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IFE: nº 1.311 - 22 de março de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Abradee: Gastos com estrutura do SE chegam a 10% do valor da conta
2 CBIE: Tamanho da infra-estrutura do SE aumenta os custos burocráticos
3 Abradee: Recursos são desviados para outros fins
4 Novos padrões de baixa renda podem aumentar conta de luz
5 Distribuidoras querem obrigar prefeituras a cobrar a taxa de iluminação
6 Operações do MAE em janeiro registraram R$ 326,8 mi
7 Submercados Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Norte também aumentam valor de negociações
8 Abrage cria grupo de estudo para analisar MRE
9 MME: Condições de financiamento do Proinfa são concluídas
10 Executivos acham condições do Proinfa interessantes, mas não suficientes
11 Conama discute metodologia para cobrança de compensação ambiental
12 Ibama: Compensação de hidrelétricas não passa de 3%
13 Distribuidoras reclamam do atraso no repasse da CVA
14 BNDES: Créditos aprovados no valor de R$ 1,4 bi

Empresas
1 Justiça proíbe Cemig de cortar energia
2 EDP devolve concessão de usina hidrelétrica
3 Caemi tem lucro de R$ 442 mi em 2003
4 Chesf obteve crédito de R$ 112,6 mi no MAE
5 Celpe tem ganhos de R$ 20,7 mi no MAE em janeiro
6 Tractebel registra lucro de R$ 517,2 mi em 2003
7 Tractebel vai esperar regulamentação para retomar investimentos
8 Alliant espera reverter situação contra a Cataguazes-Leopoldina

9 Celesc deve receber R$ 140 mi da CVA

10 Copel espera receber R$ 180 mi da CVA

11 Celg faz mapeamento do sistema elétrico

12 Elektro espera reorganização dos ativos da Enron

13 AES Sul propões grupamento de ações

Licitação
1 Copel
2 Chesf
3 Cepisa

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios do NE melhoram situação
2 Reservatórios da região Norte tem apresentado recuperação
3 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 CSPE revisa proposta tarifária da COMGÁS e submete à Audiência Pública
2 Petrobras reavalia plano estratégico de investimentos
3 Petrobras entra na Gasmig
4 Ucrânia e Brasil costuram parceria para produção de turbinas a gás
5 Angra 2 vai permanecer desligada até o dia 8 de abril

Grandes Consumidores
1 Belgo-Mineira registra lucro de R$ 782,2 mi

Economia Brasileira
1 Lessa quer mais ousadia dos empresários
2 BNDES solicita ao BC redução da TJLP

3 Lessa quer que TJLP acompanhe quedas da Selic
4 AEB projeta para cima saldo das exportações
5 Captações externas caem em março
6 Mercado: BC deve voltar à prática de redução de juros
7 Meirelles: Política econômica criou condições para crescimento
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Governo da Argentina culpa empresas produtoras e distribuidoras de gás por crise energética
2 Demanda de energia na Argentina teve crescimento de 8% em 2003
3 Brasil vai auxiliar Argentina para evitar problema de abastecimento de energia
4 UTE recorre a usinas geradoras reservas para manter abastecimento de energia no Uruguai
5 EDP nega negociações com EnBW

 

Regulação e Novo Modelo

1 Abradee: Gastos com estrutura do SE chegam a 10% do valor da conta

Sete órgãos regulam, fiscalizam e planejam o mercado de energia elétrica do país. E quem financia grande parte dessa infra-estrutura, uma das maiores entre os setores produtivos da economia, é o consumidor. Levantamento da Abradee mostra que, de uma conta de luz de R$ 100, o usuário paga quase R$ 10 de encargos que ajudam a sustentar o pleno funcionamento dessa engrenagem. Esse cálculo não inclui o seguro-apagão, taxa emergencial criada depois do racionamento, que incha a conta em outros 2,5%. (Jornal do Brasil - 22.03.2004)

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2 CBIE: Tamanho da infra-estrutura do SE aumenta os custos burocráticos

Apenas três das organizações que integram o setor elétrico - Aneel, ONS e o MAE - vão consumir R$ 404,1 milhões este ano. É mais do que a verba disponível para o Ministério do Desenvolvimento Econômico e Social neste ano (R$ 381,4 milhões). A estrutura do setor cresceu no começo deste mês, com a criação de duas novas empresas, previstas pelo novo modelo do setor elétrico. A EPE e a CCEE. O tamanho da atual infra-estrutura do setor elétrico aumenta os custos burocráticos que, direta ou indiretamente, acabam indo parar na tarifa paga pelo consumidor. A avaliação é de Adriano Pires, diretor do CBIE. Para Tolmasquim, essa estrutura é necessária. Segundo ele, o que o novo modelo do setor elétrico fez foi definir melhor as funções de cada órgão ou empresa do setor. (Jornal do Brasil - 22.03.2004)

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3 Abradee: Recursos são desviados para outros fins

Apesar de os recursos para o funcionamento dos órgãos e empresas responsáveis pelo funcionamento do setor elétrico saírem do bolso do consumidor, algumas vezes são desviados para outros fins por determinação do governo. O diretor técnico da Abradee, Fernando Maia, afirma que, no ano passado, os recursos destinados à Aneel foram contigenciados em quase 50% pelo governo. Os recursos saem da Taxa de Fiscalização, cobrada das distribuidoras. No caso da Cerj, distribuidora do Estado do Rio, a taxa corresponde a 1,7% dos valores cobrados nas contas de luz. "O que não pode é o governo usar para pagar dívidas o dinheiro que o consumidor gasta para que a Aneel fiscalize o setor elétrico" diz Maia. (Jornal do Brasil - 22.03.2004)

