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IFE: nº 1.312 - 23 de março de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Lula irá definir mandatos dos presidentes das agências
2 Abar: Encaminhamento de texto na forma de MP preocupa agências
3 Brasil e Canadá firmam parceria na área de energia
4 Governo canadense espera definição do marco regulatório
5 APMPE demonstra preocupação com divulgação de VEs do Proinfa
6 Preço MAE continua em R$ 18,59 para todas as regiões

Empresas
1 Cemig prepara lançamento de R$ 1 bi
2 Grupo Rede se desfaz de usinas
3 Bandeirante Energia registra lucro de R$ 98,6 mi
4 Light intensifica campanha de cadastramento para baixa renda
5 Bioenergy recebe autorização para construção de usinas eólicas na Paraíba
6 Hidrelétrica Rio São Marcos atuará como produtora independente no RS
7 Curtas

Licitação
1 RioLuz
2 Cepel
3 Copel

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Capacidade de armazenamento está em 74,6% no Sudeste/Centro-Oeste
2 Volume de armazenamento do subsistema Sul chega a 61,6%
3 Subsistema Nordeste registra 76,1% da capacidade
4 Reservatórios do Norte apresentam índice de 84,8%
5 TRT suspende construção de linha de transmissão
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Alta nos custos diminui lucro da Comgás
2 Comgás teve aumento de 15,8% nas vendas
3 Presidente da Eletronuclear participa de reunião do Grupo Internacional de Segurança Nuclear da ONU
4 Curtas

Economia Brasileira
1 Saldo comercial ultrapassa os US$ 5 bi
2 Furlan: Exportações devem ultrapassar a barreira dos US$ 80 bi
3 Bird quer ampliar parcerias com o Brasil

4 Indústria está estagnada há 3 anos
5 TJLP não deverá ser reduzida
6 IPC-S tem ligeira desaceleração
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Gazprom estuda alternativas para levar gás natural à Europa
2 Gazprom prevê aumentar exportações em 20%

 

Regulação e Novo Modelo

1 Lula irá definir mandatos dos presidentes das agências

Está nas mãos do presidente Lula a decisão sobre se o mandato dos presidentes das agências reguladoras será ou não coincidente com o mandato do presidente da República. Os projetos de lei que vão definir o papel das agências estão praticamente prontos há duas semanas, mas falta bater o martelo nesta que é uma questão bastante polêmica. Haverá a unificação dos mandatos dos presidentes dos órgãos reguladores para 4 anos com uma única recondução. Lula terá que escolher se continuarão por períodos não coincidentes ou se a cada mudança de governo o presidente eleito poderá trocar o comando das agências. (Valor - 23.03.2004)

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2 Abar: Encaminhamento de texto na forma de MP preocupa agências

A possibilidade de que o texto que define o papel, a organização e o controle social das agências reguladoras seja encaminhado ao Congresso Nacional na forma de MP preocupa a Abar. A associação se mostrou surpresa desta possibilidade e diz que isso pode trazer mais insegurança ao mercado. No entanto, segundo informações da assessoria de imprensa da Casa Civil, o documento deve ser enviado na forma de projeto de lei para que haja maior discussão entre os parlamentares e a sociedade. Mesmo sem saber o teor do projeto de lei, Maria Augusta, presidente da Abar, diz que alguns pontos ainda preocupam as agências reguladoras. Uma seria os contratos de gestão. Na sua opinião, é difícil implantar um contrato de gestão para órgãos reguladores, já que eles não trabalham com metas fixas, mas com fiscalização e cumprimento de normas por parte dos agentes. Outro ponto que preocupa a Abar é a figura do ouvidor. A executiva, que ainda não teve acesso ao documento, diz que a implantação do ouvidor é preocupante, já que ele pode interferir nas decisões das agências. (Canal Energia - 22.03.2004)

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3 Brasil e Canadá firmam parceria na área de energia

Grandes grupos canadenses da área de petróleo e energia elétrica estão interessados em investir no Brasil, revelou ontem o ministro do Canadá, Gar Knutson. Citou a Hidro-Quebec, que avalia projetos de transmissão elétrica, e o grupo Brascan, com interesses em geração de energia. "São exemplos de grandes empresas que podem contribuir para o aumento das relações econômicas entre Brasil e Canadá", disse Knutson. Explicou que estas empresas poderão contar com o apoio da EDC, a agência de promoção das exportações canadenses. "O papel da EDC é nivelar as condições de concorrência com outras agências de crédito", disse Knutson. (Valor - 23.03.2004)

