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IFE: nº 1.280 - 30 de janeiro de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Câmara aprova MP 145
2 EPE será responsável pelo planejamento da expansão dos setor elétrico
3 Dilma elogia emendas apresentadas às MPs
4 Ministra destaca falta de fundamentos às críticas
5 Dilma: Acionistas de grandes empresas privadas estão interessados em investir no Brasil
6 Dilma: Leilão de energia será o primeiro grande teste do novo modelo
7 Tolmasquim: Executivo vai esperar aprovação do Senado para trabalhar decretos que regulamentem MPs
8 CBIEE cobra mais "clareza regulatória"
9 CNI: Novo Modelo do setor elétrico não estimula investimentos privados
10 CNI reconhece pontos positivos no projeto do novo modelo
11 Abradee critica impedimento da transferência para as tarifas dos custos do CCEE
12 Abrage quer discutir no senado isonomia entre energia velha e energia nova
13 Abrace: Mudanças não trarão equilíbrio e segurança para o setor
14 Vale investirá em energia
15 BNDES incentiva empresas a apresentar projetos de investimentos
16 BNDES espera aprovar oito usinas hidrelétricas de grande porte
17 Projeto de lei pode reduzir tarifas de energia na área rural

Empresas
1 Cataguazes-Leopoldina rebate críticas da Alliant
2 Animec quer solução para disputa entre Cataguazes-Lopoldina e Alliant
3 Celesc assina novo contrato de gestão
4 Celesc estenderá programa de venda de energia para grandes consumidores
5 Tractebel adia planos de investimentos
6 Duke Energy: interesse pelo país continua
7 Copel reclama dos custos da desverticalização
8 Celg ganha crédito junto à União

9 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia aumento no RS em virtude do calor
2 Reservatórios do Nordeste superam nível de risco
3 Nível de armazenamento em Sobradinho está em 24,39%
4 Diretor da Chesf acredita em crescimento do nível total dos reservatórios
5 Chesf aumenta vazão da Usina de Luiz Gonzaga
6 Nível de armazenamento está em 39,05%no subsistema Norte
7 Capacidade de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste chega a 46,05%
8 Reservatórios registram 82,48% da capacidade no subsistema Sul

Gás e Termelétricas
1 Lessa: BNDES tem interesse em financiar indústria de gás no Nordeste
2 BNDES: Falta de regulação trava mercado de cogeração de gás natural
3 Rondônia terá termelétrica movida a resíduos de madeira

Grandes Consumidores
1 Vale prevê investir US$ 7,5 bi em sete anos
2 Vale: Duplicação da Alunorte pode parar por atraso na licença ambiental
3 Empresas chinesas planejam investir no Brasil

Economia Brasileira
1 IGP-M vai a 0,88% em janeiro
2 Palocci: pressão inflacionária é transitória
3 CNI: Custos e lucro podem elevar inflação

4 Fiesp aponta crescimento da indústria paulista em 2003
5 Lessa: há oferta de recursos para os investimentos
6 Lessa clama por ciclo de desenvolvimento
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Endesa Chile vai investir US$ 110 mi em 2004

 

Regulação e Novo Modelo

1 Câmara aprova MP 145

A Câmara dos Deputados aprovou ontem em votação simbólica a segunda e última medida do novo modelo do setor elétrico, a MP 145, que criou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), encarregada de fazer estudos e pesquisas que indiquem o potencial energético do país e mostrem projetos de geração de energia que poderão ser licitados. "Antes da medida provisória, um empresário que decidisse investir numa determinada região do país não tinha um mapeamento do potencial energético da área. Agora, com a EPE, é possível fazer essa previsão", disse o deputado Mauro Passos (PT-SC), especialista do setor. (Jornal do Brasil - 30.01.2004)

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2 EPE será responsável pelo planejamento da expansão dos setor elétrico

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que será totalmente estatal, ficará responsável pelo planejamento da expansão do setor elétrico. Segundo a exposição de motivos do governo sobre a matéria, como o tempo médio para construção de usinas hidrelétricas é de quatro a cinco anos, é preciso um planejamento eficaz que garanta investimentos no setor. O relator da MP 145, Salvador Zimbaldi, disse que uma das medidas incorporadas ao texto original cria um conselho consultivo com 15 integrantes, representantes dos agentes, dos secretários estaduais de energia e dos consumidores. O relator acatou também uma emenda do PL que aumenta de três para quatro o número de diretores da EPE. A empresa terá sede em Brasília e escritório central no Rio de Janeiro. (O Globo - 30.01.2004)

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3 Dilma elogia emendas apresentadas às MPs

