l IFE:
nº 1.254 - 11 de dezembro de 2003 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Novo Modelo 1 Governo deve divulgar novo modelo hoje O governo
deve divulgar hoje o novo modelo do setor elétrico. As regras deverão
estar em duas medidas provisórias - uma para regras gerais e outra para
a criação de entidades previstas nesse novo modelo. No modelo a ser anunciado,
o MME assume o controle de licitações e do planejamento, além de elaborar
as regras que irão regulamentar a compra e a venda de energia elétrica.
Será criada uma entidade para planejar o setor. A estatal federal Eletrosul,
que hoje só atua no setor de transmissão de energia, poderá operar também
como geradora. Ou seja, seria criada mais uma geradora estatal. Em substituição
ao MAE, deverá ser criado a CCEE. Essa câmara irá operar os contratos
de compra e venda de energia entre geradoras e distribuidoras. A CCEE
terá toda a regulamentação e estatuto definidos pelo governo. A CCEE será
o que ficou conhecido no mercado como "pool" para a compra de energia.
Com essa idéia, o governo espera que os aumentos de tarifa no novo modelo
sejam menores que os atuais. (Folha de São Paulo - 11.12.2003) 2 Comissão de Minas e Energia defende envio por MP para acelerar regulamentação A apresentação
do esboço do novo modelo do setor elétrico pela ministra Dilma, na noite
da última terça-feira, dia 9, causou impacto positivo na Comissão de Minas
e Energia da Câmara dos Deputados. Segundo o deputado Federal Fernando
Ferro (PT-PE), a maioria dos componentes apóia o envio do documento por
medida provisória devido à urgência para implantação da regulamentação.
O deputado diz que o momento atual é para dar respostas e definir regras
para o desenvolvimento do setor elétrico, já que o segmento enfrenta insegurança
devido à desordem estabelecida no governo anterior. Para o parlamentar,
a sociedade precisa de um esboço do documento para acabar com a impressão
de falta de regras. (Canal Energia - 10.12.2003) 3 Investimentos em infra-estrutura de energia estão atrasados Os investimentos
na infra-estrutura de energia elétrica estão atrasados, o que pode se
transformar em um obstáculo para a retomada econômica, ensaiada para o
ano que vem. Neste ano deveriam estar prontas para funcionar novas usinas
com capacidade para gerar 10.697,6 MW. Mas apenas um terço, 3.528,3 MW,
está disponível sem restrições, segundo dados da Aneel. Os demais 7.169,3
MW, de acordo com as informações obtidas com a Aneel, não estarão disponíveis
para serem empregados neste ano devido a uma série de restrições nos projetos
que deveriam instalá-los. Cerca de 2.000 MW dependem de licenciamento
ambiental. As restrições mais graves envolvem: liminares judiciais que
embargam as obras, inviabilidade ambiental para os empreendimentos ou
ainda constatação de irregularidades técnicas ou financeiras nos planos.
Essas restrições barram a disponibilização de um total de 5.209,4 MW que
deveria entrar no mercado em 2003. (Folha de São Paulo - 11.12.2003) 4
Aneel: Investimentos de 2005 estão comprometidos 5 Aneel concedeu 191 outorgas no ano de 2003 Neste ano,
a Aneel concedeu outorgas para a geração de energia para 191 novas usinas.
