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IFE: nº 1.249 - 04 de dezembro de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Novo modelo será apresentado assim que Lula voltar de viagem
2 Novo modelo virá sob a forma de duas medidas provisórias
3 Novo Modelo é aceito pelos agentes setoriais
4 Dilma descarta manutenção de usinas térmicas emergenciais no novo modelo
5 Novo marco regulatório trará pontos reduzindo nível de inadimplência do setor
6 Secretário do RJ promete lutar contra medida
7 Abradee: Aumento do PIS/Cofins pode significar maior reajuste nas tarifas de energia
8 Aperfeiçoamento de critérios para eficiência energética é submetido à consulta pública
9 Normas para Rede Básica e para subtransmissão serão apresentadas em audiência pública
10 Ministério Público Federal quer saber potencial hidrelétrico no rio Uruguai
11 Curtas

Empresas
1 Instituições internacionais procuram Eletrobrás para captação de recursos no exterior
2 Eletropaulo avança na negociação com bancos privados
3 Proposta da Eletropaulo agradou a maioria dos credores
4 Bancos preferem esperar desfecho da negociação BNDES e AES
5 BNDES vai aos EUA tentar resolver impasse com a AES
6 BID aprova financiamento à Bandeirante Energia
7 CPFL Energia emite bônus de US$ 40 mi para IFC
8 Chesf terá direito a receita anual permitida por reforços em instalações de transmissão

9 Audiências públicas apresentam revisões tarifárias da CPEE e da CLFM

10 Nova Sistemas de Energia Ltda recebe autorização para construção de usina eólica

11 Energética Porto das Pedras S/A é autorizada a construir PCH em MS

12 Grupo Guascor vai construir PCH em Ibirama

Licitação
1 CTEEP
2 Comissão de Energia Nuclear
3 Cemig

4 CEEE
5 Celesc
6 Cesp

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia tem alta de 4,1% no ano
2 Nordeste apresenta as maiores taxas no consumo de energia elétrica
3 Dilma: Usinas do seguro só serão usadas se não fosse possível manter abastecimento pelo PPT
4 Tolmasquim descarta possibilidade racionamento no Nordeste
5 Subsistema Norte apresenta 22,64% da capacidade
6 Volume da região Nordeste fica 3,18% acima da curva de aversão
7 Capacidade de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste chega a 36,2%
8 Nível de armazenamento fica em 40,58% no subsistema Sul
9 Boletim Diário da Operação do ONS

Gás e Termelétricas
1 Audiência pública para o gás
2 Copergás define preço para fornecimento de gás natural em Pernambuco
3 Mesmo após abertura, Petrobras detém 98% do mercado de combustíveis
4 Distribuidores pedem maior clareza da Petrobras em sua política de preços

Grandes Consumidores
1 Santa Maria Companhia de Papel é autorizada a construir PCH no PR

Economia Brasileira
1 Mantega apresenta PPP à investidores norte-americanos
2 Fundo de investimento será lançado pelo BNDES em janeiro
3 Banco americano demonstra interesse no projeto de PPP

4 MDIC anuncia que medidas para expandir operações de crédito do BNDES estão definidas
5 Levy acredita que nova regra do BC terá alcance irrestrito
6 Agência Moody's considera país vulnerável a choques externos
7 BC estuda medida para expansão das operações de crédito
8 Papéis brasileiros apresentam forte demanda
9 Mercado aguarda emissão de papéis do Governo
10 Inflação acumulada em São Paulo fica abaixo dos 10%

11 IPC-FGV apresenta queda

12 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Governo boliviano e empresas provadas estudam gasoduto para exportar gás a Argentina
2 Presidente da Argentina quer estabelecer uma "agenda energética" com a Bolívia

 

Regulação e Novo Modelo

1 Novo modelo será apresentado assim que Lula voltar de viagem

O novo modelo do setor elétrico deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional após a chegada do presidente Lula da viagem ao Oriente Médio, prevista para o próximo dia 11. No dia 15 termina a atual legislatura do Congresso. A informação foi dada pelos líderes do PMDB, deputado Eunício Oliveira e do PL, deputado Valdemar Costa Neto, após reunião com a ministra Dilma Rousseff. O líder do governo na Câmara, deputado Aldo Rebelo, disse que "todos os líderes de partidos presentes à reunião ficaram muito satisfeitos com o novo modelo do setor". Participaram também do encontro o líder do PT, Nelson Pellegrino; o líder do PSB, Eduardo Campos e Luciano Zica, do PT, integrante da bancada da infra-estrutura na Câmara, dentre outros. (Valor - 04.12.2003)

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2 Novo modelo virá sob a forma de duas medidas provisórias

Segundo uma fonte que teve acesso ao que foi discutido na reunião, o novo modelo do setor elétrico deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional por meio de duas medidas provisórias. Uma MP deverá regulamentar as futuras atribuições dos órgãos já existentes, como as da Aneel, do ONS e do CNPE. Também criará novos órgãos técnicos, como a Fepe e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). A outra MP tratará das questões gerais do novo modelo, como a futura contratação de energia. A fonte explicou que esta MP prevê a criação de dois ambientes de contratação, um livre (ACL), onde participarão produtores independentes de energia, consumidores livres e eventualmente geradoras estatais; e um ambiente regulado (ACR), onde as distribuidoras e seus clientes cativos (consumidores residenciais, comerciais e indústrias que não preferirem o ambiente livre) comprarão do "pool". As distribuidoras terão que demonstrar ao governo que possuem 100% do seu mercado contratado, podendo ser feitos ajustes anuais junto às distribuidoras. Os contratos bilaterais em vigência, que envolvam distribuidoras, serão tratados no ambiente de livre comercialização até o fim do seu prazo de vigência. O modelo também estabelece uma reserva de energia, que poderá ser feita com a prorrogação da existência da CBEE, que recolhe o seguro anti-apagão, como solução para fazer o equilíbrio entre oferta e demanda. (Valor - 04.12.2003)

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3 Novo Modelo é aceito pelos agentes setoriais

