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IFE: nº 1.231 - 06 de novembro de 2003
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Reestruturação e Regulação
1
PPPs podem ser solução para movimentar negócios de fabricantes
2 Governo do MS inicia segunda etapa do Luz no Campo
3 Curtas

Empresas
1 Cataguazes-Leopoldina registra prejuízo de R$ 33 mi entre janeiro e setembro
2 Cataguazes-Leopoldina investiu R$ 153,8 mi até setembro de 2003
3 Venda de energia do grupo Cataguazes-Leopoldina chega a 4.359 GWh até setembro
4 Eletropaulo quer melhorar índices DEC e FEC
5 Chesf e Alusa pretendem investir US$ 82 mi na África
6 Chesf estuda construção de novas hidrelétricas no Nordeste
7 Cerj terá novo sistema para reduzir roubo de energia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Aneel nega pedido do ONS para importar energia da Argentina
2 Não há risco de déficit no Sul, diz Aneel
3 RGE concorda com decisão da Aneel
4 Presidente da Copel descarta risco de racionamento de energia no Paraná
5 Consumo no Sul chega a 7.432 MW médios
6 Subsistema Norte está com 29,02% da capacidade
7 Submercado Nordeste está 7,15% acima da curva de aversão ao risco
8 Capacidade de armazenamento do SE/CO chega a 40,2%
9 Região Sul registra acréscimo de 0,05% em relação ao dia anterior

Gás e Termelétricas
1 Eletrobrás estuda levar gás natural para térmicas no Amazonas
2 Contrato com a El Paso só depende de aprovação do Conselho de Administração
3 Dilma quer aumentar participação do biodiesel na matriz energética
4 Bahia incentiva pesquisa do biodiesel
5 Projeto cearense de produção de biodiesel é apresentado a ministra do MME
6 Angra 1 volta a operar

7 Curtas

Economia Brasileira
1 Brasil fecha acordo de US$ 6 bi
2 Serra: governo deveria ter desvalorizado o câmbio
3 Seminário no Rio debate crescimento

4 IBGE mostra expansão da indústria
5 IPC - Fipe fica em 0,63%
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Enersis quer melhoria dos ativos de distribuição a partir de 2004
2 AES quer usina na Austrália
3 Falta de propostas anula nova licitação da Pemex

 

Reestruturação e Regulação

1 PPPs podem ser solução para movimentar negócios de fabricantes

A formação de parcerias de empresas públicas e privadas pode ser um bom caminho para a retomada dos investimentos no SEE. Para as indústrias, esse retorno significa novas encomendas de equipamentos e soluções para a área. Por enquanto, essa parceria só tem se confirmado na área de transmissão, onde os níveis de encomendas foram pouco afetados pela crise do setor. Prova disso é a Siemens que, no último leilão promovido pela Aneel, confirmou presença em três dos sete lotes licitados. Em todos, a empresa participa de parceria por meio de fornecimento de equipamentos e soluções para a construção e implantação das linhas de transmissão. A empresa vai fornecer produtos para três projetos de transmissão: LT Teresina/Sobral C2/Fortaleza (PI/CE), LT Salto Santiago/Ivaiporã/Cascavel Oeste (PR) e LT Campos Novos/Machadinho (SC). A empresa tem interesse em participar da parceria público-privada, mas não como investidor. Essa parceria acontecerá de maneira diferente da proposta, com recursos estatais e privados. (Canal Energia - 05.11.2003)

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2 Governo do MS inicia segunda etapa do Luz no Campo

O governo do Mato Grosso do Sul inicia dia 6 de novembro, o cadastramento das propriedades rurais nos municípios de Corumbá e Ladário. O cadastro faz parte da segunda etapa do programa Luz no Campo, que também beneficiará as cidades de Miranda, Aquidauana e Anatácio. Nesta etapa, o projeto deve atender 2.018 propriedades rurais convencionais, com investimentos de R$ 20 milhões. Desse total, 25% serão provenientes de recursos do governo estadual, 15% da Enersul e 50% do proprietário rural. O cadastro vai até o dia 6 de dezembro. (Canal Energia - 05.11.2003)

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3 Curtas

A Eletrobrás inaugurou dia 5 de novembro o projeto-piloto do programa Luz no Campo Projetos Sustentáveis (LCPS), no município de São Fidélis, no Rio de Janeiro. O centro comunitário de produção da comunidade de Boa Esperança permitirá o resfriamento do leite produzido na região, trazendo ganhos na comercialização do produto. (Canal Energia - 05.11.2003)