A ministra Dilma Rousseff, elogiou as emendas apresentadas pelos parlamentares às MPs do setor elétrico. Segundo ela, as regras de transição entre o atual modelo e o novo, como a venda da energia, melhoram o modelo. Quanto às críticas feitas pelas associações do setor, Dilma afirmou que os documentos divulgados não são técnicos. A interpretação da ministra é de que existe o temor dos grupos de terem algum interesse contrariado. "Vai ter sempre interesse contrariado. É impossível, porque os interesses não são iguais" disse a ministra. O governo recebeu muitas críticas da oposição e da indústria, apesar de ter acatado 120 emendas propostas pelos deputados na MP 144 e outras 15 na MP 145. (O Globo - 30.01.2004)

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4 Ministra destaca falta de fundamentos às críticas

Seguindo seu estilo direto e objetivo, a ministra Dilma qualificou às críticas que vem sendo formuladas ao Novo Modelo como críticas sem fundamentação técnica. Afirmou que. "Para alguém dizer que o modelo não vai atrair investimento e colocar um nível de risco dessa magnitude, a fundamentação tem que ser muito clara e muito consistente, caso contrário, ter-se-á um nível de leviandade muito grande" (Folha de São Paulo - 30.01.2004)

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5 Dilma: Acionistas de grandes empresas privadas estão interessados em investir no Brasil

Dilma Rousseff disse estranhar as reclamações das entidades setoriais sobre os pontos aprovados nos dois textos, já que, segundo ela, acionistas de grandes empresas privadas têm se mostrado bastante interessados em realizar investimentos no país. Dilma comentou que falou por telefone com o presidente mundial da Duke Energy, Fred Fowler, sobre as mudanças no setor, e ele confirmou que a multinacional manteria o plano de investimentos no Brasil. (Canal Energia - 29.01.2004)

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6 Dilma: Leilão de energia será o primeiro grande teste do novo modelo

O primeiro grande teste da atratividade do novo modelo do setor elétrico entre os investidores privados será o leilão de geração de energia nova, previsto para ocorrer no último trimestre deste ano. A avaliação é da ministra Dilma Rousseff. (Canal Energia - 29.01.2004)

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7 Tolmasquim: Executivo vai esperar aprovação do Senado para trabalhar decretos que regulamentem MPs

Maurício Tolmasquim, disse que o Executivo vai esperar pela aprovação do texto no Senado para começar a trabalhar nos decretos e portarias que regulamentarão as medidas. Na hipótese de as leis serem promulgadas pelo presidente Lula ainda em fevereiro, explica Tolmasquim, os primeiros decretos seriam lançados pelo governo até o final de março. "Na regulamentação, vamos trabalhar separando as medidas por temas", observa o secretário. Entre os pontos que terão prioridade no processo de detalhamento está a constituição da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e da EPE. Tolmasquim também elogiou as alterações feitas no modelo pelo Congresso. "Foi muito satisfatório, positivo tanto para o governo quanto para os agentes", ressaltou. (Canal Energia - 29.01.2004)

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8 CBIEE cobra mais "clareza regulatória"

Empresários da Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE) divulgaram manifesto cobrando mais ''clareza regulatória'', para evitar ''que não seja assegurada a expansão capaz de sustentar o crescimento econômico''. O presidente da CBIEE, Cláudio Sales, disse que as novas regras não acabam com o problema de centralização do Poder Executivo, o que deixa os investidores inseguros. "Isso cria instabilidade, pois não há clareza, significando que qualquer coisa pode ocorrer no setor, bastando um decreto. Os investimentos, que já estão suspensos, não virão com o modelo proposto", afirmou. (Jornal do Brasil e Estado de Minas - 30.01.2004)


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9 CNI: Novo Modelo do setor elétrico não estimula investimentos privados

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e deputado federal (PTB-PE), Armando Monteiro Neto, acha que a MP 144 não cria as condições necessárias para o setor atrair investimentos privados. Em função disso, ele declarou voto em separado na sessão da Câmara, que aprovou na quarta-feira a proposta do governo para o novo modelo do setor elétrico. "Infelizmente, o projeto de lei de conversão não cria as condições para que o novo modelo resolva o dilema entre os objetivos de modicidade tarifária e rentabilidade de investimentos. Portanto, não tem condições de assegurar a adesão dos investidores, não afastando, definitivamente, a possibilidade de novas crises de suprimento, preservando preços competitivos de eletricidade aos consumidores", afirma a declaração de voto em separado de Armando Monteiro. Na avaliação do presidente da CNI, as novas regras são focadas no suprimento de energia a preços módicos. Isso significa que o modelo proposto reserva às empresas estatais um papel de protagonista no setor. (O Globo - 30.01.2004)

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10 CNI reconhece pontos positivos no projeto do novo modelo

