l IFE:
nº 1.230 - 05 de novembro de 2003 Índice Reestruturação
e Regulação Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Comercialização
de Energia Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Reestruturação e Regulação 1 Parcerias formadas para construção de LTs definem atribuições A parceria
entre estatais federais da holding Eletrobrás, a Cemig e empresas privadas
para a construção de linhas de transmissão vai manter formato semelhante
à contratação de empreiteiras pelas empresas públicas. As estatais ficarão
encarregadas da operação, da manutenção e do gerenciamento técnico das
obras, enquanto as empresas privadas cuidarão da instalação física das
novas linhas que começam a ser construídas no próximo ano. A diferença
é que, em vez de serem contratadas, as privadas agora são sócias majoritárias
na maior parte dos empreendimentos. Este é o planejamento nas sociedades
de propósitos específicos (SPE) resultantes dos consórcios firmados entre
estatais e privadas. Estes consórcios venceram quatro dos sete trechos
que formam os 1.787 km de linhas leiloados em setembro pela Aneel. O arranjo
firmado nas SPEs contempla a expectativa de redução de custos e prazos
e também ganhos na qualidade dos serviços, já que as privadas têm know-how
em conseguir preços competitivos e prazos enxutos, enquanto as estatais
em questão possuem "expertise" técnica para operar e manter mais de 56
mil quilômetros de linhas de transmissão de energia elétrica já instalados,
cerca de 30% da malha do País. (Gazeta Mercantil - 05.11.2003) 2 Empresas provadas já adiantam processos de viabilização ambiental Nos casos
da Companhia Transleste de Transmissão, SPE formada por Alusa (41%), Cemig
(25%), Furnas (24%) e Orteng (10%), e do Sistema de Transmissão Nordeste
S/A (STN), resultado do consórcio entre a Alusa (51%) e a Chesf (49%),
a parte privada já está adiantando processos como os projetos ambientais
e etapas que independem da assinatura do contrato de concessão, procedimento
que está previsto para o final de dezembro. Segundo Paulo Godoy, vice-presidente
da Alusa, nas duas SPEs em que a empresa participa, além de cuidar da
operação e da manutenção dos 691 quilômetros que serão construídos, as
estatais também vão cuidar de gerenciar a parte técnica da implantação
das novas linhas. Este gerenciamento técnico das obras vai ficar por conta
de equipes da Chesf no trecho de 541 quilômetros entre Teresina (PI),
Sobral (CE) e Fortaleza (CE), e com Cemig e Furnas na linha de 150 quilômetros
entre Montes Claros e Irapé, em Minas Gerais. Furnas e Cemig ficarão responsáveis
pela gestão dos projetos, questões fundiárias e ambientais, além do controle
de qualidade da construção das linhas e das subestações. No caso da Cemig,
as parcerias com empresas privadas já foram feitas anteriormente em disputas
por concessões de usinas de geração de energia e agora a empresa vai ampliar
o formato para linhas de transmissão. (Gazeta Mercantil - 05.11.2003) 3 Setor elétrico será diretamente atingido com mudança no Cofins O fim da
cumulatividade no recolhimento da Cofins, prevista na Medida Provisória
135 editada pelo governo, não vai poupar o setor elétrico. A previsão
é que a maior pressão sobre a cadeia de atividades do mercado de energia
elétrica aconteça justamente em cima da área de distribuição. De acordo
com Antonio Ganim, advogado tributarista, a mudança lançada pelo governo
na esteira da reforma tributária é desastrosa para o setor elétrico, devendo
acarretar em aumento tarifário. Isto porque as concessionárias de serviço
público, que compram e vendem energia, não poderão se creditar da Cofins
sobre diversos serviços - como manutenção de redes e equipamentos - limitando
a possibilidade de crédito do imposto. Segundo Ganim, o aumento na Cofins
no setor poderá ser de, no mínimo, 6,13%, já contando com o cálculo sobre
o ICMS. É neste ponto que, na avaliação do tributarista, o impacto será
pior sobre as distribuidoras, que terão um acréscimo direto na carga tributária.
