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IFE: nº 1.235 - 12 de novembro de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Novo Modelo
1
Novo modelo: Transição acontecerá em 2005
2 Geradoras arcarão com as perdas de energia
3 Apresentação do Novo modelo deve coincidir com Fórum Nacional dos Secretários de Energia
4 José Dirceu: Projetos que garantem estabilidade do marco regulatório serão aprovados em 2003
5 Tolmasquim: Auto-contratação de energia é legal, mas imoral
6 EDF a favor da auto-contratação
7 Pinguelli questiona cálculo do superávit primário
8 Pinguelli defende que compra de energia por leilões por meio do "pool" se inicie em 2004
9 Governo lança Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso de Energia Elétrica
10 Verba do governo para o programa de universalização virá de fundos setoriais de energia
11 Presidente Lula aposta em Comitês Gestores para manutenção do projeto Luz a Todos
12 SC vai investir R$ 120 mi no programa de universalização de energia
13 Presidente do EDP: Garantia de remuneração é necessária para manter investimentos no setor elétrico
14 Prorrogação de reajustes tarifários compromete a garantia de remuneração, diz Talone
15 Power-Gen Latin America discute setor energético mundial
16 Power-Gen Latin America: empresários aguardam definição de novo modelo
17 Curtas

Empresas
1 Eletrobrás e El Paso chegam a acordo quanto ao fornecimento de energia na Amazônia
2 Mauro Arce: Cesp faz aditamento
3 Mauro Arce: Prejuízos da Cesp poderão chegar a R$ 400 mi
4 Brascan tem US$ 500 mi para investir em geração de energia até 2008
5 Brascan Energética: Investimentos em PCHs reduzem os custos de geradoras e distribuidoras
6 Endesa não tem previsão de novos investimentos no Brasil
7 Celpe desautoriza a rede alternativa de pagamentos Banco Digytal
8 Celesc lança edital para construção de subestação
9 Curtas

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 SE/CO consumiu 27.360 MW médios
2 Armazenamento do Submercado Norte atinge 27,49%
3 Volume do Subsistema Nordeste está 6,38% acima da curva de aversão ao risco
4 SE/CO fica 18,09% acima da curva de aversão ao risco
5 Região Sul tem redução de 0,4% da sua capacidade

Gás e Termelétricas
1 Setor de gás e energia depende de investimentos de US$ 5,2 bi por ano, diz presidente da Elektro
2 Endesa deve inaugurar termoelétrica de Fortaleza até dezembro

Economia Brasileira
1 Demanda das empresas por dólares diminui em outubro
2 Projeções de Mantega mostram crescimento de 0,92% do PIB
3 Mantega descarta sobra de recursos em 2003

4 Estados e municípios endividados não poderão investir em infra-estrutura por meio de PPPs
5 Mantega: Crescimento sustentável da economia exige investimentos em infra-estrutura
6 PPP terá fundo garantidor
7 Fundos de pensão cogitam aumentar investimentos em empresas emergentes
8 Petros planeja investir R$ 100 mi
9 Aumento dos investimentos em "private equity" será gradativo
10 IGP-DI sobe 0,44%

11 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Petrobras Energia registra lucro na Argentina
2 Vendas consolidadas da Petrobras Energia registraram queda até setembro

 

Regulação e Novo Modelo

1 Novo modelo: Transição acontecerá em 2005

O início da transição para o novo modelo do setor elétrico deverá ser adiado de janeiro de 2004 para janeiro de 2005, segundo Maurício Tolmasquim. Segundo ele, o "pool" só começará efetivamente a comprar energia em 2005, porque as distribuidoras já estão com contratos fechados para suprir 100% do seu mercado em 2004 e não haverá para quem vender o insumo. "As sobras serão muito pequenas no próximo ano e devem permanecer com as geradoras", disse o secretário. "Apenas em 2005, com a descontratação de mais 25% de energia, haverá volume de energia suficiente para a operação no ambiente do pool", afirmou. Apesar de 50% do mercado estar descontratado em 2004, o volume de energia excedente será pequeno, segundo explicação de Tolmasquim, porque distribuidoras e geradoras aproveitaram as brechas nas regras atuais e fizeram "aditamentos" dos contratos iniciais que vencerão no próximo 1º de janeiro, prorrogando-os por mais um ou dois anos. (Valor - 12.11.2003)

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2 Geradoras arcarão com as perdas de energia

Como há perspectiva de excesso de oferta de energia também para 2004, e o "pool" não comprará o insumo pois não tem para quem vender, as geradoras terão de arcar mais uma vez com as perdas. Hoje, sobram nas mãos das estatais federais, 7,5 mil MW por conta da retração do consumo, o que significa perda de receita de R$ 5 bilhões em 2003. As sobras vão para o MAE, onde os preços estão baixos por conta de oferta acima da demanda. Este mesmo cenário está sendo projetado para 2004, situação que desagrada as geradoras que não conseguiram aditar todos os seus contratos, inclusive a Eletrobrás, e também as empresas de geração privadas. Segundo Tolmasquim, alguém tem que "infelizmente pagar essa conta". Mas, de acordo com o secretário, ela não será repassada para o consumidor. "Só há três hipóteses para resolver esse problema: ou paga a geradora, ou paga o contribuinte ou paga o consumidor". (Valor - 12.11.2003)

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3 Apresentação do Novo modelo deve coincidir com Fórum Nacional dos Secretários de Energia

