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IFE: nº 1.304 - 11 de março de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Dilma: Segunda etapa é a regulamentação do novo modelo
2 Dilma: Pontos não contemplados na MP sairão via decretos
3 CBIEE elogia posicionamento do Governo
4 Abraget quer participar da regulamentação do novo modelo
5 Abraget: Pool facilita entrada de novos empreendimentos
6 Preços de energia para o Proinfa estarão disponíveis na semana que vem
7 BNDES já aprovou R$ 1,4 bi para programa emergencial de auxílio as distribuidoras
8 Coppe da UFRJ desenvolve usina de geração de energia através de ondas

Empresas
1 Governo de MG quer recuperar ações da Cemig em poder da SEB
2 Cemig: Estratégia é federalizar os créditos
3 Fitch Atlantic explica nota da CPFL Piratininga
4 Clean Tech Fund investe em projetos de energia renovável e eficiência energética

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem acréscimo de 0,4%
2 Nível de armazenamento no Subsistema Sul está em 66,8%
3 Subsistema Nordeste está 26,4% acima da curva de aversão ao risco
4 Subsistema Norte registra aumento de 0,2% sem eu volume
5 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Petrtobras e Grupo Ultra estudam parceria para construção de central petroquímica no RJ
2 Gaspetro registra lucro de R$ 598,21 mi em 2003

Grandes Consumidores
1 Siderúrgicas têm lucros extraordinários
2 CSN quer implementar modelo próprio de internacionalização
3 CSN deve investir US$ 800 mi

4 CSN planeja nova captação com prazo de 15 anos
5 Projeto Veracel vai receber R$ 180 mi do BNDES
6 Aracruz estuda ampliação de sua capacidade de produção

Economia Brasileira
1 Meirelles diz que Brasil cresce mesmo com juros no patamar atual
2 BC deve manter Selic em 16,5%
3 Inflação pressiona índices

4 Indústria sobe 0,8% em janeiro
5 Setor privado pede definição do governo quanto ao financiamento da PPP
6 Primeiros projetos de PPPs terão projetos de R$ 5,2 bi, diz Levy
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Planos da Endesa
2 Gamesa inicia operação de primeiro parque eólico na Itália
3 EnBW vende sua participação na ENRW
4 EnBW teve prejuízos de 1,09 bi em 2003

Biblioteca Virtual do SEE
1 HOCHSTETLER, Richard Lee Hochstetler & FILHO, Ernesto Guedes. "O modelo e a punição aos investidores" Canal Energia: Rio de Janeiro, 1º de março de 2004
2 LUDMER, Paulo. "O desenho do zero" Canal Energia: Rio de Janeiro, 09 de março de 2004

 

Regulação e Novo Modelo

1 Dilma: Segunda etapa é a regulamentação do novo modelo

A segunda etapa da regulamentação do setor elétrico começará com a publicação de decretos que criarão a CCEE e a EPE. Também haverá, por meio de decreto, mudanças na governança do ONS, disse a ministra Dilma. Ela acredita que poderá iniciar a publicação dos decretos, portarias e resoluções da Aneel assim que as medidas provisórias 144, com as novas regras do setor, e 145, que cria a EPE, sejam aprovadas pela Câmara dos Deputados. A expectativa da ministra é de que as MPs sejam aprovadas ainda hoje e que sigam para a sanção do presidente Lula. "Nesta etapa de regulamentação, vamos chamar todos os agentes para conversar e receber novamente sugestões", disse Dilma. (Valor - 11.03.2004)

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2 Dilma: Pontos não contemplados na MP sairão via decretos

A ministra Dilma disse que muitos pontos que não foram contemplados na lei poderão ser agora regulamentados via decretos. "Esse modelo é como um quebra-cabeças, que só faz sentido se todas as peças se encaixarem", disse a ministra. Ela explicou que, além da política de comercialização, também está sendo costurado pelo governo, simultaneamente, uma política de relacionamento com o meio-ambiente. O objetivo da ministra é licitar somente projetos de geração com licenciamento ambiental prévio. A ministra disse também que está disposta a ouvir distribuidoras, geradoras, produtores independentes, grandes consumidores e auto-produtores de energia". Segundo Dilma, as reuniões com os agentes serão coordenadas por Maurício Tolmasquim. Os investidores do setor elétrico receberam de forma positiva a informação de que serão ouvidos para as decisões da nova etapa de regulamentação. (Valor - 11.03.2004)