Os projetos somam R$ 5,5 bilhões. Das 191 outorgas deste ano, 66 são PCHs,
95 são termelétricas e 30 são usinas eólicas. A Aneel faz a estimativa
de quantos MW entrarão no mercado nacional de energia a partir das permissões
de instalação de usinas. Desde 1998, quando a Aneel passou a funcionar
como reguladora do mercado de energia elétrica no país, foram expedidas
1.375 outorgas para a geração de energia. Ao todo, esses projetos totalizam
60.165 MW e uma estimativa de investimentos de mais de R$ 87 bilhões.
(Folha de São Paulo - 11.12.2003) 6 Utilização de usinas do PPT não afetará consumidores A decisão
do ONS de utilizar as usinas do Programa Prioritário de Termeletricidade
(PPT) não terá reflexos no bolso dos consumidores. Cerca de 370 MW dessas
usinas têm sido despachados semanalmente no Nordeste para manter o nível
dos reservatórios da região acima do limite de segurança, de 10%. O nível
de armazenamento chegou ontem a 13,74%. O Ceará possui duas térmicas do
PPT. A Termoceará é uma das três usinas da região que já vêm despachando
energia na rede elétrica. A outra, Central Térmica Fortaleza, inicia a
segunda fase de testes este mês e pode entrar em operação comercial antes
do final do ano. Segundo o gerente de tarifas e regulação da Coelce, José
Caminha Alencar Araripe Júnior, o custo dessa energia térmica vinda do
PPT, mais cara do que a fonte hidráulica, é dividido entre distribuidoras
ou geradoras, dependendo do volume de energia contratada. "Os consumidores
só terão que pagar a mais caso sejam despachadas as usinas emergenciais",
explica. (Diário do Nordeste - 11.12.2003) 7 Votação da MP da Cofins fica para próxima semana A votação da Medida Provisória nº 135, que acaba com a cobrança em cascata da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social e eleva sua alíquota de 3% para 7,6%, ficará para a próxima semana, segundo afirmou o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, à Agência Câmara. A partir da próxima segunda-feira (15), a MP passa a trancar a pauta do Plenário. Até a votação da matéria, explicou João Paulo, as lideranças continuarão negociando alternativas para reduzir a incidência da Cofins sobre os setores da cadeira produtiva mais curta e que utilizam maior quantidade de mão-de-obra, como o setor de serviços. (Canal Energia - 11.12.2003) 8
Fórum de Energia 2004 discutirá novo modelo do mercado energético
Empresas 1 BC: Empresas do setor elétrico estão entre as mais endividadas As empresas
do setor elétrico são as que têm as maiores dívidas com bancos, segundo
levantamento feito pelo BC. Ao todo, distribuidoras e geradoras de energia
que atuam no país devem R$ 15,2 bilhões a instituições financeiras, de
acordo com dados fechados em junho. Além de terem as maiores dívidas,
as empresas do setor elétrico também são consideradas as que apresentam
os maiores riscos de inadimplência. Segundo o BC, as provisões feitas
pelos bancos relativas a essas operações representam 10,8% do total de
financiamentos concedidos. Os números constam no "Relatório de Estabilidade
Financeira", documento elaborado semestralmente em que o BC analisa a
situação do sistema financeiro nacional. Para ver o estudo por completo
clique aqui.
(Folha de São Paulo - 11.12.2003) 2 BNDES admite incluir filiais da AES situadas em paraíso fiscal Pessimista com a perspectiva de acordo sobre a dívida da AES, cujo prazo termina dia 15 de dezembro, o BNDES já admite a possibilidade de aceitar que a americana inclua na negociação filiais situadas em paraísos fiscais, as chamadas "empresas de papel". Diante da dificuldade para incluir alguns ativos na Novacom, principalmente a AES Tietê, o BNDES admite que, em vez da geradora, o ativo a ser incluído no negócio seja, por exemplo, uma subsidiária nas Ilhas Cayman. A subsidiária seria a controladora direta de bens da AES no Brasil. O banco aceita a mudança desde que a AES assine um documento listando os bens da empresa localizada no paraíso fiscal e afirmando que esses bens estão desimpedidos de ônus. Seria então feita uma auditoria, já com o acordo em vigência, para checar as informações. Caso a auditoria venha a constatar que as informações não foram corretas, o acordo seria desfeito e a AES estaria sujeita a sanções previstas no contrato. (Folha de São Paulo - 11.12.2003) 3 Aneel prorroga prazo para envio de proposta da dívida da Cemar A Aneel
prorrogou novamente o prazo para que a empresa SVM Participações e Empreendimentos,
do grupo GP Investimentos, envie a proposta de equacionamento da situação
financeira da Cemar. A data-limite para o envio da proposta, marcada inicialmente
para 10 de dezembro, foi transferida para o próximo dia 17. Assim como
na prorrogação anterior, o novo adiamento foi concedido pela Aneel a pedido
do MME, que solicitou mais tempo para concluir os entendimentos visando
o equacionamento da dívida da Cemar com a Eletrobrás, no valor de R$ 236
milhões. A dívida total da distribuidora chega a R$ 760 milhões. Segundo
informou o interventor da Cemar, Sinval Gama, a SVM ainda negocia o equacionamento
das dívidas tanto com os credores privados quando com a Eletrobrás. Pelo
novo cronograma estabelecido pela Aneel, o prazo final para concluir o
processo de transferência do controle da Cemar passa a ser dia 31 deste
mês. Esta é a terceira tentativa da Aneel de repassar o controle da Cemar.
