l IFE:
nº 1.296 - 01 de março de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 MPs do novo modelo ainda são negociadas no Senado Conforme
explicou a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), a ministra Dilma
ainda negociava mudanças nos projetos com os relatores, senador Delcídio
Amaral (PT-MS) e Rodolpho Tourinho (PFL-BA). Apesar de conter mais de
120 emendas apresentadas pela Câmara dos Deputados, as propostas não alteram
substancialmente o modelo. (Jornal de Alagoas - 01.03.2004) 2 Apine quer leilão integrado de energia nova e velha O diretor
executivo da Apine, Régis Martins, diz que continuará tentando nas próximas
semanas convencer o MME e os relatores do novo modelo a incluírem o leilão
integrado de energia nova e velha. "Os concessionários não podem ficar
sujeitos a contratos de curto prazo, porque não há segurança para remuneração
de ativos", argumenta. Ele explica que os investidores que compraram unidades
em operação, nas privatizações, vão continuar concorrendo com unidades
amortizadas das estatais. Para o diretor executivo, o leilão juntando
a energia das usinas em operação e os empreendimentos em construção não
irá desestimular investimentos no setor. O montante em operação, conta,
estaria esgotado com o crescimento do consumo, abrindo espaço para novas
unidades. Segundo o executivo, se o modelo atrapalhar a negociação da
energia em operação haverá dificuldades para atrair novos investimentos.
(Canal Energia - 26.02.2004) 3 Abraget quer enquadramento de usinas do PPT como energia nova A Abraget
defende o enquadramento de todas as usinas do Programa Prioritário de
Termoeletricidade como energia nova. O vice-presidente da entidade, Antônio
Rocha, diz que essas unidades não podem competir com térmicas amortizadas.
"Fomos pressionados para construir as usinas rapidamente para suprir a
escassez do racionamento. Agora, estamos sendo punidos", comenta. Rocha
conta que todas as térmicas da Petrobras e as merchants estão descontratadas.
(Canal Energia - 26.02.2004) 4
PFL quer que STF retome processo da Adin contra novo modelo 5 Votação do projeto que regulamenta PPPs somente na segunda semana de março A votação
do projeto de lei que estabelece normas gerais para a contratação de parcerias
público-privadas (PPP) deve ser concluída no plenário da Câmara até a
segunda semana de março, esperam os líderes governistas. Para facilitar
a votação, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, convocará uma reunião
de todos os líderes partidários para tentar construir um consenso. Nesta
semana, será difícil colocar o projeto em votação, pois há medidas provisórias
trancando a pauta e a crise política enfrentada pelo governo pode afetar
a agenda do Congresso. (Valor - 01.03.2004) 6 Bovespa faz sugestões para projetos de PPPs O presidente
da Bovespa, Raymundo Magliano, tenta convencer o governo a obrigar as
empresas que captarem recursos para realizar Parcerias Público-Privadas
a aderir ao Novo Mercado. Instituído pela Bovespa em 2001, o novo nicho
de mercado é destinado a empresas que obedecem a regras de boa governança,
como transparência de balanços e respeito a acionistas minoritários. Em
carta enviada ao deputado Paulo Bernardo (PT-PR), que relatou o projeto
das PPPs na comissão especial da Câmara, Magliano defende ainda outra
idéia: "Sugerimos que as empresas que forem criadas como resultado das
PPPs sejam estimuladas a aderir aos padrões de governança do Novo Mercado
da Bovespa". O projeto aprovado pela comissão especial - que está pronto
para votação em plenário - estabelece que no edital, "como condição para
celebração do contrato", o licitante vencedor terá que constituir "sociedade
de propósito específico para implantar ou gerir o respectivo objeto".
