l IFE:
nº 1.251 - 08 de dezembro de 2003 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Estudo mostra que tarifa brasileira de energia é baixa Um estudo
sobre os preços da energia no mundo, encomendado pela Comissão de Minas
e Energia da Câmara dos Deputados, mostra que os valores das tarifas no
país estão abaixo da média mundial, apesar do consumidor sentir no bolso
um peso crescente nos últimos anos. O coordenador do estudo, Fausto Menezes
Bandeira, afirma que o Brasil possui 90% de sua base de geração hidrelétrica,
enquanto a grande maioria dos países utiliza produção termelétrica a carvão,
derivados do petróleo ou energia nuclear, fontes não renováveis e mais
caras que a fonte hídrica. Por outro lado, com a queda do poder aquisitivo
da população brasileira nos últimos anos, o consumidor brasileiro sentiu
o aumento da conta de energia nas suas despesas mensais. "Os preços da
energia elétrica são justos, porém superiores à capacidade de pagamento
do consumidor direto", conclui o documento. (Valor - 08.12.2003) 2 Preço da tarifa para a indústria é 38% menor que a média mundial A comparação
com os preços praticados nos outro países teve como base os dados da Agência
Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), organismo internacional
sediado em Paris, ligado à Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento
(OCDE), e foram extraídos do relatório "Key World Energy Statistics -2003".
No caso dos preços da energia no Brasil, os dados foram retirados do Balanço
Energético Nacional, do MME, e convertidos pela taxa média do câmbio em
2002. O relatório mostra que os preços no Brasil para a indústria são
30,8% mais baratos que a média mundial. Para o consumidor residencial,
as tarifas nacionais são 6,3% inferiores à média mundial. (Valor - 08.12.2003) 3 Canadá e Noruega possuem tarifas mais baixas que no Brasil Comparando-se
os preços do Brasil com o Canadá - nos dois países há predomínio de geração
hídrica - , observa-se que as tarifas para o consumidor residencial no
Brasil são 63,5% mais caras, enquanto a indústria nacional paga 16,4%
mais. Isso ocorre porque no Brasil os consumidores residenciais pagam
118,7% mais caro que a indústria, enquanto no Canadá essa diferença é
de 55,7%. Já a Noruega, que tem 99% de sua produção de energia oriunda
de hidrelétricas, tem tarifas de energia mais baixas que o Brasil. O consumidor
industrial brasileiro paga 28,7% mais que o norueguês e o residencial
13,8% mais. Quando se analisa a composição dos preços da energia, a questão
tributária também tem peso superior no Brasil em comparação com os outros
países. Na tarifa nacional, tributos e encargos como o ICMS, PIS/Cofins,
CPMF e imposto de renda têm peso de 46,4% na conta de luz. No Canadá,
o montante de impostos incidentes sobre a energia varia entre 11% e 19%,
dependendo da província. Na Noruega, o total da carga tributária corresponde
a 30%, em média, do preço final ao consumidor. (Valor - 08.12.2003) 4
Estudo: Governo pode baixar ainda mais as tarifas 5 Vale cobra definição de regras para voltar a investir O presidente
da CVRD, Roger Agnelli, disse que, apesar de a situação macroeconômica
do país estar favorável aos investimentos do setor privado, a demora na
definição de regras claras, especialmente na área de infra-estrutura,
está atrasando os investimentos. A Vale é a maior produtora de minério
de ferro do mundo. Agnelli disse esperar que o governo defina logo o novo
modelo para o setor energético. (Folha de São Paulo - 06.12.2003) 6 RS pode receber parques de geração eólica A alemã
Eternegy e a consultoria gaúcha ProWind pretendem implantar três parques
de geração de energia eólica no litoral do Rio Grande do Sul, com capacidade
máxima de 126 MW. Orçados em 120 milhões de euros, os empreendimentos
devem entrar em operação no primeiro bimestre de 2006, mas ainda dependem
da definição das regras e dos projetos que serão contemplados pelo Proinfa,
o programa do governo federal para estimular o uso de energias alternativas,
e da captação de investidores nacionais e internacionais. Segundo o diretor
superintendente da Eternegy, Jürgen Mayer, a condição básica para a realização
do projeto é a definição do marco regulatório para o uso de energias alternativas
no Brasil. Com esta questão resolvida, o país terá condições de atrair
rapidamente investidores em geração e fabricantes de equipamentos, acredita.
