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IFE: nº 1.267 - 09 de janeiro de 2004
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Advogado-geral da União afirma que o modelo do setor elétrico é fato consumado
2 Advogado-geral da União diz que precedente do STF não se aplica ao novo modelo
3 Reajuste de seguro-apagão será diluído
4 Projeto que cria cargos para agências reguladoras está em andamento
5 Abar defende marco regulatório próprio para agências de cada setor

Empresas
1 Pinguelli tenta manter diretor financeiro na Eletrobrás
2 Lessa rebate críticas de Brizola sobre acordo com AES
3 Acionistas minoritários da Cataguazes entram na justiça
4 Aneel aprova programa de P&D de quatro empresas
5 Koblitz adere ao programa de apoio às S.A
6 Coelba cria agência online
7 Curtas

Licitação
1 Cepisa
2 Cesp

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS reavalia despacho de térmicas emergenciais no Nordeste
2 Consumo de energia fica abaixo do previsto nos últimos sete dias
3 Reservatórios do subsistema Nordeste registram 14,47% da capacidade
4 Subsistema Norte apresenta 21,76% da capacidade
5 Capacidade está em 38,63% no Sudeste/Centro-Oeste
6 Capacidade de armazenamento fica em 90,28% no subsistema Sul

Gás e Termelétricas
1 Rondônia terá termelétrica à biomassa

Grandes Consumidores
1 CSN capta US$ 200 mi com bônus de dez anos
2 Vale do Rio Doce pretende emitir títulos de 30 anos

Economia Brasileira
1 IBGE observa leve crescimento na indústria
2 Crescimento industrial frustra Iedi
3 Desempenho industrial leva mercado a prever maior redução nos juros

4 BC estuda impacto de corte maior no compulsório
5 BNDES supera em 2003 os desembolsos previstos no orçamento do banco
6 Furlan prevê exportações no valor de US$ 80 bi
7 Furlan: Política industrial desonerará bens de capital
8 Tarifas públicas responderam por mais da metade da inflação paulista em 2003
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Unesa: Investimentos de elétricas espanholas têm redução de 7,2% em 2003
2 Endesa e Iberdrola apresentam números diferentes da Unesa
3 Consumo de energia em Portugal sobe 5,9% em 2003
4 CFE planeja licitar projetos hidrelétricos no valor de US$ 1,7 bi

 

Regulação e Novo Modelo

1 Advogado-geral da União afirma que o modelo do setor elétrico é fato consumado

O advogado-geral da União, ministro Alvaro Augusto Ribeiro Costa, acredita que o novo modelo do setor elétrico será implementado cedo ou tarde e as ações judiciais só estão servindo para provocar uma brutal insegurança jurídica no mercado. "O governo já decidiu e irá implementar o modelo, seja por medida provisória, como foi feito, ou por lei, caso seja necessário no futuro", afirmou. O modelo, para ele, é fato consumado. Caso o Supremo Tribunal Federal (STF) derrube a MP 144, que criou as novas regras do setor elétrico, o governo encontrará outra forma jurídica de implementá-las. As regras podem ser postas, por exemplo, por lei. "Essas ações contra o modelo tumultuam as relações econômicas e jurídicas", criticou o titular da AGU. "Se o modelo for derrubado (pela Justiça), haverá muita insegurança jurídica e um incentivo à litigiosidade". (Valor - 09.01.2004)

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2 Advogado-geral da União diz que precedente do STF não se aplica ao novo modelo

Alvaro Augusto Ribeiro Costa defende que o precedente do STF - contrário a alterações no funcionamento do setor elétrico por MPs - não se aplica ao novo modelo. Em 1999, o STF derrubou a MP nº 1.819 que permitia à Eletrobrás aportar recursos em empresas de energia. A explicação dos ministros do STF foi a de que é vedado o uso de medida provisória para alterar temas regulados por emendas constitucionais promulgadas depois de 1º de janeiro de 1995. Essa vedação está prevista no artigo 246, da Constituição. Essa mesma emenda tratou da regulamentação do setor elétrico, de onde se tira que não é possível regulamentar o setor por MP. Costa discorda. Segundo ele, as MPs regulamentam o artigo 175 da Constituição, que afirma que cabe ao Poder Público a prestação de serviços públicos. Como o artigo 175 não foi alterado por emenda após 1º de janeiro de 1995 não haveria problema na edição das MPS 144 e 145. Já o PSDB e o PFL alegam que as MPs regulamentam o artigo 176, que foi alterado pela Emenda nº 6, e trata da exploração de energia. (Valor - 09.01.2004)

