l IFE:
nº 1.248 - 03 de dezembro de 2003 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Eletrobrás e agentes querem chamada pública até final do ano A Eletrobrás
e os agentes interessados no Proinfa pediram ao MME para iniciar a chamada
pública de projetos ainda neste ano. O presidente da estatal, Luiz Pinguelli
Rosa, acredita ser possível cumprir essa meta apesar da sobrecarga de
trabalho enfrentada pelo MME. Mas Pinguelli não está tão otimista quanto
à realização. "O assunto é da esfera do ministério e, apesar dos pedidos
dos empresários ligados ao segmento para que o governo dê continuidade
ao programa, vocês sabem que a agenda de fim de ano é congestionada, há
um esforço enorme para viabilizar o modelo novo e existe, portanto, uma
sobrecarga do ministério", disse. (Gazeta Mercantil e Canal Energia -
03.12.2003) 2 APMPE lamenta demora para início do Proinfa O presidente
da APMPE (Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia),
Ricardo Pigatto, lamentou o atraso para início da chamada pública do Programa
de Incentivo a Fontes Alternativas. O MME informou que o processo pode
começar nesse mês, mas não definiu uma data. Segundo a lei 10.438, a chamada
pública somente pode acontecer 30 dias após o decreto que vai estabelecer
os Valores Econômicos das fontes. (Canal Energia - 03.12.2003) 3 Faltas de chuvas pode aumentar preço de energia no Nordeste A conta
de energia elétrica pode ficar ainda mais cara no início de 2004 no Nordeste.
Tudo depende da falta de chuvas que afeta a região. Com o baixo nível
nos reservatórios, as distribuidoras de energia elétrica podem comprar,
a partir da próxima semana, a produção das termelétricas, que cobram,
em média, R$ 350,00 por MWh. Esse valor é, pelo menos, R$ 325,00 a mais
que a energia produzida em hidrelétrica. Segundo o diretor executivo da
Associação Brasileira dos Produtores de Energia Emergencial (ABPEE), Marco
Antônio Veloso, a expectativa é que o ONS encomende às termelétricas a
produção de energia ainda este ano. Para Marco Antônio, só o retorno das
chuvas evitaria a utilização das termelétricas. (O Povo - 03.12.2003) 4
Comissão do Senado vota mudanças na política de recursos hídricos Sobre o
novo modelo do setor elétrico, o presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli
Rosa, se recusou a fazer comentários, alegando que o documento é do MME.
"Não me compete dar opinião sobre o novo modelo do setor elétrico", afirmou.
(Canal Energia - 02.12.2003)
Empresas 1 Pinguelli: Eletrobrás estuda venda de energia para a Argentina O presidente
da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, disse que a empresa estuda a possibilidade
de exportar energia para a Argentina. "Fomos procurados por empresários
argentinos interessados em vender equipamentos para o Brasil e, em contrapartida,
pedimos a abertura do país vizinho para a venda de serviços de tecnologia
e também para exportamos energia", disse. "A expectativa é que, a partir
de 2004, haja um aumento da demanda por energia na Argentina, em virtude
do crescimento econômico, e que o Brasil fique com parte deste mercado",
disse. Segundo Pinguelli, a energia a ser exportada viria de Furnas, que
está ligada ao sistema sul. A Eletrobrás solicitou ao Itamaraty que incluísse
na pauta geral de negociações com o governo Argentino a questão da energia.
