 32.931 GWh, ou o equivalente a uma
média diária de 44.262 MW. Os técnicos do setor estimam que o consumo
cresce a um ritmo muito superior ao do PIB. Em 2003, apesar da queda de
0,2% do PIB, o consumo nacional cresceu 3,7%. Parte do crescimento do
mês passado, em relação à março de 2003 e a fevereiro deste ano, resulta
do ''efeito calendário'', já que o período de carnaval coincidiu com a
primeira semana de março de 2003, enquanto as festas carnavalescas deste
ano caíram na última semana de fevereiro. Na semana de carnaval, há uma
expressiva queda no consumo no País. (Jornal do Commercio - 06.04.2004) 2 Capacidade de armazenamento chega a 76,7% no Sudeste/Centro-Oeste O subsistema
Sudeste/Centro-Oeste apresenta 76,7% da capacidade, ficando 46,5% acima
da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um acréscimo de
0,2% em um dia. As usinas de Nova Ponte e Marimbondo apresentam 65,3%
e 88,8% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 05.04.2004) 3 Subsistema Sul apresenta 55,1% da capacidade O nível
de armazenamento chega a 55,1% no subsistema Sul, uma redução de 0,3%
em comparação com o dia 3 de abril. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra
volume de 55,4%. (Canal Energia - 05.04.2004) 4
Nível de armazenamento chega a 85,4% no subsistema Nordeste 5 Reservatórios registram índice de 88,2% no subsistema Norte A capacidade
de armazenamento chega a 88,2% no subsistema Norte, um aumento de 0,6%
em comparação com o dia 3 de abril. A hidrelétrica de Tucuruí registra
volume de 99,7%. (Canal Energia - 05.04.2004) 6 Estiagem reduz geração em Santa Catarina As hidrelétricas de Itá e Machadinho, as maiores do Estado de Santa Catarina, estão conseguindo gerar somente 20% da energia elétrica consumida diariamente em Santa Catarina. Normalmente, as duas usinas respondem por 90% da demanda no Estado, mas a diminuição do nível dos reservatórios de água, em função da estiagem que atinge o Oeste catarinense, impede que Itá e Machadinho funcionem normalmente desde a metade de fevereiro. Apesar da queda na produção de energia elétrica, não há risco de desabastecimento no Estado. Como as usinas que produzem energia no país funcionam dentro de um sistema interligado, sob o comando do ONS, os MW que deixaram de ser fornecidos por Itá e Machadinho estão vindo de outros Estados. (A Notícia - 06.04.04) 7 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras deve pagar US$ 80 mi por participação da NGR na Termorio A Petrobras deverá pagar cerca de US$ 80 milhões por 50% da participação que a NGR detém na Termorio. A questão se tornou objeto de ação judicial e, segundo Carlos Augusto Kichner, diretor-presidente da Termorio, ainda depende de acertos para que a transferência seja concluída. Após o pagamento, que inicialmente deve ser depositado em juízo, a Petrobras requisitaria o controle de 100% das ações da Termorio. "A decisão arbitral já saiu e a sentença determina que o valor a ser pago por 50% da participação é de cerca de US$ 80 milhões", afirma Kichner. A estatal já havia adquirido a participação da PRS na Termorio e, com isso, já assumiu o controle administrativo da termelétrica. "A energia da usina comporá o lastro de energia da Petrobras, que como acionista majoritária, comercializará a produção", completa Kichner. As obras da usina, que demanda investimentos da ordem de US$ 715 milhões, estão cerca de 90% a 95% concluídas. (Canal Energia - 05.04.2004) 2 Início de operação da Termorio deverá atrasar Segundo
Carlos Augusto Kichner, diretor-presidente da Termorio, o início da operação
da primeira fase da termelétrica, com 384 MW de capacidade, não deverá
ocorrer dentro do previsto, em 31 de julho deste ano. O atraso, explica,
ocorrerá em função da greve dos empregados do ramo da construção civil,
que esta semana completa 30 dias. Kichner comenta que o novo cronograma
só será definido após o término da greve. A usina tem 1.040 MW de potência
dividida em três conjuntos, cada um com duas turbinas a gás e uma a vapor.
A segunda e a terceira fases têm 328 MW da capacidade, cada uma, e deveriam
entrar em operação em 20 de setembro e 13 de março de 2005, respectivamente.
