l IFE:
nº 1.290 - 13 de fevereiro de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Processo de revisão tarifária da COMGÁS tem audiência Pública na segunda-feira Acontecerá
na segunda-feira, dia 16 de fevereiro de 2004, Audiência Pública para
o processo de revisão tarifária da COMGÁS. Será uma oportunidade para
que todos os agentes interessados e consumidores de gás canalizado apresentem
contribuições às propostas divulgadas. Os resultados da audiência pública
serão analisados pela CSPE, que deverá propor na segunda etapa do processo,
em 10/03/04, revisão das propostas que serão submetidas à audiência pública,
em 23/03/04. A decisão final do processo será publicada pela CSPE em 13/04/04,
com vigência das novas tarifas a partir de 31/05/04. A versão integral
da Nota Técnica CSPE-03 está disponível em www.cspe.sp.gov.br (NUCA-IE-UFRJ
- 13.02.2004) 2 Geradoras querem que usinas já existentes participem dos leilões de energia "nova" As geradoras
de energia, tanto as privadas como as estatais, ficaram descontentes com
a afirmação da ministra Dilma, de que não acataria nenhuma de suas emendas
ao novo modelo do setor, que tramita no Senado. Os executivos das empresas
reagiram à negativa do governo ao seu principal pedido, o que permite
que as usinas já existentes participem dos leilões de energia "nova",
e prometem desligar as suas usinas caso fiquem com a energia sem comprador
nas mãos. "Se ficar como está, esse modelo estimulará a desativação de
usinas. Ninguém vai agüentar ficar com os custos de operação de um projeto
sem contrato de venda", afirmou Marco Antônio Sureck, diretor da Tractebel.
(Valor - 13.02.2004) 3 Duke: Competição no novo modelo é desigual O vice-presidente
da Duke Energy, Paulo Born, afirma que, se forem obrigados a competir
em pé de igualdade com as usinas completamente amortizadas, os produtores
independentes serão alijados do mercado. "Nós temos usinas com apenas
dois anos de construção, que são muito mais próximas economicamente de
empreendimentos novos do que de usinas com 50 anos de operação, completamente
amortizadas", disse Born. Os cálculos feitos pelas associações representativas
dos geradores apontam para 19 mil MW que poderão ficar sem comprador,
volume correspondente a mais de 25% de toda a energia consumida no país.
A Abrage acredita que as atuais sobras, de 7 mil MW, poderão micar nas
mãos dos investidores com o atual modelo. Os outros 12 mil MW ficarão
sem contratos nas mãos dos produtores independentes. (Valor - 13.02.2004) 4 Abrage: Irredutibilidade do governo pode trazer problemas ao setor O presidente
da Abrage, Flavio Neiva, disse que a atitude do governo de não aceitar
as sugestões poderá trazer "graves conseqüências" para o setor. Ele também
acredita que algumas empresas poderão desligar suas usinas, em último
caso. "Não quero fazer ameaças de desligamento de usinas, mas sem dúvida
acredito que isso levará a um desincentivo à manutenção do parque gerador.
As empresas também poderão partir para ações na Justiça para tentar garantir
a sua sobrevivência", afirmou Neiva. Ele disse que a associação não exige
a inclusão da energia velha em leilões de energia nova. Mas quer tratamento
especial para as sobras elétricas. "Essa energia sem comprador traz prejuízo
diário de R$ 10 milhões por dia para as geradoras". A Abrage quer tratamento
prioritário para a contratação destas sobras, antes mesmo da realização
de um novo leilão de novas usinas. (Valor - 13.02.2004) 5
Apine teme que energia de usinas fique sem comprador 6 Abrace: Regulação ainda é o grande problema do setor Segundo
o diretor-executivo da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais
de Energia (Abrace), Paulo Ludmer, além da sobra de energia e dos conseqüentes
baixos preços no MAE, ainda pairam desconfianças das empresas em relação
à regulamentação de medidas do novo modelo do setor. Por isso, as companhias
estariam reticentes em assinar novos contratos. Para Eletronorte e Chesf,
prorrogar os contratos não foi tarefa difícil. No caso da Chesf, por exemplo,
segundo o superintendente de comercialização de energia, José Carlos de
Miranda, a maior parte dos aditamentos para os contratos liberados em
2004 foram feitos ainda em 2003. Na Cemig, o aditamento foi feito de forma
quase automática porque a empresa exerce funções de geradora e também
de distribuidora de energia. Segundo o assessor de compra e venda no atacado
da empresa, Agostinho Faria Cardoso, não há, nesse caso, contrato formal,
porque a geração e a distribuição são feitas pela mesma empresa. Ele afirma
que cerca de 97% do que seria liberado ao mercado em 2004 foram prorrogados.