A tendência é que as empresas tentem, junto à Aneel, repassar a elevação
da contribuição às tarifas no bolo dos custos não-gerenciáveis. (Canal
Energia - 04.11.2003) 4
Aprovado projeto que isenta de limites crédito para programa Reluz 5 Goiás e País Basco firmam protocolo de intenção Incentivar
a produção de formas alternativas de geração de energia em substituição
ao petróleo e reduzir a emissão de poluentes na atmosfera. Esses são alguns
dos dez objetivos do protocolo de intenção firmado entre o governo de
Goiás e a comunidade autônoma do País Basco, no norte da Espanha. Segundo
o presidente da Agência Ambiental, Osmar Pires, a assinatura do protocolo
vai possibilitar a Goiás e ao País Basco a troca de experiências e tecnologias
com o objetivo de conciliar o desenvolvimento dos dois governos com a
preservação ambiental. "Poderemos estimular o crescimento das indústrias
de bioenergia em Goiás o que vai permitir a substituição do petróleo por
novas fontes renováveis e não poluentes de energia diminuição a emissão
de gases nocivos ao meio ambiente", ressalta. A intenção de Goiás é buscar,
através dessa cooperação técnica com o País Basco, uma produção limpa,
um diagnóstico ambiental, a elaboração indicadores de avaliação da qualidade
do meio ambiente em Goiás e incentivar ainda mais as formas de produção
sustentável. O presidente do País Basco, Juan José Ibarretxe Markuartsu,
disse que o seu país se compromete a trabalhar junto com Goiás tendo em
vista a produção limpa para garantir às futuras gerações riqueza e ao
mesmo tempo proteção ambiental. (Gazeta Mercantil - 05.11.2003) 6 Audiência pública discute formas de ressarcimento ao consumidor de energia Entidades
do setor elétrico e de defesa dos direitos do consumidor e as distribuidoras
de energia participaram, ontem, da audiência pública que analisou propostas
da Aneel, sobre o ressarcimento dos consumidores que tiveram aparelhos
elétricos danificados por problemas no fornecimento de energia. A principal
dúvida das entidades do setor é saber quais problemas no fornecimento
poderão permitir indenização ao consumidor. De acordo com a Associação
das distribuidoras de energia (Abradee), as empresas gastam em média R$
15 milhões em indenizações para os clientes. No texto, a agência prevê
que as distribuidoras podem deixar de ressarcir o consumidor, caso ele
providencie, por conta própria, o conserto do equipamento sem pedir antes
à empresa a investigação sobre as causas do estrago. Uma outra proposta
é que o consumidor tenha prazo máximo de 30 dias para fazer a reclamação,
a partir da data da ocorrência. Em seguida, as concessionárias terão direito
de provar tecnicamente os estragos alegados pelo consumidor. Se o estrago
for comprovado, o consumidor deverá ser indenizado. As sugestões e críticas
colhidas na audiência pública e aquelas enviadas à Aneel, serão selecionadas
pela agências. O prazo para a conclusão do processo pode demorar mais
de 60 dias, segundo a Aneel. (Jornal do Commercio - 05.11.2003) 7 Furnas promove workshop sobre mercados energéticos A reforma dos mercados energéticos será o tema do workshop que acontece dia 14 de novembro no auditório de Furnas, no Rio de Janeiro. A iniciativa é uma parceria de Furnas com o Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia e o tema será apresentado pelo diretor de estudos do conselho, Jean-Marie Bourdaire. O evento contará ainda com a participação do secretário-executivo do MME, Maurício Tolmasquim, do presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, e da secretária-geral adjunta do Conselho Mundial, Jan Murray. Mais informações no e-mail cbcme@cbceme.org.br ou no site www.cbcme.org.br. (UFRJ - 05.11.2003)
Empresas 1 Light receberá aporte de R$ 1,5 bi A EDF enviou
à ministra Dilma Rousseff e também ao presidente da Eletrobrás, Luís Pinguelli
Rosa, um comunicado em que apresenta não apenas uma nova estratégia para
amenizar a crise financeira da Light como ainda garante futuros investimentos
no país, notadamente nas áreas de geração e transmissão. Inicialmente,
o grupo fará uma capitalização de R$ 1,5 bilhão na distribuidora, através
da troca de antigos créditos por ações da companhia. O passo seguinte
envolve a criação de uma holding, que assumiria o controle da empresa
e também da térmica Norte Fluminense. (Elétrica - 05.11.2003) 2 Valorização cambial responsável pelo bom resultado da Cemig no trimestre A valorização do real frente ao dólar foi o principal motivo apresentado pela Cemig para explicar os bons resultados obtidos no terceiro trimestre. A companhia registrou, ao final de setembro, lucro trimestral de R$ 277 milhões. De acordo com Wilson Nélio Brumer, presidente do conselho de administração da Cemig, os resultados fizeram com que a estatal recuperasse perdas registradas nos três primeiros meses de 2002, quando a concessionária sofreu com a desvalorização do real e com a Conta de Resultados a Compensar (CRC), um crédito que o governo federal assumiu para compensar concessionárias de energia e que a Cemig repassou para o governo de Minas, em uma espécie de empréstimo. O considerado "bom momento da moeda nacional" deve ser aproveitado pela companhia para mudar o perfil da dívida. A intenção é baixar o endividamento em dólar, estimado hoje em cerca de US$ 400 milhões, para aproximadamente US$ 250 milhões. O executivo também comemorou o aumento de 0,8% das vendas para consumidores finais, no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2002. "Isso, mesmo considerando a diminuição da atividade econômica", diz. (Gazeta Mercantil - 05.11.2003) 3 Cemig vai investir R$ 3,4 bi no período 2003/2006 Wilson Brumer
anunciou ainda investimentos de R$ 3,4 bilhões para o período de 2003/2006.
