l

IFE: nº 1.308 - 17 de março de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Lula sanciona os decretos do Novo Modelo
2 Analista da Sudameris: Primeiro leilão será importante para estimular os novos investimentos
3 Analista da Socopa: Distribuidoras ficaram em pior situação
4 Unibanco: Risco de inadimplência do pool inibirá financiamento privado
5 Proinfa: Novas regras de conexão podem encarecer projetos
6 Cooperativa pretende viabilizar PCHs aptas ao Proinfa
7 Comissão de Minas e Energia analisa criação do Sipron

Empresas
1 Bandeirante oficializa empréstimo com BID
2 BID: "Estamos dispostos a também olhar outras companhias do setor"
3 Justiça dá ganho à Cataguazes-Leopoldina
4 Alliant Energy: Cenário permanece inalterado
5 Eletrosul define estratégias para atuar em geração
6 Eletrosul deve participar de consórcios
7 Cosern apresentará proposta para pagamento de dividendos
8 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia teve aumento na área de atuação de Furnas
2 Nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste subiu 0,40%
3 Região Sul registra decréscimo de 0,27% sem eu volume armazenado
4 Volume armazenado na região Nordeste está 32,11% acima da curva de aversão ao risco
5 Reservatórios do Norte chegam a 83,42% da capacidade
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Dutra: Petrobras não vai estabelecer troca entre oleoduto e refinaria com governo do RJ
2 Dutra diz que refinaria não ficará em SP
3 Chesf e Alstom concluem negociação para usina térmica
4 Criada Câmara de Energia para desenvolvimento do gás natural
5 Curtas

Grandes Consumidores
1 CVRD consegue licença ambiental para explorar mina de bauxita no Pará
2 Braskem aposta no mercado nacional de polipropileno

Economia Brasileira
1 Brasil e Argentina firmam acordo para crescimento
2 Brasil deve receber US$ 3 bi do BID
3 Política industrial terá iniciativas que ainda continuarão em estudos

4 Fiesp pressiona para que juros caiam
5 Furlan: Condições atuais possibilitam Selic menor
6 Furlan: Tarifas públicas influenciaram inflação atual
7 Ipea prevê inflação menor
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Futuro ministro da economia espanhol é favorável a fusões no setor energético
2 Iberdrola suspende medidas de blindagem contra ofertas públicas parciais

Biblioteca Virtual do SEE
1 BRASIL. Lei nº 10.848. Brasília, 15 de março de 2004
2 BRASIL. Lei nº 10.847. Brasília, 15 de março de 2004
3 Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina. Fato Relevante. Cataguases, 16 de março de 2004

 

Regulação e Novo Modelo

1 Lula sanciona os decretos do Novo Modelo

O presidente Lula da Silva sancionou ontem as leis do novo modelo do setor elétrico, sem vetos. As duas leis foram publicadas na edição de ontem do Diário Oficial da União. A Lei nº 10.848 estabelece as regras para a comercialização de energia e a Lei nº 10.847 cria a Empresa de Pesquisa Energética. Agora, está previsto para os próximos dias o início a segunda etapa da regulamentação do setor, com a publicação de decretos e portarias do Poder Executivo e resoluções da Aneel, detalhando as regras. Os primeiros decretos, segundo a ministra Dilma Rousseff, serão os que criarão a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Empresa de Pesquisa em Energética (EPE). Para ler as leis publicadas ontem, clique aquie aqui. (Valor - 17.03.2004)

<topo>

2 Analista da Sudameris: Primeiro leilão será importante para estimular os novos investimentos

O novo modelo do setor elétrico beneficia as geradoras de energia e penaliza as distribuidoras, afirmam analistas de mercado. Segundo as novas regras, as usinas que estão operando desde o início de 2000 poderão vender energia nos leilões da chamada energia "nova", que devem oferecer preços mais atrativos. "Os preços nos leilões devem ser mais atraentes do que os que estão sendo praticados no momento. O primeiro leilão será importante para estimular os novos investimentos no setor e deve balizar o valor para a energia velha", diz Rosângela Ribeiro, analista da corretora Sudameris/ABN Amro. Segundo ela, nesse cenário, a Tractebel deve ser bastante favorecida e se apresenta como uma boa opção de investimento. A analista avalia, no entanto, que um ponto negativo do novo modelo é que ainda não foram definidas as regras dos leilões da energia "nova", o que deixa incertezas de como se darão as negociações. (Valor - 17.03.2004)

