l IFE:
nº 1.278 - 28 de janeiro de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Governo finaliza análise de emendas propostas O governo
finalizou ontem as bases do novo modelo do setor elétrico. As medidas
provisórias que tratam do tema devem ser aprovadas pela Câmara dos Deputados
hoje. Fernando Ferro (PT-PE), relator da MP 144, acatou 120 emendas de
um total de 766 apresentadas ao texto original. Dentre os pontos amarrados
entre o relator e os deputados que apresentaram emendas estão prazos maiores
de transição para o novo modelo de alguns dos pontos mais polêmicos. As
empresas ganharam mais um ano, no mínimo, para manter regras como a auto-contratação
e a verticalização, que beneficia as estatais Copel e Cemig, que ainda
têm sob o mesmo grupo as áreas de geração, transmissão e distribuição.
(Valor - 28.01.2004) 2 Prazo maior para a renegociação de contratos entre agentes Também foi
dado no relatório de Fernando Ferro um prazo maior para a renegociação
de contratos entre comercializadores, consumidores livres, grandes consumidores
e auto-produtores junto às empresas de geração. Os encargos setoriais
de um consumidor cativo se manterão mesmo se ele resolver se tornar livre,
de acordo com o relatório, ponto que desagradou as comercializadoras mas
beneficiou as distribuidoras. Foi acordada ontem com o deputado Eliseu
Resende (PFL-MG) mudanças na redação do texto final que traçará com maior
clareza as atribuições dos órgãos do setor como o ONS; a Aneel e da CCEE.
(Valor - 28.01.2004) 3 EPE será uma empresa completamente estatal O relatório
da MP que cria a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), estatal que irá
cuidar do planejamento do setor, foi concluído ontem. Assim como Furnas,
Eletrobrás e Petrobras, a nova estatal terá escritório central no Rio
de Janeiro. A mudança foi incluída em emenda aceita pelo relator, deputado
Salvador Zimbaldi (PTB-SP). A nova empresa será completamente estatal,
e não uma empresa que permita participação por meio de cotas. Segundo
o deputado, essa modificação foi necessária para evitar que empresas com
interesses no setor participassem dos estudos técnicos que irão definir
os projetos que serão licitados. Também ficou definido que os grupos empresariais
que forem construir os projetos elaborados pela EPE terão que pagar os
custos da elaboração dos estudos para a estatal. De acordo com Zimbaldi
esse custo não será repassado para a tarifa dos consumidores. (Folha de
São Paulo - 28.01.2004) 4
CNI lidera manifesto contra propostas do novo modelo 5 Dilma rebate criticas ao Novo Modelo A ministra
Dilma rebateu mais uma vez as críticas de que o novo modelo seja estatizante
e desestimule o investimento privado. Ela disse que o planejamento do
setor elétrico, que está sendo retomado com as novas regras, permitirá
aos investidores do setor que venham ao Brasil saber onde investir. Eles
ainda teriam, de acordo com a ministra, a vantagem de contar com contrato
de longo prazo. Dilma disse ainda que a reestruturação de alguns órgãos
não é estatização, mas a definição de atribuições para que eles saiam
fortalecidos no papel que têm a desempenhar. (Jornal do Commercio - 28.01.2004) 6 Dilma: Nova política tarifária beneficia o consumidor Dilma Rousseff
garantiu que o consumidor será beneficiado com a nova política de tarifas,
que evitará uma explosão causada pelo sistema atualmente em vigor e pela
redução do risco de apagão com a facilidade para novos investimentos no
setor. "Ele (consumidor) ganha porque nós desmontamos a bomba da explosão
tarifária. Estava em curso uma lógica que levava a tarifas cada vez maiores.