(Gazeta Mercantil - 13.02.2004) 7 Vetos a emendas preocupam Abradee O veto do
MME a três dos seis pontos pleiteados pelas distribuidoras na pauta mínima
dos agentes para o novo modelo do setor elétrico deixou a Abradee (Associação
Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica) preocupada com o resultado
prático das novas regras para as empresas. O temor é que, sem a garantia
de medidas consideradas essenciais para o mercado, as relações no âmbito
comercial se deteriorem e provoquem um colapso. "Há um risco assimétrico
para a distribuição, que penderá sempre para a perda. Ninguém vai entrar
num setor onde a melhor das hipóteses é perder pouco", afirma o diretor
técnico da entidade, Fernando Maia. Na avaliação de Maia, a votação do
projeto de lei de conversão no Senado, da maneira como está delineado
hoje, transforma as distribuidoras numa espécie de palmatória do setor
elétrico, pois passam a ter que acertar na previsão de mercado e garantir
pleno atendimento ao consumidor sem, no entanto, ter direito ao lucro.
(Canal Energia - 12.02.2004) 8 Unica contesta VE para cogeração de cana-de-açúcar apresentado por estudo da FGV O setor sucroalcooleiro está contestando o valor econômico (VE) para o segmento levantado pelo estudo da FGV. O trabalho, encomendado pela APMPE (Associação Brasileira de Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica), mostra que o preço do MWh para a cogeração da cana-de-açúcar ficaria em R$ 92,58. A FGV utilizou os parâmetros adotados pelo MME na consulta pública realizada em 2003. Segundo a Unica (União das Agroindústria Canavieira), o valor divulgado no ano passado pelo MME, cerca de R$ 89,56, continha distorções em relação ao período de safra. O responsável pela área de cogeração da entidade, Onório Kitayama, explica que a metodologia do valor econômico utilizou o período de produção de uma unidade específica, que ficou em 210 dias. A Unica solicitou um relatório da Price Waterhouse Coopers para levantar a safra média na região. "Chegamos a um número próximo de 182 dias. Com a mesma metodologia utilizada, o preço do MWh ficaria entre R$ 110 e R$ 115", informa. Segundo Katayama, se não houver diferenciação entre as regiões na definição dos valores, o preço deveria levar em conta uma média nacional próxima de 180 dias. (Canal Energia - 13.02.2004) 9
Projeto para geração com biomassa tem investimentos de R$ 1 mi 10 Governo de MG cria Conselho Estadual de Energia O governo
de MG instalou o Conselho Estadual de Energia (Coner), órgão consultivo
que integra a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede).
Presidido por Wilson Brumer, que também chefia a Sede, o Coner tem como
um dos seus objetivos principais reformular a política energética de Minas,
sobretudo nas questões ambientais. As reuniões do Conselho devem acontecer
trimestralmente, com foco no lado operativo. No lançamento do órgão, foram
abordados aspectos ambientais de setor energético de Minas Gerais. Um
dos assuntos da pauta do próximo encontro, previsto para março, é a expansão
do gás natural na matriz energética do estado. (Canal Energia - 12.02.2004) 11
Curtas
Empresas 1 Geradoras do Sul e Sudeste estão com problemas para vender energia As geradoras
das regiões Sul e Sudeste vêm enfrentando problemas para conseguir mercado
para os 25% da energia que, por lei, teve de ser descontratada em janeiro.