<topo>

3 Analista da Socopa: Distribuidoras ficaram em pior situação

Para as distribuidoras a situação a partir da implementação do novo modelo, como está definido, é um pouco mais complicada. As empresas terão de dimensionar o seu consumo nos próximos cinco anos e contratar a energia para o período. Caso eles errem e a energia for insuficiente para abastecer seus clientes, será proibido o repasse dos gastos com a contratação de nova energia para as tarifas. "Com isso, o governo tenta atrair o investimento para as geradoras. Mas é um pouco irracional dar essa carga de responsabilidade para as distribuidoras", afirma Marcos Paulo Pereira, analista da Socopa Corretora que acredita nas ações preferenciais da Cemig e Celesc como as que podem dar maiores ganhos ao investidor. (Valor - 17.03.2004)

<topo>

4 Unibanco: Risco de inadimplência do pool inibirá financiamento privado

A venda de energia elétrica para todas as distribuidoras no pool não preocupa apenas as geradoras. O risco de inadimplência das concessionárias impedirá o financiamento dos bancos privados para os empreendimentos, segundo o superintendente de Project Finance para Energia do Unibanco, Eduardo Serra. O executivo explica que as pequenas distribuidoras e as federalizadas podem apresentar um risco elevado para captação de financiamento das geradoras, seja pelo desconhecimento do mercado ou pela situação financeira e operacional delicada. Apesar de representar 20% da demanda do pool, o superintendente afirma que o montante é considerável para o equilíbrio financeiro dos empreendimentos. Apesar de o modelo permitir o seqüestro dos recursos da distribuidora inadimplente de uma conta-corrente sediada num banco gestor, o executivo não considera isso eficaz. Com o crescimento do risco de crédito, a modicidade tarifária no novo modelo do setor elétrico pode ficar comprometida. Serra explica que os investidores vão querer uma remuneração mais alta para cobrir os riscos. (Canal Energia - 17.03.2004)

<topo>

5 Proinfa: Novas regras de conexão podem encarecer projetos

Vários projetos ligados ao Proinfa podem ser inviabilizados pela regulamentação que será editada pela Aneel para a conexão dos empreendimentos à rede. O superintendente de Regulação de Transmissão da Aneel, Davi Antunes Lima, conta que a Aneel priorizará a conexão de menor custo para a rede na hora de analisar a entrada dos projetos contratados pela Eletrobrás. Ele explica que o empreendedor poderá entrar num trecho da rede localizado próxima à unidade ou precisará construir com recursos próprios uma linha para outro ponto do sistema. No primeiro caso, o investimento para reforços seria realizado pela distribuidora, que será recompensada na tarifa. Na segunda hipótese, o investidor ficará responsável pela construção da linha de transmissão, arcando com todos os custos. Lima não descarta o encarecimento de alguns projetos do Proinfa, caso a Aneel decida pela construção de outra LT. Lima conta que os problemas maiores deverão ocorrer com as usinas eólicas, já que há uma concentração de vento em determinados locais. (Canal Energia - 16.03.2004)

<topo>

6 Cooperativa pretende viabilizar PCHs aptas ao Proinfa

Os investidores em PCHs aptas a ingressarem no Proinfa terão em breve um novo mecanismo para viabilizar financeiramente seus projetos. Até o início de abril, será instalada em São Paulo uma cooperativa voltada para implementação desses empreendimentos. O objetivo principal do projeto é liderar, em nome dos cooperados, as negociações para obtenção de financiamentos. Formado por uma parceria entre as empresas Eletrocoop e Iesp, a cooperativa tem como meta trazer vantagens no processo de negociação com instituições financeiras como o BNDES, na busca de linhas de crédito. Além disso, a cooperativa pretende diluir os custos envolvidos na implementação de uma PCH, como a compra de equipamentos e a contratação de serviços. "Como cooperado, o negócio fica muito mais atraente para o investidor, e torna-se mais receptivo para o adviser. Com economia de escala, a implementação dos empreendimentos fica naturalmente viável", afirma José Sérgio Andrade, presidente da Iesp. (Canal Energia - 16.03.2004)

