l IFE:
nº 1.317 - 30 de março de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Dilma: Decretos que regulamentam novo modelo serão editados a partir do fim de abril A ministra
Dilma Rousseff reiterou que a partir do fim de abril deverão ser editados
os decretos que regulamentam o novo modelo do setor elétrico, aprovado
pelo Senado no início de março. Os primeiros decretos vão tratar da estruturação
da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e da Empresa de
Pesquisa Energética (EPE). A CCEE, que vai substituir o Mercado Atacadista
de Energia (MAE), deve começar a vender a chamada "energia nova" até o
fim do ano e a já existente, antes disto, afirmou. (Valor - 30.03.2004) 2 Dilma confirma exportação de energia para a Argentina a partir de maio A ministra
confirmou que o Brasil deve começar a exportar energia para a Argentina
a partir de 1º de maio, para suprir parte da escassez de gás natural registrada
no país vizinho. Serão 300 MW médios, "pouco" para as necessidades dos
argentinos, mas este é o limite suportado pelas linhas de transmissão
no interior do país. Para o Uruguai serão despachados 70 MW médios. (Valor
- 30.03.2004) 3 Governo federal investirá R$ 7 bi no Pró-Luz A ministra
Dilma disse que o Governo federal quer beneficiar 1,5 milhão de pessoas
no País, até 2006, com o programa Luz para Todos, que investirá R$ 7 bilhões
em cinco anos. A ministra lançou o programa que vai atingir inicialmente
57 mil famílias do meio rural gaúcho, com investimentos de R$ 170 milhões
na primeira fase. Anunciou também, para abril, os primeiros decretos de
regulamentação do novo modelo energético brasileiro. Dilma disse que o
Brasil tem condições de vender, para a Argentina, cerca de 300 MW de energia
e confirmou que o Proinfa, será lançado hoje pelo presidente Lula. (Jornal
do Commercio - 30.03.2004) 4
Aneel anuncia edital de leilão de LTs em abril 5 Abrate espera grande participação no próximo leilão de LTs Para o diretor-executivo
da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia
Elétrica (Abrate), César de Barros Pinto, a expectativa do mercado é que
o leilão de linhas de transmissão seja tão disputado como o que ocorreu
no terceiro trimestre de 2003, quando todos os lotes foram licitados pela
agência. "Como não houve mudanças significativas no segmento de transmissão
no novo modelo do setor elétrico, a expectativa é que haja uma grande
participação neste leilão como houve nos outros", afirma. (Gazeta Mercantil
- 30.03.2004) 6 Grupo Alusa aponta dúvidas em relação ao leilão de LTs O vice-presidente
do Grupo Alusa, Paulo de Godoy, também acredita que o novo leilão de linhas
vai manter a atratividade, mas alerta para a exigência de licença ambiental
prévia. A exigência está prevista no novo modelo do setor elétrico tanto
para transmissão como para geração, mas, no caso dos trechos das novas
linhas de transmissão ainda não está definido se vai valer por conta dos
prazos curtos. Godoy, também aponta como dúvida o comportamento de grupos
estrangeiros neste leilão como reflexo do novo marco regulatório do setor
elétrico. "Eu acho que uma das incertezas deste leilão deverá ser o comportamento
dos grupos estrangeiros", afirma o executivo. Na opinião do vice-presidente
do Grupo Alusa, o interesse demonstrado pelas estatais da holding Eletrobrás
deve ser mantido. (Gazeta Mercantil - 30.03.2004) 7 Aneel: Projetos de hidrelétricas estão atrasados devido a questões ambientais Segundo levantamento da Aneel, quase metade de toda a produção de energia programada para entrar em operação até 2010 está comprometida por algum tipo de problema ambiental ou por questões legais ligadas ao meio ambiente. Dos 13 mil MW programados pela agência para entrar no sistema nos próximos seis anos, 6 mil MW apresentam algum tipo de pendência. Das 48 hidrelétricas fiscalizadas pela Aneel, 31 usinas estão com as obras atrasadas. Destas, pelo menos 17 estão com problemas de licenciamento ambiental. O presidente Lula discursou ontem sobre os problemas ambientais: " Só para se ter idéia, nos últimos quinze dias eu já fiz duas reuniões com os ministérios de infra-estrutura para tentar destravar obras que estavam paralisadas desde 2001. Eram 35 hidrelétricas; 17 já estão em obras, 18 ainda precisam ser distribuídas. Só em gasoduto, a Petrobras tem R$ 6,8 bilhões de reais para investimento. E temos problemas. Temos problemas, ou porque falta licenciamento, ou porque tem embargo da obra, ou porque há divergência entre as várias instâncias do próprio governo que deveriam desobstruir isso", afirmou o presidente. (Valor - 30-03-04) 8
MME e MMA assinam termo de cooperação para agilizar processos de licenciamento
9 Aneel: Atrasos de projetos hidrelétricos podem complicar a partir de 2007 Da lista
divulgada pela Aneel, atualizada até o dia 25 último, o projeto com maiores
restrições ambientais atualmente é a hidrelétrica Itumirim, em Goiás,
de pequeno porte. Segundo relatório da agência, não há problemas graves
de atrasos dos projetos programados para entrar em operação até 2006.