O novo modelo do setor elétrico deverá "trazer tranquilidade ao setor", segundo afirmou ontem o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim. "A versão final do modelo foi feita levando em conta as opiniões dos agentes do mercado de energia. Os investidores podem ficar tranquilos de que o marco regulatório não irá contrariar os interesses do setor", disse. Segundo ele, o mercado financeiro já teria "captado" essa tendência. "Por isso as ações das empresas de energia elétrica estão subindo". (Folha de São Paulo - 03.12.2003)

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4 Dilma descarta manutenção de usinas térmicas emergenciais no novo modelo

O novo modelo do setor elétrico não contemplará a manutenção das usinas térmicas emergenciais, afirmou ontem a ministra Dilma Rousseff, depois de reunir-se com os deputados da base aliada do governo. "Essas térmicas são isso, emergenciais, e não é nossa idéia torná-las definitivas", afirmou. Ela ressaltou que as mudanças no setor prevêem uma integração ainda maior entre as gerações térmicas e hídricas. "O novo modelo prevê que seja uma combinação que aumente a confiabilidade", afirmou. Dilma descartou a manutenção dos contratos atuais das usinas emergenciais devido ao custo elevado. "Achamos que elas são muito caras para indicar um sinal de preço, e pretendemos que haja sua progressiva substituição", comentou. Nas novas regras, a compra da energia de reserva se dará pelo menor preço, não importando sua origem, segundo a ministra. (A Notícia - 04.12.2003)

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5 Novo marco regulatório trará pontos reduzindo nível de inadimplência do setor

Se depender das intenções do MME, a regulamentação do setor elétrico será anunciada na próxima semana com dois pontos polêmicos. No encontro que as autoridades do setor elétrico brasileiro tiveram com investidores estrangeiros e representantes do governo americano em Washington, no dia 21 de novembro, a ministra Rousseff, se comprometeu a criar mecanismos que reduzam os níveis de inadimplência no setor e garantam receita para os investidores. No caso dos consumidores industriais de energia, a idéia é tornar mais clara a legislação que permite o corte no fornecimento de energia aos inadimplentes reduzindo, inclusive, o tempo que se leva da falta de pagamento ao corte de luz propriamente dito. Mas o ponto mais polêmico é a proposta de criação de um mecanismo de compensação de crédito para as distribuidoras que hoje sofrem com a falta de pagamento de entidades públicas (governos federal, estaduais e municipais e suas estatais). (O Globo - 04.12.2003)

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6 Secretário do RJ promete lutar contra medida

Nada deve mudar para os consumidores residenciais no novo marco regulatório - conjunto de leis que determinará os direitos e deveres de empresas, governo e consumidores no mercado de energia elétrica. Ainda que a ministra tenha prometido que o governo vai se empenhar em convencer o Congresso a aprovar as medidas, a briga com os estados promete ser dura. "Isso seria um ato velhaco, e se o governo fizer isso vai apanhar do Oiapoque ao Chuí" diz o secretário de Energia do Rio, Wagner Victer, representante da Região Sudeste no Fórum Nacional de Secretários de Energia. "A inadimplência é alta porque há excesso de encargos e essa medida não passa de uma manobra diversionista". O setor público é um dos que mais devem às distribuidoras. No caso da Light, de R$ 800 milhões de crédito em aberto por mais de 30 dias (números de agosto), cerca de R$ 200 milhões correspondem a débitos de empresas do governo. Em relação aos cortes por inadimplência na indústria e no poder público, a Aneel diz que, após 48 horas do vencimento, o cliente recebe um aviso e tem 15 dias para quitar a conta. Mas o procedimento permite um sem-número de brechas para ações na Justiça. (O Globo - 04.12.2003)

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7 Abradee: Aumento do PIS/Cofins pode significar maior reajuste nas tarifas de energia

As tarifas de energia poderão ficar cerca de 1,4% mais caras no próximo ano com as mudanças na legislação do PIS e da Cofins. A estimativa é da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), que já alertou o Governo sobre o impacto da cobrança dos dois tributos nas tarifas cobradas dos consumidores. O repasse desses dois tributos deve se somar, ao longo do próximo ano, ao reajuste anual de cada distribuidora, que é calculado pela Aneel. A diretora financeira da Abradee, Lívia Baião, informou que a mudança prevista na medida provisória eleva o encargo das distribuidoras de energia com a Cofins e o PIS de 3,65% para 5,07% sobre faturamento, o que levará ao aumento das tarifas pagas pelos consumidores finais. A mudança representa um aumento de R$ 1 bilhão na arrecadação anual dessas contribuições pelo setor. Neste ano, a incidência do PIS e da Cofins sobre o faturamento das distribuidoras chegará a R$ 2,5 bilhões, de acordo com a Abradee. (Folha de Pernambuco - 04.12.2003)

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8 Aperfeiçoamento de critérios para eficiência energética é submetido à consulta pública

A Aneel submete à consulta pública, a partir de hoje (04/12), minuta de resolução que aperfeiçoa os critérios para a elaboração de programas de eficiência energética para o ciclo 2003/2004. Por lei, as distribuidoras de energia elétrica têm que aplicar no mínimo 0,5% da sua receita operacional líquida anual em programas de eficiência energética que tenham como objetivo ações para evitar o desperdício de energia elétrica. O aprimoramento dos critérios tem o objetivo de ampliar os ganhos para a sociedade ao propor a concentração de investimentos em projetos que apresentem mais benefícios para a economia de energia. O texto fixa percentuais de aplicação por tipo de projeto e de acordo com o porte das concessionárias. São classificadas como de grande porte as distribuidoras com receita operacional líquida anual igual ou superior a R$ 300 mil; de médio porte com receita igual ou superior a R$ 60 mil e inferior a R$ 300 mil; e na categoria de pequeno porte as que têm receita inferior a R$ 60 mil. Pela proposta, as concessionárias de médio e grande porte deverão destinar mais recursos à implantação de projetos voltados para a eficientização energética na média e na pequena indústria. A minuta de resolução estará disponível para consulta na página da Aneel na internet (www.aneel.gov.br). (NUCA - 04.12.2003)


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9 Normas para Rede Básica e para subtransmissão serão apresentadas em audiência pública

