l IFE:
nº 1.279 - 29 de janeiro de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo O plenário
da Câmara dos Deputados aprovou parte do novo modelo do setor elétrico,
que trata das regras para a comercialização de energia no país. O governo
conseguiu derrubar dois destaques que poderiam comprometer a essência
da MP 144, que passa a regular a compra e a venda de energia. Para garantir
a aprovação da medida, a ministra Dilma, reuniu-se com os líderes dos
partidos na Câmara. O texto da MP 144 foi aprovado com mais dois destaques,
em função do acordo entre líderes. O artigo que atribuía poder concedente
ao Ministério de Minas e Energia foi suprimido. A outra mudança é a extensão,
às geradoras estaduais e municipais, do direito de aditar os contratos
com os consumidores finais até dezembro de 2010. O texto inicial se referia
apenas à geradoras federais. A votação da MP 145 ficou marcada para hoje,
dia 29 de janeiro (O Globo e Canal Energia- 29.01.2004) 2 Pontos principais da MP 144: Aumento do prazo de transição O relatório
apresentado aumenta para até três anos o prazo para a desverticalização
das empresas, medida que beneficia as estatais Copel e Cemig. Serão 18
meses para a transição, prorrogáveis por mais 18 meses, se a Aneel decidir
pela ampliação. (Valor - 29.01.2004) 3 Pontos principais da MP 144: Tratamento diferenciado Quarenta
projetos de hidrelétricas ou térmicas já licitados, mas que ainda não
entraram em operação, poderão optar se preferem participar do leilão de
venda de energia das usinas já amortizadas ou das licitações da geração
de novos empreendimentos. São 13 mil MW de hidrelétricas e 10 mil MW de
térmicas. (Zero Hora - 29.01.2004) 4
Pontos principais da MP 144: CCEE e Planejamento 5 Pontos principais da MP 144: Prazo para grandes consumidores O relatório
da MP aprovada diminui o prazo para que os grandes consumidores de energia
decidam se vão continuam sendo atendidos pelas distribuidoras ou se irão
buscar fornecedores no mercado livre. A MP original previa um mínimo de
três anos para a decisão de se tornar livre e de cinco anos para voltar
a utilizar os serviços das distribuidoras. Mas o substitutivo apresentado
pelo relator Fernando Ferro estabelece que o intervalo para a decisão
deverá variar entre 12 a 36 meses, mas mantém cinco anos para uma indústria
voltar à condição de cliente cativa de uma distribuidora. A flexibilização
dos prazos atende o pedido das comercializadoras, que haviam perdido muito
espaço na primeira versão da MP. (Valor - 29.01.2004) 6 Pontos principais da MP 144: Contratos entre eletrointensivos e geradoras Outro ponto
referente aos grandes consumidores é a emenda que permite a prorrogação
dos contratos atuais fechados diretamente entre os eletrointensivos e
as geradoras vigentes em 26 de agosto de 2002, que poderão ser prorrogados
até o final de 2010. Ao final desse período, a energia dessas geradoras
terá que ser comercializada exclusivamente no pool, por meio da Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esta emenda acatada pelo
relator beneficia especificamente as produtoras de alumínio instaladas
na região Norte do país, que compram diretamente da estatal federal Eletronorte.