No ano passado, quando também foram liberados 25% dos contratos iniciais,
essas empresas já haviam passado pela mesma dificuldade, devido à sobra
conjuntural de energia nessas regiões. No Norte e no Nordeste, onde não
há sobras, empresas como a Chesf e a Eletronorte conseguiram aditar (prorrogar)
por um ano os contratos com certa facilidade. Para grandes geradoras como
Furnas, maior faturamento entre as estatais da holding Eletrobrás , prorrogar
os contratos liberados não tem sido tarefa das mais fáceis. O presidente
da empresa, José Pedro de Oliveira, afirmou que boa parte dos 25% descontratados
em 2003 e dos 25% deste ano não foram aditados. Segundo ele, a empresa
tenta todos os meios possíveis para colocar a energia descontratada no
mercado. (Gazeta Mercantil - 13.02.2004) 2 Cataguazes-Leopoldina tem liminar anulada O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Luiz Habib, anulou a liminar em favor da Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina (CFLCL) na disputa com os sócios minoritários (Alliant e Fondelec). No final do mês passado, o juiz em exercício cassou liminar impetrada pelos minoritários da concessionária, que anulava a aprovação de dividendos tomada na Assembléia Geral Extraordinária, em dezembro passado. Além da anulação da assembléia, a liminar argumentou ainda que não poderia haver tal decisão, já que os sócios tinham iniciado um processo de arbitragem. A decisão do desembargador diz ainda que o depósito feito de R$ 6 milhões tem caráter judicial e não de dividendos, conforme a companhia havia alegado. Foi determinado também que seja realizada nova assembléia para apresentar o balanço financeiro do exercício de 2003 para aprovação dos acionistas. A determinação estabelece ainda que seja aplicada a Lei das S.A., que permite aos detentores de ações preferenciais o direito a voto. (Canal Energia - 13.02.2004) 3 Rede Cemat inicia implantação de novo sistema de leitura A Rede Cemat
está implantando um novo sistema para efetuar o registro do consumo dos
clientes atendidos por baixa tensão. A concessionária utilizará, a partir
de março, dois modelos de palms tops. A empresa espera reduzir o número
de contas refaturadas de quatro em cada 10 mil contas para apenas uma.
Outro ponto favorável para a empresa e para o consumidor é a crítica da
leitura, que poderá ser realizada pelo próprio leiturista. O programa
irá fazer a análise automática da leitura, informando que aquele consumidor
teve, por exemplo, um consumo superior a 30% da sua média nos últimos
três meses. Nesse caso, a Rede Cemat fará uma nova leitura no local. Nos
arquivos dos equipamentos vai constar a média de consumo das unidades
consumidoras dos últimos quatro meses. Os dados são transmitidos via modem,
com possibilidade de transmissão via infravermelho por meio de aparelhos
celulares. (Canal Energia - 12.02.2004) 4
Eletronuclear recebe Prêmio Nacional da Gestão Pública
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Horário de verão termina neste sábado O horário
de verão termina à meia-noite de amanhã nas três regiões em que foi aplicado:
Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com exceção do Mato Grosso. Até ontem, o
MME não tinha concluído o levantamento sobre a economia gerada com a mudança
nos relógios. A estimativa divulgada em 18 de outubro, véspera da implantação
do horário, indicava que durante os 119 dias de operação seriam economizados
1.690 MW no horário de ponta nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, o equivalente
a 5% do consumo nessas localidades. No Sul, a projeção era de queda de
cerca de 6% do consumo no horário de ponta, ou 560 MW. Segundo dados do
ONS, no horário de verão anterior a demanda de energia nas regiões Sudeste
e Centro-Oeste caiu 5,1% (1.611 MW) e, no Sul, 5,9% (502 MW). (Gazeta
Mercantil - 13.02.2004) 2 Manaus Energia: Blecautes em Manaus são decorrentes das condições climáticas No que se
refere aos constantes blecautes ocorridos em Manaus, o assessor da diretoria
técnica da Manaus Energia, Renê Formiga, explicou que são decorrentes
das variações por conta das condições climáticas, descargas atmosféricas,
comuns no período chuvoso. Segundo Renê, toda a rede de 13,8 KVA e 69
KVA é aérea, logo está exposta às oscilações climáticas. Renê ressaltou
que em Manaus as descargas atmosféricas são muito grandes, em função da
localização geográfica. Daí ser um gargalo difícil de resolver, muito
embora a empresa venha trabalhando no sentido de reduzi-lo com melhoramentos
da rede. "Mesmo com o gás natural o problema tende a acontecer porque
é de descarga e não por falta de combustível", assegurou. (Jornal do Comércio
- AM - 13.02.2004) 3 Reservatórios do Nordeste apresentam capacidade máxima de armazenamento O excesso
de chuvas na região Nordeste pode significar garantia de água para os
próximos dois anos nas áreas abastecidas pelos grandes reservatórios da
região. Esta é uma das conclusões do relatório sobre o panorama dos recursos
hídricos no país apresentado pela ANA (Agência Nacional de Águas) nesta
semana na reunião do Grupo Interministerial, criado para acompanhar a
evolução das chuvas em áreas de risco. O documento mostra que os reservatórios,
como o de Orós (CE), Armando Ribeiro Gonçalves (RN), Santa Cruz (RN),
Curemas Mãe D'Água (PB), Epitácio Pessoa (PB), Jucazinho (PE) e Engenheiro
Francisco Sabóia (PE) estão com capacidade máxima de acumulação. Na bacia
do São Francisco, as chuvas se concentraram depois das represas de Três
Marias e Sobradinho, principais reservatórios de regularização da bacia.