Os investimentos no setor de infra-estrutura, puxados principalmente pela área de energia elétrica, subiram 37,7% no país de janeiro a outubro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2002. (Canal Energia - 05.11.2003)

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Empresas

1 Cataguazes-Leopoldina registra prejuízo de R$ 33 mi entre janeiro e setembro

O prejuízo líquido do Sistema Cataguazes-Leopoldina em nove meses de 2003 teve uma redução de 37% em comparação com o igual período do ano passado. De janeiro a setembro deste ano, o prejuízo foi de R$ 33 milhões, enquanto em 2002 o resultado fechou negativo em R$ 52,6 milhões. O resultado operacional consolidado foi penalizado pelas despesas financeiras provenientes do endividamento. As despesas financeiras em nove meses foram de R$ 138,7 milhões, contra R$ 165,7 milhões no mesmo período do ano passado. Já a receita operacional bruta do grupo no período atingiu R$ 925,3 milhões, valor 21,7% superior à receita de igual período do ano passado. Esse desempenho refere-se aos aumentos das tarifas de energia, principalmente da Celb, Energipe, Cenf e Companhia Força e Luz Cataguazes-Leopoldina. O grupo conseguiu ainda reduzir em 4,5% as despesas controláveis em nove meses do ano. De janeiro a setembro deste ano, as despesas controláveis ficaram em R$ 117 milhões, contra os R$ 122,5 milhões em igual período do ano passado. Já a geração operacional de caixa da Cataguazes-Leopoldina nos nove meses do ano foi 16,7% maior em comparação com o mesmo período de 2002. Em nove meses deste ano, a geração operacional foi de R$ 196,2 milhões, contra os R$ 168,2 milhões em igual período do ano passado. (Canal Energia - 05.11.2003)

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2 Cataguazes-Leopoldina investiu R$ 153,8 mi até setembro de 2003

Em termos de investimentos, o grupo Cataguazes-Leopoldina desembolsou R$ 153,8 milhões, montante 27,8% superior ao empregado em igual período do ano passado (R$ 120,3 milhões). Os recursos priorizaram a área de geração de energia por meio da controlada Cat-Leo Energia. De janeiro a setembro, os investimentos chegaram a R$ 94,5 milhões contra os R$ 59,6 milhões em 2002. (Canal Energia - 05.11.2003)

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3 Venda de energia do grupo Cataguazes-Leopoldina chega a 4.359 GWh até setembro

O mercado de energia do grupo Cataguazes-Leopoldina, em nove meses do ano, cresceu 8,6% em comparação com igual período de 2002. Nesse período, as vendas consolidadas chegaram a 4.359 GWh. A classe residencial foi a principal responsável por esse desempenho. De janeiro a setembro, o consumo nessa área foi de 1.270 GWh, contra os 1.161 GWh em igual período de 2002. Já a classe comercial teve um aumento de 8,9% no consumo, passando de 585 GWh, em 2002, para 634 GWh. O consumo na área industrial cresceu 5,9%, com demanda de 1.574 GWh em nove meses. (Canal Energia - 05.11.2003)

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4 Eletropaulo quer melhorar índices DEC e FEC

Independentemente da quantidade de chuvas, ventos e raios no próximo verão, a Eletropaulo espera recuperar os níveis de freqüência e duração das interrupções no fornecimento de energia registrados no mesmo período entre 2001 e 2002. Para tanto, a empresa coloca em operação a partir do dia 15 deste mês, até o final de março, a Operação Verão, que inclui melhora nos sistemas de meteorologia da distribuidora e aumento de funcionários. O verão entre 2001 e 2002 foi bem melhor do que o seguinte, entre 2002 e 2003, em termos climáticos: o número de raios, por exemplo, ficou em 21,4 mil na área de concessão da distribuidora, ante 34 mil raios registrados no verão seguinte. Segundo o diretor da Central de Operações, Antoninho Borghi, metade das ocorrências é registrada no verão. Em 2001/2002, a duração média das interrupções ficou em 8,99 horas, ante 11,09 horas no verão seguinte. Já a quantidade de interrupções aumentou de 7,51 para 8,68 no mesmo período. Esses índices não incluem dados relativos a blecautes. (Gazeta Mercantil - 06.11.2003)