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3 CBIEE elogia posicionamento do Governo

O presidente da CBIEE, Claudio Salles, disse que espera ser chamado para participar da próxima etapa da regulamentação. "O objetivo do governo é o mesmo que o nosso, de fazer com que o setor passe a ser atrativo." Salles disse que não acredita em grandes mudanças nesta próxima etapa, mas que espera pequenos avanços. Salles ainda espera conseguir, nesta próxima fase, atender ao principal pleito das distribuidoras, de repasse integral dos custos de aquisição da energia. Salles considerou um "avanço importante" o acordo fechado no Senado, de classificar como energia nova toda a energia em operação desde 2000, e não mais a partir de 2003, como havia sido aprovado na Câmara. Também considerou positiva a possibilidade dos agentes comercializarem energia até 2006 com flexibilização do prazo de entrega em até cinco anos. (Valor - 11.03.2004)

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4 Abraget quer participar da regulamentação do novo modelo

A Abraget quer trabalhar em conjunto com o Ministério de Minas e Energia na regulamentação do novo modelo do setor elétrico. Entre os pontos considerados chaves pela associação, o presidente Xisto Vieira Filho lista a oferta de garantias para os investimentos, regras contra inadimplência e inclusão da correção cambial na remuneração dos projetos. O executivo elogiou a escolha da FGV para a elaboração do índice que irá corrigir as tarifas de geração no pool. "É fundamental consolidar rapidamente o marco regulatório para garantir o retorno dos investimentos", afirma. (Canal Energia - 09.03.2004)

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5 Abraget: Pool facilita entrada de novos empreendimentos

Na visão da Abraget, a inclusão das usinas no pool facilita a implantação de novos projetos no Brasil. Xisto Vieira Filho explica que as térmicas tinham dificuldade de firmar contratos com distribuidoras devido ao custo mais alto em relação as hidrelétricas. "O benefício da segurança do sistema era pago por uma só distribuidora. Agora, todos pagarão por esse produto oferecido pelas termelétricas", explica. Segundo ele, as concessionárias tinham receio de fechar PPA, mesmo reconhecendo as vantagens das unidades. Outra mudança positiva para a Abraget foi a valorização da proximidade da carga no cálculo da tarifa de transmissão para empreendimentos de geração térmica. A entidade também reforça a importância da presença dos agentes na elaboração dos estudos realizados pela EPE. (Canal Energia - 09.03.2004)

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6 Preços de energia para o Proinfa estarão disponíveis na semana que vem

A ministra Dilma anunciou que até a próxima segunda-feira estarão disponíveis, no site do MME, os preços de energia referentes ao Proinfa. Até o final deste mês, informou Dilma, a Eletrobrás fará chamada pública para o contrato de 3,3 mil MW de potência, dividida entre energia eólica, de biomassa e de PCHs. A assinatura dos contratos se dará até 29 de março, disse Dilma, acrescentando que os empreendimentos a serem contratados deverão entrar em operação no máximo em dezembro de 2006. Segundo Dilma, as novas geradoras, que deverão ter índice de nacionalização de 60%, vão investir R$ 8 bilhões, e devem faturar R$ 1,5 bilhão anualmente. A ministra informou ainda que a Aneel já autorizou a contratação de 860 MW, sendo que, deste total, 117 MW tiveram aprovação ambiental e 743 estão em processo e aprovação. (Gazeta Mercantil - 11.03.2004)

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7 BNDES já aprovou R$ 1,4 bi para programa emergencial de auxílio as distribuidoras