<topo>

7 Comissão de Minas e Energia analisa criação do Sipron

A Comissão de Minas e Energia está analisando o Projeto de Lei 2881/04, do Poder Executivo, que cria o Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), que responderá pela proteção de suas atividades, instalações e projetos. O Sipron terá um órgão central, vinculado ao governo federal, encarregado de planejar, coordenar e supervisionar as atividades do sistema. Serão criadas coordenações setoriais integradas por instituições da administração pública federal, que serão responsáveis pelas atividades nucleares de proteção da população, da saúde do trabalhador, do meio ambiente, do material e das instalações. Unidades operacionais, compostas por órgãos e empresas federais, estaduais e municipais, serão responsáveis pela operação e administração de instalações nucleares. (Canal Energia - 16.03.2004)

<topo>

 

Empresas

1 Bandeirante oficializa empréstimo com BID

A Bandeirante Energia formalizou ontem empréstimo de US$ 100 milhões com o BID. Segundo o diretor-financeiro e de relações com investidores da Bandeirante, Thomas Brull, a operação foi dividida em duas tranches. Uma delas, no valor de US$ 38,9 milhões, vindo diretamente do BID, com carência de dois anos e prazo de pagamento em oito anos. A segunda tranche, no valor de US$ 61,1 milhões, provém de recursos de bancos. ''A segunda tranche também inclui prazo de carência de dois anos e prazo de pagamento de cinco anos'', explicou Brull, acrescentando que a amortização do financiamento para as duas tranches é trimestral. De acordo com o diretor-financeiro da Bandeirante, uma das vantagens da operação é que o financiamento é baseado em garantias recebíveis. ''Foi crédito flexível'', disse Brull, explicando que parte dos recursos já foi utilizada porque as negociações vinham acontecendo há dois anos. (Jornal do Commercio - 17.03.2004)

<topo>

2 BID: "Estamos dispostos a também olhar outras companhias do setor"

O modelo do empréstimo concedido pelo BID à Bandeirante Energia, no valor de US$ 100 milhões, pode ser estendido à outras empresas do setor. A liberação do financiamento, do tipo Corporate Finance, contou com a participação de outros seis bancos, além do BID, e tem como garantia recebíveis da distribuidora do grupo EDP. O representante do BID no Brasil, Leandro Alves, disse que a estrutura montada para o financiamento é pioneira no Brasil. "Estamos dispostos a também olhar outras companhias do setor e liberar recursos dentro deste modelo". O representante do BID disse ainda que o banco já trabalha na análise de outros pedidos de financiamento do setor. Há pedidos feitos pela Eletropaulo, Termonorte, CEG e Novatrans, que atua na área de transmissão. "Estas solicitações já passaram por uma análise prévia e os financiamentos solicitados variam de US$ 30 milhões a US$ 600 milhões" disse. O BID também estuda a criação de um fundo para apoiar o desenvolvimento de projetos de energia renovável, no valor de US$ 100 milhões. (Gazeta Mercantil - 17.03.2004)

<topo>

3 Justiça dá ganho à Cataguazes-Leopoldina

De acordo com Fato Relevante divulgado, a justiça deu ganho de causa à Cataguazes, por unanimidade, restabelecendo, de forma integral, a eficácia das deliberações da AGE de 9-12-2003. Para ver integra do Fato relevante, clique aqui. (NUCA-IE-UFRJ, 16-03-2004)

<topo>

4 Alliant Energy: Cenário permanece inalterado

Para o executivo Carlos Miranda, diretor da Alliant Energy, minoritária que briga com a Cataguazes na Justiça, o cenário permanece o mesmo, tendo em vista uma terceira liminar, em vigor, que suspende a decisão dos gestores da CFLCL de modificar o estatuto social da Companhia sem realizar previamente os atos societários necessários. A advogada do Fondelec, Ana Tereza Basílio, do escritório Trench, Rossi e Watanabe, observou que se trata de uma decisão provisória, e, portanto, o Fondelec não vai recorrer. O julgamento dos agravos de instrumento - que são os recursos dos minoritários - deverá ocorrer em um mês. (Gazeta Mercantil - 17.03.2004)

