l IFE:
nº 1.291 - 16 de fevereiro de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 Novo modelo: Comercialização terá período de transição O MME vai
incorporar ao texto da MP que determina as regras do setor, em tramitação
no Senado, emenda que prevê um período de transição de comercialização
de energia. Essa transição será de 2004 a 2008, prazo em que será permitido
aos produtores elétricos fechar contratos mais flexíveis, que poderão
durar de 1 a 4 anos. A informação foi dada por Maurício Tolmasquim. Estes
contratos terão validade até 2008, ano em que ele acredita que as usinas
licitadas no próximo leilão, previsto para novembro, entrarão em operação
comercial. Quando terminar o período de transição, Tolmasquim acredita
que oferta e demanda de energia estarão em equilíbrio. "Essa solução minimizará
os problemas apontados pelos produtores independentes", afirmou Tolmasquim.
(Valor - 16.02.2004) 2 Tolmasquim acredita que demanda absorverá sobras de energia Tolmasquim
repudiou a reação dos executivos. "É a primeira vez na história do setor
que vejo as empresas irem aos jornais com ameaças de desligar usinas.
Achamos isso inaceitável", disse o secretário. Ele afirmou que a atitude
"não reflete o relacionamento que estava sendo construído" entre o governo
e os agentes. Segundo Tolmasquim, se o governo permitisse isso, inviabilizaria
a construção de novas usinas. Ele acredita que nos próximos quatro anos,
prazo estipulado para a transição, a demanda crescerá e absorverá essas
sobras. Ele refutou a argumentação dos produtores independentes de que
não dá para competir com a produção de usinas já amortizadas das empresas
da União ou dos Estados. "Algumas estatais como Furnas têm usinas que
entraram recentemente em operação, e não estão amortizadas. ". (Valor
- 16.02.2004) 3 Grandes consumidores brigam para excluir cobrança da CDE para auto-produtores Os grandes
consumidores de energia elétrica lutam pela extinção da cobrança da Conta
de Desenvolvimento Energético por parte dos consumidores livres. A medida
foi uma das mudanças feitas no novo modelo durante processo de aprovação
na Câmara dos Deputados. Segundo a Abrace (Associação Brasileira dos Grandes
Consumidores de Energia Elétrica), o item passa por cima da lei nº 10.438,
de abril de 2002, que determina que o encargo seria rateado por aqueles
que comercializassem a energia. Segundo Eduardo Carlos Spalding, vice-presidente
da Abrace, a entidade tem se reunido constantemente com senadores para
tentar reverter a situação, mas ainda não recebeu uma indicação de que
o artigo já foi revertido. Nos últimos seis anos, os investimentos em
auto-geração somam R$ 8 bilhões e a previsão é que mais R$ 9 bilhões sejam
investidos até 2010. De acordo com Spalding, a expectativa é que o modelo
seja aprovado no Senado sem que sua base seja desconfigurada por completo.
Ele ressalta que os investimentos em auto-geração são importantes para
o país. "Esses recursos vão liberar o Estado de novos investimentos na
expansão do setor, permitindo também tarifas mais baixas para o consumidor",
completa. (Canal Energia - 13.02.2004) 4
Morgan Stanley: Novo modelo dará mais transparência na formação de preços 5 Morgan Stanley: Empresas que já investiram no setor serão as maiores prejudicadas David Souccar,
analista do setor elétrico da Morgan Stanley e autor do estudo "Lessons
From Scandinavia", considera que as empresas que já investiram no setor
serão as maiores prejudicadas com as novas regras, uma vez que a energia
produzida pelas usinas terão preços mais baixos no mercado. Já para as
que fizeram investimentos recentes, o preço da energia produzida dependerá
do risco país e regulatório. "No curto prazo, a energia nova não deverá
pesar para o consumidor", prevê. (Canal Energia - 13.02.2004) 6 Brasil e Comunidade Européia discutem utilização de resíduos vegetais para geração de energia O governo
brasileiro e a comunidade econômica européia estão discutindo a possibilidade
de utilizar parte dos resíduos vegetais para geração de energia limpa
e renovável em substituição aos combustíveis fósseis. A discussão está
sendo intermediada pelo Laboratório de Produtos Florestais do Ibama e
tem por objetivo buscar alternativas energéticas nos resíduos de madeira
e carvão mineral. Para discutir o tema, representantes do Brasil e da
França no Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para
o Desenvolvimento se reuniram no dia 13 de fevereiro, no Ibama, com pesquisadores
do laboratório e produtores energéticos compactados de origem vegetal.
