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IFE: nº 1.294 - 19 de fevereiro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Dilma: Adiamento da votação das MPs para depois do Carnaval é natural
2 Estudo da PricewaterhouseCoopers: Transição é ponto crítico no novo modelo
3 PricewaterhouseCoopers: Organização dos órgãos institucionais deve ser detalhado
4 PricewaterhouseCoopers faz críticas a questão tributária
5 Governo aprova texto básico das PPPs
6 Governo leiloará ainda este ano 3.800 quilômetros de linhas
7 Governo assina contratos para a construção de LTs leiloadas em 2003
8 Contrato garante R$ 100 mi para a conclusão da LT Cuiabá - Rondonópolis
9 MME assina acordo para difundir uso de energia elétrica no país
10 Paraná vai zerar déficit elétrico no meio rural

Empresas
1 Eletrobrás implanta projeto para resgate de passivo social
2 Furnas estima lucro de R$ 900 mi em 2003
3 Furnas realiza captação de R$ 250 mi
4 Furnas deve investir R$ 980 mi em 2004
5 Furnas cria fundo de recebíveis
6 Cerj aprova aumento de capital social em R$ 710 mi
7 Cosern desenvolve ações para combater fraude de energia

Licitação
1 Boa Vista Energia
2 CEEE
3 Celg

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Subsistema Norte apresenta 69,32% da capacidade
2 Nível de armazenamento chega a 44,36% no subsistema Nordeste
3 Volume armazenado fica 29,46% acima da curva de aversão ao risco no Sudeste/Centro-Oeste
4 Reservatórios chegam a 79,06% da capacidade no subsistema Sul
5 Racionamento ameaça cidades no Mato Grosso
6 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Petrobras confirma interesse na Agip
2 SCGás concede desconto de 8%
3 Brasil vai desenvolver nova tecnologia da fusão nuclear

Grandes Consumidores
1 Arcelor pretende investir no Brasil
2 Fabricantes de celulose registram aumento de 992% no lucro em 2003
3 Suzano registra queda de 12,5% no volume vendido no último trimestre de 2003

4 Suzano vai realizar investimentos de R$ 800 mi em 2003
5 Klabin registra lucro de R$ 1 bi

Economia Brasileira
1 Selic é mantida em 16,5%
2 Entidades acham que crescimento no 1º semestre fica comprometido
3 Volume de créditos liberados pelo BNDES crescem 30%

4 FMI dá aval para revisão de acordo
5 Alta de 0,78% no IGP-10 de fevereiro
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Repsol projeta construção de nova planta de regaseificação
2 Secretário de energia da Espanha: país não correu risco de apagão

Biblioteca Virtual do SEE
1 PIRES, Adriano. "São Paulo conhece regulação" São Paulo: Valor Econômico, 19 de fevereiro de 2004

 

Regulação e Novo Modelo

1 Dilma: Adiamento da votação das MPs para depois do Carnaval é natural

Dilma disse que considera "natural" o adiamento para depois do Carnaval da votação das medidas provisórias do novo modelo do setor elétrico, em discussão no Senado. Segundo a ministra, a única questão ainda em discussão com os relatores é a possibilidade de se antecipar de janeiro de 2003 para janeiro de 2002 a data-limite do início da operação de usinas que poderão escolher se participam de leilões de energia velha ou de leilões de energia nova. A ministra disse que não haverá autorização para repasse, para a tarifa, do custo da energia comprada em leilões de ajuste que serão realizados pelas distribuidoras. Será autorizado o repasse apenas do custo dos leilões promovidos pelo poder público para atender à demanda prevista por cada distribuidora no seu planejamento qüinqüenal. (Jornal do Commercio - 19.02.2004)

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2 Estudo da PricewaterhouseCoopers: Transição é ponto crítico no novo modelo