A Aneel realiza hoje (04/12) audiência pública presencial para colher contribuições e sugestões às propostas de aperfeiçoamento dos critérios de composição da Rede Básica e de instituição de novos procedimentos para a realização de reforços em instalações pertencentes às transmissoras de energia elétrica que não integram a Rede Básica, conhecidas como Demais Instalações de Transmissão - DIT's. A audiência começará às 13h30 e será realizada na sede da Agência, em Brasília. A proposta da Aneel prevê o estabelecimento de regras que possibilitem a expansão das instalações de transmissão de propriedade das distribuidoras que resultem em melhoria do sistema ao menor custo possível. Os dois regulamentos têm o objetivo de tornar mais claras as responsabilidades de distribuidores e transmissores na expansão e no reforço das instalações de transmissão de energia elétrica, que incluem linhas e outros equipamentos, como transformadores e subestações. (NUCA - 04.12.2003)

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10 Ministério Público Federal quer saber potencial hidrelétrico no rio Uruguai

O procurador da República em Chapecó, Pedro Roso, protocolou uma ação civil pública na Justiça Federal para exigir da Aneel, do Ibama, da ANA, do Movimento dos Atingidos por Barragens e do Consórcio Energético Foz do Chapecó a realização de um estudo de impacto ambiental integrado na bacia do rio Uruguai. O Ministério Público Federal quer saber qual é o verdadeiro potencial para a produção de energia e os impactos que as barragens podem causar ao meio ambiente local. "O objetivo é a suspensão de todos os processos de licitação e concessão de uso para exploração de aproveitamento hidrelétrico no rio Uruguai, bem como a suspensão das concessões já efetivadas e ainda não construídas, até a apresentação definitiva do estudo", escreve Roso. O procurador entende que a existência de estudo de impacto ambiental integrado atende a exigências constitucionais. Segundo Pedro Roso, as outorgas para construções de usinas hidrelétricas no Rio Uruguai foram baseadas em estudos fracionados, feitos para cada barragem, individualmente, o que pode, no futuro, oferecer sério risco de degradação ambiental. (A Notícia - 04.12.2003)

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11 Curtas

A Aneel declarou de utilidade pública faixas de terra no Rio Grande do Sul necessárias à passagem de uma linha de transmissão. A linha Erechim 1 - Erechim 2 opera em circuito duplo com 138 quilovolts (kV) de tensão. A declaração foi em favor da Rio Grande Energia. (NUCA - 04.12.2003)

A ministra Dilma Rousseff foi escolhida pela Abimaq como "Personalidade do Ano", pelas políticas de incentivo à indústria nacional. A entrega da premiação será na próxima segunda-feira. (Folha de São Paulo - 04.12.2003)

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Empresas

1 Instituições internacionais procuram Eletrobrás para captação de recursos no exterior

A Eletrobrás vem sendo procurada por instituições internacionais interessadas em montar operações de captação de recursos para a empresa no exterior, Segundo Pinguelli. "Estamos discutindo com nossa diretoria financeira e com o ministério da Fazenda para definir como serão feitas essas captações no próximo ano." Pinguelli diz que, "pelo porte da Eletrobrás e dos investimentos necessários, essa captação teria de ser de, pelo menos, US$ 500 milhões. Mas tudo vai depender do andamento da economia", disse. (Folha de São Paulo - 03.12.2003)

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2 Eletropaulo avança na negociação com bancos privados

As negociações da Eletropaulo, controlada pela americana AES, com credores privados para equacionar sua dívida de curto prazo, de cerca de R$ 2,3 bilhões (47% do endividamento total da companhia), estão bastante avançadas. O fechamento da reestruturação, no entanto, está diretamente relacionado ao sucesso do acordo para equacionar as dívidas da AES com o BNDES. Os credores querem incluir na reestruturação um mecanismo que permita uma nova negociação no caso de o acordo com o BNDES não sair. Outra parte da dívida, de R$ 200 milhões em "commercial papers", com vencimento neste mês, deve ter sua solução divulgada hoje, em fato relevante. Mais de 90% dos detentores desses títulos teriam aceito a oferta da Eletropaulo, assegurou uma fonte da empresa. Os credores teriam aceito prorrogar o vencimento para 9 de dezembro de 2004, a uma taxa de 12,5% mais a variação do dólar. (Valor - 04.12.2003)

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3 Proposta da Eletropaulo agradou a maioria dos credores

A proposta de repactuação para a dívida de R$ 2,3 bilhões que a Eletropaulo apresentou no fim de setembro agradou à maioria dos 35 bancos, entre eles JP Morgan, BankBoston, ABC e Itaú BBA. O fundamental para essa reação positiva, de acordo com essas fontes, é que a reestruturação contempla, basicamente, alongamento de prazo. As taxas de juro propostas teriam ficado dentro de "valores de mercado", em alguns casos até superiores às pactuadas originalmente. A Eletropaulo propôs pagar a dívida no prazo de quatro anos, com vencimentos em 2005, 2006, 2007 e 2008. Os dois últimos anos concentram mais da metade dos pagamentos. A empresa deixou a critério de cada banco escolher como prefere alocar seus créditos dentro desse cronograma, oferecendo taxas maiores para os prazos mais longos. O fluxo de caixa projetado da empresa para os próximos cinco anos é suficiente para amortizar a dívida nessas condições. Como garantia, foram oferecidos alguns recebíveis e o compromisso de distribuição de "excessos de caixa". A Eletropaulo negocia com o governo como fazer o pré-pagamento de dívida externa a vencer no caso de os credores aceitarem o acordo. (Valor - 04.12.2003)

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4 Bancos preferem esperar desfecho da negociação BNDES e AES

Embora a negociação com credores privados da Eletropaulo aconteça paralelamente ao acordo entre AES e BNDES e, em tese, seja independente dela, os bancos consideram fundamental que empresa americana e o banco estatal se entendam. Ainda não decidiram se aguardarão o desfecho com o BNDES para selar a reestruturação. Caso chegue a um acordo com o BNDES, quase que imediatamente a Eletropaulo receberia algo entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões do banco estatal. Esses recursos são referentes ao repasse da variação do dólar no preço da energia de Itaipu e das perdas do racionamento. Além disso, em caso de acordo com o BNDES, a companhia estaria habilitada para aderir ao programa de capitalização do setor elétrico, no qual o banco promete liberar até R$ 3 bilhões. Um dos pré-requisitos é que as empresas contempladas pelo programa não tenham dívidas em atraso com o banco. Nesse caso, estima-se que a Eletropaulo receberia R$ 1 bilhão adicionais. O acordo com os bancos permitirá que a Eletropaulo dilua sua dívida ao longo do tempo e reduza seu risco cambial. Pela proposta, 80% da dívida passaria a ser denominada em reais e apenas 20% em dólares. Hoje, 60% da dívida é em moeda local. (Valor - 04.12.2003)

