l IFE:
nº 1.250 - 05 de dezembro de 2003 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Licitação Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 MPs do novo modelo podem sofrer ação na justiça O governo
poderá não conseguir enviar o novo modelo do setor elétrico por meio de
duas medidas provisórias na próxima semana, como pretendia. O deputado
Rodrigo Maia (PFL-RJ) disse que o seu partido vai entrar com uma Ação
Direta de Inconstitucionalidade (Adin) na Justiça contra as MPs, caso
elas realmente sejam enviadas. O objetivo, segundo o deputado, é obrigar
o governo a enviar o novo modelo via projeto de lei, que só teria validade
legal após a sua aprovação pelo Congresso Nacional. Uma MP, ao contrário,
vale já a partir de sua edição. O deputado disse que já tem em favor da
decisão do partido um precedente legal do STF. (Valor - 05.12.2003) 2 Deputado quer que haja debate sobre novo modelo Segundo
Maia, o objetivo do PFL é trazer o novo modelo do setor elétrico para
o debate no poder legislativo. Caso o governo realmente envie as novas
regras por medidas provisórias nos últimos dias da atual legislatura,
elas passam a valer imediatamente, mas só poderão receber emendas e sugestões
a partir de 15 de fevereiro de 2004. "Se o governo mandar por MP, será
perda de tempo para ele, que terá que reeditar as regras por projeto de
lei", afirmou o deputado. A Adin 2005, que invalidou a MP 1819, de 1999,
impediu a realização da assembléia de cisão de Furnas em três empresas
para a sua posterior privatização. O governo desistiu de reeditar a medida
posteriormente. (Valor - 05.12.2003) 3 Crise no NE começa a gerar impacto nas tarifas A crise
de energia no Nordeste, provocada pela seca, começa a afetar os preços
da energia e a produção da Petrobras. Preocupado, o governo discute alternativas
no âmbito do MME, Aneel, ONS e Petrobras. Teme-se que a crise leve a uma
explosão de preços da chamada energia livre comercializada no MAE, como
ocorreu durante o racionamento de 2001. O preço no MAE para o Nordeste
saltou de R$ 22 o MWh, no fim de novembro, para R$ 82. Uma das preocupações
é a dificuldade da Petrobras em fornecer gás para que as usinas térmicas
substituam as hidrelétricas, já que a estatal se comprometeu a fornecer
o combustível a empresas da região. Ildo Sauer, garante: "A Petrobras
está gerenciando a demanda e vai providenciar gás para despachar a qualquer
térmica que o ONS determinar". (Valor - 05.12.2003) 4
MAE liquida R$ 51 mi 5 Peixe Angical deve ser finalizada até 2006 As obras
da Usina Hidrelétrica de Peixe Angical, situada nos municípios de Peixe
e São Salvador, no Sul do Estado, continuam com força total. Até o momento,
foram concluídos o desvio do rio e as escavações das estruturas da casa
de força e do vertedouro, o que representa aproximadamente 10% da construção.
O próximo passo será terminar a construção da barragem. A previsão é de
que a usina seja finalizada até 2006. (Jornal do Tocantins - 05.12.2003)
Empresas 1 Lessa: Problema com AES pode ser resolvido na justiça Carlos Lessa
disse que não afasta a possibilidade de entrar na Justiça contra a norte-americana
AES pela dívida de US$ 1,2 bilhão com o banco, caso não prosperem as negociações,
que devem continuar até o próximo dia 13. Ele criticou a empresa americana
por não cumprir o pré-acordo já firmado. De acordo com Lessa, há pouco
menos de 90 dias foi assinado um memorando de entendimento entre o banco
e a AES. Como esses pontos não estão sendo cumpridos, ele afirma que não
afasta a possibilidade de entrar na Justiça contra a AES. A instituição
não vai abrir mão de pontos considerados fundamentais nessa negociação.