(Gazeta Mercantil - 03.12.2003) 2 Pinguelli: Eletrobrás pode fechar empréstimo de R$ 800 mi em dezembro Luiz Pinguelli informou que a Eletrobrás pode fechar, ainda este mês, um empréstimo de R$ 800 milhões, a maior parte com o BNDES. Segundo Pinguelli, parte dos recursos será usada na construção das linhas de transmissão que compõem os quatro lotes vencidos pela Eletrobrás, em parceria com investidores privados, no leilão de setembro. O restante será destinado à construção da usina de Peixe Angical (TO), em parceria com o grupo português EDP, e na ampliação da hidrelétrica de Tucuruí. Além disso, a Eletrobrás continua estudando alternativas de captação de recursos, que pode ser feita via pulverização das ações em bolsa ou mesmo recorrendo ao mercado externo. "Não temos um valor a ser captado, mas para uma empresa do porte da Eletrobrás, este montante poderia chegar a US$ 500 milhões", disse. (Gazeta Mercantil - 03.12.2003) 3 Acordo entre BNDES e AES torna-se mais complicado Uma auditoria
feita na Eletropaulo e em outras empresas controladas pela AES apontou
problemas que complicam ainda mais o acordo entre o BNDES e o grupo energético
americano. O BNDES descobriu que a AES Uruguaiana, uma termelétrica que
compõe a nova holding (a Novacom) criada para dar solução à dívida de
US$ 1,2 bilhão da AES com o banco, está com o patrimônio líquido negativo
em US$ 200 milhões. Diante disso, o BNDES quer tirar a Uruguaiana da Novacom
ou simplesmente cancelar o acordo. A auditoria foi feita a pedido do BNDES
e concluída na semana passada. Compromisso assinado em setembro pelo banco
e pela empresa previu o próximo dia 15 como prazo limite para a assinatura
final do acordo. (Folha de São Paulo - 03.12.2003) 4
Lessa admite acionar AES na justiça 5 AES Tietê pode ser outro problema no acordo Além do
passivo da Uruguaiana, o BNDES enfrenta outro grande problema. Trata-se
da inclusão da AES Tietê na Novacom. A AES se comprometeu, no memorando
de entendimento, a entregar as ações da Tietê livres e desembaraçadas
de qualquer ônus. O problema é que a Tietê já foi dada como garantia de
um empréstimo de US$ 300 milhões, contraído pela AES fora do país. Para
liberar as ações da Tietê desse empréstimo, a empresa precisaria da aprovação
dos credores externos. A AES tentou e não conseguiu que os credores abrissem
mão da geradora. Como o BNDES não abre mão da Tietê, criou-se também um
impasse. Para não ter que entregar a Tietê à Novacom, a AES fez uma contraproposta
ao BNDES nas últimas duas semanas. Lessa confirmou a oferta dessa contraproposta,
mas disse tê-la rejeitado. (Folha de São Paulo - 03.12.2003) 6 Cemig pode não pagar dividendos a Southern Eletric Brasil em 2003 O Ministério
Público Federal propôs uma ação civil pública com liminar para impedir
que a Southern Eletric Brasil receba dividendos da Cemig. A intenção é
bloquear cerca de R$ 31,711 milhões que seriam pagos em 31 de dezembro
e quitar parte de uma dívida de US$ 86,650 milhões da empresa norte-americana
com o BNDES. A dívida foi feita à época da compra das ações da Cemig que
tornaram a Southern, fundos do Opportunity e a AES sócios da concessionária
mineira de energia. Na ação impetrada, o promotor Tarcísio Henriques Filho
pede a tutela antecipada do valor "para evitar que a 1ª ré, Southern Eletric
Brasil Participações, receba os dividendos previstos para serem pagos
até o final deste ano de 2003, que certamente não serão aplicados no pagamento
da dívida com o BNDES e muito menos para investimentos no país". Ele argumenta
ainda que o prejuízo do BNDES configura-se em dano ao patrimônio público
e social, porque o banco tem capital 100% público. Em 1997 a Southern
recebeu R$ 600 milhões do BNDES e não quitou a dívida. Esse dinheiro foi
usado para comprar 33% das ações ordinárias da Cemig, que custaram R$
1,3 bilhão. (O Tempo - 03.12.2003) 7 CEEE investirá R$ 4 mi em subestação A CEEE investirá