De acordo com ele, numa situação de estabilidade econômica e jurídica,
um investimento deste tipo é amortizado num período de sete a 12 anos.
(Valor - 08.12.2003) 7 Minas Gerais aguarda regras para iniciar programa de universalização Os estados estão aguardando as regras de financiamento do programa de universalização de energia elétrica, Luz para Todos, para definir sua estratégia de atuação. No dia 11 de novembro, o governo federal anunciou que atenderá 12 milhões de pessoas até 2008, com a iniciativa. O programa está orçado em R$ 7 bilhões, sendo que só o governo federal entrará com R$ 5,3 bilhões, por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Reserva Geral de Reversão (RGR). A Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais já está discutindo com o MME a forma de financiamento. O secretário Wilson Brumer informa que o projeto, que atenderá 115 mil propriedades, será iniciado em janeiro de 2004. O investimento na universalização de Minas Gerais custará R$ 520 milhões. A meta do governo é eletrificar todas as propriedades até 2006. Wilson Brumer, diz que 780 municípios ainda não estão com o fornecimento de energia elétrica completos. A concentração das unidades está nas regiões Norte e Noroeste. (Canal Energia - 08.12.2003) 8
Livro "A Reconstrução do Setor Elétrico Brasileiro" é lançado no Rio
Empresas 1 BNDES: AES vai liberar ações da AES Tietê Carlos Lessa,
disse que a AES norte-americana teria afirmado, durante uma série de reuniões
em Washington, que vai liberar as ações da subsidiária AES Tietê, que
foram dadas em garantia a um empréstimo nos EUA. O empréstimo, de US$
300 milhões, foi feito com sindicatos de bancos estrangeiros. Lessa reafirmou
que a AES, controladora da Eletropaulo, tem que liberar as ações da Tietê
para que possa ser formalizado o acordo de renegociação da dívida de US$
1,2 bilhão que ela tem com o banco. Caso contrário, o banco entrará na
Justiça contra a empresa. (Folha de São Paulo - 06.12.2003) 2 Mantega tem ajudado nas negociações com a AES Guido Mantega tem participado, ao lado de Roberto Thimóteo da Costa (BNDES), das negociações, nos Estados Unidos, para a AES cumprir o acordo firmado com o banco. As conversas têm avançado nos últimos dias. O BNDES acha que há chances de o acordo ser fechado até o dia 15. (Folha de São Paulo - 06.12.2003) 3 Light apresenta proposta de reestruturação da dívida A Light
apresentou aos 24 bancos credores proposta para refinanciar US$ 500 milhões
da dívida, informou o presidente da companhia, Jean Pierre Bel. A intenção
da subsidiária da estatal francesa EDF é alongar o prazo da dívida para
três anos e sete meses, com dois anos de carência, durante o qual seriam
pagos os juros. A expectativa de um acordo fez as ações da empresas dispararem
23% só hoje. Além de ampliar o prazo de pagamento, a Light quer trocar
a moeda de referência dos empréstimos e reduzir as taxas de juros. Atualmente,
da dívida renegociada, cerca de 75% são indexadas ao dólar e 25% em real.
A intenção da empresa é ficar com exposição de apenas 25% em dólar e os
restantes 75% em moeda nacional. A empresa pretende ainda converter empréstimos
de US$ 270 milhões em capital de risco e espera obter US$ 220 milhões
do BNDES, aderindo ao programa de capitalização da instituição. Esses
recursos seriam utilizados basicamente para quitar dívida com os bancos,
disse a companhia. (Valor - 08.12.2003) 4
Cemig utiliza operações de curto prazo para suprir restrições do BNDES
5 Cesp vende 34 MW em leilão de compra da Comerc A Cesp venceu
o leilão de compra de energia promovido pela Comerc na semana passada.
A geradora ganhou quatro dos cinco lotes de fornecimento ofertados. Assim,
a concessionária vai fornecer energia para as empresas Comfio, Döhler,
Embraco, Schuls. O quinto lote, da WEG, ficou com a Tractebel Energia.