Ferro disse que a possibilidade de renovação destes contratos visa evitar
mudanças bruscas no mercado. (Valor - 29.01.2004) 7 Pontos principais da MP 144: Distribuidoras e racionamento Os consumidores não deverão mais de ter de arcar com as perdas das distribuidoras com o racionamento após a implementação do novo modelo do setor elétrico. Segundo o relator Fernando Ferro (PT-PE), os custos da falta de água nos reservatórios das hidrelétricas (risco de racionamento) serão arcados pelas geradoras. Essas modificações não alteram, no entanto, os custos que os consumidores já pagam hoje na tarifa: o aluguel das usinas termelétricas do seguro antiapagão e o uso da energia dessas usinas. As alterações, segundo o deputado, limitam os efeitos do racionamento à região onde está faltando água nos reservatórios. O texto da MP foi aprovado em votação simbólica, e será submetido agora ao Senado. (Jornal do Brasil e Folha de S. Paulo - 29.01.2004) 8
Abradee critica ajuste de contrato de distribuidoras ao tamanho do mercado
em caso de racionamento 9 Abradee quer negociar no Senado emenda que proíbe reajustes para empresas inadimplentes Um ponto
pleiteado pela Abradee que não foi acolhido pelo relator diz respeito
ao item que proíbe reajuste tarifário anual para as empresas inadimplentes
com outras companhias do setor, governo ou banco estatais. "Esse raciocínio
é impertinente porque leva a empresa em dificuldades financeiras a afundar
mais. Se ela já está inadimplente e não tem aumento de tarifa, fica ainda
mais sem dinheiro para honrar seus compromissos. Esse item fere dispositivos
contratuais", disse o presidente da Abradee. Ele afirmou que pretende
negociar esta emenda no Senado. Guimarães criticou ainda a falta de garantia
de repasse dos custos com o suprimento para a tarifa e também o dispositivo
que obriga que as empresas paguem pelos serviços do pool, sem a possibilidade
do repasse desde ônus para o consumidor. Ele considerou positiva a emenda
que permite financiamentos entre empresas do mesmo grupo, chamado no mercado
de "empréstimo mútuo". (Valor - 29.01.2004) 10
Empresas reclamam da falta de garantias no texto da MP 144 11 Apine: Setor ficará carente de investimentos com o novo modelo Manoel Zaroni
Torres, conselheiro da Apine e diretor presidente da Tractebel, era um
dos mais indignados. "Se alguém acha que com esse tratamento haverá novos
investimentos está enganado. É uma ilusão. Quem acreditou e veio para
cá está sendo desconsiderado". Zaroni Torres considerou um "problema grave"
o fato de os produtores independentes não serem incluídos nas regras de
venda da "energia nova". Isso provoca uma competição injusta com as usinas
já amortizadas e remunera o investidor por um valor inferior ao custo
do empreendimento. (Zero Hora - 29.01.2004) 12 Secretários estaduais de Planejamento e especialistas propõem atuação de agências nas PPPs As agências
reguladoras devem ter uma interface com o Poder Executivo e atuar na implementação
de projetos de parcerias público-privadas (PPP), sugeriram ontem especialistas
e secretários estaduais de Planejamento durante audiência pública da comissão
especial que analisa o projeto de lei ordinária das PPP. O relator do
projeto, deputado Paulo Bernardo (PT-PR), disse que de fato as agências
terão que fiscalizar obras realizadas em parceria com a iniciativa privada
e, portanto, o texto do projeto poderá fazer alguma menção a isso no projeto:
"O projeto não pretende mexer no papel das agências reguladoras. O contrato
(de PPP) não aumenta nem diminui o papel das agências". Também foram levantados
questionamentos sobre as garantias oferecidas à iniciativa privada. A
preocupação com os marcos regulatórios para evitar insegurança dos empreendedores
é outra tônica do debate. O projeto já recebeu mais de 100 emendas até
ontem., Paulo Bernardo disse que algumas ponderações feitas são sensatas
e serão examinadas. (Valor - 29.01.2004) 13 Copom reduz projeção de alta de energia em 2004 para 6,8% O Copom
espera para 2004 um reajuste de 6,8% nas tarifas residenciais de eletricidade.
A projeção é ligeiramente inferior à feita em dezembro, que era de 7,2%.