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3 Reajuste de seguro-apagão será diluído

O pagamento da energia gerada pelas usinas emergenciais, o chamado seguro-apagão, deverá passar para os agentes do setor elétrico, como as distribuidoras e geradoras, em vez de ser repassado diretamente para as tarifas pagas pelo consumidor. A Aneel publica hoje portaria que estabelece que o custo da energia gerada pelas usinas emergenciais seja contabilizado na formação do preço no MAE. Na prática, a medida evita aumentos imediatos nas tarifas por causa da utilização das usinas emergenciais, mas os consumidores acabarão pagando a conta mais à frente. O motivo é que as distribuidoras, na época do reajuste anual, poderão repassar para as contas os aumentos de custos que tiveram. (Jornal do Brasil - 09.01.2004)

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4 Projeto que cria cargos para agências reguladoras está em andamento

A criação de cargos para as agências reguladoras continua a ser discutida e o processo está em andamento, segundo Maria Augusta Feldman, presidente da Abar. "Estão sendo levantadas as necessidades das agências. A prorrogação dos contratos até dezembro de 2005 foi necessária em função da demora na formatação e encaminhamento do projeto", avalia a presidente da Abar. A demora em elaborar e encaminhar este projeto é justificada pelo fato de o processo ser mais complexo do que os dois anteprojetos de leis que passaram por consulta pública. Feldman ressalta que, para que a questão do quadro de pessoal seja resolvida até o fim da prorrogação dos contratos temporários (dezembro de 2005), é necessário aprovar o projeto este ano, preferencialmente no primeiro semestre. (Canal Energia - 08.01.2004)

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5 Abar defende marco regulatório próprio para agências de cada setor

A Abar defende o estabelecimento de marco regulatório próprio para as agências de cada setor e não a instituição de um contrato de gestão geral, como quer o governo federal. "Entendemos a importância do contrato de gestão, mas este instrumento não é adequado para as agências reguladoras. Cada agência tem ume lei específica que a regulamenta, sendo muito mais adequada do que qualquer contrato de gestão", defende Maria Augusta Feldman, presidente da Abar. Feldman critica o fato de o regulador poder ser penalizado por suas ações. Outro ponto defendido pela Abar é a importância do ouvidor nas agências reguladoras. Ela lembra que as ouvidorias das agências atuam em segunda instância, já que as reclamações são feitas às empresas no primeiro momento. (Canal Energia - 08.01.2004)

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Empresas

1 Pinguelli tenta manter diretor financeiro na Eletrobrás

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, está preocupado com a reação negativa do mercado à notícia publicada sobre a saída do diretor financeiro da estatal, Alexandre Magalhães, e quer tranqüilizar os investidores. Como ele disse, introduzir uma "dose de calmante no mercado". O presidente da Eletrobrás contou que ainda tenta demover Magalhães da decisão de deixar a empresa. Ele marcou uma reunião hoje em Brasília, para onde levará seu diretor financeiro para uma conversa com a ministra Dilma Rousseff. Com a expectativa de manter Magalhães no cargo, Pinguelli garantiu que a diretoria financeira da Eletrobrás não será preenchida politicamente. "Eu não vou deixar que a Eletrobrás retroceda. Garanto isso em nome do governo Lula", afirmou Pinguelli, acrescentando que já conversou sobre o assunto inclusive com o ministro José Dirceu. Caso não consiga reverter a decisão do diretor, Pinguelli garante que o substituto "estará à altura" de Alexandre Magalhães. Pinguelli elogiou o fato de a Eletrobrás ter "chegado muito perto" de cumprir a meta para o superávit do Tesouro, que era de R$ 1,5 bilhão. (Valor - 09.01.2004)