A Cemig participa, em consórcios, da construção de cinco usinas hidrelétricas.
No total, a companhia planeja investir R$ 1,2 bilhão somente em geração
no período. A meta é expandir em 10% a capacidade de geração nos próximos
três anos para substituir o contrato de compra de eletricidade que vencerá
no mesmo período. Além disso, devem ser investidos outros R$ 2,2 bilhões
em transmissão e distribuição. (Valor e Gazeta Mercantil - 05.11.2003) 4
Cemig prepara emissão de "commercial papers" para captar R$ 300 mi 5 Bandeirante Energia inaugura novo Centro de Operação A EDP/Bandeirante
Energia inaugura na próxima terça-feira, dia 11, o seu novo Centro de
Operação do Sistema (COS) e da Distribuição (COD). Serão investidos R$
120 milhões no programa, que vai permitir supervisão das operações no
sistema elétrico e o monitoramento de instalações de alta tensão à distância.
Com a implantação dos Centros, o tempo gasto com os reparos na rede vai
diminuir, assim como o período que o consumidor fica sem energia. O COS/COD
será inaugurado em Mogi das Cruzes e vai funcionar integrado ao Centro
de Operações Regionais em São José dos Campos. O funcionamento dos dois
sistemas vai diminuir o risco de blecaute nas regiões do Alto Tietê e
Vale do Paraíba. O evento ocorrerá às 11 horas, em Mogi das Cruzes, na
Av. Presidente Castelo Branco, número 77. Haverá transfers para jornalistas
de São Paulo e Região do Vale do Paraíba. Quem estiver interessado enviar
email para: cecilia_e@institucional.com.br (Elétrica.com.br - 05.11.2003) 6 Grupo Rede já investiu R$ 1,5 bi no Pará Ao participar
ontem da abertura da programação comemorativa dos cinco anos da Rede Celpa,
Evandro Coura, presidente executivo do Grupo Rede, enfatizou a proposta
de fazer a Rede Celpa expandir-se no Estado. A Rede Celpa investiu cerca
de R$ 1,5 bilhão em cinco anos no Pará, abrangendo ações de infra-estrutura,
preservação ambiental, apoio cultural e responsabilidade social. Evandro
Coura também justificou a tarifa hoje cobrada pela Rede Celpa, que teve
reajuste de 27%, ao ressaltar que esse "é o valor possível" de ser praticado
pela empresa e que se deve considerar a necessidade de aumentar o poder
aquisitivo da população brasileira. "Numa conta de R$ 100,00, a Rede Celpa
fica com menos de R$ 30,00, menos de 30%, para pagar os quatro mil funcionários,
para a luz não cair, como não tem caído. A remuneração da Celpa é muito
pequena. Mais de 70% estão em impostos, em energia comprada, no que a
gente chama de encargos setoriais, e isso é o que tem onerado a tarifa
do consumidor", destacou. (O Liberal - 05.11.2003) 7 Aneel realiza revisão tarifária da EEVP e da Caiuá Serviços de Eletricidade A Aneel
colocou em consulta pública as propostas para o reposicionamento tarifário
da Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema e da Caiuá Serviços de Eletricidade,
concessionárias que atuam no interior de São Paulo. Ambas devem ter reduções
de preços. Os índices apresentados foram, respectivamente, de -0,35 e
-7,25%. Os valores ficam em consulta pública até o dia 17 de novembro
e a agência deve divulgar o reposicionamento definitivo apenas no dia
3 de fevereiro de 2004. Assim, a correção das tarifas será feita no próximo
ano. O índice de reposicionamento da Companhia Luz e Força Santa Cruz
também está sob consulta. A proposta da Aneel é de que o reposicionamento
de 14,40% seja feito em duas etapas: repasse de 6,49% em 2004 e o restante
(7,91 pontos percentuais) em três anos a partir de 2005. (Gazeta Mercantil
- 05.11.2003) 8 Prêmio Procel elege empresas na área de conservação e uso racional de energia O Prêmio
Procel chegou a sua oitava edição premiando os ganhadores da edição 2002-2003
na área de conservação e uso racional de energia. Entre os ganhadores
deste ano estão empresas como Sadia, Michelin, Vicunha e Vale do Rio Doce,
além de companhias do setor elétrico como Furnas, Copel, Elektro, Cemig.