No encontro, será discutida a viabilidade do transporte de briquetes em
longas distâncias e reforçado o intercâmbio científico-tecnológico Brasil/Franca
na área de energia da madeira. (Canal Energia - 13.02.2004)
Empresas 1 Chesf investe R$ 2,6 mi em reforços na rede básica A Chesf
investirá R$ 2,6 milhões na implantação de reforços nas instalações da
subestação Barreiras, em 230 kV. Com a melhoria, será possível construir
uma linha de transmissão em 138 kV para atender o mercado do oeste da
Bahia. Nesta semana, a Aneel definiu a remuneração para o investimento,
que integra a rede básica. Nos próximos quinze anos, a Chesf receberá
R$ 432,2 mil, por ano, a partir da entrada em operação comercial. No mesmo
período subseqüente, a remuneração será reduzida pela metade. (Canal Energia
- 13.02.2004) 2 Eletronorte é premiada em concurso nacional de gestão pública A Eletronorte recebeu o Prêmio Nacional da Gestão Pública em duas categorias, prata e bronze. As regionais premiadas foram as de Mato Grosso e Rondônia nas categorias Empresas Públicas, com o prata, e Sociedades de Economia Mista, com bronze. Os gerentes regionais do MT, Paulo César Kojima e de RO, Fernando Fonseca, afirmaram que a meta é melhorar os processos na empresa a fim de obterem o primeiro lugar na premiação do ano que vem. A cerimônia aconteceu na última quinta-feira, 12 de fevereiro, em Brasília. (Canal Energia - 13.02.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Economia de energia com horário de verão fica abaixo do esperado O horário
de verão que terminou no sábado proporcionou ao sistema elétrico nacional
uma queda no consumo de 4,5% no horário de pico, entre as 17 e às 21 horas,
o que corresponde a uma redução de 2.014 MWh, segundo dados preliminares
do ONS. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a diminuição de consumo no
horário de ponta foi de 4,5%, ou 1.513 MW, enquanto na região Sul a queda
foi de 5%, o equivalente a 510 MW. A nova estimativa divulgada pelo ONS
é inferior à projeção feita em outubro, antes do início do horário, que
indicava uma diminuição de 5% do consumo (cerca de 1.690 MW) no horário
de ponta das regiões Centro-Oeste e Sudeste, e 6% (560 MW) do consumo
no horário de ponta no Sul. (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 2 Distribuidoras do Sudeste e Centro-Oeste consideram variação normal No Sudeste
e no Centro-Oeste, embora a queda no consumo tenha sido 10% abaixo do
esperado, as distribuidoras consideraram a variação normal. A Eletropaulo
por exemplo, obteve uma redução de 4,3% na demanda do horário de ponta,
deixando de fornecer 273 MW. No ano passado, a queda havia sido de 4,8%.
A empresa considera o índice normal, já que o corte no consumo da distribuidora
sempre varia entre 4% e 5%. Já na Cemig, a estimativa é de se ter atingido
redução de até 4% da demanda de energia no horário de pico, o que representa
cerca de 234 MWh. Para os técnicos da Cemig, a companhia conseguiu cumprir
as metas estabelecidas. (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 3 Região Sul teve aumento do consumo durante horário de verão Nos estados
do Sul, as distribuidoras identificaram um aumento de consumo, durante
o horário de verão deste ano, na comparação com o realizado no período
2002/2003. A AES Sul registrou uma elevação de 7,1% no consumo registrado
entre dezembro de 2003 e janeiro de 2004, em relação ao período anterior.
