l IFE:
nº 1.297 - 02 de março de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 MPs devem ser votadas dia 3 de março As MPs do
novo modelo do setor elétrico devem entrar na pauta de votação do Senado
Federal no dia 3 de março, segundo adiantou o senador e líder do governo
na casa, Aloísio Mercadante (PT-SP). Após reunião no Palácio do Planalto
nesta segunda-feira, dia 1°, com outras lideranças do governo no Congresso
e membros do Executivo, Mercadante afirmou que o objetivo é buscar consenso
para que o tema possa ser votado esta semana. De acordo com o senador,
nesta terça-feira (dia 2 de março) haverá uma reunião entre o relator
do projeto de lei de conversão da MP 144, Delcídio Amaral, e lideranças
dos partidos no Senado. A previsão é que, mesmo sem a votação em plenário,
Delcídio apresente o relatório com o parecer do projeto aprovado na Câmara
dos Deputados em janeiro. Antes de votar as medidas do novo modelo, o
Senado terá que votar as MPs 141 e 142, que têm prioridade. (Canal Energia
- 01.03.2004) 2 MP 144 no senado deve incluir emenda que trata com mais rigor inadimplência As empresas
e órgãos públicos que somarem duas contas de luz vencidas no prazo de
um ano poderão ser obrigadas a fornecer um depósito-caução às distribuidoras
de eletricidade, se não quiserem ter o fornecimento de energia suspenso.
A exigência é uma das emendas que deverá ser incluída na MP 144, a ser
discutida hoje no plenário do Senado. O combate à inadimplência foi uma
das medidas reivindicadas pela Abradee. A entidade argumentou que o direito
de desligar a energia dos inadimplentes é garantido pela Justiça, mas
na prática não resolve o problema. Como o serviço está vinculado ao consumidor,
e não ao imóvel, em tese é possível manter o abastecimento por meses sem
que haja pagamento das contas, desde que haja mudança periódica do nome
do consumidor lançado na conta de luz. A MP deverá autorizar a distribuidora
a exigir do inadimplente que o consumo passe a ser vinculado ao imóvel.
A medida precisará ter a concordância do proprietário do estabelecimento,
que se responsabilizará pelo pagamento. As exigências não valerão para
consumidores residenciais nem para órgãos que prestem serviços públicos
essenciais. (Jornal do Commercio - 02.03.2004) 3 Empresas lutam por mudanças na MP que tramita no Senado Investidores
privados pretendem aproveitar até os últimos instantes antes da votação
no Senado das medidas provisórias que instituem o novo modelo do setor
elétrico para tentar mudar parte das novas regras. A principal tentativa
das empresas é acabar com o que consideram segregação no mercado de geração.
O temor do setor privado é que o governo possa, artificialmente, manter
um ambiente de sobra de energia no mercado de geração existente e, com
isto, garantir preços depreciados. Para Manoel Arlindo Zaroni Torres,
da Tractebel, e Mickey Peters, da Duke, a diferenciação de mercado para
as usinas já existentes e para as que serão implantados representa uma
grande possibilidade de prejuízos para as empresas que investiram no setor
com as privatizações. (Gazeta Mercantil - 02.03.2004) 4
Consultoria Tendências diz que Novo Modelo desestimula novos investimentos 5 Tendências: Problema do Novo Modelo é o marco regulatório estatizante Gustavo
Loyola, ex-presidente do Banco Central e atualmente sócio da consultoria
Tendências, fez uma ressalva cuidadosa sobre o futuro do setor: "o problema
de ter um marco regulatório estatizante é abalar a qualidade do futuro
investidor". Loyola não quis explicar qual seria o perfil desse novo investidor.
Em seguida, disse que pode ser um investidor pouco comprometido e que,
ao sinal de qualquer crise, possa, por exemplo, abandonar o empreendimento.
Ou, ainda, um investidor que exija que o governo assuma os riscos do projeto.