O resultado foi um aumento significativo no volume armazenado para geração
de energia elétrica. (Canal Energia - 12.02.2004) 4
Risco nos reservatórios isolados de menor porte anda persistem 5 ONS reduz intercâmbio de energia Norte-Sudeste O ONS reduziu
em 250 MW o intercâmbio de energia elétrica da região Norte integrado
para o Sudeste. A entidade explica que a operação deve-se ao desligamento
de emergência do circuito 2 da linha de transmissão, em 500 kV, Serra
da Mesa/Samambaia. O empreendimento, que pertence à Furnas, foi desligado
devido à bucha da fase A do reator associado ter apresentado formação
de gás no óleo isolante em Serra da Mesa. Segundo o operador do sistema,
o desligamento não trouxe prejuízo para o sistema interligado, já que
o intercâmbio entre as regiões permanece próximo dos 1.000 MW médios.
(Canal Energia - 12.02.2004) 6 Relatório da ANA: Situação de reservatórios de RJ e SP é preocupante Nas áreas metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, de acordo com o relatório, o panorama é preocupante. O documento mostra que as chuvas que caem não estão alimentando os principais reservatórios que abastecem as duas cidades. É o caso do sistema Cantareira, responsável pela água que abastece cerca de 48% da população de São Paulo, e do sistema Paraíba do Sul, que abastece a região metropolitana do Rio de Janeiro. (Canal Energia - 12.02.2004) 7 Nível de armazenamento do subsistema Norte está em 63,62% A região
Norte registra 63,62% da capacidade, o que corresponde a um aumento de
0,85% em relação ao dia 10 de fevereiro. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta
volume de 84,15%.(Canal Energia - 12.02.2004) 8 Subsistema Nordeste está 6,87% da curva de aversão ao risco O nível
do submercado Nordeste está em 40,39%. O volume fica 6,87% acima da curva
de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um acréscimo de 0,65% em
comparação com o dia 10 de fevereiro. A usina de Sobradinho registra 37,84%
da capacidade. (Canal Energia - 12.02.2004) 9 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registra aumento de 0,54% no volume A capacidade de armazenamento no subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 52,54%, ficando 26,4% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um aumento 0,54% em um dia. As hidrelétricas de Emborcação e Itumbiara registram volume de 55,78% e 70,36%, respectivamente. (Canal Energia - 12.02.2004) 10 Subsistema Sul tem redução de 0,23% Os reservatórios
do subsistema Sul registram 81,04% do volume, uma redução de 0,23%. A
hidrelétrica de Ernestina apresenta índice de 71,12%. (Canal Energia -
12.02.2004) 11 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras antecipa pagamento de dividendos Os acionistas da Petrobras vão receber nesta sexta-feira antecipação de pagamento de dividendos, sob a forma de juros sobre o capital próprio. O valor é de R$ 3 por ação ordinária e preferencial, mais a atualização pela taxa Selic, no período de 31 de dezembro último a 13 de fevereiro. A decisão de antecipar dividendos, sob a forma de juros sobre o capital próprio, foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras, no dia 13 de novembro, quando foram divulgados os resultados financeiros da companhia, referentes ao terceiro trimestre de 2003. A remuneração a ser paga será deduzida dos dividendos totais, cujo valor é proposto pelo Conselho de Administração à Assembléia Geral Ordinária (AGO) que delibera sobre a destinação do resultado do exercício de 2003. A AGO relativa ao exercício de 2003 está marcada para o dia 29 de março próximo. (O Globo - 13.02.2004) 2 Governo brasileiro ajudará Bolívia a exportar gás Lula pretende
ajudar a Bolívia a exportar gás pelo gasoduto brasileiro. Ele informou
que a ministra Dilma , esteve em La Paz, tratando da construção de um
pólo gás-químico entre Porto Soares e Corumbá, no valor de US$ 2,7 bilhões.