<topo>

5 Eletrosul define estratégias para atuar em geração

Animada com a permissão para voltar a atuar em geração de energia, a Eletrosul, já estuda possibilidades para a efetiva entrada no segmento e pretende começar a investir em 2004. O diretor de gestão administrativa e financeira da Eletrosul, Antonio Vituri, não fixa valores, mas diz que a companhia pode aplicar este ano até R$ 180 milhões em projetos de geração localizados na região onde já atua, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Segundo levantamento feito pela empresa, o potencial hidráulico da região chega a 18,65 mil MW, contabilizando empreendimentos em operação, já licitados ou não. (Gazeta Mercantil - 17.03.2004)

<topo>

6 Eletrosul deve participar de consórcios

Vituri ressalta que, de acordo com o mix de capital utilizado pelo mercado - de 40% de capital próprio e 60% de recursos de terceiros - a Eletrosul teria capacidade de conseguir até R$ 2 bilhões em empréstimos, já que possui patrimônio de aproximadamente R$ 1,7 bilhões e seu nível de endividamento é relativamente baixo. A transmissora identificou três caminhos para iniciar sua atuação em geração: participar das próximas licitações para concessões de novas usinas hidrelétricas; entrar em um consórcio que já exista; e adquirir alguma usina em operação. Por hora, a alternativa que parece mais provável para a Eletrosul é a compra de participação em algum consórcio, tanto para obra já em construção, como para usinas licitadas. A Eletrosul iniciou um diálogo com a CEEE para discutir a possibilidade de venda de participação em algum consórcio de usinas hidrelétricas. (Gazeta Mercantil - 17.03.2004)

<topo>

7 Cosern apresentará proposta para pagamento de dividendos

A Cosern poderá distribuir R$ 121,4 milhões em dividendos. A empresa apresentará uma proposta de pagamento de R$ 38,6 milhões relativo ao exercício de 2003 e R$ 82,7 milhões em relação à reserva de lucros na assembléia geral ordinária do dia 29 de março. Sobre o desempenho de 2003, a concessionária quer pagar R$ 0,22 por ação ordinária e R$ 0,24 pela preferencial. Na distribuição da reserva de lucro, o valor chega a R$ 0,48 e R$ 0,52, respectivamente. (Canal Energia - 16.03.2004)

<topo>

8 Curtas

No próximo dia 30 de março, os acionistas da Celpe, empresa de distribuição de energia do estado de Pernambuco, se reúnem para aprovar uma nova emissão pública de debêntures no valor de R$ 127,939 milhões. (Valor - 17.03.2004)

A Eletropaulo assinou com a Embratel contrato de prestação de serviços de telefonia avançada, incluindo telefonia local e de longa distância e serviço de atendimento ao call-center. (Jornal do Commercio - 17.03.2004)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia teve aumento na área de atuação de Furnas

O consumo de energia elétrica na área de atuação de Furnas teve, em 2003, um aumento de 3,1%, em comparação com 2002, totalizando 174,28 mil GWh. As categorias residencial e comercial tiveram um aumento de 4,4%. Já na categoria Industrial, a elevação foi de 0,9%, reflexo de um crescimento na produção industrial de 0,3% superior ao ano de 2002. Furnas afirma que embora o consumo em sua área de atuação tenha aumentado nos últimos três anos, ainda não alcançou os patamares verificados no período pré-racionamento, quando o consumo atingiu 181,.6 mil GWh. (Gazeta Mercantil - 17.03.2004)

<topo>

2 Nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste subiu 0,40%

A capacidade de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 72,50%. O volume subiu 0,40% em comparação com o dia anterior (14). Em relação à curva de aversão ao risco, o índice está 43,53% acima do estabelecido. Nas usinas de Itumbiara e Miranda, os níveis dos reservatórios estão em 97,50% e 53,93%, respectivamente. (Canal Energia - 16.03.2004)

