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IFE: nº 1.315 - 26 de março de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Proinfa: Demora na publicação dos VEs pode comprometer prazo de contratação
2 Risco ambiental e legal emperram instalação de 6,16 GW
3 Evento discute em Brasília a alteração do marco legal das agências reguladoras
4 Curtas

Empresas
1 Aneel transfere controle da Cemar
2 BNDES renegocia dívida da SEB
3 Transmissão Paulista registra lucro de R$ 222,37 mi
4 Aneel nega recurso à Alliant
5 Cemat vai receber recursos da CCC após concluir LT
6 Celesc conclui ampliação da rede de distribuição de Água Doce

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Contingenciamento prejudica levantamento de vazões de bacias hidrográficas
2 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 75,1% de sua capacidade de armazenamento
3 Subsistema Sul tem redução de 0,6%
4 Subsistema Nordeste está 40,6% acima da curva de aversão ao risco
5 Subsistema Norte registra acréscimo de 0,3%
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 CSPE muda de endereço
2 MME garante preço mínimo para carboníferas de SC

Grandes Consumidores
1 Eletrobrás e Vale negociam energia da Eletronorte
2 Vale quer contratos de longo prazo com a Eletronorte
3 Vale estuda elevar produção de minério de ferro em 100 mi de toneladas

4 Estudo visa garantir a posição da CVRD na liderança mundial
5 CVRD explica redução do lucro líquido no quarto trimestre de 2003
6 CVRD vai investir US$ 56,1 mi em 4 hidrelétricas em 2004
7 Mina de Carajás terá aumento de produção até 2006
8 Complexo de mineração capão Xavier recebe licença para operação

Economia Brasileira
1 Mercadante apresenta proposta de meta de inflação à Meirelles
2 Ata do Copom descarta alteração nas metas de inflação
3 Werlang vê chances para mudança na meta de inflação

4 FMI descarta intervenções na TJLP
5 Bird decide afrouxar regras de financiamento para o Brasil
6 BNDES registra lucro de R$ 1 bi em 2003
7 Índice de inadimplência com o BNDES caiu para 4,4% em dezembro
8 BNDES fecha 2003 com patrimônio líquido de R$ 12,8 bi
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Governo da Argentina vai realizar cortes de energia
2 Ministro da Economia da Argentina reconhece necessidade de reajuste tarifário
3 Argentina vai reduzir excedente de exportação de gás para atender fornecimento interno
4 Souhern Cone Power deve vender participação em termo argentina

 

Regulação e Novo Modelo

1 Proinfa: Demora na publicação dos VEs pode comprometer prazo de contratação

A demora na divulgação dos valores econômicos para o Proinfa tem deixado os produtores preocupados com a possibilidade de modificação no prazo de contratação. Pela lei que cria o programa, os contratos devem ser assinados no dia 29 de abril deste ano. Antes disso, porém, o governo precisa divulgar os VEs para cada fonte integrante do programa (biomassa, eólica e pequena central hidrelétrica) e o guia de habilitação. A preocupação é ainda maior com os valores econômicos finais para cada fonte alternativa. Na avaliação de Fernando Vilela, diretor geral da Geraoeste, caso os valores divulgados pelo mercado se confirmem, os projetos correm grande risco de ser inviabilizados. (Canal Energia - 25.03.2004)

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2 Risco ambiental e legal emperram instalação de 6,16 GW

Os problemas ambientais podem atrasar a implantação de diversas hidrelétricas previstas para entrar em operação até 2010. Segundo boletim de fiscalização da Aneel do mês de março, dos 13,18 GW programados, 6,16 GW apresentam algum tipo de pendência. Além do fator ambiental, os projetos correm o risco de atrasar por conta de questões legais. Por causa de pendências ambientais, a EDP Brasil e a Vale do Rio Doce, por exemplo, já desistiram de tocar o projeto de duas hidrelétricas. A EDP anunciou nesta semana que tentará devolver a concessão da Couto Magalhães, com 150 MW de capacidade. A Vale desistiu de construir a usina de Santa Isabel, com 1,08 GW, decisão tomada ainda no ano passado. A construção da hidrelétrica Itumirim, em Goiás, é o empreendimento com maiores restrições, atualmente. De acordo com o boletim da Aneel, o projeto é o único que possui "graves problemas para entrada em operação". (Canal Energia - 25.03.2004)

