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nº 1.270 - 14 de janeiro de 2004 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 FMI anuncia que vai retirar gastos infra-estrutura das contas de déficit O diretor-gerente
do FMI, Horst Köhler, disse que investimentos em infra-estrutura que sejam
gerenciados de "forma comercial " deverão ser excluídos das contas de
déficit público de países da América Latina. O FMI começou a discutir
o assunto há mais de um ano e há alguns meses criou um grupo para revisar
os critérios para contabilidade de déficit público. Köhler disse que o
Fundo está revisando os critérios de contabilidade de finanças públicas
para dar mais "espaço ao financiamento de infra-estrutura", mas alertou
os governos da região para que façam seus investimentos "num contexto
de disciplina fiscal, ou os países serão punidos por taxas de juros mais
altas impostas pelo mercado". Köhler não detalhou, entretanto, quais seriam
os critérios para considerar que um investimento em infra-estrutura é
"gerenciado comercialmente". (Valor - 14.01.2004) 2 AGU manifesta legalidade das MPs 144 e 145 A Advocacia-Geral
da União (AGU) encaminhou ontem ao STF sua manifestação pela constitucionalidade
das MPs 144 e 145. Segundo nota divulgada pela AGU, foi necessário editar
as MPs porque a assunto é "relevante e urgente". "Isso porque ainda existe
o risco de ocorrer outro apagão no País, caso não ocorra uma atualização
do sistema elétrico". O advogado-geral da União, Álvaro Augusto Ribeiro
Costa, argumenta que a comercialização de energia, da qual trata a MP,
faz parte de um processo em andamento por se tratar de um serviço público
essencial. Costa argumenta que poderia ser fatal para "a implantação e
eficácia das medidas necessárias para a segurança dos direitos dos usuários
do serviço" um processo legislativo longo, que durasse meses ou anos,
caso o modelo do setor elétrico fosse encaminhado ao Congresso na forma
de projeto de lei e não de medida provisória. (Jornal do Commercio - 14.01.2004) 3 AGU: Atribuições do ONS e MAE podem ser modificadas A Advocacia-Geral
da União (AGU) disse ainda, na nota divulgada ontem, que o MAE e o ONS
estão submetidos ao controle estatal, que pode modificar as suas atribuições
ou cassar as suas autorizações, sem que isto configure intervenção indevida
do Poder Público. Quanto à criação da EPE, a AGU alega que a empresa foi
criada para promover estudos sobre o desenvolvimento do setor e que isto
seria uma medida para evitar um novo racionamento. (Jornal do Commercio
e Gazeta Mercantil - 14.01.2004) 4
Dilma espera aprovação de MPs até fevereiro 5 Dilma descarta substituição de presidente da ANP A possível
substituição do diretor-geral da ANP, Sebastião do Rego Barros, não está
na pauta do Governo, segundo Dilma. "Não está na nossa prioridade", disse
a ministra ao lembrar que o mandato do diretor-geral vai até janeiro de
2005. A ministra disse que o governo vai indicar os nomes para as duas
vagas que estão sendo abertas no conselho diretor da ANP: a primeira ocorreu
por causa da saída de Luiz Horta e a segunda será aberta neste mês, com
a saída de Newton Monteiro. Uma terceira vaga já foi preenchida por este
governo: Haroldo Lima, que toma posse no próximo dia 19. (Jornal do Commercio
e Valor - 14.01.2004) 6 Abracel elogia atitude do Governo referente aos custos de funcionamento de térmicas emergenciais A Associação
Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica (Abracel) considerou
positivo o recuo do Governo federal, que desistiu na semana passada de
transferir o custo de funcionamento das térmicas emergenciais para os
consumidores. Pela interpretação atualizada do Governo, o custo das térmicas
emergenciais será pago pelas geradoras enquanto o nível dos reservatórios
nordestinos estiver abaixo dos limites de segurança. Se os reservatórios
subirem acima desses limites, o custo voltará a ser pago pelos consumidores,
principalmente pela indústria. O presidente da Abracel, Paulo Cezar Coelho
Tavares, disse que desde o tempo do racionamento havia clareza de que
os geradores deveriam pagar o funcionamento das térmicas, se um dia elas