A MP 144 ainda não foi aprovada no Senado, mas a preocupação já está na segunda fase de criação do marco regulatório para o setor: a implementação. Um estudo em elaboração pela PricewaterhouseCoopers indica, entre outras preocupações, a dificuldade que o governo pode encontrar em efetuar a transição, o que poderia gerar dificuldades durante o período e para o futuro. A principal questão está ligada ao gerenciamento da implementação das mudanças, já que as ações devem ser feitas em sincronia e de forma seqüencial. Eder Mutinelli, diretor da Price responsável pelo estudo, explica que o marco regulatório não se materializa pela publicação da lei. "É necessário ter um trabalho cuidadoso, já que o aumento do número de órgãos gera um aumento da complexidade do setor". (Gazeta Mercantil - 19.02.2004)

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3 PricewaterhouseCoopers: Organização dos órgãos institucionais deve ser detalhado

Aspectos como o equilíbrio de orientações e visões dentro do governo e no Conselho Nacional de Pesquisa Energética (CNPE), a agilidade dos processos e o modelo de custeio dos órgãos institucionais, sem gerar aumento de tarifa, além do tempo que levará até o real funcionamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), também são considerados pontos críticos. "Não está detalhado o relacionamento entre os órgãos, quem está subordinado a quem, a estrutura organizacional de cada um; se esse detalhamento for feito às pressas, há um sério risco de haver sobreposição de funções", afirma João Lins, diretor responsável pelo estudo na área de governança. O sócio da Price para a área de energia, Wander Telles, acrescenta que o governo precisa definir sua posição em relação ao papel das agências, em especial da Aneel. "Ou declara repetir o modelo britânico/norte-americano de regulação das agências, ou coloca todo o poder no próprio Estado, como é na Europa", diz. (Gazeta Mercantil - 19.02.2004)

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4 PricewaterhouseCoopers faz críticas a questão tributária

Um ponto do Novo Modelo considerado crítico pela PricewaterhouseCoopers está relacionado à dimensão tributária no modelo. Gileno Baretto, responsável pelo estudo na área tributária, questiona a falta de discussão, ou revisão, a respeito dos encargos setoriais, considerados em volume excessivo. Ele explica que como boa parte da tributação é realizada a partir do faturamento da empresa, o investidor tem maior precaução em investir no País. O aumento da parte da receita comprometida com a tributação pode inibir a injeção de novos recursos. "Com as mudanças efetuadas na reforma tributária, haverá um aumento de 5,6 ponto percentual, passando de 25,02% para 30,62% a carga sobre o faturamento das empresas do setor", diz. O consultor conclui que o aumento da tributação pode compensar as possíveis reduções do custo da energia, dentro do ambiente do pool, fazendo com que não haja melhoria na tarifa paga pelo consumidor, prejudicando a conquista da modicidade tarifária, um dos principais objetivos com a mudança. (Gazeta Mercantil - 19.02.2004)

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5 Governo aprova texto básico das PPPs

O governo conseguiu aprovar ontem, na comissão especial da Câmara, por unanimidade, o texto básico das PPPs, mas foi derrotado em um dos principais pontos do projeto: a preferência no pagamento desses contratos. Por um placar de 11 votos a 8, foi retirado do texto apresentado pelo deputado Paulo Bernardo (PT-PR) o artigo que previa a preferência nos pagamentos do governo para os empreendimentos realizados no âmbito das parcerias, em detrimento dos demais investimentos públicos. A avaliação de vários integrantes da comissão especial é que a precedência é inconstitucional, por dar tratamento diferenciado a projetos que contam com investimentos públicos. Bernardo não soube dizer se o governo tentará reintroduzir a precedência quando o projeto for à votação em plenário. Segundo ele, é possível acrescentar emenda sobre o tema, mas desde que a redação seja diferente da do artigo derrubado na comissão especial. Bernardo considerou a aprovação do substitutivo positiva: "foi uma vitória". (Folha de S. Paulo - 19.02.2004)

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6 Governo leiloará ainda este ano 3.800 quilômetros de linhas

A ministra Dilma Rousseff anunciou ontem que o Governo está preparando para este ano um leilão de 3.800 quilômetros de linhas de transmissão de energia. Segundo Dilma, as linhas serão licitadas em 14 lotes e demandarão investimentos de R$ 3 bilhões. O leilão, segundo ela, deverá ser aprovado em março, no Conselho Nacional de Desestatização (CND). (Jornal do Commercio - 19.02.2004)

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7 Governo assina contratos para a construção de LTs leiloadas em 2003