Segundo a empresa, entre os motivos para o aumento da demanda está o crescimento
do consumo industrial na região. O consumo industrial da Celesc cresceu
durante todo o ano passado 3,1%. A ampliação da demanda ficou concentrada
em dezembro, quando o crescimento foi de 10,2% em relação a dezembro de
2002. Segundo a empresa, isso contribuiu para que a redução da demanda
total durante o horário de verão não atingisse a expectativa. A Celesc
esperava apresentar queda de 1% no consumo total da distribuidora, mas
a queda ficou em apenas 0,7%. RGE também afirma ter verificado economia
menor do que a esperada. A empresa observou uma redução na demanda na
ordem de 3% no horário de ponta e de 0,2% no consumo de energia durante
a vigência do horário de verão. A projeção era de que a queda atingiria
os 3,6%. (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 4
Boletim Diário da Operação do ONS
Gás e Termoelétricas 1 BR quer gerar emergia através da co-geração A BR distribuidora está decidida a participar da co-geração de energia por meio da cana-de-açucar. Dezenove usinas dos estados de São Pulo, Goiás e Mato Grosso já assinaram com a BR um protocolo de inteções para que possam gerar um excedente de 350 MW de energia para ser comercializado, depois do estudo de viabilidade ora em curso. Implantando uma nova filosofia para se transformar em uma empresa de soluções energéticas, a idéia que a BR vem alinhavando é criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para cuidar da área de co-geração. Essa SPE teria participação acionária das usinas, da própria BR, e de um investidor. Esse mesmo modelo vem sendo discutido com indústrias para a co-geração de energia, através do gás. "Já temos cerca de 60 protocolos assinados nesse sentido, só para a área de gás. Definidas as regras para o setor elétrico, inclusive para o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa), creio que a utilização do gás e do bagaço tendem a ganhar musculatura dentro da nossa matriz energética", diz Marco Antonio Vaz Capute, diretor de Mercado Consumidor da BR Distribuidora. (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 2 Petrobras registra maior lucro da história A Petrobras
conseguiu um resultado histórico em seu exercício financeiro de 2003,
apresentando um lucro líquido de R$ 17,79 bilhões no período, o equivalente
a um crescimento de 120% em relação a 2002. O desempenho da empresa foi
puxado, principalmente, pelo aumento do preço médio do barril de petróleo
no exterior, por ganhos cambiais e pela expansão da produção. Este foi,
de acordo com a consultoria Economática, o maior lucro já registrado por
uma empresa de capital aberto no Brasil desde 1986. A receita operacional
líquida da petrolífera bateu R$ 95,7 bilhões no ano passado, superando
em 38% o volume de 2002. Os lucros bruto e operacional de 2003 foram,
respectivamente, de R$ 42,8 bilhões e R$ 27,5 bilhões, e o Ebitda, de
R$ R$ 32,61 milhões. Em relação à geração de caixa, o lucro líquido permitiu
que a petrolífera atingisse o nível de R$ 25 bilhões. A contribuição da
empresa ao País totalizou R$ 89 bilhões, com R$ 52 bilhões em gastos governamentais.
(Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 3 Aumento na produção global de petróleo e gás influiu no resultado recorde da Petrobras O recorde
histórico da Petrobras ocorreu mesmo diante da queda de 6% nas vendas
de derivados no mercado interno e do provisionamento de R$ 1,47 bilhão
para as termelétricas. Soma-se a isto o prejuízo de R$ 293 milhões amargado
no Equador em um contrato de transporte de óleo pesado do tipo "ship or
pay" (embarque ou pague). Entre os fatores que mais colaboraram para o
bom resultado alcançado pela empresa está o nível de preço do petróleo
no mercado internacional, que teve um aumento médio de 16% no barril do
tipo Brent (US$ 28,4) em relação a 2002, e o aumento global de 12% na
produção de petróleo e gás natural da companhia. A área internacional
da empresa também colaborou para a formação do lucro, com participação
de R$ 618 milhões por conta da incorporação da argentina Perez Companc,
atual Petrobras Energía. A produção de petróleo e LGN da empresa cresceu
11% em 2003, enquanto a de gás natural teve expansão de 22%, principalmente
pelas atuações na Bolívia e na Argentina. (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 4 Exportações da Petrobras atingiram US$ 4,5 bi em 2003 A Petrobras
manteve o posto de maior exportadora do Brasil, com um volume total de
US$ 4,5 bilhões. Pela primeira vez, a Petrobras registrou superávit comercial
em líquidos (excluindo-se gás) - de US$ 103 milhões - em suas contas externas.
