l IFE:
nº 1.321 - 05 de abril de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Argentina vai licitar exportação de energia de empresas brasileiras As empresas
brasileiras interessadas em exportar energia para a Argentina têm até
a próxima quinta-feira, 8 de abril, para solicitar à Aneel autorização
para participar da licitação que será promovida pela Cammesa. O objetivo
é reduzir o risco de racionamento no sistema interligado argentino, por
meio do fornecimento de até 500 MW médios, no período de 1 de maio a 31
de outubro de 2004. As empresas interessadas em participar da licitação
devem ofertar energia ininterruptamente. Além disso, o intercâmbio não
pode afetar a segurança do Sistema Interligado Nacional, em especial da
região Sul do Brasil. Para pedir a autorização junto à Aneel, as interessadas
devem comprovar sua participação no MAE e a adimplência com todos os encargos
setoriais. (Gazeta Mercantil - 05.04.2004) 2 Brasil pode disponibilizar 1,14 mil MW de energia térmica para a Argentina O Brasil
poderá disponibilizar 1,14 mil MW de energia térmica para a Argentina,
segundo cálculos do ONS. A maior parte deste volume, porém, é proveniente
de usinas a carvão ou óleo combustível. (Jornal do Commercio - 03.04.2004) 3 Ibama: Projetos de infra-estrutura estão parados por motivos alheios a questões ambientais O diretor
de Licenciamento e presidente em exercício do Ibama, Nilvo Luiz Alves
da Silva, afirmou ontem que o órgão não é contra o desenvolvimento e rebateu
as acusações de impedir a realização de obras de infra-estrutura no país.
Nilvo afirmou que muitos projetos já receberam as licenças do Ibama e
não saem do papel por motivos alheios a questões ambientais ou por decisões
judiciais. Ele disse que, em 2003, apenas um pedido de licença ambiental
foi indeferido pelo órgão, e mesmo assim tratava-se de um processo que
se arrastava há mais de 13 anos na Justiça. "O Ibama não é contra a construção
de hidrelétricas ou o desenvolvimento do país. Mas não podemos pensar
a questão do desenvolvimento sem o meio ambiente", afirmou Nilvo. Segundo
o diretor do Ibama, muitos processos recebem o licenciamento ambiental
do órgão, mas não podem ir adiante porque o Ministério Público entra na
Justiça. Esse é o caso do gasoduto Urucu-Porto Velho que, segundo Nilvo,
não está interditado pelo Ibama. (O Globo - 05.04.2004) 4
Ibama analisa viabilidade de 14 projetos de hidrelétricas 5 Distribuidoras farão atendimento 24 horas por dia As centrais
de atendimento telefônico (0800) das distribuidoras de energia terão de
funcionar durante 24 horas por dia, tanto para resolver emergências como
para solucionar problemas comerciais de seus consumidores. A decisão foi
tomada pela Aneel, que está editando uma resolução com as normas de qualidade
de atendimento que terão de ser seguidas pelas empresas. Outra medida
da Aneel é que o consumidor deverá ser atendido até o segundo toque da
chamada. As empresas poderão ser multadas se não cumprirem as metas de
qualidade. (O Globo - 03.04.2004) 6 Lula inaugura termoelétrica de Três Lagoas O presidente
da República Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou oficialmente no sábado,
a usina termoelétrica de Três Lagoas, que já funcionava em caráter extra-oficial
desde o início do ano. A obra foi alçada como de importância estratégica
para explorar o potencial de Mato Grosso do Sul. (Correio do Estado -