(Diário de Natal - 29.01.2004)
Empresas 1 Lessa : BNDES poderá entrar como sócio na Cemig O presidente
do BNDES, Carlos Lessa, admitiu ontem a possibilidade de o banco de fomento
entrar como sócio na Cemig. O consórcio SEB, formado pelas empresas Southern
Eletric, AES e pelo 524 Participações (fundo do Opportunity), comprou
30% das ações da companhia em 1997 e tem hoje uma dívida de US$ 700 milhões
com o banco. O presidente do BNDES contou que, até o momento, teve apenas
"conversas muito preliminares" com o governador de MG, Aécio Neves, sobre
o assunto. "Estou querendo saber com muita precisão a situação dos sócios
no exterior da Southern (hoje, Mirant), que é a empresa que é dona das
ações da Cemig", disse. Na avaliação dele, as negociações em torno da
Cemig serão bem mais complexas do que as do caso AES. "É uma situação
muito mais complicada do ponto de vista jurídico", resumiu, lembrando
que o contrato de concessão foi considerado lesivo pelo então governador
de Minas, Itamar Franco, e anulado com a aprovação da Assembléia Legislativa
mineira. Por causa disso, não seria possível resolver o problema por meio
de um contrato nos mesmos moldes do que foi assinado com a americana AES,
já que os sócios privados foram destituídos dos cargos que ocupavam na
empresa e entraram na Justiça. (Valor - 29.01.2004) 2 Acionistas minoritários da Cataguazes deverão entrar na justiça Cerca de 20 acionistas minoritários da distribuidora de energia Cataguazes-Leopoldina deverão entrar na Justiça para receber os dividendos de 2003, que estão depositados em juízo. A informação do diretor Financeiro da companhia, Maurício Botelho, foi dada em resposta ao comunicado do grupo americano Alliant em que afirma que outros 60 acionistas minoritários, incluindo a Fondelec (fundo de investimentos americano), estariam descontentes com a gestão e não querem receber os dividendos a serem pagos com reserva de capital. (Jornal do Brasil - 29.01.2004) 3 Copel renegocia dívida com a Cien A Copel
parcelará em cinco anos a dívida de R$ 315 milhões contraída com a Cien
de janeiro a agosto de 2003. A empresa pagará R$ 63 milhões por ano juntamente
com os 400 MW médios fornecidos à concessionária. As faturas de 2004 e
2005 chegarão a R$ 363 milhões e R$ 400 milhões, respectivamente. O diretor
de Finanças e Relações com Investidores, Ronald Ravedutti, informa que
o débito foi provisionado no balanço do ano passado. (Canal Energia -
29.01.2004) 4
Copel ganha prêmio de empresa de auditoria Carlos Lessa
garantiu que a AES fará, no sábado, o pagamento da parcela de US$ 90 milhões
acertada no acordo de renegociação da dívida. "Eles vão (depositar), porque
as duas condições que faltavam eram a aprovação pela Aneel e a aquiescência
do Banco Central, já ocorreram", explicou. (Valor - 29.01.2004)
Licitação A Celg licita
serviços de obras civis, eletromecânica e de telecomunicações, para ampliação
da subestação Acreúna, com fornecimento de todos os materiais e equipamentos.
O prazo para a realização das propostas termina em 16 de fevereiro. (Canal
Energia - 29.01.2004) A Eletronorte abre processo para serviços de engenharia para melhorias na rede de iluminação pública do campus universitário da UFMT, no município de Barra do Garças, Rondonópolis e Cuiabá, no Mato Grosso. O processo faz parte do Procel. O prazo vai até em 20 de fevereiro. (Canal Energia - 29.01.2004) A CEEE abre
licitação para a análise das condições operativas de 38 trasnformadores
da empresa. O prazo para o fechamento do processo encerra no dia 4 de
fevereiro. (Canal Energia - 29.01.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Nível de armazenamento do subsistema Norte chega a 37,31% Os reservatórios
do subsistema Norte registram 37,31% da capacidade, um aumento de 1,92%
em comparação com o dia 26 de janeiro. A usina de Tucuruí registra volume
de 50,67%. (Canal Energia - 28.01.2004) 2 Reservatórios do subsistema Nordeste registram 29,86% da capacidade A capacidade