<topo>

3 Região Sul registra decréscimo de 0,27% sem eu volume armazenado

O subsistema Sul registra 63,41% da capacidade armazenada, caindo 0,27% em comparação com o dia anterior (14). O volume armazenado da G. B. Munhoz está em 63,60%. (Canal Energia - 16.03.2004)

<topo>

4 Volume armazenado na região Nordeste está 32,11% acima da curva de aversão ao risco

Os reservatórios da região Nordeste estão em 69,56%, aumentando em 1,01% em comparação com o dia anterior (14). O volume está 32,11% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Sobradinho registra 70,12% de sua capacidade. (Canal Energia - 16.03.2004)

<topo>

5 Reservatórios do Norte chegam a 83,42% da capacidade

O volume armazenado na região Norte chega a 83,42%. O volume cresceu apenas 0,09% em comparação com o dia anterior (14). Na usina de Tucuruí, os níveis dos reservatórios atingem 97,77%.(Canal Energia - 16.03.2004)

<topo>

6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Dutra: Petrobras não vai estabelecer troca entre oleoduto e refinaria com governo do RJ

O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, disse ontem que o governo do Rio de Janeiro está cometendo um erro ao condicionar a construção do oleoduto para São Paulo à implantação de mais uma refinaria no Estado. O projeto da Petrobras, combatido pela governadora Rosinha Garotinho, prevê a construção de um oleoduto que liga a Bacia de Campos às refinarias de São Paulo. "Caso se espere que a Petrobras venha a estabelecer uma troca entre oleoduto e refinaria, isso não vai acontecer", afirmou Dutra, após fazer uma exposição em defesa da construção do oleoduto, em audiência no plenário da Câmara que tratou do tema. Dutra frisou que o Estado do RJ não terá prejuízo com a obra e que compensações financeiras poderão ser negociadas. O presidente da Petrobras voltou a afirmar que a entrada em operação da refinaria poderá ser retardado em dois anos - de 2008 para 2010 - por causa da queda do consumo de derivados de petróleo no país e que o local onde deverá ser construída não será definido neste ano. (Jornal do Brasil - 17.03.2004)

<topo>

2 Dutra diz que refinaria não ficará em SP

O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, descartou que a nova refinaria da estatal possa ir para São Paulo. Ele disse, em audiência pública no plenário da Câmara dos Deputados, que São Paulo não está competindo com os outros Estados para sediar o novo projeto de refino. Dutra respondeu ao secretário de Energia do Rio, Wagner Victer, que afirmou que São Paulo ficaria com maior competitividade na área por causa do oleoduto que a Petrobras pretende construir entre o Norte Fluminense e a cidade de Guararema (SP). A tese de Victer é de que o chamado Plano Diretor de Escoamento e Tratamento de Óleo da Bacia de Campos (PDET), do qual faz parte o oleoduto, inviabiliza a construção da refinaria no Norte Fluminense, e aumenta a competitividade paulista para sediar o projeto. Dutra disse que o PDET não tem vinculação com a decisão futura da Petrobras de instalar uma nova refinaria. (Valor - 17.03.2004)

<topo>

3 Chesf e Alstom concluem negociação para usina térmica

Conversão das turbinas da térmica de Camaçari para bicombustível começa em dezembro. A Chesf fechou com a matriz da Alstom, na Suíça, um cronograma que prevê para o final de dezembro a entrada em funcionamento da primeira unidade de geração da térmica de Camaçari que funcionará movida a gás ou óleo combustível. A conversão das cinco unidades de geração da térmica será feita para atender determinação do MME. A ministra Dilma determinou a conversão de 500 MW, sendo 350 MW de Camaçari e 150 MW de unidades em usinas da Petrobras. As medidas foram adotadas como forma de evitar problemas como o ocorrido no final de 2003 e início de 2004, quando os reservatórios das hidrelétricas que abastecem o Nordeste ficaram abaixo do limite mínimo de segurança e as térmicas movidas a gás natural não puderam funcionar com capacidade plena por falta do combustível. (Gazeta Mercantil - 17.03.2004)

