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IFE: nº 1.320 - 02 de abril de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Brasil suspende hoje fornecimento de energia a Argentina
2 Brasil só manterá exportação de energia para Argentina através de fonte térmica
3 Furnas está fora da disputa pelo fornecimento para a Argentina
4 Agentes do setor elétrico vão fazer contribuição conjunta para regulamentação do modelo
5 Distribuidoras vão levar antigas propostas ao governo
6 Senado aprova projeto de lei de conversão sobre quadro funcional de agências reguladoras
7 Geraoeste: VE para PCHs deveria ser próximo ao que foi apresentado em consulta pública
8 Eletrowind espera que o MME reveja pontos do Proinfa
9 Governo do Maranhão estuda possibilidade de instalar parque eólico
10 Maranhão terá investimentos de R$ 870 mi para programa de universalização
11 Processo de concessão da hidrelétrica Traíra II é revogado
12 Operações no MAE registraram R$ 51,1 mi em fevereiro
13 Curtas

Empresas
1 Cemig anuncia medidas para garantir recursos para plano de investimentos
2 Plano de desverticalização da Cemig
3 Cemig propõe nova política de dividendos aos acionistas
4 Cemig quer competir no mercado de fornecimento de energia para grandes consumidores
5 Variação cambial e reajuste tarifário sustentaram lucro da Cemig
6 Cemig tem R$ 2,55 bi a receber do BNDES
7 Cemig vai lançar debêntures no valor de R$ 1,5 bi
8 Cemig vai investir R$ 427 mi em geração em 2004

9 Recuperação de perdas da Light prevê alongamento do pagamento dos US$ 500 mi

10 Light quer reduzir as perdas com furto de eletricidade de 24% para 16%

11 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia é recorde, constata ONS
2 Aneel cobra explicações da Celg sobre queda no fornecimento
3 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está 46,18% acima da curva de aversão ao risco
4 Nível de armazenamento no subsistema Sul está em 57,1%
5 Subsistema Nordeste registra aumento de 0,5% em seu volume armazenado
6 Nível de armazenamento no subsistema Norte está em 86,4%
7 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Obras da Termoaçu devem acontecer no segundo semestre de 2004
2 Autorizada construção de termelétrica no interior de São Paulo
3 Cogen-SP: cogeração em SP poderá chegar a 9 mil MW em 2020

Grandes Consumidores
1 Abrace: Empresas querem receber valor integral dos créditos compulsórios da Eletrobrás

Economia Brasileira
1 BC estima crescimento do PIB próximo da projeção oficial
2 IPC do Rio de Janeiro avança 0,28% em março
3 Lula reafirma prioridade ao controle da inflação

4 Exportações de US$ 7,9 bi em março batem recorde
5 Setor exportador eleva a produção de alumínio
6 Abal se diz preocupada com política industrial e garantia do suprimento de Energia
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Firmados acordos para reestruturação do setor de energia de Portugal
2 EDP anunciou acordo que regula a forma de governo da GDP durante período transitório
3 Acordo entre EDP e Parpública
4 Iberdrola negocia compra de parque eólico em Portugal
5 Eni recebe 667 mi de euros por saída da Galp Energia

 

Regulação e Novo Modelo

1 Brasil suspende hoje fornecimento de energia a Argentina

O MME decidiu que o fornecimento de energia em regime emergencial, dentro do acordo de cooperação entre os dois países, encerra-se à meia-noite de hoje. A suspensão será realizada em razão dos baixos níveis dos reservatórios da Região Sul do País. O acordo fechado ontem com o governo do país vizinho também determinou que a mesma quantidade de energia fornecida pelo Brasil, da ordem de 500 MW, deverá ser devolvida ao País pelo governo argentino no prazo de 45 dias. Os custos operacionais de transporte e encargos serão monetizados e pagos pela Argentina. O MME ressaltou que a prioridade do governo Lula é a segurança do abastecimento interno de energia elétrica à população brasileira. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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2 Brasil só manterá exportação de energia para Argentina através de fonte térmica

O fornecimento de energia à Argentina durante o mês de abril só poderá ser feito caso seja utilizada fonte térmica. Os preços e a quantidade de energia disponível estão sendo apurados e serão encaminhados para avaliação do governo argentino. Caso o país aceite a opção, o fornecimento será reiniciado assim que estiverem consolidados os procedimentos comerciais e de operação. Os governo brasileiro e argentino permanecem em negociação para um contrato de fornecimento a ser iniciado em maio. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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3 Furnas está fora da disputa pelo fornecimento para a Argentina