O governo assinou ontem, dia 18 de fevereiro, os contratos para a construção das linhas de transmissão leiloadas pelo Governo no ano passado. No total, os contratos prevêem a construção e operação de 11 linhas, com investimentos de R$ 1,4 bilhão. De acordo com o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, as novas linhas de transmissão trarão mais confiabilidade e garantia de abastecimento ao sistema elétrico. "Essas linhas representam um reforço importante", afirmou Abdo. Participaram do leilão 22 empresas do Brasil, Espanha e Itália. Com a disputa, ressaltou Abdo, houve um deságio de 36% no preço estabelecido para a tarifa de transmissão. Segundo o diretor da Aneel, no próximo leilão de linhas de transmissão, que deverá ocorrer no segundo semestre, a Aneel também espera que haja interesse dos investidores públicos e privados. Segundo ele, o sucesso do leilão do ano passado mostra a confiança dos investidores nas regras do setor. (Jornal do Commercio - 19.02.2004)

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8 Contrato garante R$ 100 mi para a conclusão da LT Cuiabá - Rondonópolis

O setor elétrico de Mato Grosso receberá investimentos de cerca de R$ 100 milhões até a conclusão das obras do linhão Cuiabá - Rondonópolis, o que, para o diretor administrativo e financeiro da empresa Amazônia Eletronorte Transmissões de Energia S.A, Robério Garcia, "dará mais confiabilidade ao sistema interligado, do qual o Estado já faz parte, e consolida o potencial exportador de energia adquirido por Mato Grosso". As obras têm início em abril e serão concluídas em junho de 2005. (Diário de Cuiabá - MT - 19.02.2004)


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9 MME assina acordo para difundir uso de energia elétrica no país

O MME assinará hoje, em Brasília, um memorando de entendimento com a Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USAID) e com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A parceria é para o planejamento e execução de um programa para difundir o uso da energia elétrica, com o objetivo que as famílias beneficiadas desenvolvam atividades econômicas e aumentem a geração de renda. Segundo informações da ONU, o memorando terá a duração de um ano e faz parte da Aliança Global para a Universalização de Energia, da qual o Brasil faz parte, criada durante a Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável. (Valor - 19.02.2004)

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10 Paraná vai zerar déficit elétrico no meio rural

O Governo do Paraná e o MME vão lançar no mês de março o programa Luz para Todos, cujo objetivo é eliminar o déficit no atendimento com energia elétrica à população rural paranaense até 2006. A meta é estender os serviços da Copel a cerca de 36 mil famílias que hoje não dispõem do benefício, mediante investimentos de R$ 188 milhões. O custo do programa será integralmente absorvido e repartido entre o Governo Federal, por intermédio do MME, o Governo do Estado e a Copel. (Estado do Paraná - 18.02.2004)

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Empresas

1 Eletrobrás implanta projeto para resgate de passivo social

O Grupo Eletrobrás está implantando o Programa de Desenvolvimento Econômico e Social das Comunidades Atingidas por Empreendimentos Elétricos. O Prodesca visa a resgatar o passivo social que surgiu nas comunidades afetadas pela construção de hidrelétricas. O trabalho pioneiro foi desenvolvido pela Eletronorte em Ferreira Gomes (AP) e servirá como referencial para as demais empresas do grupo Eletrobrás. (Canal Energia - 18.02.2004)

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2 Furnas estima lucro de R$ 900 mi em 2003

Furnas poderá acumular uma perda de receita de aproximadamente R$ 1,8 bilhão este ano, em função da descontratação de 25% da energia vendida dos contratos iniciais em 2004, somados aos outros 25% de 2003 já descontratados. Mesmo assim, segundo o diretor financeiro da estatal, José Roberto Cury, o lucro líquido da empresa em 2003 vai superar o resultado do ano anterior, ficando em cerca de R$ 900 milhões. Isso, apesar das dívidas estimadas em R$ 2,1 bilhões. O balanço será divulgado até abril. Entre os pontos positivos destacados por Cury, estão a recuperação tarifária de 27%; a obtenção de R$ 60 milhões com tarifas de transmissão; e o recebimento de R$ 250 milhões devidos pelas distribuidoras Celg, CEB, Cemat e Cataguazes, que passaram a pagar o consumo corrente de energia além de renegociaram o estoque da dívida, de aproximadamente R$ 500 milhões, a serem pagos nos próximos anos. Furnas fechou 2003 com geração de caixa de R$ 550 milhões e só conseguiu investir R$ 980 milhões em investimentos como a usina Peixe Angical (com a EDP), devido à liquidação do MAE, do qual era credora em R$ 290 milhões, e à antecipação da RTE em dezembro. (Gazeta Mercantil e Valor - 19.02.2004)