Outras 71 empresas - entre elas Bosch, Philips, General Eletric e Springer
- receberam o selo Procel, concedidos à equipamentos elétricos eficientes.
(Canal Energia - 04.11.2003)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Cemig aponta queda de 2,3% no consumo residencial no último trimestre O consumo
trimestral residencial foi considerado fraco pela Cemig, já que houve
queda de 2,3% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior.
O consumo industrial também diminuiu, 0,7%, na mesma comparação. No acumulado
do ano, em relação ao mesmo período de 2002, o consumo industrial caiu
1,5%. Segundo Wilson Brumer, o principal fator da queda é o aumento da
autogeração. "Empresas como Vale do Rio Doce, Alcoa e Usiminas, que estão
dentro da nossa área de atuação, possuem autogeração", diz. Uma saída
encontrada pela Cemig para atuar junto a esses grandes clientes é a parceria
em investimentos em geração. Existem pelo menos quatro acordos com grandes
indústrias ou grupos de indústrias para usinas que ampliariam em 785,9
MW a geração em Minas. (Gazeta Mercantil - 05.11.2003) 2 Representantes de SC explicam apagão O vice-governador
do Estado, Eduardo Pinho Moreira, acompanhado do presidente da Celesc,
Carlos Schneider, foram ao MME, onde explicaram à ministra Dilma, os detalhes
do acidente que causou o apagão e as medidas que estão sendo tomadas.
No Rio, a situação foi explicada ao ONS. As explicações e a presença,
contudo, tinham uma segunda intenção. "Solicitamos à ministra uma análise
mais ágil da necessidade de novos investimentos em Florianópolis. Precisamos
fazer uma licitação para construção de uma nova linha de transmissão entre
a Ilha e o continente, independente do conserto da outra. Também vamos
investir na construção de uma nova subestação de 230 KV", comentou Schneider.
(A Notícia - 05.11.2003) 3 ONS precisa estudar viabilidade do investimento em SC Dilma confirmou
o pedido e disse que "o ONS precisa fazer uma estudo da necessidade do
investimento e sua viabilidade", para depois ser aprovada a licitação
pela Aneel. Os investimentos, segundo o presidente da Celesc, já estão
previstos no orçamento. "A subestação de emergência deve custar aproximadamente
R$ 38 milhões e a nova linha cerca de R$ 40 milhões". Os dois foram para
uma reunião com o presidente da Aneel, José Mário Abdo. Lá, o principal
assunto foi a multa que pode ser aplicada à empresa caso fique constatada
sua culpa no episódio que deixou os florianopolitanos por mais de 55 horas
sem energia elétrica. Abdo deixou clara a disposição da agência em relação
ao pedido da Celesc, que quer uma multa mais branda se constatada a culpa.
Os procedimentos de investigação da Aneel devem ficar prontos na semana
que vem. (A Notícia - 05.11.2003) 4
Consumo no Sul registra queda de 10,08% na última semana 5 Submercado Norte tem queda de 0,44% A capacidade
de armazenamento da região norte fica em 29,35%, uma queda de 0,44% em
relação ao dia 2 de novembro. A usina de Tucuruí apresenta índice de 34,18%.