(Gazeta Mercantil - 05.12.2003) 2 Eletropaulo renegociou parte das dívidas A Eletropaulo encerrou com sucesso a renegociação de suas dívidas em commercial papers. O acordo faz parte do processo, iniciado em novembro, de alongamento das dívidas de curto prazo da empresa, que somam R$ 2,5 bilhões. Segundo fato relevante divulgado pela Eletropaulo, a oferta obteve uma adesão total de 93% dos investidores de papéis com prazo de vencimento no próximo dia 9, avaliados em US$ 47,7 milhões, e dos commercial papers vencidos em 9 de dezembro de 2002, avaliados em US$ 1,3 milhão. Os credores que aderiram à oferta receberão 10% no dia 9 de dezembro deste ano e os 90% restantes serão pagos no dia 9 de dezembro de 2004. A taxa de juros será de 12,5% ao ano. (Gazeta Mercantil - 05.12.2003) 3 Eletropaulo iniciará renegociação de dívidas dos credores que não aderiram a proposta inicial Nos próximos
dias, além de estudar uma solução para os credores de commercial papers
que não aderiram à oferta, a Eletropaulo também deve concluir a renegociação
de dívidas de curto prazo com 35 bancos credores, no valor de R$ 2,3 bilhões.
Se a oferta for aceita, a distribuidora quitaria a dívida, hoje com vencimento
em um ano, até 2008. (Gazeta Mercantil - 05.12.2003) 4
Light não pedirá desconto da dívida junto a credores 5 Light oferecerá taxa de juros mais baixas O ponto
mais polêmico da proposta deverá ser o dos juros. A empresa ofertará taxas
um pouco abaixo das de mercado, de acordo com uma fonte. Esse item deverá
desagradar os credores. "A perda para o banco vem tanto pelo desconto
no valor da dívida quanto pelos juros abaixo dos de mercado", afirmou
um credor. O endividamento total da Light é de cerca de R$ 4,8 bilhões.
Desse total, R$ 1,3 bilhão correspondem a um mútuo da controladora EDF
com a Light e que será transformado em capital. Essa é a segunda tentativa
de repactuação da dívida que a Light faz nesse ano. Na rodada anterior,
que vinha sendo coordenada pelo Citibank, a proposta era menos abrangente.
(Valor - 05.12.2003) 6 S&P mantém ratings da Cerj após aumento de capital de US$ 250 mi A Standard
& Poor´s manteve os ratings 'B+/Estável/--', em moeda estrangeira, e 'BB-/Negativa/--',
em moeda local, da Cerj. Segundo a agência de classificação de risco,
o aporte de US$ 250 milhões que o grupo Endesa/Enersis fará na distribuidora
não afetará imediatamente os ratings. Os ratings da empresa, de acordo
com a S&P, já incorporavam os empréstimos de mútuo de US$ 250 milhões
como "quasi-equity". A agência reconhece que a infusão do capital é uma
indicação positiva do comprometimento do grupo controlador com a empresa.
O aumento de capital, segundo a S&P, ainda terá de ser aprovado pela Aneel
e Comissão de Valores Mobiliários. (Canal Energia - 04.12.2003) 7 Chesf terá receita anual de R$ 6,8 mi por investimentos em reforços A Chesf
receberá R$ 6,8 milhões, por ano, devido aos investimentos feitos no reforço
das instalações de transmissão da rede básica do sistema interligado.
