l IFE:
nº 1.280 - 30 de janeiro de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo A Câmara
dos Deputados aprovou ontem em votação simbólica a segunda e última medida
do novo modelo do setor elétrico, a MP 145, que criou a Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), encarregada de fazer estudos e pesquisas que indiquem
o potencial energético do país e mostrem projetos de geração de energia
que poderão ser licitados. "Antes da medida provisória, um empresário
que decidisse investir numa determinada região do país não tinha um mapeamento
do potencial energético da área. Agora, com a EPE, é possível fazer essa
previsão", disse o deputado Mauro Passos (PT-SC), especialista do setor.
(Jornal do Brasil - 30.01.2004) 2 EPE será responsável pelo planejamento da expansão dos setor elétrico A Empresa
de Pesquisa Energética (EPE), que será totalmente estatal, ficará responsável
pelo planejamento da expansão do setor elétrico. Segundo a exposição de
motivos do governo sobre a matéria, como o tempo médio para construção
de usinas hidrelétricas é de quatro a cinco anos, é preciso um planejamento
eficaz que garanta investimentos no setor. O relator da MP 145, Salvador
Zimbaldi, disse que uma das medidas incorporadas ao texto original cria
um conselho consultivo com 15 integrantes, representantes dos agentes,
dos secretários estaduais de energia e dos consumidores. O relator acatou
também uma emenda do PL que aumenta de três para quatro o número de diretores
da EPE. A empresa terá sede em Brasília e escritório central no Rio de
Janeiro. (O Globo - 30.01.2004) 3 Dilma elogia emendas apresentadas às MPs A ministra
Dilma Rousseff, elogiou as emendas apresentadas pelos parlamentares às
MPs do setor elétrico. Segundo ela, as regras de transição entre o atual
modelo e o novo, como a venda da energia, melhoram o modelo. Quanto às
críticas feitas pelas associações do setor, Dilma afirmou que os documentos
divulgados não são técnicos. A interpretação da ministra é de que existe
o temor dos grupos de terem algum interesse contrariado. "Vai ter sempre
interesse contrariado. É impossível, porque os interesses não são iguais"
disse a ministra. O governo recebeu muitas críticas da oposição e da indústria,
apesar de ter acatado 120 emendas propostas pelos deputados na MP 144
e outras 15 na MP 145. (O Globo - 30.01.2004) 4
Ministra destaca falta de fundamentos às críticas 5 Dilma: Acionistas de grandes empresas privadas estão interessados em investir no Brasil Dilma Rousseff
disse estranhar as reclamações das entidades setoriais sobre os pontos
aprovados nos dois textos, já que, segundo ela, acionistas de grandes
empresas privadas têm se mostrado bastante interessados em realizar investimentos
no país. Dilma comentou que falou por telefone com o presidente mundial
da Duke Energy, Fred Fowler, sobre as mudanças no setor, e ele confirmou
que a multinacional manteria o plano de investimentos no Brasil. (Canal
Energia - 29.01.2004) 6 Dilma: Leilão de energia será o primeiro grande teste do novo modelo O primeiro
grande teste da atratividade do novo modelo do setor elétrico entre os
investidores privados será o leilão de geração de energia nova, previsto
para ocorrer no último trimestre deste ano. A avaliação é da ministra
Dilma Rousseff. (Canal Energia - 29.01.2004) 7 Tolmasquim: Executivo vai esperar aprovação do Senado para trabalhar decretos que regulamentem MPs Maurício Tolmasquim, disse que o Executivo vai esperar pela aprovação do texto no Senado para começar a trabalhar nos decretos e portarias que regulamentarão as medidas. Na hipótese de as leis serem promulgadas pelo presidente Lula ainda em fevereiro, explica Tolmasquim, os primeiros decretos seriam lançados pelo governo até o final de março. "Na regulamentação, vamos trabalhar separando as medidas por temas", observa o secretário. Entre os pontos que terão prioridade no processo de detalhamento está a constituição da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e da EPE. Tolmasquim também elogiou as alterações feitas no modelo pelo Congresso. "Foi muito satisfatório, positivo tanto para o governo quanto para os agentes", ressaltou. (Canal Energia - 29.01.2004) 8