A situação se complica a partir de 2007, ano em que os especialistas apostam
em que haverá uma nova crise no abastecimento elétrico. (Valor - 30-03-04) 10
Abdib se reúne com MMA para discutir licenciamento ambiental 11 Cebds propõe criação de órgão independente para licenciamentos O Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), grupo
que reúne empresas como Alcoa, Companhia Vale do Rio Doce, Aracruz, CST,
também tem sido crítico aos processos de licenciamento ambiental. O Cebds
sustenta propostas de mudanças no licenciamento, e neste ano tem esta
cobrança como principal item na agenda. "O cenário é muito ruim, o licenciamento
virou instrumento de barganha política", argumenta Fernando Almeida, presidente
executivo do Cebds. Entre as propostas de mudança no licenciamento está
a utilização de órgão independentes da sociedade civil como maneira de
suprir a falta de técnicos nas agências ambientais. Desta forma seriam
chamadas universidades, ONGs e consultorias para darem pareceres em pedidos
de licenciamento. Também se propõe que os órgãos ambientais das três esferas
de governo trabalhem conjuntamente nos Estados, para evitar divergências
sobre projetos em que existam dúvidas sobre o responsável pelo licenciamento.
(Valor - 30-03-04) 12 Aneel discute redução de tarifa para consumo de fontes alternativas A Aneel
coloca em audiência pública até o dia 8 de abril a proposta que poderá
reduzir em 50% a tarifa de transmissão e distribuição para consumidores
que compram energia de fontes alternativas. Segundo o documento, serão
beneficiados os empreendimentos com capacidade instalada até 30 MW. Já
no dia 14 de abril, a Aneel realizará audiência pública presencial na
sua sede em Brasília para colher novas manifestações dos interessados.
A proposta regulamenta o artigo 26 da Lei n° 10.762/03, que estende a
consumidores dos sistemas interligado e isolado o benefício da redução
das tarifas de uso atualmente concedido às PCHs, às usinas eólicas, de
biomassa e à cogeração qualificada. (Canal Energia - 29.03.2004) 13 Preços MAE permanecem estáveis O preço
do MWh no MAE permanece inalterado pela nona semana consecutiva. Entre
os dias 27 de março e 2 de abril, o valor da energia elétrica fica em
R$ 18,59 para todas as cargas nos subsistemas Sul, Norte, Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste.
(Canal Energia - 29.03.2004) O PSDB entrou com ação no Supremo Tribunal Federal para que a Ação Direta de Inconstitucionalidade 3090, impetrada contra a Medida Provisória 144, seja avaliada em função da lei 10.848. O aditamento, feito no dia 26 de março foi aceito pelo STF nesta segunda-feira, 29 de março. Com isto, a Adin passa a questionar a validade da lei, já sancionada. (Canal Energia - 29.03.2004) As dificuldades do governo em destravar os licenciamentos ambientais não devem significar a saída do atual presidente do Ibama. As assessorias do Ibama e do Ministério de Meio Ambiente negaram que Marcos Barros venha a sair por queixas e pressões do Palácio do Planalto por melhor desempenho. (Valor - 30-03-04) O presidente da Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica, Ricardo Pigatto, disse que os valores mínimos necessários por MW/hora seriam de R$ 110 (para usinas de biomassa), R$ 120 (pequenas hidrelétricas) e R$ 220 (eólicas). (Valor - 30.03.2004)
Empresas 1 Eletrosul volta a atuar no mercado de geração de energia A Eletrosul
voltou oficialmente ontem ao mercado de geração de energia. A companhia
tem R$ 2 bilhões para investir em transmissão, seu principal negócio,
e geração. Na prática, os desembolsos em geração iniciarão no ano que
vem. Dilma Rousseff disse que a entrada da Eletrosul neste mercado é uma
medida lógica. A estatal estava desde 1998 impedida de atuar na área.
