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IFE: nº 1.285 - 06 de fevereiro de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Projeto de Lei do novo modelo não deve sair até o dia 21 de fevereiro, diz senador
2 Relatório do PPP será apresentado hoje
3 Abdib está entusiasmada com projetos de PPP

Empresas
1 Eletrobrás pretende investir R$ 2 bi no Reluz até 2010
2 Obrigatoriedade na compra de energia de Itaipu prejudica geradoras paulistas
3 Ceal deve ter 400 mil consumidores beneficiados com desconto na conta de luz
4 AES Tietê registra lucro de R$ 195,3 mi em 2003
5 Curtas

Licitação
1 CGTEE
2 Eletronorte
3 Celesc

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 MME discute crise energética do NE
2 Consumo na área de concessão da RGE terá redução de 0,2 % com horário de verão
3 Subsistema Norte apresenta 56,65% da capacidade
4 Reservatórios registram 36,35% da capacidade no subsistema Nordeste
5 Capacidade de armazenamento está em 49,03% no Sudeste/Centro-Oeste
6 Volume armazenado está em 81,37% no subsistema Sul
7 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Nova regulamentação do gás boliviano não deverá mudar contratos atuais
2 Preço do gás subirá 4,5% no RJ

Grandes Consumidores
1 Setor siderúrgico vai duplicar investimento
2 CVRD investe em MG
3 CVRD realiza parceria para construção de siderúrgica no Maranhão

4 IBS rebate acusações sobre preço do aço

Economia Brasileira
1 Gastos de Estados nas PPPs será limitado
2 Lula: Investimentos extras só serão feitos caso haja aumento da arrecadação
3 MF tem preocupação com manutenção da meta de superávit

4 Economista do Bird elogia atuação do BC
5 Ipea: Indústria ficou estagnada em 2003
6 Langoni: Brasil deve perseguir austeridade fiscal
7 Projeção do Governo: Dívida acima de R$ 1 trilhão
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 AES deve vender participações na subsidiária chilena
2 Transener apura lucro no ano de 2003
3 Corte de Falências dos EUA aprova venda da Portland General Electric
4 Vattenfall Europa surpreende com números vermelhos

 

Regulação e Novo Modelo

1 Projeto de Lei do novo modelo não deve sair até o dia 21 de fevereiro, diz senador

Os projetos de lei de conversão do novo modelo do setor elétrico não deverão serão votados antes de trancarem a pauta do Senado, no próximo dia 21. A avaliação é do senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA), baseada nas discussões ocorridas nos últimos dias no Congresso, entre parlamentares governistas, da oposição e diversos agentes do setor elétrico. Segundo ele, há um consenso de que são necessárias alterações nos textos. Ele admite, porém, que a pressão do governo por uma votação rápida dos projetos pode antecipar as decisões. O fator de maior impacto para o ritmo das negociações no Senado, afirma, será o julgamento das Adins, apresentadas no STF pelo PFL e PSDB. Tourinho destacou que o voto do relator do tema no STF, ministro Gilmar Mendes, vetando os artigos 1°, 2° e 7° da MP 144, é um sinalizador importante. Para ele, a atitude mais prudente seria esperar pela conclusão do julgamento do STF para só então levar os textos ao plenário do Senado - embora considere a hipótese remotíssima. (Canal Energia - 05.02.2004)

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2 Relatório do PPP será apresentado hoje

O relator do projeto de lei que institui as Parcerias Público-Privadas (PPP), deputado Paulo Bernardo (PT-PR), deve apresentar nesta sexta-feira seu parecer na comissão especial que analisa a matéria. Ontem, o parlamentar discutiu com integrantes da comissão uma versão preliminar do texto, que também foi encaminhada à Casa Civil. A expectativa dos líderes da base de apoio do governo é de que o texto seja votado na próxima terça-feira (10). O relator afirma que há um " clima positivo " para a votação do projeto e adiantou que uma das mudanças propostas e que deve ser acatada é a retirada do texto do critério de precedência dos pagamentos dos contratos de PPP em relação aos demais investimentos. O horário para a apresentação do relatório ainda não foi definido. (Valor Online - 06.02.2004)

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3 Abdib está entusiasmada com projetos de PPP