O resultado positivo foi possível graças à queda de 51% nas importações
de derivados e de 2% nas de óleo bruto. Já as exportações tiveram um aumento
de 1%, e as vendas no mercado externo (basicamente por conta da incorporação
da Perez Companc), crescimento de 27%. "Isto não quer dizer, contudo,
que já estamos na auto-suficiência", comentou o diretor de finanças e
de relações com investidores da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. (Gazeta
Mercantil - 16.02.2004) 5 Investimentos da Petrobras em 2003 atingiram R$ 18,6 bi Os investimentos da estatal no ano passado somaram R$ 18,6 bilhões (2% a menos que em 2002), sendo a maior parte deste montante destinado às áreas de exploração e produção (R$ 8,8 bilhões) e nas atividades internacionais (R$ 2 bilhões). Se levado em consideração, no entanto, o aporte feito pelas Sociedades de Propósitos Específicos (SPEs) e desconsiderando-se os R$ 4,4 bilhões para a compra da Perez Companc, em 2002, chega-se ao montante real de R$ 21,1 bilhões, valor 19% maior que o de 2002. "Tivemos redução nos investimentos previstos no início do ano passado por conta da desvalorização cambial. O orçamento do ano foi feito com um câmbio de R$ 3,43, mas 2003 fechou com taxa média de R$ 3,07", disse Gabrielli. (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 6 Petrobras prevê investimentos de R$ 28 bi em 2004 No orçamento enviado ao Congresso, a Petrobras prevê investimentos de R$ 28 bilhões para este ano. Gabrielli ressalta, no entanto, que este volume foi calculado em agosto de 2003, com taxa de câmbio de R$ 3,35 por dólar. Se houver apreciação do real, portanto, o montante poderá ficar novamente abaixo do planejado. (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 7 Petrobras e White Martins fecham parceria A Petrobras e a White Martins anunciam a criação de uma joint-venture para operar na área de gás. Um dos objetivos da nova empresa é o de comercializar o gás natural comprimido (GNC), usando a tecnologia da White Martins de compressão do gás em cilindros, transportado em caminhões específicos para o produto. O processo, batizado de "gasoduto virtual", tem como principal vantagem sua capilaridade, uma vez que chega aos consumidores por rodovias, abastecendo regiões ainda não alcançadas pelos gasodutos. Além de atingir regiões até então inacessíveis, a nova empresa poderá comercializar o gás em áreas de concessão de outras empresas. O objetivo da Petrobras na área de gás natural é o de atuar em todos os elos da cadeia produtiva - tanto no Brasil quanto nos países do Cone Sul. (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 8
Estudo da Petrobras aponta vantagens do gasoduto virtual 9 Petrobras nega compra de ativos da ENI no Brasil A Petrobras negou, no dia 13 de fevereiro, que esteja negociando a compra dos ativos da companhia de petróleo italiana ENI no Brasil. "A Petrobras está, como sempre, analisando todas as oportunidades de negócio, inclusive na área de gás liquefeito. Estamos olhando o mercado, tendo conversas e fazendo avaliações, mas não há no momento nenhuma negociação em curso", disse o diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, José Sérgio Gabrielli. Na sexta-feira, foi publicada a informação de que a ENI estaria acertando os últimos detalhes da venda da maior parte de seus ativos no Brasil à Petrobras, em uma operação que poderia antecipar sua saída deste mercado, onde fez fortes investimentos nos últimos anos. A operação, segundo informações do jornal italiano "Il Sole", que cita fontes do setor petrolífero no Brasil, poderia superar os US$ 200 milhões. (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 10