CBIEE cobra mais "clareza regulatória" 9 CNI: Novo Modelo do setor elétrico não estimula investimentos privados O presidente
da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e deputado federal (PTB-PE),
Armando Monteiro Neto, acha que a MP 144 não cria as condições necessárias
para o setor atrair investimentos privados. Em função disso, ele declarou
voto em separado na sessão da Câmara, que aprovou na quarta-feira a proposta
do governo para o novo modelo do setor elétrico. "Infelizmente, o projeto
de lei de conversão não cria as condições para que o novo modelo resolva
o dilema entre os objetivos de modicidade tarifária e rentabilidade de
investimentos. Portanto, não tem condições de assegurar a adesão dos investidores,
não afastando, definitivamente, a possibilidade de novas crises de suprimento,
preservando preços competitivos de eletricidade aos consumidores", afirma
a declaração de voto em separado de Armando Monteiro. Na avaliação do
presidente da CNI, as novas regras são focadas no suprimento de energia
a preços módicos. Isso significa que o modelo proposto reserva às empresas
estatais um papel de protagonista no setor. (O Globo - 30.01.2004) 10
CNI reconhece pontos positivos no projeto do novo modelo 11 Abradee critica impedimento da transferência para as tarifas dos custos do CCEE O presidente
da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, não esconde o descontentamento em relação
ao projeto de conversão da Câmara. Guimarães relaciona sugestões dos distribuidores
rechaçadas pelo relator na Câmara, ligadas principalmente ao repasse às
tarifas. Ele critica o fato de o projeto deixar em aberto as condições
e os limites para o repasse de custos e riscos dos leilões aos consumidores
finais, assim como o impedimento da transferência para as tarifas dos
custos relativos à CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
O executivo classifica as determinações como "meio sem sentido", pois
se tratam de custos não-gerenciáveis. "Não podemos ter riscos de comercialização
enquanto distribuidoras", afirma. (Canal Energia - 29.01.2004) 12 Abrage quer discutir no senado isonomia entre energia velha e energia nova Para o segmento
de geração, um dos pontos que serão trabalhados junto aos senadores, assim
como foi na Câmara, é o que trata da isonomia entre a geração existente
e a energia nova. Para o presidente da Abrage, Flavio Neiva, mesmo com
a separação em processos de licitação diferenciados para as duas produções,
as condições de comercialização acabam depreciando a energia velha descontratada
dos contratos inicias, e ainda não alocada. "Pelo projeto, se uma previsão
de crescimento de mercado não se realizar, haverá redução na venda da
energia velha. Isso é um erro, a produção existente não pode ficar sujeita
às frustrações de mercado futuro", avalia Neiva, citando como alternativa
o mecanismo de rateio das sobras. Ele ressalta ainda que vai brigar no
Senado para que os agentes tenham assento no CMSE (Comitê de Monitoramento
do Setor Elétrico). (Canal Energia - 29.01.2004) 13 Abrace: Mudanças não trarão equilíbrio e segurança para o setor Para os
grandes consumidores, as mudanças feitas na MP pelo projeto de conversão
não serão suficientes para trazer equilíbrio e segurança para o setor.