Para ter relevância no mercado de geração, a Eletrosul terá que disputar
os leilões do MME. Dilma reiterou que até dezembro o governo planeja leiloar
áreas para exploração em geração. Mas não deu mais detalhes. Segundo ela,
somente nos três Estados do Sul existe potencial hídrico para gerar 18.650
MW, dos quais 14 mil estão por licitar. "A Eletrosul vai disputar este
mercado com as empresas privadas e terá que ser competente se quiser vencer",
comentou. A novidade é que a Eletrosul poderá disputar leilões de geração
em qualquer parte do País e não apenas em sua área de atuação como transmissora.
(A Notícia - SC - 30.03.2004) 2 AES negocia reestruturação de dívida de US$ 805 mi A AES Sul espera concluir até o fim de abril a renegociação de uma dívida de US$ 805 milhões, incluindo US$ 196 milhões em juros atrasados, junto a cinco bancos internacionais. Na primeira semana do mês pretende ainda fechar um acordo para alongar o débito de R$ 165 milhões com a Eletrobrás, por conta da compra de energia de Itaipu. "Queremos ajustar os compromissos à capacidade de geração de caixa", explicou o diretor comercial Pedro Schmidt. "As negociações estão adiantadas", afirmou. A maior dívida, a de US$ 805 milhões, teve origem no lançamento de US$ 730 milhões em bônus para bancar a aquisição, pelo grupo americano, em 1998, de uma das parcelas privatizadas da distribuição da CEEE. Com as oscilações cambiais ao longo dos últimos anos, o débito levou a sucessivos prejuízos e chegou a gerar um patrimônio líquido negativo de R$ 1,064 bilhão em 2002, reduzido para R$ 776,4 milhões no ano passado graças ao lucro de R$ 288,1 milhões apurado no período. A reestruturação das dívidas é um dos requisitos para a incorporação da AES Sul à Brasiliana Energia. (Valor - 30-03-04) 3 BNDES quer ajudar empresas com dívidas de curto prazo O BNDES
alterou as regras do programa de capitalização das distribuidoras de energia,
criado no ano passado para sanear dívidas concentradas no curto prazo.
A instituição abriu o plano para a entrada de empresas de capital fechado,
até então impedidas em função das necessidades de reestruturação de governança
corporativa. Com a mudança, aprovada pela diretoria do banco no último
dia 12, todas as 64 concessionárias terão a possibilidade de acessar o
programa. A alteração na composição do plano partiu de um pleito encaminhado
pela Abradee no final do ano passado, que alertava sobre as restrições
impostas pelas regras do banco. (Canal Energia - 29.03.2004) 4
CPFL reduz prejuízo em 57,3% em 2003 5 Cesp registra lucro de R$ 627,68 mi em 2003 A Cesp inverteu
resultado e registrou lucro de R$ 627,68 milhões em 2003, contra prejuízo
de R$ 3,41 bilhões em 2002. A receita operacional da empresa ficou positiva
em R$ 1,15 bilhão. No ano anterior, o montante negativo havia sido de
R$ 3,4 bilhões. A receita líquida da empresa chegou a R$ 1,72 bilhão,
contra R$ 1,86 bilhão em 2002. (Canal Energia - 29.03.2004) 6 Cemat registra prejuízo de R$ 50,4 mi em 2003 A Cemat,
do Grupo Rede, apresentou prejuízo de R$ 50,4 milhões no ano passado,
55% a menos que o registrado em 2002. A receita operacional líquida foi
de R$ 825,1 milhões, uma evolução de 17,6% frente ao período anterior.
