l IFE:
nº 1.307 - 16 de março de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 Abrage lista pontos positivos e negativos do Novo Modelo Segundo
o presidente da Abrage, Flávio Neiva, somente o tempo dirá se o Novo Modelo
do setor elétrico será capaz de atrair os investidores privados no nível
desejado. Neiva listou como os principais pontos positivos a retomada
do planejamento; a obrigatoriedade de contratação, por parte das distribuidoras,
de 100% de seu mercado; a existência de contratos de longo prazo; a coexistência
isonômica de empresas estatais e privadas; licenciamento prévio e licitação
por menor tarifa e não por maior ágio. Os pontos negativos listados por
ele são: muita coisa ainda por regulamentar, o que causa instabilidade;
a impossibilidade das geradoras de escolherem o seu comprador; a diluição
das garantias de recebimento do pagamento e um ligeiro encarecimento do
financiamento. Neiva defende ainda a regulamentação futura de uma reserva
de energia, destinada a cobrir crescimentos inesperados de mercado. Para
ler a entrevista na íntegra, clique aqui.
(Valor - 16.03.2004) 2 Conselho de Infra-estrutura da CNI se reúne para analisar novo modelo do setor elétrico A CNI ainda
está avaliando os impactos reais que o novo modelo do setor elétrico aprovado
no Congresso Nacional trará para a indústria nacional. Os representantes
do Conselho de Infra-Estrutura da CNI se reunirão no dia 16 de março para
analisar detalhadamente as novas regras do setor. "Inicialmente, a impressão
que temos é que o novo modelo traz um viés estatizante e isso desestimula
os investidores privados", observa José de Freitas Mascarenhas, presidente
do conselho. Na avaliação do executivo, o governo federal poderia ter
ouvido mais as empresas privadas durante o processo de aprovação das MPs.
Agora, diz ele, é esperar pela regulamentação e torcer para que as empresas
privadas participem das negociações. Mascarenhas afirma, no entanto, que
o texto aprovado no Congresso Nacional melhorou bastante, se comparado
com o documento apresentado em dezembro passado. (Canal Energia - 15.03.2004) 3 Presidente do Conselho da CNI aponta pontos positivos do novo modelo José de
Freitas Mascarenhas, presidente do Conselho de Infra-Estrutura da CNI
destaca, entre os pontos positivos do novo modelo, a exclusão da cobrança
da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para os auto-produtores de
energia elétrica. A medida foi incluída durante aprovação na Câmara dos
Deputados, mas acabou sendo retirada no Senado Federal. "Para os auto-produtores,
a aprovação do novo modelo foi interessante, pois não houve mudança em
seu conceito", comenta. Segundo ele, dos investimentos feitos no ano passado
no setor elétrico, 80% foram feitos por auto-produtores. (Canal Energia
- 15.03.2004) 4
Subtransmissão: Possível mudança nas regras preocupa grandes consumidores
5 Grupo de trabalho será criado para viabilizar construção de usina de Garabi O projeto
da usina de Garabi, no Rio Grande do Sul, começa a ser definido esta semana,
quando será criado um grupo de trabalho que terá o prazo de um ano para
viabilizar a construção do empreendimento. Com investimentos de US$ 2
bilhões, a hidrelétrica vai gerar 1.860 MW, o que corresponde a 50% de
todo o consumo do estado. O grupo de trabalho é composto pela Secretaria
de Energia, Minas e Comunicações, que terá a coordenação do Secretário
Valdir Andres, pela Secretaria do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais,
Secretaria da Fazenda, CEEE, Fepam e, como membros convidados, a Eletrosul,
o Ministério de Minas e Energia e o Ibama. As reuniões entre o grupo e
as empresas interessadas começam em abril, em Garruchos, no próprio local
do empreendimento. (Canal Energia - 15.03.2004) O preço
da energia elétrica no MAE permanece em R$ 18,59 para todas as cargas
e submercados do país. Esta é a quinta semana consecutiva que não há mudanças
no valor do MWh. Os valores são válidos para a semana que vai do dia 13
a 19 de março. (Canal Energia - 15.03.2004)
Empresas 1 Eletropaulo renegocia dívida de R$ 2,3 bi A AES Eletropaulo
concluiu, com adesão de 100% dos credores, a renegociação de sua dívida
de curto prazo, no valor de R$ 2,3 bilhões. Com o acordo, que envolveu
25 bancos e levou seis meses para ser finalizado, a maior distribuidora
do país conseguirá equilibrar seu fluxo de caixa e terá fôlego para ficar
até 2007 sem captar dinheiro no mercado. É com essa expectativa que trabalham
o presidente da companhia, Eduardo Bernini, e a vice-presidente financeira
e de relações com investidores, Andrea Ruschmann. "A dívida foi renegociada
e a capacidade de pagamento será adequada de acordo com o fluxo de caixa
da empresa", diz Bernini. A companhia ganhou mais três anos, segundo Andrea.