A avaliação é do diretor-executivo da Abrace (Associação Brasileira de
Grandes Consumidores Industriais de Energia), Paulo Ludmer. Segundo ele,
faltam no novo modelo medidas, por exemplo, para desonerar os encargos
setoriais e ampliar o mercado de consumidores livres. Para ele, no caso
do artigo 27, há um tratamento igualitário para consumidores com características
distintas. O executivo também defendeu mudanças no prazo de prorrogação
dos contratos fechados entre geradoras e grandes consumidores, previsto
para 2010, e o período de cinco anos de antecedência para que o consumidor
livre comunique o desejo de se tornar cativo. (Canal Energia - 29.01.2004) Numa prova
de que o Novo Modelo apresenta consistência para agentes setoriais o presidente
da CVRD anunciou que: "O setor de energia é um dos mais importantes para
o crescimento da empresa e do próprio país. Pretendemos manter os investimentos
em autogeração", Esta declaração foi formulada em razão do investimento
de US$ 1,8 bilhão em 2004 na expansão de novos negócios e na extração
de minérios no Brasil e no exterior. O objetivo é atender à crescente
demanda do mercado internacional no setor, especialmente da China. Mongólia,
China, Moçambique, Gabão e Angola são os principais países incluídos no
programa de exploração mineral da empresa. (Folha de São Paulo e NUCA-IE-UFRJ
- 30.01.2004) 15 BNDES incentiva empresas a apresentar projetos de investimentos O presidente do BNDES, Carlos Lessa, convidou 56 grandes empresários para almoço na sede da Avenida Chile, com o propósito incentivá-los a apresentar projetos de investimento. Lessa admitiu temer que o orçamento de desembolsos previsto para 2004, da ordem de R$ 47,3 bilhões, não possa ser demandado em sua totalidade. O encontro da diretoria do BNDES com as lideranças empresariais teve por objetivo informar como o banco está vendo o ano de 2004. Lessa afirmou que o encontro representa uma ação de fomento, para estimular os empresários a apresentarem projetos de investimento. Na sua opinião, o cenário macroeconômico do País é promissor e vai propiciar a vinda das empresas ao BNDES. Lessa destacou que em 2003, comparativamente a 2002, os desembolsos do BNDES cresceram 6%, atingindo R$ 33 bilhões, enquanto as aprovações aumentaram 17%, os enquadramentos 34% e as consultas 14%. (Jornal do Commercio - 30.01.2004) 16 BNDES espera aprovar oito usinas hidrelétricas de grande porte Lessa citou a expansão de 89% prevista nas operações no setor de infra-estrutura em quatro segmentos: energia, telecomunicações, logística e petróleo e gás. Segundo ele, isso significará dobrar o volume de liberações do ano passado, alcançando R$ 10,8 bilhões. Lessa disse que a idéia é "dar um salto acima" este ano. Ele espera aprovar mais oito usinas hidrelétricas de grande porte e 60 de pequeno porte. O programa hidrelétrico do BNDES prevê também o financiamento a mais 2 mil quilômetros de linhas de transmissão. (Jornal do Commercio - 30.01.2004) 17 Projeto de lei pode reduzir tarifas de energia na área rural O Projeto de Lei 1899/03, do deputado Pastor Frankembergen (PTB-RR), cria uma política tarifária especial no setor elétrico para incentivar a indústria rural. A indústria rural pagaria pela energia as mesmas tarifas adotadas para o serviço público de irrigação. O objetivo é incentivar a expansão da indústria agrária, dando melhores condições para aumentar a produção. O projeto deverá ser analisado ainda pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Redação. (Canal Energia - 30.01.2004)
Empresas 1 Cataguazes-Leopoldina rebate críticas da Alliant A Cataguazes-Leopoldina
rebateu as críticas da Alliant Energy em carta divulgada na quinta-feira,
29 de janeiro. Segundo a Cataguazes, a multinacional quer o controle absoluto
da empresa e ressalta que, juntamente com a Fondelec, a Alliant possui
53% do capital da companhia. Entre os principais pontos abordados na carta
está o investimento que a Alliant teria feito na Cataguazes. A Alliant
afirma que foram R$ 1,2 bilhão, mas a Cataguazes refuta, dizendo que foram
R$ 614 milhões. A conclusão da segunda fase da termelétrica Juiz de Fora
também é questão de discordância entre as empresas. A Cataguazes reafirma
que não há financiamento para a usina, embora a Alliant afirme que exista.