viessem a ser acionadas. "Nós defendemos a clareza e a estabilidade das
regras", afirmou Coelho. (Jornal do Commercio - 14.01.2004) 7 Investimentos em geração e transmissão somam R$ 162 bi no PPA Os investimentos na área de geração e transmissão devem chegar a R$ 162 bilhões entre 2004 e 2007. Esse é o valor previsto para o segmento no Plano Pluranual, que terá investimento total de R$ 189 bilhões para a área de infra-estrutura. O texto será um dos temas analisados pelo Congresso Nacional durante a convocação extraordinária, que terá início no próximo dia 19. "A elaboração do PPA foi marcada pela realização de um grande debate nacional. Foram realizadas 27 audiências públicas em todo o país", explica. O relator do plano é o senador Roberto Saturnino. (Canal Energia - 13.01.2004) 8
Hidrelétricas anunciadas pelo MME vão acrescentar 932,1 MW em 2004 9 Usinas previstas para entrar em operação em 2004 e 2005 De acordo
com o relatório mensal de fiscalização da Aneel, as novas usinas em atividade
em 2004 serão Aimorés (330 MW), Candonga (140 MW), a ampliação de Itapebi
(25 MW), Monte Claro (130 MW) e Queimado (105 MW). Além delas, entrarão
em operação os primeiros 63,5 MW da usina de Corumbá IV, que totaliza
127 MW, e os 58,6 MW iniciais de Ponte da Pedra (176 MW no total). As
últimas máquinas com 80 MW de Quebra Queixo também estão previstas para
2004, quando a central poderá operar os 120 MW de capacidade. As usinas
anunciadas pelo governo previstas para 2005 são Irapé (360 MW), Ourinhos
(44 MW), Pedra do Cavalo (160 MW), Picada (50 MW), Santa Clara/Jordão
(120 MW). Ainda no ano que vem devem entrar os primeiros 230 MW de Barra
Grande (690 MW), os últimos 63,5 MW de Corumbá IV e os 117,4 MW remanescentes
da usina de Ponte da Pedra. (Canal Energia - 13.01.2004) 10
Abbine: Retomada de construção de hidrelétricas não altera panorama de
poucas encomendas 11 Usinas que entrarão em operação em 2006 vão gerar 1792 MW A maior
parcela dos 4.149 MW anunciados oficialmente na dia 9, pelo ministro,
José Dirceu, estão programados para começar a gerar energia somente em
2006, quando apenas três das 17 usinas agregarão 1.792 MW ao sistema.
A potência está concentrada nas hidrelétricas de Barra Grande, com mais
460 MW, na usina de Campos Novos, com capacidade de 880 MW, e em Peixe
Angical, cuja potência instalada soma 452 MW. (Canal Energia - 13.01.2004) 12 Brasil e Venezuela discutem integração energética na AL A integração
energética entre países da América Latina voltou a ser tema de encontro
do presidente Lula. Em encontro com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez,
o presidente brasileiro ressaltou a importância de definir políticas bilaterais
e projetos de integração. Além disso, Lula discutiu com o presidente venezuelano
a definição de linhas de crédito do BNDES e a possibilidade de uma presença
mais firme da Petrobras nas relações comerciais sobre o gás natural. (Canal
Energia - 13.01.2004) 13 Obras no Nordeste podem ficar de fora do PPP Incluído
na pauta da convocação extraordinária que começa dia 19 de janeiro, o
projeto de lei que regulamenta a contratação das Parcerias Público-Privadas
(PPPs) deve deixar de fora as grandes obras estruturantes do Nordeste
brasileiro. Segundo a secretária de Desenvolvimento Regional do ministério
da Integração Nacional, Tânia Bacelar, o modelo proposto pelas PPPs não
se aplica ao Nordeste do Brasil porque as empresas interessadas neste
tipo de investimento querem retorno rápido para aplicação de seus recursos.
No caso do Nordeste, a demanda só será atendida a longo prazo e por isso,
os investimentos precisam vir do Poder Público. "PPP não se adequa ao
Nordeste porque o setor privado só vai onde dá retorno rápido. A Transnordestina,
por exemplo, tem que ser financiada pelo Governo Federal. Eu não acredito
em PPP lá (no Nordeste) porque não tem demanda de curto prazo", avaliou.
(O Jornal de Alagoas - 14.01.2004) 14 Comitê de energia do RS pretende alterar Luz para Todos O Comitê
de Operação e Planejamento do Setor Elétrico do Rio Grande do Sul (Copergs)
pretende alterar o projeto universalização de energia Luz para Todos.