A escassez de energia no Sul tirou Furnas da disputa pelo fornecimento para a Argentina. A estatal disputava com a Copel e com a Tractebel o direito de vender ao país vizinho. Mas, segundo técnicos ouvidos pelo Valor, as geradoras do Sudeste, como Furnas, já estão enviando suprimento de hidrelétricas para o Sul do país e não terão capacidade de enviar excedente para a Argentina. Deverão permanecer na disputa pelo mercado externo a Tractebel e Copel, que têm térmicas a gás e a carvão localizadas no Rio Grande do Sul e Paraná. Furnas acreditava ter o direito por ser o maior importador de energia da Argentina e por ter gasto mais de R$ 900 milhões no aluguel das duas linhas de transmissão da Companhia de Interconexão Energética (Cien), da Endesa, que conectam Brasil e Argentina. (Valor - 02.04.2004)

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4 Agentes do setor elétrico vão fazer contribuição conjunta para regulamentação do modelo

Está prevista para o dia 5 de abril uma grande reunião entre a ministra Dilma Rousseff e representantes de associações setoriais e grupos investidores, onde será apresentado o escopo geral das contribuições dos agentes para a fase de implementação das regras do novo modelo do setor elétrico. Nesta quinta-feira, dia 1° de abril, os envolvidos na formatação de uma proposta conjunta para o governo se reuniram em SP, para fechar as linhas gerais do trabalho. Entre as entidades participantes estavam a CBIEE, Abradee, Apine, Abraget, Abraceel e ACBE. A coordenação do trabalho está a cargo do presidente da CBIEE, Claudio Sales, que recebeu a incumbência a pedido da própria ministra Dilma. Sales afirma que há entre as entidades um esforço concentrado para que as contribuições resultem no sucesso do marco regulatório. As proposições formuladas individualmente pelas associações e empresas serão unificadas num único documento. Além das associações, o encontro do próximo dia 5 deve reunir também a Abrage e Abrace, além das principais empresas e grupos privados e estatais, como Duke Energy, Tractebel, Iberdrola, EDF, CPFL, Rede e Cemig. (Canal Energia - 01.04.2004)

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5 Distribuidoras vão levar antigas propostas ao governo

As distribuidoras vão concentrar as ações em propostas já levadas anteriormente ao governo, como repasse dos custos de suprimento nos leilões do pool, incorporação de redes privadas e isonomia no pagamento de encargos entre consumidores cativos e livres. O presidente da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, afirma que além de apresentarem seus pontos de vista, os agentes terão uma posição da intenção do MME em estabelecer contatos regulares nesta fase. "Como haverá um maior detalhamento dos assuntos, pode ser que as conversas se dêem com grupos de trabalho de cada tema. Mas isso será tratado pela ministra apenas na segunda", diz Guimarães. (Canal Energia - 01.04.2004)

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6 Senado aprova projeto de lei de conversão sobre quadro funcional de agências reguladoras

Os senadores aprovaram nesta quinta-feira, dia 1° de abril, o projeto de lei de conversão (PLV) nº 15/04, que cria carreiras e organiza cargos efetivos das agências reguladoras. O texto apresentado pelo relator José Jorge (PFL-PE) continha 13 emendas, mas uma foi retirada pelo relator e outra rejeitada pelos demais senadores. O PLV volta para a Câmara dos Deputados para avaliação. O projeto abrange a Aneel, Anatel, ANP, Anvisa, ANS, Ancine, Antaq e a ANIT. (Canal Energia - 01.04.2004)

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7 Geraoeste: VE para PCHs deveria ser próximo ao que foi apresentado em consulta pública

Para o diretor-presidente da Geraoeste, Fernando Vilela, o patamar do VE para PCHs que viabilizaria os projetos seria de R$ 125, próximo ao apresentado na consulta pública do ano passado. O MME, no entanto, definiu o VE em R$ 117,02. A Geraoeste está estudando se as 10 PCHs, que somam 150 MW no Mato Grosso do Sul, podem ser economicamente viáveis no Proinfa. "Ainda estamos fazendo cálculos para saber quantos projetos serão viáveis economicamente com este VE. Acredito que três ou quatro serão tocados, somando cerca de 60 MW a 70 MW de capacidade", afirma Vilela. A decisão só será concluída após a empresa rever e analisar o orçamento das usinas. Mesmo as PCHs viáveis, afirma Vilela, estarão no limite do preço. (Canal Energia - 01.04.2004)

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8 Eletrowind espera que o MME reveja pontos do Proinfa

Para o presidente da Eletrowind, Paulo Celso Lage, a divulgação do VE causou frustração generalizada em todos os segmentos, já que os investidores se balizaram pelos valores apresentados na consulta pública. Segundo Lage, as condições estão piores para a implantação de usinas eólicas. A Eletrowind, que pretendia implantar seis parques com 100 MW de capacidade total, pode até desistir de participar do programa. As usinas estão projetadas para os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí. "O Proinfa, para o segmento de eólica, está seriamente comprometido. Se as condições permaneceram como as apresentadas, é possível que o programa não saia do papel para este segmento", alerta Lage. Ele afirma que ainda espera que o MME reveja alguns pontos do programa, buscando um ponto de equilíbrio. Lage criticou a redução de 20% no VE apresentado na consulta pública e o divulgado pelo MME nesta semana. (Canal Energia - 01.04.2004)