A dívida será quitada em quatro parcelas, sendo a última com vencimento
em dezembro de 2008. Os credores aceitaram como garantia, em caso de inadimplência,
um penhor de recebíveis de consumidores de alta tensão no valor de até
30% da receita bruta diária, limitado a R$ 200 milhões. (Valor - 16.03.2004) 2 AES Eletropaulo acredita que receberá R$ 700 mi do BNDES Apesar de não ter uma relação direta, segundo o presidente da AES Eletropaulo, Eduardo Bernini, o acerto de contas da Eletropaulo com seus credores motiva a distribuidora a aguardar a liberação de R$ 700 milhões em recursos do BNDES. O montante refere-se à terceira parcela da recomposição de perdas com o racionamento e à CVA. "Em 15 ou no máximo 30 dias, poderemos receber esses recursos", acredita Bernini. Segundo o executivo, boa parte dos R$ 700 milhões será aplicada na amortização de dívida. Ele acrescentou, ainda, que com o acordo a empresa entra em uma nova etapa da reestruturação dos negócios da AES no Brasil. A Eletropaulo planeja retomar investimentos e desembolsar R$ 302 milhões, basicamente na expansão de sua rede. (Valor - 16.03.2004) A Alliant
Energy ajuizou ação contra a Companhia Luz e Força Cataguazes Leopoldina
e a Catleo Energia. A ação tem por objetivo anular acordo no qual a Alliant
aceitava converter seus créditos contra a Cataguazes em aumento de capital
da Usina Termelétrica de Juiz de Fora. (Valor - 16.03.2004) 4
Eletrosul volta a ser geradora de energia 5 Investimentos da Eletrosul devem atingir R$ 308 mi em 2004 A Eletrosul
prevê que seus investimentos podem chegar a R$ 308 milhões neste ano,
afirmou o diretor-presidente da empresa, Milton Mendes. O total será 142%
superior aos R$ 127 milhões investidos no ano passado. Os recursos serão
aplicados principalmente em obras de ampliação de subestações e recapacitação
de linhas de transmissão. A expectativa da empresa também se volta para
o próximo leilão de linhas de transmissão, previsto para ocorrer ainda
no primeiro semestre. (Jornal de Santa Catarina - 16.03.2004) 6 Cemat vai receber R$ 55,6 mi relativos à CCC A Cemat
receberá R$ 55,6 milhões da Conta de Consumo de Combustíveis referente
à implantação de quatro linhas de transmissão e sete subestações que permitirão
a substituição de geração termelétrica em três municípios de Mato Grosso.
Os empreendimentos são os primeiros da área de transmissão a receber recursos
da CCC. O valor corresponde a 75% do custo das LTs Campo Novo/Brasnorte,
Brasnorte/Faz.Cortez, Faz.Cortez/Juara e Faz.Cortez/Juína e mais sete
subestações. O benefício está previsto na Lei n° 10.438/02 e na Resolução
Aneel n° 784/02 e beneficiam empreendimentos que substituam total ou parcialmente
a geração termelétrica baseada em derivados de petróleo. A entrada em
operação das LTs e SEs permitirão que os municípios de Brasnorte, Juína
e Juara recebam energia transmitida pelo Sistema Interligado Nacional.