Durante reunião realizada nesta terça-feira, o grupo fechou proposta para
sugestão de modificações no projeto, que serão encaminhadas à ministra
Dilma. Entre as sugestões está a transferência de recursos que hoje são
destinados à eficientização energética para a área de universalização.
No estado, os valores recolhidos pela CEEE, RGE e AES Sul somam R$ 15
milhões, equivalentes a 0,5% das tarifas pagas pelos consumidores. Também
entrou na pauta da reunião as propostas de emendas que o Copergs apresentou
no Congresso Nacional para o novo modelo do setor elétrico brasileiro.
(Canal Energia - 13.01.2004)
Empresas 1 Dilma: Propostas para compra da Cemar são boas A ministra
Dilma Rousseff disse que recebeu, na sexta-feira, a avaliação da Eletrobrás
sobre as propostas apresentadas pelas empresas SVM Participações e MT
Baker Enterprises para compra da Cemar. "Estamos fazendo uma avaliação,
no Ministério e nos órgãos do Governo", disse Dilma. "Eu acho que a gente
tem que ficar otimista: primeiro, porque há duas propostas; e segundo,
porque as duas propostas são boas", afirmou, sem entrar em detalhes sobre
o conteúdo dessas propostas. A ministra disse esperar que, ainda este
mês, a situação da Cemar seja resolvida. De acordo com o cronograma da
Aneel, a decisão será anunciada no próximo dia 25. Disputam a compra a
SVM Participações e Empreendimentos, do Grupo GP Investimento, e a MT
Baker Interprices LLC. (Jornal do Commercio - 14.01.2004) 2 Projeto Chesf de P&D elimina altas correntes na energização de transformadores A CHESF, através da SOC/DCO/DOEL, está desenvolvendo o Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento "Chaveamento Controlado de Transformadores de Potência Trifásicos", coordenado pelo Eng. Herivelto Bronzeado, cuja principal meta é o estabelecimento de uma estratégia para redução/eliminação das altas correntes de inrush nos transformadores através do controle do instante de fechamento dos pólos dos disjuntores. Este Projeto faz parte do primeiro ciclo (2000-2001) do Programa CHESF de P&D, e vem sendo desenvolvido com o apoio da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da ABB - Suécia, e de vários outros órgãos da Empresa. Embora o referido Projeto ainda esteja em andamento, os resultados obtidos nos ensaios de campo realizados na Subestação Eunápolis, no dia 13 de dezembro de 2003, foram extremamente promissores. Este fato constitui um importante marco para a engenharia da Empresa, além de garantir, antecipadamente, o sucesso do Projeto. (NUCA-IE-UFRJ - 14.01.2003) A CEEE fez
um alerta aos clientes sobre o cumprimento do Regulamento Interno de Instalações
Consumidoras (RIC), que entrou em vigor em março de 2003. O regulamento,
elaborado pelas concessionárias de energia do RS em parceria com a Aneel
e da agência de regulação do estado, prevê que o quadro medidor de energia
deva ter acesso independente. (Canal Energia - 14.01.2004)
Licitação A CEEE licita
serviços na rede de distribuição de Torres, Três Cacheiras, Morrinhos
do Sul, Dom Pedro de Alcântra e Mampituba. O prazo para a realização das
propostas termina em 14 de janeiro. (Canal Energia - 13.01.2004) A Eletroacre prorroga o prazo do processo para serviços de reforço de pequenas construções e manutenção preventiva e corretiva em redes de distribuição. O novo prazo vai até 22 de janeiro e o preço do edital é de R$ 30,00. (Canal Energia - 13.01.2004) A Cemig
abre licitação para instalação de válvula de alívio flangeada para conduto
firçado na usina hidrelétrica de Xicão. O prazo para a entrega dos envelopes
encerra em 23 de janeiro. (Canal Energia - 13.01.2004)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS: NE tem 34 térmicas emergenciais em operação O número
de usinas termelétricas emergenciais em funcionamento na Região Nordeste
subiu para 34. Segundo o ONS, desde a madrugada de ontem estão em funcionamento
mais sete usinas. Desde o final de semana já haviam sido acionadas outras
sete emergenciais, que têm custo de geração acima de R$ 300 por MWh. O
total de energia despachada pelas emergenciais no Nordeste é de aproximadamente
1.000 MWh desde ontem. O nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas
que abastecem a região estava em 15,62% da capacidade no dia 12, segundo