Nós sustamos essa lógica. Licitação era para quem pagava mais e não quem
pagava menos. Ou seja, uma licitação por maior tarifa. Nós fazemos por
menor tarifa. As transações entre distribuidores e geradores têm que ser
transparentes, pois não é possível comprar a um preço elevado e passar
na ponta para o consumidor", disse Dilma. (Jornal do Commercio - 28.01.2004) 7 Dilma garante que novo modelo garante igualdade para as indústrias A ministra Dilma afirmou que o novo modelo do setor elétrico estabelecerá uma política igualitária para as indústrias. Ela criticou as empresas que tentam conseguir preços melhores ameaçando sair do país. "As tarifas serão as mais baixas possíveis", disse a ministra. Segundo ela, o preço da energia elétrica próximo de US$ 20 o MWh para os grandes consumidores é um patamar competitivo. Ela informou que a média mundial gira em torno de US$ 67. A ministra afirmou que o patamar praticado anteriormente, quando as tarifas chegavam a US$ 11 o MWh, não é realista. Dilma diz que uma indústria não pode ter uma produção competitiva baseada num grau de subsídio exagerado. Ela não acredita que o setor elétrico vire um obstáculo para novos investimentos na área de mineração. (Canal Energia - 27.01.2004) 8
Comissão analisa MPs sobre quadro funcional das agências 9 Auditoria ambiental periódica para projetos com impacto ambiental A auditoria
ambiental periódica nos projetos realizados cujas atividades causem impacto
ambiental pode se tornar obrigatória, caso seja aprovado o projeto de
Lei 1834/03 que tramita na Câmara dos Deputados. O objetivo do projeto,
do deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), é verificar o cumprimento
da legislação, normas e técnicas destinadas à proteção do meio ambiente.
O projeto está sob exame da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente
e Minorias e prevê que o Conselho Nacional do Meio Ambiente fixe normas,
procedimentos e periodicidade de realização da auditoria ambiental, além
de definição de qualificações mínimas exigidas dos auditores e obrigatoriedade
de inclusão de plano de ações corretivas de irregularidades. (Canal Energia
- 27.01.2004)
Empresas 1 Projeto de conversão que altera MP 144 retira empresas do Grupo Eletrobrás do PND As empresas
do grupo Eletrobrás - Furnas, Chesf e Eletronorte - vão sair do PND (Programa
Nacional de Desestatização). A mudança constará do projeto de conversão
que altera a MP 144, que regulamenta o setor elétrico, em emenda aceita
pelo deputado Fernando Ferro (PT-PE), relator da medida. O governo já
havia declarado que não tinha intenção de privatizar as geradoras federais,
mas, até o momento, ainda não havia retirado formalmente as estatais do
setor do PND. Ao comentar a retirada das estatais do PND, Fernando Ferro
disse, no entanto, que continuará em 49% o limite de participação dessas
empresas em consórcios com investidores privados. Mas elas poderão assumir
integralmente novos empreendimentos. Segundo ele, na fase de transição
para o novo modelo, haverá autorização para que os contratos de concessão
de geração sejam prorrogados por 20 anos, sendo proibido o adiamento das
