l IFE:
nº 1.316 - 29 de março de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Pinguelli quer Furnas vendendo energia para Argentina Pinguelli
pretende que Furnas seja o fornecedor da energia que será exportada para
ajudar a solucionar a crise argentina. Segundo ele, a empresa já tem um
contrato de compra de energia do país vizinho e, por isso, a empresa é
a mais habilitada. Pinguelli disse que as decisões estão nas mãos do governo
brasileiro e argentino, que podem optar por um leilão para garantir o
suprimento de energia. Segundo cálculos, Furnas teria capacidade de entregar
entre 300 e 500 MW. (O Estado de São Paulo - 28.03.2004) 2 Pinguelli: Energia seria transmitida através da Cien A ligação
entre Brasil e Argentina é feita pela Companhia de Interconexão Energética
(Cien), controlada pela espanhola Endesa, por intermédio de duas linhas
com capacidade total de 2,2 mil MW. Pinguelli disse que já iniciou contatos
com a Cien para negociar esta venda. Pinguelli criticou a possibilidade
de outras empresas fornecerem energia ao país vizinho. "Furnas paga por
energia que não veio. Mais do que razoável que venda para lá, porque estarei
retornando aquilo que comprei e não precisei. Isso melhora a situação
de Furnas: deixa de pagar US$ 300 milhões e passa a receber um valor que
precisa ser negociado", afirmou. (O Estado de São Paulo - 28.03.2004) 3 Pinguelli: Eletrobrás deve investir R$ 4,3 bi O Brasil,
depois de três anos do racionamento, vive uma situação de sobreoferta
de energia. Pelas contas da Eletrobrás, o excedente atual corresponde
a, pelo menos, um quinto da geração média de eletricidade. Preocupada
com a falta de investimentos de privados, que podem provocar uma nova
crise energética no País, a estatal vai investir R$ 4,3 bilhões em geração
e transmissão. Mesmo volumosa, a quantia não é suficiente segundo Pinguelli.
Considera que havendo um crescimento econômico de 5% no consumo, seriam
necessários investimentos em geração na casa dos R$ 12 bilhões. "Hoje
o excedente de energia nos deixa numa situação confortável e talvez cubra
três anos. Mas, há uma grande capacidade ociosa da indústria brasileira,
e o Brasil retomando o crescimento, nós vamos ter provavelmente necessidade
de energia". (O Estado de São Paulo - 28.03.2004) 4
Aneel aprova cálculo de energia de referência para Proinfa 5 MME confirma lançamento do Proinfa O MME confirmou
que o Proinfa será lançado na próxima terça-feira, dia 30 de março. Na
ocasião, será assinado pelo presidente Lula o decreto que definirá os
valores econômicos para as fontes incluídas no programa, entre elas, PCHs,
biomassa e eólica. O principal ponto que emperrava a implantação do programa
eram as condições de financiamento com o BNDES para os projetos incluídos
no Proinfa. (Estado do Paraná - 29.03.2004) 6 X Congresso Brasileiro de Energia será realizado em outubro no Rio Acontece
entre os dias 26 a 28 de outubro, no Hotel Glória, Rio de Janeiro, o X
Congresso Brasileiro de Energia, maior evento do setor congregando diversos
patrocinadores e temas do setor energético brasileiro. O evento é realizado
pela COPPE/UFRJ com o apoio do Clube de Engenharia e da SBPE. Mais informações
poderão ser acessadas no site do congresso: www.ppe.ufrj.br/xcbe