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4 Novos padrões de baixa renda podem aumentar conta de luz

Os novos padrões de classificação do consumidor de baixa renda poderão deixar a conta de luz de cinco milhões de residências mais caras, segundo cálculos baseados em dados da Aneel. O fim do subsídio poderá elevar ainda mais a inadimplência entre os clientes. Hoje, segundo dados da Aneel, são beneficiados pelas tarifas de baixa renda cerca de 17 milhões de consumidores, que ganham descontos de até 65% na tarifa. Desses, 12 milhões terão enquadramento automático à tarifa subsidiada porque têm consumo médio inferior a 80 kWh por mês. Mas as novas regras exigem que quem consome na faixa de 80 a 220 kWh por mês comprove a necessidade do subsídio. Para controlar a tendência de aumento da inadimplência, as empresas concessionárias de energia pensam em adotar o sistema de cartão pré-pago para o consumo de eletricidade. As empresas aguardam a autorização da Aneel para adotar definitivamente o sistema, além de uma sinalização positiva de potenciais clientes, que teriam de estar dispostos a pagar mais caro para evitar a inadimplência. (Valor - 22.03.2004)

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5 Distribuidoras querem obrigar prefeituras a cobrar a taxa de iluminação

As distribuidoras de energia elétrica estão entrando na Justiça para, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, obrigar as prefeituras a implementar a Contribuição de Iluminação Pública (CIP) - a chamada taxa de iluminação -, criada por emenda constitucional no fim de 2002. Concebidas como a solução para o alto débito das prefeituras com o serviço - que chegou a R$ 800 milhões em 2002 -, a taxa ainda não representa o sucesso esperado, já que somente cerca de 20% das cidades estão com o novo tributo em vigor.Na Justiça paulista já há no mínimo seis ações que pretendem obrigar as cidades a criar o tributo para quitarem os débitos com as distribuidoras de energia. Segundo o advogado Marcelo Zanetti, do Emerenciano, Baggio e Associados e responsável por essas ações, ainda não há nenhuma decisão de mérito, mas há resultados. Ele afirma que, dos 534 municípios do Estado de São Paulo, apenas 18% - ou 96 cidades - já cobram a taxa. Outras 30% já possuem a lei mas ainda não a regulamentaram. (Valor - 22.03.2004)

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6 Operações do MAE em janeiro registraram R$ 326,8 mi

As operações de compra e venda no MAE em janeiro passado atingiram R$ 326,84 milhões, o que representa mais de 62% do valor negociado durante todo o ano de 2003. A razão para o salto no volume contabilizado foi o baixo índice nos reservatórios das hidrelétricas do Nordeste, que levaram o ONS a determinar a entrada em operação das usinas emergenciais. Como o valor da energia gerada nessas térmicas ajuda a compor o preço do MAE, o custo do MWh atingiu o pico de R$ 412,83 no submercado e uma média de R$ 294,09. (Gazeta Mercantil - 22.03.2004)

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7 Submercados Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Norte também aumentam valor de negociações

Não foram apenas os agentes que operam no Nordeste elevaram o valor de suas negociações no MAE, mas também os dos submercados Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Norte. O Agente Comercializador da Energia de Itaipu (ACEI), vinculado à Eletrobrás, teve que pagar por uma dívida de R$ 50,9 milhões por suas operações no MAE. Já a Cemig registrou um valor negativo de R$ 21,8 milhões. A Cesp verificou dívida de R$ 16,5 milhões e a Eletronorte pagou R$ 15,7 milhões pelas negociações no mercado. Todas são integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), que tenta reduzir o risco das hidrelétricas. Pelo mecanismo, uma usina compensa a menor geração de outra em caso de risco hidrológico, como foi o caso da Chesf em janeiro. Na contabilização, o MAE verifica as operações e estabelece que as geradoras que receberam a energia paguem um valor de pouco mais de R$ 5 por MWh às empresas que doaram a energia. No caso de exposição negativa das empresas que doaram energia, as perdas são aliviadas por meio da utilização do excedente financeiro verificado no MAE. (Gazeta Mercantil - 22.03.2004)

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8 Abrage cria grupo de estudo para analisar MRE

A divisão dos custos com o MRE gerou dúvidas entre as geradoras. Por conta disso, a Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage) criou um grupo de estudo para analisar a questão. "Os volumes vultuosos geraram dúvidas, já que no racionamento foi diferente, sobretudo a formação dos preços", disse Flávio Neiva, presidente da associação. Para ele, as empresas chegaram a questionar se deveriam pagar os valores, mas a associação preferiu não omitir opinião e os agentes acabaram pagando. A liquidação das operações de janeiro teve adimplência de 99,92%. (Gazeta Mercantil - 22.03.2004)


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9 MME: Condições de financiamento do Proinfa são concluídas

O MME parece ter finalmente concluído o principal ponto que emperrava a implantação do Proinfa. O MME finalizou as condições de financiamento com o BNDES para os projetos que forem incluídos no Proinfa, segundo executivos que acompanham a regulamentação do negócio. Segundo informações deles do MME, a forma de financiamento seria a seguinte: taxa TJLP mais 2,5%, com amortização de 10 anos e 2,5 anos de carência a contar do início da operação do projeto. As garantias seriam dadas pela Eletrobrás e o BNDES entraria com financiamento de 70% do valor dos projetos. Os outros 30% seriam de recursos próprios do empreendedor. Além disso, as condições de financiamento estabeleceriam ainda que, durante a construção dos projetos, os investidores teriam que dar garantias reais. Os empreendedores teriam uma cobertura de risco de 1,3%. (Canal Energia - 22.03.2004)

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10 Executivos acham condições do Proinfa interessantes, mas não suficientes