(Gazeta Mercantil - 11.12.2003) 4
CFLCL consegue aprovar pagamento de dividendos aos acionistas 5 Brascan Energética destina 4% dos investimentos em usinas para área ambiental A Brascan
Energética tem crescido no Brasil mantendo-se afastada da queda-de-braço
com os órgãos ambientais. A volta do grupo ao setor elétrico ocorreu pela
aquisição de PCHs já em operação. A carteira da Brascan Energética inclui
26 projetos de usinas hidrelétricas no Brasil que estarão operando até
2008, com capacidade total de 575 MW. Nenhum deles passou, ainda, pelo
crivo do Ibama. Mas o presidente da companhia, Marcelo Marinho, está convencido
de que a empresa não terá problemas nessa área. "Nós buscamos projetos
de baixo impacto ambiental. Há casos de usinas muito boas, com bom retorno
econômico, mas como têm grande impacto ambiental nós não levamos o projeto
adiante", disse. Segundo Marinho, esses estudos fazem parte do cronograma
inicial dos programas de investimentos da Brascan. Ou seja, o levantamento
do impacto ambiental e social é realizado antes da decisão do investimento.
A Brascan destina 4% dos investimentos em usinas para a área ambiental.
Nas demais empresas, esse percentual varia de 3% a 8%. (Gazeta Mercantil
- 11.12.2003) 6 Repasse da CVA de distribuidoras da CPFL Energia será concluído até julho de 2004 As três
distribuidoras do grupo CPFL Energia - Paulista, Piratininga (ambas de
SP) e RGE (RS) - ainda esperam pela finalização do financiamento do BNDES
relativo à reposição dos custos da Conta de Variação da Parcela A (CVA).
A expectativa é que a liberação das últimas parcelas para a reposição
dos custos não-gerenciáveis assumidos pelas empresas entre 2002 e 2003
ocorra entre janeiro e julho do ano que vem. Tanto a Paulista quanto a
RGE estão em melhor situação, restando apenas 20% dos valores totais a
receber. No caso da Paulista, cujo financiamento da CVA totaliza R$ 246
milhões, 80% do montante, ou R$ 196 milhões, foram repassados em 10 de
outubro. A previsão é que os outros R$ 50 milhões saiam no próximo dia
5 de janeiro. A RGE, que já recebeu R$ 47 milhões em 11 de novembro, tem
ainda R$ 10 milhões a serem repassados. A previsão é que isso aconteça
no dia 15 de julho de 2004. Ao contrário da Paulista e da RGE, a Piratininga
ainda não teve acesso a nenhuma das parcelas do financiamento da CVA pelo
BNDES, no valor de R$ 87 milhões. O cronograma da empresa prevê todas
as liberações para o próximo ano: os primeiros 50% (R$ 43,5 milhões) para
5 de janeiro, 30% (R$ 26 milhões) em 20 de abril e os 20% restantes (R$
17,5 milhões) em 19 de julho do ano que vem. (Canal Energia - 10.12.2003) 7 Eletronuclear recebe três prêmios na categoria prata do PQRio Ontem, dia
10 de dezembro, foram conferidos três prêmios à Eletronuclear na solenidade
de entrega do Prêmio Qualidade Rio (PQRio). Foram agraciadas com o prêmio
categoria prata do PQRio a Superintendência da Usina Angra 1, a Gerência
de Monitoração da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto e a Divisão
de Treinamento da empresa. (NUCA - 11.12.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS fará nova avaliação do nível dos reservatórios no Nordeste O ONS tem
protelado ao máximo a necessidade de ligar estas usinas. Na semana passada,
chuvas em Belo Horizonte, na região da hidrelétrica de Três Marias e no
médio São Francisco, melhoraram a situação dos reservatórios das hidrelétricas
do Nordeste. Com isso, o ONS optou por não acionar as emergenciais. Amanhã,
deverá ser feita uma nova avaliação. (Diário do Nordeste - 11.12.2003) 2 Consumo no Ceará tem aumento de 7% no acumulado até novembro O consumo
de energia elétrica da Coelce em novembro de 2003 cresceu 1,3% em relação
ao mesmo período do ano passado. Foram 520.955 MWh este ano contra 514.248
MWh em novembro de 2002. No acumulado de 2003, o consumo de energia no
Estado cresceu 7%. Nos últimos doze meses, a alta foi de 8,1%. Os números,
na verdade, não representam um grande crescimento. As vendas acumuladas
em 2003 são apenas 0,3% maior do que o registrado em 2000. O gerente de
regulação da Coelce, José Caminha, destaca que essa é uma lenta retomada
do consumo. "A economia brasileira não foi bem este ano e a atividade
