l IFE:
nº 1.313 - 24 de março de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Diretor da Aneel critica contingenciamento de recursos da agência O diretor-geral
da Aneel, José Mario Abdo, criticou o corte de R$ 50 milhões promovido
pelo governo no orçamento da agência para o exercício deste ano. Ele diz
ter parecer jurídico elaborado pela procuradoria da agência que considera
o contingenciamento ilegal. O governo cortou 36,76% do orçamento total
deste ano aprovado pelo Congresso Nacional. Mas, segundo o diretor-geral
da Aneel, os recursos da agência vêm dos consumidores, que pagam a tarifa
de fiscalização em suas contas de consumo de energia, e não do Tesouro.
O raciocínio dos diretores da agência é de que o governo estaria utilizando
o dinheiro do seu orçamento no cumprimento do superávit primário de forma
indireta, liberando recursos do Tesouro para outras áreas. A receita do
órgão regulador é proveniente de taxas de fiscalização pagas pelos consumidores.
"Esse corte é grave, gravíssimo e poderá comprometer as atividades da
agência, inclusive de fiscalização", disse Abdo. Os R$ 50 milhões bloqueados
do orçamento da agência corresponderam a 63% do bloqueio total do orçamento
vinculado ao MME, segundo Abdo. (Valor - 24.03.2004) 2 Diretor da Aneel critica MP que trata do quadro funcional da agência José Mario
Abdo criticou a medida provisória 155, em tramitação no Senado, que cria
cargos nas agências por meio de concurso público. "Esses cargos que estão
sendo criados não nos satisfazem em nada. Nem o tipo de funcionário nem
o nível dos salários (...). Se há um esforço para fortalecer as agências,
medidas dessa natureza têm efeito contrário", disse Abdo. A MP 155 estende
os contratos temporários dos funcionários das agências reguladoras até
dezembro de 2005 e determina a realização de concurso público para o preenchimento
do quadro de pessoal após essa data. Segundo Abdo, as condições de contratação
impostas não permitirão a manutenção do atual nível dos profissionais.
"todos que prestarem concurso entrarão pelo piso salarial. E um técnico
ou fiscal que hoje estão no topo da carreira não vão querer essa redução
salarial, que será de 40% em média", afirmou Isaac Averbruch, diretor
da agência. (Valor -24.03.2004)
Empresas 1 Índice médio de satisfação dos clientes das distribuidoras cai em 2003 A qualidade
dos serviços prestados pelas distribuidoras de energia elétrica piorou
em 2003, segundo pesquisa divulgada ontem pela Aneel. A avaliação poderá
significar reajustes de tarifa menores em 2004 para os clientes de algumas
dessas empresas. Segundo a Aneel, o índice médio de satisfação dos clientes
das distribuidoras em 2003 foi de 63,63. Na escala da pesquisa, que vai
de zero a 100, esse nível é definido como sendo "bom". Em 2002, o índice
havia sido de 64,51. Para José Mário Abdo, diretor-geral da agência, ainda
há espaço para melhorar. Nos EUA esse índice é de 73 e, na Europa, de
70. (Folha de São Paulo - 24.03.2004) 2 Eletropaulo foi a pior empresa do Sudeste De acordo com a pesquisa, a Eletropaulo é a empresa da região Sudeste com menor índice de satisfação entre as que têm mercado superior a 400 mil clientes. A Eletropaulo foi classificada com 60,01. Apesar do resultado, a distribuidora vem apresentando melhora desde 2001, quando obteve 54,44 na pesquisa. "Nós estamos satisfeitos com as melhora pelo terceiro ano consecutivo", disse Ricardo Lima, vice-presidente comercial da Eletropaulo. Sobre o último lugar entre as grandes distribuidoras da região, Lima disse que "a comparação entre empresas não é o melhor caminho", pois o cliente da Eletropaulo é "muito mais exigente". (Folha de São Paulo - 24.03.2004) 3 Copel teve o melhor desempenho entre as distribuidoras da Região Sul A Copel
obteve 68,85 pontos, o melhor desempenho entre as grandes distribuidoras
da Região Sul. Na Região Nordeste, a Sulgipe (SE) obteve o melhor desempenho,
com 71,40 pontos. No Centro-Oeste, a CEB foi a mais bem avaliada entre
as distribuidoras com mais de 30 mil unidades consumidoras, com 62,55
pontos. O Índice Aneel de Satisfação do Consumidor de 2003 (IASC) divulgado
ontem pela Aneel, será usado nos próximos reajustes das tarifas de energia.