Na avaliação de executivos do setor, as condições propostas são diferenciadas e interessantes, mas não seriam suficientes para atrair os investidores, principalmente os de energia eólica. O principal motivo para isso estaria na definição dos valores econômicos para cada fonte alternativa integrante do Proinfa. Os VEs ficariam abaixo dos apresentados em consulta pública realizada pelo MME, em julho passado. Se confirmado, o valor econômico para biomassa ficaria na faixa de R$ 90 o MWh (este valor seria unificado para todos os combustíveis); para PCH, o preço estaria em R$ 113 o MWh; e para eólica, na faixa de R$ 170 a R$ 194 o MWh. Os valores teriam como base dados de dezembro de 2003. Como justificativa para reduizir os VEs, o MME se baseia na atratividade do financiamento que seria oferecido aos investidores. (Canal Energia - 19.03.2004)

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11 Conama discute metodologia para cobrança de compensação ambiental

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) começa a discutir a instrução normativa do Ibama para definir os valores da compensação ambiental de projetos. O documento contém os procedimentos metodológicos a serem adotados na análise do grau de impacto provocado pelos empreendimentos. Segundo a entidade, o objetivo é deixar claro os aspectos levados em consideração na hora de calcular a compensação ambiental dos projetos. Pela legislação em vigor, o ressarcimento mínimo é de 0,5% do custo total do empreendimento. Muitos investidores argumentam que a não existência de um teto para o valor pode inviabilizar muitos projetos. (Canal Energia - 19.03.2004)

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12 Ibama: Compensação de hidrelétricas não passa de 3%

Informações do Ibama mostram que o teto para compensação ambiental não ultrapassa 5% do custo da obra. Para as hidrelétricas, o pagamento não passa de 3%. A entidade explica que esse ressarcimento compõe o custo ambiental das unidades. Em alguns casos, diz o Ibama, o valor desembolsado pelos investidores pode chegar a 10%, com a inclusão de programas ambientais. Com o estabelecimento da metodologia e a obtenção de licenciamento prévio antes da licitação dos projetos do setor elétrico, a expectativa do Ibama é ter uma adequação do custo ambiental. O valor da compensação ambiental, explica o Ibama, será conhecido antes da entrada da iniciativa privada. Com isso, os impactos podem ser mitigados para reduzir a cobrança. (Canal Energia - 19.03.2004)

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13 Distribuidoras reclamam do atraso no repasse da CVA

As distribuidoras de energia estão descontentes com a demora no repasse da Conta para CVA. Para parte das empresas de distribuição, o atraso causa impactos financeiros ou atraso no plano de investimentos. A crítica mais incisiva vêm das estatais deste segmento, Celesc e Copel, que questionam o tratamento diferenciado dado às empresas públicas e privadas. As duas estatais reclamam da diferença de tratamento dado pelo governo federal. Por considerarem indiferente a postura do MME sobre à questão, as estatais estão discutindo solução diretamente com o Ministério da Fazenda. (Canal Energia - 19.03.2004)

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14 BNDES: Créditos aprovados no valor de R$ 1,4 bi

Segundo o BNDES já foram aprovados crédito no valor de R$ 1,4 bilhão para 21 distribuidoras. Desse total, já foram liberados cerca de R$ 545 milhões, segundo a assessoria do banco. Em análise de liberação de recursos estão outros R$ 532 milhões. De acordo com a assessoria do BNDES, ainda há empresas do setor cujos repasses estão em processo de consulta, sem entrada do pedido oficial de liberação. O banco não revela, porém, quais distribuidoras estão em processo de análise ou de consulta. O montante total se ser liberado pelo BNDES deve ficar em R$ 2,1 bilhão, mas o banco não revelou qual o prazo para conclusão do processo. Entre as empresas que já tiveram os recusos aprovados estão a Cemig (R$ 322,19 milhões), a CPFL (R$ 196,84 milhões) e a Light (R$ 157,66 milhões). (Canal Energia - 19.03.2004)

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Empresas

1 Justiça proíbe Cemig de cortar energia

As entidades públicas ou particulares prestadoras de serviço público essencial à coletividade não podem ficar sem energia elétrica, mesmo se não pagarem a conta. O Tribunal Regional Federal manteve decisão liminar que proíbe a Cemig de suspender ou mesmo ameaçar o corte de energia dessas entidades, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia. Escolas, hospitais e postos de saúde são exemplos de entidades que estão imunes de cortes. A ação foi proposta pela Procuradoria da República no município de Uberlândia, órgão do Ministério Público Federal (MPF), contra a Cemig e contra a Aneel . A decisão vale para 39 municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. (Estado de Minas - 22.03.2004)

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2 EDP devolve concessão de usina hidrelétrica

A EDP Brasil decidiu devolver a concessão da usina hidrelétrica de Couto Magalhães, no rio Araguaia, entre os Estados de Goiás e Mato Grosso. É um empreendimento de 150 MW que demanda investimentos superiores a R$ 250 milhões. O presidente da EDP Brasil, António Martins da Costa, explica que o motivo da devolução é falta de licença ambiental. O Ibama, segundo o executivo, pediu um novo estudo de impacto ambiental. "Se for para fazer o estudo novamente, preferimos não fazer a obra", diz. "Não há um carimbo proibindo o rio de abrigar projetos do gênero, apenas achamos que os estudos têm de ser melhor embasados", explica Luiz Felippe Kunz, coordenador geral de licenciamento do Ibama. O estudo que a EDP fez para Couto Magalhães se restringe, segundo o Ibama, à área onde seria construída a usina - próximo à nascente do rio. Agora, diz Kunz, o órgão ambiental exige que se faça um estudo em toda a extensão da Bacia do Araguaia. "Não devemos correr riscos de ter impactos depois de a obra estar concluída", acrescenta. (Valor - 22.03.2004)