Apesar das críticas ao novo modelo, Monteiro diz que o projeto de lei de conversão, que segue agora para aprovação do Senado tem pontos positivos. "Posso constatar importantes avanços que poderão conferir maior transparência ao processo de gestão do setor, em razão da participação de representantes dos setores de geração, transmissão e distribuição no Conselho de Administração do ONS, e da participação dos grandes consumidores na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)", afirmou. Na proposta original, o governo nomearia três dos cinco diretores do ONS. No texto aprovado pela Câmara, o órgão será dirigido por um diretor-geral e quatro diretores. Os agentes do setor nomearão dois dos dirigentes e o MME o diretor-geral e os outros dois diretores. (O Globo - 30.01.2004)

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11 Abradee critica impedimento da transferência para as tarifas dos custos do CCEE

O presidente da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, não esconde o descontentamento em relação ao projeto de conversão da Câmara. Guimarães relaciona sugestões dos distribuidores rechaçadas pelo relator na Câmara, ligadas principalmente ao repasse às tarifas. Ele critica o fato de o projeto deixar em aberto as condições e os limites para o repasse de custos e riscos dos leilões aos consumidores finais, assim como o impedimento da transferência para as tarifas dos custos relativos à CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). O executivo classifica as determinações como "meio sem sentido", pois se tratam de custos não-gerenciáveis. "Não podemos ter riscos de comercialização enquanto distribuidoras", afirma. (Canal Energia - 29.01.2004)

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12 Abrage quer discutir no senado isonomia entre energia velha e energia nova

Para o segmento de geração, um dos pontos que serão trabalhados junto aos senadores, assim como foi na Câmara, é o que trata da isonomia entre a geração existente e a energia nova. Para o presidente da Abrage, Flavio Neiva, mesmo com a separação em processos de licitação diferenciados para as duas produções, as condições de comercialização acabam depreciando a energia velha descontratada dos contratos inicias, e ainda não alocada. "Pelo projeto, se uma previsão de crescimento de mercado não se realizar, haverá redução na venda da energia velha. Isso é um erro, a produção existente não pode ficar sujeita às frustrações de mercado futuro", avalia Neiva, citando como alternativa o mecanismo de rateio das sobras. Ele ressalta ainda que vai brigar no Senado para que os agentes tenham assento no CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico). (Canal Energia - 29.01.2004)

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13 Abrace: Mudanças não trarão equilíbrio e segurança para o setor

Para os grandes consumidores, as mudanças feitas na MP pelo projeto de conversão não serão suficientes para trazer equilíbrio e segurança para o setor. A avaliação é do diretor-executivo da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia), Paulo Ludmer. Segundo ele, faltam no novo modelo medidas, por exemplo, para desonerar os encargos setoriais e ampliar o mercado de consumidores livres. Para ele, no caso do artigo 27, há um tratamento igualitário para consumidores com características distintas. O executivo também defendeu mudanças no prazo de prorrogação dos contratos fechados entre geradoras e grandes consumidores, previsto para 2010, e o período de cinco anos de antecedência para que o consumidor livre comunique o desejo de se tornar cativo. (Canal Energia - 29.01.2004)

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14 Vale investirá em energia

Numa prova de que o Novo Modelo apresenta consistência para agentes setoriais o presidente da CVRD anunciou que: "O setor de energia é um dos mais importantes para o crescimento da empresa e do próprio país. Pretendemos manter os investimentos em autogeração", Esta declaração foi formulada em razão do investimento de US$ 1,8 bilhão em 2004 na expansão de novos negócios e na extração de minérios no Brasil e no exterior. O objetivo é atender à crescente demanda do mercado internacional no setor, especialmente da China. Mongólia, China, Moçambique, Gabão e Angola são os principais países incluídos no programa de exploração mineral da empresa. (Folha de São Paulo e NUCA-IE-UFRJ - 30.01.2004)

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15 BNDES incentiva empresas a apresentar projetos de investimentos

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, convidou 56 grandes empresários para almoço na sede da Avenida Chile, com o propósito incentivá-los a apresentar projetos de investimento. Lessa admitiu temer que o orçamento de desembolsos previsto para 2004, da ordem de R$ 47,3 bilhões, não possa ser demandado em sua totalidade. O encontro da diretoria do BNDES com as lideranças empresariais teve por objetivo informar como o banco está vendo o ano de 2004. Lessa afirmou que o encontro representa uma ação de fomento, para estimular os empresários a apresentarem projetos de investimento. Na sua opinião, o cenário macroeconômico do País é promissor e vai propiciar a vinda das empresas ao BNDES. Lessa destacou que em 2003, comparativamente a 2002, os desembolsos do BNDES cresceram 6%, atingindo R$ 33 bilhões, enquanto as aprovações aumentaram 17%, os enquadramentos 34% e as consultas 14%. (Jornal do Commercio - 30.01.2004)

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16 BNDES espera aprovar oito usinas hidrelétricas de grande porte