(Canal Energia - 15.03.2004) 7 BNDES libera R$ 760 mi para Eletronorte O BNDES
liberou parte do financiamento aprovado de R$ 931 milhões para ampliação
da hidrelétrica de Tucuruí. Segundo a assessoria do banco, o montante
chegou a R$ 760 milhões. Os R$ 171 milhões serão liberados de acordo com
o cronograma estabelecido pelo banco. Desde dezembro do ano passado, o
empréstimo estava aprovado, entretanto, o banco não podia liberar por
restrições fiscais para o setor público. A liberação do dinheiro resolverá
uma pendência que se arrasta há meses, que é a inadimplência da Eletronorte
com o consórcio responsável pela ampliação da hidrelétrica, localizada
no Pará. O projeto, que prevê a ampliação da capacidade instalada atual
de 4.245 MW para 8.370 MW, é desenvolvido pelas empresas Alstom, Inepar,
General Eletric e Odebrecht. (Canal Energia - 15.03.2004) 8 Chesf vai construir linhas em parcerias O consórcio
formado pela Chesf e a Alusa venceu o último leilão de linhas de transmissão
realizado pela Aneel e ficará responsável pela implantação da linha Teresina/Sobral/Fortaleza.
Para o presidente da Chesf, Dilton da Conti, um dos pontos mais importantes
dessa parceria foi o processo utilizado para a escolha da Alusa. Como
não houve a necessidade de abrir um consulta pública, uma vez que a Chesf
entrou na SPE de forma minoritária, diversas empresas procuraram a estatal
para participar da associação e, após a análise de dezenas de critérios,
a escolha recaiu sobre a Alusa. Com ela, a Chesf irá alavancar um investimento
de R$ 548 milhões. Para o presidente da Chesf, juntamente com a estabilidade
econômica, o marco regulatório vai permitir a alavancagem desses investimentos.
(Correio da Paraíba - 16.03.2004) 9 Iguaçu Energia realiza leilão para contratar energia até 2007 A Iguaçu Energia , ex-Hidrelétrica Xanxerê de Santa Catarina, divulgará no dia 24 de março os vencedores do leilão público para contratação de energia. A empresa está recebendo até o dia 19 de março proposta para a compra de três lotes de energia, sendo que o primeiro de 13 MW médios terá 17 meses de duração. O fornecimento desse lote começa ainda nesse mês. Já o fornecimento dos outros dois lotes, de 17,85 MW médios e 20,35 MW médios, tem início em agosto de 2005 e 2006, respectivamente. O diretor Comercial e Operacional, Joaquim Sales Leite Neto, explica que a duração do primeiro lote é maior devido à data base de revisão da concessionária ser em agosto e a regra da Aneel de só permitir reajuste após um ano de contrato. (Canal Energia - 15.03.2004) 10 Maior parte dos clientes da Cemig perde benefício da tarifa de baixa renda Cerca de
450 mil consumidores mineiros beneficiados com a tarifa de baixa renda
da Cemig vão perder descontos de até 65% na conta de luz até o fim deste
mês. Ontem, venceu o prazo para o recadastramento para aqueles que contavam
com o benefício. Das 525 mil contas que a concessionária de energia enviou
aos seus clientes com o alerta sobre a necessidade de regularizar a situação,
apenas 75 mil retornaram à empresa com o cadastro preenchido, dentro das
novas condições exigidas. Segundo a Cemig, como o faturamento das contas
é feito gradativamente até o fim do mês, ainda há uma pequena possibilidade
de as cartas que forem chegando preenchidas serem consideradas. (Estado
de Minas - 16.03.2004) 11 MPX demonstra interesse em participar de novo leilão de energia A MPX quer participar do leilão de energia que deverá ser realizado pelo MME até o final de 2004. A empresa investirá US$ 125 milhões na construção da TermoPantanal, no Mato Grosso do Sul, que terá 163 MW de capacidade instalada. O presidente Eike Batista diz que a potência inicial de 43 MW, que entrará em operação até o final do ano, será consumida por Corumbá e o restante será oferecido ao sistema. Esse volume entrará em operação até o final de 2006. "Podemos destinar o excedente para o sistema integrado para abastecer o restante do Mato Grosso do Sul e outros estados do país", diz. (Canal Energia - 15.03.2004) 12 Seawest, Gamesa, SIIF e Novaenergia demonstram interesse em potencial eólico do RJ O potencial
energético do estado do RJ a partir da geração eólica vem atraindo investidores
nacionais e estrangeiros. As empresas Seawest, Gamesa, SIIF e Novaenergia
já apresentaram requerimentos para obtenção de licenciamento ambiental
de áreas com potencial eólico, e aguardam a entrada em vigor do Proinfa
pelo governo federal para implementar os projetos. Segundo o superintendente
de Projetos Especiais da Secretaria de Energia do estado, Luiz Antonio
de Almeida, o sucesso não só dos projetos fluminense, mais de toda a produção
eólica no país, está atrelado ao programa. A expectativa é que os contratos
sejam assinados em 29 de abril, e que os primeiros projetos entrem em
operação em dezembro de 2006. (Canal Energia - 15.03.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Nível de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 72,1% O volume
armazenado no subsistema Sudeste/Centro-Oeste está 43,2% acima da curva
de aversão ao risco 2003/2004. Os reservatórios alcançam índice de 72,1%.
