l IFE:
nº 1.234 - 11 de novembro de 2003 Índice
Regulação e Novo Modelo
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Novo Modelo 1 Dilma encaminhará posição do MME à Aneel em relação ao self-dealing O MME deverá
pronunciar-se, nos próximos dias, sobre a possibilidade de as distribuidoras
comprarem energia elétrica de suas próprias geradoras térmicas, como fez
a Light recentemente. A ministra Dilma Rousseff adiantou que divulgará
nota técnica e encaminhará um projeto para a Aneel tratando do assunto.
Dilma preferiu manter em sigilo quando isso acontecerá e também não fez
comentários sobre se a intenção do Governo é impedir esse tipo de negociação
no futuro. Disse que várias distribuidoras estão atuando desta forma em
todo o País e que o próprio Ministério alertou para o fato. O secretário
Maurício Tolmasquim, já havia declarado à imprensa que atualmente o Governo
não possui instrumentos legais para evitar que a energia térmica, mais
cara, comprada pelas distribuidoras, seja repassada para as tarifas pagas
pelos consumidores. Por isso, Dilma Rousseff pode estar sinalizando que
o ministério foi buscar estes meios legais. (Jornal do Commercio - 11.11.2003) 2 Elektro só acredita que o novo modelo saia em 2004 O presidente
da Elektro Eletricidade e Serviços, Orlando González, disse não imaginar
que a aprovação do novo modelo do setor elétrico pelo Congresso Nacional
possa se dar antes de março do próximo ano. Além da demora na aprovação
do modelo, o executivo vê com receio a possibilidade de que esse modelo
limite a competição por meio do mecanismo de "pool" de comercialização
de energia elétrica e que aumente a participação estatal nos projetos.
Segundo González, os investimentos da distribuidora devem aumentar para
R$ 120 milhões no próximo ano (R$ 25 milhões a mais do que em 2003). Esse
crescimento se deve, segundo o executivo, ao aumento de gastos relacionados
com as novas regras referentes à universalização dos serviços. (Gazeta
Mercantil - 11.11.2003) 3 Programa Luz no Campo já conectou três milhões de pessoas ao sistema elétrico Prestes
a ser substituído pelo programa nacional de universalização de energia
elétrica - que será lançado oficialmente dia 11 de novembro - o projeto
Luz no Campo já conectou cerca de três milhões de pessoas ao sistema elétrico
desde agosto de 2000, quando entrou em operação. Operacionalizado pela
Eletrobrás, o Luz do Campo recebeu investimentos de R$ 1,2 bilhão, sendo
que 75% deste total bancado pela estatal. O chefe do Departamento de Engenharia
de Distribuição da Eletrobrás, Fernando Luiz Pertusier, informa que o
programa beneficiou 50% dos municípios mais pobres do Brasil. (Canal Energia
- 10.11.2003) 4
MS e RJ continuam programa de universalização 5 Governo Federal e Eletrobrás discutem plano para fortalecer sistemas isolados da região Norte A Eletrobrás
e o governo federal estão discutindo um plano global de investimento no
sistema elétrico isolado da região Norte do país. O assunto, que foi o
tema de reunião ocorrida na semana passada entre a ministra Dilma Rousseff,
e o presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa, envolve ainda a Petrobras.
O diretor da Área de Gás e Energia, Ildo Sauer, também participou do encontro.