Lessa citou a expansão de 89% prevista nas operações no setor de infra-estrutura em quatro segmentos: energia, telecomunicações, logística e petróleo e gás. Segundo ele, isso significará dobrar o volume de liberações do ano passado, alcançando R$ 10,8 bilhões. Lessa disse que a idéia é "dar um salto acima" este ano. Ele espera aprovar mais oito usinas hidrelétricas de grande porte e 60 de pequeno porte. O programa hidrelétrico do BNDES prevê também o financiamento a mais 2 mil quilômetros de linhas de transmissão. (Jornal do Commercio - 30.01.2004)

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17 Projeto de lei pode reduzir tarifas de energia na área rural

O Projeto de Lei 1899/03, do deputado Pastor Frankembergen (PTB-RR), cria uma política tarifária especial no setor elétrico para incentivar a indústria rural. A indústria rural pagaria pela energia as mesmas tarifas adotadas para o serviço público de irrigação. O objetivo é incentivar a expansão da indústria agrária, dando melhores condições para aumentar a produção. O projeto deverá ser analisado ainda pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Redação. (Canal Energia - 30.01.2004)

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Empresas

1 Cataguazes-Leopoldina rebate críticas da Alliant

A Cataguazes-Leopoldina rebateu as críticas da Alliant Energy em carta divulgada na quinta-feira, 29 de janeiro. Segundo a Cataguazes, a multinacional quer o controle absoluto da empresa e ressalta que, juntamente com a Fondelec, a Alliant possui 53% do capital da companhia. Entre os principais pontos abordados na carta está o investimento que a Alliant teria feito na Cataguazes. A Alliant afirma que foram R$ 1,2 bilhão, mas a Cataguazes refuta, dizendo que foram R$ 614 milhões. A conclusão da segunda fase da termelétrica Juiz de Fora também é questão de discordância entre as empresas. A Cataguazes reafirma que não há financiamento para a usina, embora a Alliant afirme que exista. A Cataguazes lista as ações judiciais tomadas pela Fondelec e pela Alliant, afirmando que a Justiça negou a administração às duas empresas. (Canal Energia - 29.01.2004)

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2 Animec quer solução para disputa entre Cataguazes-Lopoldina e Alliant

A Associação Nacional dos Investidores do Mercado de Capitais (Animec) quer se reunir com a diretoria da distribuidora Cataguazes-Leopoldina para discutir a disputa pelo controle da empresa entre a família Botelho (atual controladora) e o grupo americano Alliant. Segundo o presidente da associação, Waldir Corrêa, a idéia é tentar um acordo entre acionistas minoritários e controladores para tentar colocar ''executivos independentes'' na gestão da empresa até a normalização de seus resultados. "Os acionistas minoritários estão com muitas dúvidas sobre a questão. Não queremos que o controle da empresa fique nem com um nem com outro, queremos uma governança corporativa para restabelecer a lucratividade da companhia", afirmou Corrêa. O diretor financeiro da Cataguazes, Maurício Botelho, afirmou que a companhia já tem as melhores práticas de governança corporativa, tendo recebido prêmios de reconhecimento do mercado, e disse que os acionistas devem ter sido influenciados pela Alliant, que nega. (Jornal do Brasil - 30.01.2004)

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3 Celesc assina novo contrato de gestão

Foi assinado o novo contrato de gestão da Celesc, mais um passo na implantação do novo modelo de gestão da estatal, que reduziu o poder do acionista majoritário na administração e pretende ampliar a transparência nos negócios da firma. Ele estabelece que as diversas unidades operacionais da companhia assinarão contratos de gestão que determinarão resultados a serem atingidos. Além disso, punições para o caso de não serem cumpridas essas metas e recompensas para o caso de sucesso. Na área financeira, por exemplo, passam a ser criadas metas para a remuneração do capital dos acionistas, além de eficiência no desempenho operacional. Outras áreas que serão avaliadas serão a motivação e o comprometimento dos funcionários, a segurança no trabalho, o atendimento às questões ambientais, a universalização da energia elétrica, a responsabilidade social da companhia, além do desempenho tecnológico. (A Notícia - 30.01.2004)

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4 Celesc estenderá programa de venda de energia para grandes consumidores

A Celesc manterá até julho a sua ofensiva contra os geradores a diesel em poder de grandes consumidores de sua área de atuação. A empresa irá estender por mais sete meses a duração do Programa Celesc de Venda de Energia Especial para grandes consumidores de energia de baixa tensão. O programa consiste no fornecimento de sobras de energia no horário de pico de consumo, a um custo mais baixo, de forma que a empresa possa competir, em custo, com os geradores a diesel próprios das companhias. Segundo o chefe do Departamento de Comercialização, José Luiz Cavichiolli, o programa gera vários benefícios para a distribuidora catarinense: oferece uma destinação comercial para sobras de energia existentes na empresa e contribui para o esforço de fidelização da clientela, em meio a um processo que tem resultado na perda de grandes clientes industriais em todas as distribuidoras. (A Notícia - 30.01.2004)

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5 Tractebel adia planos de investimentos