05.04.04) 7 Seminário internacional discute futuro do mercado elétrico brasileiro O Instituto de Economia da UFRJ, a Universidade de Stanford e a FIRJAN realizam o seminário internacional "REFORMA DO MERCADO ELÉTRICO - A PERSPECTIVA DO SUL" entre os dias 5 e 6 de abril de 2004, no Centro de convenções da FIRJAN, Av. Graça Aranha, 1 / 2o andar, Centro. O seminário pretende oferecer aos participantes uma visão do andamento das reformas no setor elétrico nos principais países em desenvolvimento e explorar o futuro do mercado elétrico brasileiro, tendo como pano de fundo o conhecimento acumulado últimos dez anos. Serão exploradas cinco dimensões chave que determinarão o futuro do mercado elétrico brasileiro: tecnológica, regulatória, financeira, empresarial e política governamental. Mais informações nos telefones (21) 2563-4176 / 2563-4179. (NUCA-IE-UFRJ - 05.04.2004)
Empresas 1 Grupo Rede se desfaz dos negócios de geração O Grupo
Rede decidiu se desfazer dos negócios de geração e planeja arrebanhar
mais de R$ 400 milhões. Pôs à venda cinco usinas de médio e grande portes,
dentre as quais a hidrelétrica de Lajeado (900 MW) no rio Tocantins, na
qual tem como sócio o grupo português EDP. Ainda estão no pacote de venda
mais de 30 pequenas usinas hidrelétricas. "Não sei se conseguiremos nos
desfazer de todas, até porque algumas delas são muito pequenas", diz Evandro
Camillo Coura, presidente do grupo. O novo modelo do setor elétrico, que
desestimula a auto-contratação entre empresas de um mesmo grupo econômico,
foi um dos fatores que motivou a venda das geradoras. Mas não o único.
Desde que entrou em processo de reestruturação, há mais de um ano, o grupo
se comprometeu em "desmobilizar" R$ 400 milhões. (Valor - 05.04.2004) 2 Reestruturação do Grupo Rede já dá resultados A reestruturação do Grupo Rede, a cargo do Unibanco, já contribuiu para resolver a dívida de curto prazo. Foram reescalonados R$ 700 milhões e os prazos esticados para quatro a sete anos. O total da dívida (incluindo esse valor) soma R$ 2,4 bilhões, sendo 50% com o BNDES. Entre outros credores estão Unibanco, Itaú, Bradesco e HSBC. O BNDES já detém a fatia de 16% no capital do grupo. Os outros sócios são a Inepar e majoritariamente o empresário Jorge Queiroz. "A renegociação da dívida ajudou, mas a nossa despesa financeira ainda é bastante alta", diz Evandro Camillo Coura, presidente do grupo. Em 2003, o grupo teve prejuízo consolidado de R$ 189, 5 milhões, ante uma perda de R$ 335,7 milhões do ano anterior. (Valor - 05.04.2004) 3 Grupo Rede negocia com credores para participar do programa de capitalização do BNDES O grupo
Rede também está negociando com bancos credores alterações no acordo fechado
no ano passado que permitiu o alongamento do perfil de suas dívidas. O
objetivo é colocar a companhia em condições de ingressar no programa de
capitalização das distribuidoras montado pelo BNDES. O grupo tem hoje
R$ 2,4 bilhões em dívidas, 80% de longo prazo (com vencimento médio entre
4 e 7 anos) e 20% de curto prazo. "Estamos negociado com os bancos a ampliação
da carência para o início do pagamento, dos atuais seis meses para um
ano, como exige o BNDES, e também um aumento do prazo médio de amortização",
afirmou o presidente do grupo, Evandro Coura. O grupo Rede pretende se
candidatar a receber um empréstimo de R$ 150 milhões do banco, dentro
do programa de reestruturação das distribuidoras. "Acredito que entre
30 e 60 dias teremos concluído a negociação com os bancos e ingressado
no programa do BNDES", afirmou Coura. (Gazeta Mercantil - 05.04.2004)
4
Grupo Rede criará holding 5 Grupo Rede vai precisar de R$ 3 bi para programa de universalização Para atender
às metas do programa "Luz para Todos", do governo federal, na área de
concessão do grupo Rede, serão necessários investimentos de R$ 3 bilhões.
São 400 mil domicílios a serem atendidos em 4 anos. O grupo negocia com
o MME uma forma de viabilizar este investimento reduzindo o impacto tarifário.