informe divulgado ontem pelo ONS. (Gazeta Mercantil - 14.01.2004) 2 Subsistema Norte apresenta 22,76% da capacidade A capacidade
de armazenamento está em 22,76% no subsistema Norte, um aumento de 0,24%
em um dia. A usina de Tucuruí apresenta 29,92% do volume. (Canal Energia
- 13.01.2004) 3 Capacidade de armazenamento está em 15,62% no subsistema Nordeste O nível
de armazenamento fica 2,64% abaixo da curva de aversão ao risco 2003/2004
no subsistema Nordeste. A capacidade da região chega a 15,62%. A hidrelétrica
de Sobradinho registra índice de 12,65%. O índice teva um acréscimo de
0,4%. (Canal Energia - 13.01.2004) 4
Nível de armazenamento fica em 40,61% da capacidade no Sudeste/Centro-Oeste 5 Os reservatórios registram 90,04% da capacidade no subsistema Sul O subsistema
Sul apresenta 90,04% da capacidade, uma queda de 0,23%. A usina de Passo
Fundo apresenta 76,99% do volume. (Canal Energia - 13.01.2004)
Gás e Termoelétricas 1 MME define nova política para setor de gás em 2004 O MME vai definir ao longo deste ano uma nova política para o gás natural no país. As diretrizes envolvem um novo processo de formação de preço do insumo, e a estratégia de aproveitamento das novas reservas de gás. Segundo a secretária de Gás e Petróleo do MME, Maria das Graças Foster, há a possibilidade futura de o país passar de importador para exportador do insumo. A construção no país de uma planta de liquefação de gás também está sob análise. O novo marco regulatório do setor de gás começou a ser discutido ontem com os agentes do setor. Participaram de reunião com Dilma, representantes das 24 distribuidoras de gás do país. O objetivo do governo é se reunir com representantes de todas as empresas da cadeia do gás ao longo do ano. Para as próximas reuniões serão chamadas as produtoras de gás. A criação do marco regulatório para o gás, segundo explicação da secretária, envolverá mudanças na Lei do Petróleo (nº 9. 478). Essa regulamentação será feita com base em portarias, que serão editadas ao longo do ano. (Valor - 14.01.2004) 2 Objetivo imediato do MME é o abastecimento de gás no Nordeste Segundo
Maria das Graças, dentre as preocupações imediatas do governo está o abastecimento
de gás da região Nordeste. O objetivo, segundo ela é dobrar a capacidade
de transporte do insumo na região em dois anos, com construção dos gasodutos
do Projeto Malhas e do Gasene, que interligarão a região com as bacias
de Santos, Campos e do Espírito Santo. A Petrobras teria capacidade de
geração de 1.200 MW de suas térmicas a gás na região, mas as usinas TermoFortaleza,
Fafen e Camaçari estão produzindo apenas 230 MW por falta de gás. Parte
do insumo foi vendido pela Petrobras às indústrias da região, e esse volume
agora não pode ser direcionado às térmicas porque seria caracterizado
como quebra de contrato. "A Petrobras está no limite do que pode fazer
para abastecer as térmicas sem desabastecer outros segmentos importantes",
declarou a secretária. (Valor - 14.01.2004) 3 Petrobras investirá US$ 1,6 bi na infra-estrutura do gás natural do Nordeste A Petrobras
investirá US$ 1,6 bilhão na melhoria do abastecimento de gás natural no
Nordeste. A empresa trabalha na ampliação da infra-estrutura dos gasodutos
da região, dentro do Programa Malhas, e na construção do gasoduto Sudeste-Nordeste
(Gasene), além da exploração o campo de Manati, na Bahia. Segundo Ildo
Sauer, o problema de suprimento na região não será resolvido no curto
prazo, apesar do esforço da empresa. Sauer conta que a empresa não imaginava
o agravamento da situação do nível dos reservatórios do Nordeste. A estatal
já conseguiu aprovar, em julho, o financiamento para o Programa Malhas,
que terá investimento de US$ 600 milhões para a região. O executivo afirma
que o problema de abastecimento de gás natural no Nordeste é conseqüência
da estratégia firmada para estabelecimento do PPT. (Canal Energia - 13.01.2004)
Grandes Consumidores 1 Vale consegue reajuste de 18,6% no preço do minério de ferro A forte
demanda mundial por matérias-primas, puxada em grande escala pelo mercado
chinês, favoreceu a Cia. Vale do Rio Doce nas negociações de reajuste
dos preços do minério de ferro para este ano. O produto é o principal
negócio da mineradora e responde por mais de 60% de sua geração de receita.