A Tractebel adiou para 2005 investimentos mínimos de R$ 1,2 bilhão programados para as hidrelétricas São Salvador e Estreito. A primeira terá 240 MW e exigirá investimentos de R$ 600 milhões, enquanto a gigantesca Estreito (1.087 MW), que custaria mais cerca de R$ 600 milhões ao grupo belga, também está na gaveta. Esse valor refere-se apenas aos 30% da Tractebel, que tem como sócias a Vale e a Alcoa. No total, o investimento adiado em Estreito ultrapassa R$ 2 bilhões. (Valor - 30.01.2004)

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6 Duke Energy: interesse pelo país continua

O vice-presidente da Duke Energy, Paulo Siqueira Born, explica que dependendo de como for a regulamentação, as geradoras privadas poderão ficar com um mercado residual para ofertar a sua energia. Isso porque elas temem que o governo federal, no afã de estimular a construção de novas hidrelétricas, ofereça contratos mais interessantes para os futuros empreendimentos. Born ressaltou que a Duke mantém o interesse no país, mas admitiu que essas mudanças na legislação, podem desestimular novos investimentos. (Valor - 30.01.2004)

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7 Copel reclama dos custos da desverticalização

A Copel, que está em pleno processo de reverticalização das atividades de geração, transmissão e comercialização, recebeu com críticas o prazo de 18 meses, prorrogáveis por mais 18 meses, para as empresas realizarem o processo de desverticalização. A medida faz parte do projeto de conversão de lei da MP 144. "A Copel é a única empresa a passar pelos dois processos. A desverticalização gera mais custos e não dá escala para os negócios da empresa, além de aumentar o custo da energia", comentou Ronaldo Thadeu Raqvedutti, diretor de Relações com o Mercado e Finanças da Copel. Segundo ele, a estatal paranaense, na formatação do novo modelo do setor elétrico, em momento algum, foi ouvida sobre o tema. "A desvertizalização foi um desastre para a Copel", afirmou o executivo. (Canal Energia - 29.01.2004)

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8 Celg ganha crédito junto à União

A Celg obteve esta semana liminar que libera crédito junto à União. O valor pode chegar a R$ 350 milhões e se refere à suspensão do ressarcimento do subsídio que o governo federal dava à Codemin, empresa de mineração instalada no município goiano de Niquelândia. O contrato, celebrado há alguns anos com a Codemin, previa subsídio à empresa em relação aos gastos com energia elétrica. O subsídio foi ressarcido pelo governo federal à Celg até 1991 e, desde então, foi suspenso. A distribuidora calcula que o prejuízo ultrapasse a marca de R$ 350 milhões. (Canal Energia - 29.01.2004)

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9 Curtas

A Light conta com o auxílio da tecnologia para tentar reduzir os altos níveis de inadimplência. Desde o dia 17 último, a empresa recorre ao sistema Voice Dialer, serviço de mensagem interativa de voz desenvolvido pela empresa VoxAge, para antecipar o início do processo de cobrança de forma mais barata e, espera-se, mais eficiente. (Jornal do Commercio - 30.01.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia aumento no RS em virtude do calor

O forte calor registrado ontem no estado do RS provocou aumento do consumo de energia elétrica. A demanda instantânea no Estado chegou a 4.021 MW. Foi o maior valor deste ano. O recorde histórico, porém, continua sendo a demanda de 4.075 MW às 14h50min de 23 de fevereiro de 2003. (Zero Hora - 30.01.2004)

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2 Reservatórios do Nordeste superam nível de risco

As fortes chuvas que caem sobre o Nordeste nos últimos dias fizeram com que ontem o nível de armazenamento equivalente dos reservatórios das hidrelétricas da Bacia do Rio São Francisco - que abastecem 99% da região -, atingisse a marca de 31,05%, superando o nível da curva de risco, que é de 30,74%. Com isso, de acordo com Mozart Bandeira Arnaud, diretor de operações da Chesf, fica descartada a necessidade da região contar com a ativação das termelétricas emergenciais. Também não há sinais de que haja racionamento de energia no Nordeste, segundo Arnaud. ''Houve uma melhora significativa, apesar das chuvas não terem caído no lugar adequado, energeticamente falando'', diz Arnaud ao informar que a área do principal reservatório, o de Sobradinho, ainda não foi atingida pelas chuvas. (Diário do Nordeste - CE - 30.01.2004)

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3 Nível de armazenamento em Sobradinho está em 24,39%

Dos três principais reservatórios da bacia do Rio São Francisco, Sobradinho é o maior responsável pela geração de energia para o Nordeste, atendendo a 60,4% da região. O nível de armazenamento em Sobradinho está em 24,39%, enquanto que em Itaparica, o menor dos três reservatórios, o nível está em 87,32% - o mais beneficiado com as chuvas. No de Três Marias, que responde por 32,2% da região nordestina, o nível de armazenamento ficou em 32,34%. (Diário do Nordeste - CE - 30.01.2004)