"Estamos tentando diminuir a parcela de recursos da distribuidora e da
RGE - que têm impacto tarifário - e aumentar a parte correspondente à
CDE", disse o presidente do grupo, Evandro Coura. (Gazeta Mercantil -
05.04.2004) 6 Governo de SP negocia com Palocci financiamento para Cesp A governo
do estado de São Paulo continua tentando viabilizar o empréstimo de R$
1,35 bilhão para a Cesp. O governador Geraldo Alckmim esteve reunido,
no dia 2 de abril, com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, para negociar
a liberação do financiamento do BNDES. O objetivo é utilizar o dinheiro
para o pagamento de dívidas da geradora com o Tesouro Nacional e com o
próprio banco estatal. Alckmin comentou que a reestruturação da dívida
da Cesp já foi acertada com o setor privado e precisa ser resolvida na
esfera federal. "A Cesp tem um endividamento histórico alto. A mudança
cambial e baixa atividade econômica somada com a descontratação agravaram
o quadro", diz. (Canal Energia - 02.04.2004) 7 Celg tem perda de R$ 500 mil com apagão A Celg estima
ter sofrido perda comercial de R$ 500 mil devido ao apagão que deixou
seis municípios do entorno de Brasília sem luz por mais de 24 horas nesta
semana. O diretor técnico da Celg, Rafael Murolo, disse que a empresa
atenderá a eventuais pedidos de indenização por prejuízos causados aos
clientes pelo apagão. O apagão, provocado pelo rompimento de um cabo condutor
da linha de transmissão Brasília Sul Marajoara devido à sobrecarga da
linha, segundo a Celg, teve início às 19 horas da última terça-feira.
Murolo explicou que a empresa enfrentou dificuldades para substituir a
estrutura de concreto que sustenta os cabos, que sofreu uma torção no
momento do rompimento e acabou quebrando. (Jornal do Commercio - 03.04.2004) 8 CEEE anuncia início de construção de sistema de transmissão A CEEE anuncia,
dia 2 de abril, o início das obras de construção da subestação Canguçu
e da linha de transmissão, em 69 kV, que ligará o empreendimento e a subestação
Pelotas 4. A previsão é concluir o trabalho até o final do ano. Segundo
o presidente da companhia, Antonio Carlos Brites Jaques, o projeto beneficiará
diretamente 6 mil consumidores, atualmente atendidos por dois alimentadores
oriundos da subestação Pelotas 3. "A conclusão das obras permitirá maior
confiabilidade e incremento da capacidade de atendimento de novas demandas
na região sul do Rio Grande do Sul", diz. O investimento chegará a R$
7 milhões, sendo que só a linha custará R$ 4 milhões. A CEEE diz que a
subestação de Canguçu fará a conexão direta com a termelétrica de Piratini,
canalizando a sua produção para o suprimento da região. (Canal Energia
- 02.04.2004) 9 Empresas vão construir eólicas no Nordeste As empresas Sociedade Brasileira de Energias Renováveis e Água das Dunas Empreendimentos Lagoa de Genipabu vão construir as eólicas Campo do Cemitério (22,5 MW) e Lagoas de Genipabu (4,5 MW), respectivamente. A energia produzida deverá ser comercializada como produção independente. A eólica Campo do Cemitério ficará no Piauí, e Lagoas de Genipabu, no Rio Grande do Norte. Os investimentos previstos para os empreendimentos somam R$ 67,5 milhões e o início da operação comercial deve acontecer até dezembro de 2005. (Canal Energia - 05.04.2004) 10 Grupo português desiste de construir parques eólicos no Nordeste O grupo
português Horácio Luís Carvalho (HLC) arquivou o projeto de construir
cinco parques eólicos no Nordeste, quatro no Ceará e um no Piauí. Já com
autorizações na Aneel e licenças ambientais para construir os parques
com capacidade total de gerar 108 MW, o HLC desistiu da implantação depois
da divulgação dos valores que a Eletrobrás vai pagar pela energia eólica
nos contratos do Proinfa. Segundo o diretor do HLC no Brasil, Armando
de Almeida Ferreira, os valores definidos para a compra de energia eólica
no Proinfa - de R$ 180,18 a R$ 204,35 por MWh - não são suficientes para
garantir nem os financiamentos dos projetos eólicos que o grupo previa
implantar. "Com este valor, a taxa interna de retorno será de 10% e, com
isto, nem o BNDES vai aprovar financiamento", afirma o diretor. (Gazeta
Mercantil - 05.04.2004)
Licitação A Eletroacre
abre processo para construção de linhas aéreas rurais, em alta e baixa
tensão, nos municípios de Plácido de Castro e Vila Campinas. A obra é
parte do Programa Nacional de Universalização da Energia Elétrica, Luz
para Todos. O prazo termina no próximo dia 19 e o preço do edital é de
R$ 30. (Canal Energia - 05.04.2004) A Eletrosul abre licitação para chamada pública com o objetivo de selecionar projetos que atendam as condições estabelecidas pelo Programa de Incentivo as Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), que possam ser executados nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. O prazo vai até 8 de abril. (Canal Energia - 05.04.2004) A Eletronorte
licita serviços de consultoria especializada para estudos de planejamento
da expansão da geração e do sistema de transmissão, estudos elétricos
e especifiação básica dos equipamento elétricos. O prazo para a realização
das propostas encerra no dia 19 de abril e o preço do edital é de R$ 100.