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5 Chesf e Alusa pretendem investir US$ 82 mi na África

A Chesf assinou memorando com a Alusa para investimentos de US$ 82 milhões em Moçambique e Angola, na África. Segundo o presidente da Chesf, Dilton da Conti, esse consórcio é a primeira tentativa de internacionalização da Chesf. "As empresas identificaram que há grandes oportunidades de negócios na África, especialmente nesses dois países que estão sendo reconstruídos", afirmou. A medida também faria parte da política externa do presidente Lula, que deseja incentivar os investimentos brasileiros no continente africano. Apesar da assinatura do memorando, ainda não há definição de quando se daria esse investimento nem a forma de retorno financeiro. (Jornal do Commercio - PE - 06.11.2003)

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6 Chesf estuda construção de novas hidrelétricas no Nordeste

O presidente da Chesf, Dilton da Conti, revelou que a estatal está realizando, em parceria com empresas privadas, estudos de viabilidade para a construção de novas hidrelétricas no Nordeste. Segundo estimativas, as localidades de Pedra Branca e Riacho Seco, que ficam entre Sobradinho e Itaparica, podem produzir 750 MW. Já Pão de Açúcar, no baixo São Francisco, tem potencial para 250 MW. No Rio Parnaíba, projeta-se a capacidade de geração de 500 MW constante. Os estudos estão sendo feitos para posterior licitação por parte do Governo. A empresa que adquirir a concessão fará o ressarcimento para a Chesf e as demais empresas responsáveis pelo inventário e estudo de viabilidade econômica. (Jornal do Commercio - PE - 06.11.2003)

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7 Cerj terá novo sistema para reduzir roubo de energia

A chilena Enersis está em processo de instalar um novo sistema para reduzir roubo de energia em suas distribuidoras brasileiras, particularmente a Cerj, disse o diretor financeiro da Enersis, Alfredo Ergas. As perdas de energia na Cerj, de janeiro a setembro deste ano, aumentaram 12,6%, para 2.239 GWh, o mais alto nível registrado entre todas as distribuidoras da Enersis. Mas "nos últimos três meses, a perda marginal melhorou, porque estamos em processo de aplicar este projeto no setor de distribuição do Brasil", disse Ergas, acrescentando: "Esperamos nos próximos dois meses ter melhores notícias da Cerj com relação a isto". (Business News Americas - 05.11.2003)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Aneel nega pedido do ONS para importar energia da Argentina

A Aneel negou o pedido de importação de 1000 MW de energia da Argentina feito pelo ONS. A agência julgou que o impacto tarifário da medida seria alto demais. A energia argentina seria comprada por Furnas e Tractebel, mediante um contrato antigo fechado com o grupo Cien. A Copel também tem contrato de importação da argentina com o Cien, mas o acordo foi revisto neste ano. Segundo a agência, a importação poderá vir a ser autorizada caso os reservatórios do Sudeste venham a baixar até dezembro, por conta de uma estiagem. Por enquanto, o Sudeste e o Centro-Oeste estão exportando para o Sul cerca de 17% do consumo da região, que vive uma situação crítica. A média histórica dos reservatórios do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul nesta época do ano é de índices de armazenamento acima de 90%, mas, neste ano, com a escassez de chuvas, os índices estão pouco acima de 30%. (Valor - 06.11.2003)

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2 Não há risco de déficit no Sul, diz Aneel

Segundo a Aneel, ainda não há risco de déficit na região e houve uma ligeira melhora do nível de água nos últimos dias. Há uma discussão na agência sobre qual o índice de "aversão ao risco" ideal. Hoje, no Sul, ele é de 10%, mas a proposta que está em audiência pública no site da agência propõe que essa folga suba para 15%. No Sudeste quando o índice de armazenamento chega a 21% já é previsto pelo ONS que se tome medidas emergenciais. O mesmo relatório posto em audiência pública pela Aneel não considera que o cenário hidrológico desfavorável venha a apresentar problemas de atendimento energético mas, por precaução, recomenda uma complementação térmica de 1000 MWh médios já em outubro para garantir a confiabilidade do sistema. Segundo a assessoria de imprensa da Aneel, o despacho térmico complementar não foi proibido pela agência, contanto que ele não venha a representar impacto tarifário. (Valor - 06.11.2003)

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3 RGE concorda com decisão da Aneel