(Canal Energia - 04.11.2003) 6 Nível do Subsistema Nordeste está em 18,23% O nível de armazenamento do submercado Nordeste chega a 18,23%, ficando 7,33% acima da curva de aversão ao risco 2002/2003. O índice teve uma queda de 0,25% em um dia. A hidrelétrica de Sobradinho registra 14,33% do volume. (Canal Energia - 04.11.2003) 7 Reservatórios do SE/CO ficam 18,73% acima da curva de aversão ao risco Os reservatórios
do submercado Sudeste/ Centro-Oeste registram 40,43% da capacidade. O
volume fica 18,73% acima da curva de aversão ao risco. O nível teve uma
redução de 0,23%. As usinas de São Simão e Marimbondo apresentam 67,83%
e 8,36% do volume. (Canal Energia - 04.11.2003) 8 Região Sul registra capacidade de 34,4% A capacidade
de armazenamento do subsistema Sul chega a 34,4%. O volume da hidrelétrica
de G. B. Munhos fica em 20,29%. (Canal Energia - 04.11.2003)
Comercialização de Energia 1 MAE realiza liquidação financeira de setembro O MAE realizou
ontem a liquidação financeira das operações de compra e venda de energia
efetuadas em setembro deste ano. Foram liquidados, no total, R$ 41,86
milhões, o que corresponde a uma adimplência de 99,78%. Com esta operação,
o MAE contabiliza R$ 346,3 milhões negociados no período de janeiro a
setembro de 2003, com adimplência total de 99,97%. Em setembro, 108 agentes
de Mercado (60 devedores e 48 credores) realizaram negócio no mercado
atacadista, e apenas um deixou de honrar o compromisso financeiro. Para
o presidente do conselho de administração do MAE, Antonio Carlos Fraga
Machado, "a negociação de ontem reafirma mais uma vez a regularidade e
a transparência das operações do mercado". As operações de compra e venda
de energia realizadas no órgão são auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu,
que emite os certificados comprovando o atendimento às determinações legais,
regulamentares e judiciais. A última operação foi realizada pelo Bradesco.
(Gazeta Mercantil - 05.11.2003)
Gás e Termoelétricas 1 Sauer descarta construção de um ramal do gasoduto Bolívia-Brasil A implantação do gasoduto virtual para atender a eventual demanda de gás natural de Dourados foi a sugestão dada ontem pelo diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, durante palestra para empresários na Associação Comercial e Industrial do MS. Ontem também o coordenador assinou parceria para realizar um estudo da matriz energética de MS, no valor de R$ 1,8 milhão. Com isso, Sauer afastou, de imediato, a construção de um ramal do Gasoduto Bolívia-Brasil entre Campo Grande e Dourados, como indicava um estudo da própria Petrobras feito havia três anos, por causa dos elevados custos do empreendimento e da usina termoelétrica. A outra alternativa em discussão atualmente pela Gaspetro é o ramal sair da capital do Estado, passando por Dourados-Maringá-Londrina. (Correio do Estado - 05.11.2003) 2 Cemig tenta vender 25% da Gasmig para Petrobras Além dos
negócios de energia elétrica, a Cemig possui 95% de participação na Gasmig,
distribuidora de gás natural do estado de MG. A companhia está tentando
fechar uma parceria com a Petrobras para que a estatal petrolífera adquira
até 25% da empresa. O presidente do conselho de administração da Cemig,
Wilson Brumer, acredita que o acordo seja fechado ainda este ano. Já a
participação da Cemig na Infovias, empresa de telecomunicações, é mais
incerto. O conselho de administração está estudando o quê fazer com a
empresa. Venda ou parceria são possíveis soluções. (Gazeta Mercantil -
05.11.2003) 3 Vantagens do Biodiesel são apresentadas em Brasília A tecnologia
cearense de produção de diesel vegetal através da mistura da óleo da mamona
mais um reagente será apresentada hoje a empresários e políticos em Brasília.
Uma unidade móvel do projeto desenvolvido por Expedito Parente está exposta
em frente à Câmara dos Deputados. Uma mini-usina projetada saiu de Fortaleza
domingo para mostrar como se produz o biodiesel. A fabricação do biodiesel
da mamona no Nordeste deve ''decolar'' a partir de hoje. A expressão e
a expectativa são do cientista Expedito Parente, diretor da Tecnologias
Bioenergéticas Ltda (Tecbio), que está em Brasília para apresentar a deputados
federais e empresários as vantagens do uso do diesel vegetal. O encontro
''O Biodiesel e a Inclusão Social'' está sendo promovido desde o dia 3,
pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados.