Gasoduto Maranhão-Piauí será iniciado em 2005 11 Construção da Gasun vai contar com recursos da CDE A instalação do Gasun vai contar com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), mantida pelas concessionárias de energia elétrica do País. Os recursos da CDE, dos quais R$ 225 milhões já estão assegurados para este ano, são destinados ao desenvolvimento de fontes de energia alternativas. A TMN está negociando a antecipação dos recursos via BNDES para que sejam iniciadas as obras. O gás natural visa atender, de início, a demanda dos setores industrial e automotivo no Maranhão e no Piauí. A previsão é que o gasoduto entre em operação no final de 2006. De acordo com as perspectivas de mercado da Gasmar, em São Luís existe demanda de gás natural por parte de empresas como Alumar (Consórcio de Alumínio do Maranhão), Ambev e Companha Vale do Rio Doce (CVRD). (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 12 RS e SC devem disputar termelétrica de carvão A ministra
Dilma Rousseff, recentemente afirmou que um leilão para a implementação
de uma termelétrica a carvão será aberto até 2005. Como, segundo dados
da CPRM - Serviço Geológico do Brasil, o Rio Grande do Sul detém 89,25%
das reservas do mineral, enquanto Santa Catarina tem uma participação
de 10,41%, é possível que os estados concorram entre si para sediar o
empreendimento."O novo modelo do setor elétrico prevê a competição entre
fontes iguais sendo o diferencial a menor tarifa para o consumidor. Neste
ponto poderá haver uma disputa, mas a expectativa é de que os projetos
possam ser desenvolvidos em paralelo", diz o secretário de Energia, Minas
e Comunicações, Valdir Andres. (Jornal do Comércio - RS - 16.02.2004)
Grandes Consumidores 1 CVRD tenta parceria com chineses A Vale do
Rio Doce está acertando uma nova parceria com os chineses. Desta vez será
na área do complexo de alumínio, segundo adiantou Roger Agnelli, presidente
da mineradora,. A China Aluminium Company (CAC) está interessada numa
sociedade com a Vale na produção de alumina. Isso significa que a CAC
poderá entrar no projeto de duplicação da Alunorte, de US$ 183,3 milhões,
com operação prevista para 2006. "Ter um sócio chinês sempre é muito bom",
declarou o presidente da Vale. (Valor - 16.02.2004) 2 BNDES poderá participar da parceria da Vale Agnelli
revelou que o empreendimento poderá ter como sócios outras siderúrgicas,
como a coreana Posco, e até mesmo o BNDES, que recentemente manifestou
tal disposição, além de poder vir a ser um dos financiadores da obra.
O presidente da Vale nega estar sofrendo pressões do BNDES por conta de
sua associação com a Arcelor na CST. As duas sócias têm um contrato que
lhes dá direito ao exercício de uma opção de venda das ações da parte
da Vale e de uma opção de compra do lado da Arcelor, a vencer entre 2007
e 2013. O contrato, que poderá levar a Arcelor a ser controladora da CST,
preocupa o BNDES, defensor de uma siderurgia em mãos brasileiras. Agnelli
não entra no mérito dessa polêmica. (Valor - 16.02.2004) 3 Acesita cria consórcio de exportadores Um grupo
de dez fabricantes de produtos em aço inox - oito gaúchos e dois do estado
de São Paulo - formaram em meados do ano passado o consórcio de exportação
Brazilian Stainless Steel Housewares, organizado pela Acesita, maior fabricante
de aços inoxidáveis da América Latina. Com pouca presença externa, as
empresas prospectam mercados juntas e já fecharam um contrato de US$ 120
mil para o México, com expectativa de alcançar vendas de US$ 3,24 milhões
em um ano. O consórcio também deve concluir até o final do mês vendas
para os Emirados Árabes Unidos, que poderão render até US$ 700 mil em
2004. Juntas, as empresas participantes faturam anualmente cerca de R$
110 milhões. As exportações totais alcançaram US$ 3,2 milhões no ano passado,
atendendo principalmente a América do Sul e Central. Com o consórcio,
a estimativa é que as vendas externas cheguem a US$ 6,5 milhões este ano.