Para o presidente da distribuidora RGE, Sidney Simonaggio, a decisão da Aneel não representa risco para os reservatórios do Sul porque os níveis locais de armazenagem de água vêm subindo nos últimos dias. A agência também foi coerente com o pedido do ONS, que em nota técnica havia solicitado a ampliação da "curva de aversão ao risco" de 10% para 15% na região, entende o executivo. Segundo Simonaggio, o ponto mais importante para o abastecimento na região Sul é a bacia do Iguaçu, no Paraná, que garante os níveis de tensão necessários no sistema local para permitir a importação de energia do Sudeste. Para isto, as usinas instaladas no rio precisam de pelo menos 15% de armazenamento de água e, conforme o ONS, os patamares mais baixos registrados na segunda-feira eram de 18% na hidrelétrica Salto Santiago e de 20,3% em Foz do Areia. (Valor - 06.11.2003)

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4 Presidente da Copel descarta risco de racionamento de energia no Paraná

O presidente da Copel, Paulo Pimentel, negou taxativamente, a existência de qualquer risco ou ameaça ao suprimento de energia elétrica no Estado do Paraná nos próximos meses. "As usinas da Copel ainda dispõem de água suficiente para garantir o abastecimento do mercado consumidor", declarou Pimentel, destacando ainda que o atendimento está sendo reforçado por recebimentos e não compra de energia do Sudeste. "Da mesma maneira que o Sul exporta energia para o Sudeste, o fluxo inverso também é da rotina operacional do sistema elétrico interligado", disse. De acordo com Pimentel, o recebimento de energia está ocorrendo nesse momento em função de conveniência operacional. "Com o reforço de geração de energia oriunda do Sudeste, os reservatórios do Sul podem ser recuperados. Ao invés de gerar energia com água escassa, estamos poupando", salientou. Pimentel ressaltou ainda que os reservatórios do Sul têm se recuperado gradativamente. (Paraná Online - 06.11.2003)

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5 Consumo no Sul chega a 7.432 MW médios

O consumo no Nordeste registra queda de 5,94% nos últimos sete dias. Na última terça-feira, dia 4 de novembro, a região consumiu 6.298 MW médios, contra previsão de 6.469 MW médios do ONS. Em relação à curva de aversão ao risco, de 6.341 MW médios, o subsistema tem baixa de 4,04% no mesmo período. O consumo no Sul chegou a 7.432 MW médios, contra previsão de 7.039 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, a região está com queda de 6,11% nos últimos sete dias. O Sudeste/Centro-Oeste consumiu 26.215 MW médios, contra previsão de 26.800 MW médios do operador do sistema. Em relação à curva de aversão ao risco, de 27.035 MW médios, o submercado registra queda de 8,39% nos últimos sete dias. No mesmo período, o subsistema acumula baixa de 7,58% no consumo. O submercado Norte registrou consumo de 2.817 MW médios, contra previsão de 2.906 MW médios do ONS. Em relação ao programa mensal de operação, a região tem queda de 5,85% nos últimos sete dias. (Canal Energia - 05.11.2003)

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6 Subsistema Norte está com 29,02% da capacidade

Os reservatórios do Norte estão com 29,02% da capacidade, uma queda de 0,33% em relação ao dia 3 de novembro. A hidrelétrica de Tucuruí apresenta 33,8% do volume. (Canal Energia - 05.11.2003)

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7 Submercado Nordeste está 7,15% acima da curva de aversão ao risco

O volume armazenado no subsistema Nordeste está 7,15% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. A capacidade está em 18,02%. O índice teve uma redução de 0,21% em comparação com o dia anterior. A hidrelétrica de Sobradinho apresenta 14,11% do volume. (Canal Energia - 05.11.2003)

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8 Capacidade de armazenamento do SE/CO chega a 40,2%

A capacidade de armazenamento do submercado Sudeste/Centro-Oeste chega a 40,2%, valor 18,6% acima da curva de aversão ao risco. O nível teve uma redução de 0,23% em um dia. As usinas de Furnas e Miranda registram índice de 58,5% e 56,62%, respectivamente. (Canal Energia - 05.11.2003)

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9 Região Sul registra acréscimo de 0,05% em relação ao dia anterior

O subsistema Sul registra 34,45% da capacidade, um acréscimo de 0,05% em comparação com o dia anterior. O nível da hidrelétrica de Machadinho está em 48,02%. (Canal Energia - 05.11.2003)