O total de energia que será fornecido para as empresas é de 34 MW, sendo
que 28 MW ficarão com a Cesp e 6 MW com a Tractebel. Os prazos dos acordos
variam de quatro a cinco anos e o início do fornecimento para os consumidores
acontecem ao longo de 2004. Os contratos entre as geradoras e as empresas
deverão ser assinados até a próxima sexta-feira, dia 12 de dezembro. (Canal
Energia - 08.12.2003) 6 Presidente da Celg quer terminar 2003 com o patrimônio líquido zerado O presidente
da Celg, José Paulo Félix Loureiro, espera que a empresa consiga fechar
o ano com o "patrimônio líquido zerado". Em setembro deste ano, o balanço
patrimonial da companhia indicava um passivo a descoberto no valor de
R$ 143,187 milhões, refletindo uma queda de 53,8% frente a um rombo de
R$ 310,065 milhões observado no mesmo mês de 2002. A expectativa otimista
do presidente tem como base os números positivos que a empresa vem apresentando
este ano. No terceiro trimestre, a distribuidora registrou um lucro líquido
de R$ 7,963 milhões, diante de um prejuízo de R$ R$ 290,090 milhões em
igual período do ano passado. Com esse resultado, a companhia acumula
no ano um lucro de R$ 136,772 milhões, o que reflete uma situação bem
mais confortável do que no ano passado, quando a Celg chegou a registrar
perdas de R$ 480,576 milhões nos primeiros nove meses, equivalente a praticamente
73% de sua receita líquida. (Gazeta Mercantil - 08.12.2003) 7 Empresas do setor elétrico acompanham alta da Bovespa A Bovespa
bateu mais um recorde no último pregão, com alta de 2,28% e 20.879 pontos.
A Bolsa foi impulsionada pelos negócios com papéis de empresas elétricas.
Das dez maiores altas, cinco foram do setor: Cesp (6,22%), Celesc (5,63%),
Eletropaulo (5,42%), Cemig (4,54%) e Light (21,73%). O desempenho dos
papéis deveu-se à expectativa positiva de investidores em relação ao novo
marco regulatório do setor, que o governo deve divulgar na próxima semana.
No caso da Light, contribuiu ainda o anúncio da proposta de reestruturação
de parte da sua dívida. Um levantamento da Thomson Financial Brasil, com
base em projeções de analistas do mercado financeiro, indica que a Bolsa
pode alcançar 22.800 pontos em 12 meses. O número é resultado da média
das projeções de valorização (13,87%) dos especialistas feitas para cada
um dos papéis que compõem o Ibovespa a partir do fechamento de novembro.
(O Globo - 06.12.2003) A BB Securities Ltd, subsidiária do Banco do Brasil sediada em Londres, coordenou a troca de notas emitidas pela Eletropaulo no mercado internacional de capitais. A operação teve 93% de adesão por parte dos investidores que já detinham as notas. (Folha de São Paulo - 06.12.2003) A Copel recebeu o prêmio Blue Planet 2003, concedido pela Associação Internacional de Energia Hidrelétrica, em reconhecimento à excelência dos programas sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa durante a construção da Usina de Salto Caxias, no rio Iguaçu, no Oeste e Sudoeste do Paraná. (Paraná Online - 07.12.2003) A Prefeitura Municipal de Corumbá pagou na semana passada uma dívida de R$ 2,3 milhões com a Enersul. O pagamento ocorreu durante uma reunião, em Campo Grande, entre a direção da empresa, prefeito Éder Brambilla e secretários municipais.(Correio do Estado - 07.12.2003)
Licitação A Cemig
abre processo para fazer ensaios de emissão acústica e reconstituição
de prontuários de vasos de pressão das usinas e subestações da empresa
com a finalidade de regulamentá-los de acordo com a NR-13. O prazo termina
em 18 de dezembro. (Canal Energia - 08.12.2003) A Copel licita serviço de calibração de medidores monofásicos, bifásicos e trifásicos. O prazo termina em 18 de dezembro. (Canal Energia - 08.12.2003) A Ceron
abre licitação para aquisição de sobressalentes elétricos (relés) para
as subestações de Ariquemes, Jaru, Ouro Preto, Ji-Paraná e Cacoal. O prazo
para a entrega das propostas vai até 15 de dezembro. (Canal Energia -
08.12.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Chuva melhora nível de reservatórios no Nordeste As chuvas
em Belo Horizonte, na região da hidrelétrica de Três Marias e no médio
São Francisco melhoraram a situação dos reservatórios das hidrelétricas
do Nordeste. Com isso, o ONS optou por não acionar as termelétricas do