de armazenamento do subsistema Nordeste chega a 29,86%. O volume fica
0,46% abaixo da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo
de 1,37% em um dia. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta índice de 23,17%.(Canal
Energia - 28.01.2004) 3 Capacidade de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste chega a 45,08% O volume
armazenado no subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 45,08%, ficando
20,6% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um aumento
de 0,96% em um dia. As hidrelétricas de Nova Ponte e Emborcação registram
índice de 35,34% e 46,01%, respectivamente. (Canal Energia - 28.01.2004) 4
Volume armazenado no subsistema Sul está em 82,86%
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras vai investir US$ 1 bi para desenvolvimento do mercado brasileiro de gás A Petrobras pretende investir US$ 1 bilhão até 2007 no desenvolvimento do mercado de gás brasileiro. Segundo o diretor financeiro da estatal, José Gabrielli, os recursos serão concentrados em projetos para a interligação de redes. ''Os nossos investimentos serão em gasodutos, políticas de expansão e projetos para viabilizar o gás como fonte energética e não elétrica'', disse. Gabrielli afirmou que a estatal poderá fazer investimentos adicionais em gasodutos que façam a interligação entre as regiões Sudeste e Nordeste. ''A intenção é criar um anel nacional de gasodutos e diversificar os distribuidores de gás'', disse Gabrielli, lembrando que a Petrobras tem um grande volume de gás a ser explorado, além da alternativa de abastecer o mercado local por meio do gasoduto Brasil-Bolívia. (Jornal do Commercio - 29.01.2004) 2 Sauer: Mercado brasileiro de gás pode chegar aos 100 mi de metros cúbicos diários em 2010 O diretor
de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse que o mercado brasileiro
de gás pode chagar aos 100 milhões de metros cúbicos por dia em 2010.
Em 2003, o consumo médio de gás no Brasil foi de cerca de 27 milhões de
metros cúbicos por dia. "Em 2010, haverá predomínio da produção na Bacia
de Santos, mas a Bolívia terá participação importante no fornecimento
do produto", disse Sauer. O Brasil consumiu no ano passado pouco menos
de 14 milhões de metros cúbicos por dia do gás originado na Bolívia. Em
2010, esse consumo pode até superar o volume contratado se o preço for
competitivo, admitiu Sauer. (Jornal do Commercio - 29.01.2004) 3 Petrobras deve paralisar investimentos em termoelétricas A Petrobras
pretende paralisar os investimentos em usinas termelétricas, segundo o
diretor financeiro da estatal, José Gabrielli. A decisão faz parte da
estratégia da empresa, que quer priorizar os investimentos em distribuição
de gás natural. Só neste ano, a estatal estima perder R$ 1,4 bilhão por
conta dos investimentos já realizados e que não deram o retorno esperado.
O valor, inclusive, já foi contabilizado como provisão no balanço. Gabrielli
informou que a decisão não está relacionada com a criação de novo modelo
para o setor de energia, proposto pelas duas MPs que estão sendo estudas
no Congresso. ''O que inviabilizou os investimentos no setor de térmicas
foi a forte queda na demanda nos últimos anos. A nossa posição é de que
não se invista mais nessa área'', disse. Apesar da decisão, a empresa
continuará tendo perdas nessa área pois é obrigada a garantir a compra
de energia de usinas térmicas que atualmente não geram nenhum MW de energia
ou têm sua capacidade subutilizada. (Jornal do Commercio - 29.01.2004) 4 Petrobras quer definição do Governo do RJ sobre projeto de gasoduto A Petrobras
cobrou uma definição imediata do governo do Rio de Janeiro, que vem resistindo
ao Plano Diretor de Escoamento e Tratamento de óleo da Bacia de Campos
(PDET), um projeto de R$ 4,65 bilhões através do qual a estatal pretende
escoar 640 mil barris de petróleo por dia produzidos em alto mar por dutos