Os projetos serão realizados em oito subestações que estão localizadas
nos estados de Pernambuco, Piauí e Bahia, e também em três linhas de transmissão
situadas nos estados de Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte. Segundo
a Aneel, os empreendimentos melhorarão a confiabilidade do fornecimento
de energia elétrica e aumentarão a flexibilidade de atendimento na região
Nordeste. A Chesf investirá cerca de R$ 41,5 milhões nos projetos. A remuneração
da concessionária cairá pela metade nos últimos 15 anos da concessão de
30 anos. Segundo a resolução nº 640 da Aneel, o último projeto que entrará
em operação é a recapacitação da linha de transmissão Mossoró II - Açu
II, em 230 kV. O empreendimento, que terá aumentada sua capacidade de
235 MVA para 300 MVA, será concluído em julho de 2005. (Canal Energia
- 04.12.2003) 8 Receita operacional consolidada da Cataguazes foi de R$1.056 mi em 10 meses A receita
operacional bruta consolidada da Cataguazes-Leopoldina atingiu R$1.056
milhões em dez meses de 2003, correspondentes a um aumento de 23,4% com
relação à do mesmo período de 2002. A receita do mês de outubro foi de
R$131 milhões, contra R$117 milhões, em setembro, ou seja, 12,0% maior
em decorrência basicamente do aumento tarifário ocorrido nas tarifas da
Saelpa no final de agosto. Nesses dez meses o volume comercializado de
energia aumentou 8,1%, atingindo 4.869 GWh, com destaque para a melhoria
das vendas de energia das controladas Saelpa, CELB e Energipe, atuantes
no Nordeste. (NUCA - 05.12.2003) 9 Programa de Pesquisa e Desenvolvimento para o setor elétrico Luis Nassif, em sua coluna diária da FSP, analisa o PPD assinalando que: "Não será boa política se o novo modelo do setor elétrico desviar recursos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento do setor, em especial a parcela de aplicação compulsória em P&D pelas concessionárias, supervisionada pela Aneel, dos recursos provenientes do royalty de 1% sobre a receita previsto nos contratos de concessão, regulado pela lei 9.991, de 2000. O impacto seria pesado para centros de pesquisa como o Cepel (Rio) e o Lactec (Curitiba) e um conjunto expressivo de universidades. Neste ano os investimentos chegaram a R$ 200 milhões. O CT-Energ -o fundo setorial- deveria proporcionar montante igual. Neste ano, o governo liberou apenas R$ 20 milhões, um décimo da arrecadação. Além do impacto sobre o setor, cria-se um precedente perigoso para o futuro da pesquisa tecnológica no país." (Folha de São Paulo - 05.12.2003) 10 EDP estuda demitir 400 empregados no Brasil A EDP pretende
demitir cerca de 400 trabalhadores no Brasil nos próximos três anos. Atualmente,
a EDP emprega aproximadamente 3,8 mil pessoas no Brasil. A decisão de
cortar pessoal faz parte do plano da companhia de aumentar a eficiência
e simplificar a estrutura organizacional e de custos - que deverão cair
em cerca de 3% ao ano. A previsão da companhia portuguesa é duplicar os
resultados operacionais no Brasil no período de 2003 a 2006. Segundo a
empresa, os resultados operacionais devem subir de R$ 400 milhões, este
ano, para R$ 1,3 bilhão em 2006. (Gazeta Mercantil - 05.12.2003) 11 Eternegy e Pro Wind investirão 120 mi de euros na construção de parques eólicos no RS O Diretor Superintendente da Eternegy GmbH, Jürgen D. Mayer, estará em Porto Alegre, para anunciar ao vice-governador do Rio Grande do Sul, Antonio Hohldfeldt, o investimento de 120 milhões de euros na construção de três parques eólicos, em regiões litorâneas do estado. Segundo o diretor da Pro Wind, empresa parceira da Eternegy no Brasil, Cláudio Rossi Machado, além deste encontro, o empresário deve se encontrar com bancos de investimentos e autoridades ligadas à questão de energia. Machado disse que a Eternegy é subsidiária da MVV Energie AG, terceira maior geradora de energia na Alemanha. (Gazeta Mercantil - 05.12.2003)