seguro anti-racionamento na próxima semana. Na sexta da semana que vem
será feita nova avaliação. (Folha de São Paulo - 06.12.2003) 2 Fiesp: Crescimento do PIB pode trazer crise de energia em 2006 A possibilidade
de um crescimento do PIB acima das expectativas nos próximos dois anos
pode não ser acompanhada pelo crescimento da oferta de energia. O alerta
foi feito pelo diretor do Departamento de Infra-Estrutura da Fiesp, Pio
Gavazzi, que considerou bastante alto o risco de problemas de abastecimento
de energia elétrica dentro de três anos, caso a taxa de crescimento da
economia se recupere ao longo de 2004 e 2005. "Estimativas indicam que
a atividade econômica deva crescer cerca de 2,5% no ano que vem. Caso
haja uma boa surpresa e o PIB aumente entre 3,5% e 4% nos próximos dois
anos, certamente teremos uma nova crise de energia em 2006", afirmou o
executivo. Segundo ele, a instalação de uma base complementar termelétrica
no país é fundamental para afastar o risco de racionamento. A viabilização
de projetos de cogeração, acrescenta o executivo, é encarada como alternativa
viável para uma maior utilização do gás natural na matriz energética.
(Canal Energia - 08.12.2003) 3 Apagão no MS pode trazer duas novas LTs ao estado O apagão
registrado no último dia 25 de novembro em 57 municípios do Mato Grosso
do Sul, serviu como um forte argumento para acelerar a implantação de
duas linhas de transmissão de 230 kV que servirão para melhorar o abastecimento
no Estado. Em reunião realizada em Brasília, entre o diretor-geral da
Aneel, José Maria Miranda Abdo, o deputado federal Vander Loubet, e representantes
do Crea/MS (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura/MS) e Iems (Instituto
de Engenharia de MS), foram debatidas as alternativas para agilizar a
obra que poderá sair num prazo de 18 meses. A idéia é construir, em caráter
de urgência, duas linhas de transmissão energética a partir da Usina Sérgio
Mota, em Porto Primavera. (Correio do Estado - 06.12.2003) 4
Boletim Diário da Operação do ONS
Gás e Termoelétricas 1 Eletrobrás tenta viabilizar construção de Angra 3 A Eletrobrás, os fabricantes de equipamentos elétricos, deputados federais e integrantes do governo estão tentando viabilizar a retomada da construção da usina nuclear de Angra 3 no próximo ano. A Eletrobrás já teria enviado proposta de construção da usina em 2004 à pauta da próxima reunião do CNPE, que deverá ocorrer ainda neste ano. Além disso, os deputados da Comissão de Minas e Energia da Câmara destinaram emendas ao orçamento e ao PPA que somam R$ 1,3 bilhão para a construção da usina. E, recentemente, Zieli Thomé, presidente da Eletronuclear, assumiu a vice-presidência da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). (Valor - 08.12.2003) 2 Angra 3 poderá gerar 2.400 MW O presidente
da Eletronuclear é um dos mais entusiastas defensores da construção de
Angra 3. Ele afirma que a usina poderá disponibilizar, em 2010, a potência
equivalente à de uma hidrelétrica com 2.400 megawatts, suprindo 34% da
demanda do Estado do Rio. Diz, ainda, que as bem-sucedidas experiências
norte-americana e francesa na geração de energia nuclear atestam a existência
de formas seguras de armazenagem do lixo atômico. Já os fabricantes de
equipamentos têm interesse na retomada das encomendas do setor elétrico,
paralisadas neste ano por conta das indefinições regulatórias do setor
elétrico. Na Siemens, por exemplo, o setor elétrico respondeu por 43%
das encomendas em 2002, mas, em 2003, a participação do setor no faturamento
da empresa caiu para 15%. Estima-se que dos US$ 1,8 bilhão necessários
para a conclusão de Angra 3, cerca de US$ 400 milhões seriam gastos com
empresas nacionais de equipamentos. Os serviços como obras civis, de engenharia
e montagem eletromecânica demandariam outros US$ 900 milhões. (Valor -
08.12.2003) 3 Petrobras irá assumir TermoRio A Petrobras
irá assumir nos próximos dias a gestão da TermoRio, a maior termelétrica
do país. A estatal, que já detinha 43% da empresa, comprou 7% da participação
da sócia baiana PRS. Os 50% restantes são da americana NRG, que se encontra
em situação difícil nos Estados Unidos. A TermoRio fazia parte do programa
emergencial de energia do governo passado para enfrentar a crise de racionamento.