(O Povo - 05.11.2003) 4 Petrobras bate recorde de produção de petróleo no RN A unidade
de Negócios de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará bateu
recorde de produção este ano, tendo produzido em outubro, 101.205 barris
de petróleo/dia. Esse resultado mantém o Rio Grande do Norte como o segundo
maior produtor de petróleo do país e o maior em terra. A produção de gás
natural também é expressiva, situando-se em torno dos 4 milhões de metros
cúbicos diários. A produção de outubro foi 3,4% superior à média do mês
anterior, de 97.900 barris de petróleo por dia. Considerando todo o ano
2003, a produção média da Unidade alcançou o patamar de 98.119 barris
por dia. O óleo diesel também vem demonstrando elevados índices de aumento
de produção, com um volume de 3.937 barris por dia. A média de produção
está 3,5% acima da meta de 3.805 barris diários prevista para este ano.
(Tribuna do Norte - 05.11.2003) 5 Maranhão briga pela refinaria da Petrobras Depois de uma reunião no Rio de Janeiro, com o diretor da área de Abastecimento da Petrobras, Rogério Almeida Manso da Costa Reis, o governador José Reinaldo Tavares reafirmou ter certeza que o Maranhão estará entre os três Estados com maior chance de receber a refinaria da Petrobras. Neste mês de novembro, uma missão da empresa vem ao Estado para analisar as potencialidades maranhenses. Na última segunda-feira à tarde, José Reinaldo reuniu-se com empresários americanos, na capital carioca. Eles também estão interessados na possível instalação de uma refinaria no Maranhão. A localização geográfica do Porto do Itaqui é um dos trunfos do Maranhão para receber a tão sonhada refinaria, que lhe permite distribuir derivados de petróleo para vários Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país e até mesmo capaz de atender ao mercado internacional. Com o volume de cinco milhões de toneladas de derivados de petróleo movimentados anualmente pelo Itaqui, o porto maranhense ocupa a primeira posição no ranking de movimentação do produto no Norte e Nordeste. Suas águas profundas são capazes de receber navios petroleiros de grande porte como o Triathon, de 274 metros e de bandeira grega, que descarregou 174 milhões de toneladas de óleo diesel oriundo de Jubail, na Arábia Saudita. (O Imparcial - 05.11.2003)
Grandes Consumidores 1 Gerdau pretende dobrar produção da Açominas O grupo
Gerdau anunciou projeto para duplicar a produção da Açominas, siderúrgica
de aços semi-acabados de Ouro Branco, em Minas Gerais. O investimento
previsto é de US$ 1,2 bilhão e será voltado à exportação. Os estudos já
estão em andamento e deverão ficar prontos no prazo de dois anos. O grupo
conta com financiamento do BNDES para o projeto. O plano de expansão da
Açominas é praticamente a construção de uma nova usina ao lado da atual,
que produz 3 milhões de toneladas de aço por ano. A empresa ainda não
definiu o que será produzido na nova usina. O empreendimento deve ficar
pronto dentro de cinco anos. (Valor - 05.11.2003) 2 Gerdau em entendimentos para construção de usina em SP A Gerdau
anunciou também que está na fase final de conversações com o governo de
São Paulo para deslanchar a primeira fase de construção da usina de Araçariguama,
a 50 quilômetros da capital paulista, com investimentos de R$ 500 milhões
e capacidade para produzir 500 mil toneladas de aços para construção civil
e outras aplicações. (Valor - 05.11.2003) 3 Plano de união de operações da Gerdau e da Açominas serão anunciados amanhã Jorge Gerdau
informou que amanhã será detalhado ao mercado o plano de união de operações
da Gerdau S.A. com a Açominas, que visa ganhos fiscais (PIS, Cofins e
CPMF) e de sinergias entre as duas empresas. O anúncio será feito em Belo
Horizonte, em reunião marcada com o governador de Minas Gerais, Aécio
Neves. "Nossos ganhos com a operação vão atingir em torno de US$ 60 milhões
em cinco anos", declarou. A proposta da Gerdau, conforme comunicado do
grupo há alguns meses, consiste em incorporar operações industriais, comerciais
e financeiras da Gerdau S.A. na Açominas. Na avaliação de especialistas,
a operação trará ganhos fiscais à Gerdau e poderá transformar a Açominas
em um grande negócio dentro das diferentes áreas de negócios do grupo,
como comercial, aços especiais e a operação nos Estados Unidos. Os especialistas
consideram ainda que a Gerdau aumentará seu poder de fogo como controladora
da Açominas, podendo alterar a gestão da empresa e inclusive transferir