(Valor - 02.03.2004) Não foi
aceito pelo relator da MP 144 nos Senado, Delcídio Amaral, o pedido dos
distribuidores que queriam usar os créditos de inadimplentes do setor
público para compensar impostos a pagar. (Jornal do Commercio - 02.03.2004)
Empresas 1 Eletrobrás deve mudar de endereço A Eletrobrás
informou que não retornará ao prédio incendiado na quinta-feira. No mercado,
circulavam boatos ontem de que a empresa estaria analisando a possibilidade
de comprar alguns andares ou o próprio prédio onde funcionava a Bolsa
de Valores do Rio de Janeiro, no centro. O diretor de projetos especiais
e desenvolvimento tecnológico da Eletrobrás, José Drummond Saraiva, disse
que a alternativa mais provável é o aluguel de andares um prédio da Light,
recentemente desocupado, que fica na praia do Flamengo, cujo aluguel está
sendo negociado. "Para lá iriam os funcionários do prédio sinistrado",
disse. (Valor - 02.03.2004) 2 Celpe registra lucro sete vezes maior em 2003 As distribuidoras de energia do grupo Guaraniana - Coelba, Cosern e Celpe - registraram um crescimento em seus lucros no ano passado, na comparação com 2002. O aumento mais expressivo foi o da Celpe, cujo lucro em 2003 foi de R$ 97,8 milhões, sete vezes maior que o do ano anterior. A Celpe alcançou um uma receita bruta de R$ 1,18 bilhão, 23% superior à de 2002, e um resultado operacional de R$ 56 milhões, mais que o dobro do apurado no ano anterior. Entre as fontes de faturamento da Celpe, a venda de energia aos consumidores apresentou um total de R$ 1,63 bilhão em 2003, contra R$ 1,21 bilhão de 2002. Nesse ponto, pesaram favoravelmente questões como o consumo de energia - que cresceu 9% no ano passado -, a redução do índice de perdas, que ficou em 17,76%, e o reajuste das tarifas em 28,47% concedido pela Aneel no final de março. Outras fontes de receita da empresa foram R$ 2,25 milhões em negócios realizados MAE e R$ 1,91 milhão do aluguel da rede de transmissão para outras concessionárias de serviços públicos. (Gazeta Mercantil e Jornal do Comércio - PE - 02.03.2004) 3 Coelba registra lucro líquido de R$ 165,7 mi em 2003 A Coelba
registrou em 2003 um lucro líquido de R$ 165,7 milhões, um aumento de
34% sobre 2002. Mesmo tendo registrado um desempenho melhor em 2003, a
direção da Coelba, conforme consta do balanço divulgado ontem, considera
o crescimento da receita "inferior ao esperado". A receita bruta da distribuidora
em 2003 foi de R$ 2,4 bilhões, 23% superior ao ano anterior. O relatório
da administração aponta o baixo crescimento do mercado baiano, de 4,1%
em 2003 - o que resultou em um consumo de 9,2 milhões de MWh -, como responsável
pela receita abaixo da expectativa. O resultado foi que a empresa ajustou
seu nível de investimentos, que ficou em R$ 236 milhões, 10% menor que
o de 2002. A Coelba encerrou o exercício com uma dívida total de R$ 1,54
bilhão. As despesas financeiras ficaram em R$ 295 milhões, um aumento
de 47% sobre 2002. Parte da dívida -US$ 300 milhões com um sindicato de
bancos - vence em julho. A distribuidora informou que as negociações para
a rolagem desta dívida, visando o alongamento do endividamento da companhia
e também a diversificação dos vencimentos dos financiamentos, estão em
estágio avançado. (Gazeta Mercantil - 02.03.2004) 4
Cosern fecha 2003 com lucro de R$ 57,8 mi 5 Enersul registra lucro de R$ 13,89 mi em 2003 A Enersul
inverteu o resultado apresentado em 2002, quando registrou prejuízo de
R$ 94,11 milhões, e teve lucro líquido de R$ 13,89 milhões no ano passado.