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3 Evento discute em Brasília a alteração do marco legal das agências reguladoras

O Instituto Internacional de Direito Administrativo Econômico e o Instituto de Direito Público da Bahia promovem, no período de 05 e 06 de abril de 2004, o "I Fórum Brasileiro Sobre as Agências Reguladoras". O evento, que conta com a colaboração de diversas entidades públicas e privadas, reunirá em Brasília renomados agentes políticos e alguns dos mais destacados especialistas em direito administrativo e constitucional do país para uma avaliação pluralista, abrangente e democrática das mais recentes transformações e propostas de alteração do marco legal das agências reguladoras no Brasil. A coordenação científica do evento ficará a cargo dos Professores Paulo Modesto (BA) e Alexandre Aragão (RJ). Maiores informações podem ser obtidas pelos telefones (71) 270-5246/5245/5244 ou 0800-7075246, pelos e-mails ar@latosensu.com.br, latosensu@latosensu.com.br ou na página http://www.direitopublico.com.br/ar. (NUCA-IE-UFRJ - 26.03.2004)

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4 Curtas

O Banco Central elevou a projeção do aumento das tarifas de energia elétrica residencial para 6,9%. No mês passado, a previsão havia ficado em 6,3%. (Canal Energia - 25.03.2004)

No encontro com o governador de SC, Luiz Henrique, a ministra Dilma Rousseff se mostrou favorável à construção das hidrelétricas de Foz do Chapecó e Pai-Querê. Dilma Rousseff disse ser favorável à liberação das licenças ambientais destes empreendimentos e prometeu tratar do assunto junto à sua área técnica. (Canal Energia - 25.03.2004)

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Empresas

1 Aneel transfere controle da Cemar

A Aneel formaliza até segunda-feira a transferência do controle societário da Cemar. A agência aprovou nesta semana a nova estrutura societária da concessionária, com a transferência do controle indireto da distribuidora, detido pela empresa norte-americana Pensylvania Power & Light Global (PPL Global, L.L.C), para a SVM Participações e Empreendimentos Ltda. A Aneel permitiu a transferência do controle da empresa Brisk Participações, subsidiária da PPL, para a SVM. A operação mantém a Brisk como controladora direta da Cemar. A PPL também transferiu a totalidade das ações de suas outras subsidiárias para o grupo GP Investimentos, controlador da SVM. Principal credora da concessionária, a Eletrobrás ficará com 40% do capital social da Cemar, mediante a incorporação de créditos de R$ 148,51 milhões. Ainda está previsto um aumento de capital da concessionária no valor de R$ 30 milhões pelos novos controladores. (Gazeta Mercantil - 26.03.2004)

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2 BNDES renegocia dívida da SEB

O BNDES está renegociando com a AES a dívida de US$ 700 milhões de sua controlada Southern Electric Brasil (SEB) junto ao banco. Os recursos foram financiados pelo BNDES para que a SEB comprasse 32,96% das ações da Cemig. O diretor financeiro do banco, Roberto Timótheo da Costa, assegurou que o valor da dívida da SEB está integralmente provisionado pelo banco no balanço de 2003. "Isso não significa, porém, que o BNDES abriu mão de recuperar esses créditos. O banco não vai desistir de recuperar esse dinheiro", ressaltou o diretor. Timótheo da Costa ressaltou que o valor provisionado não constitui perda para o banco. (O Globo - 26.03.2004)

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3 Transmissão Paulista registra lucro de R$ 222,37 mi

A receita operacional líquida da Transmissão Paulista chegou a R$ 846,59 milhões em 2003. No ano anterior, o valor havia ficado em R$ 720,7 milhões. Os investimentos da empresa em 2003 chegaram a R$ 172,69 milhões, sendo R$ 68 milhões em melhorias dos ativos existentes e R$ 104,66 milhões em projetos. O lucro líquido da empresa subiu 32,3%, passando de R$ 168,13 milhões para R$ 222,37 milhões em 2003. (Canal Energia - 25.03.2004)

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4 Aneel nega recurso à Alliant