As empresa integrantes do grupo são Brinox Metalúrgica, Di Solle Cutelaria,
Gazola Indústria Metalúrgica, Metalúrgica Forma, Metalúrgica Vila Augusta,
Metalúrgica Martinazzo, Metal Matrizes Zanela, Metalúrgica Simonaggio,
RSN Metais (Riva) Viel Indústria Metalúrgica. (Gazeta Mercantil - 16.02.2004) 4 Sudeste poderá ter pólo petroquímico Já se encontra
em poder da Petrobras uma proposta para a reorganização da indústria petroquímica
brasileira, que levaria à criação de uma nova companhia integrada e de
grande porte no setor - a Petroquímica do Sudeste. O estudo-projeto, que
foi elaborado pela consultoria Accenture sob encomenda do grupo Unipar,
foi entregue a dois graduados diretores da estatal na última quinta-feira.
O estudo realizado pela Unipar, principal acionista da Petroquímica União
(PQU), central de matérias-primas do pólo paulista, com 37,5%, aponta
a Petrobras como peça-chave na formatação de um novo grupo petroquímico
na região Sudeste. "São vários fatores", diz Roberto Dias Garcia, presidente
da Unipar. Um deles é sua presença societária em duas pontas produtivas
- na PQU, com 17,5%, e na Rio Polímeros (RP), pólo gás-químico do Estado
do Rio (em fase final de construção), com 16,7%. (Valor - 16.02.2004) A Copesul,
central de matérias-primas do pólo petroquímico de Triunfo (RS), concluiu
a captação de R$ 125 milhões com o Fundo de Direitos Creditórios (FIDC
ou fundo de recebíveis) lançado na segunda metade de janeiro. Segundo
comunicado divulgado pela empresa, o volume de propostas atingiu R$ 300
milhões, o que permitiu a redução da taxa de remuneração dos 106,5% do
CDI prevista inicialmente para 106%. A companhia explicou que lançou o
fundo de recebíveis como "alternativa adicional de captação de recursos
para capital de giro e de alongamento dos prazos de financiamento". (Valor
- 16.02.2004) Economia Brasileira 1 IBGE: Indústria cresce em metade das regiões em 2003 Segundo o IBGE, a produção da indústria cresceu, em 2003, em 6 das 12 regiões pesquisadas na comparação com 2002. A maior expansão ocorreu no Espírito Santo (11,6%), cuja indústria foi impulsionada por petróleo e exportações de produtos siderúrgicos e celulose. A maior queda foi verificada em Santa Catarina (2,5%), onde o setor é prioritariamente voltado para o mercado doméstico. A renda teve retração de 12,9% de janeiro a março de 2003 (período para o qual o IBGE tem dados disponíveis) em relação ao mesmo período de 2002. Para André Macedo, economista do IBGE, essa é a tônica em todas as outras áreas: só cresceu quem conseguiu uma saída para as exportações ou forneceu para a agricultura. Em São Paulo, onde a indústria é também voltada ao mercado interno, o crescimento foi de 0,6% em 2003. (Folha de São Paulo - 14.02.2004) 2 IPCA apresenta elevação em janeiro A inflação, medida pelo IPCA, começou o ano com aceleração. O índice atingiu 0,76% em janeiro após subir 0,52% em dezembro, segundo o IBGE. O resultado, entretanto, ficou dentro das previsões do mercado, em torno de 0,75%. Para a gerente da coordenação de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, houve altas localizadas nos alimentos, tarifa de energia e automóveis. "Os principais impactos foram pontuais. Não foi um movimento generalizado", disse. Ela destacou ainda que o indicador da inflação acumulada nos últimos 12 meses diminuiu para 7,71% e voltou ao patamar pré-crise cambial. (Folha de São Paulo - 14.02.2004) 3 IPCA: Gastos com energia pesaram para o consumidor Os gastos com energia elétrica também pesaram no bolso do consumidor no mês passado. A tarifa subiu 2,19% devido a aumentos em 5 das 11 áreas pesquisadas pelo IBGE e foi o item que mais contribuiu para a inflação isoladamente, com 0,10 ponto percentual na variação do IPCA. Para o coordenador do grupo de conjuntura do Instituto de Economia da UFRJ, Francisco Eduardo Pires de Souza, o resultado de janeiro não é uma razão para o BC interromper a queda dos juros, apesar da meta rígida. Para Souza, não há pressões vindas da demanda ou do câmbio, mas a meta de inflação é apertada. "Os preços estão subindo por conta dos preços administrados e dos tributos, mas, se o BC quiser atingir o centro da meta a ferro e fogo, vai ter que interromper o processo de queda dos juros e isso vai afetar a atividade econômica." (Folha de São Paulo - 14.02.2004) 4