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3 Furnas realiza captação de R$ 250 mi

Como reforço para o capital de giro, Furnas captou R$ 250 milhões com base em antecipação de créditos vinculados à Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE). O crédito, concedido no final do ano passado pelo Bradesco, com custo equivalente à taxa Selic mais 0,5% ao ano, será quitado em até 36 prestações mensais. O valor máximo da contrapartida ao empréstimo será igual ao montante líquido da RTE arrecadado mensalmente por Furnas. (Gazeta Mercantil - 19.02.2004)

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4 Furnas deve investir R$ 980 mi em 2004

Os investimentos de Furnas previstos para este ano, de R$ 980 milhões, serão inferiores aos de 2003, de R$ 1,1 bilhão. O diretor financeiro da estatal, José Roberto Cury, no entanto, minimizou os efeitos dessa redução. "Será o necessário para realizar os projetos importantes", afirmou. (Gazeta Mercantil - 19.02.2004)

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5 Furnas cria fundo de recebíveis

Furnas está criando um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), o primeiro na área de energia elétrica no país, através do qual pretende captar inicialmente cerca de R$ 400 milhões no mercado. A operação deve sair em três meses. O objetivo é fazer caixa para tocar os investimentos em 2004, de R$ 980 milhões e ganhar robustez para enfrentar a descontratação de mais 25% de sua energia. Em 2003 a estatal já teve desfeitos 25% dos contratos que garantiam a compra de sua energia, o que resultou em perda de receita de R$ 900 milhões. Com a descontratação de mais 25%, a perda em 2004 pode dobrar para R$ 1,8 bilhão, relativos à sobra de 3.200 MW médios. A criação do FIDC ainda precisa ser autorizada pela Aneel, Banco Central e pelo Tesouro Nacional, de modo a evitar impacto na meta de superávit. Depois da aprovação do governo, a companhia vai definir o banco que distribuirá as cotas do fundo (lastreado em recebíveis a serem definidos) e a classificadora de risco que dará o "rating". (Valor - 19.02.2004)

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6 Cerj aprova aumento de capital social em R$ 710 mi

A administração da Cerj aprovou o aumento do capital social da companhia de R$ 915,4 milhões para R$ 1.625,4 bilhão, o que representa um aumento de R$ 710 milhões. O aumento foi mediante a emissão de ações ordinárias por subscrição particular. A operação envolveu a emissão de mil lotes de ações a R$ 0,53. Os acionistas terão prazo de 30 dias para o exercício de respectivos direitos de preferência à subscrição de ações na proporção de 46,3% de ações detidas na data de 8 de janeiro deste ano. O prazo do direito da preferência e subscrição tem início no dia 19 de fevereiro e término no dia 19 de março. Os acionistas deverão depositar as ações da companhia em qualquer agência do banco Bradesco.As ações deverão ser integralizadas no ato da subscrição em dinheiro e/ou mediante a conversão, em investimento, pelos respectivos detentores de parte do crédito externo caracterizados por Fixed Rate Notes emitidos pela distribuidora no valor principal de US$350 milhões. (Canal Energia - 18.02.2004)

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7 Cosern desenvolve ações para combater fraude de energia

A Cosern está desenvolvendo ações para combater as fraudes de energia elétrica. A empresa conta com 56 equipes para realizar inspeções e fiscalizações nas unidades consumidoras, principalmente as comerciais. Em 2003, foram regularizadas mais de 3.000 ligações clandestinas em áreas de gambiarras. A Cosern lançou também a campanha "Gato sempre deixa marcas", direcionada a todos os empregados para denunciarem as possíveis irregularidades existentes na medição dos clientes. O cliente que apresentar irregularidades deve ressarcir à empresa mediante a aplicação de uma multa de 30% em cima da diferença do consumo. (Canal Energia - 18.02.2004)