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3 Caemi tem lucro de R$ 442 mi em 2003

A mineradora Caemi, quarta maior do mundo e controlada pela Companhia Vale do Rio Doce, reverteu o prejuízo de 2002 e fechou o ano passado com lucro recorde de R$ 442 milhões, mesmo com um quarto trimestre mais fraco do que o previsto pela maioria dos analistas. (Valor - 22.03.2004)

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4 Chesf obteve crédito de R$ 112,6 mi no MAE

A Chesf, apesar de ter despachado menos energia, obteve créditos de R$ 112,6 milhões em janeiro. Vendeu energia cara para as geradoras que tinham contratos no Nordeste e comprou energia barata do Sul e Sudeste para seus clientes. O superintendente de comercialização da Chesf, José Carlos Faria, explica que os contratos em outros submercados funcionam como um mecanismo de gestão de risco, que possibilita a proteção financeira em situações de exceção, assim como a sobra estratégica de energia que a Chesf mantém. A estratégia foi adotada depois de a companhia ter de pagar R$ 900 milhões no mercado atacadista no racionamento de 2001. "Tínhamos toda a energia contratada, e nos submercados que sofreram o racionamento", explica. (Gazeta Mercantil - 22.03.2004)

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5 Celpe tem ganhos de R$ 20,7 mi no MAE em janeiro

A Celpe conseguiu fechar janeiro com ganhos expressivos no mercado atacadista, de R$ 20,7 milhões, com a venda de 74 GWh. O gerente comercial da companhia, Ricardo Galindo, diz que os valores obtidos em janeiro desaparecerão quando forem contabilizadas as operações de fevereiro. "O resultado foi obtido por conta de uma retração de mercado, pois as chuvas de janeiro e a queda da temperatura inibiram o consumo". Segundo ele, o mercado ficou 7,5% abaixo do previsto, o que acarretou a oferta de 54 GWh a mais no MAE. "Os R$ 20 milhões são resultado da entrada das emergenciais no sistema, que gerou elevação dos preços no MAE", afirma, acrescentando que se as usinas não tivessem sido acionadas, os ganhos ficariam em R$ 13 milhões. (Gazeta Mercantil - 22.03.2004)

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6 Tractebel registra lucro de R$ 517,2 mi em 2003

Os resultados financeiros da Tractebel no Brasil melhoraram. No ano passado, a companhia teve um lucro de R$ 517,2 milhões contra perda de R$ 183,5 milhões em 2002. Segundo Zaroni, uma somatória de fatores propiciou essa reversão do quadro financeiro. "Houve aumento de produção de energia, novos contratos e estabilidade do Real", enumera. Esse resultado é mais representativo devido à descontratação de 25% da energia em 2003. (Canal Energia - 19.03.2004)

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7 Tractebel vai esperar regulamentação para retomar investimentos

A Tractebel Energia não fará investimentos em novos projetos em 2004. O presidente da empresa, Manoel Zaroni, diz que aguardará a regulamentação do modelo do setor elétrico para avaliar a atratividade para novos projetos. A geradora tem quatro projetos em carteira, que totalizam quase 2 mil MW de capacidade instalada. Em dois deles, os investimentos chegam a R$ 1,52 bilhão. "Acredito na competência do Ministério de Minas e Energia fazer a regulamentação. Queremos continuar investindo no Brasil", conta o executivo. (Canal Energia - 19.03.2004)

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8 Alliant espera reverter situação contra a Cataguazes-Leopoldina

A Alliant Energy, um dos sócios minoritários da Cataguazes-Leopoldina, ainda acredita ser possível mudanças nas decisões judiciais em favor dos agravos interpostos pela concessionária. A empresa norte-americana afirma que irá aguardar as decisões judiciais definitivas a serem proferidas pela 18ª Câmara Cível e em primeira instância. "Embora, a decisão tomada seja decepcionante, acreditamos ser possível reverter a situação e prosseguir nos esforços para garantir o cumprimento da Lei das SAs", afirma Carlos Miranda, diretor da Alliant. (Canal Energia - 19.03.2004)

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9 Celesc deve receber R$ 140 mi da CVA

A Celesc, que teve repasse da CVA aprovado em novembro de 2003, tem direito a receber cerca de R$ 140 milhões, já reajustado pela taxa Selic. Segundo Carlos Schneider, presidente da estatal, o valor ainda não foi liberado e ele não vê perspectivas de liberação a curto prazo. "As distribuidoras públicas não estão entendendo a discriminação e a insensibilidade do MME em relação à suspensão do repasse. O caixa não é elástico e o atraso no repasse implica que atrasemos o pagamento de contas com o MAE e Itaipu, por exemplo", justifica Schneider. Ele afirma ainda que, em função do atraso, a empresa teve que reduzir o nível de investimentos no ano passado. Uma das propostas levadas pela Celesc e pela Copel, explica Schneider, é compensar o crédito da CVA com débito na cobrança de itens como compra de energia e encargos setoriais. (Canal Energia - 19.03.2004)

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10 Copel espera receber R$ 180 mi da CVA

A Copel espera repasse da CVA de, aproximadamente, R$ 180 milhões, valor já reajustado pela taxa Selic. Paulo Pimentel, presidente da distribuidora, reforça o coro de críticas das estatais, afirmando que a empresa e o governo do Paraná querem tratamento idêntico ao concedido às empresas privadas do setor. "Não queremos vantagem adicional, mas também não aceitamos ser discriminados por causa da nossa condição de empresa de capital público", comenta Pimentel. A estatal paranaense afirma que não teve que adiar quaisquer investimentos. Entre as manobras feitas para evitar redução de investimentos, Pimentel cita a renegociação dos contratos com a Cien e com a Itiquira Energética e a suspensão dos repasses à UEG Araucária, cujo contrato ainda está em discussão judicial. Pimentel ressalta, porém, que a empresa precisa dos recursos para recuperar a sua capacidade financeira para fazer frente aos seus compromissos. (Canal Energia - 19.03.2004)