Mercado não espera queda dos juros O mercado
de câmbio começou a semana cauteloso com o cenário político, mas não chegou
a dar sinais de nervosismo. O dólar comercial operou em leve alta na maior
parte do tempo, mas acabou por fechar a manhã praticamente estável (em
baixa de 0,03%), cotado a R$ 2,903 na compra e R$ 2,905 na venda. Na sexta,
o dólar comercial terminou em alta de 0,34%, a R$ 2,9040 na compra e a
R$ 2,9060 na venda. Na semana, a divisa norte-americana caiu 0,95%. (O
Globo On Line e Valor Online - 16.02.2004)
Internacional 1 Governo português assina com Iberdrola acordo de reestruturação do setor Uma fonte
da indústria revelou que o Governo de Portugal e a elétrica espanhola
Iberdrola irão firmar um acordo no qual a Iberdrola irá deixar de ser
acionista da Galp Energia. Segundo a fonte, citada pela agência Reuters,
"o Estado e a Iberdrola assinam hoje, em Lisboa, um acordo em que a Iberdrola
dá o seu acordo para a reestruturação do sector energético em Portugal
e sai da GalpEnergia". A elétrica espanhola, que detém uma participação
de 4% na Galp Energia, havia interposto uma ação contra as deliberações
da Assembléia Geral desta empresa que previa a reestruturação do sector.
Em adição, a firma espanhola tem vindo a afirmar que deseja trocar a sua
posição na Galp Energia por ativos do gás em Portugal. (Diário Econòmico
- 13.02.2004) 2 Tarifas de eletricidade e gás na Argentina devem ter aumento O ministro
do planejamento da Argentina, Julio de Vido, o secretário de energia,
Daniel Camerom, e o chefe de gabinete, Alberto Fernandez, anunciaram,
na sexta-feira, planos de aumentar as tarifas de eletricidade e gás para
consumidores de média e larga escala. As tarifas de serviços públicos
na Argentina estão congeladas desde a desvalorização do Peso no início
de 2002. Segundo afirmou Fernandes, as indústrias e companhias que mais
se beneficiaram com o congelamento das tarifas de energia durante esses
anos devem arcar com grande parte do crescimento das tarifas. Embora Fernandes
tenha dito que as companhias não deveriam repassar os aumentos para os
consumidores, um porta-voz da reguladora de eletricidade da Argentina,
Enre, afirmou que é inevitável que parte do aumento seja repassado para
os consumidores finais. O aumento do preço de energia terá duas etapas:
na primeira, haverá um aumento de 15-18% para os consumidores industriais
de média escala com capacidade de conexão superior a 10kV, enquanto que
numa segunda fase, os consumidores de larga escala, com capacidade de
conexão acima de 300 kV enfrentarão um aumento de 30-32%. (Business News
Americas - 13.02.2004) 3 WGPS vai construir usina de energia na Colômbia O Wood Group Power Solutions (WGPS), unidade da companhia de serviços de energia do reino Unido, Wood Group, ganhou a concessão de US 30 mi junto a companhia de mineração dos Estados Unidos, Drummons, para a construção de uma usina de energia, com capacidade de 65 MW, para prover eletricidade as operações da recém expandida mina de carvão da empresa, instalada ao norte da Colômbia. De acordo com o contrato estabelecido, a WGPS será responsável pelo desenho, procuração, instalação e comissionamento da usina. (Business News Americas - 11.02.2004)
Biblioteca Virtual do SEE 1 SOUCAR, David e TURPIN, Emmanuel. "Lessons From Scandinavia" Nova York: Morgan Stanley - Electric Utilities, janeiro de 2004 - 12 páginas Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/novomodelo.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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