R$ 4 milhões na implantação da subestação Pelotas-4, no Rio Grande do
Sul. O edital de licitação deve ser publicado nos próximos dias e a previsão
da empresa é que as obras comecem em fevereiro de 2004. A expectativa
da empresa é de que as obras estejam concluídas em dezembro de 2004. Segundo
o presidente da empresa, Antônio Carlos Brites Jacques, o terreno que
receberá o empreendimento já está definido assim como o licenciamento
da Fepam para o início das obras. A SE será construída no município de
Canguçu (RS) e, de acordo com Jacques, é importante para a regularização
do fornecimento de energia na região. O anúncio da implantação da subestação
foi feito dia 28 de novembro, na Câmara de Vereadores de Canguçu. (Canal
Energia - 03.12.2003) 8 Light promove evento para grandes consumidores de energia elétrica A Light
promove nesta quarta-feira, dia 3 de dezembro, um encontro de negócios
com os grandes consumidores de energia elétrica. O objetivo do evento
é discutir as soluções para otimizar o uso do insumo e apresentar aos
clientes as tecnologias de eletroaplicação. A distribuidora pretende reunir
os clientes e a diretoria da empresa trimestralmente. Para focar as discussões,
o encontro é organizado de forma segmentada. Nesta quarta-feira, estarão
presentes representantes de shoppings centers, supermercados, grandes
magazines e hotéis. Além disso, a Light apresentará cases de eficiência
em iluminação e climatização de ambientes já realizados nesse segmento
de consumidor. (Canal Energia - 02.12.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Tolmasquim: ONS ainda está avaliando utilização de térmicas emergenciais no Nordeste O ONS ainda
está avaliando se irá acionar as usinas térmicas emergenciais da região
para dar suporte ao fornecimento de energia. A informação é do secretário
Maurício Tolmasquim. ''As térmicas do PPT deverão ser ativadas'', disse
o secretário. ''Mas o despacho das térmicas emergenciais ainda está sendo
analisado''. O secretário ressaltou que não há risco de racionamento na
região. ''As medidas estão sendo tomadas justamente para evitar um quadro
mais grave'', afirmou. Na sexta-feira, o diretor-presidente do ONS, Mário
Santos, havia informado que o órgão iria iniciar o despacho de energia
térmica, sendo 400 MW de térmicas do PPT e 100 a 150 MW de usinas emergenciais.
(O Povo - 03.12.2003) 2 CBEE: Térmicas não deverão ser acionadas esta semana As térmicas
emergenciais não deverão ser acionadas esta semana no Nordeste. A garantia
foi dada ontem pelo presidente da CBEE, Ivaldo Frota, responsável pela
contratação das emergenciais. Segundo ele, já existe a decisão do ONS
de não usar as térmicas até o fim da semana e a situação será reavaliada
no dia 08 de dezembro. (Jornal do Commercio - PE - 03.12.2003) 3 Subsistema Norte registra 22,92% da capacidade A capacidade
de armazenamento do subsistema Norte chega a 22,92%, uma queda de 0,22%
em comparação com o dia 30 de novembro. A hidrelétrica de Tucuruí registra
26,42% do volume. (Canal Energia - 02.12.2003) 4
Capacidade de armazenamento da região Nordeste está em 13,55% 5 Reservatórios registram 36,16% da capacidade no Sudeste/Centro-Oeste O volume
armazenado no submercado fica 17,1% acima da curva de aversão ao risco
2003/2004 no Sudeste/Centro-Oeste. A capacidade dos reservatórios está
em 36,16%. O índice teve uma queda de 0,02%. As usinas de Furnas e Miranda
registram 54,76% e 77,28% do volume, respectivamente. (Canal Energia -
02.12.2003) 6 Volume armazenado no Sul está em 41,04% O subsistema Sul registra 41,04% da capacidade, uma redução de 0,21% em um dia. A hidrelétrica de Salto Santiago apresenta 31,31% do volume. (Canal Energia - 02.12.2003) 7 Boletim Diário da Operação do ONS Para obter
os últimos dados do Boletim Diário da Operação do ONS, incluindo produção
de energia hidráulica e térmica e energia armazenada, clique aqui.