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11 Celg faz mapeamento do sistema elétrico

A Celg está realizando um trabalho completo de mapeamento do sistema elétrico. Segundo a concessionária, o objetivo é formar um banco de dados com a situação de poste, fios e transformadores. Além disso, a empresa conseguirá identificar cada consumidor ligado no circuito. A empresa explica que o uso dos transformadores será otimizado. Segundo a concessionária, o atendimento, em caso de queda de energia, será mais rápido, trazendo uma economia de R$ 30 milhões. (Canal Energia - 19.03.2004)

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12 Elektro espera reorganização dos ativos da Enron

A Elektro espera que a reorganização dos ativos da controladora Enron esteja resolvida ainda no primeiro semestre desse ano. A Aneel já aprovou a transferência do controle societário indireto para a Prisma Energy International Inc. "As ações da Prisma serão repassadas aos credores da Enron", explica o diretor de Assuntos Regulatórios e Institucionais, Sérgio Assad. Ele considera positivo a autorização da Aneel, já que dá seqüência ao processo de reorganização acionária. A incorporação ainda terá de ser aprovada também pela Corte de Falências de Nova Iorque, onde tramita o processo falimentar da Enron. (Canal Energia - 19.03.2004)

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13 AES Sul propões grupamento de ações

A AES Sul apresentou dia 18 de março, durante assembléia geral extraordinária proposta de grupamento de ações da empresa. A proposta prevê o grupamento de quatro mil ações para uma. As ações em número inferior ao necessário para formar uma nova unidade de ação serão indenizadas mediante o pagamento de R$ 2,34 por ação detida antes do grupamento, podendo cada acionista detentor de fração de ação ter o direito de permanecer como acionista. Neste caso, ele deverá ter ao menos uma nova unidade de ação. Após o término deste prazo, a AES Sul realizará nova assembléia extraordinária com o objetivo de avaliar o resultado das manifestações dos acionistas e o impacto financeiro da implementação ao não do grupamento. Esse trabalho deverá ser feito, no máximo, até o dia 30 de abril. (Canal Energia - 19.03.2004)

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Licitação

1 Copel

A Copel abre licitação para manutenção preventiva e corretiva em redes de distribuição urbana e rural, com fornecimento parcial de material. O prazo para a realização das propostas encerra em 31 de março. (Canal Energia - 22.03.2004)

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2 Chesf

A Chesf abre processo para contratação de serviço de análise de projetos de medição, proteção, comando, controle e supervisão para entrada do banco capacitor 500 kV. O preço do edital é de R$ 15,00 em papel ou R$ 5,00 em CD. O prazo termina em 1º de abril. (Canal Energia - 22.03.2004)

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3 Cepisa

A Cepisa licita contratação de empresa para instalação de trafos e extensão secundária para atender as localidades de Sale, Alto Bonito, Alegre, Baixada Fluminense e Ouro Verde, no município de Novo Santo Antônio, no Piauí. O processo inclui também a instalação de estensão primária em 13.8-7.97 kV, para atender os povoados Baixão Lagoa de Baixo, Boa Vista e Poço da Agespisa, no município de Guaribas. O prazo vai até 2 de abril. (Canal Energia - 22.03.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios do NE melhoram situação

Os reservatórios das hidrelétricas da região Nordeste atingiram, na semana passada, 70,8% da capacidade total, o nível mais elevado dos últimos três anos. Desde o início de janeiro, houve a duplicação da ocupação, afastando completamente a possibilidade de racionamento de energia elétrica no Nordeste nos próximos dois anos. Em dezembro, o nível era preocupante, pois estava em 34,02. A estimativa do ONS era encerrar o período de chuvas (abril) com pelo menos 40% da capacidade instalada, o que evitaria a possibilidade de racionamento na região até o final de 2005. Mantido o ritmo atual, é possível que o nível ultrapasse os 80%, já que, tradicionalmente, há a possibilidade de chuvas no Nordeste até abril e as chuvas deste ano podem encerrar um ciclo de cinco anos de chuvas fracas. (Tribuna do Norte - RN - 21.03.2004)

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2 Reservatórios da região Norte tem apresentado recuperação

Os dados do ONS mostram que, além do Nordeste, também a região Norte tem registrado forte recuperação nas últimas semanas. No dia 20/03, os reservatórios estavam com 83,61% da capacidade total. Isso tem obrigado o ONS a verter quantidades maciças do reservatório de Tucuruí. O ONS tem transferido grandes doses de energia da região tanto para o Nordeste quanto para o Sudeste visando a reduzir os "desperdícios" de água. Ontem a região "exportou" o equivalente a 1.015 MW médios. (Tribuna do Norte - RN - 21.03.2004)

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3 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 CSPE revisa proposta tarifária da COMGÁS e submete à Audiência Pública

A Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE) realizará, amanhã, dia 23/03, em São Paulo (SP), a 2ª etapa da Audiência Pública para colher subsídios ao processo de Revisão Tarifária da COMGÁS. A 1ª etapa da Audiência Pública, ocorrida em 16/02, tratou da proposta de Valor Inicial da Margem Máxima (P0) e Fator X, propostos pela CSPE, e da estrutura tarifária associada a esses valores, elaborada pela COMGÁS. Nesta 2ª etapa, a CSPE apresentará a proposta de estrutura tarifária da COMGÁS, já revisada, e considerará as informações obtidas na 1ª etapa da audiência. A partir da 2ª etapa da audiência, será estabelecida a nova estrutura tarifária, assim como o Fator X, mecanismo que reduz a aplicação do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), e permite o repasse às tarifas dos consumidores de parte dos ganhos de eficiência projetados para as empresas no período compreendido entre a revisão atual e a próxima revisão. Informações sobre a Revisão Tarifária da COMGÁS podem ser obtidas na página da CSPE na internet (www.cspe.sp.gov.br). A audiência será aberta às 14h, no auditório do Instituto de Engenharia, na Av. Dante Pazzanese, nº 120, Vila Mariana, em São Paulo. (NUCA-IE-UFRJ - 22.03.2004)

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2 Petrobras reavalia plano estratégico de investimentos

Os estudos de reavaliação do plano de investimentos da Petrobras podem levar a empresa a investir mais do que os US$ 34,3 bilhões previstos no plano já aprovado para os anos de 2003 a 2007. A afirmação foi feita pelo diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, na sede da Firjan. Duque voltou a garantir o compromisso da Petrobras com o índice de nacionalização cada vez maior e com investimentos cada vez mais voltados para o mercado nacional. "Os números podem ser ainda melhores em decorrência da reavaliação que está sendo feita do plano estratégico da companhia. Nada indica que vai haver redução do volume de investimentos, muito pelo contrário. Toda vez que verificamos os dados e as possibilidades de investimentos damos de cara com novos projetos robustos", afirmou Renato Duque. (Tribuna do Norte - RN - 21.03.2004)

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3 Petrobras entra na Gasmig

A Gasmig vai vender à Petrobras 40% do seu capital social. A participação da estatal de petróleo na distribuidora mineira de gás natural, subsidiária da Cemig, será 15 pontos percentuais superior à previsão inicial das duas empresas. A informação foi dada pelo diretor de finanças, participações e relações com investidores da Cemig, Flávio Decat de Moura. "Estamos nos reunindo todos os dias para trabalhar no arcabouço legal dessa associação", explicou o diretor da Cemig. A compra do capital da Gasmig pela Petrobras vai garantir os investimentos necessários para a duplicação do gasoduto Rio-Belo Horizonte (Gasbel), estendendo-o para o Vale do Aço, Triângulo Mineiro e Sul de Minas, esclareceu o diretor da Cemig. (Estado de Minas - 22.03.2004)

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4 Ucrânia e Brasil costuram parceria para produção de turbinas a gás

Nos últimos dois dias, representantes dos governos e empresas brasileiras e ucranianas estiveram reunidos em Brasília para debater um projeto de cooperação na área energética. A idéia é criar uma empresa privada, de capital misto, que produza turbinas a gás para centrais termelétricas. Os valores da transação ainda não foram revelados. "Estamos na parte inicial da negociação, avaliando a legislação e diretrizes da parceria", afirma o ministro da Política Industrial da Ucrânia, Oleksandr Neustroyev. (Estado de Minas - 20.03.2004)

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5 Angra 2 vai permanecer desligada até o dia 8 de abril

A usina nuclear de Angra 2, da estatal Eletronuclear, deve permanecer desligada até o próximo dia 8. Neste período, a empresa vai deixar de fornecer 1.350 MWh de energia e de faturar R$ 5,8 milhões. Segundo a Eletronuclear, a usina foi desligada inicialmente no dia 15 de março para operação de reparo em uma das válvulas da turbina de geração e, no processo de religamento, os técnicos constataram que havia necessidade de fazer reparos nas válvulas de retenção que ligam o sistema de remoção de calor residual ao circuito primário de refrigeração do reator nuclear. De acordo com informações da Eletronuclear, os reparos nas válvulas vão custar cerca de R$ 2,5 milhões. No mês de maio, a usina de Angra 2 será novamente desligada para reabastecimento de combustível, operação anual que vai provocar a interrupção programada na geração de energia da unidade. (Gazeta Mercantil - 22.03.2004)

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Grandes Consumidores

1 Belgo-Mineira registra lucro de R$ 782,2 mi

A Companhia Belgo-Mineira, controlada do grupo Arcelor, lucrou no ano passado R$ 782,2 milhões, um crescimento de 116,3% em relação a 2002. A receita líquida de R$ 3,77 bilhões é 19,4% maior do que a do ano anterior. A alta de preços dos produtos siderúrgicos, causada por excesso de demanda no mercado internacional, e a ampliação das exportações, justificaram o crescimento. As vendas externas de produtos siderúrgicos da Belgo cresceram 48,1% em volume no ano passado, respondendo por 879,6 milhões de toneladas. As vendas externas de trefilados (arames e barras) também tiveram crescimento, de 21,8%, representando 82,8 milhões de toneladas. A Belgo-Mineira ampliou o volume exportado devido à queda das vendas no mercado interno, causada pela fraca demanda da construção civil. O endividamento líquido recuou de R$ 675,2 milhões em 2002 para R$ 398,2 milhões no ano passado. (Gazeta Mercantil - 22.03.2004)

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Economia Brasileira

1 Lessa quer mais ousadia dos empresários

Carlos Lessa disse que, em 2003, seu primeiro ano à frente do BNDES, o banco alcançou lucro nominal recorde, o que equivale arriscar que passará de R$ 1 bilhão, pois em 1997 já atingira R$ 960 milhões. "No ano passado, as grandes empresas foram muito tímidas. "Os empresários projetam taxas muito pequenas de crescimento. Até acho que para 2004 o empresário pode ficar mais prudente, esperando que o cenário fique um pouco mais claro. Mas não pode ser tímido para dez anos. Se eu somar todas as timidezes, construo um crescimento medíocre. Preciso que os empresários tenham ânimo para um horizonte maior. É evidente que, quando a taxa de juros está muito alta, a maior parte dos negócios fica desanimada. Isso afeta as consultas ao BNDES, é lógico. No ano passado, a busca significativa de recursos pelas pequenas e médias empresas compensou a timidez relativa das grandes empresas" disse Lessa. (Jornal do Commercio - 22.03.2004)