industrial foi fraca", avalia. Segundo a empresa, em novembro deste ano,
foram atendidos 2.068.645 clientes, um crescimento de 3,4% com a incorporação
de 67.774 novos clientes. (Diário do Nordeste - 11.12.2003) 3 Consumo residencial no Ceará ainda sofre efeitos do racionamento A classe
residencial, detentora de 29,1% do total das vendas de energia elétrica,
apresentou em novembro uma alta de 2,3% em relação ao mesmo mês do ano
anterior, acumulando no ano e nos últimos doze meses crescimentos de 8,4%
e 9,3%, respectivamente. Mesmo assim, os efeitos do racionamento ainda
são claros justamente nos consumidores residenciais. O nível de consumo
acumulado neste ano continua 9,3% menor do que praticado no mesmo período
de 2000. O consumo médio está em 92 KW/h. Já a classe industrial, detentora
de 27,5% do total da energia vendida no mês de novembro de 2003, registrou
uma redução de 8,8% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No
acumulado do ano os industriais mantiveram o mesmo nível de consumo verificado
em 2002. (Diário do Nordeste - 11.12.2003) 4
Nível de armazenamento do subsistema Norte está em 21,09% 5 Reservatórios do Nordeste registram 13,74% da capacidade Os reservatórios
do subsistema Nordeste registram 13,74% da capacidade, ficando 2,58% acima
da curva de aversão ao risco 2003/2004. O nível teve um acréscimo de 0,05%
em comparação com o dia anterior. O volume da hidrelétrica de Sobradinho
chega a 11,13%. (Canal Energia - 10.12.2003) 6 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 37,51% da capacidade O submercado Sudeste/Centro-Oeste registra 37,51% da capacidade, um acréscimo de 0,23% em comparação com o dia 8 de dezembro. O volume armazenado fica 17,93% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. As usinas de São Simão e Marimbondo apresentam 80,36% e 10,87% da capacidade, respectivamente. (Canal Energia - 10.12.2003) 7 Submercado Sul registra 40,21% da capacidade O nível
de armazenamento do subsistema Sul está em 40,21%, um aumento de 0,2%.
A capacidade da hidrelétrica de Passo Fundo chega a 52,8%. (Canal Energia
- 10.12.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras realiza captação de US$ 750 mi no mercado externo A Petrobras enviou comunicado aos investidores confirmando a captação de US$ 750 milhões em papéis de 15 anos no mercado externo. De acordo com a empresa, os bônus terão cupom de 8,375% anuais. A companhia informa que os recursos devem ser usados em "fins corporativos". A emissão concluída nesta quarta-feira foi comandada pela subsidiária Petrobras International Finance Company. Em comunicado enviado ao mercado, a companhia destaca que a operação teve o menor cupom entre todos os papéis emitidos pela subsidiária ou pela própria Petrobras. Outra característica destacada é o prazo de 15 anos, o mais longo alcançado por um emissor brasileiro, com exceção apenas do governo federal. (O Globo - 11.12.2003) 2 Petrobras suspende projeto para construção de terminal de regaseificação de GNL A Petrobras
confirmou ontem que os planos para a construção de um terminal de recebimento
e regaseificação de GNL no Porto de Suape estão suspensos, ao menos por
enquanto. Desde o final da década de 90, a estatal e a Shell do Brasil
vinham desenvolvendo o projeto, que seria o primeiro do gênero na América
do Sul. Ao invés de comprar GNL lá fora, o abastecimento de gás natural
na Região será feito com o gasoduto Sudeste-Nordeste, previsto para operar
em 2006. "Com as recentes descobertas de gás na bacia de Campos, o fornecimento
via gasoduto é uma solução mais econômica, do ponto de vista da Petrobras",
informou o gerente geral de Marketing e Comercialização de Gás Natural
da estatal, José Zonis. Ele disse também que havia dificuldade de encontrar
produto com preço competitivo no Exterior. "Isso não quer dizer que o
projeto está cancelado. No futuro, com o aumento da demanda, pode ser
retomado", afirmou. A GNL (empresa criada pela Petrobras e Shell para
viabilizar o projeto) negociou com possíveis parceiros em vários países,
entre eles Nigéria, Venezuela e Trinidad-Tobago. (Diário de Pernambuco