O programa emergencial criado pelo governo para compensar o adiamento do repasse dos valores da CVA para as tarifas já conta com a aprovação de R$ 1,4 bilhão pelo BNDES. No geral, 21 distribuidoras foram contempladas desde que o programa relativo à compensação da CVA foi instituído, no ano passado. Do valor aprovado, R$ 545 milhões foram desembolsados, enquanto outros R$ 532 milhões, referentes a quatro empresas, estão sendo analisados. (Canal Energia - 09.03.2004)

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8 Coppe da UFRJ desenvolve usina de geração de energia através de ondas

A Coppe da UFRJ está desenvolvendo projeto de usina de geração de energia por ondas. A construção do empreendimento, localizado em Fortaleza, está orçado em US$ 1,5 milhão e a fase de estudos deverá demandar recursos da ordem de R$ 575 mil. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a Eletrobrás e o governo do Ceará no laboratório de tecnologia submarina da Coppe, no Rio de Janeiro. No Brasil, este tipo de usina poderia gerar 40 MW, segundo estimativas iniciais. O potencial de geração no mundo é estimado em 1 milhão de GW (1 TW). A usina a ser instalada no Ceará deverá ter 500 kW de capacidade e será conectada à rede elétrica convencional. Os recursos para o desenvolvimento do protótipo vêm de fundos setoriais e da Eletrobrás, sendo R$ 375 mil da Eletrobrás e R$ 200 mil do Cnpq, segundo Segen Estefen, coordenador do laboratório. Para a construção da usina, o laboratório espera fechar financiamento com a Finep ao longo deste ano. Segundo Estefen, o projeto será a primeira usina por geração de ondas das Américas. (Canal Energia - 09.03.2004)


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Empresas

1 Governo de MG quer recuperar ações da Cemig em poder da SEB

O governo mineiro tem pronta pelo menos uma estratégia para recuperar os 14% do capital total das ações da Cemig que estão hoje em poder do consórcio SEB, formado pela AES, por um fundo americano e pelo Opportunity. O consórcio comprou a participação em 1997 por US$ 1,05 bilhão, pagando um prêmio de 100% em relação ao preço das ações ordinárias no mercado, para compartilhar a gestão da companhia. Para fazer a aquisição, a SEB contraiu empréstimo de US$ 526 milhões junto ao BNDES. Já rolou a dívida três vezes - hoje superior a US$ 700 milhões - e desde maio, do ano passado está inadimplente. As ações foram dadas como garantia ao banco. E é com base nessa garantia que começa a ganhar forma o plano do governo mineiro. O governo estadual torce para que o BNDES tome as ações - representativas de 14% do capital total e 33% do votante. Com isso, poderia tentar recomprar esses papéis lançando mão de uma operação complexa, na qual utilizaria créditos da Cemig, avaliados em R$ 2,4 bilhões. A distribuidora de energia da Santa Catarina fez operação semelhante. (Valor - 11.03.2004)

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2 Cemig: Estratégia é federalizar os créditos

A operação de recuperação dos 14% do capital total das ações da Cemig que estão em poder do consórcio SEB está sendo feita pessoalmente pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Wilson Nélio Brumer, com o BNDES. De forma geral, a estratégia prevê a federalização desses créditos de R$ 2,4 bilhões que a estatal mineira tem com o governo estadual. Esses créditos são conhecidos como CRC, provenientes de reajustes tarifários que o governo federal não repassou, durante vários anos, para as concessionárias de energia elétrica. "É uma operação delicada, mas possível desde que o governo de Minas mostre a sua capacidade para assumir essa dívida com a União. Isto tem que estar comprovado no orçamento", diz Sérgio Tamashiro, analista do setor elétrico do BBVA Securities. "O governo tentou fazer essa operação para comprar a Eletropaulo, quando o controlador, a AES, estava em 'default' com o BNDES", lembra ele. (Valor - 11.03.2004)

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3 Fitch Atlantic explica nota da CPFL Piratininga