Segundo Pinguelli, os estudos para fortalecer o abastecimento de energia
elétrica nos sistemas isolados passam por ações simples, como a construção
de linhas de transmissão em Rondônia, e mais complexas, como a viabilização
da linha Tucuruí- Manaus. "Questões como o traçado dos projetos, os custos
envolvidos e os impactos ambientais têm que ser muito bem avaliadas",
avalia o executivo. (Canal Energia - 10.11.2003) 6 Projetos de PCHs são aprovados pela Aneel Os projetos
básicos das pequenas centrais hidrelétricas Jataí, Irara e Retiro Velho,
apresentados pela empresa Araguaia Centrais Elétricas, foram aprovados
pela Aneel. As PCHs Jataí e Irara, com 30 MW de capacidade cada, ficam
localizadas nos municípios de Jataí e Rio Verde, respectivamente. A PCH
Retiro Velho, de 18,0 MW, fica no município de Aporé, todas no estado
de Goiás. (Canal Energia - 10.11.2003) 7 Preços MAE têm aumento de até 23,7% na Região Sul O preço da energia para a região Sul no MAE teve aumento de até 23,7% na segunda semana de novembro. Para as cargas pesada e média, o valor do MWh fica em R$ 31,18, um aumento de 14,9%. Já o preço da energia para a carga leve está em R$ 29,46. Os valores são válidos para os dias 8 a 14 de novembro. Para o submercado Nordeste, o preço da energia subiu 13,2%. Nesta semana, o valor do MWh fica em R$ 23,20 para todas as cargas. O valor do MWh para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Norte também subiu nesta semana. Para a carga pesada, o preço da energia subiu 13,8%, passando para R$ 28,30. Já o preço da energia para a carga média subiu 27,05, um aumento de R$ 27,05. Para a carga leve, o valor está em R$ 27,07. (Canal Energia - 10.11.2003) 8
Aneel promove o II Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica O governador Zeca do PT acompanha hoje, a convite do presidente Lula, o lançamento do Programa de Universalização do Uso e Acesso a Energia Elétrica. O programa deve disponibilizar para Mato Grosso do Sul já na sua primeira fase R$ 80 milhões. (Eletrica.com - 10.11.2003) O presidente de Furnas, José Pedro Rodrigues, diz que fará uma parceria de curto prazo entre Acre e Rondônia para discutir o Complexo do Rio Madeira. (Canal Energia - 11.11.2003)
Empresas 1 Bases do novo acordo entre Eletrobrás e El Paso serão apreciadas amanhã Com relação
ao fornecimento de energia em Manaus, onde a empresa El Paso (proprietária
da termelétrica El Paso Manaus) e a Eletrobrás discutem a renovação do
contrato de compra e venda de energia, Pinguelli garantiu que, apesar
da troca de acusações, as discussões entre as partes estão mantidas. No
dia 12 de novembro, o Conselho de Administração da estatal irá apreciar
as bases do novo acordo - que prevê a compra da energia gerada pela usina,
por um ano, ao custo de R$ 60. Ao mesmo tempo, a empresa discute com a
Petrobras a possibilidade de construir uma nova usina na capital do Amazonas.
Dentro de duas semanas, deve ser apresentada a parceira privada da Eletrosul
na construção de uma usina hidrelétrica na região Sul do país. (Canal
Energia - 10.11.2003) A Chesf registrou no terceiro trimestre um lucro líquido de R$ 257,7 milhões. Com isso, o lucro líquido acumulado de janeiro a setembro chega a R$ 627,1 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 221,679 milhões do mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida nos nove primeiros meses do ano soma R$ 2,208 bilhões, uma alta de 20,56% ante igual período de 2002. O Ebitda chega a R$ 1,764 bilhão entre janeiro e setembro deste ano, montante 29,4% superior ao apurado no mesmo período do exercício anterior. Segundo balanço divulgado pela empresa, o desempenho no período janeiro-setembro foi beneficiado não somente pelo aumento das receitas, como também pela contenção de custos e despesas operacionais. Estes dois itens tiveram um aumento dos nove primeiros meses de 2002 para o mesmo período de 2003 de 16,19%. (Gazeta Mercantil - 11.11.2003) 3 BNDES e AES fecham acordo sobre a Eletropaulo dia 15 de dezembro No dia 15
de dezembro, o BNDES e a AES estarão assinando o acordo que dá um ponto
final ao impasse em torno das pesadas dívidas da distribuidora e estabelece
a criação da Novacom, nome técnico da empresa criada para controlar a
Eletropaulo no Brasil. Nas últimas semanas, a dupla praticamente aparou
as derradeiras arestas do modelo final. A Novacom será apenas uma holding
de controle, sem qualquer interferência na operação das controladas Eletropaulo,
AES Tietê, AES Sul e na termelétrica de Uruguaiana, conforme o desejo
dos americanos. Também se decidiu para 2004 a abertura de capital da Novacom
no chamado Novo Mercado da Bovespa, no qual só são negociadas ações com
direito a voto de empresas que dão amplo acesso a suas informações contábeis
e econômicas. Serão ofertadas cerca de 25% das ações ordinárias da Novacom.