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4 Governo canadense espera definição do marco regulatório

Um dos pontos centrais para os investidores canadenses no Brasil é a definição dos marcos regulatórios, apontou Knutson. O ministro visitará ainda São Paulo, onde terá encontros com empresários, e Porto Alegre, onde manterá audiência com o governador gaúcho Germano Rigotto. A embaixadora do Canadá no Brasil, Suzanne Laporte, disse que há empresas canadenses de outros setores investindo no país. Knutson acredita que seja possível dobrar as relações econômicas entre Brasil e Canadá, incluindo comércio de bens e serviços e investimentos, em um período de cinco a dez anos. Hoje Brasil e Canadá tem um comércio pequeno, da ordem US$ 3 bilhões ao ano. (Valor - 23.03.2004)

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5 APMPE demonstra preocupação com divulgação de VEs do Proinfa

A APMPE (Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica) está preocupada com o rumo que o Proinfa está tomando. O principal motivo de preocupação é a definição dos valores econômicos para cada fonte integrante do programa - biomassa, eólica e pequena central hidrelétrica. Se confirmado, o valor econômico para biomassa ficaria na faixa de R$ 90 o MWh; para PCH, o preço estaria em R$ 113 o MWh; e para eólica, na faixa de R$ 170 a R$ 194 o MWh. Na avaliação da APMPE, se tais valores se confirmarem, os números ficaram abaixo dos valores divulgados em consulta pública e ratificados no estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas. Pelo estudo, o valor ficaria na faixa de R$ 92,58 a R$ 178,43, dependendo do combustível; de R$ 227,40 a R$ 254,15 para eólica; e R$ 127,77 para PCH. "Caso os números divulgados no mercado se confirmem, ocorrerá, sem dúvidas, a inviabilização de uma série de empreendimentos no país, colocando em risco o sucesso do Proinfa", segundo nota encaminhada pela associação. (Canal Energia - 23.03.2004)

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6 Preço MAE continua em R$ 18,59 para todas as regiões

O preço da energia elétrica no MAE permanece em R$ 18,59 para todas as cargas e submercados do país. Esta é a oitava semana consecutiva que não há mudanças no valor do MWh. Os valores são válidos para a semana que vai do dia 22 a 26 de março. (Canal Energia - 22.03.2004)

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Empresas

1 Cemig prepara lançamento de R$ 1 bi

A empresa de leasing do grupo Bradesco vai inaugurar o programa de emissão de debêntures, um sistema novo no Brasil, porém antigo no mercado internacional onde é conhecido como "shelf registration" - ou "registro de prateleira". A Cemig também prepara o lançamento de um programa, no valor de R$ 1 bilhão e prazo de 10 anos, mas ainda não protocolou o processo junto à CVM. (Valor - 23.03.2004)

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2 Grupo Rede se desfaz de usinas

O Grupo Rede, um dos principais investidores brasileiros do setor de energia elétrica, informou ontem que está disposto a se desfazer de alguns ativos na área de geração. Segundo fontes do mercado, a venda de usinas hidrelétricas faz parte do processo de reestruturação financeira do grupo, que teve início há cerca de dois anos. Um dos objetivos é fazer caixa para honrar o pagamento de dívidas que estão vencendo no curto prazo. O grupo decidiu concentrar suas forças na área de distribuição de energia elétrica e abandonar a geração. Isso significa que a empresa poderá se desfazer de todo o parque gerador instalado no País. O difícil, no entanto, será encontrar investidores interessados nos empreendimentos. (Jornal do Commercio - 23.03.2004)

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3 Bandeirante Energia registra lucro de R$ 98,6 mi

A política de austeridade e rigor na gestão da Bandeirante Energia já está rendendo resultados. No ano passado, a distribuidora registrou lucro de R$ 98,6 milhões, contra R$ 8,2 milhões em 2002. Para aumentar a eficiência operacional, a empresa também investe em ações de modernização e na aplicação de tecnologia da informação. Segundo Joaquim Silva Filipe, diretor-presidente da distribuidora, estas ações conjugadas permitiram que a empresa aumentasse o lucro líquido. As ações da empresa, de acordo com Filipe, permitiram ainda a redução do risco cambial e a diminuição do ágio no endividamento. (Canal Energia - 23.03.2004)

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4 Light intensifica campanha de cadastramento para baixa renda