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Gás e Termoelétricas

1 Eletrobrás estuda levar gás natural para térmicas no Amazonas

A Eletrobrás estuda levar o gás natural de Urucu, na região amazônica, para as termelétricas da região de Manaus, como forma de substituir a térmica Amazonas, uma das unidades da El Paso em Manaus. A informação foi dada pelo presidente da Eletrobras. Segundo Pinguelli, a usina é velha e ultrapassada e não vem preenchendo os requisitos necessários para o fornecimento de energia elétrica à Manaus Energia. Pinguelli reuniu-se com a ministra Dilma, e o diretor de Gás da Petrobras, Ildo Sauer para tratar do assunto. A idéia, segundo o presidente da Eletrobrás, é que a Petrobras disponibilize turbinas de bi-combustíveis da empresa para colocar imediatamente energia em Manaus. "Ainda assim, a energia sairia mais barata do que os atuais R$ 400 por MWh, preço final do produto fornecido pela El Paso da Amazônia, depois de computados os gastos com impostos e combustíveis", afirmou. (Gazeta Mercantil - 06.11.2003)

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2 Contrato com a El Paso só depende de aprovação do Conselho de Administração

Sobre as negociações com a El Paso com vistas à renovação do contrato de fornecimento da energia à Manaus Energia, Pinguelli garantiu que, para a Eletrobrás, o contrato já está acertado, faltando apenas a ratificação do conselho da empresa, o que deverá ser feito no próximo dia 12. "O problema é que a El Paso do Brasil firmou um contrato conosco em condições bem mais vantajosas e agora, provavelmente desautorizada pela holding, em Houston, quer dar para trás", disse. O executivo esclareceu que a usina da El Paso que deverá ser descartada pela Eletrobrás é apenas a Amazonas, uma vez que a usina Rio Negro encontra-se com contrato em plena vigência e em condições bem melhores do que a Amazonas. (Gazeta Mercantil - 06.11.2003)

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3 Dilma quer aumentar participação do biodiesel na matriz energética

A ministra Dilma voltou a defender o crescimento da utilização do biodiesel na matriz energética brasileira, em encontro ontem com deputados federais. O principal estudo debatido durante a videoconferência "O Biodiesel e a Inclusão Social" foi o da geração de combustível a partir da mamona. Há um projeto para se incentivar o cultivo da mamona para produção do biodiesel no semi-árido brasileiro. Mais do que a questão energética, este é um projeto que pode aperfeiçoar até mesmo a reforma agrária no Brasil, uma vez que contém soluções em vários âmbitos: energético, agrícola, ambiental e social. "A idéia é assentar e dar sustentabilidade aos assentados", explicou Dilma. A ministra calcula que sejam necessários R$ 62 milhões para que o projeto de substituição de energia não-renovável por biodiesel possa ser completado. A proposta do governo é que a partir de 2005 o biodiesel produzido no País substitua em 2% o diesel mineral consumido. Este percentual iria aumentando até chegar a 5% em 2010. (Gazeta Mercantil - 06.11.2003)

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4 Bahia incentiva pesquisa do biodiesel

O biodiesel como combustível automotivo deve se tornar realidade na Bahia a partir de pesquisa da Rede Baiana de Biodiesel - integrada por institutos de pesquisa e governo, sob coordenação da Secretaria de Ciência e Tecnologia. De baixo teor poluente e renovável, o biodiesel baiano é extraído da mamona, do babaçu e do dendê. O combustível foi testado em laboratório e a pesquisa permitirá que até 2005 seja produzido em escala industrial. (Gazeta Mercantil - 06.11.2003)

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5 Projeto cearense de produção de biodiesel é apresentado a ministra do MME

O projeto cearense de produção de biodiesel a partir de mamona foi apresentado ontem aos deputados federais e à ministra Dilma Rousseff, pela Comissão de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara, em Brasília. A unidade móvel da empresa incubada da Universidade Federal do Ceará (UFC), Tecnologias Bioenergéticas Ltda (Tecbio), produziu diesel vegetal (biodiesel) para uso em um trator, dois ônibus, um carro e um gerador de energia elétrica. (O Povo - 06.11.2003)