A Alstom é a fornecedora dos equipamentos, além de ser responsável pela
construção e montagem da usina. (Canal Energia - 05.04.2004)
Economia Brasileira O Índice Geral de Preços no conceito de Disponibilidade Interna (IGP-DI) em março, divulgado ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou para uma alta de 0,93% ante inflação de 1,08% em fevereiro. O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), subiu em março, no município de São Paulo, com alta de 0,47% - 0,68 pp superior à taxa de fevereiro, quando houve deflação de 0,18%. Ao mesmo tempo que subiu o ICV caiu o IPC da Fipe, 0,12%, a mais baixa taxa dos últimos oito meses. (Gazeta Mercantil - 06.04.04) 2 Meirelles defende meta de inflação O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem que o governo continuará perseguindo o centro da meta de inflação fixada para este ano, de 5,5%. Segundo ele, nem mesmo a crise econômica que castigou o país em 2003 e comprometeu os indicadores de emprego, renda e produção industrial justifica uma flexibilização da meta deste ano, que já tem 2,5 pontos percentuais de margem para cima ou para baixo. Embora considere que o atual regime de metas esteja sujeito a ''aperfeiçoamentos no médio prazo'', ele afirmou que ''o sistema que está sendo aplicado hoje pelo BC é o que melhor se adapta à probabilidade de se estabelecer crescimento sustentado para o país''. De acordo com Meirelles, a economia brasileira já iniciou um processo de retomada da atividade. (Jornal do Brasil - 06.04.04) 3 Estrangeiros põem R$ 2,1 bi na bolsa Os investidores estrangeiros deixaram, em março, saldo positivo de R$ 274,3 milhões na Bolsa de Valores de São Paulo. Apesar da forte desaceleração no ingresso de recursos, atribuída por analistas às turbulências políticas no governo Lula, a Bovespa contabiliza, no ano, aplicações líquidas da ordem de R$ 2,168 bilhões. O volume financeiro cresceu 6,58% em relação a fevereiro, totalizando R$ 25,11 bilhões. A participação dos estrangeiros teve ligeiro recuo, de 28,1% para 28% dos recursos negociados. Já a fatia das pessoas físicas saltou de 24,7% para 29,2%, assumindo a liderança nas transações. (Jornal do Brasil - 06.04.04) 4
Contas públicas estão sob controle segundo Mantega 5 Brasil sobe no ranking dos exportadores O bom desempenho
do agronegócio em 2003 foi fundamental para auxiliar o Brasil a melhorar,
pela primeira vez desde a década de 80, sua posição no ranking dos maiores
exportadores do mundo, segundo dados divulgados hoje pela Organização
Mundial do Comércio (OMC), em Genebra. O país saiu de 26º para 25º maior
exportador do planeta, com 1% dos US$ 7,3 trilhões comercializados em
todo o mundo no ano passado. Se computadas as vendas dos países da União
Européia num único bloco, o Brasil passaria ao 16º lugar, com 1,3% do
total mundial. "Sem a forte presença do agronegócio no comércio exterior,
o Brasil dificilmente teria conseguido essa recuperação no ranking" diz
o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues.
(O Globo - 06.04.04) 6 Balança acumula superávit de US$ 6,278 bi O saldo
acumulado da balança comercial brasileira em 2004 subiu para US$ 6,278
bilhões até o dia 4 de abril. As exportações no período ficaram em US$
20,023 bilhões (quase 25% da meta do governo para este ano) e as importações
em US$ 13,745 bilhões. Na primeira semana de abril, entre os dias 1 e
4, a balança comercial brasileira, com apenas dois dias úteis, registrou
saldo favorável ao Brasil de US$ 108 milhões. As vendas brasileiras para
o exterior atingiram US$ 575 milhões e a compra de produtos estrangeiros
US$ 467 milhões. (O Globo - 06.04.04) O dólar à vista fechou a manhã de hoje em baixa de 0,10%, cotado a R$ 2,871 na compra e R$ 2,873 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com baixa de 0,69%, a R$ 2,8740 na compra e a R$ 2,8760 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 06.04.2004)
Internacional 1 Pacto na Argentina alivia crise energética Um acordo
fechado entre o governo argentino e empresas petroleiras deve resultar
em um alívio transitório para a crise energética do país. O pacto prevê
que as companhias forneçam a quantidade máxima de gás suportada pelo sistema
de transporte em troca de um aumento inicial de 37% no preço pago aos
produtores. O acerto concluído no fim de semana determina a realização,
pelas companhias, de investimentos para ampliar a capacidade de produção
e restringe o repasse dos aumentos aos grandes consumidores e usuários
industriais. A expectativa é que o aumento entre em vigor a partir do
mês que vem, após a realização de uma audiência pública para analisá-lo,
conforme prevê a legislação argentina. Entre as empresas que firmaram
o acordo estão a espanhola Repsol YPF , a francesa Total e a brasileira
Petrobras. (Valor - 06.04.2004) 2 Argentina poderá ampliar os cortes nos envios de gás ao Chile A principal
preocupação do governo argentino continua sendo a chegada do inverno,
quando o consumo aumenta devido ao crescimento da demanda de aquecimento
doméstico. Com a reativação da economia, a demanda atual já é similar
à registrada no inverno do ano passado. Em caso de faltar gás para o abastecimento
interno, o governo poderá ampliar os cortes nos envios ao Chile, que depende
do gás argentino para gerar 30% de sua eletricidade. As interrupções começaram
na semana passada. No sábado o presidente chileno, Ricardo Lagos, afirmou
que a atitude tomada pela Argentina "rompeu a confiança" entre os dois
países. De acordo com ele, o contrato firmado em 1995 para a venda de
gás ao Chile prevê que as exportações devem ter a mesma prioridade dada
ao abastecimento interno. (Valor - 06.04.2004) 3 Crise energética argentina gera queixas do Paraguai A crise energética argentina também está gerando queixas do Paraguai. O presidente Nicanor Duarte Frutos afirmou que os dois governos têm de revisar os contratos de uso da energia produzida pela usina de Yaciretá. A maior parte da eletricidade gerada pela hidrelétrica, no rio Paraná, é consumida pela Argentina, e Duarte afirmou que o país já tem uma dívida de US$ 30 milhões com o Paraguai, referente a atrasos nos pagamentos pela eletricidade. (Valor - 06.04.2004) 4
Relatório aponta aumento da capacidade de fornecimento de energia no mundo 5 Enel será investigada por apagão ocorrido em 2003 A autoridade
em energia da Itália lançou uma investigação formal para descobrir o papel
da Enel na interrupção dos serviços de energia, ocorrido em 23 de junho
de 2003. Naquele dia, o operador do sistema, GRTN, desconectou o fornecimento
de energia para clientes passiveis de interrupção no suprimento de energia,
e aplicou cortes gradativos nos consumidores em geral, afetando cerca
de 7,3 milhões de consumidores de energia. (Platts - 06.04.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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