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5 BNDES vai aos EUA tentar resolver impasse com a AES

O diretor financeiro do BNDES, Roberto Timótheo da Costa, viajou aos Estados Unidos para tentar concluir a negociação com o grupo norte-americano AES, que no Brasil controla a Eletropaulo. O objetivo é tentar encerrar a negociação até o próximo dia 15, mas ainda há vários obstáculos a serem equacionados. Ele tentará avaliar a possibilidade de o grupo liberar as ações da AES-Tietê que serviram como garantia em uma operação de captação de US$ 300 milhões no mercado internacional. O BNDES tem demonstrado pressa na negociação já que poderá retirar as provisões referentes ao calote de US$ 1,2 bilhão da AES/Eletropaulo. Sem o estorno das provisões, o banco contabilizará prejuízo recorde no balanço em 2003 e precisará de mais medidas para se capitalizar e garantir operações de até R$ 47 bilhões em 2004, como está sendo negociado com o governo. Outra demonstração de que o BNDES tem pressa em concluir acordo com a AES/Eletropaulo é a busca de uma solução para o arresto das ações do grupo no Brasil por causa da falência da Eletronet. Os advogados do BNDES estão reunidos com os advogados da Lightpar para concluir um acordo que dê segurança ao BNDES de que não terá problemas após concluir o acordo. Já a participação na AES/Uruguaiana no acordo com o BNDES foi considerada "problemática" pelo banco desde o início das negociações. (Estado de São Paulo - 04.12.2003)

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6 BID aprova financiamento à Bandeirante Energia

O BID aprovou ontem um financiamento de US$ 100 milhões para a Bandeirante Energia S/A, empresa que distribui eletricidade no estado de São Paulo. "Os recursos serão destinados a um programa de investimento de três anos desenhado pela empresa para ampliar e modernizar sua rede", afirmou o BID em um comunicado. O banco informou ainda que o projeto visa aumentar a produtividade da empresa, assim como reduzir seus custos. "Espera-se que o projeto sirva como modelo para demonstrar a efetividade do investimento privado no setor elétrico e que produza melhorias de caráter ambiental, social, sanitário e de segurança", explicou o banco. (Gazeta Mercantil - 04.12.2003)

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7 CPFL Energia emite bônus de US$ 40 mi para IFC

O Conselho de Administração da CPFL Energia aprovou na última segunda-feira, dia 1º de dezembro, a emissão de bônus de subscrição no valor de US$ 40 milhões. O montante foi atribuído à Internacional Finance Corporation devido ao financiamento concedido à concessionária. O empréstimo foi sacramentado em junho de 2003. Os recursos liberados pelo IFC serão utilizados para financiar a reestruturação societária das empresas controladas pela CPFL Energia. O financiamento também servirá para listagem das ações da empresa no novo mercado das bolsas de valores de São Paulo (Bovespa) e Nova York, assim como para a adoção de práticas de governança corporativa. (Canal Energia - 03.12.2003)

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8 Chesf terá direito a receita anual permitida por reforços em instalações de transmissão

A Chesf terá direito a uma receita anual permitida de, aproximadamente, R$ 6,8 milhões, referentes à remuneração dos investimentos com reforços que a empresa realizará em instalações de transmissão da Rede Básica do Sistema Interligado. Os reforços serão realizados em oito subestações que estão localizadas nos estados de Pernambuco, Piauí e Bahia e também em três linhas de transmissão situadas nos estados de Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte. Os empreendimentos irão melhorar a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica e aumentarão a flexibilidade de atendimento na região Nordeste. Os investimentos a serem realizados pela Chesf no sistema de transmissão somam, aproximadamente, R$ 41,5 milhões. Os valores correspondentes à receita anual permitida serão considerados durante os primeiros 15 anos da prestação do serviço, a partir do início de operação comercial dos reforços, sendo reduzidos à metade para os 15 anos subseqüentes. (NUCA - 04.12.2003)

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9 Audiências públicas apresentam revisões tarifárias da CPEE e da CLFM

As propostas de Revisão Tarifária Periódica das distribuidoras Companhia Paulista de Energia Elétrica (CPEE) e Companhia Luz e Força de Mococa (CLFM) serão apresentadas em audiências públicas que a Aneel realizará hoje (04/12) e na sexta-feira (05/12), nos municípios paulistas de São José do Rio Pardo e Mococa respectivamente. Preliminarmente, estão sendo propostos índices de reposicionamento tarifário e do Fator X, mecanismo que reduzirá, a partir de 2005, a aplicação do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), permitindo o repasse para as tarifas de parcelas dos ganhos de produtividade das empresas. Para a CPEE os índices preliminares propostos foram de 11,77%, para o reposicionamento tarifário, e de 1,97%, para o fator X. Para a CLFM, 12,55% para o reposicionamento e 1,55% para o fator X. (NUCA - 04.12.2003)

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10 Nova Sistemas de Energia Ltda recebe autorização para construção de usina eólica

A empresa Nova Sistemas de Energia Ltda. está autorizada a construir a usina eólica Coqueiro, no município de São João da Barra (RJ). A central terá 14,4 MW de capacidade instalada e deverá entrar em operação até dezembro de 2004. O investimento previsto para a obra é de R$ 36 milhões e a capacidade instalada da eólica seria suficiente para beneficiar uma população de 57,6 mil habitantes. A Nova Sistemas comercializará a energia produzida pela usina na condição de produtora independente. (NUCA - 04.12.2003)

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11 Energética Porto das Pedras S/A é autorizada a construir PCH em MS

A Aneel autorizou o enquadramento do aproveitamento hidrelétrico Porto das Pedras na condição de pequena central hidrelétrica. A usina será construída no Mato Grosso do Sul e terá 28 MW de capacidade instalada. A empresa Energética Porto das Pedras S/A será a responsável pela obra, e atuará como produtora independente A PCH deverá entrar em operação comercial até dezembro de 2006. O investimento previsto para a obra é de R$ 44,8 milhões. (NUCA - 04.12.2003)