A receita líquida da empresa ficou em R$ 563,58 milhões, contra R$ 424,56
milhões apresentado em 2002. O resultado bruto da empresa em 2003 chegou
a R$ 748,49 milhões. No ano anterior o valor havia ficado em R$ 561,04
milhões. A receita operacional ficou positiva em R$ 57,99 milhões. Em
2002, o montante fechou em R$ 44,05 milhões negativos. (Canal Energia
- 02.03.2004) 6 Escelsa registra lucro de R$ 176,9 mi em 2003 A Escelsa
encerrou 2003 com lucro líquido de R$ 176,9 milhões, revertendo o resultado
negativo de 2002, quando a empresa havia registrado prejuízo líquido de
R$ 509,2 milhões. A receita bruta da distribuidora ficou em R$ 1,4 bilhão
no ano passado, contra os R$ 1,2 bilhão do ano anterior. As receitas financeiras
caíram 12% em comparação com o mesmo período de 2002. No ano passado,
a receita financeira chegou a R$ 121,2 milhões, quando em 2002, o resultado
fechou em R$ 137,8 milhões. O resultado operacional em 2003 ficou em R$
282,9 milhões. (Canal Energia - 01.03.2004) 7 S&P melhora classificação da Elektro A Standard
& Poor's Ratings Services elevou seu rating de crédito corporativo atribuído
à Elektro Eletricidade e Serviços S.A. (Elektro) em sua Escala Nacional
Brasil de 'brBB-' para 'brBBB-'. A perspectiva A elevação do rating de
crédito corporativo reflete a manutenção do adequado desempenho operacional
e financeiro que a empresa vem apresentando desde reorganização societária
com base no capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos requerido
pela Enron Corp. - matriz da Elektro - nos Estados Unidos. O rating da
Elektro havia sido rebaixado em 29 de novembro de 2001, pois a Standard
& Poor's acreditava que o pedido de falência da Enron daria início a um
difícil período de extrema escassez de crédito para a Elektro nos mercados
bancário e de capitais. A S&P divulgou relatório mostrando que a Elektro
tem mantido seu programa de investimentos anuais e seus indicadores operacionais
continuam equilibrados. (Standard & Poor's - 02.03.2004) 8 Enersis aumenta capital da Cerj O grupo
de energia Enersis, unidade da Endesa Espanha, subscreveu 99,5% de um
aumento de capital da Cerj, uma de suas subsidiárias brasileiras. A operação,
de US$ 240 milhões, trocou por capital uma dívida que a empresa brasileira
tinha com a Enersis, de cerca de R$ 800 milhões, contraída em 1998. Depois
da subscrição, a empresa espanhola passou a deter 92% do capital total
da Cerj, explicou Marcelo Llévenes, principal executivo da Endesa no Brasil.