(Canal Energia - 05.04.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS registra terceiro recorde seguido de demanda de energia no Brasil O ONS registrou
no primeiro dia de abril o terceiro recorde consecutivo de demanda de
energia elétrica no País, de acordo com relatório preliminar da operação
divulgado pela instituição. Segundo o ONS, também foram registrados recordes
de demanda máxima no sistema elétrico do Sul do País e no sistema interligado
Sul/Sudeste/Centro-Oeste. O sistema elétrico nacional atendeu, às 19h04min,
a demanda de 56.634 MW, superando o recorde anterior, de 56.427 MW, registrado
na quarta-feira, que por sua vez havia ultrapassado o pico de demanda
máxima de 56.294 MW de terça-feira. Técnicos atribuíram os recordes a
fatores climáticos, com a permanência de um clima quente e seco e da ausência
de chuvas na maior parte do território nacional. Os técnicos não identificaram
sinais de aumento significativo da demanda de energia no Sudeste, que
concentra mais de 60% da produção industrial do País. Mas destacaram que
no Sul, além da influência do clima, foi determinante para sucessivos
recordes de demanda de energia regionais a atividade da agroindústria.
(Jornal do Commercio - 03.04.2004) 2 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras mantém controle da Transener A Petrobras conseguiu impedir que o grupo financeiro Dolphin assumisse o controle da Transener, ao exercer seu direito de prioridade para comprar ações da companhia, a principal distribuidora de energia da Argentina. A operação deixou a estatal brasileira com uma participação majoritária na Citelec, sociedade que controla 65% do capital da Transener. A Petrobras comprou 0,007% das ações da Citelec da britânica National Grid, a outra sócia majoritária dessa companhia, que assinou um acordo para vender sua participação à Dolphin. O grupo Dolphin tem 7,514% das ações da Citelec. Ao exercer seu direito de prioridade de compra, a Petrobras fica com 50,007% da Citelec, enquanto o restante passará às mãos da Dolphin assim que for concretizada a compra pactuada pelo grupo financeiro com a National Grid, que, com a venda da participação, se retira do mercado de energia elétrica da Argentina. A Petrobras quer que seu sócio na Citelec seja uma operadora com experiência na administração de empresas de eletricidade, segundo fontes do setor energético citadas pelo jor-nal argentino "Infobae". (Gazeta Mercantil - 05.04.2004) 2 Eletronuclear: Financiamento para projeto de Angra 3 já está solucionado Apesar de
o governo ter anunciado que a decisão sobre a construção da usina nuclear
de Angra 3 sairia ainda no ano passado, até agora nenhuma definição sobre
o projeto foi tomada. Segundo o presidente da Eletronuclear, Zieli Thomé
Dutra, o problema do financiamento dos US$ 1,8 bilhão que faltam ser investidos
no projeto já está solucionado e a construção da usina depende apenas
de uma decisão política sobre querer ou não continuar com a geração de
energia nuclear no país. Apesar da demora na decisão, o presidente da
Eletronuclear está otimista na retomada do projeto. Ele conta que o governo
já deu algumas indicações de que a usina deverá ser concluída. "O projeto
de Angra 3 foi incluído no PPA. Além disso, os recursos para a retomada
das obras neste ano já estão aprovados para o Orçamento de 2004". Dutra
explicou que o orçamento para a Eletronuclear neste ano já conta com R$
125 milhões destinados à retomada do projeto. Segundo ele, esses recursos
são suficientes para o início das obras neste ano. A previsão de Dutra
é de que, após a decisão pela retomada do projeto, as obras ainda levem
5 anos e meio para serem concluídas. (Jornal do Brasil - 05.04.2004) 3 Projeto de construção de Angra 3 pode ter participação da iniciativa privada O presidente