A Aneel negou o recurso da Alliant que pedia a suspensão da assembléia realizada em dezembro passado pela Cataguazes-Leopoldina. A agência já havia negado o pedido da empresa norte-americana por considerar legal as alterações estatutárias da Cataguazes-Leopoldina, sem a condição de que a redução de capital seja antecedida da absorção dos prejuízos pelas reservas existentes. A agência reiterou ainda que, para fazer face à distribuição de dividendos, a concessionária não poderá se valer da captação de recursos para aumentar seu nível de endividamento. (Canal Energia - 26.03.2004)

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5 Cemat vai receber recursos da CCC após concluir LT

A Cemat receberá o montante referente à Conta de Consumo de Combustíveis após a conclusão das obras da linha de transmissão e de subestações nos municípios de Brasnorte, Juara e Juina. As obras têm investimento previsto de R$ 40 milhões e o repasse pelo governo federal ficará em 75% deste valor. A Cemat começará a receber R$ 13,8 milhões relativos aos investimentos feitos na construção da linha de transmissão Campo Novo-Brasnorte. O valor será pago em 43 parcelas. (Canal Energia - 25.03.2004)

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6 Celesc conclui ampliação da rede de distribuição de Água Doce

A Celesc concluiu a construção da subestação Água Doce, em Santa Catarina, e da nova rede de distribuição de energia, com 20 km de extensão. A obra recebeu investimentos de R$ 2,2 milhões e, segundo a empresa, reduzirá significativamente a taxa de defeitos apresentados pelo sistema elétrico em Água Doce e Treze Tílias. A LT vai ligar a nova SE Água Doce à SE Catanduvas. A construção da subestação viabiliza a conexão da segunda usina eólica de Santa Catarina. A eólica tem capacidade de 4,8 MW. Conforme contrato, a Celesc comprará a energia gerada no parque eólico por vinte anos. (Canal Energia - 25.03.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Contingenciamento prejudica levantamento de vazões de bacias hidrográficas

A construção de novas hidrelétricas pode ter um novo fator de risco devido à falta de recursos para o monitoramento hidro-metereológico das bacias brasileiras. O diretor de Tecnologia da Informação da ANA, Marcos Freitas, explica que esse trabalho, que levanta a série de vazões dos rios, sofre com contingenciamento de recursos. O serviço conta com um orçamento de R$ 20 milhões de repasses de compensação pelo uso da água, mas o dinheiro está indisponível. Freitas diz que o recurso é fundamental para execução de inventários. (Canal Energia - 26.03.2004)

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2 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 75,1% de sua capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 75,1%, volume 45,5% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento teve um aumento de 0,1% em um dia. As usinas de Emborcação e Itumbiara registram 86,2% e 96,2% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 25.03.2004)

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3 Subsistema Sul tem redução de 0,6%

O volume armazenado na região Sul é de 60,2%. O índice de armazenamento teve um redução de 0,6%. A hidrelétrica de Salto Santiago registra 57,1% da capacidade. (Canal Energia - 25.03.2004)

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4 Subsistema Nordeste está 40,6% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios do submercado Nordeste apresentam índice de 78,94%. O volume fica 40,6% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível de armazenamento teve um aumento de 0,9% em relação ao dia anterior. A usina de Sobradinho registra 81,8% da capacidade. (Canal Energia - 25.03.2004)

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5 Subsistema Norte registra acréscimo de 0,3%

A capacidade de armazenamento da região Norte está em 85,8%, um acréscimo de 0,3% em comparação com o dia 23 de março. A hidrelétrica de Tucuruí registra volume de 98,5%.(Canal Energia - 25.03.2004)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 CSPE muda de endereço

A Comissão de Serviços Públicos de Energia - CSPE muda de endereço. A partir de segunda-feira, 29/03/2004, a CSPE estará com sua sede instalada na Rua Boa Vista, nº 170, 3º e 4º andar, Centro, São Paulo - SP, CEP 01014-000, tel. 11-3293-5100. O site e o telefone e o fax do serviço de ouvidoria continuam os mesmos: http://www.cspe.sp.gov.br/, 0800-555591 (tel) e 0800-555822 (fax). A mudança de endereço da sede da CSPE tem por objetivo dar continuidade ao programa de governo de revitalização do Centro de São Paulo. (NUCA-IE-UFRJ - 26.03.2004)