Gás e Termoelétricas 1 Estudo aponta necessidade de expansão da geração térmica no Brasil A participação das usinas térmicas no setor elétrico brasileiro precisaria crescer dos atuais 14% para 23%, conforme um estudo da consultoria Tendências a respeito do parque energético do País. O estudo foi encomendado pela Abraget. De acordo com as estimativas dos economistas Edward Amadeo e Ernesto Guedes, autores do trabalho, a expansão da geração térmica é necessária para atender à demanda prevista de 550 TW/h por ano. Tomando como exemplo o crescimento médio da economia brasileira nos últimos oito ano (2,5%), esse patamar será atingido na próxima década. Mas, se a expansão do PIB ficar em 4%, conforme projeções do governo, a necessidade de geração de 550 TW/h ocorrerá em 2008. Para que a participação da geração térmica no sistema interligado atinja os 23% estimados, serão necessários investimentos de US$ 6 bilhões. Atualmente, a demanda por energia é de 330 TW/h e a geração hidrelétrica responde por 86% da geração. Amadeo e Guedes observam, no entanto, que se o preço do gás natural cair cerca de 10% nos próximos cinco anos, a participação das térmicas pode subir para 31,7%. Além da redução do preço do gás, o impacto do custo da transmissão de energia das hidrelétricas que deverão ser construídas na região amazônica eleva a necessidade de geração térmica para 33%. (Gazeta Mercantil - 03.12.2003) 2 Estudo sobre térmicas: Expansão das térmcias não terá impacto sobre tarifas Os economistas
simularam como deve ser o sistema elétrico brasileiro para que se possa
atender à demanda e ao mesmo tempo diminuir o risco de racionamento provocado
por variações hidrológicas. Na configuração atual, o critério de planejamento
é admitir 5% de probabilidade de déficit. Para Amadeo, essa taxa é muito
alta, e numa configuração ideal, o risco de déficit cairia para 0,27%,
em função do aumento da participação das térmicas. Segundo Amadeo, a expansão
das térmicas não terá impacto sobre as tarifas, já que a expectativa é
de alta dos preços da energia hidrelétrica, uma vez que as novas usinas
deverão ser construídas na região amazônica, o que pressionará o custo
de transmissão. Simultaneamente, o preço do gás deve cair, em função das
recentes descobertas de jazidas pela Petrobras no litoral paulista. Para
determinar as proporções de energia que deveriam ser de origem hidrelétrica
e termelétrica, os economistas da Tendências compararam os custos de geração
e os ganhos que poderão ser obtidos com a diminuição do risco do sistema.
Pelo estudo, o custo atual do déficit de energia (calculado a partir do
risco de déficit de 5%) é de R$ 2,670 por MW/hora. Ou seja, é quanto custa
para o País deixar de gerar um MW/hora por ano. Durante o racionamento
de 2001, um dos motivos da crise energética foi a adoção de um valor baixo
do custo do déficit utilizado para otimizar o sistema, de R$ 640 por MW/h.
"Por isso, as termelétricas não foram plenamente empregadas durante o
período que precedeu a crise", disse Amadeo. (Gazeta Mercantil - 03.12.2003) 3 Pinguelli defende biodiesel feito a partir de mamona Pinguelli
defendeu ontem a substituição do diesel proveniente de petróleo, usado
na região Norte para gerar energia, por biodiesel feito a partir de mamona.