da Eletronuclear, Zieli Thomé Dutra, explica que dos US$ 1,8 bilhão que
precisam ser investidos para a conclusão do projeto de Angra 3, US$ 600
milhões seriam referentes a compras de equipamentos no exterior. Os US$
1,2 bilhão restantes seriam gastos no Brasil e poderiam ter diversas fontes
de financiamento. Além de crédito do BNDES e da Eletrobrás, o projeto
poderia ter participação da iniciativa privada em até 20% do total da
usina. "A iniciativa privada entraria em parceria e seria a proprietária
da parte da energia gerada, proporcional ao que ela investiu", explicou
Dutra. (Jornal do Brasil - 05.04.2004) 4 MME: Governo só vai tratar do projeto de Angra 3 depois da regulamentação do novo modelo O MME informou
que o governo só deve retomar as discussões sobre o projeto de Angra 3
após a regulamentação do novo modelo do setor, prevista para o início
do mês que vem. Segundo o MME, só então os integrantes da comissão criada
pelo Conselho Nacional de Planejamento Energético (CNPE) para analisar
a questão deverão ser nomeados. (Jornal do Brasil - 05.04.2004) 5 Projeto de lei proíbe construção de novas usinas nucleares O projeto de Lei 3043/04, que tramita na Comissão de Minas e Energia da Câmara, proíbe a construção e operação de novas usinas nucleares no país para geração comercial de eletricidade nos próximos 20 anos. Após ser analisado na Comissão, o projeto deve seguir para votação no plenário. Segundo o autor do projeto, deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), a geração nuclear origina resíduos extremamente tóxicos e exige unidades complexas, o que as torna muito caras. Ele comentou ainda que, em caso de acidente nuclear, os riscos são grandes. Thame lembrou que o Brasil é rico em fontes renováveis de energia, como sol, vento, água e biomassa. (Canal Energia - 02.04.2004)
Grandes Consumidores 1 Hidrelétrica Candonga inicia operação comercial no próximo mês A usina
de Candoga entrará em operação comercial até final do próximo mês. A unidade,
que tem 140 MW de capacidade instalada, pertence à Alcan e à Companhia
Vale do Rio Doce. Segundo o gerente de Relações Institucionais do empreendimento,
Maurício Martins, o reservatório estará cheio até o final de abril. O
investimento no projeto, que ficará 20 dias em comissionamento após o
enchimento do reservatório, chegou a US$ 110 milhões. O empreendimento
está localizado entre os municípios de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado,
em Minas Gerais. 2 Candonga aumentará em 15% a geração da Alcan Com a entrada
em operação da usina, a Alcan aumentará em 15% a geração própria, atingindo
30% da demanda. Atualmente, as oito Pequenas Centrais Hidrelétricas da
empresa disponibilizam 290 GWh por ano com a capacidade instalada de 45
MW. O gerente de Energia da Alcan, Roberto Martins, conta que o consumo
total das duas fábricas localizadas em Ouro Preto (MG) e Aratu (BA) é
de 1,9 mil GWh por ano. O restante da energia consumida é fornecida principalmente
pela Chesf e pela Cemig. Roberto Martins diz que ainda há outros contratos
de menor porte com comercializadoras e geradoras, que serão substituídos
pela geração própria. "Reduziremos a compra mensal. Além disso, um contrato
com a Cemig também acabará em dois e precisamos garantir essa energia",
conta o gerente da Alcan. 3 Leilão de energia da Albrás é adiado para o dia 5 de maio A Albrás,
produtora de alumínio da Companhia Vale do Rio Doce, adiou o leilão de
compra de energia elétrica para o dia 3 de maio, às 14 horas. O negócio
estava marcado para ocorrer nesta sexta-feira, dia 2 de abril, às 10 horas
da manhã, e o adiamento foi comunicado pela empresa na noite do dia 1°.