- 11.12.2003) 3 Petrobras aumenta investimentos para exploração de petróleo na região do RN e CE A Petrobras
vai investir R$ 2 bilhões na exploração e produção de petróleo na região
do Rio Grande do Norte e Ceará no ano que vem, sendo R$ 843 milhões desse
dinheiro a ser aplicado em novos projetos. O orçamento para a unidade
de negócios do RN e CE em 2004 foi apresentado, ontem, pelo superintendente
da Petrobras no Estado, Fernando Ricardo de Lima. A quantidade de recursos
a ser investida pela Petrobras é aproximadamente R$ 300 milhões maior
do que o orçamento de R$ 1,7 bilhão aplicado na região, pela companhia,
em 2003. Para novos projetos, os investimentos no ano que vem terão um
acréscimo de mais de R$ 30 milhões. O superintendente da Petrobras destacou
que o que permitiu a companhia ampliar o orçamento previsto foi o fato
de projetos importantes estarem previstos para serem consolidados no ano
que vem, como a planta de Querosene de Aviação e a terceira Unidade de
Processamento de Gás Natural. No ano que vem está prevista a perfuração
de 14 poços exploratórios da Petrobras, sendo 12 deles em terra e outros
dois poços no mar, totalizando um investimento de US$ 37 milhões. (Tribuna
do Norte - 11.12.2003) 4 BR prevê lucro de R$ 300 mi em 2003 A queda
na venda de combustíveis nos nove primeiros meses do ano não impedirá
a Petrobras Distribuidora S/A (BR) de registrar lucro em 2003. Com base
no resultado acumulado até setembro deste ano - faturamento líquido 40%
maior sobre o comparativo dos nove primeiros meses do ano passado (saltou
de R$ 15,9 bilhões para R$ 22,9 bilhões); expansão de 12% no lucro bruto
(de R$ 1,4 bilhão para R$ 1,6 bilhão); de 16% no lucro operacional (de
R$ 384 milhões para R$ 447 milhões); e Ebitda 72% maior comparativamente
ao período de janeiro a setembro (R$ 396 milhões para R$ 681 milhões)
-, a perspectiva é de que a distribuidora de combustíveis feche o ano
com receita de cerca de R$ 30 bilhões e lucro líquido de R$ 300 milhões.
Em 2002, o faturamento foi de R$ 24,7 bilhões e o lucro líquido, de R$
675,5 milhões, este último inflado pela venda de participações da BR em
distribuidoras de gás. Sobre o lucro líquido menor no acumulado até setembro,
o presidente da BR, Rodolfo Landim, disse que a queda deveu-se ao fato
de não ter havido venda de ativos pela BR este ano. Para efeito de balanço,
a alienação de ativos é computada no lucro líquido da empresa, explicou.
(Gazeta Mercantil - 11.12.2003) 5 BR prevê aumento de 4% nas vendas com retomada da atividade econômica As indicações são ainda mais positivas para o próximo ano, em razão da perspectiva de reação econômica e dos esforços da distribuidora para fidelizar os clientes - uma das principais iniciativas consistirá no lançamento de um cartão de afinidade para caminhoneiros e para proprietários de comerciais leves. Na avaliação da BR, se confirmada a expansão de 3,5% do PIB, o mercado de combustíveis pode crescer 4% em volume em 2004. Com a recuperação econômica, a BR planeja atingir resultados mais promissores em segmentos específicos, como a venda de asfalto, coque, além de Gás Natural Veicular e Gás Natural. No caso dos cartões de afinidade da BR, acena-se com a possibilidade de pagamento a prazo e descontos na fatura para atrair os consumidores. Para os revendedores da bandeira BR, estuda-se uma substancial redução da taxa cobrada pelas administradoras de cartões de crédito (Gazeta Mercantil - 11.12.2003) 6 Vendas da BR têm recuo de 8% No acumulado até setembro as vendas da BR tiveram recuo de 8%, acima da média de mercado (-6,3%). Mas os preços médios mais altos dos combustíveis sustentaram o resultado positivo dos três primeiros trimestres do ano, explicou o presidente da BR, Rodolfo Landim. Vários fatores puxaram as vendas para baixo. Além do desaquecimento econômico, a BR foi mais duramente afetada pela queda das vendas de óleo combustível, onde detém de 67% a 68% do market share. Neste caso, as vendas despencaram 21,2% no acumulado até setembro, dada também a concorrência puxada pelo GN e pela "renúncia consciente" de market share no segmento de TRR (Transportador Revendedor Retalhista), agora na casa de 36% a 37%. Também a gasolina (-7%), óleo diesel (-5,4%) e lubrificantes (-7%) contribuíram para a retração das vendas da BR. Este comportamento fez com que a distribuidora da Petrobras perdesse ligeiramente market share no resultado acumulado até setembro, passando para 31,3%, queda de um ponto percentual sobre janeiro/setembro de 2002. (Gazeta Mercantil - 11.12.2003) Ildo Sauer, diretor da Petrobras, deverá ser ouvido pelo Senado sobre o uso de gás natural no Brasil. O requerimento foi apresentado pela senadora Ideli Salvatti (PT-SC), vice-líder do governo. (Folha de São Paulo - 11.12.2003)