<topo>

4 Criada Câmara de Energia para desenvolvimento do gás natural

A Fiesp e as secretarias de Ciência e Tecnologia, do Desenvolvimento Econômico e Turismo e de Energia e Recursos Hídricos anunciam dia 15 de março, a criação da "Câmara de Energia: Gás para o Desenvolvimento de São Paulo". A iniciativa prevê o estabelecimento de ações conjuntas para promover e intensificar o uso do gás natural pelas indústrias instaladas no estado, visando a diminuir os custos operacionais e o aumento da competitividade do setor industrial. A câmara conta também com a participação das três distribuidoras que atuam no mercado estadual: Comgas, Gas Brasiliano e Gas Natural. (Canal Energia - 16.03.2004)

<topo>

5 Curtas

A empresa Destilaria Água Bonita recebeu autorização da Aneel para construir a termelétrica Água Bonita, em SP. A usina terá investimentos de R$ 10,6 milhões e deve entrar em operação em março de 2006. A termelétrica será implantada no município de Tarumã e terá 17 MW de capacidade instalada. A energia será enquadrada na categoria de produção independente. (Canal Energia - 16.03.2004)

A empresa Cosan S/A Indústria e Comércio teve regularizada a situação de duas termoelétricas: Rafard e São Francisco, com 10,2 MW e 4,2 MW de capacidade, respectivamente. As usinas estão localizadas nos municípios de Rafard e Elias Fausto, respectivamente. A empresa atuará como produtora independente de energia. (Canal Energia - 16.03.2004)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 CVRD consegue licença ambiental para explorar mina de bauxita no Pará

A Mineração Vera Cruz, subsidiária da Companhia Vale do Rio Doce, obteve licença prévia do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) para explorar mina de bauxita, no município de Paragominas, noroeste do Pará. A licença vale apenas para o projeto de lavra e beneficiamento da bauxita. O secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectam), Gabriel Guerreiro, afirmou que o processo atendeu a todos os prazos legais. Ele informou ainda que, além da licença prévia para exploração da mina, a reunião do Coema criou uma câmara técnica formada por quatro integrantes, para emitir pareceres e ordenar a normatização técnica sobre as bacias de rejeitos das minas. O projeto para implantação do mineroduto, que transportará a bauxita de Paragominas até a Alunorte, em Barcarena, a 30 km de Belém, é outra etapa a ser vencida, embora haja parecer favorável no âmbito do Coema à concessão da licença. A Vale vai extrair em Paragominas 4,5 milhões de toneladas de bauxita por ano, o que sustentará um outro projeto da companhia, de ampliação da produção da Alunorte. (Jornal do Commercio - 17.03.2004)

<topo>

2 Braskem aposta no mercado nacional de polipropileno

A Braskem está apostando no mercado nacional de polipropileno biorientado (BOPP). A maior petroquímica da América Latina vai produzir um tipo de selante para BOPP que não tem fabricação local. Em 2002, estimava-se que o setor teria movimentado perto de 76 mil toneladas, contra 70 mil toneladas em 2000. Hoje, o mercado brasileiro desse tipo de selante é abastecido por importações. São 12 mil toneladas trazidas do exterior e receita de US$ 15 milhões. Na América do Sul, esse segmento movimenta 20 mil toneladas ou US$ 25 milhões. Estima-se que o mercado global desse selante seja de aproximadamente US$ 375 milhões. Para brigar com o importado, a Braskem investiu R$ 2 milhões e a produção será feita na unidade de Triunfo (RS). (Valor - 17.03.2004)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Brasil e Argentina firmam acordo para crescimento

O presidente Lula embarcou de volta para Brasília depois de passar a manhã em reunião com o presidente da Argentina, Nestor Kirchner. Do encontro saiu a Ata de Copacabana, comunicado conjunto em que os presidentes assumem compromissos políticos e de cooperação das relações bilaterais e regionais. Também foi divulgada a Declaração sobre a Cooperação para o Crescimento Econômico com Equidade, em que o presidente propõe que os acordos feitos com organismos financeiros internacionais, como o FMI, preservem o crescimento como elemento essencial das metas de superávit primário. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o documento prevê o superávit como garantia de sustentabilidade, mas prioriza o crescimento econômico. Também propõe os investimentos em infra-estrutura nos parâmetros negociados. A idéia é que os investimentos em infra-estrutura não sejam contabilizados como gastos. Outra proposta é que os investimentos associados a empréstimos realizados junto a organismos de fomento internacional, como BID e Banco Mundial, possam ter tratamento fiscal também incorporado. (O Globo - 17.03.2004)