Licitação A Manaus
Energia abre licitação para contratação de empresa especializada na execução
dos serviços de extensão de rede de distribuição de energia elétrica em
alta e baixa tensão, extensão ou ampliação do sistema de iluminação pública
da cidade de Manaus, sob a concessão e atendimento da empresa. O processo
inclui fornecimento de turmas pesadas, mão-de-obra de técnicos, veículos
e equipamentos. O prazo termina em 5 de janeiro de 2004 e o preço do edital
é de R$ 50,00. (Canal Energia - 05.12.2003) A Cepisa licita ampliação da subestação de Redenção do Gurgueia com a implantação do pátio de 69/34,5 kV e com o fornecimento de equipamentos e materiais necessários. O preço do edital é de R$ 20,00 e o prazo encerra em 16 de dezembro. (Canal Energia - 05.12.2003) A Eletronuclear
abre processo para fornecimento de transformadores trifásicos para a usina
nuclear de Angra 2. O prazo para a entrega dos envelopes vai até 6 de
janeiro de 2004. (Canal Energia - 05.12.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS: Há previsão de chuvas no NE Mário Santos,
da ONS, disse que o suprimento no Nordeste pode melhorar nos próximos
dias, já que as chuvas que ontem castigaram Belo Horizonte vão chegar
em poucos dias ao rio São Francisco. Ontem, o nível dos reservatórios
estava em 13,39%, pouco acima da curva de aversão ao risco, que é de 10,39%.
Pelos cálculos do ONS, caso não chovesse ou não fossem ligadas as usinas
térmicas na região, os reservatórios atingiriam o nível crítico no próximo
dia 17. Daí a ordem de despachar 370 MW das térmicas a gás. Mas ontem
elas só conseguiram 314 MW por problemas técnicos. Se isso não for suficiente,
será dada ordem de despacho de mais 150 MW médios das usinas emergenciais,
o que será definido apenas na próxima semana. Segundo o ONS, a geração
de 370 MW a gás custa entre R$ 4,5 milhões e R$ 5 milhões por semana,
mas o gasto sobe para R$ 13 milhões se forem incluídas as emergenciais,
que precisam de óleo combustível. (Valor - 05.12.2003) 2 Linhas avariadas em SC são recuperadas A Pirelli
deve concluir nesta semana os trabalhos de recuperação da linha de transmissão
avariada no incidente em Florianópolis. A Celesc fará a re-energização
da linha na madrugada no dia 8. Para tanto, será necessária a suspensão
do fornecimento à Ilha das 3 às 6 da manhã. (Gazeta Mercantil - 05.12.2003) 3 Sudeste/Centro-Oeste consome 28.735 MW médios O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 28.735 MW médios na última quarta-feira, dia 3 de dezembro. Norte,
Nordeste e Sul consumiram, respectivamente, 2.935 MW, 6.740 MW e 8.580
MW, de acordo com boletim do ONS. (Canal Energia - 04.12.2003) 4
Nível de armazenamento do subsistema Norte caiu 0,28% 5 Volume armazenado no Nordeste fica 3% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004 O volume
armazenado fica 3% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004 no subsistema
Nordeste. A capacidade de armazenamento fica em 13,39%. O nível teve uma
redução de 0,05% em comparação com o dia anterior. A capacidade da hidrelétrica
de Sobradinho chega a 11,39%. (Canal Energia - 04.12.2003) 6 Volume armazenado fica 17,03% acima da curva de aversão ao risco no Sudeste/Centro-Oeste A capacidade de armazenamento fica em 36,22% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 17,03% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um acréscimo de 0,02% em um dia. As usinas de Nova Ponte e Furnas apresentam 27,75% e 55,13% do volume, respectivamente. (Canal Energia - 04.12.2003) 7 Capacidade de armazenamento fica em 40,11% no subsistema Sul O nível
de armazenamento do subsistema Sul caiu 0,47% em relação ao dia 2 de dezembro.