(NUCA-IE-UFRJ - 29.03.2004) Governo e empresários pensam em criar um comitê para resolver problemas ambientais dos projetos de infra-estrutura. A Abdib tem encontro com Nilvo Alves Luiz da Silva (Ibama) e com Cláudio Langoni (Meio Ambiente), no dia 5 de abril. (Folha de São Paulo - 29.03.2004) Para José Augusto Marques (Abdib), é preciso resolver entraves no setor elétrico. Da capacidade hidrelétrica prevista para entrar em operação entre 2004 e 2008, 47% têm problemas. (Folha de São Paulo - 29.03.2004)
Empresas 1 Lucro líquido da Lightpar cai para R$ 2,9 mi em 2003 A Lightpar,
empresa controlada pelo grupo Eletrobrás, fechou 2003 com lucro líquido
de R$ 2,9 milhões. O resultado é 25,6% inferior ao verificado no ano anterior,
de R$ 3,9 milhões. O faturamento da empresa também caiu (55,1%), passando
de R$ 38,5 milhões, em 2002, para R$ 17,3 milhões no ano passado. Segundo
balanço anual da companhia encaminhado à Bovespa, a falência da Eletronet
não traz reflexos ao resultado do exercício. A Lightpar tem um crédito
a receber no valor de R$ 59,1 milhões da Eletronet. Esse crédito se refere
ao aluguel de infra-estrutura de cabos de fibras ópticas de Furnas, Chesf,
Eletrosul e Eletronorte. Outro ponto destacado no balanço da Lightpar
se refere ao acordo fechado entre BNDESpar e a norte-americana AES no
final do ano passado. O grupo norte-americano também detém participação
na Eletronet. (Canal Energia - 26.03.2004) 2 Eletronuclear tem prejuízo de R$ 310,69 mi em 2003 A Eletronuclear registrou prejuízo líquido de R$ 310,69 milhões em 2003. A empresa reduziu em mais de 73% o prejuízo registrado em 2002, de R$ 1,146 bilhão. A empresa atribui o resultado à negativa da Aneel quanto a reajuste tarifário, à redução do preço da energia elétrica no MAE e à manutenção de "elevados encargos financeiros". O total do ativo imobilizado encerrou 2003 com valor líquido de R$ 6,123 bilhões, 0,97% abaixo dos R$ 6,129 bilhões de 2002. A receita operacional líquida em 2003 foi de R$ 735,913 milhões, superando em 10,58% os R$ 665,492 milhões registrados em 2002. O endividamento da empresa atingiu em 2003 o patamar de R$ 2,071 bilhões, 6,56% acima do R$ 1,938 bilhão registrado em 2002. Deste total, mais de R$ 1,3 bilhão corresponde a dívida em moeda estrangeira. A companhia possui prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social no montante aproximado de R$ 350,607 milhões. As provisões para contingências trabalhistas, cíveis e fiscais atingiram R$ 1,107 milhão no exercício, contra R$ 5,195 milhões em 2002. (Jornal do Commercio - 29.03.2004) 3 Geração nuclear chega a 4% da produção nacional de energia elétrica em 2003 A receita
gerada pelo suprimento de energia elétrica foi de R$ 792,615 milhões,
11,26% superior aos R$ 712,353 milhões registrados em 2002. Deste total,
R$ 260,036 milhões referem-se ao suprimento de Angra 1, que atingiu R$
231,052 milhões em 2002, e R$ 537,162 milhões ao suprimento de Angra 2,
que foi de R$ 485,469 milhões em 2002. A tarifa média cobrada pela energia
gerada pela usina de Angra 1, no ano, foi de R$ 65,17 o MWh, valor 17,2%
superior aos R$ 55,61 por MWh cobrados no exercício anterior. A geração
bruta de energia foi de 13.336 GWh, o equivalente a cerca de 4% da produção
nacional de energia elétrica. Deste total, 3.326 GWh foram gerados por
Angra 1 e 10.009 GWh por Angra 2, o que manteve a Eletronuclear como a
maior geradora de energia de origem térmica do País. O estoque total de
combustível nuclear encerrou o ano de 2003 em quantidade equivalente a
R$ 410,061 milhões, superando os R$ 383,160 milhões alcançados em 2002.