A Abdib saiu otimista da reunião realizada para discutir as Parcerias Público-Privadas com o ministro Mantega. O primeiro vice-presidente da Abdib, Paulo Godoy, diz que a entidade já está trabalhando para a consolidação do programa após sua aprovação no Congresso Nacional. Godoy explica que o ministro mostrou uma visão próxima à da associação, que deseja formar um PPP com credibilidade e liquidez. Um dos pontos considerados fundamentais pela associação é a formação do fundo fiduciário, que ofereceria garantias de recebimento para os investidores. Com a consolidação do marco regulatório, a entidade fomentará a entrada de investidores e financiadores nos projetos. (Canal Energia - 05.02.2004)

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Empresas

1 Eletrobrás pretende investir R$ 2 bi no Reluz até 2010

Até 2010, a meta da Eletrobrás é investir R$ 2 bilhões no Reluz, beneficiando 9,5 milhões de pontos de iluminação. Isso trará uma redução no consumo de 2,4 bilhões de kWh por ano, o que equivale ao consumo anual em iluminação das regiões Norte e Sul. Para as prefeituras beneficiadas, os gastos com energia serão reduzidos em R$ 340 milhões por ano. Segundo a Eletrobrás, no ano passado, o Reluz foi concluído em 367 cidades, gerando economia de 144.710 MWh. (Canal Energia - 05.02.2004)

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2 Obrigatoriedade na compra de energia de Itaipu prejudica geradoras paulistas

A obrigatoriedade da compra de energia elétrica de Itaipu Binacional está trazendo prejuízo para as contas das geradoras paulistas Cesp, Duke Energy Paranapanema e AES Tietê. Os prejuízos acumulados em 2003 com o descasamento monetário na transação de compra e venda da energia de Itaipu atingiram cerca de US$ 6 milhões para a Duke Paranapanema e outros US$ 12 milhões para a AES Tietê. Isto porque a compra das quotas-parte de Itaipu é feita em dólar, ao passo que as vendas para as concessionárias consideradas de pequeno porte de São Paulo são baseadas em real. "Só o fato de as operações serem feitas em moedas diferentes já causou um desequilíbrio desde a implantação do sistema de quotas, em 1999", avalia Delson Amador, vice-presidente de Relações Governamentais da Paranapanema. (Canal Energia - 05.02.2004)

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3 Ceal deve ter 400 mil consumidores beneficiados com desconto na conta de luz

As mudanças nos critérios de classificação para o consumidor de energia elétrica de baixa renda não vão implicar no corte do benefício para a maioria dos consumidores alagoanos enquadrado como de baixa renda. Na avaliação do superintendente de Gestão de Receita da Ceal, Roberval Félix, o número de consumidores beneficiados com o desconto de até 65% no valor da tarifa deve subir de 334 mil para até 400 mil. (Jornal de Alagoas - 06.02.2004)

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4 AES Tietê registra lucro de R$ 195,3 mi em 2003

A geradora paulista AES Tietê encerrou o exercício de 2003 com um lucro líquido de R$ 195,3 milhões, segundo os dados do balanço anual consolidado da empresa enviados à Bovespa. O resultado é positivo em relação a 2002, quando a concessionária fechou o ano com um prejuízo líquido de R$ 2,5 milhões. A companhia conseguiu reduzir de R$ 379,8 milhões para R$ 251,1 milhões a despesa financeira líquida entre 2002 e 2003. O resultado operacional no ano passado fechou em R$ 296,4 milhões, enquanto o resultado bruto totalizou R$ 547,5 milhões. O patrimônio líquido da concessionária ficou em R$ 443,7 milhões, e a receita líquida em R$ 778,9 milhões. (Canal Energia - 05.02.2004)

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5 Curtas

O prazo para Furnas Centrais Elétricas concluir as obras para a implantação da variante da LT Corumbá-Brasília Sul foi prorrogado para 3 de agosto deste ano. A variante tem aproximadamente 5.915 metros de extensão e passa pelos municípios de Luziânia e Santo Antônio do Descoberto, em Goiás. (Canal Energia - 05.02.2004)

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Licitação

1 CGTEE

A CGTEE licita contratação de empresa para prestação de serviços de recuperação, reprojeto, montagem e testes do rotor no turbo gerador número dois da Divisão de Produção de São Gerônimo, no Rio Grande do Sul. O preço do edital é de R$ 5,00 e o prazo termina em 20 de fevereiro. (Canal Energia - 06.02.2004)