Grandes Consumidores 1 Anúncio da fusão melhora ações das siderúrgicas A informação
de que a Usiminas e a CSN estariam em processo de fusão movimentaram suas
ações ontem no pregão da Bovespa. O destaque ficou com as ações preferenciais
da Cosipa, uma das empresas que entraria no possível negócio. As ações
encerraram as operações com valorização de 5%. No início da tarde, esse
papel chegou a registrar alta de 7,5%. Já as ações da CSN e da Usiminas
acabaram encerrando as operações de ontem na Bovespa com perdas. A negativa
das empresas em relação à notícia de que o processo de fusão já estaria
em andamento repercutiu negativamente no desempenho das suas ações. A
ação preferencial tipo "A" da Usiminas encerrou o dia em queda de 1,74%,
depois de operar com ligeira alta até o início da tarde. O mercado também
repercutiu a informação de que o Cade vai convocar a CSN e a Usiminas
para explicarem o possível negócio. (Folha de São Paulo - 11.12.2003) O grupo
Gerdau anunciou a compra de 15 concessões de lavra da Cia. Paraibuna de
Metais, controlada pela Votorantim, no chamado quadrilátero ferrífero
de Minas Gerais. As reservas, as primeiras adquiridas pelo grupo, são
estimadas em 500 milhões de toneladas de minério de ferro e vão garantir
uma base "mais confortável" para a expansão da Açominas, disse o vice-presidente
e diretor de relações com investidores, Osvaldo Schirmer. A siderúrgica
tem projeto de nos próximos anos duplicar sua capacidade de produção atual
de 3 milhões de toneladas anuais de aço semi-acabado. O valor da operação
alcança US$ 30 milhões. Do total, US$ 7,5 milhões foram pagos na assinatura
do pré-contrato pela Gerdau Açominas, ontem. Montante igual será desembolsado
no fim do processo de "due dilligence", que deve durar de um a dois meses,
e os 50% restantes em junho do ano que vem. (Valor - 11.12.2003) 3 Seis maiores exportadoras da indústria siderúrgica registram aumento de 57,17% nas vendas externas As vendas
externas das seis principais exportadoras de produtos siderúrgicos - CST,
CSN, Açominas, Cosipa, Acesita e Gerdau - cresceram 57,17% nos primeiros
dez meses do ano. As vendas externas das seis empresas juntas somaram
US$ 2,440 bilhões de janeiro a outubro, ante US$ 1,552 bilhão no mesmo
período de 2002. Os principais destaques ficaram por conta da Gerdau e
da Açominas, cujas exportações cresceram mais de 100% no acumulado até
outubro. As informações são da Secex, do MDIC. Segundo análise do diretor
da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro,
a retração do mercado interno contribuiu significativamente para o crescimento
das exportações das siderúrgicas. (Jornal do Commercio - 11.12.2003) 4 Vendas externas da CST registram crescimento de 6,31% até outubro Apesar da
CST ter reduzido o ritmo das exportações, por conta do redirecionamento
da produção de placas para abastecer o seu novo laminador de bobina a
quente, a empresa acumula até outubro um crescimento de 6,31% na vendas
externas, que totalizaram US$ 710,850 milhões. A empresa aparece em oitavo
lugar na lista dos maiores exportadores brasileiros e em primeiro entre
as siderúrgicas. Em outubro, a CST exportou US$ 75,892 milhões, com queda
de 21,64% sobre o mesmo mês de 2002. Atualmente, cerca de 48% das exportações
da CST seguem para a América do Norte, seu principal mercado. (Jornal
do Commercio - 11.12.2003) 5 CSN registra aumento de 73,44% nas vendas A CSN foi
a segunda maior exportadora de produtos siderúrgicos de janeiro a outubro
e 15ª no ranking dos maiores exportadores do País. A empresa vendeu US$
498,960 milhões, com crescimento de 73,44% sobre o mesmo período de 2002.