O índice terá impacto no cálculo do Fator X, que é um mecanismo utilizado
para repassar aos consumidores ganhos de produtividade das empresas, e
que, na prática, pode reduzir o percentual de reajuste das tarifas. Ou
seja, quanto pior o desempenho da distribuidora, na opinião dos consumidores,
maior poderá ser o desconto do reajuste das tarifas. (Jornal do Commercio
- 24.03.2004) 4
CEAM recebe pior avaliação 5 Cemig registra maior queda no IASC A empresa
Caiuá Serviços de Eletricidade, responsável pela distribuição de energia
em 24 municípios do interior paulista, teve o maior crescimento do índice
em relação a 2002. Com 73,45 pontos na pesquisa referente ao ano passado,
a Caiuá registra um aumento de 15% na satisfação de seus consumidores,
entre 2002 e 2003. Enquanto a Cemig caiu de 71,13 pontos em 2002 para
66,01 no ano passado e aparece no levantamento com a maior queda no índice
que mede a satisfação dos consumidores, piora de 7,19%. (Gazeta Mercantil
- 24.03.2004) 6 Abradee: Distribuidoras não concordam com a utilização da pesquisa no Fator X O diretor-executivo
da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, disse ontem, que as distribuidoras
não concordam com a utilização da pesquisa no Fator X. "Essa utilização
deveria ser repensada", afirmou. Guimarães disse que a pesquisa deve servir
apenas como um instrumento de gestão, principalmente porque ela tem apenas
quatro anos. (Jornal do Commercio - 24.03.2004) 7 Itasa reverte prejuízo e fecha 2003 com lucro de R$ 15,1 mi A Itá Energética
(Itasa) encerrou 2003 com lucro líquido de R$ 15,1 milhões, resultado
superior aos R$ 25,4 milhões negativos verificados em igual período de
2002. Segundo a empresa, o resultado positivo se deve ao acréscimo na
receita decorrente do reajuste do preço contratual nos contratos de compra
e venda de energia e a menor variação do IGP-M em 2003. A receita operacional
bruta da empresa chegou a R$ 363 milhões, um crescimento de 80,6% em comparação
com 2002, quando o faturamento atingiu R$ 201 milhões. A produção de energia
chegou a 3.540,3 GWh no ano passado, volume que foi totalmente vendido
para as empresas do grupo - Companhia Siderúrgica Nacional (48,75%), Tractebel
Energia (48,75%) e Companhia de Cimento Itambé (2,5%). (Canal Energia
- 24.03.2004)
Licitação Eletronorte
abre processo para execução de obras na linha de transmissão Coxipó-Jauru,
no Mato Grosso, energizada em 230 kV. A licitação inclui obras de proteção
e segurança das estruturas, obras de contenção e proteção contra erosão
e implantação de acessos. O prazo vai até 26 de abril. (Canal Energia
- 23.03.2004) A Ceb reabre o processo para construção da linha de transmissão subterrânea, na tensão de 138 kV, interligando a subestação de Brasília Centro a subestação Embaixada Sul. O preço do edital é de R$ 30,00 e o prazo para a realização das propostas encerra no próximo dia 26. (Canal Energia - 23.03.2004) Furnas licita
realização da construção e montagem eletromecânica, com fornecimento de
materiais e sistemas, referente à subestação de Ivaiporã 7. A ampliação
fica localizada no município de Manoel Ribas, no Paraná. (Canal Energia
- 23.03.2004) 4
Cemig A Chesf
abre processo para aquisição de conjunto de estaiamento temporário de
emergência. O prazo para a realização das propostas termina no próximo
dia 30. O preço do edital é de R$ 15,00, se for adiquirido em papel, ou
R$ 5,00, em CD. (Canal Energia - 24.03.2004) A CEEE abre
licitação para serviços gerais em redes de distribuição através de nove
equipes tipo A. O preço do edital é de R$ 5,00 e o prazo termina em 31
de março. (Canal Energia - 24.03.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Nível de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste está em 74,8% Os reservatórios
registram 74,8% da capacidade no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, ficando