O índice teve um aumento de 0,38% em um dia. As hidrelétricas de Emborcação
e Furnas registram volume de 81,72% e 89,68%, respectivamente. (Canal
Energia - 15.03.2004) 2 Subsistema Sul registra aumento de 0,19% no volume armazenado A região
Sul apresenta índice de armazenamento de 63,68%, um acréscimo de 0,19%
em relação ao dia anterior. A hidrelétrica de Salto Santiago registra
62,63% da capacidade. (Canal Energia - 15.03.2004) 3 Subsistema Nordeste está 31,2% acima da curva de aversão ao risco A capacidade
de armazenamento no subsistema Nordeste chega a 68,55%, ficando 31,2%
acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento
de 0,89% em comparação com o dia anterior. A usina de Sobradinho apresenta
índice de 68,75%. (Canal Energia - 15.03.2004) 4
Subsistema Norte está com 97,9% da sua capacidade de armazenamento 5 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Comgás cobra da Petrobras redução de preços do gás natural A Comgás defende a redução imediata dos preços do produto fornecido pela Petrobras. "Não podemos esperar até 2007 ou 2010 para investir e viabilizar a expansão do consumo", diz Roger Ottenheym, diretor de suprimentos da empresa. A empresa projeta investimentos de mais R$ 1,2 bilhão para os próximos cinco anos. "Há um potencial para acelerar a expansão da demanda, se houver a redução de preços proposta pelo governo paulista", diz Ottenheym. Aos preços atuais "haverá apenas crescimento orgânico da demanda". Na opinião de Ottenheym, há um conflito de interesses dentro da Petrobras que impede uma redução mais acentuada dos preços do gás natural. "Ela tem de decidir se quer vender mais óleo combustível ou mais gás", observa. Como a estatal também comercializa os óleos combustíveis leves e pesados usados pelas indústrias como insumo, esses produtos historicamente têm sido oferecidos a preços inferiores ao do gás pela empresa. "Ou o transforma em gás liquefeito e exporta por menos de US$ 2 por milhão de BTU ou vende mais barato, desde já, às distribuidoras paulistas e dos demais Estados para estimular a troca de matriz energética", argumenta Ottenheym. (Folha de São Paulo - 16.03.2004) 2 Sauer: Petrobras está realizando esforços para atrair novos consumidores de gás Segundo
Ildo Sauer, diretor de gás e energia da Petrobras, a estatal já vem desenvolvendo
esforços para atrair novos consumidores para o gás natural. "O gás é uma
questão nacional: a expansão da demanda depende da interligação dos gasodutos
existentes", diz. A Petrobras deverá iniciar em junho deste ano a ligação
dos gasodutos do Nordeste e do Sudeste. "Já temos US$ 1 bilhão em caixa
para investir. Estamos só aguardando a licença ambiental do Ibama", diz
Sauer. Além disso, a empresa planeja a construção de um gasoduto ligando
todo o Centro-Oeste, o Meio-Norte e o Nordeste do país. Segundo ele, a
empresa também está investindo na expansão do uso do gás natural na co-geração
de energia. Todos esses projetos poderão dispor do gás da bacia de Santos.