Segundo nota na página da Albrás na internet, o leilão foi adiado por
"razões técnicas". As datas do novo cronograma ainda não foram divulgadas.
O leilão da Albrás para compra de 740 MW envolve diretamente a renegociação
do contrato de fornecimento com a Eletronorte, cujo prazo vence ainda
este mês. Segundo informações do mercado, a consumidora paga pelo insumo
US$ 12 por MWh, e na renegociação estaria tentando reduzir o preço para
cerca de US$ 9 por MWh. (Canal Energia - 02.04.2004) 4 Redução dos investimentos no setor elétrico influi no consumo doméstico de alumínio O consumo
doméstico de produtos transformados de alumínio apresentou queda de 6,5%
em 2003, segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira do
Alumínio (Abal). O volume consumido foi de 670,4 mil toneladas, enquanto
em 2002 atingira 717,3 mil toneladas. Os resultados mostram que a maior
queda ocorreu no setor de fios e cabos, que consumiu 51,2 mil toneladas
de alumínio em 2003. Esse volume foi 44,3% inferior as 91,9 mil toneladas
utilizadas em 2002, refletindo a redução dos investimentos no setor elétrico.
(Jornal do Commercio - 03.04.2004) 5 Abal prevê aumento de 5,5% no consumo doméstico de alumínio Conforme
previsão da Abal, o consumo doméstico de produtos transformados de alumínio
deve acompanhar a tendência de recuperação da economia em 2004, com destaque
para o desempenho dos principais segmentos consumidores -embalagens, transportes
e construção civil. A expectativa é de que ocorra um crescimento da ordem
de 5,5% em relação a 2003. A previsão é de crescimento de 9,2% nas exportações
de alumínio e seus produtos, sendo que os semis e manufaturados devem
apresentar aumento de 18,2%. Já as importações devem manter a tendência
de queda -11,3% em comparação com o ano de 2003. (Jornal do Commercio
- 03.04.2004) Economia Brasileira 1 Mercado mantém previsão do IPCA O mercado financeiro manteve estável a projeção média para o índice oficial de inflação de 2004. Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo Banco Central na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA foi de 6,00%, igual ao previsto na semana retrasada. Para 2005, o mercado espera IPCA de 5%, projeção mantida há 39 semanas. De acordo com o levantamento semanal feito pelo Banco Central junto a instituições financeiras, a previsão para o IGP-M de 2004, passou de 7,51% para 7,76%. Para o IGP-DI, elevou-se de 7,61% para 7,65%. Para o IPC da Fipe, a mediana das expectativas dos analistas ficou estável em 5,52%. (Valor 05.04.04) 2 Mercado prevê queda de 0,25 ponto na Selic em abril Os analistas financeiros projetam ligeira queda para a taxa Selic na reunião de abril do Comitê de Política Monetária (Copom). A mediana das expectativas dos analistas para a Selic está em 16%, de acordo com a pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central (BC) com instituições financeiras. O resultado é pouco menor do que o patamar atual do juro básico, que foi reduzido pelo BC para 16,25% ao ano na reunião de março. A próxima reunião do Copom está marcada para 13 e 14 de abril. A mediana das estimativas apontando Selic em 14% no final deste ano. Pela Focus mais recente, a projeção é de taxa média do ano de 15,20%. (Valor 05.04.04) 3 Focus revê para baixo o crescimento do PIB O mercado financeiro apontou projeções melhores para a maioria dos indicadores macroeconômicos nacionais relativos a 2004. A exceção ficou com o Produto Interno Bruto (PIB) e com saldo de investimentos externos diretos. Conforme a pesquisa Focus, do Banco Central, a mediana das expectativas para o PIB apontam expansão de 3,54% neste ano, ligeiramente abaixo da projeção da semana retrasada, de 3,56%. Há quatro semanas as previsões para o indicador vêem cedendo. Para 2005 a estimativa média passou de 3,76% para 3,71%. Os analistas consultados na semana passada pelo BC derrubaram a projeção para a entrada de investimentos estrangeiros em 2004. Antes, estimavam US$ 12,5 bilhões, agora calculam US$ 12,1 bilhões. Os cálculos para o superávit da balança comercial subiram de US$ 23 bilhões para US$ 23,15 bilhões. A previsão para 2005 estacionou em US$ 21 bilhões. (Valor 05.04.04) 4