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4 Diretor da Chesf acredita em crescimento do nível total dos reservatórios

O diretor de operações da Chesf, Mozart Bandeira Arnaud, acredita numa tendência de crescimento do nível de armazenamento total dos reservatórios. ''A curva de crescimento faz com que chegue a 40% em abril'', diz. Para Arnaud, ao final de abril o nível pode chegar até a superar a marca de 53,02% registrada no mesmo período do ano passado. O consumo na região chega a uma média de 6.500 MWs/dia. Arnaud destaca que nos dias de chuva o consumo tende a cair na região - por conta do menor grau de utilização de equipamentos de irrigação e de ar-condicionado, por exemplo. Nos últimos sete dias, de acordo com informações do ONS, o consumo teve queda de 7%. Ontem, chegou a 5.781 MW. (Diário do Nordeste - CE - 30.01.2004)

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5 Chesf aumenta vazão da Usina de Luiz Gonzaga

A gerência da Chesf na cidade de Paulo Afonso, a 499 km de Salvador, decidiu aumentar a vazão da Usina de Luiz Gonzaga para 4.500 metros cúbicos por segundo diante da grande acumulação de água provocada pelas chuvas que castigam a região há duas semanas. O lago da usina registrou na manhã de ontem 90% de sua capacidade de acumulação de água, cujo total é de 11 milhões e 300 mil metros cúbicos. Mais acima, no médio São Francisco, o Lago de Sobradinho, o maior do sistema Chesf, já chegou a 24% da capacidade e continua subindo. (O Jornal - AL - 30.01.2004)

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6 Nível de armazenamento está em 39,05%no subsistema Norte

A capacidade de armazenamento do subsistema Norte chega a 39,05%, um aumento de 1,74% em relação ao dia 27 de janeiro. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta volume de 52,88%. (Canal Energia - 29.01.2004)

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7 Capacidade de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste chega a 46,05%

Os reservatórios registram 46,05% da capacidade no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, volume 21,44% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um acréscimo de 0,97% em um dia. As hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas registram 36,38% e 67,43% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 29.01.2004)

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8 Reservatórios registram 82,48% da capacidade no subsistema Sul

O nível de armazenamento está em 82,48% no subsistema Sul. O índice teve uma queda de 0,38% em relação ao dia 27 de janeiro. A usina de Salto Santiago apresenta 84,85% da capacidade. (Canal Energia - 29.01.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Lessa: BNDES tem interesse em financiar indústria de gás no Nordeste

Carlos Lessa garantiu que o BNDES tem interesse em financiar a indústria do gás do Nordeste. O grande entrave a esse processo, segundo ele, é a limitação geral imposta pela legislação vigente a partir de 1986, quando o então ministro da Fazenda, Dílson Funaro, aceitou a definição do investimento efetuado pelas empresas estatais como gasto público, sem considerar que as empresas, para investirem, costumam se endividar. Para Lessa, essa limitação funciona como uma camisa-de-força que amarra tudo. Lessa informou que o BNDES está pedindo uma medida provisória para excepcionalizar o gás dessa limitação. Ele lembrou que apesar de o BNDES financiar os troncos de gás na região, se não houver a rede de distribuição dentro das cidades, os troncos não terão sustentabilidade. (Jornal do Commercio - 30.01.2004)

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2 BNDES: Falta de regulação trava mercado de cogeração de gás natural

O setor de cogeração sofre uma grande estagnação devido ao ambiente de mudança regulatória da área de gás natural. Segundo Alexandre Wendling, gerente do departamento de Gás, Petróleo, Cogeração e Outras Fontes de Energia do BNDES, o volume de financiamentos caiu porque os investidores aguardam as regras. Wendling relaciona outros dois fatores para explicar a queda nos empréstimos. "O segmento de cogeração concorre com a energia elétrica e o BNDES não financia equipamentos importados", explica o gerente. Se o segmento de gás natural apresenta uma retração, a cogeração com a biomassa da cana-de-açúcar deverá ter um crescimento representativo nos próximos anos. Wendling explica que o Proinfa permitirá a implantação de 1.100 MW em projetos. (Canal Energia - 29.01.2004)

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3 Rondônia terá termelétrica movida a resíduos de madeira

O estado de Rondônia terá sua primeira termelétrica que vai gerar energia a partir de resíduos de madeira. O projeto piloto será desenvolvido pelo Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP e deve estar pronto em dois anos, com capacidade inicial de 200 kW. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico financiará o projeto com investimento de R$ 1 milhão. Segundo números do Ministério do Meio Ambiente, com o uso da termelétrica, a economia pode chegar a R$ 4 mil por mês, além de contribuir para a diminuição da poluição atmosférica no interior de Rondônia. (Canal Energia - 30.01.2004)