A emissão não vai alterar uma vírgula a proporção societária prevista
para a empresa. O BNDES permanecerá com menos ações do que a AES. Além
disso, as partes concordaram que o presidente da Eletropaulo, Eduardo
Bernini, será uma espécie de coordenador da gestão das subsidiárias AES
Tietê, da AES Sul e da termelétrica de Uruguaiana. A partir deste formato,
caberá a Bernini a palavra final para questões administrativas envolvendo
as empresas integrantes da Novacom. (Eletrica.com - 11.11.2003) 4
Brascan Energética negocia compra de duas PCH´s da Cataguazes-Leopoldina 5 Celg receberá aporte no valor de R$ 160 mi O caixa
da Celg deve receber um reforço de R$ 160 milhões assim que o presidente
Lula sancionar o projeto de lei nº 63/81 já aprovado pela Câmara dos Deputados
e Senado Federal. A verba extra deve ser utilizada na reestruturação da
companhia e em obras de melhoramento. O diretor econômico-financeiro e
de relações com o mercado da Celg, Javahé de Lima, diz que os recursos
são provenientes das CRC. Até então, todas as companhias de energia contribuíam
para este Fundo com o objetivo de garantir a rentabilidade mínima de 12%
a cada uma delas no fechamento do balanço. (Diário da Manhã - 11.11.2003) 6 Bandeirante investe R$ 120 mi em centro de operação e de distribuição A Bandeirante
Energia, controlada pela portuguesa EDP, investiu R$ 120 milhões na construção
de seu novo centro de operação e de distribuição, localizado em Mogi das
Cruzes. A nova unidade possibilitará a supervisão das operações no sistema
elétrico e o monitoramento remoto de instalações de alta tensão, o que
deverá diminuir o tempo com reparos na rede. A empresa informou que seu
novo centro de operação e distribuição, a ser inaugurado hoje, vai operar
integrado à unidade de São José dos Campos e poderá reduzir riscos de
blecautes. (Valor - 11.11.2003) 7 Cemig pagará juros sobre o capital aos seus acionistas A Cemig
pagará aos seus acionistas um total de R$ 100 milhões em juros sobre capital
próprio, referente ao exercício de 2002. O pagamento, que corresponde
ao valor líquido de R$ 0,524417202 por lote de mil ações ordinárias e
preferenciais, será feito até 31 de dezembro de 2003, podendo o Conselho
de Administração da estatal antecipá-lo. As ações são negociadas ex-juros
desde 30 de dezembro do ano passado. (Canal Energia - 10.11.2003) A Eletrobrás
e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial(Senai) assinam dia 10
de novembro, protocolo de intenções para capacitação de 4 mil extensionistas
rurais em todo o país e a criação de um site de educação à distância.
O projeto faz parte do programa de Centros (Canal Energia - 10.11.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo no submercado Sudeste/Centro-Oeste tem queda de 5,1% nos últimos sete dias O Sudeste/Centro-Oeste
consumiu 22.525 MW médios no domingo, dia 9 de novembro; contra previsão
de 26.800 MW médios do ONS. Nos últimos sete dias, o subsistema acumula
queda de 5,1% no consumo. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.035
MW médios, o submercado tem baixa de 5,93% no mesmo período. A região
Sul teve consumo de 5.953 MW médios, contra previsão de 7.039 MW médios
do operador do sistema. Em relação ao programa mensal de operação, o subsistema
está com alta de 1,84% nos últimos sete dias. O submercado Norte registrou
consumo de 2.728 MW médios, contra previsão de 2.906 MW médios do ONS.
Em relação ao programa mensal de operação, a região acumula queda de 2,75%
nos últimos sete dias. O consumo no Nordeste acumula baixa de 5,08% nos
últimos sete dias. No dia 9, a região consumiu 5.581 MW médios, contra
previsão de 6.469 MW médios do operador do sistema. Em relação à curva
de aversão ao risco, de 6.341 MW médios, o subsistema tem queda de 3,16%.