45,4% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível de armazenamento
teve um acréscimo de 0,2% em um dia. As usinas de São Simão e Miranda
registram volume de 103,16% e 63,24%, respectivamente. (Canal Energia
- 24.03.2004) 2 Reservatórios registram 61,3% da capacidade no subsistema Sul O subsistema
Sul apresenta 61,3% da capacidade, uma redução de 0,4% em comparação com
o dia 21 de março. A usina de G. B. Munhoz registra volume de 63,9%. (Canal
Energia - 24.03.2004) 3 Subsistema Nordeste apresenta 77,1% da capacidade A capacidade
de armazenamento chega a 77,1% no subsistema Nordeste, volume 38,8% acima
da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento de 1,01%
em comparação com o dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta
79,9% da capacidade. (Canal Energia - 24.03.2004) 4
Capacidade de armazenamento chega a 77,1% no subsistema Nordeste 5 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrrobras vai criar incentivos à térmicas para aumentar consumo de gás A Petrobras está determinada a criar programas que incentivem a adaptação das usinas térmicas para a geração de energia usando óleo diesel ou gás natural. O sistema é uma das apostas da estatal para aumentar o consumo de gás no Brasil, permitindo a exploração de novas reservas do combustível. A empresa iniciou os estudos para a criação de uma política de preço específica para incentivar as térmicas. Ainda não há previsão de quando sairá o pacote de preços, mas o diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, antecipou que o sistema para as usinas deverá seguir o mesmo modelo do programa destinado às frotas de ônibus, já em funcionamento. Os contratos firmados com donos das frotas fixam um teto de cobrança pelo preço do metro cúbico de gás natural, tornando a adaptação vantajosa. O incentivo, neste caso, é a garantia às frotas que, durante dez anos, o preço do metro cúbico de gás não passará de 55% do valor do litro de óleo diesel. (Gazeta Mercantil - 24.03.2004) 2 Petrobras vai lançar fundo de investimento para financiar seus fornecedores Os fornecedores
de bens e serviços da Petrobras passarão a contar com fundos de investimento
em direitos creditórios (FIDC) para financiar seu capital de giro, anunciou
o diretor financeiro da estatal, José Sérgio Gabrielli. O sistema em implantação
permitirá antecipar créditos que os fornecedores têm a receber da Petrobras,
vendendo-os para bancos gestores dos FIDC. Os bancos oferecerão no mercado
cotas para investidores. Gabrielli estimou que há entre 3 mil e 4 mil
fornecedores que mantêm contratos em curso com a estatal, os quais são
potenciais candidatos a usar os FIDC. O diretor da estatal lembrou que,
em 2003, a Petrobras comprou cerca de R$ 18 bilhões em materiais e serviços
no Brasil. Gabrielli adiantou que os FIDC serão vendidos na Bovespa e
devem ser custodiados pela Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia
(CBLC).Os fundos contarão com seguro de performance administrado pelo
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), que vai dar limites de crédito
para cada fornecedor. "Os fundos permitirão aumentar o capital de giro
dos fornecedores a juros mais baixos", prevê Gabrielli. (Valor - 24.03.2004) 3 Térmicas podem ficar isentas ICMS em PE O Governo
do Estado quer isentar as usinas termelétricas do pagamento do ICMS na
utilização de gás natural para geração de energia elétrica. Um projeto
de lei foi enviado pelo Executivo à Assembléia Legislativa e está tramitando
em regime de urgência. A matéria foi aprovada nas comissões de Justiça
e de Finanças, Orçamento e Tributação. O líder do PT na Casa, deputado
Isaltino Nascimento, criticou o projeto. "O Governo está abdicando de
uma receita quando sequer tem noção do montante que pode ser gerado com
as futuras usinas. Isso acarretará em prejuízo para a população", destacou