A Light reforça a partir desta semana a campanha de esclarecimento sobre os novos critérios de baixa renda. Pelas novas regras, consumidores na faixa de 80 a 220 kWh precisam comprovar participação em um dos programas sociais do governo federal e ter renda não superior a R$ 100 para ter direito ao desconto na tarifa de energia elétrica. O trabalho inclui a distribuição de folhetos explicativos para consumidores de baixa renda, divulgação de informações sobre o benefício em rádios comunitárias e em carros de som e disponibilização de funcionários especializados nas agências de atendimento próximas às comunidades de baixa renda. (Canal Energia - 22.03.2004)

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5 Bioenergy recebe autorização para construção de usinas eólicas na Paraíba

A Aneel autorizou a construção de 15 usinas eólicas que acrescentarão mais 67,5 MW à capacidade de geração de energia elétrica da Paraíba. A Bioenergy Geradora de Energia Ltda será responsável pelos empreendimentos. A empresa atuará como produtora independente e, portanto, poderá comercializar livremente a energia elétrica gerada pelas novas usinas, orçadas em cerca de R$ 168,7 milhões. Eles devem entrar em operação comercial até novembro de 2005. Como essas usinas têm, individualmente, capacidade instalada menor que 30 MW, elas terão direito à redução de 50% nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão (Tust) e distribuição (Tusd), conforme dispõe o art. 22 da Resolução Aneel n° 281/99. (NUCA-IE-UFRJ - 23.03.2004)

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6 Hidrelétrica Rio São Marcos atuará como produtora independente no RS

A empresa Hidrelétrica Rio São Marcos Ltda. está autorizada a atuar como produtora independente com a construção de pequena central hidrelétrica (PCH) Rio São Marcos, localizada entre os municípios Caxias do Sul e São Marcos, no Rio Grande do Sul. A usina vai operar com 2,2 MW de potência, e deverá entrar em operação até 30 de agosto. O investimento previsto para o empreendimento é de R$ 3,5 milhões. (NUCA-IE-UFRJ - 23.03.2004)

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7 Curtas

A Companhia Minas da Passagem foi autorizada a transferir a concessão da pequena central hidrelétrica Bicas (PCH) para a empresa OPM Empreendimentos Ltda. A usina está localizada no município de Mariana (MG), e tem potência instalada de 22,4 MW. (NUCA-IE-UFRJ - 23.03.2004)

A Aneel estabeleceu em 14,94 MW médios a energia assegurada da PCH Mata Velha, localizada entre os municípios mineiros de Cabeceira Grande e Unaí. Também foi definido o montante de 7,60 MW médios para a PCH São Gonçalo, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG); e de 1,49 MW médios para a pequena central hidrelétrica Salto Donner, localizada no município de Doutor Pedrinho (SC). (NUCA-IE-UFRJ - 23.03.2004)

A Celpe (PE) inaugura nesta terça-feira, dia 23 de março, o Espaço Educacional Parceiros da Energia, que servirá para orientar a sociedade sobre formas de reduzir o desperdício da energia elétrica. (Canal Energia - 22.03.2004)

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Licitação

1 RioLuz

A RioLuz licita execução de serviços de manutenção preventiva, corretiva e de emergência em grupos de geradores. O prazo para a realização das propostas termina no próximo dia 26 e o preço do edital é de R$ 6,00. (Canal Energia - 22.03.2004)

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2 Cepel

O Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel) abre processo para aquisição de dois sistemas de medição, sendo um deles para a finalidade de medição do fator de perdas e outro para a medição de descargas parciais. O prazo termina em 3 de maio. (Canal Energia - 22.03.2004)

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3 Copel

A Copel abre licitação para execução de serviços de manutenção preventiva e corretiva, operação do sistema de redes de distribuição de energia elétrica e de subestações, inspeção de redes e atendimento emergencial nas gerências de Pato Branco, Cascavel e Foz do Iguaçu. O prazo vai até 5 de abril. (Canal Energia - 22.03.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Capacidade de armazenamento está em 74,6% no Sudeste/Centro-Oeste

O volume de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 74,6%, índice 45,2% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento teve um acréscimo de 0,3% em um dia. As hidrelétricas de Itumbiara e Nova Ponte apresentam 97,2% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 22.03.2004)

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2 Volume de armazenamento do subsistema Sul chega a 61,6%