Essa obra seria parte do projeto de integração latino-americana através
da infra-estrutura e está sendo discutida como alternativa à saída pelo
Pacífico, inviabilizada por causa de desentendimentos entre a Venezuela,
Peru e Chile. Lula está empenhado, também, na criação de um banco de desenvolvimento
na América Latina, através de participações do BNDES, do Fonplata e do
Comitê Andino de Fomento. (Valor - 13.02.2004) 3 Siemens planeja investir no gás de Urucu A Siemens
da Amazônia está na expectativa do gás natural de Urucu por considerá-lo
um combustível ecologicamente correto, pois não agride o meio ambiente.
O interesse da empresa pelo produto mais esperado dos últimos tempos é
quanto a seu uso na área de energia, já que é especializada no fornecimento
de tecnologia para as empresas que geram e vendem energia. Atualmente
a Siemens atende mais de 300 empresas, de médio e grande portes, do PIM
(Pólo Industrial de Manaus) fornecendo tecnologia. (Jornal do Commerico
- AM - 12.02.2004) 4 Operações da Manaus Energia terão custos reduzidos A Manaus
Energia está no aguardo do gás natural de Urucu, que vai inclusive poder
operar com um produto mais barato. Atualmente trabalhando com 600 MW de
energia em Manaus e capacidade instalada superior a mil MW em todo o sistema,
a companhia utiliza o combustível fóssil, que será trocado pelo gás natural.
Quanto a preocupação do empresariado local no tocante a demanda de energia
industrial em Manaus, o assessor da diretoria técnica da Manaus Energia,
Renê Formiga, garantiu que não há o que temer porque a empresa tem 1,068
mil MW de energia instalado em todo o sistema. A maior demanda utilizada
no ano passado, no mês de outubro por conta da alta demanda, chegou a
682 MW, o que representa 60% da capacidade instalada. "Mesmo que haja
um incremento de 5% no PIM não corre o risco de colapso", garantiu. (Jornal
do Commerico - AM - 12.02.2004)
Grandes Consumidores 1 Usiminas manterá investimentos com novo modelo A empresa
siderúrgica Usiminas vai manter os investimentos em geração própria de
energia. As mudanças no marco regulatório são fator principal para que
a companhia mantenha recursos para a área. A decisão é estratégica, já
que a siderurgia pretende produzir cinco milhões de toneladas de aço por
ano a partir de 2005. Para isso, fornecimento de energia elétrica de qualidade
é importantíssimo, segundo a empresa. A previsão é que, a partir do próximo
ano, a Usiminas tenha um consumo de 229 MW. Em 2005, a companhia começa
a construir mais uma térmica, de 60 MW, que deve iniciar operação em 2007.