novas concessões. (Folha de São Paulo e Jornal do Comércio-AM - 28.01.2004) 2 Presidente da Chesf: Investimentos poderão ser realizados sem que sejam considerados como gastos Para o presidente da Chesf, Dilton da Conti, a retirada das empresas federais do PND vai permitir que a estatal busque parceiros para investir em geração e transmissão ou que esses investimentos sejam feitos com recursos próprios, sem serem considerados como gastos, como ocorria no PND. Nesse programa, as empresas estatais do setor precisavam fazer uma solicitação ao Conselho Nacional de Desenvolvimento (CND) para participar de uma licitação minoritariamente. (Jornal do Comércio-AM - 28.01.2004) 3 Copel poderá continuar com o self-dealing apenas durante o período de transição O relatório
da MP 144, segundo Fernando Ferro, permitirá à Copel continuar com auto-contratação
apenas no período de transição, "para não permitir a contestação jurídica
do modelo por outras empresas com o mesmo interesse". Ontem, o relator
disse que conversaria a respeito da desverticalização e da auto-contratação
da Copel com Requião. (Valor - 28.01.2004) 4
Eletrosul poderá voltar a investir em geração 5 Cataguazes-Leopoldina decide tornar público problema com a Alliant A família
Botelho resolveu adotar a mesma estratégia do seu sócio na Cataguazes-Leopoldina,
a americana Alliant, na briga cada vez mais pública entre os dois. Maurício
Botelho, diretor financeiro e de relações com o mercado da Cataguazes-Leopoldina
prepara uma carta, a ser publicada amanhã, na qual responde as acusações
dos acionistas estrangeiros. "Eles querem é fazer uma perturbação de controle
para negociar alguma coisa em benefício deles. Até porque o CEO da Alliant
lá fora já declarou várias vezes que quer sair do Brasil e que não vai
mais colocar dinheiro aqui", disse Botelho. (Valor - 28.01.2004) 6 Prefeituras alagoanas devem cerca de R$ 12 mi para a Ceal Cerca de
80% das prefeituras alagoanas devem à Ceal e, desse total, 34 estão incluídas
no Cadastro de Inadimplência (Cadim) do governo federal. O valor dos débitos
soma cerca de R$ 12 milhões, segundo informou o superintendente de Gestão
de Receita da Ceal, Roberval Félix. A energia dos municípios devedores
ainda não foi cortada por força de liminares. As prefeituras incluídas
no Cadim não podem receber recursos do governo federal, para programas
como Luz no Campo e Reluz. Por causa desse impedimento é que os prefeitos
se reuniram, esta semana, na sede da Associação dos Municípios Alagoanos
(AMA), para tentar uma solução para o problema. A AMA propôs que o governo
desconte 3% do ICMS, repassado aos municípios, para o pagamento desses
débitos. Isso resolveria o problema de 96 municípios, que saldarão suas
dívidas com a Ceal num prazo razoável. As demais prefeituras, com débito
mais elevado, descontariam um percentual maior do ICMS. Roberval Félix
disse que a Ceal está otimista com essa negociação. (A Gazeta de Alagoas
- 28.01.2004) 7 Ceal operar no vermelho em função da inadimplência dos seus clientes De posse
de liminares que impedem o corte do serviço, grandes consumidores de energia
de Alagoas protelam o pagamento da conta de luz. A Ceal espera receber
mais de R$ 110 milhões dos inadimplentes. A lista inclui prefeituras,
órgãos públicos estaduais e federais, grandes e pequenas empresas e pessoas
físicas. Conforme o presidente da Ceal, Joaquim Brito, o serviço público
também tem inadimplentes estaduais (Detran e Assembléia Legislativa) e
federais (Codevasf e Funai). O alívio é que o maior cliente da empresa
- a Companhia de Abastecimento D'Água e Saneamento de Alagoas (Casal)
- com consumo mensal estimado em R$ 1,8 milhão, voltou a pagar. A Ceal
enfrenta dificuldades de caixa. A empresa fatura cerca de R$ 40 milhões
mensais. Mas só recebe entre R$ 34 milhões e R$ 35 milhões, estimou Joaquim
Brito. "Com uma inadimplência acima de 10%, enfrentamos dificuldades.