O subsistema Sul registra 61,6% da capacidade, aumento de 0,1%. A hidrelétrica de Salto Santiago apresenta volume de 58,2%. (Canal Energia - 22.03.2004)

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3 Subsistema Nordeste registra 76,1% da capacidade

Os reservatórios do Nordeste apresentam índice de 76,1%, volume 38,1% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo de 1,1% em comparação com o dia anterior. A usina de Sobradinho apresenta 78 % da capacidade. (Canal Energia - 22.03.2004)

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4 Reservatórios do Norte apresentam índice de 84,8%

A capacidade de armazenamento está em 84,8% no subsistema Norte. A hidrelétrica de Tucuruí registra 98% do volume. (Canal Energia - 22.03.2004)

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5 TRT suspende construção de linha de transmissão

O TRT da 10ª Região concedeu liminar suspendendo as obras de construção da linha de transmissão de energia elétrica Norte-Sul. A linha vai da Usina de Serra da Mesa (GO) até Imperatriz (MA) e faz parte dos projetos do governo para ampliar a rede de distribuição e evitar os "apagões". O juiz justificou a decisão, alegando que os trabalhadores estão sofrendo com "falta de segurança" nas obras. (Valor - 23.03.2004)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Alta nos custos diminui lucro da Comgás

A alta nos custos foi o principal fator de pressão no balanço da distribuidora de gás paulista Comgás em 2003, segundo seu superintendente de controladoria, Luiz Cláudio Ribeiro. A empresa teve lucro líquido de R$ 103,471 milhões, com queda de 4% na comparação com o ano anterior. Os custos com gás passaram de R$ 748,722 milhões para R$ 1,446 bilhão. O executivo explicou que esse aumento embute uma compra maior de gás por parte da companhia e um impacto sobre estoques gerado ainda em 2002. Segundo Ribeiro, a volatilidade do câmbio ao final daquele ano fez com que os estoques da Comgás ficassem superavaliados. A compra maior em dólares em 2002, no entanto, foi apropriada a custos somente no ano seguinte. (A Notícia - 23.03.2004)

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2 Comgás teve aumento de 15,8% nas vendas

A Comgás vendeu mais gás em 2003, com elevação de 15,8% nos volumes, para 3,418 bilhões de metros cúbicos. Como está limitada a comprar apenas 1,1 bilhão de metros cúbicos por ano de gás nacional, mais barato, as aquisições do gás boliviano para revenda, mais caras, subiram. O superintendente comentou ainda que, no ano passado, o gás nacional valia cerca de 20% menos que o boliviano. Sobre a possibilidade de diminuição de custos, com queda no preço pago pelo gás da Bolívia, o executivo contou que as negociações entre a Petrobras e os bolivianos não estão encerradas. A Comgás compra seu insumo da estatal, e não diretamente da Bolívia. A companhia também cita como positiva a descoberta de uma grande reserva na Bacia de Santos para a diluição dos custos. Na avaliação de Ribeiro, essa reserva pode inclusive elevar o poder de barganha da Petrobras junto aos bolivianos. (A Notícia - 23.03.2004)

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3 Presidente da Eletronuclear participa de reunião do Grupo Internacional de Segurança Nuclear da ONU

O Presidente da Eletronuclear, Zieli Dutra Thomé Filho, participará pela segunda vez, como Vice-Presidente, da reunião do Grupo Internacional de Segurança Nuclear (International Nuclear Safety Group - INSAG), ligado à ONU. O encontro acontecerá de 24 a 26 de março e na ocasião serão definidos critérios globais de segurança que servirão como recomendação para os 441 reatores nucleares em operação no mundo. O Grupo é formado por 12 grandes especialistas no campo nuclear, presididos pelo Presidente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, que trocam experiências e atualizam recomendações para melhorar a segurança dos reatores. (NUCA-IE-UFRJ - 23.03.2004)

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4 Curtas

A Electron Centrais Elétricas Ltda. teve sua situação regularizada e vai atuar como produtora independente de energia com a exploração da termelétrica Santa Olinda, de 4,6 MW de potência, localizada no município de Sidrolândia (MS). (NUCA-IE-UFRJ - 23.03.2004)

A Agência autorizou as empresas Cosan S/A Indústria e Comércio e Usina Caeté S/A a ampliarem a capacidade instalada das termelétricas Diamante e Volta Grande, respectivamente. A usina Diamante, localizada em São Paulo, passará a ter 40 MW de potência instalada. A térmica Volta Grande terá mais uma unidade geradora, totalizando 54,9 MW de capacidade instalada. (NUCA-IE-UFRJ - 23.03.2004)