(Folha de São Paulo - 16.03.2004) 3 Petrobras registra aumento de 2% na produção de gás natural em fevereiro A produção
média de gás natural pela Petrobras, em fevereiro, foi de 41,7 milhões
de m³/d, excluindo o volume liqüefeito. O volume é 2% superior aos 40,8
milhões de m³/d registrados em janeiro. A produção internacional da estatal
foi de 165,9 mil barris diários de óleo e 15,87 milhões de m³/d de gás
natural, excluindo o liqüefeito. (Gazeta Mercantil - 16.03.2004) 4 Comissão Geral da Câmara dos Deputados discute projeto de oleoduto no RJ A disputa
entre o governo do Rio de Janeiro e a Petrobras em torno do oleoduto que
levará petróleo da Bacia de Campos (RJ) para refinarias do Sudeste, chegou
à Câmara dos Deputados. O tema será discutido hoje na Comissão Geral,
onde a direção da empresa busca esclarecer a opinião pública da necessidade
da liberação ambiental para o projeto, que seria definido até o final
deste mês. Avaliada em R$ 4,65 bilhões, a obra é considerada pela estatal
como esteio para a sonhada auto-suficiência do País, a partir de 2006.
No entanto, a governadora do Rio, Rosinha Garotinho, insiste em criar
barreiras para a liberação do oleoduto pela Fundação Estadual de Engenharia
de Meio Ambiente (Feema). O governo federal entende que o aval deveria
ser do Ibama, pois o percurso envolve também o estado de São Paulo, enquanto
a Petrobras alega que o oleoduto passará por locais onde já existem dutos.
Outro obstáculo à operação é a ameaça de aumentar o ICMS pelo governo
Rosinha. (Gazeta Mercantil - 16.03.2004) 5 Presidente da Petrobras participará do debate O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, lamenta a disputa criada. "O oleoduto é importante para a Petrobras, para o Rio e para o Brasil e é lamentável que queiram transformá-lo em objeto de disputa política", afirmou. Dutra vai hoje à Câmara com o objetivo de despolitizar o debate. Ele argumenta que o tema deve ser tratado com parâmetros técnicos e não políticos. E acrescenta que em 2007, 40% dos 1,7 milhões de barris seriam transportados por dutos. A direção da Petrobras afirma ainda que o governo do RJ tem pressionado municípios, por onde passaria o oleoduto, a criarem problemas em seus planos diretores para impedir a obra. Para acabar com este obstáculo, a estatal tem promovido reuniões para esclarecer projeto. Com a chegada do oleoduto, esses locais terão maior participação em royalties. Outro argumento a ser usado é a autonomia do Brasil em refino de petróleo. Dutra enfatiza que se o oleoduto não sair, o atraso para que o País chegue a auto-suficiência seria de pelo menos um ano. (Gazeta Mercantil - 16.03.2004) 6 Construção da TermoPantanal começa no próximo dia 22 Na próxima segunda-feira, dia 22 de março, a MPX inicia a obra para construção da TermoPantanal e do gasoduto que fornecerá 2 milhões de gás natural por dia para a unidade. O ramal, que trará o combustível da Bolívia, terá 35 quilômetros. A MPX e MS Gás investirão R$ 13 milhões no projeto. Além da usina, a empresa prevê investimentos de mais US$ 75 milhões em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, na implantação de uma siderúrgica para agregar valor ao minério de ferro produzido pela Mineração Corumbaense. A empresa ainda avalia a implantação de uma indústria produtora de aço e outros investimentos, como o pólo gás químico. O proprietário da MPX, Eike Batista, já está negociando com empresários bolivianos investimentos nos dois lados da fronteira. "Estamos abertos para que os bolivianos sejam nossos parceiros em Corumbá, assim como pretendemos investir também em Puerto Suarez e Puerto Quijarro", conta. (Canal Energia - 15.03.2004)
Grandes Consumidores 1 Eletrointensivas fogem das novas regras Migração
de indústrias eletrointensivas foi acelerada nos últimos meses para fugir
de novas regras. Desde que teve início a contratação livre de energia
no mercado, em 1998, os últimos 15 meses registraram a maior ocorrência
de assinaturas deste tipo de contrato. A tendência é que em 2004 deva
ser intensificado o processo de migração de eletrointensivos para o mercado
livre antes que entre em vigor o prazo de 3 anos de antecedência de aviso
da mudança que o novo modelo exige dos grandes consumidores. Segundo a
Eletrobrás, o aumento no consumo de energia pela indústria no ano passado
teria sido 0,6% maior não fosse a migração para os sistemas de auto-produção,
outra forma dos eletrointensivos se livrarem do mercado cativo. Estimativa
da Abrace aponta que cerca 7% do consumo total de energia do País está
no mercado livre e 87% é cativo. (Gazeta Mercantil - 16.03.2004) 2 Redução dos custos é o único objetivo da migração Para o superintendente
da Delta Energia, Mateus Aranha Andrade, a redução nos custos é o único
objetivo que tem levado grandes consumidores, mesmo os não intensivos,
a trocar o mercado cativo pelo livre. Segundo Andrade, em 2003 a empresa
verificou aumento no movimento de troca de mercado pelos grandes consumidores.