A companhia fechou um acordo com o grupo Arcelor, seu maior cliente individual,
para aumentar em 18,6% o preço do minério fino da mina de Carajás. Os
preços para a Arcelor vão vigorar a partir de 1º de abril, mesma data
para os clientes asiáticos. O aumento, recorde em dez anos, servirá como
referência para as demais negociações no país e com clientes europeus,
da Ásia e da América do Norte. Servirá também de referência para as negociações
de outras mineradoras no mundo. A CVRD prevê aumentar a exportação de
minério de ferro e pelotas em 16 milhões de toneladas neste ano, alcançando
150 milhões de toneladas - 33 milhões para o mercado chinês e 22 milhões
para a Arcelor. (Valor - 14.01.2004) 2 CVRD espera fechar acordo com clientes asiáticos A Vale aguarda
para os próximos dias o fechamento de acordos com os clientes da Ásia,
com destaque para os japoneses. A empresa espera repetir o reajuste para
seu minério fino de Itabira, Minas Gerais, - a referência de negociação
com os japoneses. No caso das pelotas de ferro, a expectativa é obter
aumento superior ao dos finos devido a forte demanda nesse mercado. O
minério granulado é tradicionalmente também super demandado, mas seu acerto
de preços é feito pelos produtores australianos. Eles atendem a um mercado
desse produto maior que o da Vale. No mercado interno, as usinas siderúrgicas
de aços planos - que não quiseram se manifestar sobre o reajuste - sofrerão
o impacto da mesma forma, com preço retroativo a primeiro de janeiro e
deverão enfrentar também uma renegociação de frete. (Valor-14.01.2004) 3 CVRD vai investir US$ 700 mi para aumentar produção de ferro em 2004 Em 2004,
dos US$ 2 bilhões que a Vale vai destinar a investimentos, US$ 700 milhões
serão para aumento de produção de ferro. A Vale tem hoje uma demanda potencial
de cerca de 10 milhões de toneladas acima do que está conseguindo produzir
para vender. "Vamos elevar nossa oferta este ano em 16 milhões de toneladas,
ante as 134 milhões exportadas em 2003", informou Nelson Silva, diretor
comercial da Vale. Carajás, em 2004, vai produzir 70 milhões de toneladas
(contra 54 milhões). "O mercado transoceânico vai movimentar este ano
550 milhões de toneladas de ferro, ante 515 milhões em 2003. A Vale sozinha
(excluindo Caemi e Samarco) participa com 27% deste mercado. (Valor- 14.01.2004) 4 Aracruz registra lucro de R$ 154,4 mi no último trimestre de 2003 A Aracruz
Celulose anunciou lucro líquido de R$ 154,4 milhões no quarto trimestre
de 2003, ampliando o resultado acumulado no ano para R$ 870,2 milhões,
recorde histórico para a empresa. O ganho do ano, que representa um salto
substancial em relação aos R$ 12,1 milhões de 2002, foi determinado pela
valorização de 19% do real frente ao dólar em 2003, o que garantiu receitas
cambiais de R$ 983 milhões no exercício. O resultado financeiro, já descontadas
despesas financeiras de R$ 120 milhões, foi de R$ 868 milhões. A apreciação
do câmbio tem efeito positivo sobre a dívida líquida em dólares da companhia,
que em 31 de dezembro situava-se em cerca de US$ 1 bilhão. Também contribuíram
para o lucro de 2003 o aumento de 36% nas vendas de celulose da empresa
e a alta de 10% no preço de referência médio da celulose da Aracruz. A
receita líquida superou os R$ 3 bilhões no acumulado de 2003, com alta
de 51% sobre 2002, e a geração de caixa atingiu R$ 1,55 bilhão, com aumento
de 78% sobre o exercício anterior. Depois de investir US$ 796 milhões
em 2003, a Aracruz deve desembolsar US$ 240 milhões em 2004, sendo US$
133 milhões no projeto da Veracel. (Valor - 14.01.2004) 5 Entrada de operação da Veracel vai aumentar capacidade de produção da Aracruz O aumento
da capacidade nominal da Aracruz de 2,4 milhões de toneladas para 3 milhões
de toneladas/ano será atingida com a entrada em operação da Veracel, a
partir de agosto de 2005. Segundo o presidente da Aracruz, Carlos Aguiar,
a Veracel e a unidade Guaíba (ex-Riocell) não dispõem de florestas para
duplicar a capacidade de produção. Ele informou que no primeiro semestre
a Aracruz poderá aprovar plano para elevar de 415 mil para 460 mil toneladas
a capacidade de produção de Guaíba, num investimento de R$ 200 milhões.