"O diesel de origem fóssil sai caríssimo para a sociedade porque é extraído
do mar, refinado e depois transportado por uma longa distância para chegar
em um gerador a diesel no meio da Amazônia", disse. "Além da vantagem
ambiental e social, se conseguirmos produzir o biodiesel local certamente
o País vai economizar muito". Para estimular a produção do diesel a partir
da mamona, o presidente da Eletrobrás defende que o subsídio dado hoje
ao diesel fóssil, através da CCC, também seja dado ao biodiesel. "Não
posso afirmar se isto está no novo modelo do setor , porque é o modelo
do Tolmasquim, mas é pedido da Eletrobrás para que esteja." (Gazeta Mercantil
- 03.12.2003) 4 CBEE negocia óleo combustível mais barato com a Petrobras A CBEE negocia
com a Petrobras condições de compra mais barata do óleo combustível, que
alimenta boa parte das térmicas emergenciais. Ivaldo Frota explicou que
a intenção é reduzir o quanto for possível o impacto do acionamento das
emergenciais no bolso do consumidor. Isso porque a lei que criou o programa
brasileiro de energia emergencial prevê o rateio dos custos, tanto o de
aluguel das usinas quanto daquele gerado pela sua utilização. No entanto,
este rateio é feito por todos os consumidores de energia do País, independentemente
de serem beneficiados ou não pelo acionamento das usinas. Isso significa
que o Nordeste, onde está localizada 80% da energia emergencial instalada,
só ficará responsável por 16% do seu custo - correspondente à participação
da Região no consumo nacional de energia. (Jornal do Commercio - PE -
03.12.2003) 5 BNDES financia construção de plataformas da Petrobras O BNDES vai financiar US$ 1,1 bilhão para a construção das plataformas P-54 e P-51 da Petrobras, a serem instaladas na Bacia de Campos, no Rio. O anúncio foi feito ontem pelo presidente do banco, Carlos Lessa, e por representantes da instituição. "Este é um programa típico de substituição de importações, sobretudo para um país que tem a vulnerabilidade externa que o Brasil tem. Isso é muito importante", disse o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante. O custo total da plataforma P-54 será de US$ 750 milhões, informou Mercadante. A unidade irá produzir 180 mil barris diários de petróleo, com previsão de entrar em operação em 2006. O BNDES vai ainda liberar US$ 600 milhões para a construção da P-51, também na bacia de Campos. (Zero Hora - 03.12.2003)
Grandes Consumidores 1 Gerdau compra planta de ferro-gusa no Maranhão O grupo
Gerdau adquiriu ontem a Maranhão Gusa SA (Margusa), planta de ferro-gusa
localizada no Maranhão. O negócio envolve US$ 18 milhões, dos quais US$
2,5 milhões em dívidas que serão assumidas pelo grupo gaúcho. A Margusa
entra estrategicamente nos planos da Gerdau de reduzir a dependência de
terceiros no fornecimento de sua principal matéria-prima. O ferro-gusa
produzido na cidade de Bacabeira, no Maranhão, alimentará as três usinas
do grupo na região Nordeste: Gerdau Cearense (CE), Gerdau Açonorte (PE)
e Gerdau Usiba (BA). Com capacidade instalada para produzir 200 mil toneladas
por ano a partir de janeiro, quando começa a funcionar o segundo alto-forno,
a Margusa também favorecerá as exportações da Gerdau. Atualmente, sua
capacidade instalada é de 85 mil toneladas por ano. O negócio elevará
em quase 100% a atual capacidade de produção de ferro-gusa do grupo brasileiro.
(Zero Hora - 03.12.2003) 2 Usiminas reativa alto-forno 2 da unidade de Ipatinga A Usiminas
reativou ontem o alto-forno 2 da unidade industrial de Ipatinga, após
oitenta dias parado para reformas. A operação envolveu investimentos de
aproximadamente US$ 40 milhões e também rendeu uma possibilidade de negócios
para a siderúrgica. Segundo Rinaldo Campos Soares, presidente da empresa,
a Usiminas está apta e com equipe preparada para contribuir com a reforma
de fornos de outras empresas. "Nossa equipe estará presente, vendendo
o seu conhecimento", disse. O objetivo da reforma foi substituir equipamentos
mecânicos e refratários em fase final de vida útil e atualização tecnológica
de equipamentos elétricos e de automação. A capacidade produtiva do alto
forno 2 é de 700 mil toneladas por ano. Com sua reativação, a capacidade
da empresa, de 4,7 milhões de toneladas anuais volta ao normal, informou
o executivo. "Essa reforma simboliza praticamente o término dos grandes
investimentos que realizamos nos últimos dez anos, que foram da ordem
de US$ 2 bilhões, modernizando, otimizando e preparando a empresa para
ofertar mais aços e mais produtos para os mercados externos e interno",
disse ontem o presidente da Usiminas. (Gazeta Mercantil - 03.12.2003) 3 Siderúrgica do Ceará receberá financiamento de US$ 300 mi do BNDES O secretário
de Desenvolvimento Econômico, Régis Dias, disse ontem que a engenharia
financeira para o projeto da Usina Siderúrgica do Ceará está fechada.