marítimos e terrestres até São Paulo, abastecendo também refinarias do
Rio e Minas. O diretor da área de Serviços da Petrobras, Renato Duque,
cobrou uma definição rápida do governo do Estado até março dizendo que
caso o projeto não seja aprovado até lá, a companhia terá que rever seus
projetos, incluindo alterar a plataforma P-51 e o projeto da P-52, tendo
eventualmente que transferir investimentos para o Espírito Santo e São
Paulo. Segundo ele, sem o projeto, a Petrobras terá que rever alguns programas,
incluindo algumas plataformas, o que vai atrasar as metas de produção
e de auto-suficiência previstas para 2006/2007, quando se prevê que a
produção estará em 2,220 milhões de barris ao dia. Duque estimou que cada
mês de atraso na entrada de produção das plataformas (caso precisem de
novo projeto) representará atraso de R$ 200 milhões por mês na receita
de royalties destinados ao Estado e os municípios. (Valor - 29.01.2004) 5 RJ alega preocupações ambientais para o atraso na decisão O governo do Rio tem resistido ao oleoduto, manifestando preocupações ambientais já que o oleoduto vai atravessar 37 municípios (19 no Estado), 100 rios e 17 Áreas de Proteção Ambiental. Recentemente foi aprovada lei que cobra 60% de ICMS para produtos e equipamentos destinados à construção e manutenção de oleodutos, medida para dificultar o PDET e incentivar uma refinaria no Estado. "O Rio produz 83% do petróleo nacional e só refina 12%. Esse petróleo vai acabar dentro de algumas décadas e queremos um projeto permanente de desenvolvimento no Norte Fluminense, para que não vire uma Serra Pelada", diz o secretário de Energia e Petróleo, Wagner Victer. (Valor - 29.01.2004) 6 Oleoduto será financiado por uma SPE A Petrobras informou os oleodutos será financiados por intermédio de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) que tem como sócios as japonesas Mitsubishi, Mitsui e um consórcio de bancos. A SPE será financiada pelo JBIC (banco de fomento do governo japonês) e a engenharia e construção ficarão a cargo Toyo, que convidou quatro brasileiras para construir a parte terrestre do oleoduto: Norberto Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa e Etesco. Nas licitações para a plataforma de rebombeio os vencedores são Techint (para jaquetas e estacas), Rolls Royce e Mauá Jurong (geração) e Sulzer (bombas). (Valor - 29.01.2004) 7 Steag avalia encerramento de operações no país Responsável por um dos maiores projetos de investimento no RS, no valor de US$ 800 milhões, a alemã Steag está preocupada com as indefinições do novo modelo do setor elétrico. Para garantir a construção da usina a carvão Seival, o grupo precisa de financiamento bancário, que exige garantias não-disponíveis até agora. O presidente da Steag do Brasil e vice-presidente mundial para Europa e América Latina, o alemão Artur Wehrun, esteve em Porto Alegre para uma audiência com o governador Germano Rigotto. Satisfeito com o apoio dado no âmbito estadual, Wehrun disse estar "preocupado" com as chances do projeto gaúcho. Além de Seival, o grupo negocia uma fórmula para garantir a conclusão da usina de Candiota 3 e planeja uma usina a gás na Paraíba. (Zero Hora - 29.01.2004)
Grandes Consumidores 1 Governo não elimina tributo de importação O governo
desistiu de intervir da queda-de-braço entre os consumidores e produtores
de aço e zerar a alíquota de importação do produto para evitar o aumento
dos preços no mercado interno. A medida chegou a ser cogitada no fim do
ano passado, mas o governo concluiu que o seu efeito seria inócuo. A redução
da alíquota, no momento atual, não resolve o problema do preço do aço
no mercado interno, disse o secretário de Acompanhamento de Preços do
Ministério da Fazenda, José Tavares. A medida tem sido defendida de forma
veemente pelos grandes usuários do aço no Brasil. (Gazeta do Povo - 29.01.2004) 2 CVRD anuncia investimentos de US$ 1,815 bi em 2004 A Cia. Vale
do Rio Doce anunciou, em comunicado ao mercado, que tem plano de investir