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2 MME garante preço mínimo para carboníferas de SC

A ministra Dilma Rousseff, garantiu ao governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, que as empresas carboníferas de Santa Catarina receberão o preço mínimo pelo produto que vendem para as termelétricas até que a Aneel regulamente os contratos com o setor. Segundo o governador, o acordo é retroativo ao mês de janeiro. Para Luiz Henrique, a decisão em caráter provisório e a regulamentação pela Aneel representam vitórias para o setor carbonífero. (Canal Energia - 25.03.2004)

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Grandes Consumidores

1 Eletrobrás e Vale negociam energia da Eletronorte

Os presidentes da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, e da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, retomaram as negociações para venda de energia gerada pela Eletronorte para uma das subsidiárias da Vale, a Albrás. Depois da ameaça da companhia de comprar 740 MW em leilão no próximo mês, as duas empresas voltaram a negociar. Os 740 MW vendidos para a Albrás correspondem a aproximadamente 25% da capacidade de geração da Eletronorte, empresa que está endividada com sua controladora (Eletrobrás) e que tem registrado sucessivos prejuízos nos balanços. (Valor - 26.03.2004)

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2 Vale quer contratos de longo prazo com a Eletronorte

O presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, defendeu a volta dos contratos de longo prazo com a Eletronorte para garantir energia para a Albrás. Ele se queixou também do preço da energia no Brasil. "Na Noruega, onde temos uma planta de alumínio, a Rana, pagamos US$ 9,00 pelo MWh", destacou. O executivo propõe que o governo tenha uma política oficial para as empresas eletrointensivas em energia, caso contrário a saída é ter plantas no exterior, onde a energia é mais barata, para produzir alumina e alumínio, . No ano passado, Pinguelli havia explicado que o objetivo da estatal ao renegociar esses contratos era chegar ao que ele chamou de "valor de equilíbrio" entre os preços pagos pelas duas fabricantes de alumínio. (Valor - 26.03.2004)

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3 Vale estuda elevar produção de minério de ferro em 100 mi de toneladas

A CVRD estuda a possibilidade de aumentar a capacidade de produção de minério de ferro em 100 milhões de toneladas por ano até 2007, para 286 milhões de toneladas, em função do aumento da demanda internacional pelo produto, o que demandaria investimento de US$ 1 bilhão. Se o projeto não for possível, a Vale planeja antecipar para 2007 a expansão prevista até 2009, que somaria 73 milhões de toneladas por ano a mais de minério de ferro, com investimento de US$ 706 milhões. (Jornal do Commercio - 26.03.2004)

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4 Estudo visa garantir a posição da CVRD na liderança mundial

Roger Agnelli afirmou que os estudos de aumento maior da produção do que o planejado serão feitos para garantir a posição da companhia na liderança mundial do mercado de minério de ferro. A Vale estima que a demanda de minério de ferro cresça 7,1% neste ano, sendo que a China seria responsável por 71% deste aumento. O presidente da Vale afirmou que, ao menos para os próximos dois anos, a expectativa é de aumento ainda maior da demanda por minério, em função do crescimento da China, além dos Estados Unidos, Japão e Europa. (Jornal do Commercio - 26.03.2004)

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5 CVRD explica redução do lucro líquido no quarto trimestre de 2003

O diretor-financeiro da Companhia Vale do Rio Doce, Fábio Barbosa, explicou ontem que a redução do lucro líquido da empresa no quarto trimestre de 2003 ocorreu em função de ajustes contábeis. O lucro líquido do último trimestre do ano passado foi de R$ 792 milhões, contra R$ 1,541 bilhão em igual período de 2002 e R$ 1,278 bilhão no terceiro trimestre de 2003. "Ajustamos algumas práticas contábeis da empresa e fizemos provisões de recebimento de ICMS, no valor de R$ 84 milhões, em função de discussões com alguns governos estaduais", justificou Barbosa. Segundo Barbosa, a consolidação da Caemi e da FCA e a incorporação plena da Ferteco, que tinham práticas contábeis diferentes das da Vale, contribuíram para o resultado. (Jornal do Commercio - 26.03.2004)