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Licitação

1 Boa Vista Energia

A Boa Vista Energia abre processo para realização de audiência pública para apresentação do programa de investimento em projetos de eficiência energética. O prazo termina em 27 de fevereiro. (Canal Energia - 19.02.2004)

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2 CEEE

A CEEE abre licitação para serviços de manutenção em linhas de transmissão até 69 kV. O prazo para a realização das propostas vai até 3 de março. (Canal Energia - 19.02.2004)

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3 Celg

A Celg licita obras civis e eletromecânicas para a ampliação da subestação Trafo, no município de Cristalina, em Goiás. O prazo encerra em 11 de março. (Canal Energia - 19.02.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Subsistema Norte apresenta 69,32% da capacidade

O nível de armazenamento chega a 69,32% no subsistema Norte, um aumento de 0,76% da capacidade. A hidrelétrica de Tucuruí registra volume de 88,19%. (Canal Energia - 18.02.2004)

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2 Nível de armazenamento chega a 44,36% no subsistema Nordeste

O volume armazenado fica 10,02% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004 no subsistema Nordeste. A capacidade dos reservatórios está em 44,36%. O índice teve um aumento de 0,55% em um dia. A usina de Sobradinho registra 42,44% do volume. (Canal Energia - 18.02.2004)

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3 Volume armazenado fica 29,46% acima da curva de aversão ao risco no Sudeste/Centro-Oeste

Os reservatórios chegam a 56,22% da capacidade no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, ficando 29,46% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo de 0,67% em relação ao dia anterior. As hidrelétricas de Itumbiara e Furnas registram 79,13% e 71,51% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 18.02.2004)

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4 Reservatórios chegam a 79,06% da capacidade no subsistema Sul

O subsistema Sul apresenta 79,06% da capacidade, uma queda de 0,51%. A usina de G. B. Munhoz registra 80,07% da capacidade. (Canal Energia - 18.02.2004)

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5 Racionamento ameaça cidades no Mato Grosso

Três municípios de Mato Grosso podem ter o fornecimento de energia racionado a partir de hoje por falta de óleo diesel nas usinas. O alerta foi feito ontem pelo assistente da diretoria de Produção e Transmissão da Cemat, Manoel Gonçalves Martins. Com estoques de diesel somente para as próximas 48 horas, a concessionária deverá iniciar por Confresa, Vila Rica e Juara um racionamento preventivo, que neste primeiro instante atingiria somente os consumidores industriais. "Se não chegar óleo diesel hoje (quinta-feira), a Cemat fará contato com as indústrias traçando o rodízio no abastecimento de energia", avisa. Pelo excesso de chuvas as estradas que dão acesso aos municípios do Leste e Norte de Mato Grosso estão isoladas. Entre Porto Alegre do Norte e Confresa, um trecho de 27 quilômetros, o tráfego está impedido por uma lâmina d´água de cerca de um metro e mais de 600 mil litros de óleo diesel estão na estrada. (Diário de Cuiabá - MT - 19.02.2004)

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6 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobras confirma interesse na Agip

A Petrobras confirmou oficialmente o interesse pela Agip Liquigás, segunda maior distribuidora de gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha) do país. Em nota enviada à Bovespa na noite de terça-feira, a empresa admitiu que "vem mantendo conversações com Eni SpA (controladora da empresa Agip do Brasil SA), à procura de novas oportunidades de negócio nos setores onde ambas empresas atuam". A compra da Agip pela Petrobras é considerada certa no mercado de GLP, que estuda quais serão as conseqüências do negócio. Se confirmada, a operação vai criar a única empresa totalmente verticalizada no segmento, operando da produção à revenda do gás de cozinha. Atualmente, todas as distribuidoras que atuam no Brasil compram o produto da estatal. (Zero Hora - RS - 19.02.2004)

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2 SCGás concede desconto de 8%