US$ 1,815 bilhão neste ano. Os recursos serão gastos no crescimento da
produção - em torno de US$ 1,2 bilhão, principalmente de minério de ferro
-, e nos atuais negócios os demais US$ 613 milhões. Serão alocados US$
1,14 bilhão para novos projetos e à ampliação da capacidade de operações
existentes. Entre os negócios priorizados estão minério de ferro, bauxita,
alumina, potássio, conclusão do primeiro projeto de cobre - o da mina
de Sossego, que entra em operação até meados do ano - e início de desenvolvimento
do segundo, denominado 118, além da geração de energia elétrica e da da
área de logística, com aquisição de vagões e locomotivas para o transporte
de minério de ferro e cargas gerais. A empresa informa que os projetos
em desenvolvimento vão adicionar à atual capacidade de produção da Vale,
nos próximos anos, 73 milhões de toneladas de minério de ferro, 4,5 milhões
de bauxita, 1,8 milhão de alumina, 250 mil de potássio e 185 mil toneladas
de cobre. Duas hidrelétricas, Candonga e Aimorés, ficarão prontas com
geração de 119 MW à companhia. (Valor - 29.01.2004) 3 CVRD anuncia pagamento de dividendos para acionistas A CVRD anunciou
também que submeterá à aprovação do conselho de administração proposta
para pagamento de dividendos mínimos aos acionistas neste ano no montante
de US$ 550 milhões. Esse valor corresponderá a US$ 1,43 por ação ordinária
ou preferencial. A proposta é fazer o pagamento em duas parcelas: 30 de
abril e 29 de outubro. Segundo a direção da mineradora, a geração de caixa
da empresa esperada para 2004 os dispêndios tantos com os investimentos
quanto com o pagamento de dividendos mínimos são compatíveis com "a preservação
de níveis prudentes de alavancagem financeira e cobertura do pagamento
de juros". E que os investimentos nos projetos de expansão deverão gerar
expressiva valor aos acionistas. (Valor - 29.01.2004) 4 Gerdau prevê crescimento na demanda doméstica Ao contrário
de 2003, quando sofreram baque de 12,9% em volume, as vendas no mercado
interno devem puxar a produção da Gerdau neste ano. Segundo Frederico
Gerdau Johanppeter, a demanda doméstica deverá crescer em torno de 12%
em 2004, estimulada por uma expansão de até 5% no PIB do país. No total,
o conglomerado estima vendas da ordem de 13 milhões de toneladas em todo
o mundo, ante 12,1 milhões no ano passado. Se a previsão se confirmar,
a Gerdau venderá 400 mil toneladas a mais no mercado brasileiro em 2004,
chegando a 3,8 milhões. As exportações a partir do Brasil tendem a se
manter no nível de 3,2 milhões de toneladas porque o grupo prioriza o
atendimento dos clientes domésticos, mas o mix dos produtos embarcados
deve migrar para bens de maior valor agregado. Na América do Norte, estima-se
que as vendas vão crescer de 5,1 milhões para 5,5 milhões. Já as usinas
da Argentina, Chile e Uruguai devem avançar de 416 mil para 450 mil toneladas.
(Valor - 29.01.2004) 5 IBS reduz projeções para venda de aço no mercado interno O Instituto
Brasileiro de Siderurgia (IBS) reduziu suas projeções para as vendas de
aço no mercado interno em 2004. A entidade projeta vendas de 16,7 milhões
de toneladas no mercado doméstico neste ano, o que significará aumento
de 8,9% sobre 2003. Pela projeção anterior, de dezembro, o IBS estimava
a comercialização interna de 17,5 milhões de toneladas, com alta de 14,4%.
O presidente do IBS, José Armando de Figueiredo Campos, reconheceu que
o instituto super-dimensionou os dados, que eram preliminares e não embutiam
as estimativas de demanda dos setores consumidores de aço. Ele negou,
porém, que a reavaliação reflita uma mudança para pior nas perspectivas
da indústria siderúrgica para a economia brasileira em 2004. O cenário
projetado pelo IBS considera crescimento entre 3% e 3,5% para o PIB neste
ano; inflação, medida pelo IPCA, entre 6% e 8%; câmbio, em 31 de dezembro,
entre R$ 3 e R$ 3,20, e uma taxa Selic entre 14% e 16% no fim do ano.