A classificadora de risco de crédito Fitch Atlantic Ratings afirmou esta semana o rating nacional de longo prazo 'AA-(bra)' atribuído às cotas sêniores a serem emitidas pelo Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) da CPFL Piratininga (SP), no valor de até R$ 300 milhões. O rating atribuído às cotas, segundo a agência, reflete a qualidade de crédito e de performance da Piratininga, além da qualidade dos recebíveis da sua área de concessão. A Fitch afirma ainda que a engenharia financeira da transação, coordenada pelo Banco Votorantim, mitiga eventuais riscos de desvio do fluxo de recebíveis, de descasamento de taxa de juros e de exposição a índices de inadimplência dos recebíveis. (Canal Energia - 10.03.2004)

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4 Clean Tech Fund investe em projetos de energia renovável e eficiência energética

O CleanTech Fund, fundo de investimento administrado pela Econergy, empresa especializada em soluções para tecnologias limpas, investirá em projetos desenvolvidos por pequenas e médias empresas nas áreas de energia renovável e eficiência energética. Os recursos do fundo, aproximadamente US$ 3,5 milhões por projeto, serão aplicados em iniciativas com potencial para gerar créditos de carbono, que possibilitem duas fontes de receita: a venda dos créditos de carbono e da energia. O Brasil pode receber investimentos de cerca de US$ 20 milhões apenas para as pequenas e médias empresas de energia renovável. (Gazeta Mercantil - 11.03.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste tem acréscimo de 0,4%

Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste registram 71 % da capacidade, volume 42,4% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice de armazenamento teve um acréscimo de 0,4%. As hidrelétricas de Emborcação e São Simão apresentam 79,2% e 98% do volume, respectivamente. (Canal Energia - 09.03.2004)

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2 Nível de armazenamento no Subsistema Sul está em 66,8%

A região registra 66,8% da capacidade, uma redução de 0,9%. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta volume de 66,4%. (Canal Energia - 09.03.2004)

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3 Subsistema Nordeste está 26,4% acima da curva de aversão ao risco

A capacidade de armazenamento no subsistema Nordeste chega a 63,2%, volume 26,4% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento de 0,95% em comparação com o dia anterior. A usina de Sobradinho apresenta 61,9% da capacidade. (Canal Energia - 09.03.2004)

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4 Subsistema Norte registra aumento de 0,2% sem eu volume

O nível de armazenamento no subsistema Norte está em 83,4%, um aumento de 0,2% em relação ao dia 7 de março. A hidrelétrica de Tucuruí registra 99% da capacidade. (Canal Energia - 09.03.2004)

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5 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Petrtobras e Grupo Ultra estudam parceria para construção de central petroquímica no RJ

A Petrobras estuda a construção de uma central petroquímica no estado do Rio de Janeiro. O projeto foi apresentado à estatal pelo grupo Ultra há algumas semanas e está em fase de análise pela diretoria. A nova unidade petroquímica, a ser construída possivelmente no município de Itaguaí, teria capacidade de refino de óleo pesado superior a 150 mil barris diários e demandaria investimentos de cerca de US$ 3 bilhões. O projeto, embora ainda em fase de análise, surge, também, como alternativa da Petrobras para o governo do RJ na difícil negociação em torno da concessão para a construção de um oleoduto, que escoaria o petróleo da Bacia de Campos a São Paulo. A direção da empresa não confirma, mas observadores do conflito entre a estatal e o governadora Rosinha acreditam que a decisão da companhia de investir em uma unidade petroquímica no estado poderá facilitar o aval do governo fluminense para a construção do gasoduto. (Gazeta Mercantil - 11.03.2004)

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2 Gaspetro registra lucro de R$ 598,21 mi em 2003

A Gaspetro, subsidiária da Petrobras para o transporte de gás natural, registrou lucro líquido de R$ 598,212 milhões em 2003, revertendo prejuízo de R$ 699,561 milhões registrado em 2002. A receita líquida de serviços prestados saltou de R$ 695,661 milhões em 2002 para R$ 1,596 bilhão no ano passado. O patrimônio líquido alcançou R$ 324,537 milhões em 2003. O endividamento de longo prazo caiu de R$ 5,23 bilhões em 2002 para R$ 3,51 bilhões em 2003. A Gaspetro informou ter sido beneficiada pelo crescimento do uso do gás natural como combustível industrial, residencial e automotivo. Em 2003, foram comercializados 28.082 mil metros cúbicos de gás, incluindo na média a produção da Petrobras e o gás importado da Bolívia. (Jornal do Commercio - 11.03.2004)