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2 Lessa rebate críticas de Brizola sobre acordo com AES

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, por meio de nota, contestou artigo assinado pelo presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, veiculado dia 8 de janeiro em alguns jornais. "Decisões suspeitas", nome do artigo, considera o acordo fechado entre o banco e a AES, controladora da Eletropaulo, para repactuação da dívida da empresa com o banco, de US$ 1,2 bilhão, uma "obscura transação feita enquanto o País e a própria imprensa entravam no semi-recesso de fim de ano". Além de defender a lisura da operação, Lessa informa já ter determinado à área jurídica do BNDES que estude medidas judiciais para serem tomadas em relação à matéria. (Gazeta Mercantil - 09.01.2004)

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3 Acionistas minoritários da Cataguazes entram na justiça

Mais cinco acionistas minoritários da distribuidora Cataguazes-Leopoldina entraram na Justiça para tentar impedir que a empresa pague dividendos com reserva de capital e reduza o capital social para absorver prejuízo de R$ 74 milhões. As cinco pessoas físicas detentoras de ações preferenciais da distribuidora se juntaram à ação da companhia americana Alliant e do fundo americano Fondelec. (Jornal do Brasil - 09.01.2004)

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4 Aneel aprova programa de P&D de quatro empresas

Os programas de Pesquisa e Desenvolvimento da Sulgipe, Hidropan, Eletrocar e Nova Palma, para o ciclo 2003/2004, foram aprovados pela Aneel. A Sulgipe irá aplicar cerca de R$ 75,1 mil nos projetos e a Hidropan investirá aproximadamente R$ 23 mil. Para os projetos da Eletrocar, serão investidos cerca de R$ 47 mil e a Nova Palma, cerca de R$ 19,9 mil. As metas estabelecidas para os projetos devem ser atingidas até 31 de janeiro de 2005. (Canal Energia - 08.01.2004)

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5 Koblitz adere ao programa de apoio às S.A

A Koblitz, empresa especializada no fornecimento de sistemas de geração e cogeração de energia elétrica, aderiu ao Programa de Apoio às Novas Sociedades Anônimas, do BNDESPar. A decisão permite à empresa mudar de sociedade limitada para sociedade anônima, passando a atuar dentro dos princípios e regras da governança corporativa. A mudança será feita por meio de subscrição de debêntures conversíveis em ações. Segundo Luiz Otávio Koblitz, presidente da empresa, a injeção desse capital na companhia será importante para a participação da Koblitz no Proinfa. (Canal Energia - 08.01.2004)

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6 Coelba cria agência online

A Coelba lançou mais um serviço de atendimento: agência online. Com este serviço, os clientes podem esclarecer dúvidas, obter informações e solicitar serviços como nova ligação nova, religação e segunda via de conta. O serviço traz ainda um chat, onde os consumidores podem interagir com a empresa em tempo real no site da empresa (www.coelba.com.br). (Canal Energia - 08.01.2004)

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7 Curtas

O governo do estado do Rio de Janeiro, a Prefeitura de Paracambi e a distribuidora Light assinaram ontem convênio para levar energia solar para aquecimento em mil casas de famílias de baixo poder aquisitivo de Paracambi, na Baixada Fluminense. (Gazeta Mercantil - 09.01.2004)

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Licitação

1 Cepisa

A Cepisa licita aquisição de cabo elétrico para utilização na ampliação, reforma e melhoria da rede elétrica de distribuição na área de concessão da Cepisa. O prazo vai até 16 de janeiro. Em outro processo, a empresa abre licitação para aquisição de medidores trifásicos para a instalação em consumidores de baixa tensão. O prazo pra a entrega dos envelopes termina em 27 de janeiro. (Canal Energia - 09.01.2004)

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2 Cesp

A Cesp abre licitação para prestação de serviços de engenharia para determinar o grau de polimerização e análise de óleo isolante dos equipamentos de alta tensaõ da empresa. O prazo termina em 9 de janeiro. (Canal Energia - 09.01.2004)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS reavalia despacho de térmicas emergenciais no Nordeste