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Grandes Consumidores

1 Vale prevê investir US$ 7,5 bi em sete anos

A Cia. Vale do Rio Doce atualizou seu programa de investimentos para até o final desta década. Até 2010, a mineradora planeja gastar US$ 7,5 bilhões, informou Roger Agnelli, diretor-presidente da Vale. Segundo afirmou Agnelli, a Vale está tocando projetos em várias áreas, com uma postura consistente, há alguns anos. Segundo Agnelli, até 2010 a rentabilidade dos negócios da Vale estarão consistentes com as metas históricas dos preços das commodities. Agnelli destacou que o que pode afetar estes investimentos e mudar substancialmente seus retornos são atrasos na sua programação, preço da energia, que afeta cadeias produtivas como as do alumínio, infra-estrutura deficiente, que pode reduzir a capacidade de exportação da empresa e problemas no licenciamento ambiental. (Valor - 30.01.2004)

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2 Vale: Duplicação da Alunorte pode parar por atraso na licença ambiental

De acordo com o Agnelli, o projeto de produção de bauxita na mina de Paragominas, no Pará, que vai sustentar a duplicação de alumina da Alunorte, de 2,4 milhões de toneladas para 4,2 milhões até 2006, corre o risco de ser paralisado por conta de atraso na liberação da licença ambiental pelo governo paraense. "Se esta licença não sair dentro de 30 dias vamos ter problemas que poderão impactar a expansão da Alunorte. Espero que o bom senso prevaleça no governo do Pará, pois isso pode significar perder o 'timing' do investimento", alertou Agnelli. (Valor - 30.01.2004)

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3 Empresas chinesas planejam investir no Brasil

Duas empresas chinesas confirmaram investimentos de US$ 2,7 bilhões no Brasil, durante seminário que reuniu o presidente Lula e executivos de 159 companhias de 24 países, em Genebra. A China Minmetals Group e a China Aluminiun foram as únicas a falar claramente em valores, enquanto outras empresas parecem esperar a volta do crescimento e a solução de alguns problemas para investir. O presidente Lula e os ministros Antonio Palocci, Guido Mantega e Luiz Fernando Furlan explicaram que as reformas deram garantias de respeito e transparência às regulamentações. A siderúrgica alemã Degussa indicou que pode investir US$ 500 milhões em dois ou três anos. O Nordic Investment Bank, da Finlândia, discute projetos com a Alunorte. Já o grupo químico alemão Schering ainda não decidiu se construirá sua nova fábrica no Brasil, Irlanda ou Porto Rico. (Valor - 30.01.2004)

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Economia Brasileira

1 IGP-M vai a 0,88% em janeiro

A inflação de janeiro, medida pelo IGP-M, atingiu 0,88%, segundo a FGV. Foi a maior alta desde setembro, quando o índice atingiu 1,18%. Em dezembro, o IGP-M ficou em 0,61%. A aceleração deveu-se principalmente ao comportamento dos preços dos produtos metalúrgicos no atacado. Para o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, as pressões inflacionárias existem, mas não significam um futuro descontrole de preços. "Além da demanda fraca, as pressões são muito concentradas." O IPA passou de 0,64% para 0,98% de dezembro para janeiro. O destaque de alta ficou por conta do segmento metalúrgico, cujos preços subiram 4,84% em comparação com uma variação de 0,64% no mês anterior. "Não há perigo de descontrole. Está começando a ter pressão inflacionária, mas não há sinais de descontrole que justifiquem atitudes exageradas", disse Quadros. (Folha de São Paulo - 30.01.2004)

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2 Palocci: pressão inflacionária é transitória

O ministro Palocci tratou de reiterar que não há escalada de preços no país. Repetiu que as preocupações em torno da pressão inflacionária neste começo de ano têm muito a ver com fatores sazonais. Para o ministro, basta ver que produtos que apresentaram índices de preços mais elevados que a expectativa são todos produtos e serviços sazonais. Salientou que outro fator importante que reflete nos preços é o aumento das matérias-primas no mercado internacional, diante da atividade crescente em vários países, causando pressão inclusive no Brasil. O terceiro fator, segundo o ministro, é que desde o final do ano passado e começo deste ano houve um fenômeno de demanda importante. Lembrou que normalmente, quando se retoma a atividade interna, registra-se pequena queda nas exportações seguida de aumento de importação. No Brasil, porém, Palocci diz estar verificando crescimento vigoroso do mercado interno. (Valor - 30.01.2004)

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3 CNI: Custos e lucro podem elevar inflação