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6 Angra 1 volta a operar

A usina nuclear Angra 1 voltou a funcionar parcialmente ontem depois de 90 dias paralisada. Segundo informações da Eletronuclear, a usina entrou em operação no final da tarde de ontem com 20% de sua potência, o que equivale à geração de 630 MW. Segundo a empresa, este procedimento deve permanecer até hoje, quando a potência da usina deve subir de forma gradativa. A usina esteve desligada durante esses três meses para reabastecimento do combustível nuclear e para avaliação do gerador de vapor. Segundo a Eletronuclear, o programa de paralisações foi alterado para que a próxima parada seja feita em oito meses e que pequenas paradas intermediárias possam ser programadas entre as interrupções anuais para troca de combustíveis. (Gazeta Mercantil - 06.11.2003)

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7 Curtas

O presidente da Sulgás, Hugo Mardini, informou que foi aprovada ontem a criação da Frente Parlamentar Gás para o Brasil, composta por mais de 80 deputados, a maioria dos estados do Sul e Mato Grosso do Sul. (Correio do Povo - 06.11.2003)

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Economia Brasileira

1 Brasil fecha acordo de US$ 6 bi

O ministro Palocci anunciou os detalhes do novo entendimento com o Fundo ao lado da vice-diretora-gerente do FMI, Anne Krueger. Palocci disse que o país terá acesso a uma linha de crédito de US$ 14 bilhões, dos quais US$ 6 bilhões em dinheiro novo e US$ 8 bilhões remanescentes do acordo atual. A Fazenda diz que o acordo é "preventivo": não há intenção, a princípio, de sacar os recursos. Haverá também mais prazo para o pagamento das dívidas com o Fundo e a possibilidade de destinar ao setor de saneamento básico R$ 2,9 bilhões em 2004. No acordo anunciado por Palocci, porém, o ponto central continua sendo um superávit médio de 4,25% do PIB em 2003 e 2004 - com a inovação que permite gastar em 2004 o dinheiro cortado além do necessário neste ano. (Folha de São Paulo - 06.11.2003)

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2 Serra: governo deveria ter desvalorizado o câmbio

O ex-ministro José Serra, afirmou que o país atravessa "um novo ciclo de sobrevalorização cambial", qualificado por ele como "equivocado". Ele sustentou que o governo deveria ter aproveitado o desaquecimento da economia para desvalorizar o real, favorecendo ainda mais as exportadoras. "A meu ver se deixou de lado uma oportunidade de ter um câmbio mais favorável. A situação de recessão, com a economia bem desaquecida, sem correção monetária, com boa parte dos choques de preços amortecidos, era uma boa oportunidade para manter o câmbio mais desvalorizado", argumentou. "A médio e longo prazo, o Brasil tem que ter uma taxa de câmbio mais competitiva." Ao mencionar a questão do câmbio, limitou-se a dizer que o Brasil precisa gerar superávits comerciais crescentes porque "enfrenta hoje um desequilíbrio maior nas suas contas" e por ter uma economia mais aberta. Segundo Serra, comparada com uma cesta de moedas dos principais parceiros comerciais brasileiros, a cotação do real retornou ao nível anterior ao do Plano Real. (Valor - 06.11.2003)

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3 Seminário no Rio debate crescimento

Pressupostos para a volta dos investimentos, taxas de juros e spreads bancários dependem de mais competição e menos depósitos compulsórios. O ex-presidente do BC, Gustavo Franco, desafia o crescimento sustentável. "Vai ter crescimento se o empresário se sentir à vontade de tomar crédito a prazo de 10, 15 anos", disse. Franco avalia que há espaço para redução da taxa básica de juros para além do que indicam as previsões do mercado, de encerrar o ano aos 17%. "Estamos ainda sob impacto de um conservadorismo da época do plano de estabilização" disse ele. A defesa da queda dos juros foi sustentada curiosamente a partir da comparação do governo atual com o seu mandato, quando a Selic foi cravada em 19%, percentual que Franco classifica como cabalístico. O aumento das importações e da produção de bens de capital, contudo, levam economistas a acreditar no crescimento da economia para além de 2004. O discurso de Hamilton Kai, do Ibmec, começa prudente: "Vamos crescer no próximo ano com base na capacidade ociosa". Mas, termina otimista, chamando atenção para a reviravolta da indústria na aquisição de bens de capital de setembro em diante. Franco lembra que a Formação Bruta de Capital Fixo representa "vergonhosos" 15% do PIB, enquanto a média das economias emergentes aponta para 35%. (Gazeta Mercantil - 06.11.2003)

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4 IBGE mostra expansão da indústria