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2 Eletronorte

A Eletronorte abre processo para obras civis e montagem eletromecânica na subestação de Santa Maria, no município de Santa Maria do Pará, no estado do Pará. O prazo para a realização das propostas encerra no dia 5 de março e o preço do edital é de R$ 100,00. (Canal Energia - 06.02.2004)

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3 Celesc

A Celesc abre licitação para aquisição de postes de concreto para aplicação em melhorias e construções de rede elétrica. O prazo vai até 18 de fevereiro. (Canal Energia - 06.02.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 MME discute crise energética do NE

A crise energética no Nordeste foi tema de debate no MME. Representantes da Petrobras, Chesf, ONS e Aneel avaliarão as opções para atender a carga da região. Duas opções estão na pauta do governo, a transformação da termelétrica de Camaçari, na Bahia, para geração com biocombustível e a antecipação de uma linha de transmissão, que ainda não teve o trecho definido. No dia 8 de fevereiro, membros da diretoria de Engenharia e Construção da Chesf viajarão para Baden, na Suíça, para discutir com a Alstom a transformação da térmica Camaçari em biocombustível. Segundo o presidente da Chesf, Dilton da Conti, o prazo para conclusão da obra é de 10 meses. "Vamos negociar sua redução", diz. (Canal Energia - 05.02.2004)

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2 Consumo na área de concessão da RGE terá redução de 0,2 % com horário de verão

A adoção do horário de verão irá gerar uma economia de 3% no horário de ponta na área de concessão da RGE. O consumo, segundo estimativa do Centro de Operação do Sistema da empresa, deverá diminuir em 0,2%. O percentual de redução na demanda equivale a 30 MW. (Canal Energia - 05.02.2004)

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3 Subsistema Norte apresenta 56,65% da capacidade

Os reservatórios registram 56,65% da capacidade no subsistema Norte, um acréscimo de 2,19% em relação ao dia 3 de fevereiro. A hidrelétrica de Tucuruí registra 77,1% da capacidade. (Canal Energia - 05.02.2004)

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4 Reservatórios registram 36,35% da capacidade no subsistema Nordeste

A capacidade de armazenamento está em 36,35% no subsistema Nordeste, volume 3,8% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um aumento de 0,55% em um dia. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta índice de 31,75%. (Canal Energia - 05.02.2004)

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5 Capacidade de armazenamento está em 49,03% no Sudeste/Centro-Oeste

O volume armazenado está em 49,03% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, ficando 23,62% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento de 0,28% em relação ao dia anterior. As usinas de Marimbondo e Furnas apresentam índice de 23,05% e 68,04%, respectivamente. (Canal Energia - 05.02.2004)

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6 Volume armazenado está em 81,37% no subsistema Sul

O subsistema Sul apresenta 81,37% da capacidade, uma redução de 0,31%. A usina de Salto Santiago registra volume de 80,2%. (Canal Energia - 05.02.2004)

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7 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Nova regulamentação do gás boliviano não deverá mudar contratos atuais

O presidente da Bolívia, Carlos Mesa, entregou a minuta para o novo decreto para o modelo de contrato compartido para exploração de gás natural. No domingo, dia 1º fevereiro, ele tinha anunciado a revogação da regulamentação definida em 1997, criando uma onda de especulação no mercado. A Petrobras ainda está avaliando o impacto da anulação do decreto de 1997 que reconhecia a participação das empresas petrolíferas na exploração do gás natural boliviano. O diretor de Gás e Energia, Ildo Sauer, diz que há várias interpretações para a medida e que o departamento jurídico da estatal estuda o assunto. O entendimento preliminar considera que a mudança da regulamentação só afetará os novos projetos na Bolívia. (Canal Energia - 05.02.2004)

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2 Preço do gás subirá 4,5% no RJ

As contas de gás dos consumidores fluminenses com vencimentos a partir de 4 de março já sofrerão aumento de 4,5% por causa do reajuste da alíquota da Cofins, de 3% para 7,6%. Os preços do GNV nos postos do Estado abastecidos pela CEG e CEG-Rio também deverão subir na mesma proporção. Segundo a companhia, o reajuste se deve ao repasse do tributo. (Jornal do Commercio - 06.02.2004)