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9 Governo do Maranhão estuda possibilidade de instalar parque eólico

O governo do Maranhão está prestes a assinar um protocolo de intenções para estudar a viabilidade de um parque eólica no município de Tutóia (MA). Também está prevista a instalação de uma torre de energia solar com altura de um quilômetro no interior do estado. Os investimentos nos dois empreendimentos estão estimados em US$ 740 milhões. A assinatura do protocolo faz parte do Programa Energia Limpa a ser lançado pelo governo estadual. Os estudos serão feitos pela EdRB do Brasil Ltda, consórcio firmado por três empresas brasileiras com o objetivo de buscar tecnologias, comercializar equipamentos, instalar e operar plantas de geração de energia. O projeto de Tutóia prevê uma capacidade de geração de 120 MW. O empreendimento, estimado em US$ 240 milhões, tem como objetivo atender à demanda de energia do Delta das Américas, um dos pólos turísticos do estado que tem como portão de entrada Tutóia. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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10 Maranhão terá investimentos de R$ 870 mi para programa de universalização

Os recursos previstos para o programa Luz Para Todos, que será lançado nas próximas semanas no Maranhão são da ordem de R$ 870 milhões. Este valor prevê a implantação do programa em quatro anos no estado. A meta é atingir 248.716 domicílios rurais no estado. Neste ano, a expectativa é de atender 8.231 domicílios com investimentos de R$ 29 milhões. Os recursos são bancados, em sua maioria, pelo governo federal por meio da Reserva Global de Reversão (RGR) e da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). O governo estadual vai participar com investimentos de 10% de contrapartida. De 2002 a 2003, com investimentos de R$ 27 milhões no programa, o governo do estado levou energia elétrica para 205 municípios e 777 povoados, beneficiando 40.215 domicílios, dos quais 22,9 mil estão ligados à redes de distribuição. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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11 Processo de concessão da hidrelétrica Traíra II é revogado

A Aneel revogou esta semana o processo de concessão da hidrelétrica Traíra II. O ato encerra o processo, iniciado em 12 de julho de 2002, quando a concessão foi submetida a leilão na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A reinclusão da usina em novas licitações dependerá de decisão do governo federal. A concessão da usina foi arrematada no leilão realizado em 2002 pela Alcan Alumínio do Brasil Ltda. A empresa, contudo, refez seu plano de investimentos e desistiu da concessão em dezembro daquele mesmo ano. A garantia de proposta depositada pela Alcan, no valor de R$ 390.000,00, foi executada pela Aneel. Em cumprimento ao edital de licitação, a Agência convocou o consórcio PSK, classificado em segundo lugar no leilão, para assumir a concessão. Porém, o consórcio foi desqualificado por não atender requisitos econômico-financeiros. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), terceira classificada, também foi chamada a assumir a concessão, conforme as regras da licitação, mas houve desinteresse da empresa em cumprir as condições estabelecidas pelo primeiro colocado, principalmente em relação aos valores a serem pagos pela concessão. (NUCA-IE-UFRJ - 02.04.2004)

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12 Operações no MAE registraram R$ 51,1 mi em fevereiro

O MAE realizou ontem a liquidação financeira das operações referentes ao mês de fevereiro de 2004. O montante das operações de compra e venda de energia realizadas no período foi de R$ 51,1 milhões. Participaram da liquidação 119 agentes de mercado, sendo 67 devedores e 52 credores. Dois agentes deixaram de honrar seus compromissos no mercado, totalizando R$ 465,7 mil não pagos, o que gerou um índice de inadimplência de 0,91%. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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13 Curtas

A Aneel publica nos próximos dias, no Diário Oficial da União, resolução que estabelece critérios a serem adotados pelas centrais de teleatendimento das distribuidoras de energia elétrica. A regulamentação visa a padronização e o aperfeiçoamento dos serviços de call-center das concessionárias. (NUCA-IE-UFRJ - 02.04.2004)

A Central de Teleatendimento da Aneel (CTA) tem novo número. A partir de hoje, as ligações telefônicas com pedidos de informação, sugestões e reclamações terão que ser feitas para telefone 0800 727 20 10. (NUCA-IE-UFRJ - 02.04.2004)

As empresas Sociedade Brasileira de Energias Renováveis Ltda. e Água das Dunas Empreendimentos Lagoa de Genipabu Ltda. estão autorizadas a atuar como produtoras independentes com a construção das usinas eólicas Campo do Cemitério e Lagoas de Genipabu, respectivamente. (NUCA-IE-UFRJ - 02.04.2004)

Equipamentos da Voith Siemens tiveram problemas, adiando início da operação das turbinas da hidrelétrica de Itaipu para o segundo semestre de 2005. O Consórcio Ceitaipu, responsável pela expansão da hidrelétrica, foi multado em US$ 2,5 milhões pelo atraso. (Canal Energia - 01.04.2004)

