l

IFE: nº 1.274 - 22 de janeiro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
MPs do setor elétrico podem ser votadas na próxima semana
2 MME aceita discutir 120 emendas
3 Empresas de geração vão negociar alterações no novo modelo
4 Abrage tentará mudar tratamento diferenciado entre energia nova e velha
5 Câmara aprova requerimento de urgência para projeto sobre PPP
6 Especialistas consideram positiva criação de política de integração energética
7 Prefeitura de Palmas cria projeto para economizar energia

Empresas
1 Cemig usará nova regra da CVM para lançar debêntures
2 Decat: Recursos serão utilizados para rolagem da dívida
3 Celesc assina contrato de gestão
4 Atraso no repasse da CVA atrapalha cronograma de investimentos da Celesc
5 Aneel culpa Celesc por apagão em Florianópolis
6 Celesc não se surpreende com relatório da Aneel
7 CND autoriza financiamento de R$ 931 mi do BNDES para Eletronorte
8 Alstom: Prazo para pagamento de parte da dívida termina em janeiro

Licitação
1 Eletronuclear
2 Eletrosul
3 Eletronorte

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Reservatórios da região Nordeste ultrapassaram ontem a "curva de aversão ao risco"
2 ONS deverá manter apenas o despacho das térmicas a gás do PPT no Nordeste
3 Nível de armazenamento do Subsistema Norte tem aumento de 1,02%
4 Nível de armazenamento do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 42,96%
5 Subsistema Sul registra queda de 0,63%

Gás e Termelétricas
1 Termelétricas do PPT podem ser obrigadas a utilizar óleo como combustível
2 Petrobras pode alterar trajeto de gasoduto na Bahia
3 Relatório de Grupo de Trabalho Interministerial aponta benefícios do uso do biodiesel

Economia Brasileira
1 Copom decide pela manutenção da taxa de juros
2 Decisão do BC é criticada
3 BC não crê em retomada do processo inflacionário

4 Tesouro reduz percentual da dívida cambial
5 IGP-10 sobe para 0,76% em janeiro
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Regulador do mercado de energia alemão apresenta seus planos
2 Subsidiárias da Dynegy chegam a acordo com a US Ferc

 

Regulação e Novo Modelo

1 MPs do setor elétrico podem ser votadas na próxima semana

Os partidos da base aliada do governo no Congresso querem iniciar a votação das duas MPs que tratam do novo modelo do setor elétrico na próxima semana. A expectativa do líder do PSB na Câmara, Eduardo Campos (PE), é de que os relatórios das duas MPs que tratam do assunto fiquem prontos até a próxima segunda-feira, para que seja votado na próxima terça-feira. (Valor - 22.01.2004)

<topo>

2 MME aceita discutir 120 emendas

O MME aceita negociar 120 das cerca de 800 emendas que as medidas provisórias do setor elétrico receberam, segundo o deputado Fernando Ferro (PT-PE), relator de uma das MPs no Congresso. Poderá haver uma carência para a entrada em vigor de algumas das medidas, como o fim da possibilidade de distribuidoras comprarem energia de geradoras do mesmo grupo. (Folha de São Paulo - 22.01.2004)

<topo>

3 Empresas de geração vão negociar alterações no novo modelo

As empresas de geração de energia vão iniciar nesta quinta-feira, as negociações em torno da mudança de pontos na MP 144. Pleitos do segmento serão apresentados amanhã, em Brasília, em reunião entre representantes da Abrage e o relator da MP 144, deputado Fernando Ferro (PT-PE). A intenção com o encontro, explica o presidente da entidade, Flávio Neiva, é levar sugestões que têm por objetivo melhorar o formato da MP, que altera as relações comerciais no setor elétrico. Entre as sugestões estão proposições defendidas pela Abrage desde as discussões ocorridas ao longo do ano passado entre agentes setoriais e governo, para a elaboração do novo marco regulatório da área de energia, mas rechaçadas pelo MME. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