Pressão nos custos e aumento da lucratividade podem ser os motivos para a onda de remarcação de preços por parte dos empresários, segundo avaliação da CNI. Para o coordenador de Política Econômica da entidade, Flávio Castelo Branco, o próprio mercado pode não aceitar tais reajustes devido à queda na renda do brasileiro. A CNI divulgou a Sondagem Industrial, uma pesquisa trimestral com grandes, médios e pequenos empresários sobre a situação da indústria no último trimestre e as expectativas para o próximo semestre. A pesquisa mostra que entre os principais problemas apontados pelos empresários na atividade industrial está o alto custo da matéria-prima. Esse é o quinto maior problema na avaliação dos empresários, perdendo apenas para a carga tributária, a competição acirrada, a taxa de juros e a falta de demanda. (Folha de São Paulo - 30.01.2004)

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4 Fiesp aponta crescimento da indústria paulista em 2003

As exportações carregaram a indústria paulista durante o ano 2003. O nível de atividade do setor obteve um ganho inesperado; de acordo com a Fiesp, a produção aumentou 1,2% no ano passado. O resultado superou as expectativas, que apontavam para um empate com 2002. Naquele ano, a indústria já havia amargado uma retração de 1,0%. Dados do governo mostram um crescimento de 14,8% nas vendas de empresas paulistas ao exterior. Segundo o diretor do Departamento de Economia da Fiesp, Claudio Vaz, isso proporcionou um incremento de 2,2% no indicador de nível de atividade (INA). Porém, foi a baixa demanda interna que reduziu os ganhos na produção. O desempenho da indústria em dezembro foi considerado um sinal do ciclo de recuperação. Tradicionalmente, a produção no último mês apresenta quedas expressivas se comparada com novembro, mas em 2003 a redução foi menor. (Valor - 30.01.2004)

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5 Lessa: há oferta de recursos para os investimentos

Carlos Lessa, recebeu 53 dos seus principais clientes para um almoço, no qual fez convocação para que voltassem a investir e encaminhassem projetos ao banco, que dispõe este ano de orçamento de R$ 47, 3 bilhões. Afirmou que a instituição quer apoiar qualquer tipo de projeto estruturante, pois há o receio de contar com recursos e não ter projetos. Para Lessa, o país precisa ter poupança para investir pelo menos o equivalente a 20% do PIB, caso contrário, corre o risco de não deflagrar nenhum processo de desenvolvimento. Lessa procurou ministrar dose forte de otimismo para os empresários. Compareceram ao banco presidentes de empresas como Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, e Paulo Cunha, do Grupo Ultra, Maurício Bähr, da Tractebel Brasil, além de altos executivos da Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Gerdau, Aracruz, Suzano, Vicunha, Ericsson e Siemens. (Valor - 30.01.2004)

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6 Lessa clama por ciclo de desenvolvimento

No almoço, Lessa incitou a todos da indústria a colaborar para o país retomar um círculo virtuoso de crescimento. Para ele, o problema dos investimentos é de escala. Por isso defendeu prioridade para infra-estrutura, projetos viários, ferroviários e destacou a transposição do rio São Francisco, o que considera capaz de transformar o Nordeste num celeiro agrícola. "Antes, nós é que tínhamos que procurar o banco e agora, pela primeira vez, o BNDES está tomando a iniciativa de ir até o empresariado", assinalou Eugênio Staub, da Gradiente. Armando Guedes, diretor superintendente da Suzano Petroquímica, considerou um pouco ambicioso o sonho de Lessa, em virtude dos entraves que o setor industria sofre, como o aumento da Cofins. Maurício Bähr, da Tractebel, elogiou a iniciativa do BNDES de trazer sua visão da retomada do desenvolvimento aos empresários e se mostrar aberto a discussões e financiamentos de grandes projetos. (Valor - 30.01.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera em leve alta neste final de manhã, em um clima bem mais tranqüilo que o da véspera. Às 11h58m, a moeda americana era negociada por R$ 2,938 na compra e R$ 2,942 na venda, com alta de 0,37%. Ontem, o dólar comercial subiu 1,20% e encerrou o dia a R$ 2,9290 na compra e R$ 2,9310 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 30.01.2004)

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Internacional

1 Endesa Chile vai investir US$ 110 mi em 2004

A geradora chilena Endesa Chile está projetando em seu orçamento para 2004, investimentos entre US$ 100 milhões e US$ 110 milhões para concluir o projeto da hidrelétrica de Ralco e de outros projetos, afirmou o CFO da companhia chilena, Alejandro Gonzalez, durante conferência para discutir os resultados da Endesa em 2003. A hidrelétrica de Ralco, que terá capacidade de 570 MW, precisará de US$ 50 milhões a US$ 60 milhões adicionais para ser concluído. As operações estão previstas para serem iniciadas em julho, afirmou Gonzalez. Desta forma sobram US$ 50 milhões no orçamento para serem gastos nos demais projetos. Gonzalez afirmou ainda que a Endesa não tem planos de investir em novas usinas no Brasil ou na Argentina, em função dos preços estarem muito baixos para tornarem o investimento interessante. A hidrelétrica de Ralco será capaz de gerar entre 3200-3300 GWh por ano. (Business News Americas - 29.01.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

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