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Economia Brasileira

1 Saldo comercial ultrapassa os US$ 5 bi

O saldo comercial brasileiro passou de US$ 5 bilhões na semana passada. Em 2003, foi preciso esperar até a 18ª semana (seis a mais) para conseguir ultrapassar o mesmo valor. Nas primeiras 12 semanas deste ano (54 dias úteis), as exportações superaram as importações em US$ 5,110 bilhões. O saldo acumulado no ano é 65,53% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 3,087 bilhões). O desempenho da balança neste primeiro trimestre surpreende o próprio Ministério do Desenvolvimento. No final do ano passado, o ministro Furlan previu que as exportações não cresceriam tão rápido quanto as importações. (Folha de São Paulo - 23.03.2004)

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2 Furlan: Exportações devem ultrapassar a barreira dos US$ 80 bi

Luiz Fernando Furlan afirmou em São Paulo, que devemos ultrapassar a meta deste ano para a balança comercial, de US$ 80 bilhões, com folga. "E em 2006 chegaremos aos US$ 100 bilhões", completou. Furlan afirmou também que o grande desafio do Brasil será de 2005 para frente. "Em 2004, teremos crescimento de 1,5% a 2% no mercado interno e de mais 1,5% a 2% nas exportações". Furlan ainda apelou aos empresários presentes que evitassem o excesso de pessimismo, visto nos últimos 60 dias. Segundo ele, não há nenhum motivo concreto nos eventos políticos ocorridos que justifiquem uma mudança de ânimo do setor privado. O fato, ressaltou Furlan, é que existe uma série de pontos que favorecem a atração de investimentos. O capital externo continua a vir para o Brasil, o câmbio está estabilizado, o preço das commodities no mercado mundial tem ajudado a economia brasileira e a inflação está sob controle, disse. O Brasil está retomando o crescimento e a reativação da economia refletirá em mais renda, mais emprego e, consequentemente, abrirá caminho para a retomada de investimentos, disse Furlan. (Gazeta Mercantil - 23.03.2004)

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3 Bird quer ampliar parcerias com o Brasil

O Banco Mundial reafirmou a intenção de aumentar os investimentos no Brasil e de firmar parcerias que resultem no crescimento econômico. A diretora do Banco, Mamphela Ramphele, se reuniu com o presidente Lula para discutir mecanismos que podem ser implementados pelo governo brasileiro para aumentar os recursos aplicados no País. "Os investimentos são fundamentais para o crescimento econômico. Ao mesmo tempo, melhoram a eficiência do uso de recursos", disse a diretora. A parceria do Banco Mundial com o Brasil não vai se resumir a recursos financeiros. Embora o organismo tenha como previsão investir US$ 2 bilhões no País nos próximos anos, Mamphela Ramphele ressaltou que serão reforçadas as parcerias para troca de conhecimento e apoio técnico, inclusive na área de infra-estrutura. (Gazeta Mercantil - 23.03.2004)

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4 Indústria está estagnada há 3 anos

Os ganhos de produtividade no conjunto da indústria de transformação estão estagnados há três anos. Como conseqüência do baixo crescimento econômico, a indústria reduziu investimentos em modernização produtiva e inovação tecnológica. Entre 1992 e 2000, a produtividade do trabalho no setor acumulou um ganho de 65,5%, superior ao de países como Estados Unidos e Taiwan. Desde 2001, o quadro é de leve declínio: a eficiência produtiva recuou por três anos consecutivos, caindo 0,7% até 2003, segundo série produzida pelo BC. A estatística cruza a produção física da indústria, medida pelo IBGE, com a série de horas trabalhadas na indústria de transformação calculada pela CNI. Essa estagnação, dizem especialistas, fez aumentar, de novo, a defasagem tecnológica do Brasil em relação ao exterior, comprometendo parte do esforço feito nos anos 90. Os ganhos expressivos acumulados na década de 90 foram duplamente estimulados pela abertura, diz Renato da Fonseca, da CNI. A abertura forçou a concorrência e permitiu o acesso a bens de capital mais modernos e mais baratos, pelo efeito cambial. (Valor - 23.03.2004)

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5 TJLP não deverá ser reduzida