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Grandes Consumidores

1 Setor siderúrgico vai duplicar investimento

O setor siderúrgico vai duplicar a previsão de investimentos até 2008. A elevação de US$ 4 bilhões para US$ 9,6 bilhões se deve ao aumento da demanda externa e à previsão de estabilidade do cenário econômico, segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). O crescimento das exportações no ano de 2003 foi de 11,1% em comparação com 2002. No mercado interno, o consumo de aços planos em 2003 cresceu 3,1%. (Diário Catarinense - 06.02.2004)

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2 CVRD investe em MG

O orçamento para investimentos da CVRD começa a correr mais rápido neste ano. Em Minas Gerais, além dos recursos de US$ 539 milhões previstos, a mineradora pretende iniciar até o fim de 2004 as obras de construção de uma nova usina para transformar minério fino em pelotas usadas como insumo na indústria siderúrgica. Os estudos de viabilidade estão na etapa final, informou Roger Agnelli, presidente da mineradora. "Será uma usina importante, sem dúvida, para os planos da Vale de atender ao crescimento do consumo de minério de ferro no mercado internacional", disse. A nova fábrica deverá consumir mais de US$ 200 milhões, dobrando a capacidade de produção da mina de Fábrica, localizada entre os municípios de Ouro Preto e Congonhas. (Estado de Minas - 06.02.2004)

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3 CVRD realiza parceria para construção de siderúrgica no Maranhão

Para viabilizar a construção de uma usina siderúrgica em São Luís, no Maranhão, uma fortuna de US$ 1,5 bilhão precisará ser bancada pela Vale do Rio Doce, a chinesa Baosteel Shangai Group Corporation e o grupo siderúrgico Arcelor. O investimento foi informado, ontem, pelo presidente da Vale, Roger Agnelli. A fábrica terá uma capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas de placas por ano. Agnelli aproveitou para negar a informação de que a Anglo American teria negociado a compra da participação do Bradesco na companhia. (Estado de Minas - 06.02.2004)

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4 IBS rebate acusações sobre preço do aço

O confronto entre os fabricantes de aço e as empresas consumidoras do produto subiu de tom ontem, com ataques do presidente do IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia), José Armando Campos, ao setor automobilístico, que lidera a ofensiva contra o reajuste de preços da matéria-prima. O IBS divulgou nota na qual acusa as montadoras de veículos de usarem o aumento do aço como "pretexto" para reajustar seus próprios preços. "Isso é uma brincadeira, e a Anfavea está mentindo, usando de lobby para persuadir o governo a tomar medidas de controle de preços", afirmou Campos. (Folha de São Paulo - 06.02.2004)

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Economia Brasileira

1 Gastos de Estados nas PPPs será limitado

Os gastos dos Estados e da União no âmbito das PPPs terão de respeitar os limites de endividamento público definidos pelo Senado, de acordo com o que prevê a LRF. Como muitos Estados estão no limite do endividamento pela LRF, várias PPPs estaduais podem não sair do papel. Na proposta original do governo não estava claro o cumprimento da resolução de endividamento do Senado. Havia apenas menção ao respeito à LRF. A nova redação do texto da lei foi acertada ontem pelo relator do projeto, deputado Paulo Bernardo (PT-PR), com o secretário-executivo da Fazenda, Bernard Appy, e o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. Segundo a nova redação do projeto, as diferentes esferas da administração pública precisarão comprovar "que as despesas ou as dívidas criadas ou aumentadas não afetarão as metas de resultados fiscais". (Folha de São Paulo - 06.02.2003)

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2 Lula: Investimentos extras só serão feitos caso haja aumento da arrecadação

O presidente Lula comunica aos ministros que o governo garantirá R$ 7,8 bilhões de investimentos neste ano, tal como consta da proposta original do Orçamento da União. Quanto aos R$ 4,5 bilhões de investimentos acrescidos pelo Congresso Nacional, estes só serão executados se houver aumento de arrecadação ao longo do ano. Na proposta original do governo, estava previsto investimento total de R$ 7,8 bilhões em 2004, quase R$ 3 bilhões a mais do que foi efetivamente executado em 2003. No Congresso, deputados e senadores decidiram aumentar os gastos com investimentos para R$ 12,3 bilhões. Para chegar a esse número, os parlamentares estimaram um ganho adicional de receita de R$ 11 bilhões para 2004, chegaram a propor investimento de R$ 14 bilhões. Do ganho adicional de receita estimado para este ano, eles destinaram 40% aos investimentos. (Valor - 06.02.2003)