(Jornal do Commercio - 29.03.2004) 4
Cesp registra lucro de R$ 627,7 mi em 2003 5 Elektro lucra R$ 357 mi em 2003 A Elektro
registrou em 2003 um lucro líquido de R$ 357,28 milhões, revertendo prejuízo
líquido de R$ 939,78 milhões verificado no ano anterior. A receita financeira
da distribuidora, que atua em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, passou
de R$ 1,44 bilhões, em 2002, para R$ 1,78 bilhões no ano anterior. O diretor
de relações com investidores, Rinaldo Pecchio, afirmou que o bom resultado
apresentado no último exercício se deve, em boa parte, à valorização de
18,23% do real frente o dólar. Além disso, em agosto passado a Aneel determinou
um índice de revisão tarifária periódica 20,25%. (Gazeta Mercantil - 29.03.2004) 6 Elektro conseguiu reduzir seu nível de endividamento A valorização
do real em relação ao dólar no ano passado também permitiu a diminuição
do endividamento da Elektro, que possui 65% de suas dívidas denominadas
em moeda norte-americana. Ao final de 2003, a empresa registrou endividamento
de R$ 2,2 bilhões, resultado de uma dívida total de R$ 2,6 bilhões menos
o saldo de caixa, de aplicações financeiras e caução de fundos, de R$
412,3 milhões. Ao longo do exercício o endividamento líquido apresentou
uma redução de R$ 489,7 milhões, devido principalmente à valorização do
real. A empresa continua analisando a possibilidade de ir ao mercado para
tentar diminuir sua exposição ao dólar. Emissão de debêntures e fundo
de recebíveis estão entre as operações em estudo, a serem realizadas,
possivelmente, no segundo semestre. (Gazeta Mercantil - 29.03.2004) 7 AES Sul fecha 2003 com lucro de R$ 288,12 mi A AES Sul
reverteu o resultado financeiro e fechou 2003 com lucro de R$ 288,12 milhões.
No ano anterior, o prejuízo havia sido de R$ 1,52 bilhão. O passivo a
descoberto da empresa passou de R$ 1,06 bilhão, em 2002, para R$ 776,4
milhões no ano passado. A receita operacional líquida da empresa foi de
R$ 1,11 bilhão, um aumento de 3,9% em relação a 2002. Os investimentos
em 2003 ficaram em R$ 49,24 milhões, uma redução de 9,73% em comparação
com 2002. O faturamento com fornecimento de energia para os clientes passou
de R$ 1,05 bilhão, em 2002, para R$ 1,16 bilhão em 2003. Segundo a empresa,
o cenário econômico favorável, aliado à reestruturação da dívida, foram
os principais aspectos que favoreceram o resultado. (Canal Energia - 26.03.2004) 8 Geração Paranapanema registra lucro de R$ 85,5 mi em 2003 A Geração
Paranapanema reverteu prejuízo líquido registrado em 2002 (R$ 61,3 milhões)
e fechou o ano passado com lucro líquido de R$ 85,5 milhões. Segundo relatório
anual da administração, o resultado foi decorrente da liberação de 25%
dos contratos iniciais que foram renegociados, assegurando um melhor desempenho
no fluxo de receitas da companhia. Outro ponto positivo foi a queda na
variação do IGP-M e da Selic, dos empréstimos junto à Eletrobrás, à Fundação
Cesp e ao BNDES. As receitas operacionais atingiram R$ 623,5 milhões no
ano passado, resultado superior aos R$ 523,9 milhões registrados em 2002.
O EBITDA fechou 2003 com R$ 486,4 milhões, contra R$ 375,7 milhões de
2002. As despesas financeiras líquidas chegaram a R$ 196,2 milhões no
ano passado. Já as dívidas em moeda nacional da empresa ficaram em R$
1,3 bilhão em 2003, contra os R$ 1,2 bilhão no anterior. (Canal Energia
- 26.03.2004) 9 Produção de energia da Geração Paranapanema tem aumento de 2,4% em 2003 A Geração Paranapanema gerou, em 2003, 11.852,86 GWh, o que representou cerca de 3,2% da geração da energia elétrica no país em 2003. No ano anterior, a produção foi 2,4% menor, chegando a 11.579,44 GWh. O principal fator para essa produção foi o crescimento da carga nacional em 5,5%, se comparada com o ano anterior. (Canal Energia - 26.03.2004) A Aneel
prorrogou, mais uma vez, a formalização da transferência do controle societário
indireto da Cemar. Sob intervenção da Aneel desde agosto de 2002, a Cemar
terá seu controle transferido da empresa norte-americana PPL Global para
a SVM Participações, do grupo GP. A agência adiou a operação por mais
15 dias, prazo que deveria se encerrar amanhã. Segundo comunicado da Aneel,
o adiamento foi concedido por solicitação da SVM que alegou precisar de
mais tempo para finalizar os instrumentos contratuais relativos à operação.