(Valor - 01.03.2004) 7 Presidente da Bovespa: adoção de PPPs é fundamental para o desenvolvimento do país Na carta enviada ao deputado Paulo Bernardo, o presidente da Bovespa diz que um dos maiores obstáculos ao crescimento são as condições de financiamento, que impossibilitam as empresas de captar recursos e ampliar a capacidade produtiva. A introdução das PPPs no Brasil, na opinião de Magliano, é fundamental para solucionar os gargalos que impedem o desenvolvimento e o aumento de produtividade. "Ainda que venham a ser estabelecidas condições favoráveis para o financiamento empresarial, o crescimento econômico pode ser detido pela ausência de investimentos em infra-estrutura", alerta. O dirigente da Bovespa adverte sobre a necessidade de "consolidação de um marco regulatório apropriado e o estabelecimento de garantias para a cobertura de eventuais defaults do setor público". Outro aspecto salientado por Magliano é que as PPPs não podem prescindir de um estreito controle da execução de projetos e das empresas contratadas para as obras. (Valor - 01.03.2004) 8
Consumidores de baixa renda de MG podem perder desconto
Empresas 1 Eletrobrás pode ter tido prejuízo de R$ 3 mi com incêndio A Eletrobrás
ainda não tem um levantamento definitivo das perdas com o incêndio da
última quinta-feira, no prédio da estatal. Cálculos feitos por José Drumond
Saraiva, que está no cargo de presidente interino devido à viagem de Pinguelli,
estimam que as perdas podem chegar a R$ 3 milhões. A Marítima Seguradora,
no entanto, anunciou que vai pagar, já nesta segunda-feira, sua parte
na indenização pelo incêndio. A seguradora vai desembolsar R$ 1 milhão
pelo seguro dos bens móveis que foram destruídos no incêndio. A estatal
informou também que o departamento de informática conseguiu preservar
os dados corporativos. A transferência da rede de comunicação para outro
prédio também ocupado pela empresa já começou. (Valor e Canal Energia
- 26.02.2004) 2 Cataguazes tem receita operacional bruta de R$ 1,3 bi em 2003 A receita operacional bruta consolidada da Cataguazes-Leopoldina (CFLCL) atingiu R$1.320 milhões em 2003, correspondendo a um aumento de 25,5% com relação à de 2002. A receita contabilizada em dezembro foi de R$132 milhões. Esse desempenho deve-se, basicamente, às vendas de energia na área de concessão da controlada Saelpa, que voltaram a bater recorde pelo segundo mês consecutivo. O volume vendido pela Saelpa em dezembro foi de 206 GWh, 7,7% e 1,6% superiores aos registrados em dezembro de 2002 e novembro de 2003, respectivamente. Conseqüentemente, em 2003 o volume consolidado de energia vendido pela CFLCL aumentou 7,1% em relação a 2002, atingindo 5.891 GWh, com destaque para a melhoria das vendas de energia das controladas Saelpa, CELB e Energipe, atuantes no Nordeste. (NUCA-IE-UFRJ - 01.03.2004) 3 Concluída a operação de alienação de duas PCHs A Companhia
Força e Luz Cataguazes-Leopoldina (CFLCL) informou no dia 20 de fevereiro,
por meio de Fato Relevante, divulgado à CVM e Bovespa, que em 24 de dezembro
de 2003, foi assinado, em caráter irrevogável e irretratável, com a Brascan
Energética S/A e Brascan Natural Ressources S/A (em conjunto denominadas
BRASCAN), o Contrato de Compra e Venda de Ações das Centrais Hidrelétricas
Grapon S/A (controlada da CFLCL), detentora das Pequenas Centrais Hidrelétricas
Ivan Botelho I e Túlio Cordeiro de Mello (Usinas), com transferência do
financiamento junto ao BNDES no valor de R$ 51,7 milhões, referente à
construção dessas Usinas. Ainda em dezembro de 2003 foram obtidas as autorizações
prévias, regulatórias e de debenturistas da CFLCL, relativas à alienação
desses ativos. Em 20 de fevereiro de 2004 foi realizada a liquidação financeira
do referido Contrato que gerou um crédito para CFLCL no valor aproximado
de R$80,0 milhões. Essa operação resultou numa receita no exercício de
2003, líquida dos custos contábeis dos ativos vendidos, no valor aproximado
de R$ 45,2 milhões. (NUCA-IE-UFRJ - 01.03.2004) 4
Copel quer reduzir seu nível de endividamento 5 Copel continua processo de extinção das subsidiárias integrais A empresa
continua o processo de unificação, com extinção das subsidiárias integrais.