A Cataguazes lista as ações judiciais tomadas pela Fondelec e pela Alliant,
afirmando que a Justiça negou a administração às duas empresas. (Canal
Energia - 29.01.2004) 2 Animec quer solução para disputa entre Cataguazes-Lopoldina e Alliant A Associação Nacional dos Investidores do Mercado de Capitais (Animec) quer se reunir com a diretoria da distribuidora Cataguazes-Leopoldina para discutir a disputa pelo controle da empresa entre a família Botelho (atual controladora) e o grupo americano Alliant. Segundo o presidente da associação, Waldir Corrêa, a idéia é tentar um acordo entre acionistas minoritários e controladores para tentar colocar ''executivos independentes'' na gestão da empresa até a normalização de seus resultados. "Os acionistas minoritários estão com muitas dúvidas sobre a questão. Não queremos que o controle da empresa fique nem com um nem com outro, queremos uma governança corporativa para restabelecer a lucratividade da companhia", afirmou Corrêa. O diretor financeiro da Cataguazes, Maurício Botelho, afirmou que a companhia já tem as melhores práticas de governança corporativa, tendo recebido prêmios de reconhecimento do mercado, e disse que os acionistas devem ter sido influenciados pela Alliant, que nega. (Jornal do Brasil - 30.01.2004) 3 Celesc assina novo contrato de gestão Foi assinado
o novo contrato de gestão da Celesc, mais um passo na implantação do novo
modelo de gestão da estatal, que reduziu o poder do acionista majoritário
na administração e pretende ampliar a transparência nos negócios da firma.
Ele estabelece que as diversas unidades operacionais da companhia assinarão
contratos de gestão que determinarão resultados a serem atingidos. Além
disso, punições para o caso de não serem cumpridas essas metas e recompensas
para o caso de sucesso. Na área financeira, por exemplo, passam a ser
criadas metas para a remuneração do capital dos acionistas, além de eficiência
no desempenho operacional. Outras áreas que serão avaliadas serão a motivação
e o comprometimento dos funcionários, a segurança no trabalho, o atendimento
às questões ambientais, a universalização da energia elétrica, a responsabilidade
social da companhia, além do desempenho tecnológico. (A Notícia - 30.01.2004) 4
Celesc estenderá programa de venda de energia para grandes consumidores 5 Tractebel adia planos de investimentos A Tractebel
adiou para 2005 investimentos mínimos de R$ 1,2 bilhão programados para
as hidrelétricas São Salvador e Estreito. A primeira terá 240 MW e exigirá
investimentos de R$ 600 milhões, enquanto a gigantesca Estreito (1.087
MW), que custaria mais cerca de R$ 600 milhões ao grupo belga, também
está na gaveta. Esse valor refere-se apenas aos 30% da Tractebel, que
tem como sócias a Vale e a Alcoa. No total, o investimento adiado em Estreito
ultrapassa R$ 2 bilhões. (Valor - 30.01.2004) 6 Duke Energy: interesse pelo país continua O vice-presidente
da Duke Energy, Paulo Siqueira Born, explica que dependendo de como for
a regulamentação, as geradoras privadas poderão ficar com um mercado residual
para ofertar a sua energia. Isso porque elas temem que o governo federal,
no afã de estimular a construção de novas hidrelétricas, ofereça contratos
mais interessantes para os futuros empreendimentos. Born ressaltou que
a Duke mantém o interesse no país, mas admitiu que essas mudanças na legislação,
podem desestimular novos investimentos. (Valor - 30.01.2004) 7 Copel reclama dos custos da desverticalização A Copel,