O prazo limite para a conclusão do processo de transferência do controle
da distribuidora passa a ser 15 de abril. (Gazeta Mercantil - 29.03.2004) 11 Alliant Energy consegue liminar contra Cataguazes A Alliant Energy, sócia americana da Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina , conseguiu duas liminares que derrubam da pauta da reunião do conselho de administração, marcada para hoje, o pagamento de dividendos intercalares (não referentes a todo o exercício). A Cataguazes não paga dividendos a seus acionistas há cerca de três anos. A Lei das S.A. prevê que, após três anos sem pagar dividendos, as empresas dêem aos acionistas preferencialistas os mesmos direitos dos que possuem ações ordinárias: poder de voto. Como a companhia teve prejuízo nos últimos dois anos, os acionistas alegam querer evitar a distribuição de recursos que, na avaliação dos minoritários, prejudicaria a situação financeira da empresa. (Valor - 29.03.2004)
Licitação A Cea licita
aquisição de peças para manutenção corretiva das unidades geradoras números
dois e três de Macedônia, no Arquipélago do Bailique. O preço do edital
é de um salário mínimo e o prazo para a realização das propostas termina
no dia de 13 de abril. (Canal Energia - 29.03.2004) A Copel abre licitação para fornecimento de materiais de rede e mão de abra necessários a montagem eletromecânica de projetos de rede de distribuição de energia. O prazo encerra em 7 de abril. Em outro processo, a empresa licita contratação de serviços de atendimento de emergência. O prazo vai até o dia 8 de abril. (Canal Energia - 29.03.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra capacidade de 75,2% O nível
de armazenamento no subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 75,2%. O volume
fica 45,6% acima da curva de aversão ao risco. O índice teve um acréscimo
de 0,1%. As hidrelétricas de Nova Ponte e Marimbondo registram volume
de 62,3% e 85,1%, respectivamente. (Canal Energia - 26.03.2004) 2 Subsistema Sul tem redução de 0,49% A região
Sul apresenta 59,68% da capacidade armazenada, uma redução de 0,49%. A
hidrelétrica de G. B. Munhoz registra volume de 61,7%. (Canal Energia
- 26.03.2004) 3 Subsistema Nordeste está 41,1% acima da curva de aversão ao risco A capacidade
de armazenamento na região Nordeste está em 79,6%, índice 41,1% acima
da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível de armazenamento teve
um acréscimo de 0,6% em relação ao dia anterior. A usina de Sobradinho
registra índice de 82,4%. (Canal Energia - 26.03.2004) 4
Subsistema Norte registra acréscimo de 0,24% 5 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Governo estuda edição de MP para facilitar construção de gasodutos A pedido da Petrobras, o Governo está estudando editar uma Medida Provisória para alterar o artigo da lei 6766/79, que proíbe a construção de dutos em áreas edificadas. Pelas atuais regras, se houver uma construção a 15 metros de qualquer lado por onde passar um gasoduto projetado, este não poderá ser construído. A legislação está empacando a construção de, pelo menos, um projeto estratégico da empresa. A maior parte dos recursos para o projeto Malhas já está garantida, mas todos os passos para consolidá-lo ainda dependem de licença do Ibama. A minuta de MP, encaminhada pela Petrobras ao Ministério das Cidades, tem a intenção, segundo o diretor de gás e energia da empresa, Ildo Luiz Sauer, de flexibilizar a lei, dando instrumentos para que o Ibama possa fazer uma análise de risco e conceder ou não a licença ambiental. (Jornal do Commercio - 29.03.2004) 2 Térmica da EDP tenta vender 35 MW em leilão A termelétrica
Fafen, controlada pela EDP Brasil, tenta amanhã vender 35 MWm em um leilão
organizado pela Enertrade, comercializadora do mesmo grupo. A tentativa
anterior da usina de encontrar mercado para a energia não deu resultado.