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Grandes Consumidores

1 Siderúrgicas têm lucros extraordinários

A siderurgia brasileira saiu de 2002 com prejuízos ou lucros magros, com exceção do grupo Gerdau, e fechou o ano passado com ganhos bilionários. As companhias foram favorecidas por vários fatores, entre o câmbio e, mais do que isso, pelos aumentos de preços do aço no mercado internacional, com reflexos nas vendas internas. A demanda mundial aquecida puxou exportações, que compensaram o fraco consumo no país até agosto. O lucro recorde de R$ 1,03 bilhão anunciado ontem pela CSN veio na esteira de outro resultado bilionário anunciado pelo grupo Usiminas/Cosipa na semana passada, de R$ 1,3 bilhão (valor consolidado). Um pouco antes, a CST, fabricantes de placas de aço e laminados controlada pelo grupo europeu Arcelor e pela Vale do Rio Doce, divulgou um ganho de R$ 910 milhões: 566% superior ao de 2002 A demanda mundial continua aquecida. A Usiminas e a controlada Cosipa, informou Rinaldo Campos Soares, presidente do grupo, está com toda a produção vendida até abril. A expectativa é no mínimo repetir os volumes embarcados em 2003. A CSN prevê um mix de venda 65% para mercado doméstico e 35% para exportação, que pode chegar a 40% se não houver reação da economia do país. Um terço dos embarques ao exterior são para a China. (Valor - 11.03.2004)

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2 CSN quer implementar modelo próprio de internacionalização

Sob a mão de ferro de Benjamin Steinbruch na gestão financeira, operacional e estratégica desde abril de 2002, a CSN quer pôr em prática um modelo próprio de internacionalização. "Não quero saber de fusões. É uma palavra fora de moda para nós", afirma o empresário. "Vamos crescer em produção de aço aqui, no Brasil, e, com essa base, comprar mercados nos Estados Unidos e Europa, onde vamos agregar valor à nossa produção", diz Steinbruch, eufórico com o lucro superior a R$ 1 bilhão alcançado no ano passado. "Temos minério, dinheiro em caixa e crédito", afirma, enfático, o principal acionista da CSN, com 46% das ações. De acordo com ele, isso dá à empresa uma posição para fazer o investimento que for mais atraente na estratégia de expansão. "No momento, a prioridade da companhia é entrar no negócio de minério de ferro, um mercado que está aquecido como nunca com o motor econômico chinês, o crescimento da Índia e a recuperação do Japão e EUA." (Valor - 11.03.2004)

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3 CSN deve investir US$ 800 mi

A CSN tem um plano pronto para investir quase US$ 800 milhões e se tornar um exportador de pelo menos 30 milhões de toneladas, além de suprir sua produção de aço com 10 milhões. Vai entrar em áreas dominadas por três gigantes: Vale do Rio Doce, Rio Tinto e BHP Billiton. A idéia é tornar a mineração de ferro em um negócio com grande percepção por parte dos investidores da CSN. "A mina Casa de Pedra tem valor a ser capturado de US$ 1,5 bilhão. Só uma pequena parte é reconhecida hoje", diz. No aço, a decisão de crescimento da CSN oscila entre duas vertentes: um novo crescimento de 2,5 milhões de toneladas na própria usina de Volta Redonda, que seria mais em conta devido à infra-estrutura existente, ou uma nova usina, talvez em Itaguaí (RJ), de 4 milhões ou 5 milhões de toneladas. (Valor - 11.03.2004)

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4 CSN planeja nova captação com prazo de 15 anos

Benjamin Steinbruch, disse que a empresa enxerga a possibilidade de realizar uma captação com prazo de 15 anos nos próximos meses. "Depois vamos pensar numa futura de 20 anos", acrescentou o empresário. Na captação de 15 anos, que poderá ocorrer até o final de abril, o montante pode se situar em torno de US$ 700 milhões. É o mesmo volume que a CSN tem em obrigações financeiras a serem pagas no decorrer deste ano. Steinbruch lembrou que a última captação feita pela CSN teve vencimento de dez anos. Em dezembro do ano passado, a CSN emitiu US$ 350 milhões em títulos externos, com prazo de dez anos e cupom (juro nominal) de 9,75% ao ano. (Valor - 11.03.2004)