A diretoria da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás) anunciou ontem que irá conceder desconto adicional de até 8% para os usuários de gás natural. Cálculos feitos pela companhia prevêem que o insumo poderá ter uma redução em seu custo final maior, uma vez que atualmente já está sendo proporcionado desconto de até 5% aos clientes do segmento industrial. Para o presidente da SCGás, Otair Becker, ao agir dessa maneira, a companhia "está premiando os clientes inseridos no Plano de Fidelidade, ou seja, pagamentos em dia, uso de gás natural com exclusividade e demanda otimizada". Becker disse que a decisão tem efeito retroativo a 1º de fevereiro, estendendo-se até 31 de julho deste ano, podendo ainda ser ampliada. (Jornal de Santa Catarina - 19.02.2004)

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3 Brasil vai desenvolver nova tecnologia da fusão nuclear

A tecnologia de fusão nuclear, processo que nos próximos 15 anos promete se tornar uma fonte inesgotável de energia com baixo impacto ambiental, foi incluída no orçamento do Plano Plurianual (PPA) do governo federal até 2007. Agora, os grupos brasileiros de pesquisa em física de plasmas termonucleares querem acelerar a criação de um Plano Nacional de Energia por Fusão e, além disso, viabilizar a instalação do Laboratório Nacional de Plasma. O programa, segundo o chefe do Laboratório de Plasma do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Edson Del Bosco, tem o objetivo estratégico de capacitar o país para o desenvolvimento e futuro domínio da tecnologia de geração de energia por fusão termonuclear controlada. A fusão nuclear, ao contrário do processo de fissão, empregado nas usinas nucleares atuais, não utiliza o urânio enriquecido como combustível. (Gazeta Mercantil - 19.02.2004)

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Grandes Consumidores

1 Arcelor pretende investir no Brasil

A Arcelor, maior siderúrgica do mundo, que obteve em 2003 lucro líquido de € 257 milhões, pretende investir no Brasil. Segundo o presidente da companhia, Guy Dollé, a Arcelor está buscando oportunidade de aquisições no mercado e coloca o Brasil entre as suas prioridades de crescimento. "Só precisamos determinar o melhor momento de reforçar nossa presença no Brasil", afirmou Dollé. A empresa tem participação no País na Acesita e na Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST). (Gazeta Mercantil - 19.02.2004)

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2 Fabricantes de celulose registram aumento de 992% no lucro em 2003

Levantamento preliminar dos balanços divulgados até ontem pelas cinco companhias de capital aberto - Aracruz, Bahia Sul, Klabin, Suzano e Votorantim Celulose e Papel (VCP) - mostra crescimento de 992% no lucro líquido dessas empresas. O valor passou de R$ 363 milhões para R$ 3,71 bilhões no ano. A receita líquida também cresceu: passou de 9,04 bilhões em 2002 para R$ 11,43 bilhões no ano passado, com alta de 26%. Fortes exportadoras, as fabricantes de celulose foram beneficiadas pelo câmbio e pelo aumento dos preços da celulose no mercado internacional. Com endividamento em dólar, também foram ajudadas pela valorização do real frente ao dólar ao longo do ano, o que reduziu o impacto das despesas financeiras em seus balanços. (Valor - 19.02.2004)

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3 Suzano registra queda de 12,5% no volume vendido no último trimestre de 2003

No quarto trimestre do ano, a Suzano registrou redução de 52,5% no lucro líquido, que foi de R$ 98,9 milhões para R$ 208,8 milhões em igual período de 2002. O Ebitda (geração operacional de caixa) caiu dos R$ 254,9 milhões do quarto trimestre de 2002 para R$ 228,6 milhões no ano passado. Szpigel atribuiu a redução ao período de forte valorização do real, que diminuiu a receita de exportação e ao impacto dos aumento de insumos. A receita líquida do quarto trimestre foi de R$ 651,3 milhões, 15,2% acima de 2002, resultado de um aumento de 10% nos volumes vendidos e de 4,7% no preço médio em reais. As exportações cresceram 17,9% em receita e 35,8% em volume. No mercado doméstico a empresa registrou queda de 12,5% no volume vendido no quarto trimestre em comparação com igual período do ano anterior. Considerando os dados acumulados, no mercado doméstico, a receita com a venda de celulose caiu 29,8% e a de papel 10,5%. As exportações, entretanto, cresceram 4,3% nos negócios de celulose e 16,9% no segmento de papel. (Gazeta Mercantil - 19.02.2004)