As negociações da térmica com uma comercializadora, em dezembro passado,
não evoluíram por conta da ausência de garantias de fornecimento de gás
natural, por parte da Petrobras, para a térmica. A energia que vai a leilão,
segundo informou o gerente da Enertrade, Rodrigo Violaro, tem lastro,
ou seja, tem a garantia necessária de fornecimento de gás. No leilão,
a Enertrade vai ofertar os 35 MWm em 7 lotes de 5 MWm. O preço mínimo
inicial do leilão ainda não foi definido mas, segundo a empresa, ficará
bem abaixo dos praticados pelas concessionárias de energia elétrica. "
(Gazeta Mercantil - 29.03.2004) 3 CEG fecha 2003 com lucro de R$ 74,68 mi A CEG registrou
lucro líquido de R$ 74,68 milhões em 2003, 68,76% a mais que os R$ 44,25
milhões de 2002. A receita operacional bruta da empresa atingiu R$ 905,68
milhões, resultado 40,39% superior aos R$ 645,13 milhões de 2002. A venda
de gás gerou receita de R$ 875,91 milhões em 2003, 40,8% a mais que R$
622,07 milhões de 2002. Já a receita de prestação de serviços aumentou
de R$ 23,05 milhões para R$ 30,77 milhões, expansão de 33,47%. O lucro
operacional da CEG aumentou 77,18%, passando de R$ 72,93 milhões em 2002
para R$ 129,22 milhões em 2003. Segundo a companhia, esse crescimento
reflete, além do aumento do lucro bruto e do controle rigoroso das despesas,
decisão favorável obtida frente à Receita Federal sobre a compensação
de tributos federais recolhidos indevidamente em anos anteriores. O lucro
bruto da empresa em 2003 foi de R$ 311,07 milhões, um crescimento de 21,49%
em relação a 2002. Já a receita líquida das vendas e serviços cresceu
38,32%, saltando de R$ 545,20 milhões para R$ 754,13 milhões. As despesas
operacionais foram de R$ 162,177 milhões, um crescimento de 10,08%. (Jornal
do Commercio - 29.03.2004) 4 CEG registra aumento de 1,6% na venda de gás em 2003 O presidente
da CEG, Daniel López Jordá, destacou que 2003 concentrou o maior nível
de investimentos em um ano, de R$ 207,551 milhões. Mais da metade deste
volume (52%) foi destinada à expansão comercial, com destaque para captação
e colocação em serviço de 34.349 novos clientes. A companhia encerrou
2003 com base de 635.397 clientes, 4,57% a mais que os 607.60 clientes
registrados ao fim de 2002. O volume de vendas, sem considerar o segmento
de geração elétrica, foi 9,4% superior a 2002. O volume de gás vendido
foi de 1,343 bilhão de metros cúbicos, 1,6% superior ao volume registrado
em 2002. (Jornal do Commercio - 29.03.2004) 5 Repsol cobra dívida de US$ 31 mi da AES A crise de energia na Argentina poderá trazer problemas para o contrato de fornecimento de gás firmado entre Repsol YPF e a termoelétrica Uruguaiana, da AES no RS. A crise trouxe à tona a existência de uma dívida de aproximadamente US$ 31milhões da usina com a Repsol YPF, maior produtora de gás da Argentina. A dívida se refere ao não pagamento pelo gás contratado na modalidade "take or pay" nos últimos dois anos. O contrato prevê a entrega diária de 2,8 milhões de BTUs para Uruguaiana, mas a térmica nunca despachou essa quantidade, consumindo 1,1 milhão de BTUs/dia, suficiente para gerar 240 MW. Com a crise, a expectativa é de que essa importação seja suspensa. Brasil e Argentina devem fechar um acordo prevendo a suspensão. A Uruguaiana tem contratos de fornecimento de energia com as três distribuidoras do Sul: CEEE, RGE e a AES Sul. (Valor - 29.03.2004)
Grandes Consumidores 1 Albrás já recebeu cinco propostas para leilão O diretor
de novos negócios da Vale do Rio Doce, Antonio Miguel Marques, informou
que cinco empresas, incluindo a Eletronorte, manifestaram interesse em
participar do leilão de compra de energia marcado para sexta-feira, pela
Albrás, produtora de alumínio controlada pela Vale. Marques disse que
o leilão visa garantir o abastecimento de energia a curto prazo. "Estamos
fazendo o leilão porque acreditamos que em sete meses teremos definido
o arcabouço legal (do setor elétrico) e nesse período vamos chegar a um
acordo com a Eletronorte", disse. O executivo avaliou que hoje não existe
marco regulatório que permita a renovação do contrato com a Eletronorte