Com a capitalização, a dívida total da Cerj cai de R$ 1,5 bilhão para
R$ 800 milhões. O endividamento passou também a ser majoritariamente em
moeda brasileira, afirmou Llévenes. A outra controladora da empresa, a
EDP , não acompanhou o aumento de capital e teve sua participação reduzida
de 11,3% para 7,7%. Os minoritários podem cair para 0,3%. (Valor - 02.03.2004) 9 Cesp conclui pagamento de notas promissórias A Cesp concluiu no dia 26 de fevereiro, a remessa de pagamentos relativos às notas promissórias de médio prazo da primeira e quarta séries, com vencimentos finais em 2008 e 2011. Também foi concluída a remessa de pagamentos relativos às notas promissórias de médio prazo da segunda e quinta séries, com vencimentos finais em 2008 e 2011. Essa etapa foi concluída no dia 27 de fevereiro. Segundo comunicado enviado à Bovespa, os recursos relativos aos pagamentos estarão disponíveis aos detentores no período previsto na Escritura de Emissão das referidas notas promissórias. (Canal Energia - 01.03.2004) A Cesp iniciou
oferta pública para tentar vender 100 GWh de energia no curto prazo. O
preço de venda será definido com base na média mensal dos preços verificados
no MAE, acrescido de 15%. A energia será vendida em lotes de 40 GWh (carga
leve), 50 GWh (carga média) e 10 GWh (carga pesada). A expectativa da
geradora para este ano é de que, apesar da descontratação de 25% da energia,
a empresa deverá ter êxito nos futuros leilões de energia, em função do
crescimento esperado de 3,5% do PIB. A projeção é que o volume de energia
tenha uma elevação de 3,6% no ano. (Canal Energia - 01.03.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Capacidade de armazenamento está em 66,84% no Sudeste/Centro-Oeste No subsistema
Sudeste/Centro-Oeste, o nível de armazenamento chega a 66,84%, volume
38,84% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um
acréscimo de 0,9% em um dia. As hidrelétricas de Marimbondo e Furnas registram
volume de 52,88% e 83,1%, respectivamente. (Canal Energia - 01.03.2004) 2 Nível de armazenamento chega a 72,97% no subsistema Sul O subsistema
Sul está com 72,97% da capacidade, uma redução de 0,24%. A usina de Machadinho
registra volume de 37,54%. (Canal Energia - 01.03.2004) 3 Subsistema Nordeste está com 54,54% da capacidade O Subsistema
Nordeste registra 54,54% da capacidade, volume 18,54% acima da curva de
aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo de 1,03% em relação
ao dia anterior. A hidrelétrica de Sobrdinho apresenta índice de 52,84%.(Canal
Energia - 01.03.2004) 4
Subsistema Norte registra 79,02% da capacidade 5 LT Jupiá/Bauru está fora de operação Os dois
circuitos da Linha de Transmissão Jupiá/Bauru, de 440 kV, estão fora de
operação. A indisponibilidade ocorreu em função da queda de 31 torres,
nas proximidades do município de Jupiá (SP), causadas por vendaval. A
LT está fora de operação desde às 20 horas da última sexta e ainda não
há previsão de retorno. Em função da indisponibilidade da LT, o ONS restringiu
a geração nas usinas conectadas ao sistema de transmissão em 440 kV. Apesar
da restrição, o ONS acredita que a operação do sistema não deverá ficar
prejudicada. (Canal Energia - 01.03.2004) 6 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 MSGás fecha acordo para compra de gás mais barato Um acordo fechado com a subsidiária da Petrobras na Bolívia permitirá à Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGás) comprar gás natural até 58,3% mais barato do que o valor pago hoje pelas demais distribuidoras para a estatal pelo combustível. Serão dois milhões de metros cúbicos, mesmo volume do mercado da MSGás no Estado atualmente, que serão destinados à construção da TermoPantanal, projeto do Grupo MPX. O preço menor se deve primeiramente ao contrato de fornecimento, que será do tipo com interrupções (sem a cláusula que garante o pagamento mesmo sem consumo). A assinatura do contrato será celebrada no dia 11 de março. (Jornal do Commercio - 02.03.2004)
Grandes Consumidores 1 Suzano irá investir em florestas para aumentar sua produção O grupo