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Empresas

1 Cemig anuncia medidas para garantir recursos para plano de investimentos

A Cemig anunciou ontem um pacote de medidas para facilitar a captação de recursos e assegurar a sustentabilidade dos seus negócios. A empresa irá modificar a política de dividendos, passando a distribuir 50% do lucro líquido a partir do exercício de 2004. O objetivo é criar um mecanismo que possibilite a quitação da dívida de seu principal acionista, o governo do estado, com a companhia. Outra medida anunciada foi a aprovação pelo Conselho de Administração do plano de desverticalização. Todas as iniciativas têm por objetivo facilitar a captação de recursos financeiros no mercado para assegurar um plano de investimento da ordem de R$ 5 bilhões até 2008. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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2 Plano de desverticalização da Cemig

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer, informou que o novo desenho da Cemig está sendo encaminhado à Aneel e deve ser levado para apreciação na Assembléia Legislativa de Minas Gerais no final de abril. Uma Lei Estadual, que permita transformar a Cemig em uma holding, será criada. O projeto prevê a formação de duas empresas, uma de geração e transmissão e outra de distribuição, ambas 100% controladas pela holding Cemig. A companhia terá, também, participação na Gasmig, tendo a Petrobras como outra acionista. A venda de parte da Gasmig, negociada há algum tempo com a Petrobras, pode ser concluída em breve e chegar a 40% das ações. "A nova estrutura, a ser consolidada, garante as mesmas proteções legais que existem hoje na Cemig", disse. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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3 Cemig propõe nova política de dividendos aos acionistas

No dia 30 de abril, em Assembléia Geral, será proposta aos demais acionistas da Cemig, além do governo, uma nova política de dividendos de pay-out de 50% do lucro líquido já para o exercício 2004, contando que o valor não ultrapasse 30% da geração de caixa. Com isso, a Cemig faz uma operação para sanar a dívida de R$ 2,4 bilhões que o governo de MG tem com a companhia, proveniente de provisões das perdas da Conta de Resultado a Compensar (CRC). Durante 32 anos, a Cemig irá reter 58% da fatia do dividendo do governo de MG. O benefício da operação, na avaliação da diretoria da Cemig, é ampliar o acesso a investidores que tinham restrição à compra de papéis da empresa em virtude da falta de pagamento da CRC e, também, representa retorno ao acionista pelo aumento de pagamento de dividendos. Permite, também, resgatar R$ 350 milhões de valor provisionado e completar o processo de implantação do fundo de recebíveis que resultará na conveniência do pagamento de impostos com a efetivação da respectiva receita. Na avaliação de Flávio Decat, diretor de finanças e participações da Cemig, isso é fundamental para a captação de recursos para os investimentos de R$ 5,11 bilhões previstos. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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4 Cemig quer competir no mercado de fornecimento de energia para grandes consumidores

Os investimentos de R$ 5 bilhões previstos pela Cemig até 2008 serão usados para expandir em 10% a capacidade de geração de energia nos próximos três anos, para substituir contratos de compra que vencem no mesmo período. Outra meta é a ampliação na participação de mercado, tanto no segmento de geração quanto no de transmissão e distribuição, mesmo que através de aquisições. Mas, a principal meta da Cemig é competir no mercado nacional de fornecimento de energia para grandes consumidores. Os recursos a serem aplicados nos próximos cinco anos já começaram a ser captados. Serão emitidos, em breve, debêntures da ordem de R$ 400 milhões com prazo de 10 anos. Está em estudo contratos com bancos para R$ 500 milhões de fundos de recebíveis, com vencimento em 20 anos. Além de uma operação de crédito no exterior da ordem de US$ 350 milhões. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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5 Variação cambial e reajuste tarifário sustentaram lucro da Cemig

A Cemig obteve lucro líquido de R$ l,198 bilhão no ano passado, contra o prejuízo de R$ 1,002 bilhão em 2002. Segundo o presidente da empresa, Djalma Morais, o resultado é conseqüência do reajuste médio de 31,5% nas tarifas de energia no ano passado e dos ganhos com a variação cambial em 2002, superiores a R$ 330 milhões. Como espera novo aumento de cerca de 9% nas tarifas, a direção da concessionária mineira está otimista. A empresa conseguiu em 2003 investir R$ 900 milhões, realizou projetos ambientais estimados em R$ 42 milhões; conseguiu atrair 152 mil novos consumidores; atendendo mais de 1,4 milhão de consumidores de baixa renda. O diretor de Finanças, Comercialização e de Relações com os Investidores, Flavio Decat de Moura, alertou, contudo, que o perfil da dívida da Cemig dívida mostra vencimentos concentrados no curto prazo. Mas, segundo ele, a situação é boa. "Temos um fluxo de caixa sólido que alcançou, em 2003, o montante de R$ 1,798 bilhão, com sua margem aumentada para 32%". (O Globo - 02.04.2004)

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6 Cemig tem R$ 2,55 bi a receber do BNDES