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6 CVRD vai investir US$ 56,1 mi em 4 hidrelétricas em 2004

A CVRD vai investir até dezembro deste ano US$ 56,1 milhões no setor elétrico. Das quatro unidades da empresa em construção, com potência instalada total de 920 MW, duas entrarão em operação em 2004: as usinas Aimorés (330 MW), com início de geração previsto para setembro, e Candonga (140 MW), que deve começar a operar até o final de abril. Os investimentos serão de US$ 19 milhões e US$ 3,5 milhões, respectivamente. Apesar de as usinas Aimorés e Candonga somarem 470 MW de capacidade, a empresa prevê que o adicional de geração na primeira fase seja de 119 MW. Outras duas hidrelétricas, cujas entradas em operação estão previstas apenas para o primeiro trimestre de 2006, também receberão recursos da CVRD este ano. A usina Capim Branco I (240 MW) deverá consumir US$ 20,9 milhões, enquanto Capim Branco II (210 MW) terá um investimento de US$ 12,7 milhões em 2004. A CVRD é acionista majoritária nos quatro empreendimentos. Com a entrada em operação das quatro usinas, a Vale do Rio Doce terá contabilizado um investimento total de US$ 317,2 milhões ao final da construção dos projetos. (Canal Energia - 25.03.2004)

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7 Mina de Carajás terá aumento de produção até 2006

A expansão da produção de mais 100 milhões de toneladas por ano de minério de ferro seria feita principalmente na mina de Carajás. Já está planejado que esta planta terá aumento de produção para 85 milhões de toneladas por ano até 2006. Atualmente, Carajás opera com capacidade de 70 milhões de toneladas por ano. Também até 2006, a mina de Itabira terá a capacidade produtiva aumentada de 43 milhões de toneladas de minério de ferro por ano para 46 milhões de toneladas. Está previsto, em 2005, a entrada em operação da Fábrica Nova I, do Sistema Sul, que terá capacidade de produzir 10 milhões de toneladas por ano de minério de ferro. A mina de Brucutu I deverá começar a operar em 2006, com capacidade de 12 milhões de toneladas e a de Fazendão, com capacidade de 14 milhões de toneladas por ano. A Fábrica Nova II, do sistema Sul, de acordo com o planejamento da companhia, terá expansão de 10 milhões de toneladas para 15 milhões de toneladas somente em 2009, mas este projeto deverá ser antecipado para 2007. (Jornal do Commercio - 26.03.2004)

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8 Complexo de mineração capão Xavier recebe licença para operação

O Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), de Minas Gerais, por meio da Câmara de Atividades Minerárias, concedeu licença de operação para o complexo de mineração Capão Xavier, empreendimento da Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), localizado em Nova Lima (MG). A MBR informou à secretaria que todos os conselheiros em condições de votar foram favoráveis à implantação da mina durante todo o processo de licenciamento ambiental. O Copam informou, logo após aprovar a licença, que para a concessão foram relacionadas 34 condicionantes. (Gazeta Mercantil - 26.03.2004)


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Economia Brasileira

1 Mercadante apresenta proposta de meta de inflação à Meirelles

Henrique Meirelles considerou "legítima" a discussão de uma proposta apresentada ontem pelo líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), de manter até 2006 a meta de inflação deste ano, de 5,5%, para "maximizar as possibilidades" de crescimento econômico. A proposta de Mercadante significaria, na prática, elevar a meta já fixada para 2005 - um IPCA de 4,5%. Já a meta de 2006 deverá ser definida em junho pelo CMN. (Folha de São Paulo - 26.03.2004)

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2 Ata do Copom descarta alteração nas metas de inflação

A ata de reunião da semana passada do Copom informava que os diretores do BC examinaram a idéia de alterar as metas para acomodar o aumento de preços do começo do ano. Segundo a ata, os diretores e o presidente do Banco Central reconheceram que os reajustes foram ocasionados, principalmente, por fatores sobre os quais os juros têm pouco ou nenhum efeito, os chamados choques de oferta. "Como se sabe, a teoria econômica e as melhores práticas de condução de política monetária recomendam a acomodação parcial de aumentos da inflação ao consumidor provocados por choques de oferta", diz a ata. Nesse caso, "acomodar" significa não combater os aumentos de preços por meio de juros altos, mas incorporar às metas parte da variação da inflação gerada pelos choques de oferta. Ao se manifestarem sobre esse assunto, os diretores do BC acabaram dando fundamento a críticas crescentes segundo as quais o banco estaria usando juros para combater a "inflação errada". (Folha de São Paulo - 26.03.2004)