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5 Projeto Veracel vai receber R$ 180 mi do BNDES

O BNDES libera, amanhã, financiamento no valor de R$ 180 milhões para o projeto Veracel, unidade de produção de celulose em fase de construção no sul da Bahia. Trata-se do desembolso pelo banco estatal de fomento da primeira parcela do empréstimo total de R$ 1,5 bilhão (cerca de US$ 500 milhões) contratado no início deste ano pela Aracruz Celulose, que divide o controle da Veracel com o grupo escandinavo Stora Enso. Segundo o diretor financeiro da Aracruz, Isac Zagury, a totalidade do empréstimo será desembolsada ao longo de 2004 e de 2005 (metade do valor total a cada ano), quando, então, a Veracel estará entrando em operação, com capacidade instalada de 900 mil toneladas/ano. Paralelamente ao financiamento do BNDES, a Veracel receberá nos próximos dias uma primeira "tranche", de US$ 40 milhões, do empréstimo de US$ 150 milhões contratado no mercado internacional junto ao Nordic Bank e ao Banco Europeu de Investimento. Os desembolsos estarão finalizados até 2005. (Gazeta Mercantil - 11.03.2004)

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6 Aracruz estuda ampliação de sua capacidade de produção

O presidente da Aracruz, Carlos Aguiar, informou que a empresa está concluindo estudos para ampliar em cerca de 300 mil toneladas/ano a capacidade de produção de suas unidades do Espírito Santo ( aumento de 250 mil toneladas/ano) e de Guaíba (50 mil toneladas), no Rio Grande do Sul (a antiga Riocell, adquirida no ano passado). Esse processo de "otimização de produção" implicará investimentos da ordem de US$ 300 milhões. A proposta será levada ao conselho de administração da Aracruz em abril próximo. (Gazeta Mercantil - 11.03.2004)

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Economia Brasileira

1 Meirelles diz que Brasil cresce mesmo com juros no patamar atual

Henrique Meirelles, declarou que a taxa de juros real do Brasil não é empecilho para o crescimento econômico do país. "O Brasil hoje tem a menor taxa de juros reais dos últimos dez anos. Esse é um número que muitas pessoas não gostam, ou não querem, ver. ", disse. A declaração de Meirelles e a divulgação de índices de inflação (IGP-M e Fipe) acima do esperado levaram pessimismo ao mercado. Para Meirelles, a prova de que o atual patamar de juros e a expansão do PIB caminham juntos é o crescimento da produção industrial. Em janeiro, o indicador teve alta de 0,8% ante dezembro de 2003, de acordo com dados do IBGE. "Essa taxa [de juros] é consistente com o crescimento, como já vínhamos dizendo. Evidentemente ainda é uma taxa elevada para padrões internacionais. Então é um desafio que continuemos a manter política de estabilização de preços no Brasil e de disciplina fiscal para que, ao longo do tempo, a taxa de juros de equilíbrio no Brasil possa cair e, portanto, possamos ter taxas ainda menores no futuro." (Folha de São Paulo - 11.03.2004)

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2 BC deve manter Selic em 16,5%

Meirelles procurou ser cuidadoso para evitar que seus comentários fossem interpretados como um indício de que o Copom deve manter inalterada a taxa de juros na reunião da próxima semana. O presidente do BC declarou também que a flexibilização da política monetária no ano passado pode não ter mostrado ainda todos os impactos. "Um corte de 1.000 pontos-base [dez pontos percentuais] não é sentido imediatamente", disse. Enfatizou que queria dar uma mensagem: "Este governo considera uma precondição para o crescimento a estabilidade de preços definida pelo Conselho Monetário Nacional com a meta de 5,5% para a inflação deste ano". Para 2004, Meirelles projeta crescimento de 3,5%. Uma projeção que, segundo ele, reflete os "sólidos fundamentos macroeconômicos" do Brasil. (Folha de São Paulo - 11.03.2004)