Técnicos do ONS reúnem-se hoje para decidir se mantêm o atual estágio de acionamento das usinas térmicas emergenciais no Nordeste. O último informe do ONS sobre o nível da bacia do Rio São Francisco aponta que a região está com 14,47% de capacidade dos reservatórios, 2,01 pontos percentuais abaixo do limite de segurança. O despacho diário programado para a região por parte das térmicas emergenciais até hoje é de 882 MW médios. Na reunião será decidido se as usinas mantêm este volume de energia ou se será necessário aumentar ou diminuir o número de geradores emergenciais. A expectativa é que as chuvas que atingiram regiões de Minas e Goiás nos últimos dias melhorem a situação nos reservatórios que abastecem o Nordeste. Mas o tempo necessário para que a água dos afluentes chegue à bacia do São Francisco, estimado em 15 dias, pode fazer com que as térmicas continuem por mais tempo. (Gazeta Mercantil - 09.01.2004)

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2 Consumo de energia fica abaixo do previsto nos últimos sete dias

O consumo de energia elétrica ficou abaixo do previsto nos últimos sete dias em todas as regiões do País. Segundo informações do ONS, as regiões Sudeste e Centro-Oeste foram as que tiveram a maior defasagem entre o consumo efetuado e o previsto no período (-11,41%), seguidas pelo Sul (-8,46%), Norte (-1,29%) e pelo Nordeste (-1,86%). (Gazeta Mercantil - 09.01.2004)

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3 Reservatórios do subsistema Nordeste registram 14,47% da capacidade

O volume de armazenamento do subsistema Nordeste fica 2,01% abaixo da curva de aversão ao risco 2003/2004. A capacidade está em 14,47%. O nível teve um aumento de 0,11% em um dia. Em Sobradinho, o maior reservatório da região, com 60% da capacidade de geração, o nível passou de 11,72% para 11,86%. (Gazeta Mercantil e Canal Energia - 08.01.2004)

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4 Subsistema Norte apresenta 21,76% da capacidade

Os reservatórios do subsistema Norte registram 21,76% da capacidade, um aumento de 0,13% em relação ao dia 6 de janeiro. O volume da usina de Tucuruí chega a 28,1%.(Canal Energia - 08.01.2004)

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5 Capacidade está em 38,63% no Sudeste/Centro-Oeste

A capacidade de armazenamento fica em 38,63% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 16,73% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível de armazenamento teve um aumento de 0,12% em comparação com o dia anterior. As hidrelétricas de Itumbiara e Nova Ponte apresentam 46,28% e 30,79% do volume, respectivamente. (Canal Energia - 08.01.2004)

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6 Capacidade de armazenamento fica em 90,28% no subsistema Sul

O subsistema Sul apresenta 90,28% da capacidade. O índice teve um acréscimo de 0,62% em relação ao dia 6 de janeiro. A hidrelétrica de G. B. Munhoz registra 97,53% do volume. (Canal Energia - 08.01.2004)

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Gás e Termoelétricas

1 Rondônia terá termelétrica à biomassa

O CNPq aprovou recentemente o repasse de cerca de R$ 1 milhão para a implementação de uma usina termelétrica movida a resíduos de madeira. A central estará localizada na Reserva Extrativista de Cautário, no município de Costa Marques, em Rondônia, e beneficiará principalmente a comunidade residente no local, que sobrevivem do beneficiamento da madeira. O Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP está desenvolvendo um projeto piloto para produção de 200 KW de energia com resíduos de madeira, pelos próximos dois anos. O trabalho conta ainda com o apoio de órgãos como o Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), também da USP e os ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia. (Canal Energia - 08.01.2004)

