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IFE: nº 1.268 - 12 de janeiro de 2004
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Governo não irá mexer em pontos considerados fundamentais das MPs
2 Fernando Ferro: Existe espaço para negociações na participação do Estado no ONS e na Aneel
3 Abradee, Abracee e Apine se reúnem com o governo para discutir MPs
4 Apine: Governo quer agilizar votação de MPs
5 Apine: Governo precisa detalhar melhor o modelo
6 Abar preocupada com declarações de sub-chefe da Casa Civil
7 Governo retoma argumentos já apreciados pelo STF para substituição de presidentes de agências
8 Governo poderá assumir o poder das agências reguladoras
9 Incentivo do Governo à economia inclui retomada de obras de 17 hidrelétricas
10 Consumidor pode ficar livre do seguro antiapagão
11 Utilização de todas as térmicas do sistema pode custar R$ 40 mi por dia

Empresas
1 Eletrobrás confirma saída de diretor financeiro
2 CEEE trabalha na melhoria da iluminação pública de município gaúcho

Licitação
1 Eletroacre
2 Eletronorte
3 Comissão Nacional de Energia Nuclear

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Dirceu: Plano de obras para 2004 afasta risco de apagão
2 Aumenta fornecimento de energia de termelétricas emergenciais no Nordeste
3 Nível dos reservatórios no NE vem apresentando recuperação
4 RJ solicita aumento de produção de térmicas do estado ao ONS
5 Exportação de energia termoelétrica do RJ para o Nordeste esbarra na capacidade de transmissão

Grandes Consumidores
1 CVRD liquida oferta de bônus de US 500 mi essa semana
2 Braskem e Votorantim realizam captação no exterior

Economia Brasileira
1 MF: Independência do BC será debatida em 2004
2 Liberação dos recursos do BNDES está em alta
3 Demanda da indústria por recursos indica expansão

4 Delfim Netto: País pode crescer 3,5% ou mais
5 Dirceu: Governo fará pesados investimentos em infra-estrutura
6 Novas regras para fundos de investimento está em análise na CVM
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 BPI: Impugnação da Assembléia Geral da Galp pode ser prejudicial para a EDP

 

Regulação e Novo Modelo

1 Governo não irá mexer em pontos considerados fundamentais das MPs

O relator da principal medida provisória (MP) do setor elétrico, a MP 144, deputado Fernando Ferro, disse que o texto do novo modelo deve sofrer algumas alterações, como parte do processo normal de discussões, mas ressaltou que o governo não irá mexer em pontos considerados fundamentais. Entre eles, afirmou, estão os artigos 1º, 2º e 8º, que tratam de assuntos ligados à comercialização de energia, licitações para novos empreendimentos e o papel de planejamento do Estado, por meio da Empresa Planejadora de Energia (EPE). Segundo ele, essas são as questões mais "rejeitadas" pela oposição, mas o governo não pretende alterá-las, para não desfigurar o projeto. (NUCA-IE-UFRJ - 12.01.2004)

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2 Fernando Ferro: Existe espaço para negociações na participação do Estado no ONS e na Aneel

De acordo com Fernando Ferro, há assuntos nos quais existe espaço para negociações, como a participação do Estado em órgãos como o ONS e a Aneel. Existem também questões pontuais, passíveis de eventuais mudanças, como aquelas ligadas a prazos de transição, consumidores cativos e livres e autoprodutores. Ferro afirmou que existem 766 propostas de emendas ao texto do novo modelo elétrico. O deputado disse também que "o Estado é elemento decisivo para a implementação das políticas energéticas", ao ser questionado sobre as críticas de alguns segmentos do setor de que o modelo ampliará a concentração de poder no governo federal. (NUCA-IE-UFRJ - 12.01.2004)

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3 Abradee, Abracee e Apine se reúnem com o governo para discutir MPs

Representantes da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) e Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine) estiveram em Brasília, no dia 9 de janeiro, para um reunião no MME. No encontro, além do detalhamento de alguns pontos da MP 144, também foi discutida a tramitação das MPs no Congresso Nacional. (Gazeta Mercantil - 12.01.2004)

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4 Apine: Governo quer agilizar votação de MPs