Hoje, operamos com uma conta garantida, que funciona como um cheque especial,
de R$ 15 milhões", resumiu. (A Gazeta de Alagoas - 28.01.2004) 8 Governo de SC articula defesa para Celesc no caso do apagão O governo
de Santa Catarina, aliado aos representantes do estado no Congresso Nacional,
já se mobiliza para evitar que a Celesc seja multada por causa do apagão
de outubro de 2003, em Florianópolis. O movimento está sendo liderado
pelo secretário estadual da Articulação Nacional, Valdir Colatto, que
vem trabalhando em conjunto com o Fórum Parlamentar Catarinense, formado
por deputados e senadores de Santa Catarina. O secretário se reuniu na
semana passada com deputados do estado, em Brasília, para traçar estratégias
que serão postas em prática ao longo desta semana, visando a defesa da
concessionária. (Canal Energia - 27.01.2004) 9 Cemig não acredita que dívida da SEB prejudique captações com BNDES O presidente do Conselho de Administração da Cemig (MG), Wilson Brumer, não acredita que a dívida de US$ 700 milhões da Southern Eletric Brasil (SEB) crie impedimento para a empresa captar financiamentos com o BNDES. Brumer descarta qualquer participação do governo mineiro na disputa entre a SEB e o BNDES. Segundo ele, a única restrição para obtenção de financiamento é o nível de alavancagem do BNDES, que está sendo sanado. (Canal Energia - 27.01.2004) 10 Comerc conclui negociação de 19 MW para três consumidores de SP e SC A Comerc
negociou a venda de 19 MW para três grandes consumidores de São Paulo
e Santa Catarina no leilão de energia. Segundo Cristopher Vlavianos, sócio
da comercializadora, em relação ao preço inicial estabelecido na primeira
fase do leilão, a queda no valor fechado ficou entre 20% a 25%. "O resultado
do leilão foi muito bom. Tivemos quase sete horas de negociação e ambas
as partes saíram satisfeitas (geradores e clientes)", avalia Vlavianos.
O executivo destaca a transparência da negociação e o constante aperfeiçoamento
do processo. (Canal Energia - 27.01.2004) 11 Coelba inicia pagamento de juros sobre capital A Coelba inicia o pagamento dos juros sobre o capital próprio para os acionistas. O valor pelo lote de mil ações, referente ao ano passado, chega a R$ 3,48 para ordinárias e R$ 3,83 para preferenciais. (Canal Energia - 27.01.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Chuvas afastam risco de racionamento de energia no Nordeste A região
Nordeste pode ficar tranqüila em relação a uma crise de abastecimento
de energia por enquanto. As chuvas que vêm caindo nos últimos dias ajudaram
a elevar bastante o nível dos reservatórios e a tendência agora é o volume
de água volte a subir. Segundo o último boletim do ONS, o nível dos reservatórios
estava 1,41% abaixo da curva de aversão, mas, mesmo assim, nenhuma das
térmicas movida a óleo diesel foi ativada anteontem. Isso porque a quantidade
de água que entra nos reservatórios é bem maior do que a que está saindo.
Em Sobradinho, principal reservatório nordestino, a afluência está em
4,7 mil metros cúbicos por segundo, o que significa que a entrada de água
é quatro vezes maior do que o volume que está saindo para geração de energia.
"A situação está melhorando. A tendência de subida somado ao fato de o
despacho das emergenciais ter sido zero são ótimos indicativos", observa
o assessor da presidência da Ceal, Vladimir Abreu. (O Jornal - AL - 28.01.2004) 2 ONS suspende mais uma vez despacho de termoelétricas emergenciais O ONS suspendeu
mais uma vez, desde o início da semana, o despacho das termelétricas emergenciais
programadas para gerar energia na região Nordeste. De acordo com a assessoria
de imprensa do órgão, as fortes chuvas que vêm caindo na Bacia do São
Francisco aliado ao baixo consumo de energia na região permitiram o desligamento
das térmicas. O consumo no Nordeste caiu 7% nos últimos sete dias, registrando
uma média de 5.928 MW. Segundo o ONS, o despacho das usinas emergenciais
movidas a óleo pode ser retomado a qualquer momento. Semanalmente, o órgão
faz um balanço da situação energética no País às sextas-feiras. (Diário