o parlamentar. Para Nascimento, a política que está sendo seguida pelo
Executivo é contraditória, tendo em vista que, no final do ano passado,
foi enviado um pacote à Assembléia majorando o ICMS de vários produtos
e serviços, inclusive sobre a energia elétrica. (Diário de Pernambuco
- 24.03.2004) 4 Construção de gasoduto de Campina Grande começa em 15 dias Durante
solenidade de assinatura da ordem de serviço para as obras do gasoduto
de campina Grande, o governador Cássio Cunha Lima disse que a obra representará
um investimento de R$ 50 milhões. Segundo ele, o Empreendimento significará
uma nova etapa no processo de desenvolvimento de Campina Grande. A obra
será iniciada dentro de, no máximo, 15 dias e sua conclusão terá prazo
previsto de 12 meses. O projeto compreende um trecho de 132 km de ramal
principal (tronco) de alta pressão e será implantado a partir do local
onde situa-se o `city-gate´ do município de Santa Rita até a ERP próximo
ao distrito industrial de Campina Grande. (Correio da Paraíba - 24.03.2004) 5 Termelétrica Piratini com novo controle A empresa Koblitz, de Recife, especializada no fornecimento de sistemas interligados de energia, comprou a participação da Companhia Geral de Distribuição de Energia (CGDe), de Portugal, na usina termelétrica Piratini. A cota correspondia a 75% do valor total. Com a aquisição, a Koblitz torna-se sócia majoritária, com 85% do controle (até então, tinha 10%). A CEEE continua com 10%. Os restantes 5% estão com outros sócios. (Zero Hora - RS - 24.03.2004)
Grandes Consumidores 1 Albrás marca leilão de compra de energia A Albrás,
produtora de alumínio controlada pela Vale do Rio Doce, vai fazer o maior
leilão de compra de energia do país, que poderá movimentar pelo menos
US$ 60 milhões. No dia 2 de abril, a empresa planeja comprar 740 MW de
energia. A tacada é estratégica: ocorre praticamente na mesma data em
que vence o contrato de fornecimento que a Albrás tem com a Eletronorte,
cuja energia é suprida pela hidrelétrica de Tucuruí. Há quase um ano,
Eletronorte e Albrás travam uma queda de braço para renovar o contrato,
com vigência de 20 anos. A Albrás tem interesse em renovar o acordo nas
mesmas condições de hoje. A produtora de alumínio, instalada em Barcarena
(PA), paga US$ 16 o MW, para a Eletronorte. Ao anunciar o leilão, a Albrás
tenta pressionar o governo. Pelo novo modelo do setor elétrico, a Albrás
pode renovar o contrato em vigor com a Eletronorte até 2010, quando as
usinas da Vale do Rio Doce já estarão em operação. Os presidentes da Eletronorte,
Silas Rondeau , e da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, e um executivo da
Albrás reúnem-se hoje, no Rio, para tentar dar um desfecho ao assunto.
(Valor - 24.03.2004) 2 Contrato da Alumar com Eletronorte vence em junho O movimento
feito pela Albrás poderá ter desdobramentos, pois a Alumar tem um contrato
semelhante, com a mesma Eletronorte, que vence em junho. A empresa, localizada
em São Luís (MA), paga em torno de US$ 22 o MW, o que dá uma receita anual
à Eletronorte de US$ 140 milhões. Os dois contratos são responsáveis por
quase metade de toda a geração de Tucuruí. A pressão dos dois lados é
tão forte que executivos das empresas estiveram recentemente com a ministra
Dilma Rousseff. (Valor - 24.03.2004) 3 Usiminas obteve lucro de R$ 1,31 bi A Usiminas
conseguiu em 2003 lucro líquido de R$ 1,31 bilhão. Em 2002, havia registrado
prejuízo líquido de R$ 321,12 milhões. A receita bruta da empresa aumentou
31,27% no período, de R$ 4,73 bilhões em 2002 para R$ 6,22 bilhões em
2003. O lucro líquido por ação em 2003 foi de R$ 5,98, contra prejuízo
líquido de R$ 1,49 por ação em 2002. Em mensagem aos acionistas, a diretoria
da Usiminas afirmou que 2003 foi marcado pela concretização do ciclo de
investimentos de longo prazo, realizados desde a privatização da empresa.