Segundo Eric Westberg, presidente do conselho de administração da Apine, o governo quer agilizar a votação das medidas para que as regras se tornem lei logo. "Eles estão fazendo força para acelerar o processo, porque assim o mérito das Adins cai", diz. As Adins (ação direta de inconstitucionalidade) movidas pelo PFL e PSDB argumentam, entre outras coisas, que a regulamentação do setor realizada por meio de MP seria inconstitucional. Westberg diz que a pressa do governo também está relacionada à preocupação em garantir que a licitação para novas usinas seja realizada ainda este ano. "Como as novas regras determinam que a licença ambiental seja obtida antes da licitação, a demora na aprovação poderia atrasar toda essa programação preliminar e impossibilitar a licitação em 2004". (Gazeta Mercantil - 12.01.2004)

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5 Apine: Governo precisa detalhar melhor o modelo

Eric Westberg, presidente do conselho de administração da Apine, disse que, para que haja investimento privado no setor, o governo precisa detalhar melhor o modelo. Segundo ele, um prazo considerado adequado pelo mercado para maior detalhamento seria março, uma vez que o governo pretende fazer leilões para construção de usinas em outubro ou novembro. (Folha de S. Paulo - 10.01.2004)

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6 Abar preocupada com declarações de sub-chefe da Casa Civil

A presidente da Associação Brasileira das Agências de Regulação (Abar), Maria Augusta Feldman, manifestou sua preocupação com as declarações do sub-chefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Antônio Dias Toffoli, onde ele explica o entendimento jurídico do governo sobre a substituição dos presidentes ou diretores-gerais das agências reguladoras. "As declarações dele são preocupantes e assustadoras. Nos parecem frágeis em termos de consistência e assustadoras porque tentam colocar em xeque o mandato dos dirigentes das agências", disse Feldman. Ela vê contradição no Governo, lembrando que as tentativas de subordinar as agências estão acontecendo após o envio de um projeto de lei regulamentando as Parcerias Público Privadas, que terão contratos de 30 anos e cujas tarifas vão exigir acompanhamento dos órgãos reguladores para dar segurança tanto ao governo quanto aos investidores. "Que expectativa o governo pretende ter nesses contratos se está querendo subordinar o órgão regulador?", questiona Feldman. (Valor - 12.01.2004)

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7 Governo retoma argumentos já apreciados pelo STF para substituição de presidentes de agências

Na avaliação do advogado e procurador do Estado, Alexandre dos Santos Aragão, um especialista no assunto, o PT está retomando argumentos que já foram utilizados na Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) proposta pelo então ex-governador gaúcho Olívio Dutra contra a Lei da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Rio Grande do Sul (Agergs). "O problema é que o PT está retomando argumentos que já foram apreciados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em liminar. O STF considerou constitucional a impossibilidade de o presidente exonerar os dirigentes das agências durante a vigência de seus mandatos, salvo justa-causa", lembra Aragão. O STF entendeu que o inciso XXV do artigo 84 da Constituição não impedia que fossem, por lei, estabelecidos limites aos poderes do Presidente da República de nomear e exonerar dirigentes das agências. Agora a Casa Civil também entende que a Constituição mudou e que a emenda Constitucional nº 32 confere poder ao presidente para dispor sobre a organização e funcionamento da administração pública. (Valor - 12.01.2004)

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8 Governo poderá assumir o poder das agências reguladoras

O governo Lula poderá assumir o poder no conselho diretor de duas das principais agências reguladoras - ANTT e ANP - já em fevereiro. Até lá, o governo poderá indicar cinco nomes para essas diretorias e terá pelo menos três indicados em cada conselho, número que confere maioria nas agências. Na Aneel, caso não haja nenhuma renúncia, o governo só terá maioria em maio de 2005. O presidente da agência, no entanto, poderá ser trocado ainda neste ano. O mandato de José Mário Abdo termina em dezembro. (Folha de S. Paulo - 11.01.2004)


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9 Incentivo do Governo à economia inclui retomada de obras de 17 hidrelétricas

O governo anunciou seu plano de obras para 2004, com o objetivo de preparar o terreno para receber investimentos nacionais e estrangeiros na área de infra-estrutura e, assim, acelerar o crescimento econômico. O presidente Lula disse que estão sendo retomadas as obras de 17 hidrelétricas, que vão gerar 4.149 MW de energia. O ministro José Dirceu disse ainda que serão construídas outras 18 usinas hidrelétricas cujas obras estão embargadas pela Justiça por problemas ambientais. Segundo ele, o governo está tomando as providências para liberá-las. Também estão em construção nove usinas termelétricas e em ampliação outras quatro. Dirceu afirmou que, em fevereiro, o presidente anunciará o Proinfa, avaliado em R$ 2,8 bilhões. Apesar da meta de superávit primário de 4,25% do PIB em 2004, Dirceu afirmou que haverá recursos suficientes para todos esses investimentos. Todos os recursos do Orçamento serão direcionados para investimentos e o desafio é triplicar os recursos para obras. (O Globo - 10.01.2004)