Do total de US$ 560 milhões previstos para a obra, US$ 300 milhões virão
de um financiamento do BNDES. As condições deste empréstimo ainda não
foram divulgadas. O restante do dinheiro será aportado pelas empresas
Dong Kook, da Coréia do Sul, Danielli, da Itália, e pela brasileira Vale
do Rio Doce. O Estado deverá entrar com uma parcela menor, cerca de US$
50 milhões. (Diário do Nordeste - 03.12.2003) 4 Acordos para fornecimento de gás e energia para a USC ainda precisam ser acertados, diz secretário Segundo
Régis Dias, dois pontos devem ser acertados ainda este mês para que o
contrato seja finalmente assinado. O acordo para o fornecimento de gás
natural pela Petrobras está em análise jurídica e valeria a partir de
julho de 2006, por um período de 21 anos a contar dessa data. A aprovação
por parte da diretoria da estatal pode ocorrer ainda este semana. O consumo
da USC seria de 1,8 milhão de metros cúbicos/dia. Outro ponto ainda em
aberto é o fornecimento de energia, que seria feito pela Chesf. O governo
federal precisa regulamentar através de Medida Provisória como funcionarão
os contratos de longo prazo para o suprimento de energia elétrica em volumes
acima de 100 MW/dia, como é o caso da siderúrgica. Na prática, esse contrato
é delicado porque os investidores querem que o reajuste do preço da energia
fornecida seja feito com indexadores bastante definidos, como explica
Dias. "Um investimento desse porte precisa de um contrato longo, de 20
anos, onde o risco deve ser mínimo", avalia. (Diário do Nordeste - 03.12.2003) Economia Brasileira 1 Pressão das tarifas públicas pode impedir queda dos juros Os reajustes das tarifas públicas devem responder por 2,5 pontos percentuais da meta de inflação do próximo ano, fixada em 5,5% pelo governo. Isso significa que sobrariam 3,0 pontos para a variação dos preços livres, fato que diminuiria o espaço para a queda de juros pelo BC. Na avaliação do Banco Modal, a combinação do regime de metas de inflação com um sistema que garante a indexação das tarifas públicas por índices corrigidos pela variação do dólar é um dos fatores que obrigam o Brasil a ter uma taxa de juro real mais alta que a média mundial. Isso porque a correção dos chamados preços administrados compromete uma parte considerável da meta de inflação, exigindo maior rigor do BC no controle dos demais preços. De acordo com o sistema de metas de inflação, o BC regula a taxa de juros com o objetivo de atingir a meta fixada para o ano. Quanto mais distantes os preços estiverem dela, maiores tendem a ser os juros. (Folha de São Paulo - 03.12.2003) 2 Meirelles: Queda do juros dependerá da diminuição do risco-país O presidente do BC, Henrique Meirelles, disse que a redução dos juros no Brasil depende da continuidade da queda do risco-país. Anteontem, o risco-país atingiu o nível mais baixo desde 1998. "Para reduzir a taxa de juros de forma consistente, é preciso, entre outras medidas, que o risco-país continue caindo", afirmou Meirelles. O PMDB promoveu um evento e se propôs a discutir medidas que pudessem estimular o crescimento econômico. O nível da taxa de juros foi um dos principais temas abordados, e a posição de Meirelles contrastou com a do presidente do BNDES, Carlos Lessa, também presente ao seminário. Segundo Lessa, taxas de juros muito elevadas fazem com que os empresários sejam estimulados a aplicar seus recursos no mercado financeiro, em vez de direcioná-los à expansão da produção. (Folha de São Paulo - 03.12.2003) 3 Lessa: Crescimento virá com queda dos juros As taxas de juros reais precisam cair para um dígito a, no máximo, 8% acima da inflação, para garantir o crescimento da economia e a retomada dos investimentos, disse o presidente do BNDES, Carlos Lessa. A queda dos juros é "fundamental" mas não é