o centro de decisões da companhia de Minas Gerais para o Rio Grande do
Sul, onde está a sede do grupo. (Valor - 05.11.2003) Economia Brasileira 1 Governo fecha novo acordo com o FMI O governo anunciou que vai firmar um novo acordo com o FMI. Esse será o quarto acordo consecutivo do país com o Fundo desde 1998. O novo acerto deverá permitir ao governo elevar os gastos com saneamento público em 2004, poderá conter alguma espécie de "cláusula social", mas não deverá alterar a meta do superávit primário de 2004, de 4,25%. Diferentemente do que se cogitava, o acordo não irá tirar do cálculo do superávit primário os investimentos da Eletrobrás, como ocorre hoje com a Petrobras. (Folha de São Paulo - 05.11.2003) 2 Novo acordo deverá ser de US$ 5 bi O valor do novo acerto deverá incluir a terceira e última parcela, de cerca de US$ 8 bilhões, do acordo fechado no final de 2004, ainda na gestão de FHC. A parcela de dinheiro novo seria pequena, de no máximo US$ 5 bilhões. O governo brasileiro quer o dinheiro novo como uma reserva que não precise usar, mas que ajudaria a dar mais tranqüilidade para que o país pudesse deixar, em 2005, de depender dos recursos do Fundo. Segundo o governo, o novo acerto seria uma transição para uma nova etapa. (Folha de São Paulo - 05.11.2003) 3 BC aproveita câmbio para reforçar reservas internacionais O governo está aproveitando o momento favorável no mercado de câmbio para preservar as reservas internacionais do Banco Central e, assim, construir uma blindagem nas contas externas para 2004 - e, de quebra, ajudar a segurar a cotação do dólar. Ontem, o presidente do BC, Henrique Meirelles, revelou que, sem fazer alarde, a instituição recomprou no mercado secundário US$ 3,2 bilhões da dívida externa renegociada em 1994. Dessa forma, irá aliviar os pagamentos previstos para os próximos anos - com destaque para 2004, quando o desembolso ficará US$ 1,56 bilhão menor. A medida se soma à regra, que amplia de 90 para 180 dias a antecedência com que o Tesouro Nacional poderá comprar dólares no mercado para honrar seus compromissos externos. Em tese, o Tesouro poderá comprar mais US$ 5,7 bilhões no mercado à vista, referentes aos vencimentos de fevereiro a abril. (Gazeta Mercantil - 05.11.2003) 4
Lessa critica contingenciamento do gasto público 5 Investimentos chegam a US$ 67 bi As empresas
que atuam ou pretendem atuar no Brasil anunciaram investimentos de US$
67,89 bilhões neste ano, um crescimento de 61,5% com relação ao ano passado.
É o que mostra levantamento feito pelo MDIC. "É um belíssimo indicador
da retomada dos investimentos", disse o secretário de Desenvolvimento
da Produção, Carlos Gastaldoni. "Um sintoma forte de que a retomada é
para valer é que a indústria de base está investindo". Os dados coletados
mostram que já há sinais claros de crescimento econômico consistente nos
próximos anos, não só pelas cifras, mas pela qualidade desses investimentos,
disse o secretário. O salto nos planos de investimento entre 2002 e 2003
é explicado, em grande parte, pela indústria de base, em setores como
mineração, petroquímico, papel e celulose e siderurgia. O secretário acredita
que as estimativas de investimento crescerão ainda mais rapidamente se
forem sanadas dúvidas do setor privado, como o andamento da reforma tributária,
a conclusão de marcos regulatórios e a aprovação do projeto de lei das
PPP no Congresso. (Jornal do Commercio - 05.11.2003) 6 Estudo da FGV mostra melhora das expectativas dos consumidores O otimismo
do consumidor está se recompondo de forma consistente, em relação ao futuro
do país e à vida pessoal. Os sinais de que o Brasil está saindo da recessão
aliados à sazonalidade de fim de ano estão levando o consumidor a assumir
uma postura mais otimista em relação à obtenção de trabalho e ao aumento
de consumo nos próximos seis meses. A conclusão é da Sondagem de Expectativas
do Consumidor, realizada trimestralmente pela FGV. Em outubro, 21,12%
dos 2.273 chefes de família entrevistados pela FGV afirmaram pretender
aumentar os gastos com bens de alto valor, um percentual bem superior
ao de 12,99% da sondagem anterior, feita em julho. O contingente dos que
reconheciam o momento como apropriado para reduzir esses gastos diminuiu
de 54,24% para 50,91%, na comparação das duas pesquisas. Além dos indicadores
de consumo, a sondagem também mostrou uma evolução em relação a expectativa
de melhora no mercado de trabalho. Em outubro, 14,20% dos consumidores
consideraram ser mais fácil conseguir trabalho nos próximos seis meses.