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10 Consumidor pode ficar livre do seguro antiapagão

A Aneel deverá definir na semana que vem como será o ressarcimento dos recursos pagos pelo seguro-apagão aos consumidores. A Aneel publicou retificação da Resolução 686, que determinou que o encargo pela utilização das usinas termelétricas emergenciais não deveria ser cobrado dos consumidores, mas dos agentes do setor elétrico (geradoras e distribuidoras de energia). Além de retirar este encargo das tarifas (1,9%), a Aneel ainda estuda uma forma de restituir o que já está sendo pago pelos consumidores nas contas de janeiro. O provável é que nas contas de fevereiro (vencimento em março) o consumidor não pague o encargo de utilização, mesmo que as usinas emergenciais continuem a gerar energia. (Jornal do Brasil - 10.01.2004)

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11 Utilização de todas as térmicas do sistema pode custar R$ 40 mi por dia

Se todas as termelétricas emergenciais do país, o chamado seguro-apagão, forem acionadas para suprir energia por causa da escassez de chuvas no Nordeste, os gastos com a geração de eletricidade nelas poderá chegar a R$ 40 milhões por dia. Os cálculos são do diretor do CBIE, Adriano Pires, que estima que, com o fornecimento de energia atual dessas usinas, o país já esteja gastando diariamente R$ 21 milhões. Isso ocorre porque essas usinas, normalmente construídas sobre barcaças ou estruturas com rodas, utilizam, na maioria, diesel ou óleo combustível que torna o custo de geração mais elevado que o das termelétricas a gás natural. Segundo Pires, o custo de geração dessas usinas é de R$ 230 a R$ 400 por MWh, dependendo do combustível usado, contra R$ 60 a R$ 90 por MWh das termelétricas a gás natural do PPT. (Jornal do Brasil - 11.01.2004)

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Empresas

1 Eletrobrás confirma saída de diretor financeiro

A Eletrobrás confirmou, no dia 9 de janeiro, a saída do diretor financeiro, Alexandre Magalhães da Silveira, que deixou o cargo por motivos pessoais. Como o substituto de Magalhães ainda não foi definido, ele ficará no cargo até que o novo diretor tenha seu nome aprovado. Em nota, a Eletrobrás afirmou que o executivo "conta com o apoio do Ministério de Minas e Energia e do Governo Federal, que já se manifestaram favoráveis à decisão de manter a gestão financeira da Eletrobrás sob uma administração técnica, profissional e competente". Luiz Pinguelli Rosa disse que a diretoria financeira do grupo não será ocupada por indicação política. "O critério será o mesmo que norteou a escolha de Alexandre Magalhães da Silveira, ou seja, técnico", diz a nota. (Valor e Gazeta Mercantil - 12.01.2004)

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2 CEEE trabalha na melhoria da iluminação pública de município gaúcho

O governo do Rio Grande do Sul assinou no dia 9 de janeiro, o contrato de melhorias na iluminação pública do município de Arroio dos Ratos. Pelo acordo, a CEEE vai substituir lâmpadas incandescentes, mistas e de vapor de mercúrio por unidades de sódio de alta pressão, com cerca de 1.250 pontos de iluminação pública. A medida, que faz parte do programa Reluz, vai gerar uma economia de 487 MW por ano para a cidade, segundo estimativa do governo gaúcho. Os investimentos no projeto serão de R$ 217 mil, sendo 75% provenientes da Eletrobrás e 25% da CEEE. (Canal Energia - 12.01.2004)

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Licitação

1 Eletroacre

A Eletroacre abre licitação para aquisição de postes de concreto armado tipo duplo "T" e circular para substituição de postes de madeira, reforma e ampliação de rede de distribuição do município de Tarauaca. O preço do edital é de R$ 30,00 e o prazo encerra em 26 de janeiro. (Canal Energia - 12.01.2004)

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2 Eletronorte

A Eletronorte licita manutenção nos cilindros de CO2 da usina hidrelétrica Coaracy Nunes e aquisição de gás carbônico. O prazo para a realização das propostas termina em 12 de janeiro. (Canal Energia - 12.01.2004)