suficiente, comentou o economista, que defendeu mudanças na lei de concessões e os projetos de infra-estrutura do governo como instrumento para estimular os investimentos privados. Para Lessa, a economia do país precisa crescer à taxa de 5% ao ano, para absorver os jovens desempregados e estimular os investidores a usarem em atividades produtivas o dinheiro que hoje preferem manter aplicados em títulos do Tesouro. Com crescimento baixo e juros altos, a política econômica se assemelha a um cachorro correndo atrás do próprio rabo, uma "armadilha perversa criada por essa equação financeira e fiscal" que impede a redução da dívida pública, comparou Lessa. A política econômica é eficaz para conter pressões de preços, mas não é suficiente para reanimar a economia, ensinou Lessa. (Valor - 03.12.2003) 4
Lessa: Taxa de investimento deve aumentar para 20% do PIB para alavancar
crescimento 5 Fiesp elogia posicionamento do BNDES O diretor
de Competitividade Industrial da Fiesp, Mário Bernardini, disse que a
entidade aprova a linha de atuação do BNDES, voltada para o fomento, independentemente
de quem esteja no comando da instituição. A declaração do diretor da Fiesp
ajuda a fortalecer a posição de Carlos Lessa na presidência do BNDES.
Setores do empresariado, da mídia e do próprio banco movem campanha contra
a nova postura da instituição, nacionalista e desenvolvimentista. "Agradam
à indústria a direção e o rumo aplicados ao BNDES de ser um banco de fomento
e de investimentos. Isso é essencial para o País voltar a investir, esteja
quem estiver no comando do banco", disse o empresário. (Jornal do Commercio
- 03.12.2003) 6 Estudo revela que Brasil crescerá menos que a média mundial em 2004 O crescimento
da economia brasileira será maior em 2004, mas essa expansão ficará aquém
da registrada no resto do mundo e até mesmo na América Latina. A previsão
é da Economist Intelligence Unit (EIU), centro inglês de análises econômicas.
A previsão é que o país cresça 0,6% neste ano e 2,4% em 2004, quando a
economia mundial terá um crescimento de 4,1%, e a América Latina, de 3,1%.
"Embora a economia brasileira tenha estagnado no primeiro semestre de
2003, tem havido sinais de recuperação com base na queda da taxa de juros
e no fortalecimento da demanda global", diz o relatório. O centro, no
entanto, ainda faz um alerta e diz que as condições da economia mundial
e a taxa de juros interna podem comprometer o crescimento do país. (Folha
de São Paulo - 03.12.2003) 7 BNDES deve aumentar seus desembolsos em 2004 O Ministério do Desenvolvimento divulgou nota oficial informando que o governo havia definido um conjunto de medidas para que, no próximo ano, o BNDES aumente seu programa de desembolsos dos atuais R$ 34,7 bilhões para R$ 47,3 bilhões. De acordo com o texto, "as medidas permitirão que o BNDES mobilize aproximadamente R$ 7 bilhões de capital para alavancar suas atividades em 2004". A modificação que será feita permitirá que o Banco Central deixe de fazer essa diferenciação de acordo com a moeda de cada operação. Entre os bancos, o BNDES é o mais afetado por essa exigência, pois costuma fazer captações em vários países para repassar os recursos no Brasil. Essa mudança diminuiria a necessidade de garantias do BNDES e aumentaria sua capacidade de empréstimo. (Folha de São Paulo - 03.12.2003) 8
BNDES financiará hidrelétricas no Equador e na Venezuela 9 Governo quer relação dívida/PIB em 40% O Governo
pretende reduzir a relação da dívida pública com o PIB para cerca de 40%
nos próximos anos, disse ontem o diretor de Política Monetária do BC,
Luiz Candiota. Segundo o diretor, o cumprimento da meta de superávit fiscal
- que hoje é 4,25% do PIB - é fundamental para se chegar a essa relação
e "reverter a tendência de crescimento da dívida líquida" do Governo.