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2 BNDES solicita ao BC redução da TJLP

A diretoria do BNDES fez uma solicitação formal ao BC para que a TJLP seja reduzida. O apelo foi feito por carta, enviada pelo presidente do BNDES, Carlos Lessa, ao presidente do BC, Henrique Meirelles, na sexta-feira. O CMN decide trimestralmente o nível da TJLP - hoje em 10% ao ano - e vai fazer nova avaliação da taxa na reunião da próxima quinta-feira. "Se o Copom projeta uma perspectiva declinante da inflação, o BNDES pleiteia que a análise sobre a taxa Selic seja transportada para a TJLP. Em 2004, não teria nada de mais se a TJLP baixasse a 8% ao ano", afirmou Lessa, para quem essa queda é fundamental para reduzir o custo financeiro de projetos já contratados e de futuros financiamentos do BNDES. (Valor - 22.03.2004)

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3 Lessa quer que TJLP acompanhe quedas da Selic

O presidente do BNDES reconhece que a TJLP leva em conta não apenas a projeção da inflação, mas também outros componentes, como risco-país. A relação entre Selic e TJLP não é automática, mas há espaço para redução, acrescenta Lessa. "O BNDES está convencido de que o país caminha para uma taxa de inflação mais baixa, e eu quero uma queda mais acentuada da TJLP." Perguntado sobre a proposta, Henrique Meirelles, foi evasivo: disse apenas que a TJLP será discutida "tecnicamente". Segundo Lessa, "a política industrial é algo que se coloca num espaço diferente da política macroeconômica". "A política macroeconômica trabalha fundamentalmente com o já e o agora. A política industrial é algo em que você tenta perseguir uma configuração futura. A TJLP é um instrumento de configuração futura, com base na inflação futura e em como vai proceder o risco-país", justificou o presidente do banco. Para dar mais sustentação a seu discurso, Lessa lembrou que há muito tempo os empresários da Fiesp pedem a redução da TJLP. De acordo com ele, o BNDES já reduziu os juros na parcela que lhe cabe - o spread. "As novas taxas estão no intervalo de 1% a 5%. Estamos operando com uma taxa muito pequena. O BC, se reduzir (a TJLP), vai dar mais conforto ainda aos financiados do BNDES", enfatizou. (Valor - 22.03.2004)

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4 AEB projeta para cima saldo das exportações

A balança comercial brasileira já atinge saldo de US$ 4,481 bilhões até a segunda semana deste mês, valor 62,3% superior ao do mesmo período de 2003, quando registrou US$ 2,761 bilhões. O resultado excepcional tem levado o mercado a rever as projeções de superávit para cima mas, para os analistas, tem também seu lado ruim. "Isoladamente os números são excelentes, mas não podemos esquecer que o mérito está em grande parte no aumento de preços das commodities e, também, no não-crescimento das importações no nível esperado" reflete o diretor da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. No início desse ano, a AEB projetava que o Brasil fecharia 2004 com saldo positivo da balança de US$ 23 bilhões, contra US$ 24,8 bilhões no ano passado. Esse número viria da combinação entre um aumento de 8% nas exportações e de 15% nas importações, conseqüência do esperado espetáculo do crescimento que estimularia os investimentos na indústria nacional. (Jornal do Commercio - 22.03.2004)

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5 Captações externas caem em março

Março está sendo um mês péssimo para as captações externas do setor privado. As emissões se resumem até agora a um bônus do Banco Votorantim de US$ 50 milhões, 93,8% a menos que os US$ 813 milhões obtidos por empresas e bancos em fevereiro. O resultado de março é o pior desde agosto de 2002, quando não houve nenhuma captação. As emissões privadas no primeiro trimestre somam US$ 2,748 bilhões no primeiro trimestre, 22% inferior aos US$ 3,544 bilhões do mesmo período de 2003. Tudo indica que será o pior primeiro trimestre desde 2001. A volatilidade do risco-Brasil nas últimas semanas, as dúvidas quanto ao ritmo de crescimento em 2004 e a demora dos investidores para "digerir" a oferta significativa de papéis brasileiros em janeiro explicam a retração em março, de acordo com analistas. Além disso, a mudança na forma de cálculo e o aumento da alíquota da Cofins incentivaram emissões no mercado local, em detrimento das externas. (Valor - 22.03.2004)

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6 Mercado: BC deve voltar à prática de redução de juros

Apesar das dúvidas, para a maioria dos economistas, o BC deverá sinalizar continuidade da queda de juros. A expectativa gira em torno de corte de ao menos 0,25 ponto percentual na reunião de abril. Mas boa parte dos economistas começa a preferir fazer projeções para os juros não mais para o próximo mês e, sim, para o trimestre, ao menos até que a ata seja publicada. A expectativa é de queda de um ponto percentual até junho. O registro da reunião do Copom realizada na semana passada deve ser divulgado na próxima quinta-feira e despertar muita atenção de investidores que buscam entender quais serão os próximos passos do BC. (Folha de São Paulo - 22.03.2004)

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7 Meirelles: Política econômica criou condições para crescimento