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3 MF tem preocupação com manutenção da meta de superávit

A preocupação do Ministério da Fazenda é com o cumprimento da meta de superávit primário das contas públicas, de 4,25% do PIB, definida para este ano e acertada com o FMI. Se tudo correr como o governo espera, o superávit ajudará o governo a estabilizar a relação dívida pública/PIB em 2004. A preocupação é tanta que a Fazenda chegou a sugerir um contingenciamento de R$ 8 bilhões. A solução encontrada pelo governo para evitar um desgaste maior com o Congresso é não contingenciar o orçamento. Por essa razão, técnicos do Ministério do Planejamento trabalhavam para viabilizar tecnicamente o controle das despesas, sem a necessidade expressa do contingenciamento. (Valor - 06.02.2003)

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4 Economista do Bird elogia atuação do BC

O economista-chefe do Bird para a América Latina e o Caribe, o colombiano Guillermo Perry, defende o gradualismo imposto pelo BC do Brasil à política monetária. Para Perry, o importante não é a velocidade da queda dos juros, mas o rumo e a sustentabilidade das medidas adotadas pelo BC. Perry traçou panorama otimista para a economia mundial em 2004, o que se refletirá sobre o Brasil e a América Latina, mas advertiu sobre riscos potenciais que podem frear a retomada do crescimento. O maior deles, disse, seria o ajuste abrupto nos déficits gêmeos (fiscal e em conta corrente) dos Estados Unidos, o que depreciaria o dólar e brecaria a recuperação econômica da Europa e Japão, afetando a América Latina. (Valor - 06.02.2003)

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5 Ipea: Indústria ficou estagnada em 2003

A indústria brasileira ficou estagnada no primeiro ano do governo Lula. As projeções do Ipea e de bancos e consultorias apontam para um crescimento da atividade fabril em 2003 de 0,3% a 0,4%. Para o ultimo mês de 2003, o Ipea estima crescimento de 3,5% ante igual período do ano passado e uma queda de 0,7% ante novembro. Paulo Levy, diretor do Ipea/Rio, "a recuperação não aconteceu no último trimestre". Segundo ele, a construção civil desempenhou mal, abaixo do que o Ipea imaginava e pode até levar o PIB a crescer menos que os 0,2% estimados anteriormente. O comportamento desse setor e o da indústria em geral reflete a alta taxa de juro decorrente da política monetária contracionista definida para conseguir reverter o surto inflacionário. (Valor - 06.02.2003)

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6 Langoni: Brasil deve perseguir austeridade fiscal

O ano de 2004 é chave para o futuro da economia brasileira, afirma Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e atual diretor do Centro de Economia Mundial da FGV. Segundo ele, é necessário discutir em profundidade se haverá apenas a "repetição de um padrão errático de crescimento, que tem sido a marca registrada do país nos últimos anos, ou se surgirá aquilo que o presidente Lula tem repetido tanto, um espetáculo de crescimento, mas um crescimento sustentado". Langoni diz que o país ainda está muito suscetível às tempestades da economia global, que segundo ele virão mais cedo ou mais tarde. Para reduzir essa vulnerabilidade externa, Langoni defende o aprofundamento do ajuste macroeconômico, a independência do BC, e diz que o Brasil não pode ceder ao que chama de "cansaço com a austeridade". (O Globo - 06.02.2003)

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7 Projeção do Governo: Dívida acima de R$ 1 trilhão

O governo trabalha com a expectativa de que sua dívida no mercado aumente em termos reais durante este ano, quando deverá superar R$ 1 trilhão. Além disso, está programando uma redução da dívida externa renegociada até 1994. De acordo com o Plano Anual de Financiamento, divulgado pelo Tesouro Nacional, o total da dívida deve subir de R$ 965,8 bilhões em 2003 para algo entre R$ 1,080 trilhão e R$ 1,150 trilhão em 2004, dependendo do cenário mais ou menos otimista que for utilizado. As metas de superávit primário fixadas pelo governo tem justamente o objetivo de reduzir a dívida pública. O secretário do Tesouro, Joaquim Levy, disse que a dívida do governo no mercado deve subir em relação ao PIB porque os investidores devem trocar parte das operações de curto prazo que fazem com o BC por títulos mais longos do Tesouro. (Folha de São Paulo - 06.02.2003)