A ministra Dilma Rousseff garantiu, ontem, que a apresentação do Novo modelo para o setor elétrico será feita até o final de novembro, e evitou mais detalhes. O prazo coincide com a nova reunião do Fórum Nacional dos Secretários de Energia com representantes do governo federal. Segundo o secretário de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento de São Paulo, Mauro Arce, o encontro está marcado para o dia 28. De uma coisa Arce está certo: não há mais tempo para o Congresso Nacional votar o novo modelo este ano. Mas o secretário não vê nesse fato um obstáculo à implementação de mudanças. Ele lembrou que elas podem ser feitas por meio de resoluções. Ele antecipou que a proposta de formação do preço médio de energia a partir de um pool de empresas não deve se concretizar em 2004, pois a maioria das distribuidoras já firmou novos contratos de compra de energia. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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4 José Dirceu: Projetos que garantem estabilidade do marco regulatório serão aprovados em 2003

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, garantiu ontem que todos os projetos que garantem a estabilidade do chamado marco regulatório serão aprovados ainda neste ano. "É necessário que tudo esteja aprovado porque nós queremos preparar o país para crescer já em 2004", afirmou Dirceu. Além do pacote do novo modelo do setor elétrico, Dirceu quer garantir ainda em 2003 a aprovação dos projetos que regulamentam as parcerias público-privadas e as agências reguladoras. (Valor - 12.11.2003)

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5 Tolmasquim: Auto-contratação de energia é legal, mas imoral

Hoje, entre os grupos que têm auto-produção estão a AES Tietê-Eletropaulo; EDF-Light, AES Sul- Uruguaiana; Endesa-Coelce (CE) e a Guaraniana, que no Nordeste controla a Celpe (PE), a Coelba (BA) e a Cosern (RN). Segundo Tolmasquim, o mecanismo de auto-contratação de energia é "legal, mas imoral" já que algumas empresas estão deixando de comprar energia hidrelétrica barata ao mesmo tempo em que estão comprando energia mais cara gerada por termelétricas que pertencem ao mesmo grupo econômico. (Valor - 12.11.2003)

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6 EDF a favor da auto-contratação

António Rocha, presidente da Norte Fluminense rechaça a acusação de que a empresa é responsável por uma parte dos problemas de descontratação de Furnas, apesar das estatais terem energia mais barata. "Quem causa a descontratação de Furnas é a queda do mercado", afirma Rocha. Ele lembra que entre 1999 e 2000, quando a EDF decidiu investir na Norte Fluminense, as distribuidoras de energia eram obrigadas a ter 85% do seu mercado garantido por contratos de longo prazo, percentual que depois aumentou para 95%. Segundo o executivo, os grupos privados fizeram investimentos em térmicas porque precisavam atender seus mercados, uma obrigação prevista no contrato de concessão assinados com a Aneel. E as distribuidoras que projetavam aumento do mercado, continua ele, precisavam comprar energia adicional, já que não havia na época energia hidrelétrica para compra através de contratos de longo prazo. Rocha acha injustas as acusações do novo governo às empresas que investiram em geração térmica. Ele explica que antes da desvalorização do real, o investimento em hidrelétrica ou termelétrica era praticamente o mesmo, e que as empresas investiram para se proteger do risco de ficar sem energia e nem honrar os contratos de concessão. (Valor - 12.11.2003)

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7 Pinguelli questiona cálculo do superávit primário

O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, está insatisfeito com a forma encontrada pelo governo de computar as estatais do setor elétrico, notadamente a Eletrobrás e Itaipu Binacional, no esforço para obtenção de superávit primário de 4,25% do PIB. Frisando que não questiona a necessidade de o país cumprir o acordo com o FMI, Pinguelli explica que foi do próprio governo a decisão de manter a Eletrobrás na meta de superávit. Ele acha que é um erro considerar separadamente as metas de Itaipu, cuja contribuição será de US$ 1,6 bilhão, e as da Eletrobrás, que precisa contribuir com R$ 1,5 bilhões, já que a holding estatal administra os recursos da empresa binacional. Pinguelli disse que os ministros de Minas e Energia e Fazenda, assim como o presidente Lula também conhecem seu opinião. Eletrobrás e Itaipu juntas vão precisar contribuir com cerca de R$ 6 bilhões para a meta de superávit, o que é muito considerando que a gigante Petrobras contribuirá com R$ 7 bilhões. Por isso Pinguelli defendeu, e foi voto vencido, tanto a união da contabilização das duas empresas como a redução da meta de ambas para R$ 4 bilhões porque isso permitiria investimentos adicionais de R$ 2 bilhões que gerariam encomendas à indústria. (Valor - 12.11.2003)

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8 Pinguelli defende que compra de energia por leilões por meio do "pool" se inicie em 2004

Luiz Pinguelli não concorda com a idéia do MME de não iniciar a metodologia de compra de energia por leilões por meio do "pool" em 2004. Ele disse que está preocupado com mais prejuízos decorrentes de sobras de energia para a estatal, pelo segundo ano consecutivo. Ele disse que prefere que os leilões tenham início já no próximo ano e que vai tratar do assunto nesta semana com a ministra Dilma Rousseff. "A venda em leilões pelo menor preço no pool nos favorece. Assim nós venderemos tudo porque somos competitivos", disse Pinguelli. Para o secretário Maurício Tolmasquim alguém tem que "infelizmente pagar essa conta". Mas, de acordo com o secretário, ela não será repassada para o consumidor. "Só há três hipóteses para resolver esse problema: ou paga a geradora, ou paga o contribuinte ou paga o consumidor". (Valor - 12.11.2003)