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3 Werlang vê chances para mudança na meta de inflação

O economista do Itaú e ex-diretor do Banco Central Sérgio Werlang entendeu que a ata do Comitê de Política Monetária divulgada ontem sinalizou a possibilidade de o BC perseguir um nível de inflação acima da meta estabelecida para este ano, de 5,5%. "Acho que a ata abriu o caminho para mudanças na meta de inflação nos próximos meses", disse Werlang, que trabalhou no BC na época da implementação do regime. Na sua opinião, basta que os índices a serem divulgados confirmem que os aumentos de preços foram causados por choques de oferta e por fatores sazonais para que o BC justifique buscar um alvo superior a 5,5%. Werlang também defende uma meta maior neste ano, para evitar o risco de que a economia seja castigada pelos juros altos. Ele acredita que o BC poderia perseguir um alvo entre 6% e 6,5%. Para Werlang, há espaço para o BC cortar os juros em 0,25 ponto percentual nos três próximos meses. (Folha de São Paulo - 26.03.2004)

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4 FMI descarta intervenções na TJLP

O FMI afirmou que a TJLP no Brasil "não é uma questão problemática" e indicou que a instituição não pretende tomar nenhuma medida em relação ao país por causa do assunto. "Tenho conhecimento de que o assunto ganhou um certo relevo no Brasil. Mas a carta de intenções [do atual acordo entre o Brasil e Fundo] mostra que essa não é uma questão problemática", afirmou Thomas Dawson, porta-voz do FMI. "Várias questões são discutidas nas relações normais entre o Fundo e os países, e essa questão em si não deveria causar grande surpresa", disse Dawson. "Se você olhar para o novo programa que está em vigor, não há nada relativo ao assunto nele, embora esse tipo de coisa seja discutido entre o pessoal do Fundo e as autoridades locais. Isso não é incomum." (Jornal do Commercio - 26.03.2004)

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5 Bird decide afrouxar regras de financiamento para o Brasil

O Bird decidiu flexibilizar as regras para empréstimos para o Brasil. O vice-presidente da instituição para a América Latina e Caribe, David De Ferranti, anunciou que as mudanças poderão elevar para US$ 2 bilhões o volume de financiamentos para o país até junho. A flexibilização das regras permitirá que a União, os Estados e os municípios fiquem desobrigados de apresentar contrapartidas financeiras em determinados programas. A mudança atende a pedidos do governo, pois a falta de recursos para oferecer como contrapartida dificultava o uso de dinheiro do Bird. "Fizemos uma avaliação extremamente positiva sobre o futuro do Brasil. Na região, o Brasil tem uma das melhores perspectivas não somente para 2004 e 2005 como mais para a frente", afirmou De Ferranti. (Valor - 26.03.2004)

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6 BNDES registra lucro de R$ 1 bi em 2003

O fechamento do acordo de renegociação da dívida de US$ 1,2 bilhão da AES permitiu ao BNDES transformar em lucro de R$ 1,038 bilhão em 2003 um resultado que até o mês de novembro apontava prejuízo de R$ 2,125 bilhões. O resultado de 2003 foi 89% maior que os R$ 549,6 milhões de 2002 e acabou sendo o maior lucro nominal (sem correção monetária) da história do BNDES. Com o acordo, o banco pôde lançar na sua contabilidade de ativos o valor da quase totalidade dos créditos com a AES que antes estavam na conta de provisões para créditos duvidosos. Dos créditos com a AES, o BNDES transformou US$ 600 milhões (R$ 1,762 bilhão) em participação acionária na Brasiliana (empresa formada com ativos da AES no Brasil), renegociou US$ 510 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) e recebeu, em janeiro deste ano, US$ 90 milhões (cerca de R$ 260 milhões). A operação permitiu que o banco lançasse em seus ativos o total de R$ 3,056 bilhões. Uma parcela dos créditos, de cerca de R$ 460 milhões, permaneceu entre as provisões. (Folha de São Paulo - 26.03.2004)