do Nordeste - CE - 28.01.2004) 3 Armazenamento do subsistema Nordeste está em 28,49% Ontem, os
reservatórios no Nordeste registraram 28,49% da capacidade. Isso significa
1,41% abaixo da curva de aversão ao risco. Por conta das chuvas, o armazenamento
na região cresceu 1,42% em um dia, com o principal reservatório da região,
a usina de Sobradinho, apresentando volume de 22,97%. (Diário do Nordeste
- CE - 28.01.2004) 4
Subsistema Norte apresenta 35,39% da capacidade 5 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 44,12% da capacidade A capacidade
de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 44,12%, volume
19,77% acima da curva de aversão ao risco. O índice teve um aumento de
0,73%. As hidrelétricas de Furnas e Emborcação apresentam índice de 67,02%
e 45,13%, respectivamente. (Canal Energia - 27.01.2004) 6 Capacidade de armazenamento do subsistema Sul chega a 83,29% O subsistema Sul apresenta 83,29% da capacidade, uma queda de 0,28%. A hidrelétrica de Salto Santiago registra volume de 88,33%. (Canal Energia - 27.01.2004)
Gás e Termoelétricas 1 Dilma: Bolívia tem interesse em projeto de pólo gás-químico A ministra Dilma disse que o Governo boliviano demonstrou interesse no projeto brasileiro de construção conjunta de um pólo gás-químico na fronteira entre os dois países. Dilma esteve sábado na Bolívia para apresentar a proposta ao Governo daquele país. O projeto, que ainda está sendo elaborado pela Petrobras, prevê a produção de GLP, fertilizantes e produtos petroquímicos. "O projeto tem a perfeita adequação aos objetivos bolivianos e brasileiros", afirmou a ministra. Segundo Dilma, a Bolívia possui um papel estratégico na questão energética do Mercosul. "Em qualquer hipótese, a ampliação das nossas relações bilaterais passa por um processo de aproveitamento desses recursos", disse Dilma. De acordo com ela, é necessário estimular uma discussão conjunta sobre o local de instalação do empreendimento - se em território boliviano ou brasileiro e sobre o cronograma de um eventual projeto. (Jornal do Commercio - 28.01.2004) 2 MPX estuda térmica em Corumbá Apesar dos
problemas de fornecimento de gás para a TermoCeará, fora de operação em
meio à crise de energia no Nordeste, o empresário Eike Batista, dono da
MPX Mineração e Energia, não perdeu o apetite pelo setor elétrico. Com
apoio do governo do Mato Grosso do Sul, Batista quer construir uma termelétrica
em Corumbá, com investimento previsto de US$ 125 milhões em três fases.
No total, Batista disse que tem US$ 500 milhões para investir em energia
no Brasil, em sociedade com a americana MDU Inc.. A usina terá capacidade
final de 172 MW e conclusão prevista para dezembro de 2006. O empresário
ressalta ainda o fato de a térmica estar localizada na ponta do sistema.
Assim, a usina pode ser usada para dar estabilidade na transmissão, gerando
mais do que uma térmica mercantil comum e ajudando a viabilizar o projeto.
Ele disse que esta convidando outros investidores, entre eles a Petrobras.
(Valor - 28.01.2004) 3 Usina em Corumbá pode ter MW com baixo custo Se construída
a usina da MPX, que já recebeu o nome provisório de TermoPantanal, será
a térmica com o MW mais barato do país. A térmica vai comprar gás diretamente
da Petrobras Bolívia (PEB), que sairá por US$ 1,40 a US$ 1,50 por milhão
de BTU. Já o gás das demais térmicas que entraram no Programa Prioritário
de Termeletricidade (PPT) é vendido no Brasil por cerca de US$ 2,72 por
milhão de BTU. O preço menor, segundo Batista, se deve ao contrato de
gás, que será do tipo com interrupções. Além disso, ele ressalta que a
usina não terá PPA, contrato que garante a compra da energia por um outro
agente. A redução do custo do gás para a TermoPantanal será possível porque
ele será despachado para o Brasil saindo do gasoduto da Gás Transboliviano
(GTB), que controla o trecho boliviano do Gasbol, diretamente para um
outro duto de menor porte de 33 quilômetros, que será construído especialmente
para levar esse gás até a fronteira com o Brasil sem passar pelo TBG.