Este processo, avalia Ravedutti, tem como premissas básicas a obtenção
de sinergia, agilidade, uniformidade, qualidade, ganhos de escala, tributários
e fiscais. Na análise da Copel, a obrigatoriedade de desverticalização
como condição fundamental é completamente equivocada. As duas mais importantes
empresas verticalizadas, Copel e Cemig, justifica Ravedutti, têm as tarifas
mais baixas do país. Para a empresa, bastaria a separação contábil das
atividades de geração e distribuição para atuação dentro do modelo proposto.
De acordo com Ravedutti, a volta à desverticalização da empresa causa
impacto negativo do ponto de vista econômico-financeiro, com o aumento
dos encargos tributários. (Canal Energia - 27.02.2004) 6 Cesp oferta mais de 100 mil MWh Quatro propostas
de compra de energia elétrica foram habilitadas pela Cesp. A geradora
fez chamada pública para ofertar 100 mil MWh para consumo no submercado
Sudeste/Centro-Oeste no curto prazo. O preço mínimo ofertado foi de R$
21,30 o MWh. As propostas somam 125.230,4 MWh, resultado acima da oferta
inicial. Isto ocorreu porque uma das cláusulas do aviso de venda de energia
da empresa foi modificada, permitindo à Cesp alterar a quantidade de energia
elétrica determinada no Termo de Adesão e Proposta de Compra em cerca
de 30%. Com o resultado, os compradores classificados já podem procurar
a companhia para assinatura dos contratos. (Canal Energia - 27.02.2004) 7 CEEE paralisa Hidrelétrica Canastra para realização de reformas A CEEE interromperá
a partir de abril a operação da hidrelétrica Canastra, localizada no município
de Canela. A empresa investirá R$ 1,6 milhão na recuperação da tubulação
adutora da usina. As obras, que tiveram início em janeiro passado, deverão
estar concluídas em julho. Segundo a concessionária, o desalinhamento
da tubulação exigiu rapidez nas obras para evitar conseqüências graves.
O problema foi provocado pelas freqüentes chuvas que caem na região, além
de vazamentos nas juntas de expansão ao longo de toda a tubulação pelo
envelhecimento do material vedante. A unidade tem 44 MW de capacidade
instalada. (Canal Energia - 27.02.2004) 8 Coelba recebe licença de operação para Extremo Sul da Bahia A Coelba
recebeu licença de operação no Extremo Sul da Bahia da Secretária de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos e do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cepram).
A licença obtida representa o cumprimento do termo de compromisso assinado
em 2001 com o Centro de Recursos Ambientais (CRA). A concessionária se
comprometeu a licenciar, até 2005, todo o sistema elétrico já existente.
Esta é a quarta licença de operação concedida à empresa, em um total de
15 regiões administrativas no estado. Entre os requisitos para obtenção
do certificado, a concessionária deve evitar a devastação da vegetação
nativa e a remoção de abrigos da fauna nas proximidades das linhas. Além
disso, quando alguma intervenção em áreas de preservação for necessária,
a Coelba solicitará ao órgão competente a autorização. A distribuidora
também promove atividades de recuperação e educação ambiental dentro do
termo de compromisso firmado com o CRA. (Canal Energia - 26.02.2004) 9 Enerbrasil revê projetos devido a atraso do Proinfa A Enerbrasil, empresa de geração eólica do grupo espanhol Iberdrola no Brasil, refez seu planejamento e decidiu cortar seis dos 34 projetos que havia desenvolvido para o País. Diante dos atrasos no Proinfa, a empresa não colocou em funcionamento nenhum dos projetos desenvolvidos para o mercado brasileiro e já diminuiu em 300 MW a potência instalada de geração em seus parques eólicos previstos. A previsão inicial da Enerbrasil era instalar 2,3 mil MW. O diretor-superintendente de negócios da Enerbrasil, Hernán Saavedra, afirma que a empresa vai devolver à Aneel parte das autorizações que tem para a implantação de parques eólicos no Brasil. Ele aponta como causas dos problemas no Brasil, além dos atrasos no lançamento do Proinfa, a forma de definição uniforme de preços por parte do MME para os projetos eólicos. O aumento de 153% na Cofins também é considerado como um revés nos negócios. (Gazeta Mercantil - 01.03.2004) 10 Proinfa: Enerbrasil de olho em projetos nos estados da BA, RN e PE Hernán Saavedra
afirma que a expectativa da Enerbrasil é abocanhar parte dos 550 MW previstos