O projeto inclui parcerias com fazendeiros na região para produção de
eucalipto. (Valor - 14.01.2004) 6 Gerdau deverá faturar US$ 105 mi no 1º ano de operação de laminador O grupo Gerdau deverá faturar US$ 105 milhões no primeiro ano de operação do novo laminador de fio-máquina. Esse cálculo é feito com base na previsão do grupo de obter volume entre 250 mil a 300 mil toneladas no primeiro ano de operação. A capacidade total do novo laminador é de 550 mil toneladas. Segundo o vice-presidente executivo de finanças e relações com investidores do grupo siderúrgico gaúcho, Osvaldo Schirmer, no mercado internacional a tonelada do produto está cotada entre US$ 330 e US$ 350, dependendo do tipo e da qualidade do produto. As vendas começam no final do primeiro trimestre. (Jornal do Commercio - 14.01.2004) Economia Brasileira 1 BC tentará obter menor juro em nova emissão A estratégia do BC em relação ao mercado ficou clara para analistas de fora depois da emissão de US$ 1,5 bilhão, volume pequeno se considerada a demanda estimada em mais de US$ 10 bilhões. Já prevendo grande procura pelos títulos, o objetivo da autoridade monetária foi, justamente, deixar muitas propostas de compra de fora para que, na próxima emissão, consiga taxas ainda mais baixas que os 8,75% que pagará pela dívida emitida segunda. O BC joga com o cenário de juros muito baixos em países desenvolvidos e, com isso, sobra de recursos para investimentos. Estima que a sede de investidores externos por papéis que pagam taxas ainda muito altas, como o Brasil, é grande. O BC corre o risco de as condições externas mudarem até que lance sua próxima emissão. Afinal, apesar do cenário de recuperação econômica global, há temores em relação à instabilidade provocada pela forte oscilação das moedas e até a conseqüências de possíveis problemas geopolíticas e a piora do terrorismo. (Folha de São Paulo - 14.01.2004) 2 Meirelles: Captação sinaliza retomada da confiança Henrique Meirelles se diz "satisfeito" com os resultados obtidos pelo País na emissão de títulos da dívida externa e pelo qual se pagará juros de 8,75% pelos próximos 30 anos. "Estamos cumprindo nossa missão de aumentar os prazos, baixar os custos e melhorar o perfil da dívida interna e externa", afirmou Meirelles. Para o presidente do BC, o resultado da colocação dos papéis "ficou na parte de cima das expectativas elaboradas pelo Banco Central". "O sucesso da emissão sinaliza a retomada da confiança no Brasil", disse. (Jornal do Commercio - 14.01.2004) 3 Captações do BC deram folga para o pagamento de obrigações em 2004 O que tranquiliza o BC é o fato de que as duas emissões externas feitas desde setembro de 2003 e as compras no mercado doméstico já garantirem ao governo colchão para o pagamento do valor principal e dos juros de todos os vencimentos de títulos e das parcelas de dívidas com o chamado Clube de Paris até junho de 2004. O objetivo do BC ao forçar uma queda forte dos juros nos empréstimos soberanos é abrir espaço para que as empresas também captem a taxas mais baixas. É consenso que a retomada de investimentos privados é fundamental para que a economia caminhe em direção ao crescimento sustentado. A leitura da equipe econômica é que, do lado macroeconômico, esse caminho tem sido trilhado. Falta garantir ao investidor externo segurança do ponto de vista regulatório. (Folha de São Paulo - 14.01.2004) 4
Fundos de investimento estão com recursos no valor de R$ 500 bi 5 Capacidade ociosa da indústria adias investimentos O ano de
2004 poderá ser um período de crescimento econômico, mas não será tempo
de fortes investimentos. Levantamentos sobre o desempenho industrial em
2003 mostram que alguns dos principais setores da economia brasileira,
como materiais de transporte, produtos plásticos e materiais elétricos,
têm níveis de utilização da capacidade instalada consideravelmente baixos.