A previsão era a de um investimento de US$ 640 milhões. A termelétrica
começa a operar em maio do ano que vem. (Folha de São Paulo - 06.12.2003) 4 Oleoduto cria polêmica entre Governo do Rio e Petrobras A construção
de um oleoduto de 750 quilômetros, ligando o Norte Fluminense a São Paulo,
transformou-se numa queda-de-braço política entre a Petrobras e o governo
do Rio, que enxerga no projeto o fim das pretensões do Estado de receber
uma nova refinaria de petróleo. Dois projetos de lei em tramitação na
Alerj podem frustrar os planos da Petrobras, caso sejam aprovados. Na
última terça-feira, estava prevista a votação do projeto 434/2003, que
prevê a obrigatoriedade de autorização prévia da assembléia para a instalação
ou passagem de qualquer oleoduto no Estado. A votação acabou adiada por
falta de quórum. "O governo pediu que o projeto não entrasse em pauta
porque há uma expectativa com relação às negociações em torno da refinaria",
informou o secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo,
Wagner Victer. (Valor - 08.12.2003) 5 Petrobras pode voltar a ter atuação forte no setor petroquímico Nos próximos meses, a diretoria da Petrobras fará uma série de reuniões para definir seu planejamento estratégico para 2004. No meio das discussões está uma proposta que promete ser das mais polêmicas no governo Lula. A estatal quer voltar a ter uma atuação forte no setor petroquímico brasileiro para fortalecer o segmento e aumentar as vendas desses produtos no exterior. Forçada a vender suas participações na petroquímica em fins dos anos 90, durante o governo FHC (hoje a estatal tem participações de no máximo 15% nas centrais fornecedoras de matéria-prima através da Petroquisa), agora a empresa ensaia um retorno. Segundo fontes ligadas ao processo, isso poderá custar um investimento inicial da ordem de R$ 1 bilhão. O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, tem dito que a empresa quer voltar a participar da gestão das empresas, sem que isto signifique reestatização. Como será exatamente a volta da Petrobras à petroquímica ainda não está decidido. (Paraná Online - 07.12.2003) 6 Estudo da Facamp: Entrada da Petrobrás é fundamental para sobrevivência do setor petroquímico O estudo "A internacionalização de empresas no capitalismo contemporâneo: breves notas sobre a inserção competitiva da indústria petroquímica brasileira", de autoria dos professores de economia nas Faculdades de Campinas (Facamp) João Manuel Cardoso de Mello, Luiz Gonzaga Belluzo, Célio Hiratuka e Rodrigo Sabattini, dá suporte para a entrada da Petrobras no setor petroquímico. Pelo estudo feito pelos professores da Facamp, se a Petrobras não entrar no setor "serão remotas as chances da indústria petroquímica brasileira se tornar competitiva internacionalmente ou ser capaz até de sobreviver em bases patrimoniais nacionais". A idéia é que a estatal entre no setor para consolidá-lo com políticas abrangentes (desenvolvimento de pesquisa, investimento em infra-estrutura, ampliação de ações nas bolsas, desoneração tributária, entre outras medidas) e políticas setoriais (incentivo à fusões e aquisições, reestruturações financeiras, coordenando a política comercial, especialmente de exportações). Segundo o estudo, o conjunto de cadeias produtivas petroquímicas de países em desenvolvimento possui grande presença estatal (bem como alguns países industrializados). Os professores citam China, Coréia do Sul, Irã, Malásia e Taiwan como exemplos. (Paraná Online - 07.12.2003) 7 Abegás: Extensão de rede de gasodutos no país ainda é insuficiente De acordo com o coordenador-técnico da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Natural (Abegás), Leopoldo Macedo Neto, o País tem 18 concessionárias em operação e 6 em fase pré-operacional. A previsão da Abegás é de investimentos de R$ 600 milhões para 2004, para somar mais 1,2 mil km de dutos às linhas existentes, elevando a quantidade comercializada de gás dos 10,1 bilhões de metros cúbicos previstos para este ano para 11 bilhões de metros cúbicos em 2004. Mesmo