A produção da indústria cresceu 4,3% em setembro em relação ao mês anterior, informou ontem o IBGE. O crescimento é o terceiro consecutivo e o maior na comparação mensal desde abril de 2002 (5,1%). O resultado superou ainda as projeções do mercado, que apontavam para uma alta de cerca de 3%. Em relação a setembro de 2002, a alta foi de 4,2%. É a primeira em cinco meses e a mais expressiva nesse tipo de comparação desde dezembro de 2002 (5,2%). Os dados, informou o IBGE, confirmam a recuperação do setor, iniciada em julho, e mostram reação mais firme da produção voltada para o consumo interno. Com o indicador de setembro, a indústria deixou para trás a "recessão técnica" que marcou os dois primeiros trimestres do ano. Segundo Sales, a expansão da indústria em setembro foi puxada pelo consumo doméstico. (Folha de São Paulo - 06.11.2003)

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5 IPC - Fipe fica em 0,63%

A inflação perde força em São Paulo, segundo a Fipe. A evolução média dos preços foi de 0,63% no mês passado, abaixo do 0,84% de setembro. Para este mês, é prevista nova redução da taxa, que deve ficar em 0,4%, inferior ao 0,5% estimado anteriormente pela própria Fipe. Até outubro, a inflação é de 7,44%. "Estamos entrando em um período de acertos. ", diz Heron do Carmo, coordenador do índice da Fipe. "As maiores pressões já passaram, e as taxas deverão ficar bem comportadas agora." Em outubro, as pressões inflacionárias vieram dos preços administrados. Os serviços de água e esgoto, de táxi e de telefonia celular registraram inflação de 0,33%, pouco mais da metade da taxa. (Folha de São Paulo - 06.11.2003)

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6 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera em leve alta neste final de manhã, enquanto o mercado assimila as últimas notícias dos cenários interno e externo. Às 12h01m, a moeda era negociada por R$ 2,869 na compra e R$ 2,871 na venda, com valorização de 0,27%. Ontem, o dólar ignorou as notícias sobre o esperado acordo com o FMI e encerrou em leve alta de 0,06%, a R$ 2,862 para a compra e a R$ 2,864 para a venda. (O Globo On Line e Valor Online - 06.11.2003)

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Internacional

1 Enersis quer melhoria dos ativos de distribuição a partir de 2004

A holding chilena de energia Enersis planeja focar na melhoria de seus ativos de distribuição a partir de 2004, mas está "aberta" a novas oportunidades de geração na região, disse o diretor financeiro da empresa, Alfredo Ergas. A Enersis dedicou 2003 à redução da dívida e planeja, assim que concluir seu programa de refinanciamento, até o final do ano, dar um passo atrás e consolidar sua posição na região, particularmente em termos de distribuição, disse Ergas. A empresa pretende concluir os projetos hidrelétricos Ralco e Forteleza, no Chile e no Brasil, respectivamente, em meados de 2004, e depois investir cerca de US$ 300 milhões por ano para acompanhar o crescimento da demanda orgânica em suas subsidiárias de distribuição, disse Ergas. (Business News Americas - 04.11.2003)

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2 AES quer usina na Austrália

A distribuidora norte-americana de energia AES informou ter interesse em comprar a maior usina de energia do estado de Victoria, na Austrália. A notícia representa uma mudança de posição da companhia, que tinha decidido deixar o país no ano passado. A empresa ofereceu US$ 2,2 bilhões pela usina de Loy Yang A, responsável por um terço da energia do estado de Victoria e por 5% da energia total da Austrália. Um porta-voz da AES informou que a empresa apenas expressou seu interesse na aquisição, mas uma oferta oficial da companhia ainda não foi apresentada. (Gazeta Mercantil - 06.11.2003)

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3 Falta de propostas anula nova licitação da Pemex

A licitação para o quarto projeto de produção de gás natural no México foi anulada por falta de propostas, informou a empresa petrolífera estatal Pemex. Ontem, venceu o prazo para apresentar as ofertas técnicas e econômicas para a exploração do bloco Corindón-Pandura pelo sistema de Contratos de Serviços Múltiplos, mas "as empresas que adquiriram as bases decidiram não apresentar nenhuma proposta", informou a companhia em um comunicado. Contudo, a Pemex deixou claro que, pelo previsto na lei de Obras Públicas e Serviços Relacionados, poderá ser emitida uma segunda convocação. (Gazeta Mercantil - 06.11.2003)

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