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4 Suzano vai realizar investimentos de R$ 800 mi em 2003

Neste ano os investimentos da Suzano vão crescer cerca de 50% , alcançando R$ 800 milhões, informou Szpigel. O montante vai atender os projetos de expansão da companhia, incluindo o reflorestamento. No decorrer de 2004 a Suzano vai aumentar a produção de celulose em 99 mil toneladas - cerca de 40 mil para consumo próprio- e a de papel em 43 mil toneladas. Atualmente a capacidade nominal de produção é de 1,18 milhão de toneladas e vai passar para 1,29 milhão de toneladas. Um processo de otimização na Bahia Sul também deve elevar a produção de celulose em mais 60 mil toneladas por ano. A Bahia Sul deve contar com uma segunda linha de produção a partir de 2008. O conselho de administração da Suzano deve dar o parecer final sobre o investimento de US$ 1,2 bilhão em meados deste ano. Cerca de 50% do investimento deve vir de financiamentos locais e internacionais. (Gazeta Mercantil - 19.02.2004)

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5 Klabin registra lucro de R$ 1 bi

A Klabin S.A. , que fez uma profunda reestruturação financeira para equacionar seu pesado endividamento no final de 2002 (mais de R$ 2,8 bilhões), divulgou ontem lucro líquido de R$ 1 bilhão no ano passado. O diretor-geral da companhia, Miguel Sampol, lembrou que o principal fator para obtenção desse resultado foi a venda de ativos ao longo do ano. A receita líquida da Klabin somou R$ 2,37 bilhões em 2003, com crescimento de 26%, ante o do ano anterior. Segundo o executivo, isso se deveu ao aumento de 14% do volume das exportações e da recomposição dos preços de alguns produtos no mercado interno, como sacos, papelão ondulado e cartões. Neste ano, Sampol espera exportar US$ 250 milhões, um avanço de 16,8% sobre os US$ 214 milhões vendidos ao exterior em 2003. O executivo disse que o mercado interno de papel também deve ter crescimento em 2004. A Klabin é líder no mercado de papel para embalagens no país. (Valor - 19.02.2004)

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Economia Brasileira

1 Selic é mantida em 16,5%

Pelo segundo mês seguido, o BC manteve inalterados os juros básicos da economia. Apesar das fortes críticas sofridas nas últimas semanas por não ter reduzido a taxa Selic já em janeiro, o BC decidiu mantê-la em 16,5% ao ano por mais um mês. Nenhuma justificativa foi apresentada para a decisão, ao contrário do que costuma ocorrer após reuniões do Copom. Desde março de 1999, o BC sempre divulgava explicação para suas resoluções. Nota divulgada no início da noite de ontem se limitou a informar que "o Copom decidiu por unanimidade manter a taxa Selic em 16,5% ao ano, sem viés". O BC também argumentou que havia sinais de que a indústria já preparava uma onda de remarcações de preços para breve, o que pressionaria a inflação. (Folha de São Paulo - 19.02.2004)

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2 Entidades acham que crescimento no 1º semestre fica comprometido

A decisão do governo de manter em 16,5% a taxa de juros básica da economia deve segurar investimentos - especialmente em estoques - e afetar o crescimento da economia no primeiro semestre. "O Brasil continuará perdendo a chance de avançar mais rapidamente do que poderia", afirma José Augusto Marques, presidente da Abdib. Luis Carlos Delben Leite, presidente da Abimaq, associação da indústria de máquinas, diz que "a taxa de juros nesse patamar desestimula a produção e vai afetar o crescimento do país". Horacio Lafer Piva, presidente da Fiesp, afirmou, em nota, que a decisão do BC "rejeita uma das principais lições que aprendemos nos últimos anos: o regime de metas de inflação precisa ser flexível". (Folha de São Paulo - 19.02.2004)

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3 Volume de créditos liberados pelo BNDES crescem 30%