na primeira fase do Proinfa para os estados da Bahia, Rio Grande do Norte
e Pernambuco. Saavedra disse que, para a empresa, o preço a ser pago pela
geração eólica no Proinfa não deve ficar abaixo de R$ 225 o MWh, o que
garantiria uma remuneração de 15% ao ano. "A Iberdrola está disposta a
investir em projetos eólicos no Brasil com baixo índice de retorno no
começo", afirma. (Gazeta Mercantil - 01.03.2004) 11 Enertrade fica surpresa com leilão de energia O leilão de compra de energia elétrica promovido no dia 27 de fevereiro, pela Enertrade superou as expectativas da comercializadora. A empresa colocou à venda 33 mil MWh a preço máximo de R$ 22 o MWh. Segundo Renato Volpone, diretor de Comercialização e Risco da Enertrade, todos os lotes foram arrematados a preços inferiores do que foi apresentado pela empresa. "Ainda estamos computando o valor total do negócio, mas consideramos positivo a operação", comenta. Os contratos serão de fornecimento de energia elétrica no curto prazo e serão assinados com a própria Enertrade, única compradora nesta operação. Outro ponto positivo do leilão promovido pela comercializadora foi o número de participantes como compradoras: nove empresas participaram do negócio. 12 Enertrade quer realizar outro leilão já neste mês Com o sucesso
do último leilão, a Enertrade já prepara a realização de um novo leilão
de compra de energia para março. A idéia, explica Volpone, é que a operação
seja voltada para grandes consumidores e ofereça contratos de fornecimento
para longo prazo. "Já estamos negociando com grandes consumidores, mas
não podemos confirmar nomes ainda", afirma. O próximo leilão também terá
a participação de uma auditoria externa para dar maior credibilidade ao
negócio. Para Volpone, a idéia de realizar leilões de compra de energia
elétrica tem por objetivo adequar os negócios da comercializadora com
o novo modelo do setor, já que a operação proposta pela empresa oferece
regras transparentes e preços mais competitivos. (Canal Energia - 27.02.2004)
Licitação A Cteep
abre licitação para prestação de serviços especializados de operacionalização
do sistema de gerenciamento de eventos disponíveis na central de atendimento
de transmissão. O prazo vai até 2 de março. (Canal Energia - 27.02.2004) A Cemig abre processo para concessão de licença não exclusiva para industrialização e comercialização do equipamento de carga de prova supersimplificada. O prazo para a realização das propostas termina no dia 16 de março. (Canal Energia - 27.02.2004) A Ceal licita
aquisição de transformadores de distribuição monofásicos, bifásicos e
trifásicos. O prazo encerra em 18 de março e o preço do edital é de R$
20,00. (Canal Energia - 27.02.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia no setor industrial teve aumento de 4,9% em dezembro de 2003 O consumo
de energia elétrica do setor industrial deu um salto de 4,9% em dezembro
de 2003, em relação a dezembro do ano anterior, segundo números da Eletrobrás.
O total faturado em dezembro foi de 11.185 GWh. O maior crescimento do
consumo de energia, de 12,4%, ocorreu no subsistema Norte Isolado, em
razão do aumento da produção da Zona Franca. Já o menor crescimento do
consumo ocorreu no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, com 2,8%. (Folha de
São Paulo - 22.02.2004) 2 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Grandes Consumidores 1 Investidor em siderúrgicas ganha com alta do aço A decisão
das siderúrgicas brasileiras de exportar pelo menos 25% de toda sua produção
pressiona seus preços no mercado interno, independente da estabilidade
do dólar no patamar pouco acima de R$ 2,90 e da manutenção do alto patamar
dos juros básicos. Além da receita em moeda estrangeira, o avanço nas
vendas externas de empresas como Usiminas, CSN, CST e Gerdau Açominas
rendem créditos fiscais que lhes permitem pagar menos impostos e elevarem
lucros, que se aproximam dos alcançados por grandes bancos. Para o empresário
Antônio Ermírio de Morais, presidente do Grupo Votorantim, elas estão
certas por entender que a grande empresa nacional que não exporta um quarto
da produção não garante bons lucros. Diante do avanço de 20% da demanda
de produtos siderúrgicos pelos setores da construção civil e agropecuário,
os mais fortes clientes da Gerdau Açominas, neste início de ano, a siderúrgica
analisa nova alta de preços, que pode atingir 20% no acumulado deste ano.