Suzano vai fazer o maior investimento dos seus 80 anos de história na
área florestal. Perto de dar o sinal verde para duplicar a operação da
controlada Bahia Sul em Mucuri, o que vai demandar US$ 1,2 bilhão, a companhia
anuncia uma verba de R$ 380 milhões para aumentar a sua base de eucaliptos
plantados, um acréscimo de pelo menos 30% em comparação ao valor gasto
no ano passado. A maior parte dos recursos para a área florestal deste
ano vai parar em solo baiano. Cerca de 65% da verba seguirá para Mucuri,
porque a empresa precisa finalizar a formação da base de eucalipto para
a expansão. Os 40% restantes terão como destino as unidades de Salesópolis
(SP) e Itapetininga (SP). De acordo com o projeto de US$ 1,2 bilhão, a
Bahia Sul precisará alcançar 173,5 mil hectares de eucaliptos plantados,
dos quais 41 mil hectares vão decorrer dos programas de fomento e o restante
estará localizado em solo próprio. (Valor - 02.03.2004) 2 Kablin vai investir R$ 80 mi para aumentar disponibilidade de madeira A Klabin
vai desembolsar cerca de R$ 80 milhões neste ano para aumentar a disponibilidade
de madeira. A empresa não prevê a compra de terras, mas a área própria
crescerá 10 mil hectares. A produção total de madeira própria da Klabin
será de 6,5 milhões de metros cúbicos ao final deste ano. Desse total,
2,5 milhões serão vendidos para terceiros, para atender a fabricação de
móveis e equipamentos musicais, mercados de maior valor agregado. Além
do plantio próprio, a Klabin investe também no fomento. Em 2003 a área
fomentada cresceu 2,5 mil hectares. Neste ano a estratégia é garantir
volume maior, cerca de 3,5 mil hectares.. O objetivo da empresa é não
só fazer frente aos programas de expansão mas ainda sustentar os volumes
de venda à terceiros. No total, a Klabin mantém hoje 190 mil hectares
de área plantada. (Gazeta Mercantil - 02.03.2004) 3 Votorantim Papel e Celulose vai investir US$ 70,8 mi em compra de terras e formação de florestas Este ano
a Votorantim Papel e Celulose (VCP) vai gastar US$ 70,8 na compra de terras,
formação de florestas e compra de máquinas. No ano passado foram US$ 54,1
milhões. O objetivo é plantar 20 mil hectares, considerando área própria
e arrendada. Em 2003, para assegurar maior volume de madeira para as fábricas,
a VCP adotou um programa batizado de "fomento contratado" no qual fornece
tecnologia, insumos, assistência técnica e recursos financeiros para o
agricultor formar as florestas. O investimento é de cerca de R$ 1,8 mil
por hectare. No total devem ser destinados R$ 2,56 milhões ao programa.
Os investimentos devem continuar elevados na VCP que tem por objetivo
aumentar o abastecimento de florestas próprias para 85% a partir de 2007.
Hoje essa taxa é de 70%. (Gazeta Mercantil - 02.03.2004) 4 Ripasa dobra recursos para aumentar área plantada da empresa Na Ripasa
a ordem é aumentar 5,5 mil hectares plantados por ano de 2004 até 2008
para atingir cerca de 100 mil hectares plantados e garantir cerca de 700
mil toneladas de madeira ainda em 2007. No ano passado foram 430 mil toneladas,
130 mil mais do que o volume de 1999. Para atingir a meta, a empresa paulista
está dobrando os recursos destinados à compra de terras nesse período,
serão R$ 20 milhões ao ano nos próximos cinco anos. O investimento acumulado
na compra de terras nos últimos três anos somou R$ 30 milhões. O montante
reservado para a manutenção e para o replantio também será maior, R$ 30
milhões. No ano passado foram cerca de R$ 25 milhões. Atualmente a Ripasa
conta com 63,5 mil hectares de área plantada - considerando próprias e
arrendadas, que devem crescer para 69 mil até dezembro. (Gazeta Mercantil
- 02.03.2004) 5 Aracruz tem parceria com BNDES em projeto de financiamento para fornecedores de eucalipto A Aracruz
Celulose, maior exportadora de celulose do Brasil, desenvolve em parceria
com o BNDES, um projeto piloto no qual o banco financia o fornecedor de
eucalipto da empresa. A previsão é de conceder recursos, inicialmente,
para cerca de 2,5 mil agricultores. Hoje a Aracruz financia produtores
em Minas Gerais, Bahia e Espirito Santo com um total de 58,2 mil hectares.