que os investimentos se concretizem, a rede de gasodutos brasileira ainda está muito abaixo do necessário. Atualmente, o País tem 9,101 mil km de dutos, que somados aos 1,2 mil km planejados resultariam em pouco mais de 10 mil km. A Argentina, por exemplo, tem 115 mil km de dutos, e os Estados Unidos, 1,6 milhão, segundo dados da Abegás. "Para expandir a rede de gasodutos, é preciso que exista o consumidor âncora, que remunera os custos da operação. Quem tem sido este tipo de consumidor é a indústria, e também parte dos postos de GNV. Eles permitem que os dutos sejam estendidos e depois capilarizados, atendendo também ao consumidor residencial, que nunca será o âncora porque o prazo de retorno é lento", explica Macedo. (Jornal do Commercio - 08.12.2003) 8
Diretor da El Paso: fornecedoras de equipamentos devem estar preparadas
para aumento de demanda 9 El Paso apresenta projetos de exploração de gás no Brasil O diretor da El Paso, Celso Silva, destacou que os projetos de exploração de gás da empresa no País devem incluir a aquisição de duas plataformas para exploração off-shore, além de equipamentos para exploração on-shore em locais como Urucu. Nos planos da El Paso está o início da produção de gás natural do campo de Santos a partir de junho de 2005. A expectativa é ter um volume inicial da ordem de 1 milhão a 1,5 milhão de m³ por dia. O projeto deve receber investimentos de US$ 36,9 milhões. O diretor Comercial da El Paso, Edson Real, informou que, inicialmente, seria usado gasoduto já existente no local para o transporte do gás natural. Por ora, a empresa está realizando apenas os estudos ambientais. Com relação à distribuição, o executivo considerou importante a ampliação da malha existente, citando estudo da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) que aponta a necessidade de investimento da ordem de US$ 2 bilhões na expansão da rede nos próximos cinco anos. (Gazeta Mercantil - 08.12.2003) 10
El Paso estuda construção de termoelétrica no Nordeste
Economia Brasileira 1 Indústria apresenta sinais de recuperação A indústria brasileira deu novos sinais de recuperação em outubro, embora a melhora ainda não tenha atingido o trabalhador. A CNI divulgou ontem pesquisa que aponta crescimento de 2,66% nas vendas do setor em outubro, ante setembro, e retração de 3,16% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No ano, o volume de vendas acumula queda de 0,78% ante 2002. A retomada, segundo a CNI, foi influenciada pelo aquecimento da atividade econômica nos últimos meses do ano. A massa salarial teve ligeira recuperação de 1,44% em outubro. Mas o avanço não foi suficiente para compensar as perdas do ano. Entre janeiro e outubro, os salários acumulam queda de 5,59%. A oferta de emprego teve recuperação. No mês, a expansão foi de 0,17% ante setembro. No acumulado do ano, cresceu 0,71%. Para 2004, a CNI prevê descompasso entre o reaquecimento da indústria e a retomada das contratações, que deve ser mais lenta. (Folha de São Paulo - 06.12.2003) 2 IED chegou a US$ 2 bi em novembro O ingresso de investimentos estrangeiros diretos em novembro foi de cerca de US$ 2 bilhões. A informação foi dada pelo presidente do BC, Henrique Meirelles. Segundo o presidente do BC, esses dados refletem "uma retomada do investimento externo após o período de retração provocado pela crise do ano passado". Ele disse que é um resultado "de processos demorados de tomada de decisão" dos investidores. Para o presidente do BC, esses dados apontam um processo "consistente de retomada". Nos últimos meses, o país registrou baixos ingressos de investimentos estrangeiros diretos. (O Globo - 06.12.2003) 3 Ibre: Estudo mostra aumento dos custos com reforma tributária O projeto da reforma tributária, se for aprovado pelo Congresso da forma como está, vai representar aumento de custos para as empresas no ano que vem. Essa é a conclusão de um levantamento realizado pela divisão de gestão de dados do Ibre/FGV junto a 1.343 empresas, responsáveis por um faturamento bruto de R$ 331 bilhões em 