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Grandes Consumidores

1 CSN capta US$ 200 mi com bônus de dez anos

A CSN obteve ontem mais US$ 200 milhões no mercado internacional, reabrindo uma emissão de eurobônus de dez anos que fora concluída em 16 de dezembro, com a captação de US$ 350 milhões. A intenção era obter mais US$ 150 milhões, mas a empresa conseguiu US$ 200 milhões devido à boa demanda de investidores institucionais americanos. Com a queda do risco-país, o custo das captações privadas tem diminuído. Em dezembro, o retorno para o investidor do bônus da CSN ficou em 9,75% ao ano. Na reabertura da operação, concluída ontem, o rendimento ficou em 8,996%. (Valor - 09.01.2004)

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2 Vale do Rio Doce pretende emitir títulos de 30 anos

A CVRD emitiu, ontem, um comunicado informando que pretende emitir títulos de 30 anos, sem especificar o valor. O mercado cogita que a captação será de US$ 300 milhões, que farão parte do programa da SEC. A Moody's atribuiu rating Ba2, para o registro em prateleira feito pela Vale do Rio Doce, para emissões de US$ 2 bilhões na SEC. (Valor - 09.01.2004)

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Economia Brasileira

1 IBGE observa leve crescimento na indústria

A produção industrial brasileira cresceu 0,8% em novembro de 2003 na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE. Em relação a novembro de 2002, o avanço foi menor, de 0,3%. No acumulado entre janeiro e novembro do ano passado, o crescimento da indústria foi de apenas 0,1%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, a expansão é de 0,4%. De acordo com o IBGE, o avanço é visto, principalmente, nos setores de bens de capital, com destaque para agricultura, indústria de transporte e bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos e automóveis. O coordenador do Departamento de Indústria do IBGE, Silvio Sales, disse que a produção industrial já recuperou, de junho do ano passado até novembro, as perdas que registrou entre outubro de 2002 até a metade de 2003. Segundo ele, exemplo disso é que o setor acumulou um aumento de produção de 7,6% de junho a novembro do ano passado. (Jornal do Commercio - 09.01.2004)

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2 Crescimento industrial frustra Iedi

O desempenho da produção industrial em novembro de 2003 frustrou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A expectativa da entidade era uma alta de 2% na comparação anual. "A retomada da atividade econômica vem tímida e com tropeços, sobretudo por conta da queda de renda dos trabalhadores" disse o diretor-executivo do Iedi, Júlio Sérgio Gomes de Almeida. Ele argumentou que a retração da produção de bens de consumo semi e não-duráveis, de 7,1% na comparação anual, por estar na "contramaré" de bens duráveis e bens de capital, com altas anuais de 3,6% e 8,4%, ratifica que "a população está com a renda muito deprimida." Há, na visão do diretor do Iedi, um deslocamento do consumo da população brasileira desses bens para o pagamento de serviços públicos como energia, telecomunicações e saneamento básico, entre outros, que têm tarifas indexadas e que sofreram pesados reajustes em 2003. (Jornal do Commercio - 09.01.2004)

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3 Desempenho industrial leva mercado a prever maior redução nos juros

Os números decepcionantes da produção industrial mostram que a redução dos juros ainda não foi suficiente para reativar a economia e alimentam a expectativa de que o corte de taxas nos próximos meses pode ser mais acentuado do que se esperava. O comportamento do câmbio e da taxa de risco reforçam a previsão. A queda do risco foi um dos fatores que aceleraram o declínio dos juros futuros, por causa de sua influência nas discussões do Copom. O outro fator foi a timidez revelada pelo BC no primeiro leilão de compra de dólares. Os bancos já consideram a possibilidade de uma baixa de um ponto no dia 21: a Selic recuaria de 16,5% para 15,5%. (Valor - 09.01.2004)

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4 BC estuda impacto de corte maior no compulsório

Comprometido com a austeridade da política fiscal, para manter as despesas do setor público sempre inferiores à arrecadação, o governo pretende conciliar estabilidade e crescimento econômico garantindo recursos para o crédito, com uma política monetária "expansiva". Com esse objetivo, o BC prepara um estudo, avaliando as conseqüências de uma profunda redução no recolhimento compulsório exigido sobre os depósitos dos bancos, que reduz o dinheiro disponível para empréstimos. Há simpatia na equipe econômica com a idéia de acabar com os compulsórios sobre depósitos a prazo, mas as peculiaridades do mercado brasileiro, com investimentos que podem ser resgatados diariamente, como em um depósito à vista, recomendam uma avaliação cuidadosa do impacto da medida, o que será feito com o estudo do BC. A promessa de reduzir os compulsórios já consta do acordo firmado em 2003 pelo Brasil com o FMI. (Valor - 09.01.2004)