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12 Grupo Guascor vai construir PCH em Ibirama

A capacidade de geração da pequena central hidrelétrica que o grupo espanhol Guascor pretende construir no rio Hercílio, em Ibirama, região do Alto Vale do Itajaí, é de 21 MW. A revelação foi feita pelo representante da empresa em Santa Catarina, James Monteiro Mattos, durante a apresentação do projeto para lideranças políticas e empresariais, entre outras entidades. As fases iniciais de licenciamento ambiental já foram aprovadas, com o início da obra dependendo apenas da liberação do documento de instalação (LAI), que não tem prazo para ser emitida pela Fundação do Meio Ambiente do Estado (Fatma). A expectativa da direção da empresa Ibirama Energética S/A é que a licença de instalação seja emitida num prazo de quatro meses. É que o impacto ambiental será mínimo em função de suas características. Mattos disse que caso isso se confirme o cronograma prevê o início das obras para maio de 2004. A construção deve estar concluída no prazo de 24 meses. O investimento será na ordem de R$ 200 milhões. Durante a fase de construção deverá gerar cerca de 200 empregos. A empresa tem urgência na liberação da licença para ter condições de se qualificar dentro do Programa Proinfro da Eletrobrás, que prevê a compra da energia que será gerada. (A Notícia - 04.12.2003)

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Licitação

1 CTEEP

A CTEEP licita fornecimento de mesas de comando e estação de trabalho de subestação. O prazo termina em 23 de dezembro e o edital pode ser adquirido gratuitamente mediante apresentação de um disquete. (Canal Energia - 04.12.2003)

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2 Comissão de Energia Nuclear

A Comissão de Energia Nuclear abre licitação para serviços de fornecimento e instalação de segmentação de rede de comunicação de dados para o Instituto de Energia Nuclear. O prazo vai até 9 de dezembro. (Canal Energia - 04.12.2003)

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3 Cemig

A Cemig abre processo para substituição de tubos do conduto forçado da usina hidrelétrica de Xicão. O prazo encerra em 15 de dezembro. (Canal Energia - 04.12.2003)

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4 CEEE

A CEEE abre processo para serviços gerais de distribuição para Arambaré e São Lourenço do Sul. O prazo vai até 5 de dezembro. (Canal Energia - 03.12.2003)

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5 Celesc

A Celesc licita aquisição de receptor de sinais de satélite e software de pós-processamento dos dados coletados em campo. O prazo termina em 11 de dezembro. (Canal Energia - 03.12.2003)

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6 Cesp

A Cesp abre licitação para prestação de serviços de manutenção e atualização técnica do sistema de Baleced Scorecard - BS3. O prazo termina em 4 de dezembro. (Canal Energia - 03.12.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia tem alta de 4,1% no ano

O consumo de energia elétrica no País teve um crescimento modesto em setembro, de 0,7%, em relação ao mesmo mês do ano passado, mantendo um patamar semelhante ao de agosto de 2003. Segundo dados do departamento de Estudos Energéticos e Mercado da Eletrobrás, a demanda atingiu 24.621 GWh, o que resultou uma expansão acumulada no ano de 4,1% ante os nove primeiros meses de 2003. A alta, no entanto, foi puxada pelo consumo residencial, comercial e outros uma vez que a demanda industrial apresenta sucessivas quedas ao longo do ano. A indústria, bastante afetada pela redução no nível de atividade econômica, está tendo uma retomada mais lenta no consumo de energia. No ano de 2002, a demanda mostrou-se muito reprimida devido à crise do racionamento. Desta forma, o que se verifica em 2003 é mais uma recuperação dos níveis de consumo de 2001, do que um crescimento real nos segmentos residencial e comercial. Não havendo impacto sobre a capacidade geradora instalada. A demanda do segmento industrial reflete o baixo crescimento da produção industrial derivado da política macroeconômica. (UFRJ e Gazeta Mercantil - 04.12.2003)

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2 Nordeste apresenta as maiores taxas no consumo de energia elétrica

O consumo de energia elétrica está subindo na região Nordeste a taxas maiores do que no resto do país neste ano. A retomada mais forte, até setembro, acontece justamente na região onde os reservatórios das hidrelétricas estão em níveis baixos, próximos aos ponto crítico. Relatório da Eletrobrás mostra que o consumo de energia na região Nordeste nos últimos 12 meses aumentou 12,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em média, em todo o Brasil, o consumo subiu 7,1% no mesmo período. A retomada do consumo de energia no Nordeste e no resto do país acontece principalmente na categoria dos consumidores residenciais e comerciais. (Folha de São Paulo - 04.12.2003)

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3 Dilma: Usinas do seguro só serão usadas se não fosse possível manter abastecimento pelo PPT

Na sexta-feira da semana passada, após reunião no MME, o ONS informou que seria necessário acionar as termelétricas do PPT e as do seguro anti-racionamento para evitar risco de falta de energia no Nordeste. Na ocasião, o presidente do ONS, Mário Santos, disse que a região Nordeste precisaria de aproximadamente 500 MW médios. Segundo ele, 400 MW médios viriam das usinas do PPT e 100 MW médios teriam que ser gerados pelas termelétricas do seguro. As usinas do PPT usam gás para produzir energia e têm um preço menor. Ontem pela manhã, a ministra Dilma Rousseff disse que as usinas do seguro só seriam usadas se não fosse possível manter o abastecimento apenas com o uso das energia das usinas do PPT. "O sistema foi previsto para ter térmicas que suportem essa situação de transição do período seco para o úmido. Não há o menor risco de racionamento no Nordeste", disse. No fim da tarde, Mário Santos, disse que as chuvas no fim de semana melhoraram a situação dos reservatórios da hidrelétrica de Tucuruí, que também abastece o Nordeste. Dessa forma, o uso das termelétricas do anti-racionamento pôde ser adiado. "Temos chance de protelar isso [uso do seguro] e oferecer operação segura da maneira mais econômica possível", afirmou. (Folha de São Paulo - 04.12.2003)

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4 Tolmasquim descarta possibilidade racionamento no Nordeste