Os reservatórios registram 40,11% da capacidade. A hidrelétrica de Salto
Santiago está em 31,06%. (Canal Energia - 04.12.2003) 8 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras adota medidas de emergência no NE "A Petrobras está gerenciando a demanda e vai providenciar gás para despachar qualquer térmica que o ONS pedir", garantiu Ildo Sauer. Até a semana passada grande parte do gás disponível no Nordeste estava sendo vendida para as indústrias, notadamente na Bahia, porque as térmicas estavam paradas. Entre esses clientes está a siderúrgica Cosiba, do grupo Gerdau, que ainda não tem contrato. Isso porque a Petrobras está vendendo cerca de 4,4 milhões de metros cúbicos ao dia para a distribuidora BahiaGás, 2 milhões a mais do que o contratado. Segundo o diretor, a Petrobras não pode aumentar a venda em contrato porque precisa garantir o fornecimento para as térmicas Fafen, TermoBahia e TermoCeará. Mesmo assim, ele garantiu que não vai faltar gás na região para atender tanto os clientes industriais quanto as termelétricas. (Valor - 05.12.2003) 2 Petrobras vai parar produção de petróleo no NE Outra medida
adotada pela Petrobras em caráter emergencial foi a parada da produção
de petróleo em alguns campos no Nordeste desde segunda-feira. Como a exploração
precisa que uma parte do gás seja reinjetado, a Petrobras reduziu a produção
de petróleo, que será retomada mais tarde. "Com isso, serão poupados cerca
de 300 mil metros cúbicos de gás por dia. Também já reduzimos a produção
de fertilizantes e estamos promovendo a troca de gás natural por óleo
combustível em algumas empresas do pólo petroquímico. E a geração da TermoBahia,
que está em teste, pode chegar a 190 MW em dois ou três dias", disse Sauer.
(Valor - 05.12.2003) 3 Sauer: Gargalos no NE devem ser resolvidos No longo
prazo, ele explica que o abastecimento de gás na região só será resolvido
com a interligação da rede de gasodutos do Sudeste com os do Nordeste
- com custo de US$ 800 milhões - combinado com o desenvolvimento das reservas
na bacia de Camamu, onde será construido um gasoduto ligando Manati a
Salvador. Enquanto aguarda licença ambiental para os projetos dos gasodutos,
a diretoria da Petrobras aprovou o investimento de US$ 350 milhões para
um dos trechos do gasoduto Sudeste-Nordeste (Gasene), que vai ligar Cacimbas
(ES) a Catu (BA). "Já iniciamos o processo de compra de tubos e agora
estamos fazendo o traçado definitivo e os estudos de impacto ambiental
para obter o financiamento restante", disse Sauer. (Valor - 05.12.2003) 4 Aneel revoga autorização de termelétrica da Eletrobrás A Aneel
revogou ontem a autorização da Eletrobrás para a instalação de uma termelétrica
em Macaé, no Rio de Janeiro. A usina teria capacidade instalada de 500
MW. A autorização havia sido obtida em 2001 e previa que, numa primeira
fase, seriam instalados 300 MW, com início da operação comercial marcado
para dezembro de 2001. Somente em uma segunda fase seriam agregados os
outros 200 MW. No entanto, a obra não foi sequer iniciada, por falta da
licença de instalação, e a Eletrobrás solicitou a revogação da autorização.