4 Abrage tentará mudar tratamento diferenciado entre energia nova e velha

O foco das atenções nas conversas que a associação manterá no Legislativo será a busca pelo tratamento isonômico entre energia velha e energia nova. A segregação entre os dois tipos de produção nos leilões que serão realizados já a partir deste ano vem sendo criticada pela associação. Segundo o dirigente, o temor é que a produção descontratada dos contratos iniciais seja vendida a preços muito baixos, desfavorecendo economicamente às geradoras. Além disso, Neiva argumenta que a realização de leilões restritos à energia velha não oferecerá garantia de mercado ao comprador, ao passo que os leilões de energia nova terão atributos como contratos de longo prazo, preços adequados às necessidades do empreendedor e reserva de mercado. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

5 Câmara aprova requerimento de urgência para projeto sobre PPP

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, dia 21 de janeiro, o requerimento de urgência para a tramitação do Projeto de Lei 2546/03, que institui as PPPs. Com isso, a proposta passa a constar da pauta do plenário, embora ainda dependa do parecer da comissão especial que analisará a proposta. O texto ainda não tem data para ser votado. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

6 Especialistas consideram positiva criação de política de integração energética

O encontro do Brasil com outros países da América Latina, como Argentina e Venezuela, para discutir políticas de integração energética é considerada uma medida importante, embora tardia, pelo mercado. Especialistas vêem a questão como um importante passo para o desenvolvimento do continente na área de energia elétrica. No início do mês, Brasil e Argentina se reuniram para discutir uma proposta única de integração. As ações prevêem a criação de uma espécie de conta corrente de transações físicas de energia, a construção de um gasoduto que levaria gás natural da Bolívia para a Argentina e do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre. Para David Zylberstajn, diretor da DZ Negócios com Energia e professor da PUC-RJ, para que essa política seja efetivada, o governo precisa criar mecanismos que estimulem o aumento de demanda de gás natural no país. Segundo ele, a falta de uma política de integração e de um marco regulatório do setor elétrico poderá trazer gargalos de eletricidade nos próximos anos. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

7 Prefeitura de Palmas cria projeto para economizar energia

A prefeita de Palmas, Nilmar Ruiz (PL), assinou decreto que cria a Unidade de Gestão Energética de Palmas (UGEM), que irá avaliar o consumo de energia da prefeitura e de seus órgãos, bem como de todos os pontos de iluminação pública. Após a análise, será executado um plano de ação que reduzirá os gastos com energia elétrica, em 30%. Atualmente, o custo da prefeitura é de R$ 180 mil. O projeto foi elaborado pelo Instituto Brasileiro de Administração Pública (IBAM) e será executado pela prefeitura da Capital. Para contratar o IBAM a administração pública fez uma parceria com o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IIEB), que disponibilizou R$ 30 mil, o que corresponde 80% do projeto. A prefeitura contribuiu com 20%. Segundo a prefeita, esse projeto vem contribuir com outros programas da prefeitura, como o Reluz, que trocou todas as lâmpadas da Capital para reduzir os custos. (Jornal de Tocantins - 22.01.2004)

<topo>

 

Empresas

1 Cemig usará nova regra da CVM para lançar debêntures

A Cemig será a primeira empresa a lançar um programa de debêntures, nos moldes da nova regulamentação da CVM que criou o chamado "registro de prateleira". A empresa prepara uma emissão de debêntures no valor de R$ 1 bilhão, com vencimento em 10 anos e, segundo Flavio Decat de Moura, diretor de Finanças e Participações da Cemig, também está programado um retorno ao mercado internacional, com uma captação de US$ 200 milhões a US$ 250 milhões em bônus, sem data definida para lançamento. O programa de debêntures é ambicioso: a empresa vai oferecer ao mercado papéis com 10 anos de prazo para vencimento, sem repactuação, pagamentos periódicos de rendimentos e resgate do principal só no final, no ano de 2014. (Valor - 22.01.2004)

<topo>

2 Decat: Recursos serão utilizados para rolagem da dívida

Segundo Flavio Decat de Moura, os recursos captados serão utilizados para a rolagem da dívida da Cemig, que totaliza R$ 3,5 bilhões. Aproximadamente metade dessa dívida vence ainda em 2004 e a outra metade está concentrada em 2006. Parte do passivo é representada por uma antiga emissão de debêntures, lançada em 2001 em duas séries no valor de R$ 430 milhões cada. A primeira série vence em 2005 e outra em 2006. O programa de emissão de títulos, previsto pela Instrução 400 da CVM, permite que uma empresa faça um único registro em valor mais elevado por um prazo mais longo. Autorizado o programa pela CVM, o emissor pode dividir o valor registrado em parcelas (tranches) e ofertar ao mercado no período em que achar mais conveniente, de acordo com a disposição do mercado. (Valor - 22.01.2004)

<topo>

3 Celesc assina contrato de gestão

O Conselho de Administração e a diretoria da Celesc assinam no dia 29 de janeiro o contrato de gestão para a concessionária. O contrato estabelece metas a serem atingidas pela diretoria da empresa durante o ano. Segundo Carlos Rodolfo Schneider, presidente da companhia, as metas incluem as áreas financeiras, administrativas, de gestão e de desempenho. A Celesc terá um prazo de 120 dias para definir a política de conseqüências, que envolve as premiações e punições pelo cumprimento ou não das metas. A empresa também tem o mesmo prazo para assinar os contratos de gestão com todas as unidades operacionais. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

4 Atraso no repasse da CVA atrapalha cronograma de investimentos da Celesc

O adiamento do repasse da CVA vem atrapalhando o cronograma de investimentos da Celesc. A empresa aguarda desde o ano passado pelo recebimento de financiamento de R$ 138 milhões do BNDES. A concessionária planeja construir uma nova subestação para operar o abastecimento da ilha de Santa Catarina, mas a falta de verba impede o início das obras. O projeto custará R$ 30 milhões e a Celesc pretende lançar o edital de licitação logo após a liberação do repasse do banco. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

5 Aneel culpa Celesc por apagão em Florianópolis

O relatório de fiscalização da Aneel culpa a Celesc pela interrupção do fornecimento de energia elétrica à Florianópolis por mais de 50 horas, no dia 29 de outubro do ano passado. Segundo o texto dos fiscais da agência, a distribuidora tinha conhecimento dos riscos e manutenção das linhas de 138 kV e mesmo assim usou procedimentos imprudentes nos reparos. Há pelo menos três indicativos de multa no relatório, que, somadas, podem chegar até a 4% da receita bruta dos últimos 12 meses da empresa, a contar do auto de infração - no exercício de 2002, a receita da estatal foi de R$ 1,85 bilhão. O relatório mostra que a Aneel pediu à Celesc cinco documentos para analisar os incidentes na Capital. Desses, apenas dois foram entregues por completo - um foi apresentado pela metade e outros dois não foram encaminhados para a fiscalização. Não havia um planejamento do serviço com análise riscos e um plano de emergência no caso de perda de uma linha de transmissão. O relatório ressalta ainda que a Celesc poderia ter usado outras técnicas de reparo mais prudentes do que a empregada pelos técnicos (A Notícia - 22.01.2004)

<topo>

6 Celesc não se surpreende com relatório da Aneel

O advogado da Celesc, Milton Garcia, disse ontem que ainda não tinha tomado conhecimento do relatório da Aneel, mas que pelas informações que lhe chegaram, não há surpresa. "Com base nas conversas que tivemos com a Aneel, não esperávamos algo muito diferente disso", disse Garcia. Para ele, a agência emitiu um parecer mais político do que "eminentemente técnico". Segundo o advogado, "a Aneel fiscalizou o sistema entre o final de 2002 e início de 2003 e jamais apontou essas fragilidades". O relatório, no entanto, ainda pode ser contestado pela Celesc dentro da própria agência. "Podemos recorrer até a diretoria da Aneel, antes que venha um auto de infração e uma punição à Celesc", explica. Garcia não descarta que, no fim do processo, a Celesc tenha que indenizar os consumidores. "Mas estamos sendo muito cautelosos para não causar um desequilíbrio econômico grave na empresa, o que aconteceria se tudo fosse feito como muita gente quer", diz o advogado. (A Notícia - 22.01.2004)

<topo>

7 CND autoriza financiamento de R$ 931 mi do BNDES para Eletronorte

A autorização do Conselho Nacional de Desestatização para a Eletronorte captar R$ 931 milhões com o BNDES, publicada no dia 19 de janeiro no Diário Oficial da União, poderá salvar o cronograma de obras para ampliação da hidrelétrica Tucuruí, localizada no Pará. O aval para operação é da controladora Eletrobrás. Desde de outubro, a Eletronorte não paga suas obrigações com o Consórcio Empresarial de Tucuruí, responsável pela ampliação da unidade. A dívida com a empresa, composta pela Alstom, Inepar, General Eletric e Odebrecht, chega a R$ 125 milhões. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

8 Alstom: Prazo para pagamento de parte da dívida termina em janeiro

Segundo o presidente da Alstom Brasil, José Luiz Alquéres, janeiro é o prazo final para receber pelo menos parte da dívida da Eletronorte. O executivo afirma ser impossível aumentar o grau de financiamento para a iniciativa pública. A Eletronorte, conta, está adiando constantemente o prazo e tinha pedido para pagar no próximo mês. O executivo informa que o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, garantiu o pagamento. "O elo mais fraco está sendo atingido. Essa inadimplência impacta nos sub-fornecedores e nos seus funcionários", explica. O executivo destaca a importância de cumprir esse cronograma, já que amplia a disponibilidade de energia elétrica para as regiões Norte e Nordeste. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

 

Licitação

1 Eletronuclear

A Eletronuclear licita aquisição de um sistema de geração de hipoclorito de sódio para a usina nuclear de Angra 2. O prazo para entrega dos envelopes termina no dia 1º de março. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

2 Eletrosul

A Eletrosul abre processo para fornecimento de autotransformadores trifásicos de 150 e 75 MVA, 230-138-13,8 kV e transformador trifásico de 100 MVA, 230-69-13,8 kV. O prazo para a realização das propostas vai até 10 de fevereiro. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

3 Eletronorte

A Eletronorte abre licitação para aquisição de peças como anel de vedação, junta plana, anel raspador, retentor, vedação e macaco. O prazo encerra em 13 de fevereiro. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Reservatórios da região Nordeste ultrapassaram ontem a "curva de aversão ao risco"

As fortes chuvas que estão caindo no Nordeste deverão provocar, na próxima semana, uma queda acentuada nos preços da energia no mercado atacadista naquela região. Por causa das chuvas que caíram nos últimos dias, os reservatórios das hidrelétricas da região ultrapassaram ontem a chamada "curva de aversão ao risco", afastando a possibilidade de apagão. Os preços da energia no MAE deverão baixar de R$ 315,21 o MWh para R$ 58,00 o MWh no início da próxima semana, segundo previu ontem o presidente da instituição, Antônio Carlos Machado. O executivo disse que a queda do preço da energia no Nordeste será possível graças ao fim do despacho das térmicas emergenciais, bancadas pelo seguro anti-apagão. (Valor - 22.01.2004)

<topo>

2 ONS deverá manter apenas o despacho das térmicas a gás do PPT no Nordeste

Segundo relatório diário do ONS, no dia 20 de janeiro os reservatórios das usinas no NE estavam apenas 0,04% abaixo da curva de aversão ao risco. Com o crescimento médio de 0,7 pontos percentuais diários dos lagos das usinas com as chuvas dos últimos dias, essa curva foi ultrapassada ontem. Com isso, o ONS deverá manter apenas o despacho das térmicas a gás do PPT na região. Como, porém, não há gás suficiente para abastecer as térmicas do Nordeste, uma das alternativas estudadas pelo governo e pelos órgãos técnicos do setor é transformar as térmicas hoje movidas a gás em usinas à óleo combustível. (Valor - 22.01.2004)

<topo>

3 Nível de armazenamento do Subsistema Norte tem aumento de 1,02%

Os reservatórios na região Norte apresentam índice de armazenamento de 27,01%. O nível teve um aumento de 1,02% em relação ao dia 19 de janeiro. A hidrelétrica de Tucuruí registra volume de 36,15%. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

4 Nível de armazenamento do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste está em 42,96%

O nível de armazenamento no subsistema Sudeste/Centro-Oeste chega a 42,96%, valor 19,38% acima da curva de aversão ao risco. O índice teve um aumento de 0,02%. As hidrelétricas de Miranda e São Simão apresentam 64,36% e 63,89% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

5 Subsistema Sul registra queda de 0,63%

A região Sul apresenta 85,84% da capacidade, uma queda de 0,63%. O volume da usina de Machadinho está em 62,64%. (Canal Energia - 22.01.2004)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Termelétricas do PPT podem ser obrigadas a utilizar óleo como combustível

As termelétricas do PPT, instaladas no Nordeste poderão ser obrigadas a gerar energia com óleo (diesel ou combustível) em vez de gás natural, segundo informação da Aneel. Essas usinas deveriam gerar energia com gás natural, mais barato que o óleo, mas a Petrobras não está fornecendo às empresas em quantidade suficiente. As usinas do seguro geram energia com óleo, a um preço muito mais caro. Esse custo é repassado para o consumidor e já resultou em um aumento médio de 1,9% nas contas de quem consome mais de 350 kWh/mês. Se as usinas forem obrigadas a gerar mais energia usando óleo, o custo extra terá que ser assumidos pelas próprias geradoras e não poderá ser repassado ao consumidor. (Diário do Nordeste - 22.01.2004)

<topo>

2 Petrobras pode alterar trajeto de gasoduto na Bahia

O gasoduto planejado pela Petrobras para levar gás natural da reserva Campo de Manati, na Bacia de Camamu (próximo a Morro de São Paulo) até São Francisco do Conde, poderá ter mudanças em seu traçado. O projeto de tubulação do gasoduto passa por Jaguaripe, o único município do recôncavo baiano que faz parte do projeto Corredores de Mata Atlântica. A comunidade se mostrou relutante à implantação do projeto na área, apreensiva com a possibilidade de alterações ao ecossistema local e prejuízos à atividade pesqueira. Diante dos apelos da população local, a Petrobras já afirma existir a possibilidade de mudança no traçado do gasoduto. A reserva de gás natural de Campo de Manati foi descoberta em 2000 e a idéia da Petrobras é construir por lá uma plataforma de seis poços, de onde sairá o gasoduto de 117km. As empresas brasileiras Queiroz Galvão e a Petroserv estão participando do projeto como sócias da Petrobras. (Correio da Bahia - 22.01.2004)

<topo>

3 Relatório de Grupo de Trabalho Interministerial aponta benefícios do uso do biodiesel

Ao falar sobre os benefícios do uso do biodiesel no Brasil, o presidente Lula já tinha em suas mãos o relatório final do Grupo de Trabalho Interministerial (GIT) que estudou a viabilidade da utilização do combustível como fonte alternativa de energia. O relatório tem como principal conclusão que o biodiesel "contribui favoravelmente para o equacionamento de questões fundamentais para o país, como geração de emprego, renda, inclusão social, redução das emissões de poluentes, das disparidades regionais e da dependência da importação de petróleo, envolvendo, portanto, aspectos de natureza social, estratégica e econômica". Entre as recomendações feitas pelo GIT a primeira pede que o biodiesel seja imediatamente incorporado à agenda oficial do governo, "de modo a sinalizar a opção política e socioeconômica do país com relação à matéria". (O Tempo - 22.01.2004)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Copom decide pela manutenção da taxa de juros

Numa decisão que surpreendeu até os mais conservadores analistas do sistema financeiro, o BC interrompeu ontem a trajetória de queda dos juros básicos da economia, mantendo-os em 16,5% ao ano. Foi a primeira vez desde junho de 2003 que o Copom não promove um corte na taxa Selic. O protesto do setor produtivo foi intenso. Segundo a Fiesp, a decisão representa um "custo desnecessário para a sociedade brasileira". O presidente da CNI, Armando Monteiro, disse que nada justifica uma atitude tão conservadora do BC. (Folha de São Paulo - 22.01.2004)

<topo>

2 Decisão do BC é criticada

A surpreendente decisão do Copom desagradou boa parte dos analistas. O professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo classificou a decisão como "insensatez". Num momento de queda do risco-país e do dólar, haveria espaço para continuar a reduzir os juros, afirma ele, acrescentando que nem mesmo o modelo do BC justificaria a atitude do Copom. Para Belluzzo, a inflação não assusta e a economia não está aquecida. O presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo, Synésio Batista da Costa, disse que o "BC perdeu uma ótima oportunidade de reduzir o juro, já que não há aumento da demanda nessa época do ano nem estouro da inflação". Para o ex-presidente do BC Gustavo Loyola, sócio da Tendências, os sinais negativos da inflação e as incertezas sobre os mecanismos de transmissão da política monetária é que levaram o BC ser mais conservador, mesmo com o câmbio tranqüilo. (Valor - 22.01.2004)