Maurício Tolmasquim afastou a possibilidade de vir a ocorrer racionamento no Nordeste, em consequência da estiagem e baixo nível dos reservatórios. "A perda de capacidade da geração hidráulica está sendo suprida pelas térmicas", disse. Segundo Tolmasquim, o ONS já decidiu despachar energia das termelétricas do PPT (Programa Prioritário de Termoeletricidade) para a região. Lançado em 1999, o programa previa a construção de mais de 40 usinas termelétricas. O programa nunca decolou e há apenas 12 usinas em operação. (Folha de São Paulo - 03.12.2003)

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5 Subsistema Norte apresenta 22,64% da capacidade

O reservatórios registram 22,64% da capacidade no subsistema Norte, o que corresponde a uma redução de 0,28% em relação ao dia 1° de dezembro. O volume da hidrelétrica de Tucuruí fica em 26,04%. (Canal Energia - 03.12.2003)

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6 Volume da região Nordeste fica 3,18% acima da curva de aversão

A capacidade de armazenamento do subsistema Nordeste chega a 13,44%, ficando 3,18% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve uma queda de 0,11% em um dia. O nível da usina de Sobradinho está em 11,44%. (Canal Energia - 03.12.2003)

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7 Capacidade de armazenamento do Sudeste/Centro-Oeste chega a 36,2%

O nível de armazenamento fica em 36,2% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, valor 17,07% acima da curva de aversão ao risco 2003/2004. O índice teve um acréscimo de 0,04%. A capacidade da hidrelétrica de Itumbiara fica em 37,48%, enquanto São Simão registra índice de 71,06%. (Canal Energia - 03.12.2003)

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8 Nível de armazenamento fica em 40,58% no subsistema Sul

O subsistema Sul apresenta 40,58% da capacidade, uma redução de 0,46%. A hidrelétrica de G. B. Munhoz apresenta 69,2% do volume. (Canal Energia - 03.12.2003)

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9 Boletim Diário da Operação do ONS

Para obter os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.

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Gás e Termoelétricas

1 Audiência pública para o gás

A ANP realiza hoje, no Rio de Janeiro, audiência pública sobre as novas portarias para regulamentação do livre acesso, cessão de capacidade e transporte de gás natural. O objetivo da audiência pública é obter subsídios e informações adicionais sobre as novas regulamentações, que permaneceram em consulta pública durante dois meses na página da ANP na internet. A reunião é aberta a consumidores, agentes do setor e demais interessados. A abertura do encontro será feita pelo diretor-geral da ANP, Sebastião do Rego Barros. (Gazeta Mercantil - 04.12.2003)

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2 Copergás define preço para fornecimento de gás natural em Pernambuco

A Copergás estabeleceu os preços para o fornecimento de gás natural nos segmentos comercial e residencial, que deve ser iniciado até o fim deste ano em cerca de 12 estabelecimentos no Estado. Conforme a Portaria n° 02/ 2003, publicada ontem no DOE, ficaram determinadas cinco faixas de consumidores comerciais. Os com o uso mínimo, que é de até 30 metros cúbicos, deverão pagar R$ 1,60 pelo valor de medida. Quem ficar acima de 9.001 metros cúbicos, vai desembolsar R$ 0,65 pelo metro cúbico. No caso das residências, também dividido em cinco níveis, até 30 metros cúbicos, o valor de medida do combustível custará R$ 1,60, mas, acima de 3 mil, cairá para R$ 0,85. Os valores não incluem as contribuições referentes a PIS/Pasep/Cofins, ao ICMS e aos encargos financeiros. O faturamento será feito por mês. A projeção de consumo para os próximos cinco anos é de chegar a mais de 14 mil metros cúbicos por dia. (Folha de Pernambuco - 04.12.2003)

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3 Mesmo após abertura, Petrobras detém 98% do mercado de combustíveis

Dois anos de abertura de mercado e nenhum sinal de competição no mercado de combustíveis. As distribuidoras abandonaram as perspectivas de importação e, mais ainda, a perspectiva de produzir derivados. Está fora de cogitação dos planos de empresas como Texaco, Esso, Shell e Ipiranga investimentos em infra-estrutura para trazer combustíveis do exterior e tampouco interesse em construção de nova refinaria. Nenhuma delas quer competir com a estatal Petrobras - responsável pelo abastecimento de mais de 98% do País e que teve lucro de R$ 14,774 bilhões em nove meses. Atualmente, as importações de diesel e gasolina pelas empresas privadas não passam de 1% e 2,4% das importações totais dos dois produtos, respectivamente, de acordo com o Sindicom. Um dos argumentos das distribuidoras para justificar a falta de concorrência é o acesso à infra-estrutura de importação, que segundo eles, está aquém do ideal. (Gazeta Mercantil - 04.12.2003)

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4 Distribuidores pedem maior clareza da Petrobras em sua política de preços

As empresas distribuidoras de combustíveis querem da Petrobras mais clareza na política de preços de combustíveis. Segundo o vice-presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Paulo Borgerth, a transparência na formação dos preços é indispensável para que companhias programem investimentos para o país. "As regras de preços não estão claras o suficiente para importarmos produtos que só viriam em duas ou três semanas após a decisão de trazê-los". (Correio do Povo - 04.12.2003)

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Grandes Consumidores

1 Santa Maria Companhia de Papel é autorizada a construir PCH no PR

A Aneel autorizou a construção de uma nova PCH no Paraná. A empresa Santa Maria Companhia de Papel e Celulose será responsável pelo empreendimento, e poderá comercializar a energia produzida na condição de produtor independente. Denominada Salto Curucaca II, a PCH será construída entre os municípios paranaenses de Candói e Guarapuava e vai operar com uma potência de 29,7 MW. A usina está prevista para entrar em operação até dezembro de 2005. O investimento previsto para a obra é de R$ 47,5 milhões. (NUCA - 04.12.2003)