Com isso, a geração própria de energia vai chegar a 120 MW, ou 53% do
total consumido. O restante será comprado pela distribuidora local, que
é a Cemig. (Canal Energia - 12.02.2004) 2 Usiminas: Empresa não busca auto-suficiência Segundo
Gabriel Márcio Janot Pacheco, diretor de Desenvolvimento da Usiminas,
a companhia não pretende se tornar auto-suficiente em energia elétrica
por entender que o assunto é de responsabilidade do governo, indústria
e investidores que atuam no setor. "Temos um gasto com energia elétrica
que representa de 4% a 5% do custo total da empresa. Por esse motivo,
não vemos como estratégia tornar uma empresa de siderurgia auto-suficiente
em energia elétrica", argumenta. Ele explica que o custo da empresa com
combustível para geração de energia elétrica vem exclusivamente da integração
dos produtos utilizados no processo siderúrgico, ou o aproveitamento dos
gases que o carvão queima no processo. Em termos de investimentos, o diretor
diz que os gastos até agora com as plantas de geração elétrica em operação
somam US$ 50 milhões. Com a térmica de 60 MW, devem ser investidos mais
US$ 60 milhões. No entanto, o executivo acredita que esse montante pode
ficar abaixo dos US$ 60 milhões. Isto porque a empresa estuda a possibilidade
de parceria para a construção da central térmica. (Canal Energia - 12.02.2004) 3 Braskem tem lucro de R$ 215 mi em 2004 A Braskem
registrou um lucro líquido de R$ 215 milhões em 2003, revertendo o prejuízo
líquido de R$ 794 milhões de 2002. Dois fatores, de acordo com o presidente
da companhia, José Carlos Grubisich, foram essenciais para o resultado:
o realinhamento dos preços da Braskem aos praticados no mercado internacional
e o aumento das receitas obtidas com as exportações. As receitas com as
vendas externas somaram US$ 617 milhões no ano passado, 49% a mais que
os US$ 415 milhões do ano anterior. A geração de caixa (Ebitda) foi de
R$ 1,8 bilhão, 33% superior aos R$ 1,3 bilhão do ano anterior. A receita
líquida, de R$ 9,2 bilhões, foi 31% maior que os R$ 7 bilhões obtidos
em 2002. A receita bruta aumentou 27% e passou de R$ 8,9 bilhões para
R$ 11,3 bilhões em 2003. A produção de resinas termoplásticas cresceu
3% e somou 1,56 milhão de toneladas. Ao utilizar a geração de caixa para
amortizar seu endividamento, a empresa reduziu a relação entre a dívida
líquida e o Ebitda de 5,1 vezes em dezembro de 2002 para 3,5 ao final
de 2003. "Em 2004 a expectativa é que a relação caia para cerca de 2,5",
disse Grubisich. A dívida da Braskem recuou de R$ 6,8 bilhões para R$
6,2 bilhões em 2004. (Gazeta Mercantil - 13.02.2004) 4 Braskem planeja investimentos de R$ 400 mi em 2004 A Braskem
vai investir R$ 400 milhões em 2004, em atualizações tecnológicas e no
desgargalamento de todas as suas fábricas. Esses aportes, disse Grubisich,
vão preparar a empresa para o novo ciclo de alta da petroquímica mundial.
O executivo vislumbra um cenário positivo e favorável para a petroquímica
a partir de 2004, com a recuperação dos preços e das margens de lucro,
e com o aumento do consumo das resinas em relação ao PIB, de 3,7% ao ano,
em média, de 1990 a 2003. "Teremos um ciclo positivo de retomada da petroquímica,
que vai perdurar até 2006 e 2007", disse. (Gazeta Mercantil - 13.02.2004) 5 Braskem estuda a construção de um complexo petroquímico em Corumbá A Braskem
planeja, através da (CPP) Companhia Petroquímica Paulista (70% da Braskem
e 30% da Petrobras), a construção de uma unidade de polipropileno com
capacidade entre 250 mil a 300 mil toneladas anuais em Paulínia (SP),
em parceira com a Petrobras, que forneceria o propeno proveniente da Refinaria
de Paulínia (Replan). Além disso, estuda a construção de um complexo petroquímico
em Corumbá (MS), na fronteira com a Bolívia, para produzir eteno a partir
do gás natural. A unidade terá capacidade para 600 mil toneladas anuais
de polietilenos. Grubisich disse que o projeto, que envolve a Petrobras
e a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales de Bolivia (YPFB) , deverá