(Canal Energia - 10.11.2003) 2 Nível de armazenamento do subsistema Norte registra queda de 0,31% O nível
de armazenamento na região Norte chega a 27,78% da capacidade. O índice
teve uma queda de 0,31% em relação ao dia 8 de novembro. A hidrelétrica
de Tucuruí apresenta 32,25% do volume. (Canal Energia - 10.11.2003) 3 Submercado Nordeste registra volume de 17,17% A capacidade
de armazenamento no submercado Nordeste está em 17,17%, ficando 6,47%
acima da curva de aversão ao risco. O índice de armazenamento registrou
uma queda de 0,12% em um dia. A usina de Sobradinho apresenta 13,88% da
capacidade. (Canal Energia - 10.11.2003) 4
Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste registram 39,3% da capacidade 5 Subsistema Sul tem redução de 0,05% em seu nível de armazenamento A região
Sul registra 33,89% da capacidade, uma redução de 0,05%. A capacidade
da hidrelétrica de Machadinho chega a 39,88%. (Canal Energia - 10.11.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Acre produzirá biodiesel em 2004 O governador Jorge Viana anunciou que o Acre terá uma indústria para produção de biodiesel no primeiro semestre do próximo ano. Segundo ele, o estado planeja uma matriz diversificada, trabalhando também com óleo diesel, energia solar, gás natural e hidrelétrica. Ele afirma que o Acre não será um mero consumidor de energia hidrelétrica vinda de Rondônia. "É importante formar um consórcio de geração de energia para a região. Todas as decisões seriam tomadas em conjunto", conta. Segundo o governador, a energia hidrelétrica permite a geração em grande escala e por um período mais prolongado. O estado não tem grande potencial para usinas, já que os rios são de planície. (Canal Energia - 11.11.2003)
Economia Brasileira 1 Projeto que regulamenta PPP chega ao Congresso Quase um mês após anunciar os termos da proposta que regulamentará as parcerias entre o setor público e a iniciativa privada para os investimentos em infra-estrutura no país, o ministério do Planejamento espera enviar hoje ao Congresso, em regime de urgência, o projeto de lei sobre o assunto. Outros temas fundamentais para orientar os investidores, como o chamado marco regulatório para o setor de energia elétrica, cuja minuta foi divulgada em julho, ainda não têm data para iniciar a tramitação no Legislativo. "O tempo trabalha contra nós", comenta o presidente da Abdib, José Augusto Marques. Ele afirma que os investimentos privados estão parados, à espera das novas regras. Segundo Marques, as bases do PPP apresentadas pelo ministro Mantega são satisfatórias. "É um projeto bom, amplo e faz sentido". (Valor - 11.11.2003) 2 Demanda interna apresenta sinais de expansão A demanda interna voltou a dar fôlego à economia brasileira em setembro. Pela primeira vez em 14 meses, o mercado interno não encolheu. Em setembro, o consumo global de bens das famílias e das empresas brasileiras cresceu 5,5% na comparação com igual período do ano passado, segundo cálculos da consultoria Tendências. A virada no consumo doméstico, na análise da consultoria, se deve principalmente à redução da taxa básica de juros da economia e ao efeito psicológico que essa queda causa no consumidor. A consultoria não acredita em bolha de consumo, já que a tendência é a de as taxas de juros continuarem em queda, e o crédito, mais farto. Também prevê recuperação gradual dos salários, já que a economia estará mais aquecida. (Folha de São Paulo - 11.11.2003) 3 Intervenção estatal e tributação preocupam empresas em 2004 A sobrecarga de tributos e o excesso de intervenção estatal , por meio das agências reguladoras, podem atrapalhar a retomada da atividade em setores importantes, pondo a perder os fatores macroeconômicos que favorecem o crescimento econômico previsto para 2004. A preocupação é unânime entre os principais executivos de oito setores. Ao discutirem perspectivas econômicas, durante painel do seminário "Business Round up - Brasil 2004", promovido pela Amcham, esses dirigentes asseguraram taxas de crescimento superiores aos 3,5% previstos para o PIB. Todos se queixam da elevação de impostos num momento em que o país vai discutir reforma tributária. E argumentam que os investimentos necessários para atender à iminência da demanda de consumo podem ser comprometidos se o governo não reduzir a intervenção. (Valor - 11.11.2003) 4
Setor de energia elétrica é um dos mais tributados 5 Seminário na UFRJ discute política tecnológica Na criação
de uma política de estímulo ao desenvolvimento tecnológico, não bastam
os incentivos financeiros. Como também não é suficiente a criação de produtos
ou de processos ou de empresas inovadoras. O importante é saber colocar
as idéias em prática, entender a oportunidade e articular a presença no
mercado, disse ontem o professor da Universidade de Manchester e consultor
de ciência e tecnologia do governo da Inglaterra, Stan Metcalfe. Ele veio
ao Brasil participar de seminário promovido pelo Instituto de Economia,
da UFRJ para discutir o panorama da inovação tecnológica no Brasil frente
a outros países. No encontro, Metcalfe falou do exemplo inglês onde um
dos pontos de ênfase é o elo entre universidade e empresas. Onde estaria
esse elo no Brasil foi um dos temas de discussão do encontro. Os participantes
mostraram que há exemplos em que a universidade é realmente incubadora
de empresas inovadoras, como ilustrou o reitor da Unicamp, Carlos Henrique
de Brito Cruz. Em Campinas, já nasceram, a partir da universidade, 90
empresas. (Valor - 11.11.2003) 6 Castro: Brasil conquistou avanço tecnológico Para o professor
Antonio de Barros Castro, da UFRJ , que estava na platéia do seminário,
o Brasil vive momento em que desafio é partir para inovação tecnológica
pois só assim vai "ultrapassar a fronteira". Destacou que na última década,
o país conquistou ganhos tecnológicos consideráveis em vários segmentos
mas em boa parte no que é de domínio público e com foco no mercado interno.