O BNDES liberou créditos no primeiro mês do ano de R$ 2,1 bilhões, ou 30% a mais que em janeiro de 2003. Mas foi menos da metade do total liberado em dezembro, quando a soma foi de R$ 4,8 bilhões. O volume desembolsado foi considerado bom pelo banco, já que janeiro é sempre um mês fraco para a economia. O número de aprovações de projetos, porém, ficou 16% abaixo do mesmo período do ano passado. O total de enquadramentos em janeiro cresceu 34%, enquanto o de consultas recuou 42%. Dentre os setores econômicos, os desembolsos para a indústria foram destaque, respondendo em volume de recursos por 49% do total de créditos liberados, ou R$ 1 bilhão. Mesmo assim, o total situou-se 10% abaixo do registrado em janeiro de 2003. A área de infra-estrutura, outra prioridade do banco, contou com desembolsos de R$ 332 milhões, com destaque para energia elétrica (R$ 111 milhões) e outros transportes (R$ 174 milhões). (Valor - 19.02.2004)

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4 FMI dá aval para revisão de acordo

A missão técnica do FMI vai recomendar a conclusão da primeira revisão do acordo preventivo, de US$ 14,8 bilhões, assinado pelo atual governo em novembro de 2003. Isso significa que o Brasil poderá sacar a primeira parcela de US$ 1,4 bilhão. O governo, porém, não pretende sacar nenhuma das cinco parcelas que deverão estar disponíveis até o fim do ano, dependendo do resultado das contas públicas. De acordo com nota divulgada pelo Fundo, "todos os critérios de desempenho e parâmetros estruturais foram cumpridos e as autoridades permanecem comprometidas com a manutenção de políticas econômicas sólidas". (O Globo - 19.02.2004)

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5 Alta de 0,78% no IGP-10 de fevereiro

O Índice Geral de Preços 10 (IGP-10) de fevereiro, da FGV, que apura a inflação ocorrida do dia 11 do mês anterior até o dia 10 do mês de referência, apresentou variação positiva de 0,78%, praticamente estável em comparação ao resultado de janeiro, que teve alta de 0,76%. O IPA, com peso de 60% no índice geral, desacelerou, passando de alta de 0,88% para 0,84% no período pesquisado. Já o IPC, com peso de 30%, subiu de 0,63% para 0,78%. E o INCC, com peso de 10%, registrou aumento de 0,36%, ante alta 0,19% verificada no mês anterior. (Gazeta Mercantil - 19.02.2004)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial se mantém em leve alta nesta manhã, apesar do desempenho negativo de outros mercados, como o de ações. Às 11h48m, a moeda americana era negociada por R$ 2,949 na compra e R$ 2,952 na venda, com valorização de 0,33%. Ontem o dólar fechou em alta de 0,75% e emplacou sua quarta valorização consecutiva. A moeda americana terminou o dia cotada a R$ 2,940 na compra e R$ 2,942 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 19.02.2004)

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Internacional

1 Repsol projeta construção de nova planta de regaseificação

Repsol YPF prevê investimento de 272,5 milhões de euros para a construção de uma planta de regaseificação no porto de Lázaro Cárdenas, localizado na costa do Pacífico no México. O terminal deverá estar pronto para iniciar as operações em 2008. (El Correo Digital - 19.02.2004)

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2 Secretário de energia da Espanha: país não correu risco de apagão

O secretário de Energia da Espanha, José Folgado, assegurou que durante o verão passado, no qual foram registrados os grandes aumentos de temperatura em função de uma forte onda de calor, não existiu qualquer risco de desabastecimento elétrico. Folgado respondia assim as declarações dadas pela comissária de energia da União Européia, Loyola de Palácio, que assegurou que a Espanha estava "a ponto" de ter um "problema gravíssimo" de apagões. Folgado assinalou ainda que a Espanha não teve nenhuma problema, e que no norte do país havia 6000MW excedentes no horário de pico.(Cinco Días - Espanha - 18.02.2004)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 PIRES, Adriano. "São Paulo conhece regulação" São Paulo: Valor Econômico, 19 de fevereiro de 2004

Disponível em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/gas.htm

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