por longo prazo. (Valor - 29.3.004) 2 Vale: Excedentes de energia levarão o preço para baixo Segundo
o diretor de novos negócios da Vale do Rio Doce, Antonio Miguel Marques,
o leilão da Albrás é uma situação de "emergência", e que os excedentes
de energia disponíveis hoje no mercado vão contribuir para que a empresa
receba propostas competitivas dos agentes do setor. O preço do MAE, o
mercado atacadista, está na faixa de R$ 18 por MWh, lembrou. Os investimentos
da Vale em geração de energia elétrica permitirão à Albrás reduzir a dependência
de compra do sistema elétrico nacional. Ele estimou que os investimentos
em geração elétrica pela mineradora permitirão, no futuro, atender cerca
de 40% dou consumo de energia da controlada. A Albrás paga, em média,
US$ 15 a US$ 16 por MWh, o que representa uma despesa anual de US$ 100
milhões. Em 2003, a empresa teve lucro de R$ 540,6 milhões, revertendo
prejuízo de R$ 184,2 milhões de 2002. (Valor - 29.3.004) 3 Assinado acordo para construir a USC Até o final
do primeiro semestre deste ano deverão estar concluídos o acordo de acionistas
e a estrutura de financiamento para o projeto da Usina Siderúrgica do
Ceará (USC), com capacidade de produção, na primeira etapa, prevista para
1,5 milhão de toneladas de placas de aço e investimentos estimados de
US$ 700 milhões. O BNDES será sócio no projeto, com participação no capital,
além de financiador do empreendimento. Deverá aportar cerca de US$ 100
milhões, sendo 40% em participação acionária, através da BNDESpar, e 60%
em crédito", informou o diretor do BNDES, Márcio Henrique. (Gazeta Mercantil
- 29.03.2004) 4 IBS faz revisão do plano de investimentos do setor siderúrgico até 2008 O Instituto
Brasileiro de Siderurgia (IBS), que reúne as principais companhias do
setor, assim como o BNDES, elaborou uma nova revisão dos investimentos
do setor siderúrgico, a qual apontou US$ 7,4 bilhões até 2008. O programa
deve ser avaliado na próxima reunião do conselho do IBS, nesta quarta-feira.
Os novos planos da indústria do aço, segundo o estudo do IBS, vão propiciar
aumento da capacidade instalada do setor em pelo menos 10 milhões de toneladas.
Passaria de 34 milhões de toneladas ao ano para 44 milhões até o fim de
2008. Com isso, o Brasil se igualaria, aos níveis de hoje, à Alemanha,
sexto maior produtor mundial de aço.O novo ciclo de investimentos inclui
expansão da produção e construção de novas fábricas - todas voltadas para
a exportação. Visa atender a demanda mundial aquecida em função do crescimento
da China, que neste ano deverá importar 40 milhões de toneladas. (Valor
- 29.03.2004) 5 CST e Açominas já enviaram planos de expansão para BNDES Dois outros
projetos de fabricação de aço já deram entrada no BNDES: um para expansão
da CST e um da Açominas. O pleito da CST entrará em análise em julho e
será aprovado ainda este ano. A expectativa é do banco financiar US$ 200
milhões, de um investimento total de US$ 600 milhões, para ampliar em
2,5 milhões de toneladas a capacidade atual da empresa. Com isso, alcançaria
7,5 milhões até 2007. A CST exporta 95% da sua produção. A diretoria do
banco analisa aprovação de US$ 48 milhões (R$ 140 milhões) para a Açominas,
empresa do grupo Gerdau, para aplicar em laminador de fio-máquina. A Gerdau
estuda a ampliação da Açominas, com investimentos de US$ 1,2 bilhão. Esse
projeto ainda não chegou ao banco. (Valor - 29.03.2004) 6 CSN: Projetos ainda não tem pedido de financiamento Os projetos de expansão da CSN, nas áreas de siderurgia e mineração, não entraram com pedido de financiamento. A expectativa é que a siderúrgica de Benjamin Steinbruch apresente primeiro o projeto de expansão da mina Casa de Pedra, no valor de US$ 309 milhões, dos quais o banco poderá arcar com US$ 100 milhões.O projeto da CSN de construção do alto-forno 4, em Volta Redonda, foi postergado para 2005. O empreendimento permitiria a usina da siderúrgica expandir sua produção de placas entre 2 milhões e 2,5 milhões de toneladas. (Valor - 29.03.2004) Economia Brasileira 1 BID ainda considera economia brasileira frágil As economias do Brasil e da América Latina continuam ""fragilizadas", com taxas de desemprego recordes, crédito para a produção em níveis mínimos e expostas à possibilidade de um novo choque externo negativo para toda a região. Uma ""paralisia financeira" na América Latina poderá travar o crescimento sustentado. Os índices de pobreza, que haviam diminuído nos anos 90, voltaram a subir, afetando 225 milhões de pessoas em 2003. Segundo o "Informe Anual 2003" do BID, o crescimento de até 4% projetado para a América Latina neste ano, acima dos 1,5% de 2003, pode não se sustentar a médio prazo. "As perspectivas de médio prazo são incertas e a bonança externa não vai durar para sempre. É preciso aproveitar o momento para consolidar mudanças estruturais", disse o presidente do BID, Enrique Iglesias. (Folha de São Paulo - 29.03.2004) 2 BID: Crescimento de longo prazo está a perigo Segundo o BID, todos os problemas latino-americanos continuam "presentes e preocupantes", apesar da expectativa de crescimento maior. Na região, o alto endividamento, as taxas recordes de desemprego e pobreza e a falta de poupança e crédito têm sido compensados "momentaneamente" por um cenário internacional favorável. Para o BID, os juros internacionais, hoje em níveis mínimos, e a forte demanda por matérias-primas latino-americanas podem ter uma inversão, afetando a região. O aumento das exportações foi puxado principalmente pelo forte crescimento da China. Na média, as vendas externas do Brasil cresceram 21% em 2003, contribuindo para uma alta de 19% nas exportações totais do Mercosul. O BID vê também uma ""paralisia financeira" na América Latina que pode comprometer o crescimento a longo prazo. Questionado sobre como será possível, no caso brasileiro, inverter esse quadro com os níveis atuais de juros praticados no país, Iglesias defendeu a cautela do Banco Central. "O Brasil está tentando consolidar sua estabilidade macroeconômica para atingir um crescimento sustentável. A política de contração brasileira é transitória", disse. (Folha de São Paulo - 29.03.2004) 3 Meirelles descarta mudança na meta de inflação Henrique Meirelles descartou mudanças na meta de inflação deste ano, mas não negou que alterações possam ser feitas para 2005. Ele ressaltou que a definição de metas compete ao CMN, mas disse que o assunto não está na agenda do conselho. "Existem duas discussões que não devem ser confundidas. A primeira diz respeito à proposta apresentada pelo senador Mercadante. O senador deixou claro, no entanto, que se opõe a qualquer mudança na meta de 2004", disse Meirelles. Ele reforçou que não compete ao BC discutir as metas definidas pelo CMN, mas "apenas implementá-las". Afirmou ainda que não está na agenda do CMN "qualquer discussão sobre a meta de 2005". Mas disse que "é legítima a discussão na sociedade". A segunda discussão mencionada por Meirelles diz respeito à meta de 2004. Lembrou que no ano passado ele enviou carta ao ministro Palocci na qual explicou as razões para o não-cumprimento da meta de 2002. "A dinâmica do processo inflacionário de 2004 não configura, na avaliação do BC, motivo para que se repita o tratamento de 2002 e 2003", disse ele. (Folha de São Paulo - 29.03.2004) 4
Governo quer juros reais de 3,5% até o final de 2006, diz Mantega 5 Mantega garante que país está menos vulnerável Segundo
Mantega, a vulnerabilidade da economia brasileira é cada vez menor. Lembrou
que o BC tem resgatado boa parte da dívida em dólar no mercado doméstico
e que tem comprado a moeda americana para fortalecer as reservas internacionais
do país. "O Brasil tem todas as condições para ter um crescimento econômico
sustentado a partir deste ano", afirmou o ministro. Mantega classificou
a turbulência política como "superficial" e "passageira". Disse que de
forma alguma vai emperrar a retomada do crescimento da economia. "Os fundamentos
do país hoje são mais sólidos", disse. Segundo Mantega, a crise política
fez com que o governo se preocupasse em acelerar a implementação de certas
medidas para incentivar o crescimento econômico. Ele contou que o governo
vai apresentar o novo modelo de política industrial do país na quarta-feira.