que está em pleno processo de reverticalização das atividades de geração,
transmissão e comercialização, recebeu com críticas o prazo de 18 meses,
prorrogáveis por mais 18 meses, para as empresas realizarem o processo
de desverticalização. A medida faz parte do projeto de conversão de lei
da MP 144. "A Copel é a única empresa a passar pelos dois processos. A
desverticalização gera mais custos e não dá escala para os negócios da
empresa, além de aumentar o custo da energia", comentou Ronaldo Thadeu
Raqvedutti, diretor de Relações com o Mercado e Finanças da Copel. Segundo
ele, a estatal paranaense, na formatação do novo modelo do setor elétrico,
em momento algum, foi ouvida sobre o tema. "A desvertizalização foi um
desastre para a Copel", afirmou o executivo. (Canal Energia - 29.01.2004) 8 Celg ganha crédito junto à União A Celg obteve
esta semana liminar que libera crédito junto à União. O valor pode chegar
a R$ 350 milhões e se refere à suspensão do ressarcimento do subsídio
que o governo federal dava à Codemin, empresa de mineração instalada no
município goiano de Niquelândia. O contrato, celebrado há alguns anos
com a Codemin, previa subsídio à empresa em relação aos gastos com energia
elétrica. O subsídio foi ressarcido pelo governo federal à Celg até 1991
e, desde então, foi suspenso. A distribuidora calcula que o prejuízo ultrapasse
a marca de R$ 350 milhões. (Canal Energia - 29.01.2004) A Light conta com o auxílio da tecnologia para tentar reduzir os altos níveis de inadimplência. Desde o dia 17 último, a empresa recorre ao sistema Voice Dialer, serviço de mensagem interativa de voz desenvolvido pela empresa VoxAge, para antecipar o início do processo de cobrança de forma mais barata e, espera-se, mais eficiente. (Jornal do Commercio - 30.01.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia aumento no RS em virtude do calor O forte
calor registrado ontem no estado do RS provocou aumento do consumo de
energia elétrica. A demanda instantânea no Estado chegou a 4.021 MW. Foi
o maior valor deste ano. O recorde histórico, porém, continua sendo a
demanda de 4.075 MW às 14h50min de 23 de fevereiro de 2003. (Zero Hora
- 30.01.2004) 2 Reservatórios do Nordeste superam nível de risco As fortes
chuvas que caem sobre o Nordeste nos últimos dias fizeram com que ontem
o nível de armazenamento equivalente dos reservatórios das hidrelétricas
da Bacia do Rio São Francisco - que abastecem 99% da região -, atingisse
a marca de 31,05%, superando o nível da curva de risco, que é de 30,74%.
Com isso, de acordo com Mozart Bandeira Arnaud, diretor de operações da
Chesf, fica descartada a necessidade da região contar com a ativação das
termelétricas emergenciais. Também não há sinais de que haja racionamento
de energia no Nordeste, segundo Arnaud. ''Houve uma melhora significativa,
apesar das chuvas não terem caído no lugar adequado, energeticamente falando'',
diz Arnaud ao informar que a área do principal reservatório, o de Sobradinho,
ainda não foi atingida pelas chuvas. (Diário do Nordeste - CE - 30.01.2004) 3 Nível de armazenamento em Sobradinho está em 24,39% Dos três
principais reservatórios da bacia do Rio São Francisco, Sobradinho é o
maior responsável pela geração de energia para o Nordeste, atendendo a
60,4% da região. O nível de armazenamento em Sobradinho está em 24,39%,
enquanto que em Itaparica, o menor dos três reservatórios, o nível está
em 87,32% - o mais beneficiado com as chuvas. No de Três Marias, que responde
por 32,2% da região nordestina, o nível de armazenamento ficou em 32,34%.