<topo>

2 Brasil deve receber US$ 3 bi do BID

Em quatro diferentes tipos de projetos, o BID está se preparando para desembolsar mais de US$ 3 bilhões para investimentos em infra-estrutura no Brasil em 2004, anunciou ontem o oficial da instituição no País, Leandro Alves. O setor elétrico deve absorver a maior parte dos recursos. Na primeira modalidade, já estão em análise pedidos de empréstimos das empresas elétricas Eletropaulo e Termonorte, da distribuidora de gás no Rio CEG e da Novatrans, cada uma com projetos que variam de US$ 30 milhões a US$ 600 milhões. "Em cada um, o BID participa com 25% dos recursos pretendidos, até o limite de US$ 75 milhões", disse Alves. O BID também prepara um fundo de US$ 1,5 bilhão para financiar as PPPs, que "deverá ser viabilizado ainda este ano", disse Alves. A instituição planeja adicionalmente um fundo específico para projetos de energia renovável (bagaço de cana-de-açúcar, arroz, PCH), com recursos de US$ 100 milhões. O BID também acertou uma linha de repasse de US$ 150 milhões através do Unibanco para financiar pequenas de empresas de energia, em lotes de US$ 10 milhões a US$ 15 milhões. (Gazeta Mercantil - 17.03.2004)

<topo>

3 Política industrial terá iniciativas que ainda continuarão em estudos

O pacote de mais de 20 medidas relativas à política industrial, a ser divulgado até o dia 31, terá iniciativas que ainda continuarão em estudos entre os diferentes órgãos federais e sem condições de implementação a curto prazo. O ministro Furlan admitiu ontem que alguns tópicos ainda nem saíram da sua seara para serem apresentados às demais áreas de Governo. Entre as iniciativas em atraso está a definição da política setorial de atração de investimentos de fabricantes de semicondutores ao Brasil, uma das prioridades do Governo. A dificuldade de consenso entre as 22 áreas do Governo federal envolvidas na montagem da política industrial deixa uma margem de dúvidas sobre as chances de Furlan incluir no pacote todas as medidas que considera essenciais para a melhoria da competitividade nacional. De acordo com o ministro, o pacote de medidas práticas e em estudos que o Governo apresentará até o final do mês deverá ainda conter iniciativas para a modernização horizontal do parque industrial do País, sobretudo de pequenas e médias empresas, como forma de prepará-lo para um cenário de abertura comercial em 2005 ou, no máximo, em 15 anos. (Jornal do Commercio - 17.03.2004)

<topo>

4 Fiesp pressiona para que juros caiam

A Fiesp defendeu a redução da taxa de juros "o mais rápido possível" para a criação de novos postos de trabalho no setor industrial. "Os indicadores do mercado interno estão todos abaixo das nossas expectativas [produção e nível de emprego]. Se o governo não adotar medidas que favoreçam o crescimento da economia e do emprego, não é o empresário que vai adotar", disse Cláudio Vaz, diretor de pesquisas e estudos econômicos da Fiesp. Para o empresário, o Copom atua "de uma maneira jamais vista em termos de ortodoxia". "Não há nenhum risco de perda de controle da inflação [que justifique a decisão de manter os juros no patamar de 16,5%]. Sem dúvida é uma teimosia pela qual estamos pagando um preço alto, sem benefícios", afirmou Vaz. (Folha de São Paulo - 17.03.2004)

<topo>

5 Furlan: Condições atuais possibilitam Selic menor

Na véspera da decisão do BC sobre a taxa de juros básica da economia, o ministro Furlan disse que políticas de juros altos nem sempre conseguem controlar a inflação. Furlan disse estar inquieto com a possibilidade de o Brasil perder a oportunidade de crescimento neste ano devido a um crescente desânimo de setores da sociedade, numa referência à repercussão sobre a economia da crise política que atingiu o governo. "Parcelas relevantes da inflação são inumes à taxa de juros", afirmou o ministro. "O desejável é que tivéssemos uma taxa real de juros de 6% ou 8% ao ano, o que significa uma Selic [taxa básica de juros] de 12% a 13%. Acho perfeitamente possível ter essa taxa até o final do ano", disse o ministro. (Folha de São Paulo - 17.03.2004)