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9 Governo lança Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso de Energia Elétrica

O projeto do governo federal de levar, até 2008, energia a 2 milhões de domicílios (10 milhões de pessoas) em áreas rurais foi colocado em marcha ontem, com o lançamento do Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso de Energia Elétrica. O Luz para Todos, nome de fantasia do programa desenvolvido pelo MME, vai exigir desembolsos estimados em R$ 7 bilhões, dos quais R$ 5,3 bilhões serão bancados, a fundo perdido, pela União. O restante dos recursos (R$ 1,7 bilhão) virá de governos estaduais e das concessionárias, que também vão arcar com a universalização da oferta em áreas urbanas, onde 500 mil famílias não têm acesso à energia. Na prática, o programa significa a antecipação de 2015 para 2008 das metas de universalização definidas em abril pela Aneel. A oferta vai ser direcionada para municípios com cobertura inferior a 85%, que, nas regras anteriores, estavam no fim da fila. "A antecipação dos prazos vai estar relacionado à conjugação ano-meta", explicou o superintendente de Regulamentação da Comercialização de Energia da Aneel, Gilberto Pimenta. Os projetos começarão a ser analisados a partir da definição da dotação orçamentária. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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10 Verba do governo para o programa de universalização virá de fundos setoriais de energia

Para a implementação do programa, os R$ 5,3 bilhões que cabem à União no projeto virão de fundos setoriais de energia, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Reserva Geral de Reversão (RGR), pagas pelos consumidores. A montagem da infra-estrutura de abastecimento será gratuita, como prevê a legislação em casos de baixa tensão e carga instalada de potência inferior a 50 kW. Isso evitará impactos dos investimentos nas contas de energia. Dilma salientou que, em regiões onde não for possível levar a rede básica, serão usadas fontes renováveis e locais de energia. Um subsídio será concedido às famílias carentes atendidas com consumo mensal inferior a 80 kWh em casos de ligação monofásica, base do projeto. O enfoque é o uso produtivo da energia, com prioridade, na primeira fase, para comunidades atingidas por barragens de hidrelétricas, assentamentos rurais, municípios com baixo índice de atendimento de energia elétrica e baixo IDH, escolas públicas, postos de saúde, postos de abastecimento de água e projetos de eletrificação rural. O governo também planeja utilizar o programa como plataforma para a geração de empregos. A meta é gerar cerca de 300 mil vagas diretas e indiretas. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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11 Presidente Lula aposta em Comitês Gestores para manutenção do projeto Luz a Todos

Durante a solenidade em que assinou o decreto de criação do programa e do Conselho Nacional de Universalização, o presidente Lula tratou de desvincular o programa de qualquer caráter político. Lula lembrou que a iniciativa deve ser desenvolvida até 2008, dois anos após o término do atual mandato. Para afastar a possibilidade de o Luz para Todos ser interrompido antes de atingir seu objetivo final, o presidente aposta nos Comitês Gestores Estaduais de Universalização (CGEUs), que serão formados a partir de dezembro para acompanhar o andamento das obras e o cumprimento das metas de universalização. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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12 SC vai investir R$ 120 mi no programa de universalização de energia

Em Santa Catarina há aproximadamente 20 mil domicílios sem energia elétrica. O maior problema está nas áreas rurais, onde mais de 4,6% das famílias não contam com esse conforto. O presidente da Celesc, Carlos Schneider, disse que o programa de universalização já teve início no estado. Ele não soube dizer qual será o impacto nas tarifas com a implementação do projeto. "Para isso há algumas regras e não sei se no nosso caso todo o investimento feito será repassado para as tarifas. Nossa meta é que até 2006 todos os lares tenham energia elétrica", disse. Em Santa Catarina, o investimento para iluminar todos os domicílios será de aproximadamente R$ 120 milhões, sendo que 40% desse investimento será feito pela Celesc. O restante virá do governo federal e estadual. (A Noticia - 12.11.2003)

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13 Presidente do EDP: Garantia de remuneração é necessária para manter investimentos no setor elétrico

O principal executivo do Grupo EDP, João Talone, disse ontem que é necessária a garantia de remuneração para manter os investimentos no setor. Segundo Talone, os problemas de falta de investimento no setor de energia, principalmente em geração e transmissão, não são exclusivos do Brasil. "Vai haver uma competição entre várias zonas do globo para atrair estes capitais. Há empresas que estão hoje no Brasil e que operam em outras regiões, como Europa, América Latina e Estados Unidos, e que vão canalizar seus investimentos em função da garantia de remuneração", disse. Talone afirmou que os investimentos escassos no setor de infra-estrutura em energia ocorrem tanto entre grupos privados como empresas estatais. Segundo ele, o sistema elétrico brasileiro é um sistema sangüíneo da economia nacional e não pode ficar na situação de disputar com outras regiões os investimentos necessários para garantir o desenvolvimento do País. Para Talone, o setor de energia é considerado prioritário na administração do presidente Lula e há sinalização de que o governo tem como objetivo harmonizar a situação do setor com o novo modelo regulatório, que está previsto para ir ao Congresso ainda este mês. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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14 Prorrogação de reajustes tarifários compromete a garantia de remuneração, diz Talone