Na opinião de analistas, isso permitiria absorver crescimentos de demanda
sem necessidade de grandes investimentos e contratação de mão-de-obra.
As exportações figuram como a única esperança de reverter o quadro no
curto prazo. De acordo com a última Sondagem Industrial da FGV, referente
ao mês de outubro de 2003, existem pelo menos nove segmentos industriais
que utilizaram durante o ano passado menos de 75% de sua capacidade instalada.
(Valor - 14.01.2004) 6 Mercado aposta em queda de juros A seis dias
úteis da primeira reunião do ano do Copom do BC, o mercado de juros ampliou
ontem suas apostas de intensificação da rota declinante da taxa básica,
a Selic. O juro real projetado para os próximos 12 meses caiu ontem para
8,54%, aproximando-se do juro real de equilíbrio defendido no final do
ano passado pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, entre 6% e
8% ao ano. Os grandes bancos estão revisando para baixo suas expectativas
de juros até dezembro por causa do otimismo internacional com o Brasil.
Como o país pratica uma política econômica ortodoxa que vem surtindo efeitos
positivos em várias áreas - inflação controlada, manutenção de elevado
superávit fiscal, expressivo saldo comercial e balanço de pagamentos também
no azul -, torna-se alvo prioritário da vasta liquidez internacional.
(Valor - 14.01.2004) A inflação de 2003 medida pela FGV por meio do IGP-DI foi de 0,60% em dezembro, fechando o ano em 7,67%, abaixo da variação anual de 9,3% do IPCA, medido pelo IBGE. Este ano, o comportamento diverso do câmbio, de valorização do real, contribuiu para esta taxa mais baixa do IGP-DI. (Valor - 14.01.2004) 8
Minas Gerais busca setor privado para viabilizar programa de investimentos O mercado
de câmbio tem uma sessão de negócios tranqüila e mantém o dólar perto
da estabilidade, com leve indicação de alta. Às 12h01m, a moeda americana
era negociada por R$ 2,807 na compra e R$ 2,810 na venda, com alta de
0,14%. Ontem, o dólar comercial terminou com avanço de 0,57%, a R$ 2,8050
na compra e a R$ 2,8060 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 14.01.2004)
Internacional 1 Gas Natural compra distribuidora de gás italiana A espanhola
Gas Natural fechou um acordo para a compra da italiana Brancato, distribuidora
de gás na região da Sicília. Os valores do negócio não foram revelados.
Com o acordo, a Gas Natural reforça a sua presença no Sul da Europa. A
aquisição da Brancato acrescenta 93 mil clientes à carteira da empresa
espanhola. A meta da companhia, dentro de seu projeto de expansão no sul
da Europa, é incorporar 300 mil clientes na Itália durante o ano de 2004.
A empresa está próxima da aquisição de 35% da companhia grega Depa. (Gazeta
Mercantil - 14.01.2004) 2 Areva adquire área de transmissão e distribuição da Alstom A Areva
concluiu a aquisição da área de transmissão e distribuição da Alstom em
40 países, em um negócio que somou 950 milhões de euros. A expectativa
é aumentar o faturamento anual dos atuais 8 bilhões de euros para 11 bilhões
de euros, de acordo com Didier Farez, presidente da Areva. Ele explica
que a empresa está procurando caminhos para geração de energia limpa,
tratando a área de GTD como negócio sustentável. O principal acionista
da Areva, que surgiu com a fusão de empresas voltadas para a área nuclear,
é o governo francês, com 95% de participação. (Canal Energia - 13.01.2004) 3 CGE Transmision oferta US$106 mi em títulos A companhia chilena de transmissão, CGE Transmision, vai colocar em oferta 35 títulos de 21 anos, que podem chegar a uma captação de US$ 106 milhões no mercado local na sexta-feira. Os títulos carregam juros anuais de 5,5 %, pagos duas vezes ao ano. (Business News Americas - 13.01.2004)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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