"No final do racionamento se intensificou a migração para o mercado livre,
que teve uma grande aceleração no ano passado". De acordo com Andrade,
não só os consumidores eletrointensivos, com contas de energia acima dos
R$ 300 mil mensais, estão trocando de mercado, mas também consumidores
com gastos acima de R$ 30 mil por mês. (Gazeta Mercantil - 16.03.2004) Economia Brasileira 1 Indústria de SP cresceu 4,6% em janeiro Em janeiro, a produção da indústria cresceu em 7 das 12 áreas pesquisadas pelo IBGE e mostrou sinais de retomada do consumo doméstico. O destaque positivo ficou com São Paulo, onde a indústria produziu 4,6% mais do que em janeiro de 2003. Foi o sexto crescimento consecutivo e a segunda maior taxa desde o início da recuperação, em agosto. Segundo Isabela Nunes, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, o resultado "é importante porque o Estado representa um "mini-Brasil". Sua produção é diversificada, mais voltada para mercado interno e corresponde a 40% da indústria". Na avaliação de Nunes, a reação da indústria paulista está sendo conduzida tanto por produtos voltados para exportação ou ligados ao agronegócio (motores para equipamentos agrícolas e aço) como por itens destinados ao consumo doméstico (óleo combustível e diesel). O resultado de São Paulo está puxando para cima a indústria nacional, cujo crescimento médio ficou em 1,7% na comparação com janeiro de 2003. (Folha de São Paulo - 16.03.2004) 2 Balança comercial: Superávit de US$ 4,5 bi Em março, pela primeira vez no ano, as importações crescem num ritmo mais rápido do que o das exportações. O resultado, no entanto, não comprometeu o bom desempenho da balança comercial neste ano. Do início do ano até a semana passada, o país acumulou um superávit comercial de US$ 4,481 bilhões, 62,3% a mais que o saldo registrado no mesmo período de 2003 (US$ 2,761 bilhões). Devido ao bom resultado nos dois primeiros meses de 2004, no acumulado do ano, o ritmo de crescimento das vendas continua superior ao das compras. A média diária de exportações cresceu 27,8% desde o início do ano, e a das importações, 16,4%. Um ritmo mais acelerado das importações já era esperado. No final de 2003, o ministro Furlan já dizia que as importações cresceriam mais rapidamente que as exportações em 2004. De acordo com as análises de Furlan, a retomada do crescimento econômico estimularia as compras externas, que ficaram deprimidas no ano passado. (Folha de São Paulo - 16.03.2004) 3 Furlan: BNDES financiará crescimento do País O ministro Furlan disse que o BNDES será o principal agente de financiamento de projetos de infra-estrutura do Brasil e admitiu que o banco estatal de fomento vem recebendo demanda adicional do setor público para empreendimentos nessa área. A questão esbarra, contudo, na restrição de que o BNDES não pode expandir seus empréstimos ao setor público acima do equivalente a 45% de seu patrimônio líquido, índice que já estaria comprometido com os atuais projetos em carteira, disse Furlan. Segundo o ministro, o assunto vai ser tratado na próxima reunião do conselho de administração do BNDES, na semana que vem. "A limitação de 45% continua. O que existe é um compromisso das autoridades monetárias de que o BNDES terá autonomia para realizar o seu orçamento de 2004, com o limite ao setor público que estava acertado no final do ano passado. Mas está havendo demanda maior do setor público", explicou o ministro. (Gazeta Mercantil - 16.03.2004) 4
Furlan conversa sobre política industrial com empresários 5 Inflação medida pelo IPC-S sobe para 0,48% A inflação