(Valor - 28.01.2004) 4 Petrobras diz que falta análise jurídica para esta transação O projeto
para venda de gás boliviano para a TermoPantanal, a preço mais baixo do
que o das térmicas do PPT, ainda não é consenso na diretoria da Petrobras,
que pode até vir a se tornar sócia no projeto. José Eduardo Dutra explicou
que ainda é necessária a análise jurídica dos contratos para saber se
a Petrobras Bolívia (PEB) pode assinar um acordo de fornecimento com a
MS Gás independentemente de outros contratos firmados pela Petrobras controladora.
(Valor - 28.01.2004) 5 RJ consumiu 500 mi de metros cúbicos de gás para geração de energia elétrica em 2003 O consumo de gás natural para geração de energia no Rio de Janeiro chegou a 500 milhões de metros cúbicos no ano passado. O fornecimento para os projetos térmicos representaram 19% do total distribuído pela CEG em 2003, quando o volume atingiu 2,6 milhões de metros cúbicos diários. O presidente da CEG, Daniel López Jordá, acredita que esse volume irá crescer de forma significativa em 2004. Ele conta que, com a entrada em operação das termelétricas Termorio (1.040 MW) e Norte Fluminense (780 MW), esse percentual poderá dobrar ou triplicar. "Depende do despacho das usinas pelo ONS", ressalva. O presidente informa que os contratos de take or pay e ship or pay assinados entre a CEG e as duas termelétricas chegam a R$ 24 milhões. Para o executivo, o montante é baixo se comparado ao contrato total, e serve para remunerar o investimento na infra-estrutura para abastecer as unidades. (Canal Energia - 28.01.2004) 6 Segmento de cogeração no RJ teve consumo de 60 mi de m3 de gás em 2003 O segmento de cogeração no estado do Rio de Janeiro consumiu 60 milhões de metros cúbicos de gás natural no ano passado. Atualmente, a CEG fornece o combustível para oito projetos. "Apesar de ser uma área interessante, o volume de vendas é pouco representativo", diz o presidente da CEG, Daniel López Jordá. Ele argumenta que há limitadores para expansão da cogeração no Brasil. "As regras para exportar energia elétrica que dificultam a viabilização de alguns projetos", explica. Ele cita a relação direta entre o preço do gás natural e o câmbio como um dos problemas. Apesar disso, o executivo confia no crescimento representativo do mercado de gás natural, principalmente após a descoberta da reserva do combustível na Bacia de Santos. (Canal Energia - 28.01.2004) 7 Tractebel e Kobltiz apresentam projeto para construção de termoelétrica A Tractebel e a Koblitz apresentaram pré-projeto a empresários de São Bento do Sul para instalação de usina termoelétrica mediante uso de biomassa e gás natural. O investimento deve ser de R$ 25 milhões. A iniciativa vai gerar 180 mil toneladas de biomassa por ano e 12 mil quilowatts. Industriais de São Bento do Sul vão conhecer trabalho semelhante já desenvolvido em Lages. O consumo de gás natural por parte das indústrias catarinenses aumentou 3,36% no ano passado comparativamente ao ano anterior. (A Notícia - SC - 28.01.2004)
Grandes Consumidores 1 CSN anuncia plano de investimentos Após avanços
e recuos em intensas negociações de incentivos fiscais com governos estaduais,
em especial o do Rio de Janeiro, que levaram pelo menos um ano, a CSN
anunciou ontem um polpudo pacote de investimentos que destaca um negócio
muito pouco explorado na empresa: o de mineração de ferro. Sob comando
de Benjamin Steinbruch, principal acionista, a CSN decide entrar em um
mercado cuja líder mundial é a Vale do Rio Doce, que atualmente é dona
no país de mais de 90% do minério destinado à vendas internas e ao exterior.