O resultado reflete impactos positivos do aumento das tarifas, neste caso
com o índice 26% obtido com a revisão tarifária periódica, e de um crescimento
de mercado de 10,79%. (Gazeta Mercantil - 30.03.2004) 7 Celpa fecha 2003 com lucro líquido de R$ 58,3 mi A Celpa
reverteu prejuízo de R$ R$ 38,6 milhões verificado em 2002, e registrou
lucro líquido de R$ 58,3 milhões no ano passado. A receita operacional
líquida cresceu 25,7% frente o exercício anterior, totalizando R$ 873,4
milhões. O reposicionamento tarifário de 27,05% e a redução de perdas
em 0,76 pontos percentuais foram as principais causas do resultado. (Gazeta
Mercantil - 30.03.2004) 8 CPFL Paulista reduz prejuízo Principal
empresa da CPFL Energia, a CPFL Paulista conseguiu melhorar substancialmente
seu desempenho. Saiu de um prejuízo de R$ 382 milhões para uma perda de
R$ 40,7 milhões no ano passado. (Valor - 30.03.2004) 9 Lucro de R$ 1,19 bi da Cemig A Cemig registrou lucro de R$ 1,198 bilhão em 2003 ante um prejuízo de R$ 1,002 bilhão em 2002. A demonstração financeira foi aprovada ontem pelo Conselho de Administração da empresa. A receita líquida do período foi de R$ 5,6 bilhões e a geração de caixa da ordem de R$ 1,8 bilhão. As vendas de energia foram 1,8% superiores às registradas no ano anterior. (Estado de Minas - 30.03.2004) 10 Caiuá reduz prejuízo em 2003 A Caiuá,
distribuidora do Grupo Rede que atua no centro-oeste de São Paulo, registrou
em 2003 prejuízo líquido de R$ 189,5 milhões, diminuindo em 43,5% o valor
verificado no ano anterior. A receita operacional líquida cresceu 28,7%
em relação ao período anterior, totalizando R$ 2,2 bilhões. Favoreceu
neste resultado o reajuste de 28,03% nas tarifas da empresa e o crescimento
de 3,5% no consumo da companhia, que atingiu os 768 GWh no ano passado.
A Caiuá destaca que houve melhoria na estrutura de endividamento da companhia.
Em 31 de dezembro passado, a dívida líquida estava em R$ 1,9 bilhões,
o que representa uma redução de 13,8% em relação ao registrado em 2002.
Ano passado, a distribuidora captou recursos diretos por meio de empréstimos
e operações estruturadas para financiar passivos de curto prazo. No total,
foram renegociados R$ 541 milhões, parte com BNDES, parte com o mercado
privado. (Gazeta Mercantil - 30.03.2004) 11 VBC Energia melhora resultado A VBC Energia registrou melhora nos resultados, mas, apesar disto, teve prejuízo de R$ 250,97 milhões em 2003. No ano anterior, o prejuízo ficou em R$ 533,49 milhões. O resultado operacional da empresa ficou em R$ 285,1 milhões negativos, o que representa uma melhora frente aos R$ 401,21 milhões apresentados em 2002. (Canal Energia - 29.03.2004) 12 Tarifa da Celpe sobe 11,42% A tarifa
de energia elétrica aumenta hoje 11,42%, em média, para 2,3 milhões de
clientes da Celpe. Para os consumidores residenciais, o aumento será de
11,06%, e para os grandes consumidores, de até 16,31%. Não foram repassados
para a tarifa aumento de custos que a distribuidora teve com a alta do
dólar e com pagamento de subsídio à geração termelétrica. (Folha de São
Paulo - 30.03.2004) O grupo
espanhol Guascor está autorizado a iniciar o processo de construção
da pequena central hidrelétrica no rio Hercílio, em Ibirama,
no Alto Vale do Itajaí. A capacidade de geração é
de 21 MW. A obra está orçada em R$ 60 milhões. (A
Notícia - SC - 30.03.2004)
Licitação A Celesc
abre licitação para contratação de empresa especializada para executar
o conserto de transformadores de distribuição de energia elétrica da Agência
Regional de Blumenau. O prazo vai até o dia 13 de abril. (Canal Energia
- 30.03.2004) A Eletroacre licita contratação de serviços técnicos para desenvolvimento do Programa Anual de Pesquisa e Desenvolvimento do Setor Elétrico, relativo ao ciclo 2000/2001, divididos em dois lotes. O preço do edital é de R$ 30,00 e o prazo termina em 16 de abril. (Canal Energia - 30.03.2004) A Chesf
abre processo para implantação de melhorias em três comportas e respectivos
"stoplogs" do sistema extravasor da barragem da usina de Funil, na Bahia.