entrar em operação em 2008 ou 2009. (Gazeta Mercantil - 13.02.2004) 6 Gasmig vai fornecer gás natural para Gerdau-Açominas A Gerdau-Açominas e a Gasmig assinaram ontem, em Belo Horizonte, contrato para o fornecimento de 600 mil m³ de gás por mês para a siderúrgica, localizada no município de Ouro Branco, região central do estado. O contrato faz parte do projeto de expansão da rede de gás canalizado que liga o Vale do Aço à região metropolitana de Belo Horizonte. O contrato prevê investimentos de R$ 45 milhões por parte da Gasmig, cabendo ao grupo Gerdau ajustes e canais de distribuição do gás dentro da fábrica. Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do grupo gaúcho, disse que a expectativa é de que a Gasmig forneça gás para a Gerdau-Açominas em meados de 2005. O gás permitirá economia de energia elétrica e de óleo. Ele acredita que tal economia deve chegar a 10% nos custos de produção. O gás vai ainda impulsionar o plano de expansão para a antiga Açominas, hoje Gerdau-Açominas. A unidade terá sua capacidade produtiva dobrada para 6 milhões de toneladas de aço bruto por ano, com investimentos previstos de US$ 1,2 bilhão, sendo US$ 170 milhões já feitos em 2003. Com o novo cliente, o faturamento mensal da Gasmig aumentará, inicialmente, em R$ 300 mil. (Gazeta Mercantil - 13.02.2004) 7 Nova rede de gás canalizado da Gasmig terá 51,6 km O contrato faz parte da primeira etapa do novo empreendimento de expansão da rede de gás canalizado da Gasmig que compreende o Vale do Aço. O trajeto da nova rede terá 51,6 km, com início em São Brás do Suaçuí, região central de Minas, de onde seguirá até Ouro Branco, passando por Conselheiro Lafaiete e Congonhas do Campo. Segundo a Gasmig, o projeto completo do gasoduto para o Vale do Aço seguirá até a cidade de Belo Oriente, na região leste do estado. Ao todo, serão 280 km de dutos, projeto que exige investimento de cerca de R$ 180 milhões. Outras empresas da região que serão atendidas, nos próximos anos, de acordo com a estatal, são Alcan, Companhia Belgo-Mineira, Acesita, Usiminas e Cenibra. A primeira etapa do projeto contempla, além da Gerdau-Açominas, a Mineração de Fábrica da Companhia Vale do Rio Doce (antiga Ferteco Mineração), e o restante da Gasmig. (Gazeta Mercantil - 13.02.2004) Economia Brasileira 1 Fiesp pede por queda dos juros A Fiesp defendeu um corte de 1,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia, a Selic, na próxima reunião do Copom. De acordo com o diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos da federação, Cláudio Vaz, a situação pede um corte "dois em um", como uma forma de compensar a manutenção dos juros no mês passado. "Há espaço para isso sem nenhum risco. No começo de janeiro, os índices de inflação trouxeram preocupação, mas os números divulgados agora mostram que a alta nos preços foi sazonal e já se esgotou", afirmou. Segundo Vaz, a queda da taxa de juros é fundamental para uma geração mais expressiva de empregos, que depende da recuperação da atividade econômica no mercado interno. Ele ressaltou, entretanto, que a declaração do ministro Palocci, de que a expectativa do governo é a de uma taxa de juros básica entre 11% e 12% no final deste ano é um indicador favorável. (Folha de São Paulo - 13.02.2004) 2 FMI elogia política econômica do governo O diretor-adjunto do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Charles Collyns, disse que o governo brasileiro vem conduzindo a política monetária de maneira "sensata". A avaliação foi feita após reunião com o Henrique Meirelles. Também estiveram presentes ao encontro os diretores do Banco Central Luiz Augusto Candiota (Política Monetária), Afonso Bevilaqua (Política Econômica), Eduardo Loyo (Estudos Especiais) e Alexandre Schwartsman (Assuntos Internacionais). A missão do FMI participou de reunião com o chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Altamir Lopes. Um dos temas discutidos foi o projeto de PPP, Collyns classificou o projeto de "muito bom". (Gazeta Mercantil - 12.02.2004) 3 Mantega deve anunciar investimentos de R$ 9 bi O ministro Mantega, deve anunciar hoje a liberação de cerca de R$ 9 bilhões de recursos do Orçamento da União deste ano para investimentos - esse montante é 38,5% maior que os investimentos realizados pelo governo federal em 2003 e mais de R$ 1 bilhão superior ao que estava previsto no projeto de lei orçamentária para 2004, enviado em agosto pelo governo ao Congresso. Mesmo assim, o valor representa um corte de R$ 3 bilhões em relação aos R$ 12,3 bilhões de investimentos previstos na lei orçamentária. Mantega anunciará também um corte de R$ 3 bilhões nos gastos de custeio. Mantega ressaltou, no entanto, que não haverá cortes nas áreas sociais e que todos os programas orçamentários "finalísticos", ou seja, aqueles que beneficiam a população, serão preservados. (Valor - 12.02.2004) 4