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3 Comissão Nacional de Energia Nuclear

A Comissão Nacional de Energia Nuclear abre processo para fornecimento de um sistema integrado de análise de imagens, incluindo instalação, testes funcionais e treinamento de operadores, para o laboratório de controle de urânio da fábrica de combustível nuclear, em Resende, no Rio de Janeiro. O prazo vai até 26 de janeiro. (Canal Energia - 12.01.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Dirceu: Plano de obras para 2004 afasta risco de apagão

O ministro José Dirceu fez questão de dizer que o país não corre risco de sofrer apagão e que e o plano de obras para 2004, com várias obras no setor energético, é justamente para garantir o abastecimento de energia. "Podem dizer aos investidores e aos cidadãos que não há risco de apagão no país", disse Dirceu. (O Globo - 10.01.2004)

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2 Aumenta fornecimento de energia de termelétricas emergenciais no Nordeste

O fornecimento de energia das termelétricas emergenciais foi ampliado mais uma vez e será de 1.280 MW médios para esta semana no Nordeste. A carga, encomendada no dia 09.01 pelo ONS é quase a capacidade total das 41 usinas emergenciais instaladas na região, que é de 1.350 MW. O diretor de operações da Chesf, Mozart Arnaud, afirma que a utilização dessas termelétricas durante todo o mês de janeiro já é certa e, para fevereiro, ''provável''. Segundo ele, o regime de chuvas até agora tem sido muito ruim, mas a companhia está conseguindo acumular água nos reservatórios com o aumento da geração térmica de energia. Segundo ele, no dia 7 de janeiro, o nível médio dos reservatórios do Nordeste estava em 14,47%, que é 2,01 pontos percentuais abaixo do limite de segurança para o período. (Jornal do Brasil - 11.01.2004)

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3 Nível dos reservatórios no NE vem apresentando recuperação

O nível dos reservatórios da bacia do rio São Francisco, que responde por 99% da energia gerada no Nordeste, esteve abaixo do limite mínimo de segurança durante a semana passada, mas vem mostrando sinais de recuperação. Segundo informações divulgadas pelo ONS na sexta-feira, o nível na represa da usina de Sobradinho (BA) no dia 8 era equivalente a 11,91% da capacidade. Na quarta-feira, o nível em Sobradinho era de 11,86% e na terça-feira, de 11,72%. Em Três Marias (MG), o índice era de 20,98% na quinta-feira e em Itaparica (BA), o volume estava em 11,75% no mesmo dia. O índice regional dos reservatórios também apresentou melhoras ao longo da semana passada, mas a defasagem em relação ao limite mínimo de segurança piorou no mesmo período. (Gazeta Mercantil - 12.01.2004)

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4 RJ solicita aumento de produção de térmicas do estado ao ONS

No Estado do Rio de Janeiro as termelétricas a gás natural operam abaixo de sua potência total porque não há como transferir mais eletricidade para a região. O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, enviou, na sexta-feira, uma notificação ao ONS, solicitando que aumente a produção de energia das térmicas do Rio de Janeiro para poupar os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste, que, segundo ele, já estão em níveis preocupantes. "Com a entrada em operação de mais três termelétricas no Estado neste ano, o Rio de Janeiro vai poder exportar 30% da sua capacidade total de geração", acrescenta Victer. (Jornal do Brasil - 11.01.2004)

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5 Exportação de energia termoelétrica do RJ para o Nordeste esbarra na capacidade de transmissão

O problema para que as termelétricas fluminenses exportem energia para o Nordeste, onde a situação é mais crítica, é a falta de capacidade de transmissão de eletricidade. Apesar da melhoria nos últimos anos, a transmissão para a região ainda continua a ser um gargalo para o setor. De acordo com o diretor de Operações da Chesf, Mozart Arnaud, a capacidade atual de transmissão de energia de outras regiões para o Nordeste é de 1,9 mil MW, praticamente o dobro da existente no período pré-racionamento, em 2001. Com isso, no dia 8 de janeiro, o Nordeste estava recebendo 1,7 mil MW do Sudeste e 200 MW da Região Norte. "Até 2005, a capacidade de transmissão para a região vai aumentar em 300 MW", diz. (Jornal do Brasil - 11.01.2004)