(Gazeta Mercantil - 05.12.2003) A ANP está sendo alvo de críticas por causa de medidas que podem beneficiar a Petrobras. A agência recebeu ontem muitas reclamações em debate para discutir a nova regulamentação para o transporte de gás. As críticas vieram de gigantes como as britânicas BG e Shell. O motivo é a garantia, para os investidores em novos dutos, de um período de exclusividade no uso da tubulação. Ou seja, a proposta suspende por um tempo o livre acesso aos gasodutos, antes defendido pela agência. "A portaria estabelece o monopólio na comercialização de gás e vai contra a Lei 9478 (a Lei do Petróleo), que prevê a competição", reclamou a gerente de Desenvolvimento de negócios da BG, Valéria Amoroso Lima. (O Paraná Online - 05.12.2003) 6 Testes com biodiesel devem começar em 2004 O plantio da mamona, a produção do biodiesel no Ceará e as possíveis formas de financiamento foram debatidas, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). De acordo com o pesquisador Expedito Parente, diretor da empresa Tecnologias Bioenergéticas Limitada (Tecbio), o biodisel deve começar a ser testado a partir de 2004, em frotas cativas de veículos, conforme permitiu a ANP. Segundo Expedito Parente, a próxima etapa para a homologação do produto é a realização de testes, com início em 2004. A comercialização, prevê Expedito, deverá pode ocorrer já em 2005, com a inserção de 2% a 5% do biodiesel na composição do diesel convencional. No próximo ano, a Secretária de Agricultura e Pecuária do Estado (Seagri) quer ampliar a área plantada de mamona de 1.800 hectares para 10 mil hectares. A expectativa é que sejam produzidos mil quilos de mamona por hectare no próximo ano e serão distribuídas 50 toneladas de sementes de mamona da variedade nordestina (mais produtiva). (O Povo - 05.12.2003) 7 Térmica Lages recebe licença de operação O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, entregará nesta sexta-feira a licença ambiental de operação da termelétrica Lages. A unidade, que pertence à Tractebel Energia, utiliza os resíduos da indústria madeireira da região. A usina tem 28 MW de capacidade instalada e fornecerá energia elétrica para a Celesc por treze anos. Já o potencial térmico da Lages será entregue para as empresas Batistella e Sofia, que abastecerá 30% do consumo de combustível da unidade. O restante será comprado no mercado. (Canal Energia - 04.12.2003) Economia Brasileira 1 Dirceu acredita que o BC vai baixar juros em dezembro José Dirceu afirmou, durante seminário sobre a retomada do desenvolvimento, que a taxa de juros deverá cair de novo neste mês, na próxima reunião do Copom. "Quando assumimos o governo, os juros estavam em 25%. Subimos para 26,5%, agora estão em 17,5% e ainda devem baixar em novembro e dezembro, quando teremos reuniões do Copom", disse o ministro. Dirceu disse ainda que uma taxa civilizada de juros reais seria de 3% a 6%. Em resposta aos críticos da atual política econômica, ele afirmou estar convicto de que o governo está no caminho certo. Ele citou ainda como medidas relevantes as reformas política, do Judiciário, sindical e trabalhista, a reorganização do aparelho administrativo, a retomada da função dos bancos públicos e a definição de novas regras para investimentos em infra-estrutura. (Folha de São Paulo - 05.12.2003) 2 Meirelles: BC descarta meta para taxa O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que não trabalha com uma meta para a taxa de juros. "Todos querem juros reais mais baixos, mas o BC tem que tomar decisões responsáveis, amparadas por análises técnicas. Dito isso, é preciso repetir: o BC não tem uma meta para a taxa de juros", afirmou. Meirelles havia afirmado que "juros altos são coisa do passado" e que o país começa a entrar no que ele define como a terceira etapa, a do aumento do crescimento potencial da economia. Citou que um dos problemas do Brasil nos últimos anos é o "fenômeno de arrancadas e freadas" do nível da atividade econômica. Três exemplos de projetos importantes que precisam de aprovação do Congresso foram citados. O primeiro é a nova Lei de Falências, que, segundo ele, facilitará a recuperação