A Cemig tem a receber R$ 2,55 bilhões do BNDES referente a financiamentos ainda pendentes. O valor relativo ao processo de capitalização do setor soma R$ 1 bilhão, enquanto o montante da Recomposição Tarifária Extraordinária chega a R$ 1,02 bilhão. Estão pendentes ainda o repasse pelo adiamento da Conta de Variação da Parcela, de R$ 322 milhões, e de financiamento para obras, de R$ 213 milhões. Flávio Decat, diretor de finanças da empresa, explicou que as dificuldades na obtenção do financiamento existem porque a empresa é estatal. O financiamento já fechado com o BNDES é de R$ 511 milhões, fruto do Acordo Geral do Setor. (Canal Energia - 01.04.2004)

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7 Cemig vai lançar debêntures no valor de R$ 1,5 bi

Com a dificuldade na obtenção de financiamento, a Cemig optou por buscar opções no mercado financeiro, com a emissão de debêntures e de medium notes. As debêntures, no valor total de R$ 1,5 bilhão, terão prazo de 10 anos. As medium notes, já aprovadas pela Secretaria do Tesouro do estado de Minas Gerais, serão no valor de US$ 150 milhões. A empresa pretende ainda implementar um fundo de recebíveis em 2004, a fim de melhorar o perfil da dívida de R$ 3,5 bilhões. (Canal Energia - 01.04.2004)

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8 Cemig vai investir R$ 427 mi em geração em 2004

Em 2004, os investimentos da Cemig no segmento de geração deverão ficar em R$ 427 milhões, enquanto a área de transmissão receberá R$ 106 milhões. A distribuição contará com R$ 330 milhões e o se subtransmissão, com R$ 58 milhões. No ano passado, os investimentos da empresa chegaram a R$ 900 milhões. (Canal Energia - 01.04.2004)

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9 Recuperação de perdas da Light prevê alongamento do pagamento dos US$ 500 mi

A proposta apresentada pela Light para recuperação de perdas com roubo de energia (os chamados "gatos") e inadimplência apresentado pela empresa em dezembro prevê o alongamento do pagamento dos US$ 500 milhões por um prazo médio de três anos e sete meses, com dois anos de carência. Essas condições são melhores para a distribuidora do que o mínimo que o BNDES exige para que as elétricas se habilitem a seu plano de capitalização do setor. O banco estatal determina que a companhia alongue a dívida de curto prazo com credores privados pelo prazo médio de três anos, com carência de um ano. Os bancos credores têm particular interesse em que a companhia se habilite ao programa do BNDES. Isso porque a empresa se comprometeu a fazer o pagamento antecipado de 25% da dívida com os recursos que receber do banco estatal. Um dos principais pontos de atrito da proposta tem sido a taxa de juro sugerida pela Light, de CDI mais 1% ao ano. Os bancos querem aumentá-la. (Valor - 01.04.2004)

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10 Light quer reduzir as perdas com furto de eletricidade de 24% para 16%

As perdas da Light com furto de eletricidade, inadimplência e problemas técnicos que atingem 24% do seu faturamento bruto são consideradas excessivamente altas e impactam fortemente o seu caixa. Como conseqüência, minam a sua capacidade de pagamento da dívida. Essa característica torna a renegociação da Light peculiar e faz do plano de recuperação de perdas uma peça-chave do processo. Para convencer os bancos de que poderá cumprir as condições de alongamento da dívida apresentada aos bancos, a companhia se propôs a reduzir as perdas de 24% para 16% - mesmo nível da época da privatização, em 1996 - no prazo de quatro anos, diz uma fonte familiarizada com a negociação. Para isso, estão previstos investimentos em tecnologia e fiscalização. (Valor - 01.04.2004)

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11 Curtas

Especula-se que da equipe de consultores indicados pelo grupo de bancos credores da Light poderá sair, no futuro, o novo presidente da empresa. O ex-ministro das Minas e Energia Francisco Gomide e o presidente do conselho da Alstom, José Luis Alqueres, são os indicados. (Valor - 01.04.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia é recorde, constata ONS

O País bateu recordes sucessivos de demanda de energia nos últimos dois dias, de acordo com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo técnicos que acompanham a operação do sistema elétrico interligado nacional ouvidos pela Agência Estado, os recordes podem ser atribuídos mais às altas temperaturas e ao clima seco dos últimos dias do que propriamente a uma recuperação da atividade econômica. Na segunda-feira, conforme relatórios do ONS, a demanda no sistema interligado atingiu a marca de 56.294 megawatts (MW), 1,7% acima do recorde anterior, de 56.196 MW, registrado em 24 de abril de 2001. Quarta-feira, a marca foi superada, com demanda de 56.427 MW no horário de ponta do consumo. (Paraná on line - 02.04.04)

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2 Aneel cobra explicações da Celg sobre queda no fornecimento