(Gazeta Mercantil - 02.03.2004) Economia Brasileira 1 Superávit comercial de quase US$ 2 bi em fevereiro No mês passado, a balança comercial bateu recordes históricos de superávits e de exportações para meses de fevereiro. O superávit, de US$ 1,98 bilhão, foi 78% maior que os US$ 1,12 bilhão obtidos em igual mês do ano anterior. As exportações, de US$ 5,72 bilhões, registraram alta de 14,4%, ante US$ 5,0 bilhões vendidos em fevereiro de 2003. As importações, que somaram US$ 3,74 bilhões, recuaram 3,9%, devido ao fato de fevereiro ter contado com quatro dias a menos ante fevereiro do ano passado. Considerada a média diária, as importações tiveram incremento de 6,9%. No acumulado dos dois primeiros meses deste ano, o superávit soma US$ 3,57 bilhões, 57,3% acima de igual período do ano anterior. (Gazeta Mercantil - 02.03.2004) 2 Importações de bens de capital apresentam queda As importações brasileiras de bens de capital continuam em queda, refletindo o baixo nível de investimentos do País. No acumulado do mês passado, o recuo foi de 16,5% ante fevereiro de 2002 - passaram de US$ 949 milhões para US$ 792 milhões. A média diária das importações de bens de capital em fevereiro foi de apenas US$ 44 milhões, com declínio de 7,3%. Com isso, o comportamento dos bens de capital contrasta com o desempenho dos demais itens importados pelo País, que tiveram alta. Mesmo com menos dias úteis no mês passado, as importações de matérias-primas cresceram 16,1% na média diária ou 4,53% no acumulado do mês. As importações feitas em fevereiro são fruto de decisões tomadas no último trimestre do ano passado, numa conjuntura na qual o PIB começava a mostrar reação, disse o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. "Mas o tímido desempenho dos bens de capital revela o ainda elevado grau de incerteza do setor empresarial", disse ele. (Gazeta Mercantil - 02.03.2004) 3 Palocci quer superávit anticíclico a partir de 2005 Palocci reafirmou que o Governo vai adotar a partir de 2005 um mecanismo conhecido como superávit anticíclico para as contas públicas. Por esse mecanismo, o Governo faria superávits maiores em períodos de crescimento econômico. Nas fases de retração, o superávit poderia ser menor, permitindo que os gastos públicos fossem maiores, estimulando a recuperação da economia. "Vamos implementar esse sistema a partir do ano que vem. Devemos construir a proposta de funcionamento desse mecanismo nos próximos meses", disse Palocci. Outra proposta apresentada pelo Governo ao Fundo prevê que o organismo adote um sistema preventivo para os países-membros da organização. Por esse sistema, que funcionaria como um seguro, os países teriam acesso a recursos do fundo independentemente de programas de ajuste econômico, no caso de ocorrência de imprevistos que levassem a essa necessidade. Segundo o ministro, os países teriam autonomia para adotar a política econômica e os recursos não seriam determinados por protocolos ou acordos. De acordo com Palocci, Koehler se mostrou aberto a essa discussão. (Jornal do Commercio - 02.03.2004) 4
Meirelles sinaliza que não haverá queda nos juros 5 Meirelles: Brasil deve crescer 3,5% em 2004 Meirelles
previu um crescimento do PIB de 3,5% ou mais neste ano. Segundo ele, a
expectativa é fundamentada na recuperação da produção industrial, principalmente
nos setores mais sensíveis às condições de crédito, como bens de capital
e de consumo duráveis. Também destacou o aumento das vendas do comércio,
nos setores de automóveis, móveis e eletrodomésticos. Para minimizar as
críticas em relação à demora do BC em reduzir as taxas de juros para promover
o crescimento do país, Meirelles sustentou que a queda do Produto Interno
Bruto no ano passado foi resultado da grave crise enfrentada pelo país
no fim de 2002 e da contração da economia no primeiro semestre. Ele disse
que, anualizada, a expansão do último trimestre de 2003 foi de 6%. Afirmou
ainda que é difícil manter um crescimento tão forte ao longo de 2004.