(Jornal do Commercio - 24.03.2004) 4 Analistas projetam lucro de R$ 4,5 bi para a Vale do Rio Doce A Vale do
Rio Doce mais do que dobrou seus ganhos no ano passado em relação a 2002.
Projeções de analistas projetam para 2003 um lucro líquido estimado de
R$ 4,5 bilhões, ante R$ 2 bilhões obtidos em 2002. O resultado do balanço
anual de 2003 será divulgado hoje pela mineradora. O valor do lucro projetado
da controladora (não consolidado) corresponde à média das previsões de
oito analistas de banco do setor de mineração consultados pela Thomson
One Analytics. As estimativas de ganho no ano passado variaram de um mínimo
de R$ 3,4 bilhões a um máximo de R$ 5 bilhões, informou a consultoria.
A geração operacional de caixa deve ter subido para R$ 5,3 bilhões diante
dos R$ 4,2 bilhões do ano anterior. A receita líquida da companhia, pela
previsão, chegou aos R$ 10,1 bilhões contra R$ 8,5 bilhões. (Valor - 24.03.2004) 5 Vale disputará minas de cobre no Peru O Governo
do Peru anunciou ontem a convocação de uma concessão pública internacional,
da qual participará a CVRD, para investir no desenvolvimento e exploração
das minas de cobre Las Bambas, no departamento peruano de Apurímac. O
projeto Las Bambas compreende as jazida de Chalcobamba, Ferrobamba, Sulfobamba
e Charcas, que contam com área de concessão para mineração de 31.798 hectares,
informou a estatal Agência de Promoção do Investimento Privado (ProInversión).
As minas estão situadas na província de Cotabambas, a 260 quilômetros
de Cuzco, e a altitude entre 4,4 mil e 4,56 metros sobre o nível do mar.
Segundo estimativas de ProInversión, as reservas provadas da jazida ascendem
a 40,5 milhões de toneladas com percentuais superiores a dois por cento
de cobre e um potencial de exploração superior a 500 milhões de toneladas.
(Jornal do Commercio - 24.03.2004) Economia Brasileira 1 Especialista britânico elogia regras para o PPP O sucesso das PPP dependerá da qualidade dos projetos de investimentos que o Brasil deve começar a elaborar já no governo, afirma um dos principais especialistas do governo britânico nesse tipo de iniciativa, Chris Heathcote, da Partnerships UK - a empresa criada no Reino Unido para orientar o setor público no trabalho de parceria com o setor privado."O programa brasileiro está indo muito bem", comenta Heathcote, elogiando o "excelente" conjunto de regras para as PPP aprovadas na Câmara. Heathcote não tem dúvidas a respeito do interesse privado nessas parcerias, mas reconhece que, inicialmente, serão instituições oficiais as principais financiadoras das PPP. Afirma que as autoridades brasileiras têm um trunfo: a capacidade econômica do BNDES e o interesse de agências internacionais de fomento, como o BID, que estão dispostas a financiar essas iniciativas. (Valor - 24.03.2004) 2 Especialista defende adoção de contratos-padrão Segundo Chris Heathcote, especialista do governo britânico, em um primeiro momento, devido ao risco cambial, não será fácil atrair investidores do mercado financeiro e lançar títulos para bancar os projetos do PPP. "No Brasil, o desafio é definir o quanto os projetos de parceria serão detalhados", diz Heathcote. Na Inglaterra, o governo optou por deixar espaço para a "criatividade" dos empresários, fixando metas de desempenho para os projetos e permitindo adaptações. No Brasil, empresas e governos preferem especificar ao máximo os detalhes nos projetos, para garantir sua execução segundo critérios pré-definidos. Heathcote sugere aos brasileiros criarem contratos-padrão para as futuras