A intervenção de Barros foi em resposta a Jorge Katz, ex-diretor da Cepal,
que havia dito que quando vem ao Brasil ouve duas interpretações distintas
sobre o avanço tecnológico das empresas brasileiras. Uma otimista, de
Barros Castro, e outra oposta, de Fábio Eber, professor da UFRJ e hoje
diretor do BNDES. Castro respondeu dizendo que Eber "sabe a importância
dos avanços conquistados na última década" e, ele próprio, está certo
de que, embora existam heterogeneidades, houve profunda transformação
no perfil da estrutura produtiva brasileira mas salientou que, agora é
a fase de dar novos passos. Frisou ainda que é preciso chegar ao mercado
externo onde a inovação é necessária. Katz, por sua vez, avaliou que o
momento macroeconômico de vários países da América do Sul propicia um
virada. "Mas com modelos próprios. Não adianta importar soluções de outros
países, cada um tem uma realidade", concluiu. (Valor - 11.11.2003) Depois de um período de ausência do mercado externo em setembro e outubro, os bancos brasileiros estão de volta com inúmeras operações de dívida que somam US$ 1,6 bilhão para fechamento ainda neste ano. Apesar da impossibilidade de ganhos financeiros de arbitragem, a idéia das instituições é aproveitar o otimismo do mercado externo com relação ao Brasil e se preparar para ficar com caixa e espaço no balanço para ampliar as atividades de crédito em 2004. As instituições que realizarão as prováveis captações são as seguintes: Banco Votorantim (US$ 250 milhões em títulos de vencimento em dois anos), Bradesco (US$ 100 milhões em títulos de vencimento em 13 meses), Itaú (a operação ficará em torno de US$ 200 milhões), o Unibanco (US$ 200 milhões) e o Banco do Brasil (US$ 300 milhões). (Valor - 11.11.2003) 8
Superávit comercial ultrapassa os US$ 20 bi O mercado
de câmbio é ligeiramente comprador neste final de manhã, com o dólar oscilando
bem perto dos R$ 2,90. Às 11h52m, a moeda americana era negociada por
R$ 2,891 na compra e R$ 2,894 na venda, com valorização de 0,24%. Ontem,
o dólar comercial terminou o dia com alta de 0,62%, a R$ 2,8850 na compra
e a R$ 2,8870 na venda. (O Globo On Line e Valor Online - 11.11.2003)
Internacional 1 El Paso tem prejuízo de US$ 146 mi A norte-americana
El Paso informou ontem que o prejuízo do terceiro trimestre aumentou para
US$ 146 milhões. O motivo foram as perdas contábeis com usinas e ativos
relacionados às operações com venda de energia. No mesmo período de 2002,
o prejuízo mundial da El Paso foi de US$ 69 milhões. As vendas da companhia
recuaram 9,4%, para US$ 1,54 bilhão devido à venda de ativos. A El Paso
vem registrando perdas por causa dos custos de processos judiciais referentes
à manipulação de preços no mercado de gás, além de prejuízos com investimentos
em telecomunicações e geração de energia. A dívida da empresa somava US$
23,5 bilhões em 30 de junho. (Gazeta Mercantil - 11.11.2003) 2 Sempra estuda a venda de empresas de serviços na América do Sul A empresa
energética americana Sempra Energy quer vender suas empresas de serviços
sul-americanas para se concentrar em suas atividades principais, disse
o CEO da empresa, Stephen Baum. "Elas não são essenciais para nossa estratégia",
disse, acrescentando: "Ao longo de um período de tempo, talvez quatro
a cinco anos, esperamos vender essas empresas, quando as condições forem
apropriadas". Através da Sempra Energy International, a empresa detém
participações nas distribuidoras de gás Camuzzi Gas Pampeana e Camuzzi
Gas del Sur, da Argentina, na distribuidora de energia chilena Chilquinta
Energia, na distribuidora de gás Energas e na empresa de serviços de energia
Tecnored, do Chile, e na distribuidora de energia peruana Luz del Sur.