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5 BNDES supera em 2003 os desembolsos previstos no orçamento do banco

Os desembolsos (que refletem liberações de empréstimos aprovados) do BNDES no ano passado superaram R$ 35 bilhões, segundo números a serem divulgados em breve. O valor ficou acima do orçamento do banco, de R$ 34,4 bilhões. O total de liberações do BNDES em 2002 foi de R$ 36 bilhões, mas esse montante inclui R$ 7 bilhões do seguro-apagão. Se for excluído esse recurso extra, o orçamento do banco no ano passado foi 10% maior que em 2002. Em 2003, o seguro-apagão foi de R$ 2 bilhões. (Folha de São Paulo - 09.01.2004)

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6 Furlan prevê exportações no valor de US$ 80 bi

A ênfase em programas para a retomada do crescimento e geração de emprego, recomendada pelo presidente Lula como prioridade da política econômica do governo em 2004, passará por ações de incentivo aos setores exportadores, segundo o ministro Furlan. Ele reafirmou sua convicção na superação da meta de US$ 80 bilhões de exportações para este ano, o que representará um crescimento de 9,5% no valor dos embarques brasileiros, em relação ao ano passado. A concentração de esforços no segmento de manufaturados será uma das políticas que ajudará a atingir a meta de R$ 80 bilhões nas vendas ao mercado externo este ano. Segundo Furlan, as políticas do governo nesse sentido incluirão programas de aumento de eficiência, desburocratização e modernização de sistemas usados por operadores de comércio exterior. (Gazeta Mercantil - 09.01.2004)

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7 Furlan: Política industrial desonerará bens de capital

O ministro confirmou para este ano a implementação de uma gradual desoneração de bens de capital, como parte da política industrial encampada pelo governo Lula. "Esperamos que a desoneração já seja convergente com a política industrial, no sentido de que aqueles segmentos que têm maior efeito sobre emprego, sobre exportações e sobre as prioridades da política industrial possam ser enfatizados na desoneração", disse o ministro. Outras medidas consideradas de efeito rápido englobam a ativação de setores da indústria de bens duráveis. (Gazeta Mercantil - 09.01.2004)

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8 Tarifas públicas responderam por mais da metade da inflação paulista em 2003

A alta das tarifas públicas acima da média da variação dos preços marcou 2003. O IPC-Fipe fechou o ano passado em 8,18%. Desse resultado, tarifas públicas e preços monitorados responderam por 4,30 pontos percentuais e os preços livres, por 3,88 pontos, segundo a LCA Consultores. "Mais da metade da inflação foi por tarifa", diz o coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti. Em 2002, o índice havia registrado 9,90%. Na opinião do economista da LCA, Ricardo Denadai, a contribuição de tarifas e de preços livres em 2004 vai ficar "equilibrada" no IPC-Fipe. Para uma inflação estimada em 5,8%, 2,8 pontos devem vir dos preços administrados. "A vantagem de 2004 é que os reajustes serão razoavelmente menores por causa do câmbio". (Valor - 09.01.2004)


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9 Dólar ontem e hoje

Mesmo com a expectativa de novos leilões de compra de divisas por parte do Banco Central, a tendência para os preços do dólar no mercado doméstico ainda é de queda. Após iniciar o dia com leva alta, a moeda norte-americana retomou a tendência de desvalorização e chegou a cair 0,42%, negociada a R$ 2,8410 na ponta de venda. Por volta das 11h20, o dólar registrava perda de 0,31%, saindo a R$ 2,8410 na compra e R$ 2,8440 na venda. Ontem, o dólar comercial terminou com queda de 0,24%, a R$ 2,8500 na compra e a R$ 2,8530 na venda. (Valor Online - 09.01.2004)