Em outubro, as vendas externas da CSN somaram US$ 97,126 milhões, com
crescimento de 87,05% sobre o mesmo mês do ano passado. (Jornal do Commercio
- 11.12.2003) 6 Vendas externas da Açominas até outubro chegam a US$ 387,367 mi A Açominas foi a terceira maior exportadora entre as siderúrgicas de janeiro a outubro e a 21ªno ranking dos maiores exportadores do País. A empresa vendeu US$ 387,367 milhões, com elevação de 101,54% sobre o mesmo período de 2002. Em outubro, suas vendas somaram US$ 35,364 milhões, com crescimento de 14,14% sobre o mesmo mês de 2002. (Jornal do Commercio - 11.12.2003) 7 Cosipa registra crescimento de 87,69% nas exportações A Cosipa, quarta maior exportadora do setor, registrou crescimento de 87,69% nos primeiros dez meses do ano, com vendas de US$ 329,871 milhões. A siderúrgica é a 27ªentre as maiores exportadoras do País. Em outubro, exportou US$ 47,523 milhões, com aumento de 130,53% sobre o mesmo mês de 2002. A empresa atende aos mercados da Oceania, Américas e Europa. (Jornal do Commercio - 11.12.2003) 8
Acesita é a quinta maior exportadora 9 Gerdau também está entre as principais vendedoras brasileiras A Gerdau,
que não é tradicional exportadora, também aparece neste mês entre as principais
vendedoras brasileiras, ocupando a 39ªposição no ranking de exportação
da Secex. A empresa compensou a fraca demanda do mercado interno com as
exportações que, de janeiro a outubro, somaram US$ 248 milhões, crescimento
de 196,79% sobre 2002. Em outubro, as exportações totalizaram US$ 39,079
milhões, com expansão de 227,91%. (Jornal do Commercio - 11.12.2003)
Economia Brasileira 1 Empresários querem que governo dê as condições para volta do investimento A macroeconomia vai bem, há um otimismo com o controle da inflação e a queda dos juros, e o Brasil alcançou condições para iniciar um crescimento sustentado, mas faltam medidas concretas para atrair investimentos e desonerar a produção. Este foi o sentimento geral dos empresários que participaram da reunião do CDES. "Para alcançarmos a sustentabilidade, falta trabalhar a questão da infraestrutura, consolidar as reformas, desonerar a produção e fixar regras estáveis e claras", enumerou o presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares. Ele sintetizou bem o pensamento geral de que sem regras claras para áreas de infraestrutura, como energia e saneamento, fica difícil atrair investidores. Benjamin Steinbruch, mostrou-se satisfeito com os indicadores do final deste ano, mas também vê a necessidade de novas ações para alavancar a economia. "Alguns setores ainda estão empacados, pleiteando o não aumento da carga fiscal", resumiu. (Valor - 11.12.2003) 2 Governo descarta redução na meta de superávit Guido Mantega, e Henrique Meirelles rechaçaram a possibilidade de o governo amenizar as metas de superávit primário estabelecidas até 2007 em 4,25% do PIB. Essa flexibilização foi proposta pelo senador Roberto Saturnino (PT-RJ) em seu relatório do Plano Plurianual, no qual fixou a meta de superávit primário de 2005 em 3,75% do PIB, em 3,5% para 2006 e 3,25% para 2007. Segundo o ministro, que participou da reunião do CDES, é prematuro discutir 2005, mas a meta não será reduzida porque esse patamar garante solidez às contas públicas, favorecendo uma queda mais rápida das taxas de juros e o aumento dos investimentos privados. Também considera precipitado projetar cenários em 2005, uma vez que o governo está "centrado" em 2004. Meirelles também é contrário ao afrouxamento fiscal a partir do ano que vem. (Valor - 11.12.2003) 3 Mantega: PIB cresce de 2,5% a 3% no 4º trimestre Guido Mantega, afirmou que o país está crescendo "entre 2,5% e 3%" neste último trimestre do ano; Henrique Meirelles, apostou num crescimento sustentável ao longo da "próxima década"; e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, segundo relato dos conselheiros, garantiu que não haverá aumento da carga tributária em 2004. A reunião de ontem foi a última prevista pelo CDES para 2003. Após ouvir as exposições de Palocci, Meirelles e do ministro interino do Desenvolvimento, Márcio Fortes, Mantega afirmou que o país já vive um clima de retomada da economia e garantiu que o crescimento deste trimestre vai ficar próximo dos 3%. Mantega atribuiu a retomada neste trimestre ao desempenho do setor de bens de capital, que também deverá puxar o desempenho do ano que vem. Questionado se o governo poderia sofrer pressões para flexibilizar a política econômica em 2004, um ano eleitoral, o ministro do Planejamento listou uma série de medidas já adotadas nos últimos meses para aliviar o arrocho e promover um desenvolvimento sustentável. (Valor - 11.12.2003) 4
Genro aposta nas PPP para atrair investimento 5 Palocci confirma foco do Governo nas questões microeconômicas Em vez de
discutir juros, câmbio e política fiscal, que já estão dados e não mudarão,
o Governo quer centrar fogo em outros temas. São questões de caráter microeconômico
que, uma vez equacionadas, contribuirão tanto ou mais para o crescimento
econômico, a criação de empregos e a distribuição de renda, segundo Palocci.