João Talone afirma que a questão de prorrogação de reajustes anuais nas tarifas de energia elétrica feita pelo MME é uma situação que compromete a garantia de remuneração para as empresas que atuam no Brasil. "No dia em que foi anunciado que havia adiamento no reajuste das tarifas no Brasil, as ações do Grupo EDP caíram nos principais mercados da Europa e nos Estados Unidos. Assim como elas subiram recentemente, quando foi anunciado o reajuste autorizado pela Aneel a atualização tarifária da empresa no estado de São Paulo. Hoje não há nada que se faça em qualquer lugar do mundo que não tenha repercussão nos mercados globais", disse. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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15 Power-Gen Latin America discute setor energético mundial

Incertezas e perspectivas do setor energético nacional e internacional foram o tema principal da abertura do Power-Gen Latin America, evento que acontece até amanhã em São Paulo. De acordo com Jan Murray, secretária-geral substituta do Conselho Mundial de Energia (WEC, na sigla em inglês), após uma década de grande crescimento da oferta de energia em toda a América Latina, com boa participação do capital internacional (46% de todo o recurso investido no setor), a situação atual é de crise. "No início do século XXI verificamos a diminuição do crescimento e do investimento internacional", diz. Para identificar o cenário futuro mundial, o WEC está elaborando estudos, em diferentes âmbitos do setor. A secretária destaca um relatório sobre pobreza urbana que está sendo feito no Rio de Janeiro. "É um grande desafio entender como melhorar o uso da energia". Para o presidente do comitê brasileiro do WEC, Norberto de Franco, uma saída pode ser a geração distribuída, sobretudo nas grandes cidades. Ele não acredita, porém, que a biotecnologia possa ser utilizada em larga escala. "Mesmo com as limitações para a emissão de carbono, o alto custo das fontes alternativas ainda impede a competição", afirma. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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16 Power-Gen Latin America: empresários aguardam definição de novo modelo

Enquanto membros do WEC pensam no futuro da energia mundial, empresários brasileiros, ou estrangeiros com investimentos no País, aguardam a definição do novo modelo. "O período de transição é o que mais preocupa", afirma Marcelo Llévenes, gerente do grupo Endesa para o Brasil. Já o vice-presidente da CPFL Energia, Paulo Cezar Tavares, reivindica um mecanismo de repasse de preço que permita o self-dealing, operação que a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, já declarou que deve ser eliminada. Xisto Vieira, presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), defende a participação complementar das termelétricas. A entidade está preparando um estudo para mostrar a importância das térmicas na confiabilidade do sistema. Ruderico Pimentel, presidente da Eletros, gestora de fundos de pensão, diz que se as garantias para projetos em geração forem semelhante às da transmissão, é possível que aumente o interesse por parte de investidores privados. A Eletros estuda a possibilidade de entrar em novos projetos de transmissão. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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17 Curtas

A Eletros, fundo de pensão dos funcionários da Eletrobrás, analisa a possibilidade de investir em linhas de transmissão de energia elétrica, segundo disse o presidente da entidade, Ruderico Ferraz Pimentel. Ele salientou que a área de transmissão é uma das que tem menor risco no contexto do SEE. (Valor - 12.11.2003)

Segundo Mauro Arce, um dos motivos para o adiamento dos leilões do "pool" para 2005 é o atraso na regulamentação das novas regras do setor. Ele disse não acreditar que o Congresso aprove ainda neste ano o pacote com o novo modelo. (Valor - 12.11.2003)

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Empresas

1 Eletrobrás e El Paso chegam a acordo quanto ao fornecimento de energia na Amazônia

A Eletrobrás e a americana El Paso chegaram a um acordo de preço e prazo para pagamento da energia vendida pelo grupo americano na região Amazônica. O acordo será encaminhado hoje para aprovação do conselho de administração da estatal. Pinguelli explicou que a El Paso reduziu de R$ 67 o MWh para R$ 60 MWh o preço da energia gerada pelas três unidades da empresa, que juntas têm potência instalada de 240 MW. Esse valor é pago pelos serviços, e não inclui os gastos com combustível (óleo) e impostos. Segundo Pinguelli, a El Paso queria que o contrato com a Manaus Energia tivesse prazo de 20 anos, mas o acordo prevê um ano de vigência. "Essa foi uma decisão da El Paso já que a Eletrobrás queria dois anos concordando em pagar R$ 50 por MWh. Eles preferiram o contrato por R$ 60 com validade de um ano", explicou. Já a dívida atrasada que terá que ser paga pela Eletrobrás, de R$ 100 milhões aproximadamente, terá redução de cerca de R$ 22 milhões, que servirão para abater débitos antigos da El Paso com a Manaus Energia. O saldo da dívida, de aproximadamente R$ 78 milhões, segundo Pinguelli, será parcelado em cinco vezes. O presidente da El Paso no Brasil, Eduardo Karrer, preferiu não se manifestar. (Valor - 12.11.2003)

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2 Mauro Arce: Cesp faz aditamento

O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, também presidente do conselho de administração da estatal paulista de geração Cesp, afirmou que fez "aditamento" dos contratos da geradora com as distribuidoras do Estado de São Paulo que venceriam em 1º de janeiro, por mais dois anos, adiando os vencimentos para 2006. (Valor - 12.11.2003)

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3 Mauro Arce: Prejuízos da Cesp poderão chegar a R$ 400 mi

Segundo Mauro Arce, os prejuízos da Cesp com o excesso de oferta de energia em 2003 chegarão a R$ 400 milhões. "Nós gastamos mais com a transmissão da energia do que recebemos por ela no MAE", garantiu Arce, para quem curiosamente a Cesp acabará gerando mais energia neste ano do que no ano passado. Isso ocorrerá porque os despachos das usinas são comandados pelo ONS. Segundo o secretário paulista, apenas uma pequena parte dos contratos que venceriam em 2004 não foram prorrogados, o que diminuirá consideravelmente as perdas da geradora a partir do próximo ano. Outro motivo para o adiamento dos leilões do "pool" para 2005, na visão de Arce, é o atraso na regulamentação das novas regras do setor. (Valor - 12.11.2003)