Com a afirmação de que o país "tem todas as condições para crescer 3,5% ou mais neste ano", o presidente do BC, Henrique Meirelles, apresentou dados para mostrar o que classificou de acertos na condução da política monetária. "O Brasil já está crescendo em 2004. O pior já ficou para trás", disse Meirelles. "Felizmente, o sucesso das políticas adotadas permitiu a reversão do quadro e a retomada do nível de atividade em prazo muito menor do que o esperado", afirmou. Para garantir que o crescimento "se materialize", segundo Meirelles, "será preciso mobilizar o volume de investimentos necessários à ampliação da capacidade produtiva". Ele estimou em US$ 13 bilhões o volume de recursos estrangeiros que devem ser aplicados no país neste ano - cerca de US$ 3 bilhões a mais do que em 2003. Afirmou ainda que a meta de inflação seguirá em 5,5%. (Folha de São Paulo - 22.03.2004)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial sofreu leve pressão de compra e fechou a manhã de hoje em alta de 0,31%, cotado a R$ 2,909 na compra e R$ 2,911 na venda. A alta é bastante discreta se comparada ao mau humor internacional e à cautela com o cenário político interno. Na sexta-feira, o pregão foi apático. A ausência de indicadores econômicos e novidades no noticiário secou a liquidez e prejudicou os negócios. Ainda assim, prevaleceu ligeira trajetória de queda pela notícia de que um importante membro da rede terrorista Al Qaeda estaria cercado por tropas paquistanesas. O dólar encerrou o dia em queda de 0,20%, a R$ 2,9000 na compra e a R$ 2,9020 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 22.03.2004)

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Internacional

1 Governo da Argentina culpa empresas produtoras e distribuidoras de gás por crise energética

O governo argentino culpou as empresas produtoras e distribuidoras de gás do país pela crise energética que obrigou a reduzir a exportação de eletricidade ao Uruguai e o fornecimento a 30 grandes indústrias locais. O chefe do gabinete de governo, Alberto Fernández, sustentou que a crise se deve à "falta de investimentos" no setor do gás, combustível usado pelas térmicas para gerar energia. "Estou apontando a responsabilidade de produtores e distribuidores (de gás) e a falta de investimento desde 1997 e isto é muito fácil de verificar", enfatizou. Fernández assinalou que o governo resolverá a crise energética com uma redução das exportações de gás natural, a importação desse combustível da Bolívia, além de uma maior produção das usinas hidroelétricas do país. Alberto Fernández negou taxativamente que a falta de investimentos no setor se deva à demora em reajustar as tarifas dos serviços públicos, congeladas desde janeiro de 2002, quando o peso se desvalorizou, e rejeitou também as críticas das empresas que se viram afetadas por interrupções no fornecimento de energia. (Gazeta Mercantil - 22.03.2004)

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2 Demanda de energia na Argentina teve crescimento de 8% em 2003

Segundo dados oficiais, a demanda por eletricidade na Argentina cresceu o 8% no ano passado, por conta de um crescimento econômico de 8,7%. Vários especialistas acreditam que a demanda por energia aumentará este ano mais 15%, por conta da expectativa de um crescimento econômico de 10%. Os especialistas sustentam que deverão ser investidos US$ 1 bilhão por ano para ampliar e melhorar os setores de geração, transporte e distribuição de eletricidade. (Gazeta Mercantil - 22.03.2004)

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3 Brasil vai auxiliar Argentina para evitar problema de abastecimento de energia

O governo brasileiro se comprometeu na semana passada a ajudar a Argentina a amenizar problemas de abastecimento de energia que já estão sendo sentidos e devem se agravar durante o inverno. A ministra Dilma Rousseff afirmou que os dois países estão discutindo os termos em que o Brasil enviará energia ao vizinho. A expectativa é que o fornecimento, por meio de uma linha de transmissão que liga as localidades de Garabi, na província de Corrientes, e Itá, em Santa Catarina, possa ocorrer a partir de maio."O governo brasileiro tem a firme disposição de ajudar neste momento", disse a ministra. De acordo com Roussef, os dois governos estão discutindo como vão regulamentar o intercâmbio energético. A idéia é que a energia seja vendida a preço de custo, com o outro país se comprometendo a fornecer a eletricidade nas mesmas condições. Por causa da diferença de freqüência dos sistemas elétricos (60 hertz no Brasil e 50 hz na Argentina), a transmissão entre os dois países está limitada a cerca de 500 quilowatts daqui para lá e 2 mil quilowatts no sentido contrário. (Valor - 22.03.2004)

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4 UTE recorre a usinas geradoras reservas para manter abastecimento de energia no Uruguai

A empresa estatal uruguaia de energia elétrica UTE teve que recorrer a duas usinas geradoras que tinha em reserva depois que as autoridades argentinas anunciaram a suspensão de parte de suas exportações. O contrato de exportação interrompido significava 19% do consumo local, assinalou a UTE. (Gazeta Mercantil - 22.03.2004)

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5 EDP nega negociações com EnBW

A EDP desmentiu que esteja em conversações com a alemã EnBW com vista à compra da participação de 35% que esta detém no capital da Hidrocantábrico. Segundo afirmou o porta-voz da EDP, Horácio Piriquito, "desmentimos quaisquer negociações com a EnBW para a compra dos 35% na Cantábrico. Tudo o que se disser sobre essa questão é pura especulação". A mesma fonte adiantou ainda que a EDP "vai crescer em Espanha ao ritmo do MIBEL, como sempre o temos afirmado". O jornal espanhol "Cinco Dias" noticiava que a elétrica nacional tinha "intensificado" as negociações com a EnBW para a compra da sua participação na Hidrocantábrico, passando assim a ficar com 75% do capital da empresa espanhola. (Diário Econòmico - 22.03.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Bruno Schröder

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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