O Ministério da Fazenda e o BC não receberam bem o pedido do presidente do BNDES, Carlos Lessa, para que o CMN reduza a TJLP na reunião desta semana. Pelos critérios técnicos, não haveria espaço hoje para o governo cortar a TJLP. Embora Lessa tenha encaminhado o pleito a Meirelles, a taxa é definida trimestralmente pelo CMN, presidido pelo ministro Palocci e composto também pelo ministro Mantega e pelo presidente do BC. Fazenda e BC defendem que a taxa seja definida de acordo com os critérios técnicos. A TJLP é calculada segundo a taxa de risco-país e as metas de inflação do país. Na última vez em que o CMN definiu a TJLP, no dia 17 de dezembro, a conta era mais simples do que a que será feita neste mês. A taxa entraria em vigor em janeiro. Como a meta de inflação para 2004 é de 5,5%, esse foi o peso da inflação no cálculo. Pelos critérios técnicos, o governo teria de aumentar a taxa ou no mínimo mantê-la em 10% ao ano. Se reduzi-la, o CMN poderá passar ao mercado a impressão de que cedeu a pressões políticas. (Folha de São Paulo - 23.03.2004)

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6 IPC-S tem ligeira desaceleração

O IPC-S, apurado pela FGV, no período de 16 de fevereiro a 15 de março, registrou variação positiva de 0,47%, com queda de 0,01 ponto percentual, praticamente estável em relação à divulgação da semana anterior, quando fixou alta de 0,48%. Dentre as 12 capitais pesquisadas, sete apresentaram desaceleração de preços. O maior recuo, de 0,44 ponto percentual, foi apurado em Curitiba, fixando uma variação positiva de 0,57%. A menor taxa foi fixada no Rio de Janeiro, com aumento de 0,20%, e a maior, no Recife, com aumento de 1,17%. (Gazeta Mercantil - 23.03.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera próximo da estabilidade nos negócios desta manhã tranqüila no mercado interbancário. Às 11h18m, a moeda americana era negociada por R$ 2,909 na compra e R$ 2,911 na venda, com baixa de 0,06%. Ontem, depois de uma sessão apática e de negócios reduzidos, o dólar comercial fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 2,911 na compra e R$ 2,913 na venda. A pressão foi atribuída à influência negativa do mercado internacional, às voltas com o temor de novos ataques terroristas. (O Globo On Line - 23.03.2004)

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Internacional

1 Gazprom estuda alternativas para levar gás natural à Europa

A Rússia procura por novos caminhos para transportar seu gás natural à Europa sem passar pelos territórios da Bielo-Rússia e da Ucrânia, seus aliados naturais, mas também seus sócios menos confiáveis. A criação de vias alternativas para transportar gás à Europa é um dos objetivos estratégicos do gigante russo Gazprom, que monopoliza a produção, transporte e distribuição do produto. O objetivo é criar uma rede de gasodutos que permita a Gazprom exportar gás para a Europa sem ter de transportá-lo por território dos países europeus da CEI, em especial Bielo-Rússia e Ucrânia. (Gazeta Mercantil - 23.03.2004)

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2 Gazprom prevê aumentar exportações em 20%

Atualmente, a Gazprom, com receitas anuais de US$ 16,5 bilhões, fornece gás a 25 países europeus e prevê aumentar suas exportações em 20%. No entanto, para concretizar seus objetivos precisa se tornar independente, em termos de transporte, da Bielo-Rússia e Ucrânia, por onde passam hoje os gasodutos. Freqüentemente os dois países tentam mudar as condições de utilização do gasoduto, usando-o como ferramenta de pressão contra a Gazprom. A Gazprom necessita de uma via alternativa para a Europa que reforce suas posições nas futuras negociações com a Turquia. Já está quase pronto o gasoduto Yamal-Europa, que, embora passe em parte pelo território bielo-russo, pertencerá exclusivamente à Gazprom. Seu início de operação é esperado para este ano e as obras já estão quase terminadas. Calcula-se que sua capacidade de transporte será de 33 bilhões de m³ por ano, suficiente para garantir os fornecimentos para países da Europa Oriental e Ocidental. O projeto mais ambicioso é o gasoduto Norte-europeu, que a Rússia pretende construir de São Petersburgo para a Alemanha. Este gasoduto, que uniria diretamente a Rússia à rede européia, custaria mais de US$ 5,7 bilhões e para 2007-2008 seria capaz de transportar 20 bilhões de m³ por ano. (Gazeta Mercantil - 23.03.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Bruno Schröder

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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