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4 Brascan tem US$ 500 mi para investir em geração de energia até 2008

Enquanto o setor elétrico vive um momento de expectativa, com investimentos, principalmente em geração, sendo adiados, a Brascan Energética faz o movimento inverso. Além de ter anunciado nesta semana a compra de duas PCHs na região da Zona da Mata mineira, a empresa tem US$ 500 milhões para investir em geração até 2008. Só em 2004, serão US$ 150 milhões. A Brascan negocia a compra de outras oito PCHs e tem mais 26 projetos de usinas hidrelétricas para serem construídas nos próximos quatro anos, com uma potência total de 575 MW. Segundo o diretor presidente da Brascan Energética, Antonio Novaes, o cenário é favorável à aquisição de usinas. "Somos uma empresa compradora e quando há mais gente querendo se desfazer de seus ativos do que outras interessadas em comprá-los, os negócios ficam interessantes", justifica. Outra vantagem da Brascan é a origem dos recursos. Os investimentos no Brasil hoje são bancados pela matriz, o Grupo Brascan, de origem canadense. O grupo movimenta no mundo ativos da ordem de US$ 22 bilhões. Sua controlada Brascan Power, que atua no setor elétrico no Canadá, EUA e Brasil, tem participação em 37 usinas com uma potência total de 1.800 MW. O objetivo da empresa, no curto prazo, é atingir uma potência instalada de 150 MW. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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5 Brascan Energética: Investimentos em PCHs reduzem os custos de geradoras e distribuidoras

A decisão da Brascan Energética de focar os investimentos no Brasil em PCHs é estratégica. Segundo Novaes, há vantagens tanto para distribuidora quanto para a geradora. "Como as PCHs ficam próximas do centro de consumo, temos uma redução de 50% no custo para utilização das linhas de transmissão, enquanto as distribuidoras tem menor perda de energia no trajeto até os consumidores". Em relação ao novo modelo, a única preocupação da Brascan é quanto à possibilidade de se ampliar de seis meses para cinco anos o prazo de antecedência para que uma empresas faça a opção pelo consumo livre. "Hoje vendemos boa parte da nossa energia para este segmento, mas qualquer prazo além de seis meses vai inviabilizar a existência dos consumidores livres, principalmente de médias empresas". (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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6 Endesa não tem previsão de novos investimentos no Brasil

O gerente do Grupo Endesa no Brasil, Marcelo Llévenes, um dos palestrantes do Power-Gen Latin American, afirmou que o grupo não tem previsão de novos investimentos no País. ''O foco é otimizar os investimentos já realizados'', disse o executivo. Llévenes acrescentou que a empresa aguarda a definição do novo modelo do setor elétrico. "'O que mais nos preocupa é a definição da transição de um modelo para o outro", disse o executivo. Questionado sobre os problemas enfrentados pela geradora Cachoeira Dourada, controlada do grupo, com o governo de Goiás, Llévenes disse que a questão ambiental já foi superada, mas segue a disputa judicial em torno do contrato de fornecimento firmado entre a geradora e a distribuidora estatal goiana Celg. Segundo Llévenes, a Cachoeira Dourada continuará tentando derrubar a liminar, que segue tramitando na Justiça em Goiás. ''Os problemas fazem parte da regra do jogo'', disse. (O Povo - 12.11.2003)

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7 Celpe desautoriza a rede alternativa de pagamentos Banco Digytal

A Celpe decidiu desautorizar a rede alternativa de pagamentos Banco Digytal. Desde ontem, o atendimento para o pagamento de contas de luz está restrito às redes do Banco Matriz, Multibank, Service Pague, Multpag, Farmácias Pague Menos e Pagfácil, totalizando cerca de 700 pontos. A distribuidora negocia agora com as lojas do Bompreço localizadas no Recife. (Diário de Pernambuco - 12.11.2003)

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8 Celesc lança edital para construção de subestação

A Celesc lançou edital de licitação para a construção da subestação de Indaial. O empreendimento será construído no município de mesmo nome e está orçado em R$ 6,5 milhões. A previsão é que as obras comecem 30 dias após o encerramento do processo licitatório. A subestação será equipada com um transformador de 26,6 mil KVA e contará com a instalação de uma rede alimentadora de alta tensão e quatro redes troncais, ligadas a outras quatro SEs. A obra faz parte de um pacote de melhorias no estado que somam R$ 33 milhões. (Canal Energia - 11.11.2003)

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9 Curtas

O Grupo EDP anunciou investimento de R$ 155 milhões na implantação de um centro de operação do sistema (COS) na distribuidora Bandeirante, com sede em Mogi das Cruzes(SP) , apontado como o mais moderno do Grupo EDP em todo o mundo. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

A direção do Grupo EDP formaliza hoje com a ministra Dilma Rousseff, o contrato firmado pelo grupo com a estatal federal Furnas para a construção da usina de Peixe Angical. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 SE/CO consumiu 27.360 MW médios

O Nordeste registra queda de 5,11% no consumo nos últimos sete dias. Na última segunda-feira, dia 10 de novembro, a região consumiu 6.278 MW médios, contra previsão de 6.469 MW médios do ONS . Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.341 MW médios, o submercado tem baixa de 3,2% no mesmo período. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 27.360 MW médios, contra previsão de 26.800 MW médios do operador do sistema. Nos últimos sete dias, o subsistema acumula queda de 4,04% no consumo. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.035 MW médios, o submercado tem baixa de 4,88% no mesmo período. O consumo na região Sul chegou a 7.867 MW médios, contra previsão de 7.039 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema registra alta de 3,44% nos últimos sete dias. O subsistema Norte teve consumo de 2.885 MW médios, contra previsão de 2.906 MW médios do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, a região registra queda 2,45% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 11.11.2003)

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2 Armazenamento do Submercado Norte atinge 27,49%

A capacidade de armazenamento do Norte chega a 27,49%, uma queda de 0,29% em relação ao dia 9 de novembro. O volume da hidrelétrica de Tucuruí está em 31,89%. (Canal Energia - 11.11.2003)

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3 Volume do Subsistema Nordeste está 6,38% acima da curva de aversão ao risco

Subsistema Nordeste - O nível de armazenamento do Submercado Nordeste chega a 17,05%. O volume fica 6,38% acima da curva de aversão ao risco. O índice teve uma redução de 0,12%. A hidrelétrica de Sobradinho registra 13,78% da capacidade. (Canal Energia - 11.11.2003)

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4 SE/CO fica 18,09% acima da curva de aversão ao risco

O volume armazenado no submercado Sudeste/Centro-Oeste fica 18,09% acima da curva de aversão ao risco. A capacidade dos reservatórios chegam a 39,09%. Em relação ao dia 9 de novembro, o índice teve uma queda de 0,21%. As usinas de Nova Ponte e Furnas apresentam índice de 30,56% e 58,11%, respectivamente. (Canal Energia - 11.11.2003)

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5 Região Sul tem redução de 0,4% da sua capacidade

Os reservatórios do Submercado Sul apresentam 33,49% da capacidade, o que representa uma redução de 0,4%. A capacidade da usina de Passo Fundo fica em 55,09%. (Canal Energia - 11.11.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Setor de gás e energia depende de investimentos de US$ 5,2 bi por ano, diz presidente da Elektro

Os participantes do seminário "Business Round Up 2004", promovido pela Amcham-SP, debateram sobre a ampliação dos investimentos em infra-estrutura para sustentar o desenvolvimento. Segundo Orlando Gonzáles, presidente da Elektro, com um custo operacional dolarizado (cerca de 85%) os setores de gás e energia têm a capacidade de investimento bastante limitada. "Em 2003 o setor elétrico faturou cerca de 65 bilhões de reais, mas 30 vão para impostos", disse Gonzáles. O crescimento esperado para 2004 é de 5% a 6%. O setor depende de U$ 5,2 bilhões de investimento médio anual. "Para que isso seja viável, é preciso regra clara, retorno atrativo ajustado ao risco e regulação econômica que ainda não foi resolvida satisfatoriamente", disse. Segundo Gonzáles, o País, com crescimento em torno de 3,5% ao ano, terá energia até 2007. Como uma usina demora quatro anos para gerar energia, o País teria que ter iniciado agora a construção de novas unidades. Segundo o secretário estadual de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico, João Carlos de Souza Meirelles, o poder público, seja municipal, estadual ou federal está apostando na PPP como única forma de ampliar a infra-estrutura. "O Estado está incapacitado financeiramente para arcar com essa demanda de investimentos e a iniciativa privada terá a oportunidade de contribuir e usufruir da parceria", afirmou Meirelles. (Eletrica.com - 11.11.2003)

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2 Endesa deve inaugurar termoelétrica de Fortaleza até dezembro

O Grupo Endesa pretende iniciar até dezembro a operação comercial da usina termoelétrica de Fortaleza. ''Já estamos realizando testes com a usina'', disse o gerente da empresa no País, Marcelo Llévenes. A termoelétrica, que terá uma capacidade de geração de 310 MW, consumiu investimentos de US$ 250 milhões. Segundo Llévenes, a usina fornecerá energia elétrica para a distribuidora cearense Coelce, também controlada da Endesa. (O Povo - 12.11.2003)

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Economia Brasileira

1 Demanda das empresas por dólares diminui em outubro

A procura por hedge caiu 59% de junho a outubro, segundo dados da BM&F. O total de contratos de hedge das empresas, que no final de junho somava US$ 359 milhões, chegou a US$ 147,2 milhões no final de outubro. Com a maior estabilidade do câmbio, as empresas estão preferindo abrir mão da proteção para se livrar do alto custo dessas operações -15% ao ano sobre o valor contratado. Eles normalmente temem uma forte oscilação do dólar, que pode afetar suas receitas ou despesas. Por isso vão à BM&F e fazem um contrato em que fica definido que pagarão pelo dólar uma cotação numa determinada data. "Com a menor volatilidade do câmbio, as empresas alegam que não vale a pena carregar os altos custos dessas operações", diz a corretora Souza Barros. (Folha de São Paulo - 12.11.2003)

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2 Projeções de Mantega mostram crescimento de 0,92% do PIB