parcerias. No contrato-padrão, dois dos pontos de mais difícil definição são as garantias a serem fornecidas pelo setor privado e pelo governo, e as cláusulas para cancelamento de um contrato que não gerou resultados suficientes. No Brasil, a idéia prevista no projeto de PPP, de criação de fundos e definição de ativos a serem executados em caso de cancelamento dos contratos é uma boa saída, avalia. Heathcote acredita que aumentará o interesse dos financiadores à medida que se executarem os primeiros projetos. (Valor - 24.03.2004) 3 BNDES tem prejuízo de R$ 2,11 bi com calote da SEB O saldo da carteira de crédito do BNDES encolheu R$ 2,11 bilhões em fevereiro deste ano, fechando o mês em R$ 87,34 bilhões, segundo informou o Banco Central. O principal motivo da queda foi o calote dado em 2003 pela Southern Eletric Brasil (SEB), consórcio que adquiriu, em 1997, 33% do capital da Cemig. A dívida, de aproximadamente R$ 2 bilhões em valores de fevereiro, estava há seis meses classificada como risco H, o pior dos nove níveis de classificação de crédito previstos pelo CMN, válida para todos os bancos. Em vigor desde 1999, essa classificação determina que nenhuma instituição financeira pode ter por mais de seis meses em sua carteira uma operação com risco H. Diante disso, como a situação da SEB não foi regularizada, o BNDES foi obrigado a tirar o crédito da carteira, baixando-o para a conta de prejuízos, informou ontem Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC.Por força da mesma norma, o BNDES já tinha constituído provisão para 100% da dívida do consórcio. (Valor - 24.03.2004) 4
Desembolsos do BNDES no primeiro bimestre chegaram a R$ 5,2 bi 5 BC: Volume de empréstimos aumentou em fevereiro Os juros
médios cobrados pelos bancos caíram de 56,6% para 56,1% ao ano e o volume
de empréstimos aumentou no mês passado, segundo dados do BC divulgados
ontem. O total de empréstimos concedido no sistema financeiro subiu de
R$ 409 bilhões para R$ 412 bilhões. Apesar da melhoria, que acompanhou
a redução nos juros básicos da economia realizada no ano passado, de 26,5%
para 16,5%, a oferta de crédito como proporção do PIB continua estagnada.
De janeiro para fevereiro, caiu de 25,7% para 25,6%, mesmo nível de outubro
do ano passado. "De fato, em relação ao PIB, o crédito está estagnado.
Cresceu na segunda metade do ano passado, mas de lá para cá vem se mantendo
constante", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
(Folha de São Paulo - 24.03.2004) 6 BC: Estagnação do crédito em relação ao PIB deveu-se ao ritmo de crescimento da economia Em termos
absolutos, houve aumento dos empréstimos tanto para pessoas físicas como
para jurídicas. No primeiro caso, o total subiu de R$ 89,692 bilhões para
R$ 91,608 bilhões. O que explica a estagnação da oferta de crédito em
proporção do PIB é o fato de os financiamentos e a economia estarem crescendo
no mesmo ritmo. Lopes destacou, contudo, que os dados referentes ao PIB
em janeiro e fevereiro são projeções, pois os números oficiais não foram
divulgados. O crédito pessoal foi a modalidade que teve maior crescimento
no volume concedido (de R$ 30,84 bilhões para R$ 32,03 bilhões) e a que
registrou corte mais acentuado nas taxas (de 79,1% para 76,6% ao ano),
nos dois casos em termos absolutos. Segundo Lopes, os números do crédito
pessoal foram ampliados sobretudo pelos empréstimos com desconto em folha
de pagamento, aprovados em 2003. Ele disse que as pessoas têm trocado
outras formas de empréstimo pelo desconto em folha, cujos juros são menores.