(Valor - 29.01.2004) 6 IBS: Produção de aço bruto deve crescer 4% em 2004 O conselho diretor do IBS reuniu-se ontem e avaliou os números definitivos do setor em 2003 e as projeções revistas para 2004. A produção de aço bruto deverá crescer 4% neste ano em relação a 2003, totalizando 32,3 milhões de toneladas. As exportações devem cair 5,7%, somando 12,2 milhões de toneladas e garantindo uma receita de US$ 3,5 bilhões. Já o consumo aparente, que representa as vendas internas mais a importação, deve totalizar 17,5 milhões de toneladas, com aumento de 10,2% sobre 2003. Campo disse que a siderurgia trabalha com um nível de ocupação de 92% e que, frente à impossibilidade de aumentar a produção a curto prazo, o aumento da demanda no mercado interno terá de ser compensado com a redução das exportações. (Valor - 29.01.2004) 7 Presidente do IBS: Preços do aço podem ter novo aumento José Armando de Figueiredo Campos sinalizou que a persistirem os aumentos de custos nos insumos e matérias primas haverá necessidade de outro reajuste de preços no aço. Ele não fixou prazos para o novo aumento, pois disse que isso depende de cada empresa e setor no qual ela trabalha. Segundo Campos, os aumentos médios entre 11% e 15% nos preços dos produtos siderúrgicos, que vêm sendo repassados aos clientes, ainda não embutem a alta de 18,62% no preço do minério de ferro anunciado pela Cia Vale do Rio Doce nas negociações com o grupo Arcelor. E voltou a afirmar que seria um erro o governo reduzir as alíquotas de importação do aço, como vem sendo estudado pois a medida seria inócua. (Valor - 29.01.2004) Economia Brasileira 1 FMI prevê crescimento de 3,5% para o país em 2004 O diretor de Relações Externas do FMI, Thomas Dawson, continua confiante na perspectiva de crescimento de 3,5% da economia brasileira este ano, apesar da interrupção da trajetória de queda nas taxas de juros. Perguntado ontem sobre a última decisão do BC, Dawson preferiu não opinar especificamente, mas afirmou que "as condições estão presentes" para que a previsão do mercado de crescimento de 3,5% do PIB neste ano se realize. "O impacto do corte de 10 pontos percentuais nos juros básicos ocorrido na segunda metade de 2003 está começando a ser sentido agora pela economia. A produção industrial e as condições do mercado de trabalho estão melhorando. A expectativa de mercado é de crescimento de 3,5%, e acreditamos que as condições estão presentes para que isso aconteça", disse Dawson. (Valor - 29.01.2004) 2 Palocci: Crescimento já começou O ministro Palocci reiterou que os empresários não precisam esperar novas condições macroeconômicas para crescer e devem investir na produção, porque a demanda vai aumentar. "O crescimento já começou, quem não perceber fica para trás", afirmou Palocci. O presidente da Fiesp disse que pediu a Palocci para que "incorpore a variável política, sem esquecer a parte técnica", notando que o ajuste feito pelo governo do PT "foi mais forte do que devia" e desde maio já poderia ter flexibilizado a política econômica. Para Piva, este ano de 2004 é quando o governo Lula "tem de fato de mostrar a que veio". Para o ministro, o importante neste momento é que as empresas utilizem os ganhos obtidos pela política econômica do ano passado e de fato investir na produção, porque o crescimento econômico está ocorrendo forte no Brasil, o país vai ser demandado tanto no plano interno como externo e essa demanda vai colocar à prova a competitividade brasileira. (Valor - 29.01.2004) 3 Estudo da FGV prevê aumentos em 43% das indústrias O último relatório da Sondagem da Indústria de Transformação, organizada pela FGV, mostra que 43% das empresas indicaram intenção de aumentar os preços no primeiro trimestre. É o maior índice desde janeiro de 2003, quando, no primeiro mês do governo Lula, 50% previam reajuste. Na última sondagem, 25% das companhias tinham planos de elevar os preços entre outubro e dezembro. De acordo com a FGV, a pressão por reajustes indica a possibilidade de ocorrer uma disputa entre a indústria e seus clientes no mercado interno, uma vez que o crescimento da demanda tem sido lento e insuficiente para assimilar grandes aumentos de preços. As demandas por reajuste são mais fortes nas indústrias dos setores petroquímico, metalúrgico e de matérias plásticas. (Jornal do Commercio - 29.01.2004) 4