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3 Inflação pressiona índices

A primeira prévia do IGP-M de março mostrou forte aceleração inflacionária, originária dos preços no atacado. O índice alcançou 0,66%, ante 0,08% na primeira prévia de fevereiro. O IGP-DI, que também é calculado pela FGV, já havia mostrado anteontem que os preços estavam subindo fortemente no atacado, apesar de os últimos índices de preços no varejo mostrarem desaceleração. A inflação na cidade de São Paulo nos últimos 30 dias até 7 deste mês foi de 0,25%, acima do 0,19% de fevereiro, informou a Fipe. Além disso, a pressão por reajustes vinda das matérias-primas começa a aparecer nos preços aos consumidores. No início de fevereiro, o acompanhamento dos produtos industrializados constantes no Índice de Preços ao Consumidor mostrava deflação. A nova pesquisa já registra reajuste médio de 0,37%. Paulo Picchetti, coordenador do IPC da Fipe, diz que esses argumentos, mais a divulgação de crescimento de 0,8% da produção industrial, são perfeitos para justificar a manutenção dos juros. (Jornal do Brasil - 11.03.2004)

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4 Indústria sobe 0,8% em janeiro

Depois de cair em dezembro, a produção da indústria voltou a subir em janeiro - 0,8% na comparação com o mês anterior, descontados fatores sazonais. O setor cresce mais do que no início de 2003, mas numa velocidade menor do que a registrada entre julho e novembro do ano passado. "A reação [da indústria] começou muito forte, mas perdeu fôlego. Há, desde novembro, uma estabilização no nível de produção", disse Silvio Sales, chefe da Coordenação de Indústria do IBGE. Em relação a janeiro de 2003, o crescimento da indústria foi de 1,7%. Em dezembro de 2003, a produção havia caído 1%. Na análise do IBGE, a produção da indústria, depois da recuperação em meados do ano passado, praticamente se estabilizou nos últimos três meses. Segundo Sales, não há, neste momento, um cenário de forte expansão. O crescimento de janeiro, porém, foi liderado, mais uma vez, por bens duráveis (expansão de 3% ante dezembro) e bens de capital (4,5%). O primeiro foi beneficiado pela redução dos juros ao longo de 2003 e pelo conseqüente aumento da oferta de crédito. Segundo Sales, os cortes de juros realizados pelo Banco Central em 2003 estão fazendo efeito agora sobre o consumo de bens duráveis. (Valor - 11.03.2004)

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5 Setor privado pede definição do governo quanto ao financiamento da PPP

A especificação dos ativos que irão compor o fundo garantidor das PPPs é uma pré-condição para que a iniciativa privada se posicione afirmativamente na retomada dos investimentos em infra-estrutura. "É isso o que decidirá se os empresários participarão ou não das PPPs", afirmou o vice-presidente da Abdib, Francisco Valladares. Na iminência da votação do projeto que institui as PPPs no Congresso Nacional, o BID se posicionou informando dispor de US$ 4 bilhões a serem destinados ao financiamento de obras de infra-estrutura. O governo tem urgência na aprovação do novo modelo de contratos entre a iniciativa privada e o setor público, mas os empresários consideram que algumas regras carecem de detalhamento. Entre esses pontos está o fundo garantidor, o instrumento criado para dar lastro aos contratos. Joaquim Levy, explicou que o fundo garantidor será formado por recursos orçamentários, imóveis e ações. Ele, porém, não mencionou o montante de recursos do Fundo limitando-se a informar que as ações que serão colocadas no fundo virão de instituições cujo controle acionário não seja ameaçado. Levy enfatizou que o governo buscará distinguir as necessidades fiscais das regras da regulação para que se evite a criação de "esqueletos" ou litígios. (Gazeta Mercantil - 11.03.2004)

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6 Primeiros projetos de PPPs terão projetos de R$ 5,2 bi, diz Levy