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Grandes Consumidores

1 CVRD liquida oferta de bônus de US 500 mi essa semana

A CVRD liquida nesta quinta-feira a operação de oferta de US$ 500 milhões de bônus com prazo inédito de vencimento de 30 anos - em 2034 -, o mais longo já obtido por empresa brasileira no exterior. O custo de retorno para o investidor será de 8,35% ao ano, com spread de 336 pontos-base sobre o título de 30 anos do Tesouro americano e 75 pontos-base abaixo do custo de 9,1% do título Brasil de 30 anos. O livro de adesão da emissão surpreendeu com ordens de compra de US$ 1,6 bilhão, três vezes mais do que o valor dos bônus ofertados, destacou o diretor executivo de finanças da Vale, Fábio Barbosa. A intenção inicial da empresa era colocar US$ 300 milhões. Barbosa explicou que a Vale optou por não atender à demanda total do "book building" para preservar "a qualidade dos investidores". Os papéis tiveram garantia completa e incondicional da CVRD. A operação vai permitir o alongamento do prazo médio da dívida bruta da Vale, de US$ 4,3 bilhões até setembro de 2003, de 4 anos para 6 anos. (Valor - 12.01.2004)

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2 Braskem e Votorantim realizam captação no exterior

A Merrill Lynch aguarda esta semana uma "avalanche" de bônus de empresas brasileiras, "por conta da janela de juro baixo e prazo longo inaugurada com os bônus de 30 anos da Vale". A Braskem vai captar US$ 150 milhões em 10 anos, em operação coordenada pelo UBS e o CSFB. A Votorantim, por sua vez, prepara-se para fazer uma emissão de US$ 300 milhões, com prazo entre 5 e 10 anos, numa operação liderada pelo ABN Amro Bank e pelo UBS. Segundo a Merril Lynch, o Brasil é hoje a estrela do mercado nesse contexto de grande liquidez, pelos bons fundamentos da sua economia. Alerta, porém, para o único risco nesse cenário: o comportamento dos juros nos EUA. " Se os juros permanecerem baixos é positivo para os emergentes e, se subirem, é negativo." Ele prevê que o juro básico americano deve seguir em baixa até o segundo semestre. (Valor - 12.01.2004)

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Economia Brasileira

1 MF: Independência do BC será debatida em 2004

O Ministério da Fazenda reiterou ontem que a discussão em torno da independência do BC está na pauta da área econômica do governo. O presidente Lula autorizou o ministro Palocci e Henrique Meirelles, a promoverem o debate em torno do assunto, para dar uma garantia maior ao mercado financeiro de que o BC trabalha com total independência na execução da política monetária a partir de uma meta de inflação predefinida. O Ministério da Fazenda espera enviar o projeto ao Congresso este ano. Palocci quer evitar qualquer ruído que comprometa o cenário macroeconômico atual, considerado o melhor desde 2002, uma vez que os C-Bonds brasileiros estão sendo comercializados acima do valor de face e o risco-país está no patamar mais baixo desde 1997. (Valor - 12.01.2004)

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2 Liberação dos recursos do BNDES está em alta

O BNDES superou a expectativa de desembolsos e financiou a economia com cerca de R$ 35 bilhões no ano passado. O crescimento nas consultas acompanha a aceleração dos desembolsos e permite ao superintendente de planejamento do banco, Maurício Piccinini, afirmar que o primeiro trimestre de 2004 será marcado por uma "forte liberação de recursos". Mesmo diante da retração econômica que retraiu a demanda por crédito no primeiro semestre, o banco estatal de fomento liberou 10,7% mais recursos em 2003 do que no ano anterior. (Gazeta Mercantil- 12.01.2004)

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3 Demanda da indústria por recursos indica expansão

A indústria, que precisava nos últimos meses do ano passado dobrar o montante de financiamentos para não fechar 2003 com queda nos desembolsos, foi contemplada com empréstimos de cerca de R$ 1,8 bilhão em apenas dois meses (novembro e dezembro). "A indústria reagiu e começou a mostrar forte demanda por financiamento desde setembro e isso mostra que teremos pela frente um ano promissor para o setor, inclusive no primeiro trimestre", diz Piccinini. Com base na atual demanda, o BNDES prevê elevar em 35% o crédito para a indústria em 2004. Os projetos de maior destaque partirão das áreas de celulose e papel, com recursos triplicados da ordem de R$ 1,4 bilhão. Já o financiamento para o setor de infra-estrutura deve apresentar acréscimo da ordem de 60%, com R$ 15,4 bilhões. (Gazeta Mercantil- 12.01.2004)