O preço do edital é de R$ 20,00 e o prazo para a realização das propostas
encerra em 13 de abril. (Canal Energia - 30.03.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Região Sul não terá problemas de abastecimento de energia até o final de maio O secretário
de Energia do Rio Grande do Sul em exercício, Júlio César Azevedo Magalhães
afirmou que a região Sul não terá problemas de abastecimento de energia
até o fim do maio.. Segundo Magalhães, a região está importando atualmente
2000 MW do Sudeste. De acordo com análise de Magalhães, mesmo se as condições
de baixas precipitações continuarem e a região passar a exportar 500 MW
para Argentina e Uruguai, o Sul não precisará despachar geração térmica.
Caso a estiagem continue após o abril, Magalhães acredita que a solução
será importar mais energia ou aumentar a produção das térmicas a gás e
carvão para suprir a demanda. (Canal Energia - 29.03.2004) 2 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem aumento de 0,3% A capacidade
de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste fica em 75,77%, volume
45,96% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um
acréscimo de 0,3% em um dia. As usinas de Miranda e Marimbondo registram
volume de 77,63% e 85,63%, respectivamente. (Canal Energia - 29.03.2004) 3 Nível de armazenamento do subsistema Sul está em 58,6% A região
Sul registra 58,6% da capacidade, uma redução de 0,2%. O nível da hidrelétrica
de Salto Santiago fica em 56,6%. (Canal Energia - 29.03.2004) 4
Subsistema Nordeste está 42,9% acima da curva de aversão ao risco 5 Nível de armazenamento do subsistema Norte este em 86,6% O nível
de armazenamento do subsistema Norte está em 86,6%, um acréscimo de 0,1%
em relação ao dia 27 de março. A hidrelétrica de Tucuruí registra volume
de 98,8%. (Canal Energia - 29.03.2004) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Acionistas da Petrobras aprovam investimentos de R$ 18,8 bi para 2004 A Assembléia Geral de Acionistas da Petrobras aprovou investimentos de R$ 18,86 bilhões para este ano, 51% a mais que os R$ 12,482 bilhões do ano passado. A assembléia também definiu o pagamento de dividendos a acionistas sobre o exercício de 2003 e a eleição dos membros do Conselho de Administração. A assembléia decidiu a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio no valor total de R$ 5,15 por ação ordinária e preferencial, incluindo o pagamento de juros sobre o capital próprio, distribuídos em 13 de fevereiro de 2004, no valor de R$ 3,00 por ação. (O Globo - 30.03.2004) 2 Ibama quer retirada de 142 blocos da 6a rodada de licitações da ANP O Ibama
vai propor a retirada de 142 dos 977 blocos incluídos no pré-edital da
6ª Rodada de Licitações de áreas de exploração e produção de petróleo
e gás natural, segundo informou a assessoria do Ibama. Entre os blocos
cuja retirada foi sugerida à ANP, 28 estão na Bacia do Espírito Santo.
O diretor da ANP responsável pelas áreas de Banco de Dados, Licitações
e Estudos Geológicos para Definição de Blocos, John Forman, informou que
até ontem a agência não tinha conhecimento dessa exclusão."É possível
que o Ibama tenha a intenção de nos propor a retirada desses blocos. E
se essa proposta for feita, vamos analisar e argumentar. Nosso entendimento
com o Ibama é da melhor qualidade", disse Forman. O diretor explicou que
a ANP ainda aguarda informações sobre as exigências operacionais do Ibama
para realização de atividades de exploração ou sísmica nos 977 blocos
que serão oferecidos na 6ª rodada, marcada para agosto. (Valor - 30-03-04) 3 CBIE diz que gás não pode ser suficiente se faltar energia no futuro Se o Brasil
não destravar investimentos em infra-estrutura e não elevar sua capacidade
de importação de gás da Bolívia e da Argentina, poderá não ter gás suficiente
para abastecer o mercado caso haja um novo apagão de energia elétrica
em 2012. A conclusão é de um estudo do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura,
que calcula um déficit de oferta de gás natural entre 6 milhões e 28 milhões
de metros cúbicos por dia. "Se houver um déficit de energia elétrica,
precisaremos desenvolver um novo PPT. E, ainda assim, teremos problemas
de infra-estrutura para colocar o gás no mercado" alerta o consultor do
CBIE, Leonardo Campos. Segundo o especialista, a estiagem que recentemente
ocorreu no Nordeste e reduziu a capacidade de geração de energia hidráulica
pode se repetir em outros mercados, forçando uma demanda abrupta por gás
natural. (Petróleo e Gás/O Globo - 30.03.2004) 4 Crise energética na Argentina pode paralisar termelétrica de Uruguaiana A Usina
Termelétrica de Uruguaiana poderá paralisar suas atividades devido ao
corte nas exportações de gás que a Argentina estabelecerá para Brasil,
Chile e Uruguai. "Estamos esperando a assinatura do decreto. É grave.