(Valor - 05.11.2003) Hoje, o dólar está oscilando muito perto da estabilidade. Na abertura, caía apenas 0,10%, cotado a R$ 2,858. Às 10h23, subia 0,07%, cotado a R$ 2,863. No pregão de ontem, o dólar comercial encerrou com apreciação de 0,38%, a R$ 2,8590 na compra e a R$ 2,8610 na venda. (Estadao.com.br e Valor Online - 05.11.2003)
Internacional 1 Gas Natural tem interesse na compra de distribuidora na Itália A espanhola
Gas Natural quer comprar uma distribuidora de gás na Itália, disse ontem
o principal executivo da empresa, Enrique Locutura. O grupo espera incrementar
em mais de 10% o seu resultado em 2004. "Estamos sondando a compra de
alguma companhia de distribuição na Itália", comentou Locutura. "Estamos
trabalhando sobre o assunto, mas não podemos ser mais explícitos", acrescentou.
Neste mesmo ano, a Gas natural adquiriu na Itália uma comercializadora
de gás natural, que alcançou vendas de 1,988 GWh até setembro. No início
de 2003, a Gas Natural admitiu que mantinha contatos com a companhia de
eletricidade italiana Edison para se incorporar aos seus acionistas, mas
as conversações não prosperaram. (Gazeta Mercantil - 05.11.2003) 2 Gás Natural é única postulante para aquisição de empresa grega A Gás Natural
- que tem negócios no Brasil, Argentina, Colômbia e México - é a única
companhia do setor que realizou uma oferta vinculante para a aquisição
da grega Depa, cujo controle de 65% é do Estado e com a qual a empresa
de gás está em negociações. A participação da Gas Natural na companhia
grega poderá alcançar 35%. (Gazeta Mercantil - 05.11.2003) 3 Gas Natural registra lucro de 115,5 mi de euros no terceiro trimestre A Gas Natural registrou um resultado líquido de 115,5 milhões de euros no terceiro trimestre, 12% mais do que em igual período do ano anterior, graças ao aumento das tarifas de distribuição de gás natural e à melhora na América Latina. As vendas cresceram 7,2% no período de julho a setembro, para 1,333 bilhão de euros. O Ebitda melhorou 10% no trimestre de julho a setembro, graças à melhor contribuição da América Latina e ao fato de que a atividade de "trading" de eletricidade neutralizou o efeito negativo da valorização do euro sobre a comercialização e o transporte de gás. A companhia ganhou 421,3 milhões de euros até setembro, 36,5% menos que em igual período do ano passado devido a uma menor contribuição da Enagás para as suas contas. Se houvesse sido mantida a contribuição da Enagás para as contas do grupo, o resultado líquido teria crescido 13%, ressalta a companhia. Os nove primeiros meses de 2002 incluem 367,5 milhões de euros de resultados extraordinários, com a venda de 59,1% da Enagás e da participação de 13,3% da Gas Natural México. As cifras deste ano refletem ganhos extraordinários de apenas 4,5 milhões de euros, além de gastos com a oferta hostil pela Iberdrola e adequação de provisões e amortizações. (Gazeta Mercantil - 05.11.2003) 4
Energia eólica responde por 4,7% da matriz elétrica da Alemanha 5 Lei de incentivo foi responsável pelo impulso do segmento na Alemanha A energia
do vento tem certa tradição na Alemanha, mas só tomou impulso nos últimos
anos, graças à Lei de Incentivo às Energias de Fontes Renováveis, promulgada
pelo governo de coalizão entre social-democratas e verdes. Pelas projeções
feitas no país, para se alcançar a participação de 25% dos ventos na matriz
elétrica, os parques eólicos localizados no mar seriam responsáveis por
15% da produção e os restantes 10% por cataventos instalados em terra.
As bases legais para o desenvolvimento da energia eólica em áreas marítimas
foram estabelecidas na nova lei de proteção à natureza, que neste ano
foi submetida às comissões do Parlamento e do Conselho Federal. A nova
lei estabelece diretrizes para a exploração de áreas cultiváveis, florestas
e a pesca e apóia, entre outros, a biodiversidade e a reestruturação ecológica
da agricultura. A lei define ainda as faixas costeiras destinadas à instalação
de parques eólicos, por não estarem sujeitas à exploração militar e ao
tráfego marítimo. A construção de parques eólicos já despertou o interesse
de 66 investidores. (Gazeta Mercantil - 04.11.2003)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras |
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