A Celg deverá apresentar nesta quinta-feira, dia 1º de abril, o relatório detalhado com as explicações sobre a interrupção de energia elétrica que atingiu 130 mil consumidores em municípios do interior de Goiás. A queda do fornecimento, que aconteceu no dia 30 de março, foi causada pelo rompimento de um dos cabos condutores da linha de transmissão, em 138 kV, Brasília Sul - Subestação Marajoara. O acidente provocou torção na estrutura de concreto onde os cabos são sustentados. Segundo a concessionária, o problema na linha ocorreu devido à sobrecarga. A Celg diz que a parte urbana já está solucionada, com exceção da cidade de Cristalina. Já o fornecimento rural ainda está sendo normalizado devido à dificuldade para localizar o ponto do defeito. A previsão da companhia é concluir hoje os trabalhos. A empresa afirma que a solução definitiva para o fornecimento de energia na região se dará com a construção de outra linha de transmissão, que ainda não foi viabilizada porque o Ibama não concedeu a licença ambiental. (Canal Energia - 01.04.2004)

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3 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está 46,18% acima da curva de aversão ao risco

O submercado Sudeste/Centro-Oeste apresenta 76,9% da capacidade, volume 46,18% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo de 0,14% em um dia. As usinas de São Simão e Miranda registram volume de 95% e 82,4%, respectivamente. (Canal energia - 01.04.2004)

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4 Nível de armazenamento no subsistema Sul está em 57,1%

A região Sul registra 57,1% da capacidade, uma redução de 0,6%. A usina de G. B. Munhoz apresenta 57,7% do volume. (Canal energia - 01.04.2004)

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5 Subsistema Nordeste registra aumento de 0,5% em seu volume armazenado

A região Nordeste registra 83,2% da capacidade, ficando 83,2% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento teve um acréscimo de 0,5% em comparação ao dia anterior. O nível da usina de Sobradinho está em 88,1%. (Canal energia - 01.04.2004)

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6 Nível de armazenamento no subsistema Norte está em 86,4%

A capacidade de armazenamento do subsistema Norte está em 86,4%, um aumento de 0,04% em relação ao dia 30 de março. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta volume de 97,9%. (Canal energia - 01.04.2004)

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7 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Obras da Termoaçu devem acontecer no segundo semestre de 2004

A retomada das obras da termelétrica Termoaçu podem acontecer ainda este ano. Este foi o tema da audiência do presidente do grupo Guaraniana, Marcelo Corrêa, com a governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria. Os investimentos estão orçados em US$ 300 milhões, sendo que cerca de 30% deles já foram aplicados. Segundo Marcelo Corrêa, a Guaraniana está reprogramando o projeto e o processo de negociação já está avançado. Hoje, o principal entrave, segundo Marcelo Corrêa, é a questão tarifária. A Aneel, de acordo com ele, estabeleceu uma tarifa abaixo da tabela que foi apresentada no plano de negócios. "O reajuste foi em torno de 20%", afirma ele, garantindo que as partes estão buscando a melhor solução para viabilizar o projeto. A previsão é que a termelétrica entre em operação em março de 2006. (Canal energia - 01.04.2004)

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2 Autorizada construção de termelétrica no interior de São Paulo

A Aneel autorizou a empresa Destilaria Pioneiros S/A a se estabelecer como produtor independente com a construção da termelétrica Pioneiros, no município de Sud Mennucci, em São Paulo. A usina vai operar com 60,4 MW e deverá entrar em operação até junho próximo. O investimento previsto para o empreendimento é de R$ 72,4 milhões. (NUCA-IE-UFRJ - 02.04.2004)

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3 Cogen-SP: cogeração em SP poderá chegar a 9 mil MW em 2020

A Cogen-SP (Associação Paulista de Cogeração de Energia) estima um mercado de 9 mil MW de capacidade instalada para o segmento até 2020 em São Paulo. Desse montante, cerca de 4 mil MW viriam de projetos utilizando o gás natural e o restante com biomassa de cana-de-açúcar. O vice-presidente executivo, Carlos Silvestrin, diz que para atingir a meta será necessário remover as barreiras regulatórias e oferecer preços competitivos para o gás e para a venda do excedente. Silvestrin destaca que a reserva da Bacia de Santos representa um grande potencial para as empresas do estado de São Paulo. "A construção de 200 km de gasoduto viabilizaria a distribuição do gás para toda a região", diz. Segundo o executivo, cerca de 2,8 mil MW em projetos necessitam dessa infra-estrutura extra de gasodutos. Para articular o trabalho de desenvolvimento do mercado de cogeração nas indústrias, a Cogen-SP firmou um acordo com a Fiesp. O presidente da associação, Roger Ottenheym, diz que a importância do acordo está na unificação das ações e no apoio político e industrial da entidade. (Canal energia - 01.04.2004)