A Argentina corta o envio de gás, e a usina de Uruguaiana pára de funcionar.
Significa romper contratos com o Brasil, porque 51% da Sulgás pertence
ao governo gaúcho, e 49% à Petrobras. São 10% da energia consumida no
Rio Grande do Sul", disse Ary Demarco, presidente da Sulgás. O MME, que
deve exportar 70 MW ao Uruguai e 300 MW para a Argentina devido à crise
energética que este país atravessa, acompanha o caso. A ministra Dilma
Rousseff disse que o caso está "na pauta", mas não falou sobre condicionar
as exportações. A termelétrica de Uruguaiana funciona exclusivamente com
gás argentino e gera 250 MW. "Talvez tenhamos de comprar energia de São
Paulo. Isso, sem dúvida, pode afetar de alguma forma todo o sistema energético
nacional", disse Demarco. (Zero Hora - RS - 30.03.2004) 5 Construção de Angra 3 não deve começar neste ano A obra da usina nuclear de Angra 3 dificilmente sairá do papel neste ano. Foi o que disse ontem o presidente da Eletronuclear, Zieli Dutra Thomé. Ao comentar as dificuldades para a construção, ele disse que os aspectos políticos superam os financeiros. Ao lado dos diretores da Câmara de Comércio Americana, Gabriela Icaza e Sérgio Raposo, e do presidente do Instituto Brasil-Estados Unidos(IBEU), Jerry Lepecki, Zieli Dutra lembrou que, em agosto do ano passado, ficou decidido que seria criada comissão do CNPE, para acompanhar os trabalhos relativos ao projeto da usina, para que ela saísse do papel. "Até agora, nenhum membro foi nomeado. Não estou pedindo a aprovação de Angra 3. Só quero entregar ao CNPE os dados para que a decisão possa ser agilizada". Dos US$ 2,5 bilhões orçados para a construção, foram gastos até agora cerca de US$ 750 milhões com a compra de equipamentos, que têm um custo de US$ 20 milhões anuais com a manutenção. (Jornal do Commercio - 30.03.2004) 6 Zieli Dutra defende viabilidade da construção de Angra 3 O presidente da Eletronuclear disse que tem certeza que a implementação de Angra 3 é viável. "É um investimento que vai dar retorno, criará cerca de 8.000 empregos diretos e viabilizará outros setores, como um efeito cascata", afirmou ele, para quem a maior parte dos investimentos restantes, cerca de 1,2 bilhão, que resultariam em encomendas para a indústria nacional. Ele afirmou que a geração de energia nuclear é a única forma de energia que não polui e é barata. Apesar de assegurar que o Brasil tem competência para garantir a segurança do trabalho na usina, Zieli Dutra reconheceu que a questão dos restos nucleares é fator que pesa contra a produção nuclear, e que precisa ser melhor trabalhado. "Mas as condições ambientais para a usina já estão definidas", afirmou. (Jornal do Commercio - 30.03.2004) Economia Brasileira O CMN reduziu de 10% para 9,75% ao ano a TJLP. O presidente do BNDES, Carlos Lessa, havia pedido na semana passada que a taxa caísse e disse que havia espaço para redução para 8% ao ano. Lessa defende uma queda maior da TJLP porque ela corrige financiamentos destinados à ampliação da produção nacional. "O CMN segue a legislação para definir a TJLP. Examinamos isso por aspectos técnicos", disse o diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy. Darcy explicou que a TJLP seria até maior se o CMN tivesse seguido fielmente a legislação. Isso porque a taxa é calculada com base na inflação futura e no prêmio de risco pago pelos investidores que adquirem títulos brasileiros. Em relação à inflação, o conselho levou em conta uma projeção para os 12 meses à frente de 5,25%. Segundo Darcy, foram considerados nove meses de inflação de 5,5% ao ano e quatro meses com taxa de 3,5% ao ano. A nova TJLP vigorará para o período abril-junho. Na opinião do presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, a redução da TJLP para 9,75% é "insuficiente" para estimular o investimento privado. (Folha de São Paulo - 30.03.2004) 2 UFRJ: BNDES pode reduzir em até dois pontos percentuais a TJLP O BNDES poderia reduzir em até dois pontos percentuais a taxa da TJLP, hoje em 10% ao ano, para estimular a busca de crédito pelas empresas e aumentar os investimentos no país. Essa é a avaliação do professor Carlos Frederico Rocha, do Instituto de Economia da UFRJ. Para o analista, o Brasil passa por uma situação complicada de falta de investimento. "Nada mudará essa perspectiva enquanto a taxa básica de juros da economia estiver elevada. Se o BNDES, que