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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera em alta moderada neste final de manhã, confirmando o clima de incerteza e cautela dos mercados em geral. Às 12h10m, a moeda americana era negociada por R$ 2,952 na compra e R$ 2,954 na venda, com valorização de 0,75%.Ontem, o nervosismo diminuiu no mercado cambial, mas a trajetória de alta da divisa norte-americana permaneceu. Em uma quinta-feira sem a presença do Banco Central na ponta compradora, investidores mantiveram a alta das cotações com olhos em um novo patamar para a moeda. Dessa maneira, o dólar ganhou 0,41%, para fechar a R$ 2,9300 na compra e a R$ 2,9320 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 06.02.2004)


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Internacional

1 AES deve vender participações na subsidiária chilena

A norte-americana AES Corp. poderá vender entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões em participações na subsidiária chilena AES Gener, afirmou o CEO e presidente da AES, Paul Hanrahan. Atualmente, a AES possui 98,65% do controle acionário da AES Gener através da holding Chilean Inversiones Cachagua. O objetivo da operação é recuperar parte dos US$ 300 milhões planejados para serem investido no caixa da AES Gener em fevereiro. (Business News Americas - 05.02.2004)

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2 Transener apura lucro no ano de 2003

A Transener, distribuidora argentina de eletricidade em alta tensão, que é parceira da Petrobras e da britânica National Grid, obteve no ano passado um lucro líquido de 61,6 milhões de pesos (US$ 20,8 milhões), contrastando com as perdas registradas em 2002. Em um comunicado enviado ontem à Bolsa de Comércio de Buenos Aires, a empresa atribuiu esse resultado à valorização da moeda argentina com relação aos passivos em moeda estrangeira, motivo pelo qual obteve um lucro bruto de 140,6 milhões de pesos (US$ 47,5 milhões). (Jornal do Commercio - 06.02.2004)

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3 Corte de Falências dos EUA aprova venda da Portland General Electric

A Corte de Falências dos EUA aprovou a venda da Portland General Electric, utility da falida Enron, para o Texas Pacific Group e outras três companhias do Noroeste americano que formaram o consórcio Orgeon Electric Utility Co, pelo montante de US$ 2,35 bilhões. O conselho de diretores da Enron já havia aprovado a negociação. Agora, o Oregon Electric Utility Co. vai buscar a aprovação da Comissão pública de utilities do Oregon e de certas agências reguladoras federais. Sujeita a aprovação por esses ógãos citados, a conclusão total da negociação é prevista para o segundo semestre de 2004. (Platts - 05.02.2004)

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4 Vattenfall Europa surpreende com números vermelhos

O terceiro maior consórcio de energia da Alemanha, o Berlim Vattenfall Europa AG , vive um dilema. Ontem, o consórcio, pertencente ao sueco Vattenfall-Gruppe, surpreendeu com a comunicação de uma perda registrada em 2003. Há algumas semanas atrás, o diretor-chefe Klaus Rauscher tinha enfatizado que o resultado de 2003 era claramente positivo, inclusive "com expectativas de 570 milhões de Euros". A explicação pela diferença nos cálculos é simples: Rauscher usa as opções da lei de balancete para bloquear as exigências dos sindicatos por mais recursos. Estes tinham exigido trazer os salários de aproximadamente 4500 colegas de trabalho alemães orientais ao nível do Vattenfall-Beschäftigten alemão Ocidental em Hamburgo e Berlim. Para prevenir o caro ajuste, o diretor-chefe alega ter se baseado numa lei, que foi calculada depois de regras conservadoras do código de direito comercial (HGB-Handelsgesetzbuch), com a oposição do sindicato. O HGB-Bilanz permite entrar em todas as despesas do último ano a valores de máximo. O assustador quadro é suficientemente bom para os sindicatos. Diante os acionistas, o diretor-chefe Rauscher discute a elaboração de um segundo balancete que é produzido de acordo com regras internacionais (o sueco "Gaap"). (Berliner Morgenpost - 06.02.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

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