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Grandes Consumidores

1 Abrace: Empresas querem receber valor integral dos créditos compulsórios da Eletrobrás

A quitação que a Eletrobrás deve realizar no primeiro semestre deste ano de parte dos empréstimos compulsórios pagos pelos grandes consumidores não animou as empresas interessadas. Segundo a Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia), que reúne quase a totalidade dos clientes com créditos a receber da estatal, o pagamento não atende aos interesses das empresas envolvidas, que esperam ter acesso aos valores integrais em espécie. A intenção da estatal, de acordo com o balanço de 2003, é realizar o pagamento por meio da conversão em capital dos créditos relativos ao empréstimo compulsório pago entre 1987 e 1993, através de ações preferenciais B (PNB) da Eletrobrás. Segundo Paulo Ludmer, diretor executivo da Abrace, o principal problema é que as ações oferecidas como resgate apresentam no mercado valor de face depreciado em relação aos créditos totais que as empresas credoras têm a receber. A correção dos valores efetuada pela estatal, diz ele, não incorpora as variações da inflação na metade dos anos 80, época em que as correções chegavam a atingir 80% por mês. (Canal Energia - 01.04.2004)

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Economia Brasileira

1 BC estima crescimento do PIB próximo da projeção oficial

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem que a economia deve ter crescido a uma taxa anualizada entre 3,2% e 3,5% no primeiro trimestre, num ritmo mais lento do que o verificado no final do ano passado, como já era previsto pelo Governo. "Nós já havíamos dito que a taxa de crescimento do primeiro trimestre seria menor do que a do quarto trimestre de 2003 porque o crescimento naquele período foi muito forte, chegando a 6,1% anualizados", afirmou Meirelles. O presidente do BC ressaltou que a taxa de crescimento trimestral anualizada deve ficar agora próxima da projeção oficial de expansão de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004. (Jornal do Comércio - 02.04.04)

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2 IPC do Rio de Janeiro avança 0,28% em março

O Índice de Preços ao Consumidor no Rio de Janeiro (IPC-RJ) teve alta de 0,28% em março, acentuando o aumento visto em fevereiro, de 0,15%, conforme pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada nesta sexta-feira. Educação foi o grupo que exerceu a principal pressão no indicador, com elevação de 0,58%. Os ramos Alimentação, Habitação e Cuidados Pessoais também verificaram aumentos. Em contrapartida, os itens Transportes e Vestuário registraram deflação. (Valor - 02.04.04)

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3 Lula reafirma prioridade ao controle da inflação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que seu governo não medirá ''nenhum esforço para tomar as medidas necessárias para a inflação não voltar'', sem deixar de cumprir os compromissos assumidos com o povo brasileiro. Lula fez a declaração ao participar da inauguração de uma fábrica de café solúvel da Nestlé em Araras (SP). Ele garantiu que ''a economia vai crescer a cada ano, independentemente da idéia do pior pessimista'', para que sejam gerados os empregos de que o país tanto precisa. (Jornal do Brasil 02.04.04)

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4 Exportações de US$ 7,9 bi em março batem recorde

As exportações brasileiras atingiram o valor recorde de US$ 7,9 bilhões no mês passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento. As importações também cresceram e fecharam em US$ 5,325 bilhões. Com isso, o saldo da balança comercial em março ficou em US$ 2,602 bilhões. O aumento das vendas ao exterior ajudou o superávit da balança comercial a crescer 62% entre janeiro e março deste ano e chegar a US$ 6,170 bilhões. É o saldo mais elevado já alcançado no primeiro trimestre de um ano. Para o secretário de Comércio Exterior, Ivan Ramalho, o desempenho das exportações no mês passado foi beneficiado pelo maior número de dias úteis do período e pelo aumento dos preços dos produtos exportados pelo Brasil no mercado internacional. (Folha de São Paulo 02.04.04)

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5 Setor exportador eleva a produção de alumínio

A produção brasileira de alumínio primário foi de 1,38 milhão de toneladas em 2003, volume 4,7% maior que os 1,32 milhão de toneladas de 2002, segundo dados divulgados ontem pela Associação Brasileira do Alumínio (Abal). O consumo doméstico de transformados de alumínio, contudo, teve uma queda de 6,5% e atingiu 670,4 mil toneladas, em razão do aumento das exportações, que cresceram 12,3% e somaram 990,3 mil toneladas. As vendas externas de semi-elaborados aumentaram 45,7% e totalizaram 191,4 mil toneladas. Em valores, as exportações de alumínio alcançaram US$ 2,12 bilhões. Já as importações ficaram em US$ 356 milhões. (Gazeta Mercantil - 02.04.04)

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6 Abal se diz preocupada com política industrial e garantia do suprimento de Energia