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Internacional

1 Unesa: Investimentos de elétricas espanholas têm redução de 7,2% em 2003

A Unesa, associação que reúne as cinco empresas de eletricidade da Espanha com negócios em geração e distribuição (Endesa, Iberdrola, Unión Fenosa, Hidrocantábrico e Viesgo), informou que os investimentos das companhias no ano passado foi de € 3,17 bilhões, uma queda de 7,2% em relação a 2002. Desse total, € 1,77 bilhão foram para geração e € 1,4 bilhão para distribuição. (Gazeta Mercantil - 09.01.2004)

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2 Endesa e Iberdrola apresentam números diferentes da Unesa

Os números divulgados somente pela Endesa e pela Iberdrola - as duas maiores do setor -, entretanto, superam os da Unesa. Fontes do setor explicam essa disparidade pelo fato de a Unesa não recolher os investimentos de suas associadas em energia renovável. A Iberdrola disse ter investido € 2,56 bilhões no ano passado, um crescimento de 33,5% em relação a 2002. Segundo a empresa, esse aumento se explica principalmente pela atividade de geração, que recebeu € 1,77 bilhão, incluindo as unidades de energia renovável e a compra de parques eólicos da Gamesa. A Endesa informou ter investido € 1,3 bilhão no ano passado, um crescimento de 2% em relação ao ano anterior. Para a área de distribuição, foram destinados € 746 milhões, um crescimento de 13% sobre 2002. Para a geração, porém, os investimentos atingiram € 555 milhões, uma queda de 17,5%. A empresa disse que esse recuo deveu-se ao fim da construção de várias centrais. (Gazeta Mercantil - 09.01.2004)

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3 Consumo de energia em Portugal sobe 5,9% em 2003

Segundo as estatísticas mensais da REN-Rede Eléctrica Nacional, o consumo de eletricidade em Portugal cresceu 5,9% em 2003, em comparação ao ano anterior. O consumo total chegou a 43 061 GWh,. Os dados mostram também que no mês de dezembro o consumo subiu, em termos homólogos, 7,4% para 3962 GWh. A REN informa ainda que em 2003 as trocas de energia elétrica aumentaram 47% para 2793 GWh, com as importações subindo 11% para 5898 GWh e as exportações diminuindo 9%, para 3105 GWh. A produção líquida total de eletricidade subiu 1,2% para 37 059 GWh, com a produção líquida hidráulica aumentando 102% para 14 667 GWh e a produção líquida térmica a descer 24% para 22 391 GWh. O coeficiente de hidraulicidade, em cujo ano hidrológico normal é igual a 1, situou-se no ano hidrológico de 2003 nos 0,51 face aos 1,34 do ano anterior. (Diário Econòmico - 08.01.2004)

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4 CFE planeja licitar projetos hidrelétricos no valor de US$ 1,7 bi

A companhia energética estatal mexicana CFE pode abrir licitação para dois projetos hidrelétricos cujos investimentos totalizam US$ 1,7 bilhão até o final de 2004, informou o coordenador de projetos da CFE, Umberto Marengo. A CFE planeja convocar propostas para seu projeto hidrelétrico La Parota (US$ 1 bilhão, 900 MW) em abril ou maio, disse Marengo. O projeto é no rio Papaguayo, no estado de Guerrero. O reservatório do projeto deve abranger 132 hectares, gerando cerca de 1.400GWh por ano. No projeto, estão definidas três turbinas de 300 MW cada. A CFE deve outorgar o contrato até o final do ano e a construção deve começar em 2005, com a inauguração programada para dezembro de 2010, disse Marengo. Ao mesmo tempo, a CFE está fazendo os estudos geotécnicos do projeto La Yesca (US$ 700 milhões, 350 MW), no estado de Nayarit. A usina terá duas turbinas de 175MW. A CFE planeja concluir os estudos em 8-10 meses e abrir licitação para a construção da usina até o final do ano, disse Marengo, acrescentando que a construção terão duração de cerca de cinco anos. (Business News Americas - 08.01.2004)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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