Governo lutará contra ajustes de preços 5 Petros investirá R$ 500 mi em infra-estrutura A Fundação
Petros, fundo de pensão da Petrobras, deverá investir R$ 500 milhões em
2004 em projetos de infra-estrutura, informou ontem o presidente da fundação,
Wagner Pinheiro. "Teríamos capacidade de investir até R$ 2 bilhões, mas
em função do tempo e de outros condicionantes, deveremos investir apenas
um quarto disso", afirmou Pinheiro. Pinheiro disse ver "com bons olhos"
os fundos de recebíveis de empresas como alternativas de investimentos
e considerou possível a Petros vir a aplicar recursos nesses fundos. O
presidente da Petros também criticou o alto spread bancário, uma das dificuldades
para investimentos no setor elétrico. (Jornal do Commercio - 29.01.2004) O IPCA-15
subiu para 0,68% em janeiro, segundo o IBGE. Em dezembro, o índice havia
registrado alta de 0,46%. O IPCA-15 é um indicador de como deverá ficar
a inflação oficial do país, o IPCA. Em janeiro, o índice subiu mais devido,
principalmente, ao aumento de 0,91% no custo da tarifa de energia elétrica.
(Valor - 29.01.2004) O mau humor contaminou o mercado financeiro brasileiro, que fechou a manhã de hoje registrando desvalorização dos ativos nacionais. O dólar comercial encerrou o período cotado a R$ 2,935 na compra e R$ 2,936 na venda, com valorização de 1,38%. Ontem, o dólar comercial subiu 0,90% e encerrou o dia a R$ 2,8940 na compra e a R$ 2,8960 na venda. Esta é a maior cotação do ano. (O Globo On Line e Valor Online - 29.01.2004)
Internacional 1 Enron não recebe oferta competitiva para compra da Portland General Elecrtic Nenhum lance
competitivo foi submetido até o prazo final estabelecido pela Corte de
Falências dos EUA, em Nova York, para a compra da Portland General Electric,
seguindo os procedimentos de reestruturação da falida Enron. Desta forma
a única oferta qualificada para a compra da companhia fica sendo a do
consórcio liderado pelo Texas Pacific Group, que submeteu uma proposta
de US$ 2,5 bilhões. No dia 5 de fevereiro está prevista a decisão do Juiz
Arthur Gonzalez, que decidirá se aprova ou não a venda da Portland General
Elecrtic. O Conselho de Diretores da Enron já havia aprovado a venda,
tendo o apoio do comitê de credores da Enron. A Corte de Falência resolveu
conduzir o leilão para tentar conseguir ofertas de compra com valores
superiores aquele apresentado pelo Texas Pacific Group. (Platts - 28.01.2004) 2 Produção de gás da Gazprom tem aumento de 3,5% em 2003 A Gazprom,
monopólio de gás da Rússia, aumentou sua produção total em cerca de 3,5%,
ou 18,3 bilhões de metros cúbicos de gás, em 2003, chegando a um total
produzido de 520,3 bilhões de metros cúbicos. As informações constam do
relatório preliminar sobre os resultados da empresa no último exercício.
(Platts - 28.01.2004) 3 Gazprom estima lucro de US$ 7,17 bi em 2003 Segundo a Gaszprom, o lucro previsto para a empresa em 2003 provavelmente atingirá o montante de US$ 7,17 bilhões, o maior de todos os tempos da companhia de gás russa. A Gazrpom exportou 133,5 bilhões de metros cúbicos de gás para a Europa em 2003, 4,9 bilhões de m3 a mais do que o registrado em 2002. O gás exportado para repúblicas da antiga União Soviética, especialmente Ucrânia e Bielorússia, aumentou 500 milhões de metros cúbicos, atingindo o montante total exportado de 42,8 bilhões de metros cúbicos. A Gazprom supriu os consumidores domésticos com 294,8 bilhões de metros cúbicos de gás, ou 54,6% de sua produção total de 2003. (Platts - 28.01.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|