<topo>

6 Furlan: Tarifas públicas influenciaram inflação atual

Para o ministro Furlan, a inflação atual é resultado, sobretudo, de aumentos de tarifas públicas e de produtos cujas cotações dependem do mercado internacional. "É preciso levar em consideração que os protagonistas da inflação não são os preços livres", disse. Os preços livres, na opinião do ministro, são aqueles que poderiam ser controlados por variações na taxa de juros. "As tarifas públicas não vão baixar se os juros chegarem a 80%", disse o ministro do Desenvolvimento, que fez questão de dizer que concorda com as linhas gerais da política macroeconômica. (Folha de São Paulo - 17.03.2004)

<topo>

7 Ipea prevê inflação menor

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), afirma que a diminuição da taxa de aumento do núcleo do IPCA apurado pelo IBGE, de 0,68% em janeiro para 0,45% em fevereiro, foi mais importante do que a queda da inflação ocorrida no mês passado, após dois meses de alta. O movimento de redução do núcleo da inflação "sinaliza reversão da pressão nos índices de preços ao consumidor", diz a nota. (Gazeta Mercantil - 17.03.2004)

<topo>

8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera em leve alta nos negócios desta manhã relativamente tranqüila no mercado de câmbio. Às 12h27m, a moeda americana era negociada por R$ 2,905 na compra e R$ 2,908 na venda, com valorização de 0,31%. Ontem, o dólar comercial fechou com baixa de 0,20%, a R$ 2,8970 na compra e a R$ 2,8990 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 17.03.2004)


<topo>

 

Internacional

1 Futuro ministro da economia espanhol é favorável a fusões no setor energético

O futuro ministro da Economia da Espanha, Miguel Sebastian, admite que vai favorecer fusões e aquisições no setor energético, como forma de aumentar a concorrência no sector. Em entrevista, Sebastian deixou claro que "queremos abrir a oferta no mercado e favorecer a concorrência" e criar "maior liberdade nas decisões das empresas". No ano passado, a oferta da Gás Natural sobre a Iberdrola foi vetada e existem várias queixas de empresas de energia internacionais a operar em Espanha quanto às dificuldades levantadas pelas grandes elétricas espanholas à entrada de concorrentes estrangeiros. (Diário Econòmico - 16.03.2004)

<topo>

2 Iberdrola suspende medidas de blindagem contra ofertas públicas parciais

O Conselho de Administração da Iberdrola decidiu não levar a junta geral de acionistas , que ocorrerá no dia 3 de abril, sua proposta de medidas de blindagem contra ofertas públicas de aquisição de ações parciais. A elétrica optou por esperar a aprovação definitiva sobre as ofertas públicas de aquisição de ações parciais (OPAs), segundo comunicou a Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV). A Iberdrola propôs um sistema que permitia a seus acionistas converterem seus títulos em ações resgatáveis sem direito a voto o suposto de uma OPA que não se estenderia a totalidade do capital social. A elétrica argumenta que as ofertas parciais podem ser "potencialmente" prejudiciais para os investidores por diversas razões e, em última instância, pois ao submeter o rateio entre os acionistas e forçá-los a vender, pode ocorrer que o ganho com o controle da OPA não compense a perda posterior que venham sofrer. (El Correo Digital - Espanha - 17.03.2004)

<topo>

 

Biblioteca Virtual do SEE

1 BRASIL. Lei nº 10.848. Brasília, 15 de março de 2004

Leia a nova lei do setor elétrico, sancionada por Lula, clicando aqui.

<topo>

2 BRASIL. Lei nº 10.847. Brasília, 15 de março de 2004

Leia a nova lei do setor elétrico, sancionada por Lula, clicando aqui.

<topo>

3 Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina. Fato Relevante. Cataguases, 16 de março de 2004

Pra ler na íntegra o Fato Relevante divulgado pela Cataguazes, clique aqui.

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Bruno Schröder

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás