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IFE: nº 1.273 - 21 de janeiro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Governo põe MPs do novo modelo como prioridades na convocação
2 Fiesp pede prazo menor para escolha entre consumidores livres ou clientes cativos
3 Cobrança de adicional tarifário nas contas de luz para repor perda de distribuidoras será prorrogado
4 Falta de licença atrasa início de obras de usina Pai Querê
5 Entra em operação a 15º geradora de Tucuruí
6 Falta de pagamento ameaça parar duplicação de Tucuruí
7 Recursos não foram liberados devido a restrições do BNDES
8 Alterados prazos de permanência da RTE nas tarifas de energia
9 Aneel cadastra consumidores de baixa renda
10 Abar se reúne com governos do RJ e RN
11 Abar realiza reunião para discutir ações do governo referentes as agências reguladoras
12 Curtas

Empresas
1 Empresas podem ter menos exigências para ter recursos do programa de capitalização do BNDES
2 Sifertt: Nenhuma empresa ainda foi beneficiada com o programa
3 Light deve ser a primeira beneficiada do programa
4 CPFL Energia tem direito a R$ 500 mi
5 Cerj se enquadra nas regras do BNDES
6 AES começa a pagar dívida com BNDES
7 Aneel homologa acordo entre AES e BNDES
8 BNDES aguarda aprovação do BC para o acordo

9 Cemig gera nova disputa entre BNDES e AES

10 AES Tietê fecha acordo para quitar débitos em operações no MAE

11 Aneel retoma processo de transferência de controle acionário da Cemar

12 Eletrosul anuncia planos de investimento

13 Celesc não deverá pagar indenizações devido ao apagão

14 Celpe realiza recadastramento de clientes de baixa renda

15 Aneel estabelece metas de DEC e FEC para Elektrto e Enersul

16 Rede Cemat envia declaração para cliente de baixa renda

Licitação
1 Cemig
2 Manaus Energia
3 Ceal

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Térmicas emergenciais voltam a ser despachadas no Nordeste
2 Industrias e residências retomam consumo de energia
3 Reservatórios em MG ainda estão abaixo do ideal
4 Volume armazenado no Subsistema Norte chega a 25,99%
5 Nível do submercado Nordeste fica em 20,28%
6 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste apresentam 42,94% da capacidade
7 Capacidade fica em 86,47% no subsistema Sul

Gás e Termelétricas
1 Falta de gás no NE é tema de reunião em Brasília
2 Dilma : Petrobras poderia oferecer gás a todas às térmicas do Nordeste
3 Para aumentar a oferta de gás, Petrobras deverá reduzir produção de petróleo
4 Petrobras prevê perder R$ 1,5 bi com usinas
5 Petrobras fará provisão no balanço devido a perdas com termelétricas
6 Diretor da ANP: Setor de petróleo e gás é capaz de atrair investimentos privados

7 Petrobras entre as empresas mais respeitadas do mundo
8 Termorio deve iniciar operação comercial em julho
9 Termorio: Petrobras e NRG continuam brigando na justiça

Grandes Consumidores
1 Belgo amplia produção apostando na retomada da economia

Economia Brasileira
1 BC quer reduzir juros sem risco de pressões inflacionárias
2 Indústria pede maior redução dos juros
3 BC tem que ter o cuidado de identificar a taxa de juros de equilíbrio

4 BC não vai renovar dívida cambial
5 Tesouro dos EUA defendem reformas para aumentar PIB
6 Recursos captados por empresas, em 2003, atinge US$ 23,7 bi
7 IPC-Fipe apresenta inflação
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Portugal e Espanha assinam acordo que cria Mercado Ibérico de eletricidade
2 Mibel valerá cerca de 20 bi de euros por ano, diz ministro espanhol
3 Ministro da economia da Espanha: Risco de apagões diminui com o Mibel
4 Portugal e Espanha vão criar mercado ibérico do gás
5 Empresa argelina de petróleo e gás planeja venda de eletricidade na Espanha
6 Shell construirá a maior fábrica de energia solar do mundo na Alemanha

 

Regulação e Novo Modelo

1 Governo põe MPs do novo modelo como prioridades na convocação

A votação do projeto de lei que implementa as PPP e das duas medidas provisórias que tratam do novo modelo do setor elétrico será agilizada pelos líderes da base aliada do governo na Câmara. Os governistas acertaram que o projeto do PPP poderia ser apreciado essa semana em plenário, sendo relatado pelo deputado Patrus Ananias (PT-MG). Para adiantar o debate sobre as mudanças no setor elétrico, a ministra Dilma Roussef, se reúne com os parlamentares da base e prepara o terreno para a votação das duas MPs também na próxima semana. (Valor - 21.01.2004)

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2 Fiesp pede prazo menor para escolha entre consumidores livres ou clientes cativos

A Fiesp defende a diminuição de três para um ano do prazo mínimo previsto pela medida provisória do novo modelo do setor elétrico para que os grandes consumidores industriais possam optar entre atuar como consumidores livres ou como clientes cativos das distribuidoras de energia. De acordo com a Fiesp, não existe indústria que consiga prever com tanta antecedência a possibilidade de migrar de um lado para o outro. (Folha de São Paulo - 18.01.2004)

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3 Cobrança de adicional tarifário nas contas de luz para repor perda de distribuidoras será prorrogado

O consumidor de energia elétrica deverá pagar mais de R$ 300 milhões, além do previsto, para compensar as perdas das distribuidoras de energia com o racionamento de eletricidade. Com isso, deverá ser prorrogada por mais alguns meses a cobrança do adicional tarifário que vem sendo pago nas contas de luz desde dezembro de 2001. A prorrogação não será visível imediatamente para todas as empresas, já que em algumas delas houve a exclusão de um item da conta, para ser cobrado posteriormente. A tarifa extra é de 2,9% para os consumidores residenciais, com isenção para os de baixa renda, e de 7,9% para os industriais e comerciais. (O Estado de Minas - 19.01.2004)

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4 Falta de licença atrasa início de obras de usina Pai Querê

A falta da emissão por parte do Ibama, da licença prévia, está atrasando o cronograma de obras da hidrelétrica de Pai Querê. A usina está prevista para ser construída no Rio Pelotas, na divisa de SC e RS pelo consorcio empresarial Pai Querê, formado pela Votorantim Energia, Alcoa e Departamento Municipal de Energia de Poços de Caldas, que espera até o início de fevereiro já contar com esta De acordo com o departamento de comunicação do consórcio, parte do atraso na emissão da licença prévia pode ser atribuído ao período em que o Ibama esteve em greve. As estimativas iniciais indicam que o atraso no cronograma já chega a três meses e caso as obras no canteiro da usina, que serão feitas pela Camargo Correa, não iniciem até agosto, aproveitando o período de estiagem para o desvio do leito do rio, a construção da usina pode ficar apenas para o próximo ano. (A Notícia - SC - 21.01.2004)

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5 Entra em operação a 15º geradora de Tucuruí

Entrou em operação comercial, nesta sexta-feira, 16/01/2004, a 15ª Unidade Geradora Hidráulica da Usina Hidrelétrica Tucuruí. Esta é a terceira máquina da segunda etapa, que irá acrescentar mais 375 MW de potência ao sistema interligado nacional. Com a entrada em operação, a hidrelétrica está operando com potência instalada de 5.370 MW. Está prevista para abril, agosto e novembro deste ano a entrada de mais três grupos de turbinas geradoras de potência unitária de 375 MW, o que vai elevar a potência instalada em Tucuruí para 6.495 MW em 2004. (NUCA-IE-UFRJ - 21.01.2004)

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6 Falta de pagamento ameaça parar duplicação de Tucuruí

O Consórcio Tucuruí (Cetuc), formado pela Alstom, General Electric Hydro, Inepar Fem e Construtora Norberto Odebrecht, ameaça paralisar, até o final do mês, as obras de duplicação da hidrelétrica de Tucuruí, pertencente à Eletronorte, uma das subsidiárias da Eletrobrás. É uma obra de R$ 3,7 bilhões, que já absorveu R$ 2,4 bilhões. Mas, desde setembro do ano passado, a Eletronorte não paga ao consórcio Cetuc e a dívida soma hoje algo próximo a R$ 124 milhões. O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, diz que o pagamento ao consórcio depende da liberação de empréstimo do BNDES para Eletronorte, no valor de R$ 931 milhões. O financiamento foi aprovado pelo banco estatal no final do ano passado. Pinguelli afirma que já discutiu o assunto tanto com o presidente do BNDES, Carlos Lessa, como com seu vice, Darc da Costa. E esclareceu que o atraso se deve "em grande parte à papelada relativa às garantias que estão sendo dadas pela Eletrobrás". (Valor 20.01.2004)

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7 Recursos não foram liberados devido a restrições do BNDES

A Eletronorte alega que o recurso do BNDES ainda não foi liberado porque o banco estatal já havia atingido o teto máximo estabelecido pelo governo de financiamento concedido ao setor público, de 45%. O presidente da Eletronorte, Sillas Rondeau, e o diretor financeiro, Astrogildo Quintal, estavam ontem no Rio, onde conversariam com a ministra Dilma. Está marcada para hoje, na sede da Eletronorte, em Brasília, uma reunião com os representantes do Consórcio Tucuruí. A diretoria da empresa, segundo seu porta-voz, deve comunicar que fará pagamentos no final de fevereiro. A inadimplência tem prejudicado o andamento da obra que, originalmente, previa a entrada em operação de três turbinas a cada ano. No ano passado, esse objetivo foi atingido. Mas desde o final de 2003 o ritmo está lento. A Eletronorte já admite postergar a conclusão da obra do final de 2006 para o primeiro semestre de 2007. (Valor 20.01.2004)

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8 Alterados prazos de permanência da RTE nas tarifas de energia

A Aneel alterou os prazos máximos de permanência da Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE) nas tarifas de energia cobradas dos consumidores. A mudança decorre de dois fatos: da retificação do valor referente à compra de energia das geradoras no MAE durante o período de racionamento, entre 1º de junho de 2001 e 28 de fevereiro de 2002, e da exclusão da variação de itens da Parcela A da base para cálculo do tempo de vigência da RTE. O montante referente à energia adquirida no MAE no racionamento, que também integra a base para cálculo do prazo da RTE, à época foi calculado provisoriamente em R$ 2,5 bilhões. Em junho do ano passado, após a realização da contabilização e liquidação da energia comercializada durante o racionamento, o MAE enviou à Aneel o valor definitivo, retificado para R$ 2,8 bilhões. Para ver os valores retificados por distribuidora clique aqui. (NUCA-IE-UFRJ - 21.01.2004)


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9 Aneel cadastra consumidores de baixa renda

A Aneel está cadastrando, até o dia 29 de fevereiro, os consumidores de energia classificados como de Baixa Renda. O objetivo é oferecer um desconto de até 65% da tarifa convencional para quem consumir entre 80 e 220 KW. O desconto será estendido apenas àqueles que já são beneficiários ou estão cadastrados em programas sociais do Governo Federal, como sociais do governo federal, como Bolsa Escola, Bolsa Alimentação ou Auxílio Gás. Os que não forem beneficiários devem se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Os moradores que tiverem consumo mensal entre 0 e 80 KWh não precisam se cadastrar porque têm, automaticamente, o direito aos descontos tarifários dessa categoria, podendo chegar a 65% do valor convencional. (Diário de Natal - 21.01.2004)

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10 Abar se reúne com governos do RJ e RN

A Abar (Associação Brasileira de Agências de Regulação) deve se reunir ainda nesta semana com as governadoras do Rio de Janeiro, Rosinha Mateus, e do Rio Grande do Norte, Vilma Faria. Na pauta do encontro, a entidade pretende mostrar a importância das agências, já que existe a intenção de suprimir mandatos dos dirigentes ou extinguir as agências reguladoras estaduais. (Canal Energia - 20.01.2004)

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11 Abar realiza reunião para discutir ações do governo referentes as agências reguladoras

A Abar realizou reunião de diretoria, no dia 20 de janeiro, para discutir ações desencadeadas pelo governo federal a partir da renúncia provocada do ex-presidente da Anatel e as manifestações da sub-chefia jurídica da Casa Civil, que trazem insegurança junto aos investidores do país. A reunião fará ações junto à Frente Parlamentar de Defesa das Agências Reguladoras, investidores e bancos internacionais. O objetivo é divulgar a posição das agências como contraponto ao debate promovido pelo governo federal. A Abar pretende fazer ainda dois encontros jurídicos a fim de viabilizar um anteprojeto sobre a lei geral das agências reguladoras para ser apresentado no Congresso Nacional. (Canal Energia - 20.01.2004)

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12 Curtas

A ministra Dilma participou da posse do diretor da ANP, Haroldo Lima o primeiro indicado pelo governo para uma diretoria de agência reguladora. Ele fez um discurso com enfoque mais nacional, assinalando que ainda há muito o que fazer e que a agência "será chamada a cumprir um papel muito importante para o desenvolvimento do gás". (Valor 20.01.2004)

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Empresas

1 Empresas podem ter menos exigências para ter recursos do programa de capitalização do BNDES

O BNDES estuda flexibilizar as exigências feitas às distribuidoras de energia para que tenham acesso aos recursos do programa de capitalização anunciado em outubro de 2003 de R$ 3 bilhões. A instituição tem recebido várias solicitações de reexame dos critérios por parte das empresas elétricas. Nelson Sifertt, chefe do Departamento de Energia Elétrica disse que há algumas distribuidoras que contataram o banco. "Um ponto ou outro do programa vêm sendo questionado. Por exemplo, a questão do preço de conversão das ações no caso das debêntures conversíveis que serão dadas ao BNDES como garantia do empréstimo e eventualmente outro ponto que envolve mútuos (empréstimos da controladora para a controlada, que o banco exige total conversão pela controladora em aumento de capital na controlada)". (Valor - 21.01.2004)

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2 Sifertt: Nenhuma empresa ainda foi beneficiada com o programa

Segundo ele, até agora nenhuma empresa se beneficiou do programa de capitalização. Mas, adiantou que algumas empresas estão se preparando. A expectativa do BNDES é que alguns grupos venham apresentar pedido de financiamento neste primeiro trimestre com cumprimento de condições para apoio do programa. Pelo menos 24 distribuidoras estão aptas aos R$ 3 bilhões. O pacote de exigências feitas pelo BNDES vão desde operações de aumento de capital feito pela controladora nas controladas para conversão de mútuo, alongamento da dívida de curto prazo com bancos privados de no mínimo 4 anos até a entrada para o nível 2 do Novo Mercado da Bovespa. (Valor - 21.01.2004)

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3 Light deve ser a primeira beneficiada do programa

A Light deve ser a primeira distribuidora a entrar no banco solicitando a capitalização de R$ 600 milhões. "Estamos negociando a proposta de alongamento da dívida de curto prazo com os bancos privados e esperamos até março entrar no BNDES", disse Paulo Roberto Ribeiro Pinto, diretor de finanças da empresa. Nesse processo, a EDF, dona da Light, terá que converter em ações da distribuidora um mútuo de R$ 275 milhões. O BNDES capitalizará as distribuidoras em valores equivalentes ao percentual da dívida que for alongado. (Valor - 21.01.2004)

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4 CPFL Energia tem direito a R$ 500 mi

A holding CPFL Energia tem direito a cerca de R$ 500 milhões. A holding deve ser uma das companhias que solicitam ao banco a avaliação do preço de conversão das debêntures. Isto porque ela se prepara para abertura de capital. Nesse caso, a negociação se complicaria porque existe a possibilidade de o BNDES fazer conversão de ações. O banco vai precificar o preço desse papel, que, se for baseado no valor patrimonial da empresa, será menor do que o preço da ação no aumento de capital. Isso prejudicaria a operação da CPFL, avaliam os analistas. (Valor 20.01.2004)

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5 Cerj se enquadra nas regras do BNDES

A Cerj, distribuidora fluminense, se enquadra na questão do mútuo. Segundo os especialistas, ela tem com sua controladora, a Endesa, um mútuo na faixa de R$ 2 bilhões e uma dívida de curto prazo bem menor, o que não compensa a conversão do passivo da controladora em ações. (Valor 20.01.2004)

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6 AES começa a pagar dívida com BNDES

O presidente mundial da AES Corporation, Paul Hanrahan, reuniu-se ontem com o diretor financeiro do BNDES, Roberto Timotheo da Costa, e confirmou que a empresa irá quitar no dia 31 deste mês a primeira parcela da dívida renegociada com o banco. O valor a ser pago é de US$ 90 milhões. Também ficou acertado que o acordo firmado entre as partes, cujos termos foram acertados no final de dezembro passado, começa a ter validade a partir do dia 31. A AES pagará o restante da dívida em parcelas semestrais ao longo de 11 anos. (Folha de São Paulo - 17.01.2004)

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7 Aneel homologa acordo entre AES e BNDES

O acordo selado no final do ano entre o BNDES e a AES Corporation foi homologado na segunda-feira pela Aneel. Em nota, a Aneel informou que estabeleceu como condição para aprovação do processo que as empresas sob controle do grupo AES utilizem recursos provenientes de financiamento do BNDES prioritária e obrigatoriamente no pagamento de encargos intra-setoriais em atraso, como conta de consumo de combustíveis, reserva global de reversão, taxa de fiscalização, dentre outros. (Valor - 21.01.2004)

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8 BNDES aguarda aprovação do BC para o acordo

O banco aguarda para esta semana a aprovação do acordo pelo BC, pois somente com o "sinal verde" da autoridade monetária será possível desprovisionar a dívida da AES do balanço do banco de 2003. A AES Tietê divulgou fato relevante informando ter fechado acordo com seus credores no MAE. A dívida é relativa as operações de compra e venda de energia realizadas entre setembro de 2000 e setembro de 2002. A empresa não revelou o total renegociado. (Valor - 21.01.2004)

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9 Cemig gera nova disputa entre BNDES e AES

Resolvida a dívida de US$ 1,2 bilhão da AES relativa à privatização da Eletropaulo, o BNDES tem agora outro problema a enfrentar com a empresa americana. O consórcio SEB, controlado pela norte-americana AES, deve US$ 700 milhões ao banco. A dívida corresponde a um empréstimo contraído para a compra de parte da Cemig, em 1997. Os três sócios privados, entretanto, vêm recebendo regularmente os dividendos pagos pela Cemig. Desde que entraram no negócio, já receberam R$ 236,3 milhões, segundo a Cemig. Em fevereiro, o diretor da área financeira do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, que ficou à frente das negociações do caso AES/Eletropaulo, deve se dedicar ao caso Cemig. O empréstimo à SEB foi usado para comprar a participação do próprio BNDES na Cemig. (Folha de S. Paulo - 19.01.2004)

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10 AES Tietê fecha acordo para quitar débitos em operações no MAE

A AES Tietê fechou negociação com credores para quitar os débitos relativos as operações de compra e venda de energia elétrica no MAE no período de setembro de 2000 e setembro de 2002. No dia 19 de janeiro, a concessionária assinou os últimos instrumentos particulares de confissão e parcelamento de dívida e contratos de constituição de garantia com os credores. A AES Tietê pagará o débito em 49 parcelas, sendo que a primeira parcela será depositada nesta quarta-feira, dia 21 de janeiro. Segundo o fato relevante enviado pela concessionária à CVM, os credores que detêm um crédito em valor igual ou inferior a R$ 500 mil receberão a totalidade da dívida nesta quarta-feira, dia 21 de janeiro. (Canal Energia - 20.01.2004)

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11 Aneel retoma processo de transferência de controle acionário da Cemar

A Aneel retomou ontem (20/01) o processo de transferência do controle societário da Cemar com a publicação, pelo interventor da concessionária, Sinval Gama, de fato relevante no Diário Oficial do Maranhão e em jornais do país e do estado. A retomada ocorre após decisão do presidente do TRF da 1a Região, desembargador Catão Alves, que atendeu a agravos de instrumento interpostos pela Aneel na última sexta-feira, cassando as duas liminares que interromperam o processo na semana passada. Em seu despacho, o desembargador reafirma a competência administrativa da Aneel para apreciar a idoneidade econômico-financeira das empresas candidatas a participar da transferência de controle da concessionária. Pelo novo cronograma que constará do fato relevante, as propostas de solução econômico-financeira da Cemar deverão ser apresentadas à Aneel até o próximo dia 23 pelas duas empresas participantes do processo: a Mt. Baker Enterprises - L.L.C. e a SVM Participações e Empreendimentos Ltda, integrante do grupo GP Investimentos. (NUCA-IE-UFRJ - 21.01.2004)

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12 Eletrosul anuncia planos de investimento

A Eletrosul anunciou o investimentos de R$ 30,5 milhões no Paraná e Santa Catarina. Serão seis obras, que vão reforças as instalações de transmissão de energia elétrica que fazem parte da rede básica do sistema elétrico interligado. Os investimentos foram autorizados pela Aneel e agora devem passar pelo processo de licitação, através do qual serão contratadas as empresas que realizarão as obras e fornecerão os equipamentos. A empresa espera que as obras comecem em março. Santa Catarina receberá R$ 4,5 milhões (contra R$ 26 milhões do Paraná), na subestação Jorge Lacerda B e na linha de transmissão Palhoça-Jorge Lacerda Todas as obras devem estar concluídas até outubro de 2005. Com a entrada em operação desses empreendimentos, a Eletrosul afirma que terá um aumento de R$ 4,9 milhões em sua receita anual de transmissão - que hoje é de R$ 436 milhões. (A Notícia - 21.01.2004)

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13 Celesc não deverá pagar indenizações devido ao apagão

A Celesc não deverá ressarcir os consumidores atingidos pela interrupção de energia na ilha de Florianópolis, ocorrida no final de outubro de 2003. A decisão ainda está aberta a discussões judiciais, explica Milton Garcia, advogado da empresa. A distribuidora recebeu 364 pedidos de indenização. Garcia explica que a posição da empresa visa defender o patrimônio da Celesc. A distribuidora enviou correspondência lamentado o fato e reiterando as desculpa, além de explicar que não há relação de causa e efeito entre a interrupção do fornecimento e a queima de aparelhos eletrodomésticos. (Canal Energia - 20.01.2004)

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14 Celpe realiza recadastramento de clientes de baixa renda

A Celpe começa a enviar hoje entre 70 mil e 90 mil cartas para os consumidores de baixa renda, com gasto mensal entre 81 kWh e 140 kWh, que ainda não se recadastraram. O procedimento é necessário para que eles continuem usufruindo o subsídio médio de 50% na tarifa e a isenção do seguro antiapagão. O formulário deve ser preenchido e enviado à Celpe pelos Correios num prazo de 30 dias. O gerente do Departamento Comercial da Celpe, Ricardo Galindo, explica que o envio pelos Correios será feito com porte-pago custeado pela empresa. No total, estima-se que os custos administrativos com o recadastramento cheguem a R$ 100 mil, incluindo adequação do sistema, impressão e despesas com Correios. (Diário de Pernambuco - 21.01.2004)

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15 Aneel estabelece metas de DEC e FEC para Elektrto e Enersul

As metas de 2004 para os índices de Duração de Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e de Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) da Elektro e da Enersul foram estabelecidas pela Aneel. Para a Elektro, os valores para este ano variam entre 6 e 38 horas para Dec e entre 7 e 26 horas para Fec. Para a Enersul, o índice de Dec varia entre 11 e 77 horas e o Fec, entre 9 e 90 horas. (Canal Energia - 21.01.2004)

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16 Rede Cemat envia declaração para cliente de baixa renda

A Rede Cemat já enviou para os clientes beneficiados pelo programa tarifário de baixa renda a declaração de renda para fins de recebimento de desconto na tarifa de energia elétrica. A empresa informa que 60 mil clientes ainda não comprovaram a inscrição no programa Bolsa Família do governo federal. A participação no programa é necessário para receber o desconto nas contas de energia elétrica. (Canal Energia - 20.01.2004)

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Licitação

1 Cemig

A Cemig abre licitação para implantação do projeto de preparação e exploração da bacia de acumulação da usina hidrelétrica de Irapé. O prazo para a entrega das propostas encerra em 18 de fevereiro. (Canal Energia - 21.01.2004)

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2 Manaus Energia

A Manaus Energia abre processo para obter subsídios para a contratação direta de suprimento de energia ao sistema elétrico de Manaus, na modalidade de produtor independente. O prazo termine em 22 de janeiro. (Canal Energia - 21.01.2004)

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3 Ceal

A Ceal licita construção de alimentadores de 13.8 kV da subestação São Sebastião, no municípío de São Sebastião, em Alagoas. O prazo de abertura do processo vai até 4 de fevereiro e o preço do edital é de R$ 80. (Canal Energia - 21.01.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Térmicas emergenciais voltam a ser despachadas no Nordeste

O ONS ligou novamente as usinas termelétricas do seguro antiapagão no Nordeste. Ontem foram acionadas oito usinas, que estão gerando cerca de 500 MW médios. As usinas foram ligadas porque houve aumento do consumo de energia na região. As usinas tinham sido desligadas na sexta-feira porque choveu e foi possível ampliar a geração das usinas hidrelétricas. (Folha de São Paulo - 20.01.2004)

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2 Industrias e residências retomam consumo de energia

O consumo de energia elétrica do setor industrial cresceu 1,9% em novembro de 2003 sobre o mesmo mês de 2002, segundo a Eletrobrás. De janeiro a novembro do ano passado, o aumento do consumo foi de 2,2% sobre 2002. Em novembro, a indústria consumiu 11.252 GWh -43,6% do total do país. As residências também estão retomando o consumo de energia. Em novembro, a média de consumo dos lares brasileiros era de 141 kWh por mês, contra 137 kWh no mesmo mês do ano anterior -aumento de 2,9%. O maior crescimento aconteceu no Nordeste (5,5%). (Folha de São Paulo - 19.01.2004)

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3 Reservatórios em MG ainda estão abaixo do ideal

O forte volume de chuvas em praticamente toda Minas Gerais, neste primeiro mês do ano, ainda não foi suficiente para deixar os reservatórios das principais usinas hidrelétricas de Minas Gerais com os mesmos níveis de janeiro do ano passado. Dados do ONS mostram que os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste estão com 41,63% de sua capacidade de armazenamento, em média. Praticamente todas as usinas da Cemig estão com menos água estocada que no mesmo período do ano passado. A pior situação é a do reservatório de Três Marias, na região Central de MG, que está com 25,5% de sua capacidade de armazenamento. Em meados de janeiro de 2003 este percentual estava em 32%. Alimentada pela bacia do Rio São Francisco, Três Marias tem se sacrificado para aliviar a situação das usinas do Nordeste. Nas outras usinas da Cemig a situação está um pouco melhor. Os reservatórios de Nova Ponte, Emborcação e São Simão, no Triângulo Mineiro, estão com 32,5%, 41% e 68,5% da sua capacidade de armazenamento, respectivamente. Furnas, na bacia do Rio Grande, está com 64,8% do seu reservatório cheio. Apesar de menores que no ano passado, os níveis dos reservatórios são suficientes para garantir o abastecimento de energia neste ano, segundo avaliação do ONS. (O Estado de Minas - 19.01.2004)

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4 Volume armazenado no Subsistema Norte chega a 25,99%

O nível do submercado Norte fica em 25,99%, um aumento de 0,84% em relação ao dia 18 de janeiro. A hidrelétrica de Tucuruí registra 34,74% da capacidade. (Canal Energia - 20.01.2004)

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5 Nível do submercado Nordeste fica em 20,28%

A capacidade da hidrelétrica de Sobradinho chega a 15,56%. Os reservatórios do subsistema Nordeste apresentam 20,28% da capacidade. O volume está 0,46% abaixo da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo de 0,79% em um dia. (Canal Energia - 20.01.2004)

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6 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste apresentam 42,94% da capacidade

A capacidade fica em 42,94% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 19,49% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um aumento de 0,12%. As hidrelétricas de Marimbondo e Itumbiara registram 23,85% e 54,1% do volume, respectivamente. (Canal Energia - 20.01.2004)

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7 Capacidade fica em 86,47% no subsistema Sul

O volume armazenado no Subsistema Sul chega a 86,47%. O nível teve uma queda de 0,79% em relação ao dia 18 de janeiro. A usina de G. B. Munhoz registra 90,71% da capacidade. (Canal Energia - 20.01.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Falta de gás no NE é tema de reunião em Brasília

A falta de gás no Nordeste, que está agravando a crise de energia na região, será discutida hoje em Brasília. Dirigentes e técnicos da Aneel, do ONS e Petrobras têm reunião às 14hs no MME. Com o apoio da ministra Dilma, a Aneel diz que as térmicas sem gás estão contaminando os cálculos da curva de aversão ao risco de racionamento e acha que os agentes não podem declarar o valor de uma energia do qual não dispõem, por falta de gás. E acusa a Petrobras de descumprir contratos de fornecimento do PPT, além de outras leis e decretos. A estatal explica que sempre informou as deficiências de transporte na região e que não pode aumentar a oferta de gás sem licença ambiental. (Valor - 21.01.2004)

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2 Dilma : Petrobras poderia oferecer gás a todas às térmicas do Nordeste

A ministra Dilma acha que a Petrobras teria que fornecer gás para todas as térmicas da região. Na semana passada, a Aneel determinou que o ONS dê ordens para a entrada em operação de todas as térmicas a gás do Nordeste, simultaneamente. Mas a Petrobras diz que isso é impossível, já que não há como aumentar o fornecimento de gás para o Ceará. Isso porque não há gás para a TermoCeará, cuja energia é comprada integralmente para a Petrobras. O problema, segundo a estatal é que a capacidade de transportes dos gasodutos na região, que precisa ser aumentada. Para o Ceará só é possível mandar 2 milhões de metros cúbicos/dia, sendo que estão sendo despachados 2,1 milhões, que atendem apenas a TermoFortaleza, da Endesa. Segundo a estatal, o novo gasoduto para o Ceará só não foi construído ainda por falta de licença ambiental. (Valor 20.01.2004)

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3 Para aumentar a oferta de gás, Petrobras deverá reduzir produção de petróleo

Ainda segundo a Petrobras, se ela for forçada a atender a determinação de despacho do ONS a pedido da Aneel, terá que reduzir a produção de petróleo, lubrificantes e outros derivados, para aumentar a oferta de gás na região. E isso traria impacto ainda não quantificado sobre os níveis de produção, como explicou ontem o diretor de exploração e produção, Guilherme Estrella. Mas a ministra não se mostrou complacente com a estatal. "O despacho das emergenciais produz um prejuízo para o país. A existência de uma térmica sem gás é como se tivesse uma hídrica (hidrelétrica) sem água. Fazer uma hídrica sem água e sem rio é tão grave como fazer uma térmica sem gás", criticou Dilma. (Valor 20.01.2004)

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4 Petrobras prevê perder R$ 1,5 bi com usinas

A Petrobras vai contabilizar neste ano perdas de R$ 1,48 bilhão em seu balanço por causa de investimentos realizados em usinas termelétricas. O valor foi divulgado em comunicado à Bovespa. No comunicado, a Petrobras informou que "a principal causa das perdas é a frustração das expectativas quanto ao mercado de energia elétrica, que se reduziu após o racionamento em 2001". Na verdade, o problema ocorre porque a estatal garante a compra de energia das usinas térmicas. Muitas delas, porém, não estão gerando nenhum MW de energia ou têm sua capacidade subutilizada. Ou seja: a companhia não consegue receber de volta o investimento já feito. Em 2003, as perdas com a área de energia somaram R$ 1,368 bilhões. A estatal informou ainda que "a redução do mercado leva a dificuldades na obtenção de contratos de venda de energia em condições que remunerem investimentos realizados." (Folha de São Paulo - 19.01.2004)

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5 Petrobras fará provisão no balanço devido a perdas com termelétricas

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira que fará uma provisão de R$ 1,48 bilhão no balanço de 2003. Em fato relevante divulgado ao mercado, a estatal argumenta que a medida visa a antecipar perdas no segmento de energia elétrica e gás no decorrer deste ano. Para analistas, é uma forma de a empresa reduzir o lucro e abater impostos. A estatal já fez isso antes, inclusive no balanço do terceiro trimestre. Segundo a estatal, o novo provisionamento refere-se principalmente a contingências contratuais com plantas "merchant" e fornecimento de gás. A principal causa das perdas no negócio de energia é a frustração das expectativas da Companhia quanto ao mercado de energia elétrica, que se reduziu após o racionamento em 2001. (O Globo - 19.01.2004)

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6 Diretor da ANP: Setor de petróleo e gás é capaz de atrair investimentos privados

O setor de petróleo e gás será capaz de atrair investimentos privados nacionais e estrangeiros que permitirão ao Brasil a retomada do crescimento, "como todos querem". A afirmação foi feita pelo diretor geral da ANP, Sebastião do Rego Barros. Os técnicos da ANP trabalham com o Ministério de Minas e Energia na organização da sexta rodada de licitação de petróleo e gás, prevista para agosto. Rego Barros acredita que o interesse será maior do que nos últimos três anos. (Diário da Manhã - GO - 19.01.2004)

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7 Petrobras entre as empresas mais respeitadas do mundo

A Petrobras é a única companhia brasileira a figurar no ranking das "Empresas Mais Respeitadas do Mundo", pesquisa realizada anualmente, desde 1998, pela PricewaterhouseCoopers em parceria com o jornal britânico "Financial Times". Ano passado, entre as 72 empresas listadas, a Petrobras ficou em 65 - caindo duas posições em relação a 2002 - e também é citada como uma das companhias que mais geraram lucros para seus acionistas e melhor demonstraram seu compromisso social. A Copel e a Cemig não foram para o ranking geral, mas são das mais respeitadas em seus setores. A Copel ficou em terceiro lugar no segmento de Serviços Públicos e a Cemig, em 11a na área de Energia/Química. No ranking por países, com votação local, a Votorantim é a empresa mais respeitada, seguida pela Petrobras. Em 2002, as posições estavam invertidas. A pesquisa ouviu mais de mil executivos de 20 países, além de ONGs e jornalistas. (O Globo - 21.01.2004)

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8 Termorio deve iniciar operação comercial em julho

A Termorio vai começar a gerar energia comercialmente a partir de julho deste ano. A meta foi estabelecida durante reunião realizada no dia 16 de janeiro entre diretoria da empresa Termorio, que gerencia a usina; e a Petrobras, principal acionista. A data será ratificada nesta semana, quando dirigentes da térmica vão levar o cronograma a representantes da Alston, fornecedora dos equipamentos. A intenção é prevalecer o desenho de datas estipulado no encontro da semana passada, que serviu também para levantar os pontos ainda pendentes para a operação efetiva da unidade. Entre eles, estão a obtenção da licença ambiental de operação, em análise na Feema, e a assinatura do contrato de fornecimento de gás natural com a CEG. O escopo prevê que em março a usina começaria a operar em testes e em comissionamento com primeiro bloco de três turbinas geradoras, totalizando 383 MW. Quatro meses depois, a usina entraria em operação comercial. Caso o cronograma pré-estabelecido seja confirmado junto à Alston, as datas previstas para testes, comissionamento e operação comercial serão levadas à Aneel, que terá que ratificá-las. A estimativa é que os dois outros blocos de geradores da Termorio sejam postos em operação até março de 2005. (Canal Energia - 20.01.2004)


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9 Termorio: Petrobras e NRG continuam brigando na justiça

Paralelamente ao fechamento do cronograma para o início do funcionamento comercial da termoelétrica, o imbróglio societário envolvendo a Petrobras e a NRG na composição da Termorio continua tramitando na Justiça arbitral. De acordo com Carlos Augusto Kirchner, que desde dezembro preside a empresa administradora da usina, depoimentos de representantes das duas empresas sobre o caso foram colhidos na semana passada. A previsão inicial era que a questão fosse definida até o dia 30 deste mês, mas a decisão pela câmara de arbitragem foi estendida até o dia 28 de fevereiro. A questão passa não só pela saída da NRG da sociedade com a Petrobras, mas pelos valores envolvidos com o rearranjo societário. A NRG espera receber, além dos US$ 63 milhões aportados por ela no projeto, outros valores relativos ao ressarcimento por estar saindo da sociedade. Por outro lado, há o fato de que sem outros sócios, a Petrobras perderia o compromisso de comprar a energia produzida pela usina, o que acabaria sendo um problema para a empresa. (Canal Energia - 20.01.2004)

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Grandes Consumidores

1 Belgo amplia produção apostando na retomada da economia

Apostando no reaquecimento da construção civil no país, especialmente das obras de infra-estrutura, a siderúrgica Belgo-Mineira vai duplicar a capacidade de produção de vergalhão da usina de Piracicaba, no interior de São Paulo. A fabricação de vergalhão começará a ser ampliada a partir de março, quando estarão concluídas as obras de expansão da usina nas quais foram investidos US$ 70 milhões. A meta é elevar a produção de 500 mil toneladas para 1 milhão de toneladas por ano. "Acreditamos que o Brasil vai crescer, até porque precisa de pesados investimentos em infra-estrutura", explicou o gerente-geral da usina de Piracicaba, Fernando Bosi Filho. (Valor - 21.01.2004)

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Economia Brasileira

1 BC quer reduzir juros sem risco de pressões inflacionárias

O BC começará a trabalhar para evitar o risco de reduzir os juros a um nível que abra espaço para pressões inflacionárias. Atualmente, os juros reais estão em 8,84%. O Copom decide hoje o destino da taxa básica de juros. Para padrões da economia brasileira, o percentual de 8,84% é baixo. E, segundo alguns economistas, já está contribuindo para o início de uma forte retomada da atividade. Com isso, algumas projeções já revelam expectativa de crescimento entre 4% e 4,5% em 2004. O risco é que o crescimento econômico resvale em pressões de demanda. O nível de estoques na indústria, por exemplo, está caindo, o que pode gerar pressão de preços, caso o nível de investimento na economia não aumente em 2004. (Folha de São Paulo - 21.01.2004)

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2 Indústria pede maior redução dos juros

Ao contrário do mercado financeiro, que espera queda de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a indústria considera que estão dadas as condições técnicas para o Copom reduzir a Selic em 1,5 ponto percentual. Além de a produção industrial estar muito lenta e de não se registrar corrida às compras neste início de ano, apenas os setores de papel e plástico tiveram reajuste mais acentuado de preços. O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Claudio Vaz, ressalta que o recuo do câmbio, a queda no risco Brasil e a falta de demanda geradora de inflação abrem um grande espaço para corte de juros bem acima do que espera o mercado financeiro. (Jornal do Commercio - 21.01.2004)

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3 BC tem que ter o cuidado de identificar a taxa de juros de equilíbrio

Especialistas concordam que juros baixos e mais investimentos são importantes para o crescimento, mas também estão de acordo que, a partir do atual patamar de 8,84%, o BC pode esbarrar a qualquer momento na chamada taxa de juros reais de equilíbrio, que permite que a economia cresça sem gerar inflação. O problema é que nem mesmo o BC tem idéia de qual é essa taxa hoje. A instituição trabalha com a referência do que ocorreu em março de 2001, quando o Copom elevou os juros de 15,25% para 15,75% em conseqüência do início de pressões inflacionárias que acompanhavam a recuperação da economia, antes da crise de energia. A dúvida é até que ponto a política monetária poderá se flexibilizar em 2004. A certeza é que, neste contexto, a autoridade monetária reduzirá os juros a um ritmo bastante lento, provavelmente realizando cortes de 0,5 ponto percentual por mês. (Folha de São Paulo - 21.01.2004)

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4 BC não vai renovar dívida cambial

O BC decidiu não renovar o próximo vencimento da dívida pública cambial. No dia 2 de fevereiro, vencem US$ 2,5 bilhões em papéis cambiais. A não rolagem da dívida vincenda dá seqüência à estratégia de reduzir a exposição da dívida pública atrelada à variação do dólar. Ao menos por enquanto, a renovação de percentuais menores de dívida cambial não fez o dólar subir. (Folha de São Paulo - 21.01.2004)

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5 Tesouro dos EUA defendem reformas para aumentar PIB

O subsecretário do Tesouro dos EUA para Assuntos Internacionais, John Taylor, insistiu ontem na necessidade de reformas na economia brasileira para aumentar as taxas de crescimento do PIB. Taylor apontou a redução do custo do crédito, reforma da legislação trabalhista e diminuição da burocracia para abertura de empresas como fundamentais para aumentar o crescimento econômico. Fez um longo discurso elogiando o primeiro ano de política econômica do governo Lula, e lembrando que o desafio agora é aumentar o crescimento. A prioridade deve ser reduzir o custo do crédito e aumentar o acesso a ele. O subsecretário elogiou iniciativas como a do crédito com desconto em folha e a nova lei de falência. (Valor - 21.01.2004)

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6 Recursos captados por empresas, em 2003, atinge US$ 23,7 bi

O montante de recursos captados por empresas brasileiras no mercado internacional alcançou os US$ 23,7 bilhões em 2003, melhor ano desde 2000. Esse volume representou um crescimento de 156% em relação ao resultado obtido em 2002. Alguns tópicos explicam a melhora da performance do setor privado, especialmente a abundante liquidez do mercado externo e a melhora de indicadores econômicos do Brasil. Por outro lado, o volume de captações de recursos no mercado interno (obtidos principalmente pela emissão de debêntures, notas promissórias e ações) teve queda de 57% sobre 2002, ficando em R$ 11,2 bilhões. (Folha de São Paulo - 21.01.2004)

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7 IPC-Fipe apresenta inflação

A inflação no município de São Paulo acelerou segundo o IPC-Fipe. Passou de 0,59% para 0,71% entre a primeira e a segunda quadrissemanas de janeiro. O resultado deve influenciar a decisão do Copom. Apesar deste aumento da inflação, a tendência de médio prazo, sinalizada pelo núcleo industrial, é favorável. Para o coordenador do IPC, Paulo Picchetti, além da alta da inflação, o que mais deve influenciar a decisão do BC é o fato de a taxa real de juros estar em torno de 8,5%, a menor desde janeiro de 2000. (Valor - 21.01.2004)

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8 Dólar ontem e hoje

O clima de expectativa embalou os negócios do mercado financeiro na manhã desta quarta-feira. Hoje é o segundo dia da reunião do Copom, que no final da tarde anuncia a nova taxa básica de juros da economia. O dólar fechou a manhã em alta de 0,21%, cotado a R$ 2,843 na compra e R$ 2,845 na venda. A pressão sobre o dólar foi exercida por um leilão de compra do Banco Central, que adquiriu recursos por até R$ 2,841. A cotação foi superior aos R$ 2,838 do leilão de ontem e reforçou a tese de que o BC busca dar sustentação à moeda acima dos R$ 2,84. Ontem o dólar paralelo negociado em São Paulo fechou em alta de 0,33%, cotado a R$ 2,91 na compra e R$ 2,99 na venda. Não houve negócios com o paralelo no Rio de Janeiro, devido ao feriado de São Sebastião. O dólar turismo de São Paulo caiu 0,33%, cotado a R$ 2,80 e R$ 2,94 na compra e venda, respectivamente. (O Globo On Line e Valor Online - 21.01.2004)


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Internacional

1 Portugal e Espanha assinam acordo que cria Mercado Ibérico de eletricidade

O acordo internacional que estabelecerá o mercado ibérico de eletricidade (Mibel) vai ser celebrado na terça-feira (21/01) em Lisboa, na presença dos chefes de Governo dos dois países. O acordo de criação do Mibel inclui o reconhecimento recíproco de agentes, sendo suficiente a concessão do estatuto de produtor, comercializador ou outro num dos países signatários para que este seja imediatamente reconhecido no outro. O documento irá ainda "estabelecer que entidades possam participar no Mibel e obrigar as duas partes a desenvolver, de forma coordenada, a legislação necessária que permita o funcionamento de um mercado integrado", bem como "as competências do Conselho de Reguladores Ibérico, que integra os reguladores setoriais dos dois países, do Comitê de Agentes de Mercado - que integra representantes de todas as entidades que podem intervir no mercado - e do Comitê de Gestão Técnica do Mibel, que integra os Operadores de Mercado e de Sistema dos dois países". (Diário Econòmico - 19.01.2004)

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2 Mibel valerá cerca de 20 bi de euros por ano, diz ministro espanhol

O ministro da Economia espanhol, Rodrigo Rato, frisou que a partir de agora se falará de empresas ibéricas e não de elétricas portuguesas e espanholas. O ministro adiantou que o Governo de Aznar já aprovou, em Conselho de Ministros, o Decreto Lei em que todas as empresas do sector elétrico passam a ser consideradas domésticas, decisão que terá que ser ratificada pelo parlamento de Madrid. "Portugal e Espanha dão hoje um passo fundamental para assentar as bases de um verdadeiro mercado europeu", frisou Rodrigo Rato, salientando que o Mibel é mais importante do que a integração nórdica já existente neste setor, o Nortel, que inclui a Suécia, a Dinamarca e a Noruega (esta fora da UE). O ministro espanhol, respondendo a uma questão sobre as estratégias empresariais das elétricas no mercado ibérico liberalizado, frisou que estas "não são estratégias do Governo, mas sim das respectivas administrações". Relembrando que o Mibel valerá 19 a 20 bilhões de euros por ano, Rato salientou que as elétricas ibéricas serão assim bastante atrativas em termos de faturamento. (Diário Econòmico - 20.01.2004)

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3 Ministro da economia da Espanha: Risco de apagões diminui com o Mibel

Rodrigo Rato salientou que com o Mibel o risco de apagões se reduz consideravelmente, pois existirão financiamentos superiores a 3500 milhões de euros em produção e uma maior garantia de financiamentos internacionais. Por outro lado, acrescentou, como existe um sistema de regulação semelhante de alta nos dois países [REN em Portugal e REE em Espanha], o Mibel proporcionará uma melhor colaboração dos dois sistemas."Em paralelo, está a haver um aumento das conexões entre os dois países, o que permite que possa haver um apoio mútuo e uma maior colaboração entre Portugal e Espanha nas situações de criação de fornecimento", concluiu o ministro espanhol. (Diário Econòmico - 20.01.2004)

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4 Portugal e Espanha vão criar mercado ibérico do gás

O ministro da Economia espanhol, Rodrigo Rato, afirmou que o mercado do gás será o próximo em que Portugal e Espanha vão trabalhar conjuntamente para a criação de um mercado ibérico. (Diário Econòmico - 20.01.2004)

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5 Empresa argelina de petróleo e gás planeja venda de eletricidade na Espanha

A empresa pública argelina de petróleo e gás Sonatrach quer vender energia elétrica na Espanha a médio prazo. Segundo uma nota divulgada pela corretora do Grupo Sabadell, a Sonatrach pediu autorização às autoridades da União Européia para vender petróleo e gás na Espanha, além "de eletricidade, a médio prazo". Os analistas da Ibersecurities consideram que a presença da Sonatrach em Espanha é uma boa oportunidade para que as portas da Argélia se abram a novos operadores espanhóis para além da Repsol, Cepsa e Gás Natural. (Diário Econòmico - 19.01.2004)

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6 Shell construirá a maior fábrica de energia solar do mundo na Alemanha

A Shell construirá a maior fábrica mundial de energia solar próximo da cidade de Leipzig, na Alemanha. Segundo um porta-voz da unidade Shell Solar, a fábrica, de US$ 27,39 milhões, deve atender a demanda de 1.800 domicílios e será criada em cooperação com o projeto alemão Geosol e parceiros industriais, como a Siemens. Em comunicado, a Shell disse que os 33.500 módulos solares da fábrica com uma capacidade de produção de cinco MW será erguida em um antigo depósito de carvão. (O Globo - 21.01.2004)

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Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
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Webdesigner: Luiza Calado

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