medida pelo IPC-S, calculado pela FGV, subiu de 0,38% para 0,48% na segunda
semana de março. A aceleração de preços foi resultado da pressão maior
exercida pelos itens Alimentação (que passou de 0,64% para 0,90%) e Habitação
(que subiu de 0,35% para 0,49%). Já os grupos vestuário e transportes
mostraram desaceleração. (O Globo - 16.03.2004) O mercado
de câmbio é vendedor e mantém o dólar em leve baixa neste final de manhã,
sempre oscilando no patamar dos R$ 2,90. Às 12h04m, a moeda americana
era negociada por R$ 2,899 na compra e R$ 2,901 na venda, com recuo de
0,13%. Ontem, o dólar comercial fechou com valorização de 0,13%, a R$
2,9030 na compra e a R$ 2,9050 na venda. (O Globo On Line e Valor Online
- 16.03.2004)
Internacional 1 Endesa prevê investimentos de 13,1 bi entre 2004 e 2008 A Endesa
espera efetuar um investimento de 3,8 bilhões de euros entre 2004 e 2008
na melhoria do abastecimento elétrico em Espanha. Segundo anunciou a Endesa
no seu relatório e contas de 2003, a maior fatia do investimento vai para
novas infra-estruturas de distribuição nas zonas em que a procura for
maior. A elétrica tem ainda um plano de investimento de 13,1 bilhões de
euros entre 2004 e 2008, dos quais 7,6 bilhões se destinam à manutenção
das instalações existentes e 5,5 bilhões ao crescimento orgânico da empresa.
No que diz respeito à produção, a Endesa prevê aumentar a sua capacidade
em mais 5847 MW até 2008. (Diário Econòmico - 15.03.2004) 2 Gas Natural propõe aumento da utilização de ciclo combinado na produção de energia na Espanha A Gas Natural
propôs ao governo espanhol que em 2011 cerca de 34% da energia elétrica
do país seja obtida através de processo de ciclo combinado e cogeração,
em lugar dos 10% correspondentes ao ano 2000, de modo que a Espanha possa
cumprir o Protocolo de Kioto, pacto que obriga os países a reduzir as
emissões de dióxido de carbono. O aumento desse tipo de energia, menos
poluente, se daria em detrimento ao carvão, que passaria gradativamente
dos atuais 35% para 15% em 2011, segundo a proposto do grupo presidido
por Antoni Brufau. O plano da Gas Natural implica na "entrada de operação
de novas centrais de ciclo combinado com gás natural, junto ao crescimento
da utilização de fontes de energia renováveis". (Expansión - Espanha -
15.03.2004)
Biblioteca Virtual do SEE 1 COIMBRA, Leila. "Decretos do Executivo são novo desafio das elétricas". Valor Econômico, 16 de março de 2004 Para ler
na íntegra a entrevista com o presidente da Abrage, Flávio Neiva, sobre
os pontos positivos e negativos do Novo Modelo, clique aqui. 2 CSPE. "Proposta Revisada do Valor Inicial da Margem Máxima, do Fator X e da Estrutura Tarifária da Comgás". São Paulo, março de 2004 - 25 páginas Para ler
a NOTA TÉCNICA Nº 4, divulgada pela CSPE, onde é revisada a proposta de
estrutura tarifária da COMGÁS, apresentada na audiência pública de 16/02/04,
clique aqui. 3 PRABHU, Aneesh e NIKAS, Dimitri. "Keys to sucess for U.S Eletricity Transmission and Distribution Company". Standard & Poors, New York, 11 de março de 2004 Neste artigo,
os analistas da S&P discutem quais foram os pontos principais que levaram
ao sucesso as companhias de transmissão e distribuição norte-americanas,
através de exemplos de estados como Pennsylvania, New York, New Jersey,
Texas, Maine e Massachussets, onde o setor elétrico de transmissão e distribuição
obtiveram avanços. Clique aqui. Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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