(Jornal do Commercio - 29.03.2004) 6 IBGE avança na elaboração de um índice nacional O IBGE avançou
no projeto de ampliação do IPCA, referência para o sistema de metas de
inflação do BC. A pesquisa de orçamento familiar para medir o padrão de
consumo de todas as famílias brasileiras, primeira etapa do projeto de
ampliação, já foi concluída. O presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes,
informou que a divulgação do relatório com o resultado do estudo está
programada para o dia 29 de abril. "O Brasil terá, pela primeira vez,
um índice para as 27 unidades da Federação e que cobrirá capitais e cidades
do interior", disse Nunes. (Gazeta Mercantil - 29.03.2004) 7 FMI aprova revisão do acordo O governo brasileiro não pretende utilizar a parcela de US$ 1,34 bilhão liberada pelo FMI. O valor foi aprovado na sexta revisão trimestral do acordo firmado com o governo brasileiro no ano passado e integra o total de US$ 14,8 bilhões previstos no programa. As autoridades brasileiras, no entanto, já indicaram que não pretendem utilizar a parcela, segundo nota do FMI distribuída na sexta-feira. Ao todo, estão disponíveis para o Brasil US$ 9,6 bilhões. O País vai continuar a "tratar o programa como precaucionário", diz a carta endereçada ao FMI ainda em nome de Horst Köhler, que se afastou do Fundo há algumas semanas. A diretora-gerente interina, Anne Krueger, elogiou a postura cautelosa do governo, em especial no que se refere à política monetária em relação à inflação. Krueger afirmou ainda que a recuperação em curso da economia brasileira resulta de políticas econômicas sólidas executadas pelo governo. (Gazeta Mercantil - 29.03.2004) 8
Fipe prevê IPC em 0,25% O dólar
comercial opera em leve baixa neste final de manhã, com poucas oscilações.
Às 12h05m, a moeda americana era negociada por R$ 2,932 na compra e R$
2,934 na venda, com baixa de 0,17%. Na sexta, o dólar comercial terminou
com leve alta de 0,06%, a R$ 2,9370 na compra e a R$ 2,9390 na venda.
Na semana, a trajetória de alta prevaleceu de modo firme e a divisa avançou
1,27%. (O Globo On Line e Valor Online - 29.03.2004)
Internacional 1 Argentina adia racionamento de energia O governo
argentino deve conseguir adiar, ao menos no curto prazo, o racionamento
de energia que deveria começar hoje. Para evitar que a demanda supere
a quantidade de eletricidade disponível, foi suspenso até sábado o início
de trabalhos de manutenção que obrigariam a retirar do sistema uma usina
nuclear de Córdoba que produz cerca de 5% da energia consumida no país.
Paralelamente, as autoridades continuam negociando com as petroleiras
locais um aumento do suprimento de gás natural, combustível utilizado
em termelétricas para gerar mais de 50% da energia da Argentina. Uma das
alternativas é ampliar a produção de GLP. (Valor - 29.3.004) 2 Petroleiras argentinas não tem como aumentar a produção de gás As petroleiras
argentinas dizem que a capacidade de extração de gás já está sendo totalmente
usada, mas o governo acusa as empresas de limitar a oferta para conseguir
uma melhora nas tarifas. Hoje, o preço pago aos produtores de gás na Argentina
é cerca de um terço do valor no mercado internacional. Para garantir o
abastecimento à população, não estão descartados cortes no fornecimento
de eletricidade a empresas e diminuição das exportações de gás. Na quinta
à noite, a secretaria de Energia emitiu uma resolução que outorga ao governo
o poder de suspender exportações de gás caso a quantidade de fluido não
seja suficiente para abastecer o mercado interno. As vendas ao Uruguai
já sofrem cortes, e o ministro da Economia chileno, Jorge Rodríguez Grossi,
viajou às pressas a Buenos Aires na sexta para tentar obter garantias
de que o abastecimento ao seu país não será cortado. (Valor - 29.3.004) 3 Saesa registra perdas de US$ 40,5 mi em 2003 A distribuidora chilena Saesa registrou prejuízo de 25 bilhõe de pesos (US$$ 40,5 milhões) em 2003, em comparação a perda de 16,1 bilhões de pesos registrada em 2002. Segundo afirmou a distribuidora, o resultado se deve principalmente ao provisionamento de 32,4 bi de pesos realizado em função da venda de 50% da participação na distribuidora Edersa da província argentina de Rio Negro. O lucro operacional da Saesa teve um aumento de 7,85%, chegando a 19,6 bilhões de pesos em 2003, em função do aumento de 3,6% nas vendas de energia, uma aumento nas margens de geração, e custos menores. A desvalorização do dólar norte-americano teve um impacto positivo nos resultados da Saesa na ordem de 12,7 bilhões de pesos. (Business News Americas - 26.03.2004) 4
Saesa pretende investir US$ 29 mi em 2004
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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