(O Globo - 02.03.2004) 6 BNDES: Custo do capital para empresa estrangeira será maior As novas
políticas operacionais do BNDES, colocadas ontem em vigor, privilegiam,
em termos de custo dos empréstimos, o setor público nacional e punem as
empresas controladas pelo capital estrangeiro. De acordo com as novas
políticas, as instituições da administração pública direta poderão contrair
empréstimos no banco estatal pagando juros de apenas 2% ao ano sobre o
custo básico do dinheiro do BNDES, que é a TJLP. As empresas de capital
estrangeiro, de qualquer porte, pagarão sobre a TJLP, ou sobre a variação
de uma ou mais moedas estrangeiras, juros que poderão variar de 4% a 5,5%
ao ano. O diretor de planejamento do banco, Maurício Lemos, disse que
a distinção de taxas para empresas nacionais e estrangeiras não fere a
norma constitucional que estabelece não haver diferença entre elas. Segundo
ele, trata-se apenas de uma "norma de gestão" baseada na avaliação de
que a empresa estrangeira tem mais facilidade para captar dinheiro. (Folha
de São Paulo - 02.03.2004) 7 Lemos: Medida deve ajudar a aumentar investimentos em infra-estrutura Para o setor público, o BNDES passou a cobrar explicitamente os 2% que cobra de qualquer cliente a título de "remuneração básica", sem nenhum dos descontos ou taxa de risco aplicáveis aos empréstimos às empresas. Lemos disse que, embora não houvesse uma explicitação sobre os custos dos empréstimos para a administração pública como há agora, sempre houve uma preocupação do banco em emprestar em condições mais favoráveis ao setor. Ele disse ainda que o BNDES sempre emprestou ao setor público, embora em um determinado período a prática tenha sido "desincentivada em termos mais gerais". A atual direção do BNDES entende que somente com o crescimento dos empréstimos do banco ao setor público será possível recuperar e ampliar a infra-estrutura do país. (Folha de São Paulo - 02.03.2004) 8
Bolsa apresenta alta apesar das turbulências 9 FMI: Novas regras não ficarão prontas no curto prazo As novas
regras que permitirão a exclusão de gastos do governo em infra-estrutura
e dos investimentos de algumas empresas públicas no cálculo do superávit
primário não ficarão prontas no curto prazo. A afirmação foi feita ontem
à noite pelo diretor-gerente do FMI, Horst Köhler. "Minhas expectativas
são que, no fim da primeira metade deste ano, tenhamos orientações, linhas
gerais [...]", disse Köhler em entrevista coletiva ontem em São Paulo.
Ele ressaltou não pode prometer que, até a próxima reunião do FMI, em
abril, haja alguma novidade sobre o assunto. Köhler enfatizou que as novas
regras estão sendo pensadas para toda a América Latina e, por isso, é
preciso definir um padrão que seja aceito internacionalmente. Köhler disse
também que é preciso tomar cuidado para que as novas regras mantenham
os governos comprometidos com a disciplina fiscal, para que não resultem
"numa porta aberta para novas dívidas". Köhler afirmou que as regras que
estão sendo analisadas também têm como objetivo reduzir custos em áreas
carentes para que a produção possa ser mais competitiva. (Folha de São
Paulo - 02.03.2004) 10
Dólar ontem e hoje Internacional 1 CFE consegue linha de crédito para aquisição de equipamentos nos EUA O Export
- Import Bank dos Estados Unidos deu a garantia de crédito de US$ 60 milhões
para a companhia estatal de energia do México, CFE, para a aquisição de
equipamentos e serviços de uma gama de companhias norte-americanas. As
compras antecipadas da CFE no primeiro semestre de 2004 vão totalizar
o montante de US#$ 50 milhões envolvendo cerca de 20 fornecedores dos
EUA. A companhia mexicana espera comprar equipamentos de teste e medição,
componentes e partes de turbinas, sistemas de controle, cabos de fibra
ótica e outros equipamentos. (Business News Americas - 01.03.2004) 2 Receitas maiores na Colômbia e México ajudam Union Fenosa As receitas