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7 Índice de inadimplência com o BNDES caiu para 4,4% em dezembro

A inadimplência total dos devedores do BNDES somava R$ 3,7 bilhões no final de 2003, contra R$ 7,1 bilhões em setembro do mesmo ano. Graças ao acordo sobre a parte da dívida da AES referente à compra da Eletropaulo, o índice de inadimplência caiu de 7,3% da carteira de empréstimos em setembro para 4,4% em dezembro. O conselho de administração do BNDES decidiu também que apenas 25% (R$ 259,5 milhões) do total do lucro será pago à União. Os 75% restantes do lucro de 2003 foram capitalizados pelo banco, o que fez seu patrimônio aumentar para dar sustentação ao propósito de emprestar neste ano R$ 47 bilhões. (Folha de S. Paulo - 26.03.2004)

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8 BNDES fecha 2003 com patrimônio líquido de R$ 12,8 bi

O patrimônio líquido do BNDES fechou 2003 em R$ 12,8 bilhões. Segundo o superintendente da área financeira do banco, José Roberto Fiorêncio, a situação patrimonial é confortável para a realização do orçamento de 2004. Mas ele ressalvou que a margem legal para empréstimos ao setor público, prioridade da direção do banco, está apertada. Ela era de apenas R$ 1,539 bilhão no fim de 2003. (Folha de S. Paulo - 26.03.2004)


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9 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera perto da estabilidade neste final de manhã, com leve indicação de alta. Às 12h10m, a moeda americana era negociada por R$ 2,936 na compra e R$ 2,938 na venda, com alta de 0,03%. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 0,23%, para R$ 2,9350 na compra e R$ 2,9370 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 26.03.2004)

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Internacional

1 Governo da Argentina vai realizar cortes de energia

O Governo argentino está planejando efetuar cortes de energia programados a partir do dia 29 de março para reduzir a demanda de energia em 6%, ou 840 MW, visto que os produtores não são mais capazes de prover gás para as geradoras termoelétricas. O governo ainda decidirá se os cortes irão afetar ou não os consumidores residenciais e industriais. O plano também prevê a redução em 5%nas voltagens das linhas de transmissão de 220kV para 209 kV. Esta medida estava prevista para entrar em vigor nesta quinta-feira, no entanto foi suspensa por tempo indeterminado. (Business News Americas - 25.03.2004)

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2 Ministro da Economia da Argentina reconhece necessidade de reajuste tarifário

O ministro da economia da Argentina, Roberto Lavagna, reconheceu que as empresas energéticas não realizaram investimentos pois não tiveram rentabilidade. Nesse sentido, o ministro afirmou que é necessário um ajuste das tarifas e um arrocho no consumo (não produtivo) para melhorar a situação de emergência nos setores de gás e eletricidade. Durante a gestão do presidente Eduardo Duhalde, o ministro Lavagna promoveu duas vezes uma aumento tarifário de 75 para o gás e de 10% para a eletricidade. Nessas oportunidades a Justiça entrou com um recurso apresentado pelo defensor público, Eduardo Mondino. (La Nación _ Argentina - 26.03.2004)

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3 Argentina vai reduzir excedente de exportação de gás para atender fornecimento interno

O governo da Argentina tomou uma decisão contundente para reduzir os cortes no fornecimento de energia que as empresas prevêem aplicar desde a segunda-feira. A medida foi o corte nos excedentes de exportação de gás, o que permitirá abastecer o mercado interno com o insumo e, assim, evitar novos cortes de energia. Segundo ficou decidido pela Cammesa - entidade que rege o sistema elétrico argentino - o racionamento as grandes empresas continuará. (La Nacion - Argentina - 26.03.2004)

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4 Souhern Cone Power deve vender participação em termo argentina

A companhia norte-americana Southern Cone Power está no processo de vender sua participação de 6,84% na geradora termoelétrica argentina, Central Costanera, para um grupo de empresário chilenos liderados pelo político Sebastián Piñera. (Business News Americas - 24.03.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Bruno Schröder

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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