é a principal fonte de financiamento no país, reduzir a TJLP para 8%, as empresas ganham um incentivo para investir", diz Rocha. Para ele, juros menores animam as empresas a usar recursos próprios para expandir a produção. (Folha de São Paulo - 30.03.2004) 3 BID deve abrir financiamentos para setor privado O BID vai ampliar o financiamento ao setor privado, além dos tradicionais investimentos em infra-estrutura, por sugestão do governo brasileiro. "No Brasil, já acertamos a criação de um fundo de 'equities' (ações), de US$ 1 bilhão, com participação do BID, fundos de pensão brasileiros, bancos estrangeiros e BNDES para investir nas PPPs", informou o ministro Guido Mantega. Em 60 dias, o BID deve detalhar, também, um modelo de financiamento proposto pelo Brasil para apoiar investimentos de empresas privadas em setores como papel e celulose e siderurgia. O tema ainda está em discussão no BID, onde diretores ligados aos governos europeus e ao Japão resistem a mudar o modo tradicional de operação do banco, vinculado a empréstimos ao setor público e ao setor de infra-estrutura. "Há setores não considerados de infra-estrutura, que têm efeito importante para o crescimento", argumenta Mantega. (Valor - 30.03.2004) 4
Busca de apoio para liberar investimentos continua 5 Superávit da balança atinge US$ 5,7 bi A balança
comercial acumulou saldo positivo de US$ 2,142 bilhões no mês até sexta-feira,
a três dias úteis do fim do mês. Com os US$ 602 milhões da semana passada,
o superávit no ano está em US$ 5,712 bilhões. As exportações brasileiras
aumentaram 29% no primeiro trimestre do ano, em comparação com os três
primeiros meses de 2003. Até sexta-feira, o país embarcou US$ 18,355 bilhões
em mercadorias. Até março de 2003, as exportações haviam somado US$ 13,251
bilhões. As importações somaram US$ 12,643 bilhões até sexta-feira, 16%
a mais do que os US$ 10,164 bilhões registrados até março de 2003. Segundo
o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José
Augusto de Castro, o resultado de março é "surpreendente, considerando
que houve greve". (Folha de São Paulo - 30.03.2004) 6 Lula quer retomar obras paralisadas O presidente
Lula disse que o governo está tentando reativar obras que estão paralisadas
desde 2001. "O Brasil não pode continuar a ser o paraíso das obras paralisadas.
Estamos tentando desobstruir todos os entraves para fazer obras definitivas,
com legalidade e qualidade ambiental". De acordo com o presidente, dos
35 projetos de hidrelétricas existentes no País, 17 já estão em obras
e 18 ainda precisam ser distribuídas. A Petrobras tem R$ 6,8 bilhões para
investimentos só em gasodutos. Lula destacou que não se considera eleito
para governar o Brasil por quatro anos. "O nosso mandato é de quatro anos,
mas fomos eleitos para criar bases sólidas para que este País possa se
transformar numa grande economia, entrar no rol dos países desenvolvidos,
com política econômica objetiva e concreta e sair do eterno rol dos países
em via de desenvolvimento". (Gazeta Mercantil - 30.03.2004) 7 Mercado continua pessimista com PIB Pela quinta vez consecutiva, a previsão da pesquisa Focus para 2004 é revisada para baixo. O mercado financeiro voltou a estimar, na semana passada, uma taxa de crescimento menor para o PIB do País este ano. De acordo com a pesquisa, a taxa de expansão do PIB ficará em 3,50% no final de dezembro. É a quinta vez consecutiva que o levantamento projeta uma queda na produção de bens e serviços, com reflexo também nas estimativas para o próximo ano, que recuaram 0,1 ponto percentual para 3,70%. Dois importantes índices de inflação - o IGP-DI e o IGP-M - apontam para aumentos de preços. O IGP-DI, estimado em 7,61% para este ano, revela alta há cinco semanas, enquanto o IGP-M - projeção de 7,51% no fim do ano - registra elevação há seis semanas. Para os próximos 12 meses, o mercado prevê um IGP-DI de 6,4%, um IGP-M de 6,77% e um IPCA de 5,52%, todos em alta crescente. (Gazeta Mercantil - 30.03.2004) 8
Taxa estável no IPC-S 9 UFRJ: IPCA do 1º trimestre já compromete meta do ano A inflação
acumulada no primeiro trimestre, medida pelo IPCA, deverá fechar em 1,9%
ou 7,7% anualizados, na projeção do economista Carlos Thadeu de Freitas
Gomes Filho, do IE, da UFRJ. O dado deverá ser conhecido em 7 de abril,
quando o IBGE divulgará o IPCA de março, estimado em 0,40% por Gomes Filho.