O quadro de estabilidade atual e a retomada do crescimento sustentável vão possibilitar neste ano um crescimento do PIB de 0,92%; inflação de 9,1% e investimentos equivalentes a 17,8% do PIB. O cenário foi traçado pelo ministro Mantega. Para 2004, ele prevê redução da taxa de juro real para 8% ao ano. "O objetivo é chegar a juros reais de 3% ao ano", assegurou o ministro. O ministro observou que a queda sistemática dos juros ajudou na redução do risco país - para algo em torno de 580 pontos, bem abaixo do patamar histórico de 700 pontos. Segundo o ministro, isso mostra que o Brasil recuperou a confiança do investidor externo. O crescimento acumulado do País poderá chegar, segundo projeções de Mantega, a 18,1% até 2007, com taxa de 3,5% em 2004 e de 5% em 2007. O ministro disse que o crescimento projetado para o período 2003/2007 pode criar 7,8 milhões de postos de trabalho. Com isto, segundo ele, será resolvida "uma questão crucial da economia brasileira, que tem o nível de desemprego elevado". Para a taxa de inflação, o ministro prevê estabilização em 9,1% neste ano e 4% para 2007. Mantega estima em 0,92% o crescimento do PIB neste ano. A projeção tem por base o reaquecimento da economia, que resultou num aumento de 4,30% na produção industrial em setembro. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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3 Mantega descarta sobra de recursos em 2003

O ministro Mantega, disse que não haverá uma "folga" de R$ 2,9 bilhões no resultado primário deste ano. Dessa forma, segundo a Fazenda, o governo aumentará um pouco o superávit deste ano para poder reduzir no mesmo montante o do ano que vem. Formalmente, a meta de 4,25% do PIB continuaria vigorando na Lei de Diretrizes Orçamentárias. O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, estimou a variação nas metas em 0,10% a 0,15% do PIB. Mantega disse que não haverá sobras porque os ministérios costumam gastar mais no fim do ano. "Não será feita uma economia de mais de 4,25%. No final do ano nós não teremos esses R$ 2,9 bilhões. Vamos gastar tudo", afirmou o ministro. Pelo entendimento de Mantega, o novo acordo com o Fundo significará, portanto, a possibilidade de uma redução efetiva da meta de superávit de 2004 - condicionada aos gastos com saneamento - sem que haja compensação com um esforço maior neste ano. (Folha de São Paulo - 12.11.2003)

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4 Estados e municípios endividados não poderão investir em infra-estrutura por meio de PPPs

Os Estados e municípios que estiverem acima de seu limite de endividamento não poderão fazer investimentos em infra-estrutura ou na criação de serviços de utilidade pública por meio do sistema de PPP, revelou o ministro Mantega. Um órgão gestor, a ser criado após a aprovação pelo Congresso da lei que permitirá a PPP, avaliará cada proposta de parceria, as condições de financiamento, as tarifas que serão cobradas da população pelo serviço a ser prestado e a situação fiscal do ente da federação que pretende realizar a parceria. "O município ou Estado que está acima do seu limite de endividamento está fora do PPP", disse Mantega. Este critério colocaria de fora do PPP, imediatamente, o Estado de São Paulo e outros sete Estados e a prefeitura de São Paulo, entre outras. Este obstáculo, no entanto, está contornado até abril de 2005. Como lembrou o ministro Mantega, o Senado acaba de aprovar resolução dando novo prazo para o enquadramento de Estados e municípios nos limites de endividamento. O Senado entendeu que, em 2002, houve uma mudança drástica da política monetária e, por causa da forte desvalorização do real e da elevação da taxa de juros, o custo da dívida estaduais e municipais refinanciadas pela União disparou. (Valor - 12.11.2003)

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5 Mantega: Crescimento sustentável da economia exige investimentos em infra-estrutura

Ao apresentar o sistema PPP aos senadores que integram a Comissão de Infra-estrutura do Senado, Mantega disse que o crescimento sustentável da economia brasileira exige investimentos em infra-estrutura. Ele observou que esses investimentos são elevados e de longo prazo de maturação. No passado, explicou o ministro, eles eram feitos pelo Estado. "Nos anos 70, o Estado respondia por R$ 160 bilhões, em valores atuais, desses investimentos", disse. Ele observou, no entanto, que a capacidade de investir do Estado declinou nos últimos anos, por causa das numerosas crises fiscais, da elevação de despesas obrigatórias e do superávit primário que o governo é obrigado apresentar", argumentou. O caminho para garantir os investimentos em infra-estrutura é, de acordo com o ministro, a parceria do setor público com o setor privado. Na sua opinião, essa nova modalidade de financiamento para os serviços de utilidade pública restabelece o planejamento do desenvolvimento, mesmo em situações de escassez fiscal do Estado. (Valor - 12.11.2003)

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6 PPP terá fundo garantidor

Mantega disse que o sistema de PPP terá um fundo garantidor, constituído por ativos, ações e recebíveis. Esse fundo, segundo o ministro, vai assegurar a preferência no pagamento desses contratos por parte do poder público. O governo pretende ainda instituir um fundo de investimento, com recursos de instituições financeiras nacionais e internacionais - tais como o BNDES, o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Investimento - para a mobilização de créditos sindicalizados. (Valor - 12.11.2003)

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7 Fundos de pensão cogitam aumentar investimentos em empresas emergentes

A queda da taxa básica de juros tem levado os fundos de pensão a pensar em alternativas mais rentáveis de investimento, abrindo espaço para os fundos de participação em empresas emergentes (os chamados "private equity"). Hoje, esses fundos representam algo em torno de apenas 0,5% do investimento líquido das fundações, mas, segundo executivos do setor, existe espaço para que o número chegue a até 5% nos próximos anos. Levando-se em conta o investimento líquido atual dos fundos de pensão, de R$ 189 bilhões, esse percentual representaria aportes de pouco mais de R$ 9 bilhões. (Valor - 12.11.2003)