de empresas e a manutenção de empregos. O segundo, a aprovação de lei para o projeto de cédula de crédito bancário. O terceiro exemplo seria a criação de uma lei para a nova central de risco de crédito que o BC deve lançar. (Folha de São Paulo - 05.12.2003) 3 Nível da taxa de câmbio atual agrada ao BC O diretor de assuntos internacionais do BC, Alexandre Schwartsman, qualificou o atual patamar do dólar como "razoável". Ele deu mostras de que a autoridade monetária mantém uma política cambial ativa, incentivando o Tesouro Nacional a comprar dólares para influenciar a cotação da moeda americana - propósito sempre negado pelo BC. "Compramos US$ 8 bilhões neste ano. E ainda estão falando que o Banco Central não faz nada..." Sobre uma possível captação soberana, que vem sendo objeto de especulação no mercado financeiro, Schwartsman sinalizou que o BC não tem pressa. Avalia que está em curso uma mudança na estrutura exportadora do Brasil e que qualquer consideração sobre o nível adequado de câmbio deve levar em conta esse fato. Schwartsman disse que as perspectivas de crescimento da economia mundial são promissoras para 2004 e que a China está se configurando em um choque positivo para as exportações. (Gazeta Mercantil - 05.12.2003) 4
Ipea prevê cenário melhor para 2004 5 Grupo de conjuntura da UFRJ prevê crescimento de 4,5% no próximo ano O Brasil
pode crescer 4,5% em 2004. Alcançar esse resultado, depende do país vencer
dois desafios: compatibilizar esse ritmo com o cumprimento da meta da
inflação e com uma redução gradual do déficit comercial para preservar
a estabilidade do mercado cambial. Os economistas do grupo de Conjuntura
da UFRJ acreditam que isso possa acontecer e, por isso, estimam um crescimento
"expressivo" do PIB em 2004. Em 2000, o Brasil cresceu 4,4% sem descompasso
entre os ritmos de expansão e os de oferta. O resultado, observa Caio
Prates, foi uma inflação sob controle. Os preços subiram, naquele ano,
os exatos 6% definidos como centro da meta de inflação. "Ao longo de 2000,
a demanda não esbarrou em restrições de oferta que pudessem pressionar
os preços", diz Prates. Em 2000, esse controle ocorreu mesmo com uma nível
de utilização de capacidade razoável (80% no fim de 1999 e 81% no início
de 2000) e baixo nível de investimento, analisou Prates. A utilização
da capacidade estava em níveis semelhantes aos 81% atuais, medidos pela
FGV. No final de 1999, a taxa de investimento também estava muito deprimida:
8% do PIB. Para a UFRJ, o cenário externo de 2004 será favorável, com
crescimento sincronizado das principais economias (o que ajuda as exportações),
com queda do risco país favorecendo as captações. (Valor - 05.12.2003) O dólar
comercial inverteu a tendência de alta sinalizada no início dos negócios
e agora registra leve desvalorização. Às 11h54m, a moeda americana era
negociada por R$ 2,936 na compra e R$ 2,938 na venda, com recuo de 0,23%.
Ontem, o dólar comercial subiu 0,37%, para R$ 2,9430 na compra e R$ 2,9450
na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 05.12.2003)
Internacional 1 ISA vence licitação para construção de LTs ligando Colômbia a costa do Caribe A estatal
colombiana de transmissão ISA ganhou a licitação para construção e operação
de duas linhas de 500kV, totalizando 1.000 km, ligando o centro do país
à costa do Caribe, disse a ISA em comunicado. A proposta de US$ 294,8
milhões da ISA venceu a da empresa concorrente EEB. A Unidade de Planejamento
de Minas e Energia (UPME) da Colômbia calculou um investimento de US$
350 milhões ao solicitar a apresentação das propostas. O centro e o norte
do país já estão conectados, mas a capacidade extra das novas linhas vai
possibilitar que uma hidrogeração mais barata chegue a parte mais seca
do norte, onde a geração é predominantemente termelétrica. O novo projeto
vai aumentar em 24% a rede de linhas de 500 kV da ISA, para 2.500 km,
e sua participação no Sistema de Transmissão Nacional (STN) para 74%.
As operações estão programadas para 2007. (Business News Americas - 04.12.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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