(Estado de Minas - 01.03.2004) Economia Brasileira 1 Governo se prepara para anunciar diretrizes da política industrial O governo trabalha em contagem regressiva para dar um impulso extra nos preparativos da nova política industrial, tecnológica e de comércio exterior, que será anunciada até 31 de março. Pela versão mais atualizada do documento que está em discussão na Câmara de Política Econômica, uma das novidades é que, ao contrário do que acontecia anteriormente, os investimentos não fazem mais parte do rol de contrapartidas que terão de ser dadas em troca dos benefícios fiscais e facilidades de financiamentos que estão sendo estudados. O dinheiro a ser investido pelas empresas, segundo o documento, passou a ser encarado como o meio necessário para o alcance das contrapartidas que estão mantidas: metas de geração de empregos, aumento de exportações, eficiência produtiva e contribuição ao desenvolvimento regional. (O Globo - 23.02.2004) 2 Economistas: Governo deve aumentar gastos públicos para ter crescimento Se o governo Lula quiser ter motivos para comemorar na divulgação do PIB de 2004, será preciso aumentar o gasto público, baixar os juros ao consumidor e implementar efetivamente uma política industrial com resultados no curto prazo. E aplicar essa receita pode não ser possível se o país seguir cumprindo as metas estabelecidas para superávit primário e inflação. "Seria um milagre se a economia tivesse conseguido crescer em 2003", diz o economista Luiz Gonzaga de Mello Beluzzo, referindo-se ao cenário de forte carga fiscal, necessidade de gerar superávit, juros e spreads bancários elevados. O deputado Delfim Netto considera a queda no PIB de 0,2% fato "muito grave" pois poderia ter sido evitada com um política monetária "mais inteligente". O professor da Unicamp Fernando Sarti também acredita que a estabilidade não irá atrair o investimento necessário. Ao contrário, apenas perspectivas reais de ganhos futuros serão capazes de incentivar os agentes econômicos. Logo, será imprescindível a intervenção do governo. O diretor-executivo do Iedi, Júlio Sérgio Gomes de Almeida, defende ações para reduzir o custo do crédito, um programa habitacional arrojado e política industrial de curto prazo. (Valor - 01.03.2004) 3 Planejamento continua otimista para o crescimento em 2004 O Ministério do Planejamento não mudou o discurso otimista sobre o suposto reaquecimento da economia brasileira, adotado desde os primeiros meses do governo Lula. Em nota técnica, a pasta comandada pelo ministro Mantega afirmou que a atividade econômica manteve-se estável no ano passado, em comparação a 2002, mas que os resultados do último trimestre de 2003 confirmam a recuperação iniciada em julho. Seriam o primeiro passo do prometido "espetáculo do crescimento". Também por meio de nota, o ministro Palocci ressaltou que já era esperado um resultado próximo de zero no PIB de 2003. (Gazeta Mercantil - 01.03.2004) 4
Governo quer flexibilizar regras de contabilização do superávit 5 Superávit de janeiro é 50% do acordado com FMI para o trimestre Até o fim
deste mês, o setor público não-financeiro terá de obter um superávit primário
de R$ 14,5 bilhões. Contabilizado o superávit primário de R$ 6,9 bilhões
(5,25% do PIB) registrado em janeiro, resta ao governo obter, no acumulado
de fevereiro e março, saldos positivos primários de R$ 7,6 bilhões para
cumprir a meta fiscal do primeiro trimestre acertada com o FMI. Na avaliação
do chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a meta fiscal
de R$ 14,5 bilhões é factível. "O superávit primário de R$ 6,9 bilhões
de janeiro representa a metade do compromisso do desempenho fiscal firmado
com o Fundo", disse. De acordo com nota técnica divulgada pelo BC, contribuíram
para a formação do superávit primário de R$ 6,9 bilhões os superávits
de R$ 7,2 bilhões obtido pelo governo central e de R$ 1,8 bilhão proveniente
dos governos regionais. (Gazeta Mercantil - 01.03.2004) 6 Projeção de 0,25% do IPC para fevereiro O IPC no
município de São Paulo, apurado pela Fipe da USP, na terceira quadrissemana
de fevereiro, apresentou nova desaceleração, com alta de 0,21% ante o
resultado de 0,26% da quadrissemana anterior. Com isso, pela terceira
vez no mês, a Fipe reviu sua previsão de fechamento mensal, que agora
passa de 0,30% para 0,25%. Segundo o coordenador de preços da instituição,
Paulo Picchetti, o arrefecimento da taxa deveu-se à diminuição da pressão
altista dos custos com educação e viagens. A contribuição da educação
no IPC é cada vez menor, passando de uma variação positiva de 9,28% em
janeiro, para uma alta de 7,33% no início de fevereiro, aumento de 4,96%
na segunda quadrissemana para a atual variação positiva de 2,46%. Para
março, a estimativa é que o IPC fique com a mesma variação de fevereiro.