Considerando o desempenho destas empresas como um todo, e não somente
as participações da Sempra, as vendas de gás natural na Argentina foram
de 184 bilhões de pés cúbicos (bpc) nos primeiros nove meses do ano, um
aumento de 5,75% em relação ao mesmo período de 2002, e o número de clientes
aumentou 4%, para 1,4 milhão, em 30 de setembro de 2003. No Chile, as
vendas de gás nos nove meses não alteraram, mantendo o patamar de 2bpc,
embora o número de clientes tenha crescido 2,86%, para 36.000. No mesmo
período, as vendas de gás aumentaram 1,96% Peru, para 3,02GWh, e no Chile,
elas subiram 4,66%, para 1,37GWh. O número de clientes aumentou 1,96%,
para 729.000 no Peru, e 2,07%, para 493.000 no Chile. (Business News Americas
- 10.11.2003) 3 Unión Fenosa poderá vender 50% da central de Palos para a Enel A Unión Fenosa poderá vender 50% da central de ciclo combinado de Palos de la Frontera, em Huelva, à elétrica italiana Enel, afirmou o vice-presidente da Unión Fenosa, Honorato Isla. A elétrica espanhola poderá considerar esta operação à medida que se aproxime dos objetivos de redução da dívida, explicou Isla. O vice-presidenta da empresa espanhola afirmou aa semana passada que a dívida da elétrica baixará este ano dos 6.500 milhões de euros, objetivo fixado no Plano Estratégico, mesmo que não venda os 50% da central de Palos. (Diário Econòmico - 06.11.2003) 4
Repsol YPF registra lucro abaixo do esperado 5 Repsol investirá 18,8 bi de euros até 2007 A companhia
petrolífera espanhola Repsol pretende investir 18,8 bilhões de euros até
2007 para aumentar sua produção em 5% ao ano. A empresa poderá produzir
mais gás que petróleo em 2007, graças ao aumento de produção de 44% ao
ano em Trinidad e Tobago. A empresa pretende reduzir sua dependência da
Argentina, onde espera obter 56% de sua produção em 2007, uma redução
substancial se comparada aos 72% registrados no ano passado. A petrolífera
apresentou ontem sua estratégia pela primeira vez desde a desvalorização
do peso argentino, em 2002. A estratégia da empresa "será centrada numa
política financeira prudente e numa rígida disciplina de investimentos",
disse o presidente da companhia, Alfonso Cortina, na apresentação dos
objetivos. (Gazeta Mercantil - 11.11.2003) 6 Repsol em parceria com a BP para explorar gás em Trinidad e Tobago Por meio de uma empresa conjunta com a British Petroleum que produz gás natural em Trinidad e Tobago e o exporta para os EUA, a Repsol aumentou a produção em 16% no terceiro trimestre, para um nível recorde de 1,22 milhão de barris de óleo equivalente ao dia. A empresa espera produzir 1,28 milhão de barris/dia até 2007. A Repsol pretende investir 1,690 bilhão de euros na expansão de seu projeto de gás natural liquefeito em Trinidad e Tobago. Poderá também agregar novos campos de exploração na América Latina, norte da África e Oriente Médio. A empresa espera concluir em junho avaliações sobre a viabilidade e rentabilidade de um projeto destinado a exportar gás boliviano via Chile para terminais dos EUA e do México. O projeto também depende do resultado de uma consulta popular que o presidente boliviano prometeu aos grupos sindicais e de agricultores contrários aos planos da Repsol. A companhia estuda, como alternativa, projetos no Irã e no Catar. Na Líbia, a Repsol pretende aumentar sua produção em 15% ao ano até 2007. (Gazeta Mercantil - 11.11.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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