(Folha de São Paulo - 24.03.2004) 7 Mendonça de Barros: 2004 deve ter crescimento moderado Os sinais de uma retomada dos investimentos este ano, pelo menos por enquanto, não são evidentes, na visão de José Roberto Mendonça de Barros. "É possível que isto seja destravado na metade do ano", completou. Suas projeções apontam crescimento econômico de 3% este ano, alavancado em grande parte pelas exportações. Ele defendeu, no entanto, que o crescimento seja sustentado, e não apenas ocasional. "Vamos ter uma recuperação em 2004, mas que é moderada, porque 3% de crescimento é pouco. Mas este crescimento pode se repetir em 2005", disse. Outras projeções feitas por Mendonça de Barros para este ano, além do crescimento de do PIB, foram de queda da taxa de desemprego - a média de desemprego atingiu 12,3% em 2003, segundo o IBGE - para 11,6%, expansão de 3,5% da indústria geral, alta de 4,5% da renda real do trabalhador, IPCA fechando em 6%, IGP-M encerrando em 7%, e diminuição da taxa de juros de 16,25% para algo entre 13% e 14% até o final do ano. (Gazeta Mercantil - 24.03.2004) 8
Mendonça de Barros: Microeconomia, Selic e crise política atrapalharam
o ano O mercado
de câmbio mantém a pressão de compra sobre o dólar, que opera em leve
alta desde o início dos negócios. Às 12h11m, a moeda americana era negociada
por R$ 2,926 na compra e R$ 2,928 na venda, com valorização de 0,44%.
Ontem o dólar à vista fechou praticamente estável, cotado a R$ 2,913 na
compra e R$ 2,915 na venda. (O Globo On Line - 24.03.2004)
Internacional 1 Brasil vai exportar eletricidade para o Uruguai O MME fechou
um acordo, por enquanto verbal, com a empresa estatal uruguaia de energia
elétrica UTE para a exportação do insumo para o país. Os uruguaios estão
sendo afetados pelos problemas na Argentina - com gás natural insuficiente
para as usinas térmicas - e que, por conta disto, reduziu suas exportações
para o Uruguai. Executivos da UTE conseguiram o compromisso do Brasil
de exportar cerca de 70 MW/h durante pelo menos um mês para superar as
dificuldades de abastecimento do Uruguai, como informou o presidente da
empresa, Ricardo Scaglia. Ficou acertado que o Brasil dará uma quantidade
a ser definida de eletricidade, em reciprocidade a uma exportação que
o Uruguai fez para o Brasil em 2001. A forma de viabilizar o acordo entre
Brasil e Uruguai, técnica e legalmente, está agora sendo analisado pela
Aneel e pelo ONS. (Gazeta Mercantil - 24.03.2004) 2 UTE fecha acordo com Paraguai para compra de energia Para garantir
o abastecimento interno de energia, além de importar do Brasil, a empresa
estatal uruguaia de energia elétrica UTE também selou um acordo com o
governo Paraguaio com o objetivo de comprar outros 40 MW/hora, mas ainda
precisa negociar a passagem da energia pela Argentina. Com esse objetivo,
o presidente da empresa, Ricardo Scaglia e outras autoridades da empresa
estatal uruguaia viajam hoje para Buenos Aires e se encontram com o secretário
de Energia da Argentina, Daniel Camerón. A UTE tem contratos para o fornecimento
com a empresa argentina Comercializadora de Energia do Mercosul (Cemsa),
propriedade do grupo espanhol Endesa. O fornecimento contratado é de 338
MW/hora com três empresas: Central Térmica do Litoral (138), Central Térmica
do Nordeste Argentino (50) e Central Güemes (150). (Gazeta Mercantil -
24.03.2004) 3 UTE deve ligar turbinas geradoras reservas para manter abastecimento de energia A UTE deve ligar três turbinas geradoras consideradas reservas por seu alto custo de funcionamento. A utilização destas turbinas implica em uma despesa diária adicional de US$ 500 mil. Com as medidas adotadas, o presidente da empresa, Ricardo Scaglia descartou, pelo menos por enquanto, possíveis problemas de abastecimento de energia elétrica no país ou um aumento de tarifas. (Gazeta Mercantil - 24.03.2004) 4
Governo de Portugal espera terminar negociação dos CAE até 20 de Abril
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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