<topo>

3 BC não crê em retomada do processo inflacionário

Nota do BC divulgada após a decisão informa que a interrupção da queda da Selic é temporária. "Considerando que os efeitos do corte de dez pontos percentuais na taxa Selic nos últimos meses ainda não se refletiram integralmente na economia, o Copom decidiu interromper temporariamente o processo de flexibilização da política monetária", informou o banco. A decisão de ontem não foi unânime: dos nove membros da diretoria do BC, oito votaram pela manutenção dos juros. Cenários traçados pelo próprio BC indicam ser reduzida a probabilidade de uma volta da inflação. Segundo a instituição, o IPCA registraria alta de 4,5% neste ano se a taxa Selic fosse mantida em 16% anuais até dezembro próximo. A meta de inflação para 2004 foi fixada pelo governo em 5,5%, admitindo-se uma margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. (Folha de São Paulo - 22.01.2004)

<topo>

4 Tesouro reduz percentual da dívida cambial

A desvalorização do dólar e a baixa procura por títulos corrigidos pelo câmbio deve fazer com que essa parcela da dívida pública fique abaixo de 20,75% do total até o final deste mês, o menor percentual desde 1999. O coordenador da Dívida Pública do Tesouro, Paulo Valle, disse que os investidores não querem papéis corrigidos pelo câmbio porque eles não estão rendendo e porque a necessidade de hedge é baixa. (Folha de São Paulo - 22.01.2004)

<topo>

5 IGP-10 sobe para 0,76% em janeiro

O IGP-10 acelerou em janeiro e passou para 0,76%, segundo a FGV. Em dezembro, o índice havia registrado variação de 0,59%. Foi a maior taxa desde setembro passado, quando o IGP-10 ficou em 0,95%. Os preços no atacado, medidos pelo IPA, subiram 0,88% após alta de 0,62% no mês anterior. O IPC atingiu 0,63% em janeiro após subir 0,37% no mês anterior. (O Globo - 22.01.2004)

<topo>

6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial continua oscilando perto da estabilidade neste final de manhã, mesmo com a intervenção do Banco Central, que voltou a comprar recursos no mercado à vista, por até R$ 2,843. Às 12h05m, a moeda americana era negociada por R$ 2,845 na compra e R$ 2,847 na venda, com alta de 0,07%. Ontem o dólar fechou em alta de 0,21%, cotado a R$ 2,843 na compra e R$ 2,845 na venda. A leve valorização teve o incentivo de mais um leilão de compra do Banco Central, que enxugou o excesso de oferta, gerado pela entrada de recursos externos ao país. (O Globo On Line e Valor Online - 22.01.2004)

<topo>

 

Internacional

1 Regulador do mercado de energia alemão apresenta seus planos

Matthias Kurth, regulador do mercado de energia da Alemanha, afirmou que deverá tomar uma posição flexível no cumprimento de seu trabalho. Embora sua função não esteja claramente definida, existe uma concordância geral entre os acionistas do mercado de energia alemão de que sua primeira ação deveria ser a de alavancar o acesso não discriminatório de terceiros a rede de energia alemão, de modo a aumentar a concorrência. Kurth enfatizou sua intenção de confiar fortemente na cooperação da indústria de forma a atingir seus objetivos. Ele afirmou ainda que a insegurança trazida pela discussão do acesso ou não de terceiros é o maior obstáculo para se alcançar a competição plena no mercado de energia alemão. O trabalho do regulador será dar proteção contra essa insegurança, para tal, afirma Kurth, seus poderes devem abranger livre acesso a informação. (Platts - 21.01.2004)

<topo>

2 Subsidiárias da Dynegy chegam a acordo com a US Ferc

Dynegy Power Marketing e West Coast Power anunciaram na Terça-feira que chegaram a um acordo com o staff da Comissão Federal de regulação de energia do EUA (US Ferc)com relação as alegações de que as duas companhias haviam manipulado as vendas no mercado de energia durante a crise de energia no Oeste do país entre 200 e 2001. As subsidiárias da Dynegy terão de pagar cerca de US$ 2 milhões, mas não terão de admitir ou negar a violação das regras estabelecidas pelo Operador Independente do Sistema da Califórnia. (Platts - 22.01.2004)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

Copyright UFRJ e Eletrobrás