A fabricante de aços planos informou que seu conselho de administração
aprovou o aporte de US$ 850 milhões para elevar a produção de sua mina
de ferro, em Congonhas (MG), a 40 milhões de toneladas por ano e outros
projetos. (Valor - 28.01.2004) 2 CSN: Investimento estará concluído, no máximo, em três anos Segundo
o comunicado da empresa, o investimento estará concluído no prazo de dois
anos e meio, após a definição dos contratos para suas obras. O investimento
não pára na expansão de Casa de Pedra, considerada uma "pepita de ouro"
em poder da CSN. O pacote inclui uma usina de pelotas de ferro (minério
fino aglomerado) apta a produzir 6 milhões de toneladas/ano. Com isso,
agrega valor a um tipo de minério com baixo preço nesse mercado. Priorizar
a mineração de ferro, defrontando-se com a Vale, mostra a ousadia de Steinbruch.
Uma estimativa preliminar aponta receita adicional à companhia de US$
700 milhões a US$ 800 milhões. (Valor - 28.01.2004) 3 Alta das commodities beneficia Vale O cenário
para as empresas de mineração continua bastante positivo e, dentro desse
universo, a Vale do Rio Doce tem um perspectiva de crescimento bastante
expressiva, dizem os analistas de mercado. A companhia conseguiu recentemente
fechar contratos nos quais o preço do minério de ferro foi reajustado
em torno de 18%. A matéria prima é responsável por 65% da receita da companhia
que tem como principal cliente a China que, deve continuar demandando
minério de alta qualidade por um bom tempo. (Valor - 28.01.2004) 4 BNDES libera crédito para o grupo Suzano A Bahia
Sul Celulose S/A, do grupo Suzano, teve enquadrado pelo BNDES um crédito
de R$ 42 milhões para financiar projeto de adequação ambiental de sua
fábrica de celulose de Mucuri, na Bahia, com investimentos totais de R$
81,6 milhões. (Valor - 28.01.2004) Economia Brasileira 1 Atuação do BC força alta do dólar Por meio de dois leilões de compra de dólares, o BC forçou ontem um movimento de alta da moeda americana. Mais do que simplesmente cumprir o objetivo de ampliar as reservas internacionais num dia em que as forças de mercado se mostravam equilibradas, dispensando portanto intervenções de compra, o BC clarificou ontem ao mercado o real motivo da decisão tomada pelo Copom. A sinalização do BC da verdadeira justificativa para o congelamento do juro inverteu o humor de todos os segmentos. (Valor - 28.01.2004) 2 Pastore elogia medidas do BC O ex-presidente do BC, Affonso Celso Pastore avalia que está em curso uma recuperação "vigorosa" da atividade econômica, que justifica, em sua opinião, a decisão do Copom de interromper a trajetória de queda da Selic. Para Pastore, "o comportamento da demanda agregada gera o maior risco de perda de controle da inflação". O impacto favorável que a trajetória do câmbio poderia ter hoje sobre a inflação seria muito menor, afirma ele. A cautela do BC também se explicaria pela trajetória dos índices de preços e pela queda significativa das taxas de juros mais longas da economia. (Valor - 28.01.2004) 3 Pastore: Condições para a retomada do crescimento são evidentes Pastore frisa que a retomada é mais forte do que supõe a maior parte dos analistas. Ele destaca o comportamento da produção industrial, que, descontando fatores sazonais, "está atualmente acima de qualquer nível prévio". Entre junho e novembro de 2003, ela cresceu 7,2%. "A crítica feita a essas evidências por alguns é que elas não levam em consideração a estagnação que estaria ocorrendo na vendas no varejo de bens não duráveis de consumo", afirma ele. "Esses críticos aceitam que houve e está havendo um claro crescimento da produção de bens duráveis de consumo, de bens intermediários e de bens de capital, mas o atribuem apenas à queda das taxas reais de juros no financiamento aos consumidores e à depreciação do câmbio". Pastore diz ainda que o comportamento da inflação também recomendava cautela. O núcleo por médias aparadas do IPCA subiu de 0,56% em novembro para 0,72% em dezembro. (Valor - 28.01.2004) 4