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Economia Brasileira

1 Mantega apresenta PPP à investidores norte-americanos

Potenciais investidores norte-americanos interessados em participar nas PPP levantaram dúvidas ontem sobre a estabilidade cambial no Brasil, a capacidade de o governo honrar contratos e a estabilidade das regras dos projetos de investimento. Durante encontro de quase duas horas com cerca de 60 investidores na sede do BID, o ministro Mantega, procurou minimizar os riscos e mostrou otimismo com a recuperação brasileira. Mantega disse que o Brasil pretende realizar investimentos da ordem de US$ 100 bilhões nos próximos quatro anos em várias áreas de infra-estrutura. Segundo Mantega, metade dos recursos previstos devem sair de investimentos de estatais e outra grande parcela, de organismos financeiros e da União. (Folha de São Paulo - 04.12.2003)

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2 Fundo de investimento será lançado pelo BNDES em janeiro

O BNDES lançará em janeiro um fundo de investimento lastreado com o equivalente a R$ 1,5 bilhão em ações de sua carteira. O gestor do fundo, que terá remuneração baseada no IBX-50 (composto pelos 50 papéis de maior liquidez da Bolsa de Valores de São Paulo), será o Itaú. Serão três emissões de R$ 500 milhões. O objetivo do BNDES, além de incentivar o mercado de capitais, é obter ganhos que ajudem a reduzir um provável prejuízo no ano. No primeiro semestre, a perda do banco foi de R$ 2,4 bilhões. Os detalhes da operação ainda não foram divulgados. A idéia inicial era vender cotas do fundo de forma pulverizada para pequenos investidores, com valor mínimo em torno de R$ 100. A taxa de administração seria reduzida, estimada em 2% ao ano. Ainda está em estudo a possibilidade do uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a aquisição das cotas, decisão que ainda depende do Conselho Curador do FGTS. O valor da emissão corresponde a 7,5% do valor total das ações em poder da BNDESPar, braço financeiro da instituição. O banco também estaria disposto a comprar papéis que fazem parte do IBX-50 e que não constam em seu portfólio. Entre as ações do IBX-50 estão Petrobras, Vale e Embraer. (O Globo - 04.12.2003)

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3 Banco americano demonstra interesse no projeto de PPP

A vice-presidente do Eximbank, April Fowley, procurou o ministro para dizer que o banco está disposto a ajudar no financiamento da venda de bens de capital americanos para os projetos. Participou da apresentação Arnold Weiss, vice-presidente da Emerging Markets Partnership, um dos maiores investidores em infra-estrutura em mercados emergentes. O fundo tem cerca de US$ 300 milhões em investimentos no Brasil. Weiss acredita que seguidas crises em mercados emergentes reduziram o capital disponível para investimentos em infra-estrutura, mas diz que projetos com alta rentabilidade seguirão atraindo recursos. O ministro do Planejamento fez uma estimativa "conservadora" de uma participação modesta de recursos privados, de US$ 12 bilhões até 2007. (Valor - 04.12.2003)

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4 MDIC anuncia que medidas para expandir operações de crédito do BNDES estão definidas

O Ministério do Desenvolvimento anunciou que o governo já definiu as medidas para adequar o capital do BNDES, hoje abaixo do necessário, para expandir suas operações de crédito. O problema será resolvido principalmente pela redução da exposição líquida do banco a riscos cambiais e pela venda de parte da sua carteira de ações. Adicionalmente, a instituição pretende obter do BC a reclassificação de risco de parte de suas operações de crédito, de modo a reduzir as respectivas provisões. Dessa forma, informou o Ministério, o banco ficaria com patrimônio suficiente para desembolsar, em 2004, R$ 47,3 bilhões em financiamentos, fluxo superior ao de 2003, previsto em 34,7 bilhões. Somadas, as medidas "destravariam" R$ 7 bilhões do patrimônio do banco, hoje comprometidos com outros riscos, para bancar mais operações de crédito. A nota distribuída ontem pelo Ministério do Desenvolvimento cita claramente a solução via hedge cambial, mas não detalha quem seria a contraparte dessas operações. Como a posição cambial líquida do BNDES é passiva, dado o enorme volume da exposição a ser neutralizada, no BC, imagina-se que o Tesouro terá de oferecer o hedge. (Valor - 04.12.2003)

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5 Levy acredita que nova regra do BC terá alcance irrestrito

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou que, se o Banco Central tornar mais flexíveis as regras de exigência de patrimônio mínimo dos bancos para cobrir operações com moedas estrangeiras, as alterações valerão para todas as instituições financeiras. As mudanças, confirmadas pelo BC, permitirão ao BNDES elevar seu programa de empréstimos em R$ 7 bilhões a partir de 2004. "Se houver um processo de aprimoramento [das regras], obviamente vai ser aplicado a todo mundo", afirmou Levy. "O BNDES vai tomar providências dado que seu balanço foi se alterando ao longo do ano e é importante que agora adote mecanismos que neutralizem esse impacto. Isso não quer dizer que o governo vai estar produzindo diversas regras para o banco." Levy declarou também que as regras de exposição cambial dos bancos estão sempre sendo analisadas pelo BC. (Folha de São Paulo - 04.12.2003)

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6 Agência Moody's considera país vulnerável a choques externos

Apesar da melhora no cenário doméstico, o Brasil ainda é vulnerável a choques externos, o que pode atrapalhar uma melhora no rating brasileiro, avaliou a agência Moody's. "O Brasil ainda é vulnerável sobretudo aos choques externos. Estamos cientes da melhora significativa dos indicadores de curto prazo, mas estruturalmente as fraquezas do País são as mesmas", explicou. A Moody's está mais atenta às dívidas interna e externa do País, consideradas o ponto de vulnerabilidade do país. Porém reconhece, no entanto, que a vulnerabilidade do País diminuiu este ano. A aprovação das reformas da Previdência e tributária não irá influenciar na mudança do outlook do rating brasileiro. (Jornal do Commercio - 04.12.2003)

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7 BC estuda medida para expansão das operações de crédito

A nova central de risco de crédito que está sendo montada pelo BC poderá reduzir pela metade a diferença entre a taxa de captação dos bancos e o valor cobrado dos clientes nas operações de empréstimos, o chamado spread bancário. A estimativa é do presidente da Federação das Associações Comerciais de São Paulo, Guilherme Afif Domingos. Segundo ele, a nova central - que funcionará como uma espécie de cadastro positivo, permitindo reduzir os juros cobrados dos consumidores com bom histórico de pagamento - é importante para reduzir a taxa de risco interna do Brasil e estimular o consumo via crédito. De acordo com o cronograma do BC, a nova central deverá entrar em funcionamento dentro de cerca de três meses. Para Afif Domingos, antes de apostar todas as fichas em grandes projetos de investimento, o Governo deveria estar mais empenhado em desatar os nós do curto prazo que acabam influenciando as decisões de investimento do setor produtivo para o médio e longo prazos. A grande vantagem da nova central, segundo Afif Domingos, é que os bancos poderão fazer uma avaliação mais detalhada do perfil dos tomadores de créditos, o que permitirá praticar taxas menores para os bons pagadores. (Jornal do Commercio - 04.12.2003)