maiores provenientes dos ativos da Unión Fenosa na Colômbia e no México
influíram com que a elétrica espanhola registrasse um aumento de 9,1%
em sua margem bruta de negócios comparando-se o ano passado com o ano
de 2002, tendo alcançado 623 milhões de euros em 2003. A melhora foi em
parte ofuscada pelos péssimos resultados e a venda das distribuidoras
da Unión Fenosa na República Dominicana. No México, a Fenosa planeja dobrar
o seu Ebitda para 90 milhões de euros em 2004, saindo dos 49 milhões de
euros registrados em 2003. A geração mexicana aumentou de 1174 GWh registradas
em 2002, para 5883 GWh em 2003. O negócio de distribuição da Fenosa na
Colômbia representou um Ebitda positivo de 32 milhões de euros em 2003,
revertendo uma perda de 40 milhões de euros registrada em 2002. Embora
as vendas no segmento de distribuição tenham tido uma queda de 1,9% em
2003, alcançado um montante total vendido de 7163 GWh, a margem de negócios
bruto aumentou em 18,6 %, em função das altas nas tarifas de energia,
que subiram 16% . Além disso, contribuíram para o resultado positivo na
Colômbia, a redução nas perdas de energia e a redução dos custos, proveniente
de um acordo trabalhista. (Business News Americas - 26.02.2004) 3 Gas Natural aumenta em 50% dividendos pagos a acionistas O Conselho de Administração da Gas Natural propôs a junta geral de acionistas, que acontecerá no próximo mês de abril, um aumento de 50% no dividendo e um abono de 6 centavos brutos por ação com base nos benefícios do exercício de 2003. Segundo a informação remetida pelo grupo Gas Natural a Comissão Nacional de Mercado de Valores (CNMV), o dividendo complementar proposto é, portanto, de 0,3875 euros por ação, e será pago no mês de julho. Este montante representa um crescimento de 68,5% sobre o pago em julho de 2003. A proposta aprovada pelo Conselho de Administração supõe destinar 268,7 milhões de euros para serem pagos como dividendos, cifra que representa um pay-out (porcentagem de benefício destinada a dividendos) de 47,3%. Segundo a companhia, esse crescimento corresponde ao objetivo de incrementar a retribuição aos acionistas. (CincoDías - Espanha - 02.03.2004)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Loyola, Gustavo; Filho, Ernesto Moreira Guedes; Hochstetler, Richard Lee & Rojas, Andres. "O efeito do tratamento diferenciado dos empreendimentos de geração no modelo proposto" São Paulo: Tendências - Consultoria Integrada, janeiro de 2004 19 páginas O estudo, realizado a pedido da CBIEE e das empresas de geração Duke Energy Paranapanema e Tractebel Energia, argumenta que a segmentação da energia existente da energia nova nos leilões do novo modelo do setor elétrico tende a punir os investidores privados e retrair a alocação de recursos em novos projetos de geração. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/regulacao.htm 2 DIEZ, Ángeles Sanchéz. "La internacionalización de la economía española hacia America Latina: los elementos determinantes en la decada de los noventa". Madrid, Espanha. Revista Instituciones y Desarrollo. Num. 14-15. Dezembro 2003 O paper de Ángeles Sanchéz Diez mostra que o processo de internacionalização que os investimentos espanhóis realizaram na América Latina durante a década de noventa, centrados nas atividades do setor público (telecomunicações, energia e setor financeiro), ocorreram devido a coincidência temporal registradas entre as taxas de câmbio na Espanha e América Latina. A incorporação da Espanha à União Européia deu condições para que o setor produtivo espanhol pudesse realizar esse processo de internacionalização. Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/investimento.htm Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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