A agenda econômica de 2004 prevê medidas para estimular a concorrência
entre os bancos e assim contribuir para a queda no custo dos empréstimos.
Também estão em elaboração providências para combater a burocracia e os
custos envolvidos no comércio exterior. Outro destaque para 2004 será
a desoneração da folha de pagamentos. Os investimentos deverão receber
um impulso com a redução dos impostos sobre máquinas e equipamentos e
com a aprovação da lei que regulará as PPPs. (Jornal do Commercio - 11.12.2003) 6 Palocci: Investimentos facilitados para o setor produtivo Para o setor
produtivo, o Governo promete facilitar o investimento em 2002. Para isso,
pretende cortar, gradualmente, a taxação sobre máquinas e equipamentos.
O Governo também quer colocar na rua, em 2004, os primeiros projetos em
infra-estrutura realizados por meio das PPPs. A modernização do setor
produtivo receberá um impulso com a nova Política Industrial e com a Lei
de Inovação. Essa nova legislação tem como objetivo principal a transferência
para as empresas do conhecimento criado nas universidades e centros de
pesquisa. (Jornal do Commercio - 11.12.2003) A taxa de inflação em São Paulo inicia dezembro com queda ainda maior do que a registrada no mês passado. Os preços subiram 0,22% nos últimos 30 dias, taxa inferior ao 0,52% do mesmo período de novembro, conforme divulgou a Fipe A desaceleração da taxa fez a Fipe rever as estimativas deste mês e do ano. A inflação deste mês ficará abaixo da previsão anterior de 0,20%, o que deve puxar a taxa do ano para patamar inferior a 8%. (Folha de São Paulo - 11.12.2003) 8
Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Gaz de France faz proposta para compra de 35% do controle da francesa Snet A Electricite
de France (EdF) e a Charbonnages de France (CdF) estão estudando a oferta
realizada pela Gaz de France (GdF) para a compra de 35% da produtora de
energia termoelétrica francesa, Snet, afirmou um porta-voz da Cdf. "Nós
não podemos afirmar ainda quando responderemos a oferta ou mesmo quando
o negócio será finalizado", afirmou o porta-voz, que preferiu não dar
detalhes da negociação. A GdF não quis confirmar ou negar a informação.
Atualmente a CdF detém 51% do controle da Snet. O restante é controlado
pela espanhola Endesa (30%) e pela Edf (19%). Segundo o porta-voz da Cdf,
a Endesa está para adquirir 35% do controle da Snet, em mãos da CdF. "A
oferta feita pela Gaz de France é relativa aos 16% restantes após a venda
para a Endesa, e a participação de 19% controlada pela Edf" afirmou o
porta-voz. Com uma capacidade de geração de 2475 MW - que pode ser dobrada
para 4145 MW até 2010 - a Snet produz cerca de 2% da energia total da
França. (Platts - 10.12.2003)
Biblioteca Virtual do SEE 1 Banco Central do Brasil. "Relatório de estabilidade financeira" Rio de Janeiro, Novembro de 2003 - 160 páginas Disponível
em: http://www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras/biblioteca/setoreletrico.htm
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
|