Uma política industrial para a indústria do alumínio e a garantia de suprimento de energia são as principais preocupações do setor. Para o presidente da Abal, Sebastião Ribeiro, a política industrial anunciada pelo governo é "muito parcial e só contenta uma pequena parte da indústria". A Abal encomendou um estudo para a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para elaborar as diretrizes de uma política industrial para o setor. A Abal defende a tese de uma indústria de alumínio voltada à exportação, sobretudo de semi-elaborados, para avançar nas vendas para os EUA e a UE. Ribeiro tem encontro marcado na próxima segunda-feira com a ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff. "Precisamos dispor de energia, seja privada ou pública", disse. (Gazeta Mercantil - 02.04.04)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera perto da estabilidade neste final de manhã, oscilando no patamar abaixo dos R$ 2,90. Às 12h03m, a moeda americana era negociada em R$ 2,889 na compra e R$ 2,890 na venda, a mesma do fechamento de ontem. (O Globo On Line - 02.04.2004)

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Internacional

1 Firmados acordos para reestruturação do setor de energia de Portugal

A EDP, a Eni e a REN firmaram os acordos para a reorganização do setor energético em Portugal, passando a controlar cada uma um terço dos ativos da GDP - Gás de Portugal, ao preço de 400 milhões de euros por cada terço. Segundo um comunicado emitido pela EDP, foram ontem celebrados vários acordos tendentes à aquisição do negócio do gás da Galp Energia. Os acordos prevêem a compra e venda da totalidade do capital social da GDP - Gás de Portugal, SGPS, assumindo todos os ativos associados ao negócio de gás natural detidos pela Galp, celebrado entre a EDP, a Eni e a REN - Rede Elétrica Nacional,. por um lado, como partes adquirentes, e a Galp, por outro, como parte vendedora, na proporção de 33,34% para a EDP, 33,33% para a Eni e 33,33% para a REN. "A entrada direta destas empresas no negócio do gás natural será realizada com base num valor de referência de 1,2 bilhão de euros, estimando-se que a dívida alocada a este negócio seja de cerca 1,1 bilhão de euros. Esta operação irá envolver um pagamento à Galp, por cada uma das partes adquirentes, de 400 milhões de euros, na data de concretização da compra das ações da GDP", diz a EDP.(Diário Econòmico - 01.04.2004)

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2 EDP anunciou acordo que regula a forma de governo da GDP durante período transitório

A EDP anunciou que foi assinado um acordo parassocial entre a EDP, a Eni e a REN que regula a forma de governo da GDP durante um período transitório, até à saída da REN do capital desta empresa, que poderá ter lugar após um período de 12 meses a contar da data de concretização da compra da GDP, e o mecanismo dessa saída por transferência dos ativos de transporte de gás natural. O documento diz que o valor de referência dos ativos para efeitos desta transferência será de 738 milhões de euros, sujeito a ajustamento no caso em que a avaliação dos ativos seja superior a este valor. Outro acordo foi assinado entre a EDP e a Eni que regula a gestão conjunta da GDP, os termos de colaboração entre os dois sócios e outras questões relevantes associadas ao governo da empresa, destacando-se, nomeadamente a este respeito a cláusula de saída em caso de bloqueio insuperável no processo decisório da empresa, tendo a EDP, nesta circunstância, uma opção de compra sobre a totalidade da participação da Eni na GDP. O não exercício dessa opção pela EDP dará lugar a uma opção de natureza idêntica pela Eni. (Diário Econòmico - 01.04.2004)

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3 Acordo entre EDP e Parpública

O último acordo assinado é entre a EDP e a Parpública, no qual se prevêem os mecanismos de saída da EDP do capital social da Galp, no sentido de concentrar as suas atividades exclusivamente no negócio do gás. Neste âmbito, a Parpública tem, a partir da presente data, o direito de compra dos 14,27% detidos pela EDP no capital da GALP, por 457,2 milhões de euros e a EDP terá o direito de venda da sua participação na GALP à Parpública pelo mesmo valor, acrescido dos respectivos encargos financeiros. (Diário Econòmico - 01.04.2004)

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4 Iberdrola negocia compra de parque eólico em Portugal

A espanhola Iberdrola está negociando a compra de um parque eólico da Gamesa instalado no norte de Lisboa. O objetivo é entrar no negócio de energias renováveis de Portugal. O valor a ser aplicado pela Iberdrola na usina, que possui 18 MW de capacidade, não foi revelado, mas estimativas apontam que o custo de uma construção do gênero é de cerca de 1 milhão de euros por MW instalado. A Iberdrola projeta para os próximos quatro anos um investimento de 2,4 bilhões de euros em fontes renováveis. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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5 Eni recebe 667 mi de euros por saída da Galp Energia

A Eni receberá 667 milhões de euros por sua saída da Galp Energia e ainda ficará com 49% da Gás de Portugal (GDP). Os acordos relativos à reestruturação do setor energético português, assinados esta semana entre o governo de Portugal, Galp Energia, EDP, Rede Eléctrica Nacional (REN) e Parpública, formalizaram a transferência do negócio do gás natural da Galp para a EDP, REN e ENI. Os acordos ainda deverão ser aprovados por autoridades portuguesas e da Comunidade Européia. (Gazeta Mercantil - 02.04.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Bruno Schröder

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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