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8 Papéis brasileiros apresentam forte demanda

A demanda pelos papéis brasileiros lançados no mercado externo neste momento está surpreendendo mesmo os analistas mais otimistas. A Petrobras lançou títulos de US$ 500 milhões de vencimento em 15 anos anteontem e deixou de aceitar novas propostas de compra dos investidores ontem mesmo, no início da tarde, pois a demanda já havia chegado a nada menos do que US$ 1,7 bilhão. Vai lançar US$ 750 milhões hoje pagando juros de 8,5% ao ano. É a mais longa captação brasileira neste ano. O Banco Votorantim lançou papéis de US$ 50 milhões e de vencimento em três anos, sob a liderança do Standard Bank e do próprio Votorantim, e captou mais do que o dobro: US$ 120 milhões. A Brascan Imobiliária, havia lançado US$ 30 milhões de vencimento em dezoito meses e acabou captando US$ 40 milhões. Com o risco-Brasil em queda o mercado está mais receptivo aos papéis de empresas brasileiras. (Valor - 04.12.2003)


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9 Mercado aguarda emissão de papéis do Governo

O mercado passou a especular mais forte em torno da possibilidade de o governo brasileiro aproveitar o clima favorável para voltar ainda neste ano a captar recursos no exterior. Na última vez em que o governo foi ao mercado internacional, em 15 de outubro, tomou um empréstimo de US$ 1,5 bilhão por meio do lançamento de títulos da dívida externa. Enquanto o governo não anuncia a esperada operação, o setor privado segue aproveitando o momento para captar recursos. (Folha de São Paulo - 04.12.2003)

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10 Inflação acumulada em São Paulo fica abaixo dos 10%

A taxa de inflação acumulada em 12 meses na cidade de São Paulo ficou abaixo de 10% pela primeira vez neste ano. Nos últimos 12 meses até novembro, os preços subiram 9,69% para os paulistanos, taxa próxima dos 9,90% de dezembro de 2002, até então o último índice de inflação inferior a 10%. Essa queda da taxa anual mostra a continuidade da redução da inflação neste final de ano, afirma Juarez Rizzieri, economista da Fipe. Para este mês, o economista da Fipe prevê taxa próxima de 0,20%, o que deixaria a inflação do ano em 8%. O cenário mostrado pela inflação "é muito bom", diz Rizzieri. (Folha de São Paulo - 04.12.2003)

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11 IPC-FGV apresenta queda

O IPC da FGV referente a São Paulo também mostrou desaceleração. Os preços subiram apenas 0,05% em novembro e 0,28% em outubro. A FGV também registra inflação de um dígito nos últimos 12 meses, com a taxa recuando para 9,66%. A inflação acumulada do ano é de 7,6%. As diferenças das taxas entre a Fipe e a FGV se devem à metodologia e aos locais de pesquisa. A faixa de renda pesquisada pela Fipe (até 20 salários mínimos) e pela FGV (até 33) também justifica a desigualdade das taxas. Em um período mais longo, no entanto, como nos últimos 12 meses, as taxas ficam muito próximas. (Folha de São Paulo - 04.12.2003)

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12 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera em leve alta na manhã desta quinta-feira, ainda com poucos negócios. Às 11h14, a moeda norte-americana subia 0,23% em relação ao fechamento de ontem, cotada a R$ 2,938 para compra e R$ 2,94 para venda. Até o momento, a máxima cotação do dia na ponta de venda foi R$ 2,943 e a mínima, R$ 2,934. Ontem, o dólar comercial terminou Praticamente estável, com leve alta de 0,03%, a R$ 2,9320 na compra e a R$ 2,9340 na venda. (Invertia e Valor Online - 04.12.2003)

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Internacional

1 Governo boliviano e empresas provadas estudam gasoduto para exportar gás a Argentina

O governo boliviano e empresas privadas estão estudando um projeto de exportação de gás à Argentina através de um gasoduto de US$ 1 bilhão a ser construído pela construtora argentina Techint, segundo comunicado do Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia. O gasoduto de 1.500km, conhecido como Gasoducto Noreste Argentino, deve entrar em operação em 2005. Inicialmente, o gasoduto transportaria 10 milhões de mmc/d da Bolívia, possivelmente aumentando depois para 20mmc/d. No entanto, como a Argentina já tem reservas de gás significativas no noroeste, o gás boliviano não será necessário até as reservas comecem a diminuir, disse o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Álvaro Rios, no retorno de uma visita à Argentina. Ele sugeriu que a Bolívia aguarde até que o mercado argentino amadureça e as tarifas de gás sejam liberalizadas. A Bolívia tem reservas de gás consideráveis no sul do país, onde empresas como a argentina Pluspetrol, que opera o campo Tacobo, estão interessadas em exportar, disse Rios. (Business News Americas - 03.12.2003)

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2 Presidente da Argentina quer estabelecer uma "agenda energética" com a Bolívia

O presidente da Argentina, Nestor Kirchner, espera ter um "diálogo profundo" com seu par boliviano, Carlos Mesa, durante a reunião semestral do Mercosul em Montevidéu no dia 16 de dezembro, informou o jornal boliviano Editorial Opinion. A Argentina tem muito interesse em definir uma 'agenda energética' com a Bolívia que inclui o projeto do novo gasoduto, mas vai esperar até a realização de um plebiscito sobre o projeto de exportação de gás, marcado para o princípio de 2004, informou o jornal, citando o embaixador da Argentina na Bolívia, Horacio Macedo. (Business News Americas - 03.12.2003)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Sub-editor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bruno Negreiros, Bruno Nini, Daniel Bueno, Rodrigo Berger e Rodrigo Andrade
Webdesigner: Luiza Calado

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