Furlan: Política industrial não será um pacote O mercado
de câmbio tem uma manhã de negócios reduzidos e, apesar do fluxo cambial
levemente positivo, mantém o dólar em alta. Às 11h12m, a moeda americana
subia 0,24%, cotada a R$ 2,901 na compra e R$ 2,903 na venda. Ontem o
dólar recuou mais 0,37% e fechou abaixo da barreira dos R$ 2,90 pela primeira
vez em fevereiro. A moeda terminou o dia cotada a R$ 2,894 na compra e
R$ 2,896 na venda. (O Globo On Line - 13.02.2004)
Internacional 1 Ministro da Economia de Portugal: MIBEL não está relacionado com a subida dos preços da eletricidade Carlos Tavares
afirmou que os fatores de pressão para a subida dos preços da eletricidade
estão no sistema e é um erro associá-los ao mercado ibérico da eletricidade
(MIBEL). Segundo Carlos Tavares, "todos os fatores de pressão estão no
sistema elétrico, identificá-los como riscos MIBEL é um erro". O ministro
reagia assim às criticas formuladas pelo presidente da Entidade Reguladora
dos Serviços Energéticos (ERSE), Jorge Vasconcelos. Para Carlos Tavares,
um dos elementos essenciais na condução do mercado ibérico da eletricidade
são os reguladores, esperando que estes "desempenhem bem o seu papel".
"O MIBEL só pode fazer baixar os preços em Portugal, porque os preços
com o funcionamento do mercado serão mais baixos do que seriam sem o funcionamento
do MIBEL", disse. (Diário Econòmico - 12.02.2004) 2 Union Fenosa firma contrato para reconstrução de hidrelétrica no Iraque A Union
Fenosa firmou seu primeiro contrato com o exército dos EUA para realizar
uma obra no Iraque. Trata-se da reconstrução de uma central hidrelétrica
situada em Haditha, ao noroeste do país. O contrato tem o valor de 10
milhões de euros. A Soluziona, filial de engenharia da Fenosa, informou
que começara a desenhar o projeto na próxima semana. A companhia espanhola
é a primeira empresa européia a firmar contrato com o exército norte-americano
para a reconstrução do Iraque. O plano de reconstrução da central hidrelétrica
de Haditha deverá ser entregue no dia 15 de maio. (La voz de Galicia -
12.02.2004) 3 REE investirá 1,5 bi na rede de transmissão espanhola no período 2004-2008 O presidente da Red Eléctrica de España (REE), Pedro Mielgo, apresentou o novo plano estratégico do grupo para o período 2004-2008, que prevê investimentos de 1,5 bilhões de euros na rede de transporte de eletricidade, com uma média entre 200 e 300 milhões de euros investidos anualmente. Mielgo explicou que esse esforço de investimento tem o objetivo de reforçar estruturalmente a atual rede de transporte de eletricidade da Espanha para responder ao crescimento da nova geração de energia prevista pelo Planejamento estratégico do Governo para a próxima década. Esses investimentos também levam em conta a dispersão de parques eólicos que vem sendo instalados em áreas diferentes daquelas mais tradicionais, o aumento das conexões internacionais (em especial com Portugal, Marrocos e França) e as novas demandas sociais. Em 2003, a REE realizou investimentos na ordem de 778,3 milhões de euros, sendo que a rede de transmissão de eletricidade recebeu 215,3 milhões de euros desse total. (Radio Intereconomia.com - 12.02.2004) 4
Número de clientes da Gas Natural na América Latina aumentou 8% em 2003 5 Rolls Royce fecha contrato para forneciemento de turbinas para projeto de gasooduto chinês A Rolls
Royce, um dos principais fornecedores de turbinas de gás do mundo, anunciou
o fechamento de um contrato de fornecimento de equipamentos de compressão
para o projeto do gasoduto chinês oeste-leste (WEPP). O contrato terá
um valor superior aos US$ 150 milhões. Com um custo de US$ 8,5 bilhões,
WEPP representa um dos projetos mais importantes, atualmente, no crescente
mercado energético chinês. O projeto prevê a construção de um gasoduto
de gás natural de 3900 km desde Tarim na China Ocidental, até a cidade
de Shanghai, na costa oriental. O traçado percorre nove províncias. (Jornal
Cinco Dias -12.02.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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