Sobeet elogia política externa do governo Lula para atrair investimentos 5 Eletros: Vendas de eletroeletrônicos caem pelo 3º ano seguido As vendas
de produtos eletroeletrônicos tiveram em 2003 seu terceiro ano de queda
consecutiva. De acordo com balanço da Eletros (entidade representante
dos fabricantes do setor) as vendas caíram 2,25% no ano passado em comparação
com o mesmo período de 2002. A retração acumulada nos últimos três anos
é de 9,47%. O resultado do ano passado foi melhorado pelas vendas do último
trimestre. Até outubro, a Eletros apostava em uma queda de 4% no faturamento
do setor. A recuperação nos últimos meses foi bastante forte como mostra
o balanço do mês de dezembro, quando as vendas cresceram 11,97%. (Valor
- 28.01.2004) O IPC-Fipe
registrou inflação de 0,74% na 3ª quadrissemana de janeiro. Na prévia
anterior, o IPC teve alta de 0,71% e na 3ª quadrissemana de dezembro,
o índice apresentou alta de 0,35%. (O Globo - 28.01.2004) O dólar comercial opera com leve valorização neste final de manhã, encostado na cotação máxima de janeiro. Às 12h01m, a moeda americana era negociada por R$ 2,875 na compra e R$ 2,877 na venda, com alta de 0,24%. Ontem o Banco Central foi o principal fator de pressão sobre o dólar comercial, que fechou em alta de 0,84%, cotado a R$ 2,868 na compra e R$ 2,870 na venda. Foi a maior alta percentual diária registrada em janeiro e a maior cotação do dólar desde o último dia 2. (O Globo On Line- 28.01.2004)
Internacional 1 Integração da Hidrocantábrico na EDP só com participação da Cajastur O presidente
da EDP, João Talone, afirmou que a Hidroeléctrica del Cantábrico (Hidrocantábrico)
será sempre uma firma asturiana, e caso seja necessária a sua integração
na EDP, esta será sempre efetuada em conjunto com a Cajastur. João Talone
declarou que a EDP sempre disse "que, se o mercado o forçar, para que
ambas as empresas sejam mais eficientes, a EDP tentará uma integração
da Hidrocantábrico" em conjunto com a Cajastur. O presidente da EDP insistiu
na importância que tem para o futuro da EDP/Hidrocantábrico, num mercado
ibérico, que a elétrica espanhola esteja bem integrada nas Astúrias e
confessou que não consegue ver um cenário em que a Cajastur não exista.
"Não me passa pela cabeça que a Hidrocantábrico deixe de ser uma empresa
asturiana de referência", explicou este responsável, acrescentando que
a marca de referência da EDP em Espanha será, precisamente, a Hidrocantábrico.
João Talone deu ainda garantias de que a elétrica portuguesa não irá entrar
diretamente no mercado espanhol, a não ser em casos pontuais se isso se
justificar por razões geográficas. Atualmente, a EDP detém 40% da Hidrocantábrico
e a gestão da empresa, a EnBW tem 35% e uma presença meramente financeira
e a Cajastur 25%. (Diário Econòmico - 27.01.2004) 2 Relatório sobre apagão nos EUA e Canadá será divulgado em março O relatório
da força-tarefa EUA-Canadá sobre o apagão ocorrido em agosto do ano passado
será anunciado no início do mês de março, informou um integrante do Departamento
de Energia dos EUA. Informações anteriores davam conta que o relatório
seria divulgado em meados de fevereiro, mas foi adiado em função da recente
alteração de poder no governo canadense afirmou um dos comandantes da
força tarefa, Jimmy Glotfelty, que é diretor do escritório de transmissão
e distribuição de energia elétrica do Departamento de Energia dos EUA.
Glotfelty afirmou que o relatório vai detalhar o que aconteceu no dia
14 de agosto de 2003 e quais as causas do apagão, além disso, serão feitas
recomendações técnicas e políticas para os governantes dos dois países.
(Platts - 27.01.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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