O resultado previsto é inconsistente com o centro da meta de inflação
de 5,5%, fixada pelo BC para 2004. "Para ser factível com a meta, a taxa
trimestral (do IPCA) não poderia superar 1,2%", calcula o economista.
O economista observa que a taxa acumulada no trimestre poderia ter ficado
em 1,6% , caso não ocorressem os aumentos de preços das commodities internacionais.
Segundo ele, esta constatação é possível com base no coeficiente de repasse
do IPA, do IGP-DI, da FGV. (Valor - 30.03.2004) 10
UFRJ: Cumprimento da meta para os próximos trimestres seria difícil 11
El País elogia economia da América Latina e do Brasil 12
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Argentina reduz voltagem para economizar energia Em sinal
de que a escassez de energia na Argentina está se agravando, os consumidores
do país estão recebendo eletricidade com uma tensão 5% inferior ao padrão
local, de 220 volts. Estima-se que a redução da tensão, para 209 volts,
permitirá uma economia de 3%.A decisão de mudar a voltagem foi tomada
pela Cammesa, a empresa que administra o mercado atacadista de energia
na Argentina. A companhia informou em comunicado que o prazo de aplicação
da medida dependerá da "evolução da situação energética". A medida foi
necessária apesar de o governo ter adiado por uma semana o fechamento
de uma usina nuclear na província de Córdoba, que deveria ter sido paralisada
no último sábado e produz quase 5% da energia consumida no país. (Valor
- 30.03.2004) 2 Chile quer garantias de que contratos de fornecimento de gás serão respeitados pela Argentina O governo
da Argentina emitiu na semana passada resolução que lhe dá o poder de
limitar a exportação de gás caso o abastecimento interno esteja ameaçado.
A notícia causou preocupação no Chile, que depende do gás argentino para
produzir 30% de sua eletricidade.O ministro da Economia do país, Jorge
Rodríguez, esteve no fim de semana em Buenos Aires para tentar obter do
governo a garantia de que os contratos serão cumpridos. O Ministério do
Planejamento emitiu comunicado afirmando que as vendas de gás ao país
não serão afetadas pela crise, mas funcionários do governo não descartam
que os contratos de venda de gás sejam rompidos.Rodríguez afirmou que
os chilenos estão "decepcionados" com o que ocorreu na Argentina e disse
que os problemas estão causando uma "intranqüilidade muito grande" no
Chile. (Valor - 30.03.2004) 3 Argentina fecha acordo com Venezuela O governo argentino anunciou que assinará um acordo com a Venezuela sob o qual trocará alimentos por energia para amenizar a crise energética local. O ministro argentino do Planejamento, Julio de Vido, disse que o acordo será apresentado na próxima terça-feira na Venezuela, mas não deu detalhes sobre os volumes das trocas. De Vido disse que a troca "será levada adiante concretamente nos próximos 30 dias. Virtualmente, já estarão chegando os primeiros embarques de gás". (Portal Gás Energia - 30.03.2004) 4
Argentina negocia importação de gás boliviano 5 Eneco negocia compra de energia da E.On Benelux A distribuidora
holandesa Eneco confirmou estar em negociações com a geradora de energia
E.On Benelux para uma possível cooperação que envolveria acordos de longo
prazo para compra de energia. A Eneco afirmou que as negociações não são
exclusivas, e que vem mantendo contato com outras empresas para tentar
garantir o fornecimento de energia no longo prazo. A distribuidora afirmou
que está considerando diversas opções, desde a construção de sua própria
usina geradora até a parceria com alguma geradora já existente. A E.On
Benelux não confirmou nem desmentiu estar em negociações com a distribuidoras
holandesa. (Platts - 30.03.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|