Isto porque os preços do grupo educação e viagens não pesaram mais, mas
em contrapartida terá o peso dos aumentos da telefonia, cigarros e carros,
disse Picchetti. (Gazeta Mercantil - 01.03.2004) O dólar comercial consolidou a tendência de baixa neste final de manhã, garantida pelo fluxo positivo, pelo cenário político mais tranqüilo e pelo bom desempenho dos títulos da dívida externa brasileira. Às 12h02m, a moeda americana era negociada por R$ 2,888 na compra e R$ 2,890 na venda, com recuo de 0,61%. Na sexta, o dólar comercial teve queda de 0,91% e terminou os negócios a R$ 2,9060 na compra e a R$ 2,9080 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 01.03.2004)
Internacional 1 Poll de analistas aponta que lucro da EDP deverá oscilar entre os 342 e os 377 mi de euros Os analistas
esperam que a EDP apresente em 2003 uma subida do seu resultado líquido
positivo para uma média de 356,8 milhões de euros, contra o lucro de 335
milhões de euros registrado em 2002. Segundo uma pesquisa com dez analistas,
as vendas da EDP em 2003 deverão ter variado entre os 6,83 e os 7,14 bilhões
de euros, contra os 6,83 bilhões de euros registrados no ano anterior.
O EBITDA deverá ter aumentado de 1,48 bilhões de euros em 2002 para entre
os 1,76 e os 1,80 bilhões de euros. Os peritos consideram que as contas
de 2003 da EDP deverão refletir também o primeiro ano de consolidação
integral das brasileiras Escelsa e Enersul, bem como os 40% da Cantábrico.
A EDP ainda não revelou quando irá apresentar os seus resultados anuais.
(Diário Econòmico - 27.02.2004) 2 Bolívia aumentou exportações de gás natural em 2003 O gás natural
passou a ocupar o primeiro lugar em valor de receita nas exportações da
Bolívia em 2003, segundo um relatório divulgado pelo Instituto Nacional
de Estatística. Pelas vendas de gás natural, a Bolívia arrecadou US$ 381,1
milhões, acima dos US$ 266,2 milhões de 2002. No ano passado, a Bolívia
registrou a cifra recorde de US$ 1,565 bilhão em suas exportações, depois
de várias décadas de estancamento em seu comércio exterior, com uma média
de US$ 1,2 bilhão, de acordo com dados oficiais. Com reservas de 54,9
trilhões de pés cúbicos de gás natural, a Bolívia exporta uma média de
14 milhões de m³ diários deste recurso não renovável ao Brasil e, em volume
menor, à Argentina. A importância do gás natural superou no ano passado
a da soja e seus derivados, que agora ficam no segundo posto, com US$
336,5 milhões. (Gazeta Mercantil - 01.03.2004) 3 Unión Fenosa registra aumento de 8% no lucro A Unión Fenosa anunciou ter conseguido obter no ano passado um lucro de 372,8 milhões de euros, tendo reduzido a sua dívida em 17,6%. Segundo um comunicado emitido pela Unión Fensosa, no mesmo período de tempo seus resultados correntes cresceram 20,8% para 447,6M, graças à contenção de despesas operacionais e à evolução do negócio internacional. A empresa conseguiu ainda reduzir a sua dívida de 6,12 milhões de euros, verificada no ano passado, em 1,30 milhão de euros. (Diário Econòmico - 26.02.2004) 4
Cepsa registra lucro de 612,3 mi de euros
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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