(Diário do Nordeste - CE - 30.01.2004) 4
Diretor da Chesf acredita em crescimento do nível total dos reservatórios 5 Chesf aumenta vazão da Usina de Luiz Gonzaga A gerência
da Chesf na cidade de Paulo Afonso, a 499 km de Salvador, decidiu aumentar
a vazão da Usina de Luiz Gonzaga para 4.500 metros cúbicos por segundo
diante da grande acumulação de água provocada pelas chuvas que castigam
a região há duas semanas. O lago da usina registrou na manhã de ontem
90% de sua capacidade de acumulação de água, cujo total é de 11 milhões
e 300 mil metros cúbicos. Mais acima, no médio São Francisco, o Lago de
Sobradinho, o maior do sistema Chesf, já chegou a 24% da capacidade e
continua subindo. (O Jornal - AL - 30.01.2004) 6 Nível de armazenamento está em 39,05%no subsistema Norte A capacidade de armazenamento do subsistema Norte chega a 39,05%, um aumento de 1,74% em relação ao dia 27 de janeiro. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta volume de 52,88%. (Canal Energia - 29.01.2004) 7 Capacidade de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste chega a 46,05% Os reservatórios
registram 46,05% da capacidade no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, volume
21,44% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um
acréscimo de 0,97% em um dia. As hidrelétricas de Nova Ponte e Furnas
registram 36,38% e 67,43% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia
- 29.01.2004) 8 Reservatórios registram 82,48% da capacidade no subsistema Sul O nível
de armazenamento está em 82,48% no subsistema Sul. O índice teve uma queda
de 0,38% em relação ao dia 27 de janeiro. A usina de Salto Santiago apresenta
84,85% da capacidade. (Canal Energia - 29.01.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Lessa: BNDES tem interesse em financiar indústria de gás no Nordeste Carlos Lessa garantiu que o BNDES tem interesse em financiar a indústria do gás do Nordeste. O grande entrave a esse processo, segundo ele, é a limitação geral imposta pela legislação vigente a partir de 1986, quando o então ministro da Fazenda, Dílson Funaro, aceitou a definição do investimento efetuado pelas empresas estatais como gasto público, sem considerar que as empresas, para investirem, costumam se endividar. Para Lessa, essa limitação funciona como uma camisa-de-força que amarra tudo. Lessa informou que o BNDES está pedindo uma medida provisória para excepcionalizar o gás dessa limitação. Ele lembrou que apesar de o BNDES financiar os troncos de gás na região, se não houver a rede de distribuição dentro das cidades, os troncos não terão sustentabilidade. (Jornal do Commercio - 30.01.2004) 2 BNDES: Falta de regulação trava mercado de cogeração de gás natural O setor
de cogeração sofre uma grande estagnação devido ao ambiente de mudança
regulatória da área de gás natural. Segundo Alexandre Wendling, gerente
do departamento de Gás, Petróleo, Cogeração e Outras Fontes de Energia
do BNDES, o volume de financiamentos caiu porque os investidores aguardam
as regras. Wendling relaciona outros dois fatores para explicar a queda
nos empréstimos. "O segmento de cogeração concorre com a energia elétrica
e o BNDES não financia equipamentos importados", explica o gerente. Se
o segmento de gás natural apresenta uma retração, a cogeração com a biomassa
da cana-de-açúcar deverá ter um crescimento representativo nos próximos
anos. Wendling explica que o Proinfa permitirá a implantação de 1.100
MW em projetos. (Canal Energia - 29.01.2004) 3 Rondônia terá termelétrica movida a resíduos de madeira O estado
de Rondônia terá sua primeira termelétrica que vai gerar energia a partir
de resíduos de madeira. O projeto piloto será desenvolvido pelo Instituto
de Eletrotécnica e Energia da USP e deve estar pronto em dois anos, com
capacidade inicial de 200 kW. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico financiará o projeto com investimento de R$ 1 milhão. Segundo
números do Ministério do Meio Ambiente, com o uso da termelétrica, a economia
pode chegar a R$ 4 mil por mês, além de contribuir para a diminuição da
poluição atmosférica no interior de Rondônia. (Canal Energia - 30.01.2004)
Grandes Consumidores 1 Vale prevê investir US$ 7,5 bi em sete anos A Cia. Vale
do Rio Doce atualizou seu programa de investimentos para até o final desta
década. Até 2010, a mineradora planeja gastar US$ 7,5 bilhões, informou
Roger Agnelli, diretor-presidente da Vale. Segundo afirmou Agnelli, a
Vale está tocando projetos em várias áreas, com uma postura consistente,
há alguns anos. Segundo Agnelli, até 2010 a rentabilidade dos negócios
da Vale estarão consistentes com as metas históricas dos preços das commodities.