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4 Delfim Netto: País pode crescer 3,5% ou mais

Otimista em relação ao desempenho da economia no segundo ano de governo do presidente Lula, o ex-ministro da Fazenda e deputado federal pelo PP, Delfim Netto, aposta no crescimento do PIB em 2004 de 3,5% ou mais. Diz, ainda, que acredita que a recuperação econômica será sustentável pelos próximos anos. O ex-ministro não deixa de criticar, porém, a política monetária adotada pelo BC e destaca que mesmo com a melhora das contas externas, o Brasil continua vulnerável internacionalmente. Apesar das críticas em algumas decisões do Governo, Delfim Netto faz um saldo positivo do primeiro ano de administração petista. Ele diz acreditar na adesão do setor privado à PPP nos investimentos em infra-estrutura. (Jornal do Commercio - 12.01.2004)

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5 Dirceu: Governo fará pesados investimentos em infra-estrutura

O governo vai concentrar esforços e recursos para privilegiar este ano investimentos em infra-estrutura em áreas com alta capacidade de geração de emprego, como o setor de energia. José Dirceu afirmou que o desafio do Brasil para os próximos anos é crescer mais do que os 3,5% do PIB projetados pelo governo. Dirceu apresentou vários planos do governo para reduzir pontos de estrangulamento na área de infra-estrutura do país em 2004. O objetivo é atacar os problemas "e mobilizar a poupança interna". No setor de energia elétrica, afirmou que já foram retomadas 17 obras para construção de hidrelétricas no Brasil. Segundo o ministro, outras 18 obras ainda estão paradas por questões ambientais. (O Globo - 09.01.2004)

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6 Novas regras para fundos de investimento está em análise na CVM

A CVM já tem pronta a minuta com a nova legislação de fundos de investimento, que está nas mãos da diretoria da autarquia para avaliações finais e deve entrar em audiência pública em algumas semanas. O documento procura seguir a linha da "liberdade com responsabilidade" que a autarquia vem colocando nas legislações que soltou ao longo de 2003. Haverá maior flexibilidade nos contratos entre administradores e investidores qualificados, mas o nível de transparência das informações deve aumentar muito. Segundo o presidente da CVM, Luiz Leonardo Cantidiano, uma das medidas previstas é que os fundos passem a informar os cinco principais cotistas de cada fundo, para evitar que paire sobre a indústria qualquer tipo de suspeita nas operações de mercado (como manipulação ou operações casadas). (Valor - 12.01.2004)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial acelerou o ritmo de baixa neste final de manhã, depois de o Banco Central (BC) ter realizado seu terceiro leilão de compra no mercado à vista. O BC comprou dólares hoje por R$ 2,829, a mesma cotação que estava sendo praticada no momento da operação. Na sexta-feira, o BC comprou moeda por R$ 2,844 e, na quinta, por R$ 2,862. Às 11h55m, o dólar à vista era negociado por R$ 2,823 na compra e R$ 2,825 na venda, na mínima do dia, com baixa de 0,28%. Na sexta, o dólar comercial terminou com desvalorização de 0,70%, a R$ 2,8310 na compra e a R$ 2,8330 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 12.01.2004)

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Internacional

1 BPI: Impugnação da Assembléia Geral da Galp pode ser prejudicial para a EDP

A notícia da impugnação da Assembléia Geral (AG) da Galpenergia, que aprovou a fusão da sua fileira de gás à da EDP-Electricidade de Portugal, é uma notícia negativa para a EDP, embora não deva ditar grandes reações na sua cotação, analisou o BPI. A Iberdrola impugnou no Tribunal de Comércio de Lisboa a AG de 28 de Novembro da Galpenergia, que aprovou a reorganização do setor energético em Portugal que passa pela saída da GDP-Gás de Portugal para junto da EDP e a fusão da Transgás na REN-Rede Eléctrica Nacional. No Iberian Daily, o BPI realça que será decisivo saber até que ponto o tribunal pode travar a Galpenergia de avançar com a reorganização uma vez que esta foi aprovada pela maioria dos acionistas daquela e porque "também a Iberdrola só controla uma posição de 4%". "Apesar de negativo, era de alguma forma esperado e não esperamos grandes reações em termos de EDP. Quanto à Iberdrola, não deve ter impacto", adianta. (Business News Americas - 09.01.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

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