Empresários pedem desvalorização cambial e queda nos juros a Palocci 5 Fipe registra inflação de 0,12% em março, a menor desde julho A inflação
do município de São Paulo ficou em 0,12% em março, segundo dados do IPC
(Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas, da USP). É a menor taxa desde a registrada em julho do ano
passado (-0,08%). A taxa fechada do mês ficou bem abaixo da última previsão
do coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti, que apontava variação em
torno de 0,25% para o período. Por grupos, foram registradas as seguintes
variações em março: Habitação (0,27%), Alimentação (0,10%), Transportes
(-0,41%), Despesas Pessoais (0,32%), Saúde (0,38%), Vestuário (0,10%)
e Educação (0,03%). O resultado de março comprova que a inflação do início
do ano foi realmente sazonal. Em janeiro, a inflação de São Paulo havia
ficado em 0,65%, acima do 0,42% de dezembro. Mas em fevereiro recuou para
0,19%. (Folha de São Paulo - 05.04.04) 6 Promessa de Lula para emprego será difícil de ser alcançada Segundo
o economista Carlos Eduardo Young (UFRJ) uma das principais necessidades
do País, apontada já na campanha do presidente Lula, de gerar 10 milhões
de empregos durante seu mandato, já não é possível de ser realizada -
a não ser que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 7% ao ano pelos próximos
três anos. Se a projeção de aumento do PIB do Governo para 2004 confirmar-se,
a economia tem potencial de gerar 1,5 milhão de postos de trabalho este
ano. O economista da UFRJ alerta que a tendência para os próximos anos
é de que o setor de serviços siga como o maior empregador da economia.
A indústria emprega atualmente 12,8% do pessoal ocupado no País, enquanto
o setor de serviços corresponde por 61%, ou 40,8 milhões de pessoas. (Jornal
do Comércio - 05.04.04) O dólar comercial opera em leve alta neste final de manhã, influenciado pelo fluxo cambial e pela expectativa de ingresso de recursos externos ao país. Às 12h07m, a moeda americana era negociada por R$ 2,884 na compra e R$ 2,886 na venda, com baixa de 0,34%. Na sexta, o dólar comercial terminou com alta de 0,20%, a R$ 2,8940 na compra e a R$ 2,8960 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 05.04.2004)
Internacional 1 Bolívia discute projeto de térmica binacional Uma missão
boliviana liderada pelos ministros das Relações Exteriores, Juan Ignacio
Siles, e de Minas e Combustíveis, Antonio Araníbar, discutirá na quarta-feira,
em Brasília, um projeto termelétrico binacional. As autoridades definirão
um acordo alcançado previamente para instalar geradores elétricos de ambos
os lados da fronteira, provavelmente nos departamentos de Beni e Pando,
vizinhos do Estado de Rondônia. A ministra Dilma Rousseff abriu a possibilidade
em janeiro passado, durante uma visita a La Paz, de que o país incentive
a construção de usinas hidrelétricas na fronteira binacional. Durante
a reunião de La Paz, as autoridades de ambos países concordaram em criar
uma comissão com o objetivo de estudar projetos de exportação de energia
elétrica para o Brasil e de integração de infra-estrutura física e o aproveitamento
de rios para geração hidrelétrica. (Jornal do Brasil - 05.04.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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