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8 Petros planeja investir R$ 100 mi

A Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, por exemplo, já revelou o plano de investir R$ 100 milhões em private equity. A idéia é ir em busca de empresas sem experiência administrativa e à procura de capital para crescimento. Ricardo Malavazi, diretor de finanças e investimentos da Petros, acredita que os 5% serão o teto máximo dos aportes do setor em fundos de participação. "O nosso mercado de capitais precisa ser alargado", disse. Material de orientação a diretores financeiros das fundações elaborado pela Associação Brasileira das Entidades de Previdência Complementar (Abrapp) fala que, "quando os juros caem, a renda fixa tradicional deixa de ser um porto seguro para o atingimento da meta atuarial". Entre as soluções, segundo o material, estão os investimentos alternativos, cujos principais expoentes são private equity e outras formas de financiamento de novos empreendimentos, como venture capital e project finance. (Valor - 12.11.2003)


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9 Aumento dos investimentos em "private equity" será gradativo

O aumento da presença das fundações em fundos de private equity e afins não será, por certo, imediato, como avalia, por exemplo, Roberto Hesketh, presidente da Associação Brasileira de Capital de Risco (ABCR). "As coisas estão em processo de evolução e a possibilidade está aberta, mas este é ainda um momento de sondagem", disse. Martin Glogowsky, diretor de investimentos e patrimônio da Fundação Cesp, também vê bom espaço para crescimento, mas informa que a fundação "ainda não está dando prioridade" a ativos de risco. Não será um crescimento imediato porque, afinal, a rota descendente dos juros começou apenas em meados deste ano. Além disso, é recente também - de julho de 2003 - a Instrução 391 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que dispõe sobre os fundos de investimento em participações. De todo modo, as fundações podem dar novo fôlego ao mercado de private equity. Em 2002, o setor teve um volume de investimentos de R$ 500 milhões, frente ao R$ 1,6 bilhão investido no ano anterior. (Valor - 12.11.2003)

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10 IGP-DI sobe 0,44%

Mais um índice de inflação confirma a forte desaceleração da alta dos preços no mês passado. Ontem, foi a vez da divulgação do IGP-DI, que em outubro apresentou uma variação de 0,44%, menos da metade da taxa registrada em setembro, de 1,05%, conforme a FGV. Nos últimos 12 meses, o IGP-DI apresenta um aumento de 15,78%. O IPA, que representa 60% do índice, ficou em 0,50% e o Índice de Preços ao Consumidor, 0,21%. O Índice Nacional da Construção Civil foi de 0,65%. O núcleo da inflação, que expurga as variações mais altas e mais baixas do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 0,50%. Uma razão importante para a desaceleração dos índices de inflação foi o menor impacto dos preços administrados e o aumento menor do que o esperado dos preços agrícolas, inclusive no atacado. (Valor - 12.11.2003)

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11 Dólar ontem e hoje

O mercado de câmbio é ligeiramente comprador e mantém o dólar em leve alta neste final de manhã. Às 11h54m, a moeda americana era negociada por R$ 2,912 na compra e R$ 2,914 na venda, com valorização de 0,24%. Ontem, o dólar comercial terminou o dia em alta de 0,69%, a R$ 2,9050 na compra e a R$ 2,9070 na venda. É a primeira vez desde 1º de outubro que o dólar fecha na casa dos R$ 2,90. (O Globo On Line e Valor Online - 12.11.2003)

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Internacional

1 Petrobras Energia registra lucro na Argentina

A Petrobras Energía Participaciones S/A, que detém 98,12% do capital da Petrobras Energía S/A - braço da estatal brasileira na Argentina na área de energia -, começa a colher bons resultados. Neste terceiro trimestre, a empresa teve um lucro líquido de 109 milhões de pesos - o que equivale a praticamente R$ 109 milhões -, depois do prejuízo de 6 milhões de pesos contabilizado em igual período de 2002. No acumulado do ano, a Petrobras Energía saiu de um prejuízo de 1,48 bilhão de pesos até setembro do ano passado para um lucro de 524 milhões de pesos de janeiro a setembro deste ano. A geração de caixa no terceiro trimestre deste ano foi de 580 milhões de pesos. Segundo a empresa, a recuperação deveu-se, entre outros fatores, ao aumento das vendas de eletricidade e de derivados de petróleo; redução de 5,8% no endividamento atrelado ao dólar; diminuição de 8% nos gastos com administração e comercialização de produtos e queda de 17 milhões de pesos nos gastos exploratórios ao longo do terceiro trimestre deste ano. Após a compra da Perez Companc, da Petroleira Santa Fé e da troca de ativos com a Repsol, um forte processo de sinergia e otimização de custos foi colocado em prática para que a Petrobras Energía passe a dar lucro. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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2 Vendas consolidadas da Petrobras Energia registraram queda até setembro

Os melhores resultados registrados nos nove primeiros meses deste ano foram conseguidos apesar de as vendas consolidadas da empresa terem caído de 3,85 bilhões de pesos para 3,66 bilhões de pesos entre 2002 e 2003, respectivamente. Situação que melhorou no terceiro trimestre deste ano, quando as vendas bateram nos 1,31 bilhão de pesos, ante os 1,28 bilhão de pesos registrados no terceiro trimestre do ano passado, pelo aumento no valor das vendas de energia elétrica e da área de refino. (Gazeta Mercantil - 12.11.2003)

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Pesquisador: Rubens Rosental
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