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, apresentou uma carteira de R$ 5,238 bilhões com os primeiros projetos que o governo quer contratar em PPPs, durante o "Debate Nacional sobre Parcerias Público-Privadas". Levy reforçou o grande interesse do governo em usar as PPPs como instrumento viabilizador de investimentos necessários na área de infra-estrutura. O diretor-executivo do Brasil no BID, Martus Tavares, adiantou que o BID tem US$ 4 bilhões para emprestar ao setor privado no país e dará preferência às PPPs. (Valor - 11.03.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera com leve valorização neste final de manhã, influenciado pela depreciação dos ativos brasileiros. Às 12h15m, a moeda americana era negociada por R$ 2,910 na compra e R$ 2,912 na venda, com valorização de 0,34%. Ontem, o dólar comercial terminou com alta de 0,65%, a R$ 2,9000 na compra e a R$ 2,9020 na venda. Foi a primeira vez desde 27 de fevereiro que a divisa encerra os negócios acima de R$ 2,90. (O Globo On Line e Valor Online - 11.03.2004)

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Internacional

1 Planos da Endesa

A Endesa pretende vender sua participação na Aguas de Barcelona, na qual detém 11,64% do capital social. Para isso, contratou o banco InverCaixa para assessorá-la na operação, junto com o BNP Paribas e o Credit Suisse First Boston. Em comunicado feito em sua página eletrônica, a companhia espanhola do setor elétrico explicou que sua presença na empresa de tratamento de água "não é um investimento estratégico". As condições e o prazo para a venda ainda não foram definidos. (Valor - 11.03.2004)

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2 Gamesa inicia operação de primeiro parque eólico na Itália

A Gamesa Energia iniciou a operação do parque eólico "Florinas" na Itália, que conta com dez aerogeradores com uma potência instalada de 20 MW. Trata-se da primeira planta da companhia na Europa. O parque, cuja construção teve início em maio de 2003, está situado no noroeste da ilha de Cerdeña e conta com o modelo de aerogerador G80, com potência de 2 MW. A Gamesa Energia destacou a importância de "Florinas" por ser o primeiro empreendimento que realiza na Europa, e representa também "mais um passo" na estratégia de internacionalização do grupo, presidido por Alfonso Basagoiti. A atividade da Gamesa na Itália começou há cinco anos através de sua filia Games Energia Itália, que aumentou sua presença nas zonas com potencial eólico do país e conta com uma carteira de projetos em desenvolvimento de mais de 70 parques com uma potência de mais de 1700 MW na Itália. (Expansión - Espanha - 10.03.2004)

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3 EnBW vende sua participação na ENRW

A companhia alemã Energie Baden-Wurttemberg (EnBW) vendeu suas participação de 50% na ENRW Energie Nordrhein-Westfalen para a Stadtwerke Dusseldorf. Cerca de 30% da Stadtwerke Dusseldorf é controlada pela própria EnBW. De acordo com a EnBW, a saída da ENRW não muda em nada a participação da companhia na Stadtwerke Dusseldorf. Para a Stadtwerke Dusseldorf, a ENRW é fundamental para a companhia se estabelecer como fornecedora de energia e serviços no estado de North Rhine Ewstphalia. (Platts - 11.03.2004)

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4 EnBW teve prejuízos de 1,09 bi em 2003

A distribuidora de energia alemã EnBW registrou prejuízos de 1,09 bilhões no ano de 2003. A companhia afirmou que o resultado estava a par das expectativas e a perda de 1 bilhão de euros aconteceu durante o primeiro semestre do ano passado. Imediatamente a EnBW passou a reorganizar, fundir ou vender muitas de suas 395 subsidiárias. Até o momento já foram vendidas ou entrarão em processo de fusão, 86 de suas subsidiárias. (Platts - 11.03.2004)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 HOCHSTETLER, Richard Lee Hochstetler & FILHO, Ernesto Guedes. "O modelo e a punição aos investidores" Canal Energia: Rio de Janeiro, 1º de março de 2004

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2 LUDMER, Paulo. "O desenho do zero" Canal Energia: Rio de Janeiro, 09 de março de 2004

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Bruno Schröder

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