O diretor do BC lembrou que, em 2002, a relação dívida/PIB chegou a superar
os 60% e que neste ano, em outubro, a taxa já havia recuado para 57,2%
do PIB. (Jornal do Commercio - 03.12.2003) 10
Dólar ontem e hoje Internacional 1 Enersis investirá US$ 600 mi A Enersis
anunciou ontem que investirá cerca de US$ 600 milhões no ano que vem.
Parte dos recursos será destinada à conclusão de duas centrais elétricas
em construção no Brasil e no Chile, e o resto para a operação da holding.
Em 2003, a Enersis investiu US$ 525 milhões. A Enersis, braço de investimentos
da espanhola Endesa na América Latina, atravessou sérios problemas financeiros
até o ano passado, devido à sua dívida e à queda das receitas na Argentina
e no Brasil. O grupo controla no Brasil as distribuidoras Cerj e Coelce
e a termoelétrica de Fortaleza. No Chile, os espanhóis controlam a hidrelétrica
de Ralco. (Valor - 03.12.2003) 2 CFE vai lançar licitação compra de GNL A companhia
energética estatal CFE, do México, quer lançar no primeiro trimestre de
2004 uma licitação para compra de 200 milhões de pés cúbicos por dia (mpc/d)
de gás natural liquefeito (GNL) no estado de Baja California Norte para
apoio a seus projetos de geração de energia, informou o vice-diretor de
projetos financiados da CFE, Alberto Ramos. As petroleiras americanas
Marathon e ChevronTexaco planejam construir unidades de GNL na região
de Tijuana, e a empresa energética americana Sempra e a multinacional
Shell estão preparando projetos em Costa Azul, perto de Ensenada. Enquanto
isso, a CFE estuda alternativas para atender sua demanda de GNL, que gira
em torno de 200-500mpc/d, mais ao sul, no litoral Pacífico, disse Ramos.
A CFE pode abrir licitação para a construção e operação de uma nova unidade
para abastecer sua demanda ou oferecer um contrato de compra e venda de
GNL para um terminal de recebimento que seria construído no porto Lazaro
Cardenas, no estado de Michoacan. A espanhola Repsol YPF e a Tractebel
estão disputando o contrato de US$ 500 milhões em Lazaro Cardenas. (Business
News Americas - 01.12.2003) 3 Parques Ecológicos define data para construção de parque eólico no México A Parques Ecológicos, do México, adiou para o final de 2004 o início de construção de seu projeto eólico de 103 MW no estado de Oaxaca, e trabalha para fechar o financiamento. O custo estimado do projeto é de US$ 100 milhões. "Projetos pioneiros são sempre mais complicados no começo, e o setor de energia eólica não está totalmente desenvolvido no México", disse o executivo do projeto Emilio Marconel, quando consultado sobre a razão do adiamento. O início da construção estava programado originalmente para o começo deste ano. Representantes do projeto estão trabalhando junto ao banco espanhol Expansion Exterior para garantir financiamento privado e estão confiantes que irão fechar as negociações no próximo ano. A construção, que deve durar 18 meses, terá início assim que os recursos forem assegurados, disse Marconel. A Parques Ecologicos dividiu o projeto em três fases, começando com 20 MW, ampliando para 50 MW para terminar com capacidade total de 103 MW, embora não planeje parar os trabalhos entre as fases. O plano foi aprovado pela agência reguladora de energia CRE, e a Parques Ecológicos está negociando um contrato de compra e venda de energia com uma empresa de grande porte mexicana, disse Marconel. (Business News Americas - 02.12.2003)
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de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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