Agnelli destacou que o que pode afetar estes investimentos e mudar substancialmente
seus retornos são atrasos na sua programação, preço da energia, que afeta
cadeias produtivas como as do alumínio, infra-estrutura deficiente, que
pode reduzir a capacidade de exportação da empresa e problemas no licenciamento
ambiental. (Valor - 30.01.2004) 2 Vale: Duplicação da Alunorte pode parar por atraso na licença ambiental De acordo
com o Agnelli, o projeto de produção de bauxita na mina de Paragominas,
no Pará, que vai sustentar a duplicação de alumina da Alunorte, de 2,4
milhões de toneladas para 4,2 milhões até 2006, corre o risco de ser paralisado
por conta de atraso na liberação da licença ambiental pelo governo paraense.
"Se esta licença não sair dentro de 30 dias vamos ter problemas que poderão
impactar a expansão da Alunorte. Espero que o bom senso prevaleça no governo
do Pará, pois isso pode significar perder o 'timing' do investimento",
alertou Agnelli. (Valor - 30.01.2004) 3 Empresas chinesas planejam investir no Brasil Duas empresas
chinesas confirmaram investimentos de US$ 2,7 bilhões no Brasil, durante
seminário que reuniu o presidente Lula e executivos de 159 companhias
de 24 países, em Genebra. A China Minmetals Group e a China Aluminiun
foram as únicas a falar claramente em valores, enquanto outras empresas
parecem esperar a volta do crescimento e a solução de alguns problemas
para investir. O presidente Lula e os ministros Antonio Palocci, Guido
Mantega e Luiz Fernando Furlan explicaram que as reformas deram garantias
de respeito e transparência às regulamentações. A siderúrgica alemã Degussa
indicou que pode investir US$ 500 milhões em dois ou três anos. O Nordic
Investment Bank, da Finlândia, discute projetos com a Alunorte. Já o grupo
químico alemão Schering ainda não decidiu se construirá sua nova fábrica
no Brasil, Irlanda ou Porto Rico. (Valor - 30.01.2004) Economia Brasileira 1 IGP-M vai a 0,88% em janeiro A inflação de janeiro, medida pelo IGP-M, atingiu 0,88%, segundo a FGV. Foi a maior alta desde setembro, quando o índice atingiu 1,18%. Em dezembro, o IGP-M ficou em 0,61%. A aceleração deveu-se principalmente ao comportamento dos preços dos produtos metalúrgicos no atacado. Para o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, as pressões inflacionárias existem, mas não significam um futuro descontrole de preços. "Além da demanda fraca, as pressões são muito concentradas." O IPA passou de 0,64% para 0,98% de dezembro para janeiro. O destaque de alta ficou por conta do segmento metalúrgico, cujos preços subiram 4,84% em comparação com uma variação de 0,64% no mês anterior. "Não há perigo de descontrole. Está começando a ter pressão inflacionária, mas não há sinais de descontrole que justifiquem atitudes exageradas", disse Quadros. (Folha de São Paulo - 30.01.2004) 2 Palocci: pressão inflacionária é transitória O ministro Palocci tratou de reiterar que não há escalada de preços no país. Repetiu que as preocupações em torno da pressão inflacionária neste começo de ano têm muito a ver com fatores sazonais. Para o ministro, basta ver que produtos que apresentaram índices de preços mais elevados que a expectativa são todos produtos e serviços sazonais. Salientou que outro fator importante que reflete nos preços é o aumento das matérias-primas no mercado internacional, diante da atividade crescente em vários países, causando pressão inclusive no Brasil. O terceiro fator, segundo o ministro, é que desde o final do ano passado e começo deste ano houve um fenômeno de demanda importante. Lembrou que normalmente, quando se retoma a atividade interna, registra-se pequena queda nas exportações seguida de aumento de importação. No Brasil, porém, Palocci diz estar verificando crescimento vigoroso do mercado interno. (Valor - 30.01.2004) 3 CNI: Custos e lucro podem elevar inflação Pressão nos custos e aumento da lucratividade podem ser os motivos para a onda de remarcação de preços por parte dos empresários, segundo avaliação da CNI. Para o coordenador de Política Econômica da entidade, Flávio Castelo Branco, o