2002. Segundo a pesquisa, 42% das indústrias de transformação esperam aumento da carga tributária, enquanto 52% desejam que fique igual e apenas 6% acreditam que a reforma vai reduzir os impostos e, conseqüentemente, os custos. Dentre os setores mais pessimistas quanto ao futuro está o de bens de consumo. No setor de bens de capital, a reforma provocará aumento de custos para 32% das empresas, afetando principalmente os produtores de equipamentos para a agricultura e indústrias rurais (74%), equipamentos para instalações hidráulicas e térmicas. Só 9% das indústrias de bens de capital consultadas pela FGV acreditam que seus custos irão baixar. Supõe-se que os 42% de indústrias que afirmam que seus custos aumentarão com a reforma possam ser maiores. (Gazeta Mercantil - 08.12.2003) 4
Alta do IPCA faz meta do BC estourar 5 Risco país fica abaixo dos 500 pontos No mercado
externo, o dia também foi de otimismo. O C-Bond, principal título da dívida,
subiu 0,28%, para 97,78% do seu valor de face. A avaliação positiva do
país manteve o risco-Brasil abaixo dos 500 pontos (499), praticamente
estável no dia (0,40%). O ambiente mantém aberto o canal para que empresas
brasileiras captem dólar no exterior. (O Globo - 06.12.2003) O mercado
interbancário de câmbio é ligeiramente comprador neste final de manhã,
mantendo o dólar em leve alta. Às 11h59m, a moeda era negociada por R$
2,943 na compra e R$ 2,945 na venda, com alta de 0,34%. Na sexta, o dólar
comercial terminou com queda de 0,33%, a R$ 2,9320 na compra e a R$ 2,9350
na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 08.12.2003)
Internacional 1 Empresas canadenses estudam interconexão entre Chile e Argentina A Dessau-Soprin,
empresa canadense de engenharia, está estudando, junto com a também canadense
Hydro Quebec, empresa de energia, a possibilidade de construir uma interconexão
elétrica entre Chile e Argentina, disse uma fonte da Dessau-Soprin, durante
um evento na capital chilena, Santiago. O evento faz parte da missão comercial
canadense. A empresa de engenharia desenvolveu projetos de eletrificação
rural no Peru e está trabalhando em projetos hidrelétricos de pequena
escala na República Dominicana, e este seria seu primeiro projeto no Chile.
A Hydro Quebec é dona da empresa chilena de transmissão Transelec, que
pode fazer parceria com a argentina Transener para construir uma interconexão
da província de Mendoza, na Argentina, à região central do Chile. A Hydro
Quebec declarou publicamente estar interessada em comprar a Transener
da argentina Petrobras Energia, embora a Petrobras Energia diga que a
venda da Transener não está em seus planos de curto prazo. (Business News
Americas - 05.12.2003) 2 Senado do México analisa projeto de lei de cogeração da Pemex Depois de
meses de atrasos, todo o senado mexicano começou dia 4 de dezembro a primeira
de duas sessões de análise de um projeto de lei que possibilita à estatal
do petróleo gerar energia elétrica, disse a porta-voz do senado, Miriam
Chavez. A segunda sessão está marcada para o dia 9 de dezembro, o que
significa que a votação deve ocorrer ainda este mês, disse Chavez. Se
o senado aprovar a legislação, ela irá para a câmara inferior e, em seguida,
para o Executivo. A lei possibilitaria a Pemex financiar o desenvolvimento
de usinas com seu orçamento federal ou por meio e instrumentos de endividamento,
disseram os autores do projeto. Um dos projetos permitidos pela lei é
o desenvolvimento de uma usina de cogeração de US$ 1bilhão e 600 MW, alimentada
com material residual do refino de 500.000 barris diários de cru extra-pesado
do campo de Ku-Maloob-Zaap. O presidente da comissão de energia e membro
do partido governista mexicano PAN, Juan Jose Rodriguez Prats, é contrário
ao projeto de lei, mas algumas fontes esperam que o senado o aprove, uma
vez que os legisladores dos partidos de oposição PRI, PRD e PVEM são amplamente
a favor dele. (Business News Americas - 04.12.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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