próprio mercado pode não aceitar tais reajustes devido à queda na renda do brasileiro. A CNI divulgou a Sondagem Industrial, uma pesquisa trimestral com grandes, médios e pequenos empresários sobre a situação da indústria no último trimestre e as expectativas para o próximo semestre. A pesquisa mostra que entre os principais problemas apontados pelos empresários na atividade industrial está o alto custo da matéria-prima. Esse é o quinto maior problema na avaliação dos empresários, perdendo apenas para a carga tributária, a competição acirrada, a taxa de juros e a falta de demanda. (Folha de São Paulo - 30.01.2004) 4
Fiesp aponta crescimento da indústria paulista em 2003 5 Lessa: há oferta de recursos para os investimentos Carlos Lessa,
recebeu 53 dos seus principais clientes para um almoço, no qual fez convocação
para que voltassem a investir e encaminhassem projetos ao banco, que dispõe
este ano de orçamento de R$ 47, 3 bilhões. Afirmou que a instituição quer
apoiar qualquer tipo de projeto estruturante, pois há o receio de contar
com recursos e não ter projetos. Para Lessa, o país precisa ter poupança
para investir pelo menos o equivalente a 20% do PIB, caso contrário, corre
o risco de não deflagrar nenhum processo de desenvolvimento. Lessa procurou
ministrar dose forte de otimismo para os empresários. Compareceram ao
banco presidentes de empresas como Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, e
Paulo Cunha, do Grupo Ultra, Maurício Bähr, da Tractebel Brasil, além
de altos executivos da Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Gerdau, Aracruz,
Suzano, Vicunha, Ericsson e Siemens. (Valor - 30.01.2004) 6 Lessa clama por ciclo de desenvolvimento No almoço,
Lessa incitou a todos da indústria a colaborar para o país retomar um
círculo virtuoso de crescimento. Para ele, o problema dos investimentos
é de escala. Por isso defendeu prioridade para infra-estrutura, projetos
viários, ferroviários e destacou a transposição do rio São Francisco,
o que considera capaz de transformar o Nordeste num celeiro agrícola.
"Antes, nós é que tínhamos que procurar o banco e agora, pela primeira
vez, o BNDES está tomando a iniciativa de ir até o empresariado", assinalou
Eugênio Staub, da Gradiente. Armando Guedes, diretor superintendente da
Suzano Petroquímica, considerou um pouco ambicioso o sonho de Lessa, em
virtude dos entraves que o setor industria sofre, como o aumento da Cofins.
Maurício Bähr, da Tractebel, elogiou a iniciativa do BNDES de trazer sua
visão da retomada do desenvolvimento aos empresários e se mostrar aberto
a discussões e financiamentos de grandes projetos. (Valor - 30.01.2004) O dólar comercial opera em leve alta neste final de manhã, em um clima bem mais tranqüilo que o da véspera. Às 11h58m, a moeda americana era negociada por R$ 2,938 na compra e R$ 2,942 na venda, com alta de 0,37%. Ontem, o dólar comercial subiu 1,20% e encerrou o dia a R$ 2,9290 na compra e R$ 2,9310 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 30.01.2004)
Internacional 1 Endesa Chile vai investir US$ 110 mi em 2004 A geradora
chilena Endesa Chile está projetando em seu orçamento para 2004, investimentos
entre US$ 100 milhões e US$ 110 milhões para concluir o projeto da hidrelétrica
de Ralco e de outros projetos, afirmou o CFO da companhia chilena, Alejandro
Gonzalez, durante conferência para discutir os resultados da Endesa em
2003. A hidrelétrica de Ralco, que terá capacidade de 570 MW, precisará
de US$ 50 milhões a US$ 60 milhões adicionais para ser concluído. As operações
estão previstas para serem iniciadas em julho, afirmou Gonzalez. Desta
forma sobram US$ 50 milhões no orçamento para serem gastos nos demais
projetos. Gonzalez afirmou ainda que a Endesa não tem planos de investir
em novas usinas no Brasil ou na Argentina, em função dos preços estarem
muito baixos para tornarem o investimento interessante. A hidrelétrica
de Ralco será capaz de gerar entre 3200-3300 GWh por ano. (Business News
Americas - 29.01.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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